Jornal Brasil Atual - Praia Grande 01

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violência estupros crescem luta nacional saúde eleições 2012 cidade dividida Distribuiçã o nº 01 Julho de 2012 Pág. 4-5 Pág. 7 Pág. 2 Pág. 3 www.redebrasilatual.com.br Jornal Regional de Praia Grande Cidade bate triste recorde e registra 53 casos em quatro meses PT X PSDB: Praia Grande revive duelo que será travado no país Conheça as três áreas bem definidas pelo nosso poder público

Transcript of Jornal Brasil Atual - Praia Grande 01

Jornal Regional de Praia Grande

www.redebrasilatual.com.br Praia Grande

nº 01 Julho de 2012

DistribuiçãoGratuita

Conheça as três áreas bem definidas pelo nosso poder público

Pág. 7

quem é quem

cidade dividida

PT X PSDB: Praia Grande revive duelo que será travado no país

Pág. 3

eleições 2012

luta nacional

Cidade bate triste recorde e registra 53 casos em quatro meses

Pág. 2

violência

estupros crescem

Inauguração da UPA do Jardim Samambaia vira disputa político-eleitoral

saúde

clima de comício

economia

Taxação sobre grandes fortunas ajudaria a saúde e o combate à miséria no Brasil

Pág. 4-5

um imPosto Para melhorar o País

2 Praia Grande

expediente rede Brasil atual – praia Grandeeditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço, José Claudio de Paula e Lauany Rosa revisão Malu Simões diagramação Leandro Simantelefone (11) 3295-2800 tiragem 15 mil exemplares distribuição Gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões jornalba@redebrasilatual.com.br

jornal on-line

violência

lançamento

estupros crescem na Baixada

Brasil atual na Praia Grande

Praia Grande registrou 53 casos em quatro meses

Autoridades e comunidade lançam novo jornal da cidade

As ocorrências de estu-pro na Baixada Santista au-mentaram 8,63% no primei-ro quadrimestre deste ano. Foram registrados 239 es-tupros de janeiro a abril. No mesmo período de 2011, fo-ram 220 casos, conforme es-tatísticas do governo do Es-tado. Itanhaém foi a cidade que teve maior crescimento de ocorrências: 107,6% (27 casos) e o Guarujá foi a ci-dade com a maior incidência de estupros, 61, um acrésci-mo de 12,96%. Praia Gran-de aparece logo na sequên-cia, com 53 casos, aumento

de 29,2% em comparação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Três municípios re-duziram os estupros nos seus territórios: São Vicente, de 45 para 34 casos; Bertioga, de

oito para dois; e Peruíbe, de nove para uma ocorrência. Já Itariri não registrou ocor-rência alguma – seu único caso, em 2011, foi no pri-meiro quadrimestre.

Foi lançado formalmen-te no dia 14 de julho o jornal Brasil Atual – Praia Grande. A publicação já circula em quinze cidades paulistas, do litoral e do interior. Seu obje-tivo é contribuir para a demo-cratização das comunicações. O jornal pertence à Rede Bra-sil Atual, que possui na inter-net o portal Brasil Atual, um programa diário de rádio e pu-blica mensalmente a Revista do Brasil, com tiragem de 360 mil exemplares.

O jornal será financiado por entidades da sociedade ci-

vil, sua distribuição é gratuita e deve se manter com anúncios publicitários. Fazem parte da equipe de Praia Grande, Mar-celo Siqueira Moreira (coor-

denador geral), José Claudio de Paula (redator), Ricardo Marques (assessor de comuni-cação e fotografia) e Rose Ca-margo (secretária e assistente).editorial

Caro leitor, chegou o jornal Brasil Atual, edição de Praia Grande, cujo compromisso é o direito à informação, que traz em si o debate das ideias. Ele será um veículo de comunicação com notícias do Brasil e do mundo, que tratará os problemas locais privilegiando os interesses da comunidade e unindo, por meio da informação, as pessoas que nela vivem. Por isso, faça parte desse projeto de comunicação. Leia, discuta, opine, sugira, critique.

A edição inaugural mostra algo comum na cena política bra-sileira: gente tentando levar vantagem em inaugurações de obras públicas. Foi assim com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Jardim Samambaia, que se transformou em disputa político-eleitoral. Disputa, aliás, que em outubro vai colocar frente a frente dois modos diferentes de governar, com o PT, de Dilma e Lula, enfrentando o PSDB, há 20 anos no poder local.

Já no Brasil, um debate que vai pegar fogo é sobre o imposto dos brasileiros muito ricos, pouco mais de 45 mil pessoas. Eles pagariam uma irrisória taxa para que o país atacasse as mazelas da saúde e combatesse a miséria. Assim, ele sairia dessa batalha ecoando o brado de um slogan que retumbaria, de vez, por toda a Nação: País rico é um país sem pobreza. É isso. Boa leitura!

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estupros na Baixada santistacasos

ano

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3Praia Grande

saúde

eleições 2012

Praia Grande inaugura uPa em clima de comício

Pronto atendimento pode aliviar emergências

o duelo: mourão enfrenta Pt nas urnas em outubro

Jardim Samambaia ganhou uma Unidade de Pronto Atendimento sob influência eleitoral

PSOL e PSC também disputam a Prefeitura da cidade com chances reduzidas de vitória

A inauguração da Unidade de Pronto Atendimento – UPA – do Jardim Samambaia, na noi-te de 30 de junho, ocorreu sob a influência das próximas elei-ções, dia 7 de outubro. Como a lei eleitoral proíbe que candida-tos participem de inaugurações três meses antes da eleição, ela ocorreu no fim desse prazo. Os oradores mal conseguiam dis-farçar o clima de comício. Qua-se no final da festa, José de Ri-bamar Ramos Santos, militante do PT ofereceu uma bandeira do seu partido ao prefeito Roberto Francisco (PSDB). Em seguida,

ocupou o microfone e parabe-nizou a administração. Então, o prefeito tucano viu-se obrigado a dizer que havia dinheiro do governo federal na obra, algo que ninguém havia citado antes – os pronunciamentos anteriores louvavam o empenho do ex-pre-feito Alberto Mourão (PSDB) em favor da obra; nomes de ve-readores candidatos à reeleição também foram citados.

Compareceram à inaugura-ção mais de mil pessoas. Segun-do a assessoria de imprensa da Prefeitura “desde às 14 horas, mais de 10 mil moradores dos

bairros próximos foram ao lo-cal do evento”. Durante a sole-nidade, houve a exibição de um vídeo – que informava como funcionaria a nova unidade de saúde. No final, fogos de arti-fício foram estourados tendo como música tema aquela do final das corridas de Fórmula 1 (do tempo de Aírton Sena). Um show musical foi cancelado por falta de segurança: a UPA mar-geia a Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, estrada com intenso fluxo de veículos, e a aglome-ração de pessoas poderia causar acidentes.

As Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) foram planejadas para servir de atendimento intermediário entre as unidades básicas e os setores de emergência dos hospitais e os prontos-

-socorros. A ideia, desenvol-vida pelo Ministério da Saúde desde 2003, foi assimilada pe-los municípios para aliviar os serviços de saúde. A dimensão de cada unidade depende da capacidade de investimento

do município onde ela será instalada. Quanto maior o in-vestimento da prefeitura local, mais bem equipada é a unida-de e mais abrangente é o aten-dimento. No Brasil convivem UPA’s que se assemelham a

postos de atendimento bási-co e outras preparadas para atender casos de maior com-plexidade, que funcionam em conjunto com o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).

O ex-deputado federal e ex-prefeito Alberto Mourão (PSDB) é o candidato da situa-ção à Prefeitura de Praia Gran-de. Maura Ligia Costa Russo (PMDB), que foi secretária de Educação da Prefeitura, será a candidata a vice-prefeita. Os 18 partidos que apoiam Mourão formaram coligações propor-cionais e terão 222 candidatos a um mandato legislativo.

O principal candidato da

oposição será o ex-vice-pre-feito da cidade, Alexandre Cunha, do Partido dos Traba-lhadores. O candidato a vice será Valdeir de Oliveira, o pas-tor Valdeir da Igreja Assem-bleia de Deus, também filiado ao PT. A chapa terá o apoio de cinco partidos (PTN, PSDC, PC do B, PV e PPL) e 68 can-didatos ao legislativo munici-pal. O PSOL de Praia Grande também confirmou a candida-

tura de Jasper Lopes Bastos a prefeito de Praia Grande – ele já concorreu ao cargo em 2008 –, tendo como vice Antonio Luiz de Souza, o Jarrão. O par-tido não fez coligação e terá 13 candidatos a vereador. A Justi-ça Eleitoral registrou também a candidatura do ex-deputado federal Antônio da Cunha Lima (PSC), que concorre sem o apoio de nenhum outro par-tido a não ser o próprio PSC.

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4 Praia Grande

economia

um imposto que não mata ninguém. e vale muito

imposto sobre Grandes Fortunas

contribuição social das Grandes Fortunas

Tributação das grandes fortunas seria para a saúde pública e o combate à miséria Por Maurício Thuswohl

A criação de um Impos-to sobre Grandes Fortunas (IGF), prevista na Constitui-ção Federal de 1988, está su-bordinada à aprovação de lei complementar para entrar em vigor e até hoje não virou rea-lidade. O debate sobre a taxa-ção das fortunas voltou à tona no ano passado, por causa da Emenda 29, que fixou os per-centuais mínimos que União,

Estados e municípios devem investir na saúde. Defensores e críticos da tributação pra-ticada em outros países vol-taram a tornar públicos argu-mentos de uma discussão que ganha corpo. Em 1989, o Se-nado aprovara um projeto de lei complementar do então se-nador Fernando Henrique Car-doso (PSDB-SP) que punha em vigor o IGF, mas permitia

Elaborado pelos deputa-dos Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Luciana Genro (RS, sem mandato), do Par-tido Socialismo e Liberdade (PSOL), o projeto de lei do Imposto sobre Grandes For-tunas (IGF) visa complemen-tar a Constituição Federal.

Em 2011, no debate sobre a Emenda 29, o deputado Dr. Aluizio (PV-RJ) criou a Con-tribuição Social das Grandes Fortunas (CSGF). A relatora do projeto na Comissão de Seguri-dade Social e Família, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), apresentou emenda para que a arrecadação proveniente da CSGF fosse direcionada a ações e serviços de saúde. O dinheiro seria encaminhado ao Fundo Nacional de Saúde (FNS) e fi-nanciaria o Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a de-putada, a CSGF atingiria mais de 55 mil contribuintes com patrimônio superior a R$ 4 mi-

lhões. Seu relatório previa nove alíquotas para a CSGF, a serem pagas anualmente: 0,4% (entre R$ 4 milhões e R$ 7 milhões); 0,5% (de R$ 7 milhões a R$ 12 milhões); 0,6% (de R$ 12 mi-lhões a R$ 20 milhões); 0,8% (de R$ 20 milhões a R$ 30 mi-lhões); 1% (de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões); 1,2% (de R$ 50 milhões a R$ 75 mi-lhões); 1,5% (de R$ 75 mi-lhões a R$ 120 milhões); 1,8% (de R$ 120 milhões a R$ 150 milhões); e 2,1% para patrimô-nios acima de R$ 150 milhões.

A deputada ressalta que as alíquotas produziriam efeito sobre a arrecadação e

baixíssimo impacto para os contribuintes atingidos face à evolução patrimonial: “A Receita Federal informa que, em 2009, o patrimônio das pessoas que superava R$ 100 milhões elevou-se de R$ 418 bilhões para R$ 542 bilhões – 30% de crescimento num ano.

Assim, uma tributação de 2% representa pouco para esse di-minuto segmento social, mas significará um belo aporte de recursos para a saúde públi-ca, que atende 190 milhões de brasileiros” – diz Jandira. Se aprovada na Comissão de Seguridade Social e Família,

a CSGF passará por duas co-missões antes de ir a votação. O trâmite se estenderá pelo primeiro semestre de 2012. O objetivo dos defensores da proposta é evitar que se repita a situação do projeto que está a hibernar na gaveta da Mesa Diretora.

que os valores pagos fossem deduzidos do imposto de ren-da. Na Câmara, o projeto aca-bou substituído por outro, do PSOL, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça em junho de 2010 e pronto para ir a voto em plenário. No entan-to, dorme em alguma gaveta da Mesa Diretora à espera de uma decisão política que des-trave a discussão.

Ele determina que o imposto incida em 1% sobre os pa-trimônios de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões; em 2%, entre R$ 5 milhões e R$ 10 mi-lhões (26.206 pessoas em 2008, segundo a Receita Federal); em 3%, entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões

(10.168 pessoas); em 4%, entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões (5.047 pes-soas); e em 5% sobre pa-trimônios acima de R$ 50 milhões (1.327 pessoas – há, ainda, 997 pessoas com patrimônio acima de R$ 100 milhões).

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alíquota do imposto sobre Grandes Fortunas, em milhões

alíquota da contribuição social das Grandes Fortunas, em milhões

5Praia Grande

imposto ou contribuição social: o que é melhor?

como é lá fora

O professor de Direito Tri-butário da Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro Bruno Macedo Curi acha que o Im-posto sobre Grandes Fortunas (IGF) deve prevalecer sobre a contribuição (CSGF). Ele lembra que entre os objetivos constitucionais do Brasil es-tão a erradicação da pobreza, da marginalização e a redução das desigualdades sociais: “O

combate à pobreza é algo ca-ríssimo. Por isso, buscou-se um instrumento tributário e a receita do IGF ficou vincu-lada ao Fundo de Combate à Pobreza”.

Segundo Curi, não have-ria dupla tributação do IGF e do Imposto de Renda porque “não há duas incidências so-bre o mesmo bem; o IGF não tributa a renda, mas o capital.

Renda é o acréscimo de patri-mônio (tributável pelo IR) e a grande fortuna é o patrimô-nio em si. Se uma pessoa com grande fortuna não acrescer seu patrimônio durante um ano-calendário, não pagará imposto de renda, mas pagará o IGF”. O tributo, portanto, atua sobre o patrimônio de quem concentra grande parte da renda nacional.

Segundo Curi, o calcanhar de Aquiles é a possibilidade de o IGF provocar fuga pa-trimonial do país. “Eis um ponto crucial. O imposto não incide sobre o patrimônio de fora do país, ao contrário do Imposto de Renda, que tem previsão constitucional para isso. Assim, é preciso haver uma emenda constitucional destinada a evitar a previsível

evasão de divisas. Até porque, quanto maior o patrimônio do cidadão, tanto maior será sua mobilidade” – diz o professor, para quem uma alternativa possível, mas não ideal, seria a União aumentar o IOF sobre certas remessas de dinheiro para o exterior. “Mas isso, in-felizmente, não é à prova de fraudes e demandaria maior esforço de fiscalização.”

Em 1922, na Alemanha, a tributação, com alíquotas de 0,7% a 1%, atingia não apenas quem possuía bas-tante dinheiro, mas também poder econômico e político. O imposto foi declarado inconstitucional em 1995. Desde então, aguardam-se novas regras para que volte a ser cobrado.

Na França, o Imposto de Solidariedade sobre a For-tuna, ainda em vigor, tem alíquotas de 0,5% a 1,5% e incide sobre o patrimônio líquido de pessoas físicas. Foi recriado pelo presiden-te François Mitterrand, em 1988. Outros países euro-peus que tributam as fortunas são Áustria, Suécia, Finlân-dia, Islândia, Luxemburgo, Noruega e Suíça. Holanda, em 2001, e Dinamarca, em 1996, o aboliram em um pas-sado recente; há mais tempo, Itália (1947) e Irlanda (1978) o deixaram de lado.

Nos países anglo-saxões, a taxação de grandes fortu-nas nunca pegou. Na Ingla-terra, as discussões sobre a sua criação foram de 1960 a 1974, quando se formou

uma comissão especial para decidir sobre o tema. Ela constatou que a instituição de um imposto sobre gran-des fortunas substituiria um imposto sobre patrimônio já existente, impedindo sua adoção. Nos Estados Uni-dos e no Canadá, o debate foi abandonado na primeira metade do século 20, mas ambos possuem sistemas próprios de impostos, cha-mados de property tax, que incidem sobre a proprieda-de e não sobre o patrimônio global dos contribuintes.

Nos países emergentes, a África do Sul e a China não tributam as grandes fortunas. Na Índia, desde 1957, existe um imposto anual sobre o patrimônio líquido com alí-quotas que variam entre 1% e 5% sobre os bens das pes-soas físicas e jurídicas que excedam um limite estabele-cido pelo governo. O modelo indiano, no entanto, isenta da cobrança do imposto pro-priedades agrícolas, obras de arte, bens de uso pessoal e até um imóvel do contribuin-te, desde que comprovada-mente habitado por ele.

afortunadosGrandes Fortunas do Brasil

pessoas com patrimônio superior a

R$ 100 milhões

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26.206 pessoas com

patrimônio entreR$ 5 e R$ 10 milhões

10.168 pessoas com

patrimônio entreR$ 10 e R$ 20 milhões

5.047 pessoas com

patrimônio entreR$ 20 e R$ 50 milhões

1.327 pessoas com

patrimônio entreR$ 50 e R$ 100

milhões

6 Praia Grande

Política

Pílulas Por José Claudio de Paula div

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MotivosUm dos motivos alegados pelos apoiadores de Mourão para sua candidatura é seu potencial eleitoral. Segundo pesquisas feitas pelos tucanos, ele teria ampla vantagem na disputa com a oposição. As mesmas pesquisas indicam que

se o candidato fosse o atual prefeito a disputa seria apertada.

PMDB governista IO PMDB de Praia Grande participa da coligação que apoia a candidatura do ex-prefeito Alberto Mourão, do PSDB. A aliança nacional com o PT não animou os peemedebistas locais a repetir a coligação na cidade.

PMDB governista IIIntegrante da coligação liderada pelos tucanos, o PMDB in-dicou a ex-secretária de Educação da Prefeitura, Maura Lí-gia Costa Russo, para ser candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada por Alberto Mourão. Quem dirige o PMDB em

Praia Grande é o ex-deputado estadual Cássio Navarro, genro do ex-prefeito.

OtimismoApesar da solidão e do isolamento, o candidato do PSOL Jasper Lopes Bastos está otimista com a perspectiva de boa votação em outubro. Em 2008, o partido de Heloisa Helena não obteve bom resultado nas urnas de Praia Grande. Desta

vez, acredita Jasper, o resultado será melhor.

DescontentamentoNem todo mundo na Prefeitura está feliz com a candida-tura do ex-prefeito Alberto Mourão (PSDB), que concorre novamente ao mais alto cargo político do município. Há quem preferisse que o atual prefeito tucano Roberto Fran-

cisco se candidatasse à reeleição.

PT UnidoDesde o mês de abril que o PT já tem definido o nome para a disputa da Prefeitura. Pré-candidatos inscritos anterior-mente retiraram seus nomes e anunciaram publicamente o apoio ao ex-vice-prefeito Alexandre Cunha.

PreteridoO atual vice-prefeito, Arnaldo Amaral (PSB), teve que ce-der a vaga para a indicação do PMDB. Aliado natural de Mourão, ele já foi presidente da Câmara Municipal e não esconde de ninguém que gostaria de continuar como subs-

tituto eventual do provável futuro prefeito.

SozinhoO Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) vai se lançar so-zinho na eleição de outubro. Sem coligação com qualquer outra legenda, o partido concorre com chapa pura para o Executivo e terá o apoio de 13 candidatos à vereança.

PerFil

evangélico e engajado, pastor Waldeir é o vice do PtCandidato é da Assembleia de Deus – Ministério da Missão – e combate “continuísmo tucano”

Waldeir de Oliveira, 44 anos, é uma liderança da As-sembleia de Deus, em Samam-baia, cujo templo de 2 mil m² pode receber três mil pessoas e abriga uma escola de teolo-gia, berçário e refeitório. Como pregador, Waldeir viaja regular-mente à África, onde sua igreja possui templos no Mali e no Ní-ger. Casado com Maria Apare-cida Arantes de Oliveira, ele é pai de três filhos. Seu trabalho em Praia Grande começou na Vila Mirim e hoje se estende por todo o litoral. Mas o grande orgulho é o templo de Samam-

baia, “espaço que se tornou ne-cessário por causa do aumento de evangélicos na cidade” – a população evangélica no Brasil passou de 15,4% para 22,2%

nos últimos 10 anos e represen-ta 42,3 milhões de pessoas. O pastor Waldeir estima que em Praia Grande o crescimento foi ainda maior. “Calculo que exis-tam mais de 40% de evangéli-cos no município” – diz.

Atuante no ramo de cons-trução, Waldeir acha longo de-mais o prazo – de oito meses a um ano – para a liberação de alvarás de construção pela Pre-feitura. Filiado ao PT, o pastor acha que “o sucesso de Lula na presidência pode se repetir em Praia Grande”. Seu engaja-mento na política é para com-

bater o continuísmo. “O mes-mo grupo está na Prefeitura há mais de vinte anos e a popula-ção quer mudanças” – diz. Ele reclama das dificuldades na implantação de projetos para atender o povo mais pobre. “Recentemente, um serviço de odontologia não foi oferecido por causa de problemas com a Prefeitura” – conta ele, que acha que o orçamento anual, de cerca de R$ 800 milhões (em 2013), deve ter essa priorida-de. “As secretarias devem ter critérios rígidos para destinar os recursos e evitar o desvio de

dinheiro público. Não se pode provar que isso aconteça hoje, mas é sempre bom prevenir”.

Com o início da campanha eleitoral, o pastor Waldeir não deixará seu trabalho na igre-ja. Autorizado pelos religiosos evangélicos, ele estará presente na campanha eleitoral e vai in-terromper suas viagens apenas nesse período. Mas não faltará aos cultos noturnos às terças, quintas e domingos. “O papel do pregador é manter acesa a chama da fé. A tarefa política é uma entre tantas a serem cum-pridas pelo cristão.”

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7Praia Grande

quem é quem

Praia Grande está dividida em três setores distintos

Boqueirão foi o primeiro bairro a se desenvolver

Classe média vai da Presidente Kennedy a Via Expressa e separa a orla e os bairros popularesA área urbana de Praia

Grande está dividida em três áreas: a orla da praia é fre-quentada por turistas e por mo-radores mais abastados; entre a Avenida Presidente Kennedy e a Via Expressa Sul localizam--se bairros de classe média; e na terceira zona estão os bair-ros populares, que receberam menos investimentos públicos do que as outras regiões da ci-dade. Enquanto a orla da praia ganhou um calçadão arboriza-do e a zona intermediária usu-frui, por proximidade, da infra-estrutura existente no pedaço privilegiado da cidade, muitas

ruas da periferia não são nem asfaltadas. Há casos em que uma via não foi pavimentada completamente; quando chove, trechos ficam cobertos de água e lama. Francisco Daniel, mo-rador da Vila São Jorge, afirma que ao mudar para o bairro, em 1974, havia poucas casas e o chão era de areia. “Só um ano depois do loteamento, o bairro teve acesso à luz elétrica e só depois vieram a água encanada e o asfalto. E só agora está sen-do instalada a rede pública de esgoto” – conta ele.

Salomão Rodrigues da Sil-va é morador do Parque das

Américas, outro bairro da pe-riferia. Para ele, o maior pro-blema é a saúde. “Na região não existem profissionais su-ficientes para o atendimento da população. Se duzentas pessoas forem marcar con-sultas, o limite se encerra em trinta pessoas. Os outros que procurem a unidade de saúde em outro dia.” A inauguração da UPA do Jardim Samambaia pode amenizar o problema, mas Salomão quer ver para crer. “Os acidentes da rodovia e a falta crônica de profissio-nais podem contribuir para o congestionamento da UPA.”

A urbanização de Praia Grande, inclusive do trecho à beira do mar, tem pou-co mais do que a idade do município, que acaba de fa-zer 45 anos. A cidade ficou conhecida pela presença de “turistas de um dia”, pesso-as que se deslocavam de São

Paulo e passavam um dia na praia. O local – que hoje tem calçadão, ciclovia e quiosques padronizados – resumia-se a um barranco, que dava acesso à praia.

Segundo o comerciante de imóveis Pedro da Petons, mora-dor de Praia Grande há mais de

35 anos, até 1990 a área urbani-zada era formada pelos bairros Vila Caiçara, Cidade Ocian, Vila Guilhermina e Boqueirão, todos distantes entre si. “O Boqueirão se desenvolveu primeiro por es-tar perto de São Vicente e Santos e por ser o local onde foi instala-da a Prefeitura” – afirma.

FuteBol

vitórias invictas e coletivasCorinthians e Palmeiras jogam na Libertadores 2013

O mês de junho é marca-do por festas juninas no Brasil inteiro. As festas são mais ani-madas no Nordeste do país. Praia Grande tem uma presen-ça grande de imigrantes nor-destinos e seus descendentes. As festas por aqui são sem-pre animadas. Na Vila Sônia,

Festas juninas

Belas quermesses Uma delas começou há um mês

começou no dia 7 de junho a tradicional Quermesse da Fa-mília, que conta com o apoio de comerciantes da cidade e do poder público. O vereador Vitrolinha, ele mesmo um imigrante nordestino, serviu de elo entre a comunidade e os apoiadores da festa.

Os times mais populares do estado – Corinthians e Palmeiras – conquistaram a Taça Libertado-res e a Copa do Brasil, respectiva-mente, ambos sem craques bada-lados. Seus maiores ídolos são os volantes Paulinho (Corinthians), e Marcos Assunção (Palmeiras). Os times venceram graças ao es-

pírito coletivo. Os torneios trou-xeram prêmios em dinheiro aos clubes e os patrocinadores viram a superexposição de suas marcas na televisão. Porém, a maioria dos clubes vive em situação pré-falimentar e mais de 90% dos atletas brasileiros de futebol rece-bem salários irrisórios.d

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8 Praia Grande

Foto síntese – rainha do mar

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respostas

Palavras cruzadas

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As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

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Palavras cruzadas

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horizontal – 1. Cada uma das unidades residenciais, em prédio de habitação coletiva 2. Grande tronco de madeira 3. Sigla de Roraima; Estado brasileiro onde fica uma parte da Floresta Amazônica; Botequim 4. Causar tribulação, afligir 5. instrumento manual, usado para cavar ou remover terra e outros materiais sólidos; Relativo a número 6. Adv. (ant.) Agora; Suave 7. imediatamente, já; Clube do Remo 8. O ser humano, a humanidade; Designa um tempo limite em que alguma coisa, evento etc. termina ou deve terminar 9. Sílaba que não tem acento tônico; Parte do palácio de um sultão muçulmano onde ficam as mulheres 10. Sigla do estado de Rondônia; Despenca; igreja episcopal

vertical – 1. Causar algum tipo de impedimento ou perturbação 2. Porta, de madeira ou de ferro que, a partir da rua, dá acesso a um jardim público ou a uma casa, edifício etc.; nome de famoso treinador brasileiro de futebol, de sobrenome Glória 3. Atmosfera; Galho 4. Série ou conjunto de roubos (plural) 5. Ghraib, famosa prisão iraquiana; País situado na extremidade oriental da Península Arábica; 6. Colocar em posição reta e vertical 7. República parlamentar federal de dezesseis estados, cuja capital é Berlim 8. Sigla do estado do Espírito Santo; Medida agrária; Gemido 9. Entreter-se, distrair-se 10. Chá, em inglês; Pessoa que mostra cortesia, amabilidade, gentileza 11. Curso de água doce, Letra anterior ao ene

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