Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

8
Jornal Regional de Peruíbe www.redebrasilatual.com.br PERUÍBE nº 15 Setembro de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Molecada do Sub-11, Sub-13 e Sub-15 disputa torneio Pág. 7 FUTEBOL TIMES JOVENS Sem Plano de Resíduos Sólidos, Prefeitura não recebe dinheiro Pág. 6 POLÍTICA QUE LIXO! A Festa das Flores, o cartão de visita da primavera Pág. 2 FESTA CHEIROSA À BEÇA PERFIL A história do itaririense Netinho, das bandas The Clevers e Os Incríveis da Jovem Guarda Pág. 4-5 O BATERISTA DO IÊ-IÊ-IÊ jornal brasil atual jorbrasilatual Prefeitura encerra contrato com OSEP; confirmação de caixa dois vira notícia na Globo SAÚDE UMA PICARETAGEM?

description

 

Transcript of Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

Page 1: Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

Jornal Regional de Peruíbe

www.redebrasilatual.com.br peruíbe

nº 15 Setembro de 2012

DistribuiçãoGratuita

Molecada do Sub-11, Sub-13 e Sub-15 disputa torneio

Pág. 7

futebol

times jovens

Sem Plano de Resíduos Sólidos, Prefeitura não recebe dinheiro

Pág. 6

Política

Que lixo!

A Festa das Flores, o cartão de visita da primavera

Pág. 2

festa

cheirosa à beça

Perfil

A história do itaririense Netinho, das bandas The Clevers e Os Incríveis da Jovem Guarda

Pág. 4-5

o baterista do iê-iê-iê

jornal brasil atual jorbrasilatual

Prefeitura encerra contrato com OSEP; confirmação de caixa dois vira notícia na Globo

saúde

uma Picaretagem?

Page 2: Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

2 Peruíbe

expediente rede brasil atual – Peruíbeeditora Gráfica atitude ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço e Lauany Rosa revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2800 contato Publicitário Guiomar Batista telefone (13) 3458-5503 e-mail [email protected] tiragem 6 mil exemplares Distribuição Gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jornal on-line

primavera

editorialEsta edição do jornal Brasil Atual – Peruíbe traz como

chamada de capa a pergunta “Uma Picaretagem?”, há muito tempo conhecida por quem mora aqui e recorre ao pronto-so-corro da cidade. Afinal, nos quatro meses em que reinou na ci-dade, a OSEP – que desde o começo foi vista com desconfian-ça por quem leva a saúde a sério – fez, aconteceu, mandou, desmandou e, inacreditável, vai-se embora da cidade como se a Prefeitura a estivesse enxotando, quando, na verdade, ela rapinou o que podia, antes de dar no pé. A pergunta que fica: quem paga por essa irresponsabilidade? Ou, como sempre, tudo dará numa gigantesca pizza? Está na hora de a população dar a resposta que o caso exige. Nas urnas.

Esta edição também traz outra matéria de capa: o perfil de um itaririense (ainda que nascido em Santos) muito fa-moso no tempo da Jovem Guarda, Luiz Franco Thomaz, o Netinho, baterista das bandas The Clevers e Os Incríveis, nos anos 1960. Netinho relembra a infância que passou no Rio do Azeite, conta sua ida para São Paulo, como entrou no iê-iê-iê, relembra seu romance com a cantora italiana Rita Pavone e diz o que prepara para o seu futuro. Uma bela leitura!

dado alarmante na baixadaTrata-se do pior índice de todo o Estado de São Paulo

mortalidade infantil

Dados divulgados este mês pela Secretaria de Estado da Saúde apontam que a Taxa de Mortalidade Infantil da ci-dade saltou de 8,3% em 2010 para 21,2% no ano passado. A taxa é um indicador que afe-re a mortalidade de crianças

até um ano de idade em cada grupo de mil nascidas vivas – o Guarujá registrou a maior alta, 23%; a taxa anterior era de 19,2%. A Baixada Santista tem o pior índice de São Pau-lo, com média de 16,8%, e Pe-ruíbe supera o indicador.

colorida e perfumada

somos mais de 60 mil pessoas

Vem aí, o cartão de visitas da primavera

Peruíbe cresce 1.257 habitantes em dois anos

7ª festa das flores

PoPulação

De 14 a 16 de setembro, a Prefeitura realiza a tradi-cional Festa das Flores de Peruíbe. Haverá praça de alimentação, artesanato, danças e apresentações ar-tísticas musicais, além das

barracas com flores e outras plantas. A festa será reali-zada na Praça Flórida, na altura do número 2700 da Avenida Padre Anchieta, das 17 h às 24 h. A entrada é franca.

Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE) revela que a

população de Peruíbe passou de 59.773, em 2010, para 61.030, este ano. O crescimento foi de

1.257 pessoas, ou seja, 2,1% – a Baixada Santista registra média de crescimento de 1,7%.

Div

ulG

ão

Div

ulG

ão

Page 3: Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

3Peruíbe

suspeitas de corrupção afastam a oseP de PeruíbePrefeitura rescinde contrato com empresa que contratava por meio de caixa dois Por Enio Lourenço

saúde

A Organização Social Edu-cacional Paulistana (OSEP) se despediu de maneira de-primente de Peruíbe. Como o jornal Brasil Atual denunciou e uma reportagem do Fantás-tico, da Rede Globo, compro-vou, por meio de uma câmera escondida, a entidade de saúde contratava profissionais para dar plantão por meio de caixa dois, sem o registro profissio-nal. As suspeitas surgiram em abril, quando o contrato en-tre a Prefeitura e a empresa que atua como Organização Social de Saúde (OSS) foi firmado sem que o Conselho Municipal de Saúde soubes-se. Segundo o conselheiro Plínio Melo, a administração municipal fez com que o ór-gão perdesse autonomia, pois “nada do que ocorre na saúde em Peruíbe é tornado públi-

co”. Plínio registrou um bole-tim de ocorrência na polícia. Ele sofre ameaças de morte e é coagido a “não se meter nos assuntos da Prefeitura”.

Em quatro meses, a OSEP recebeu R$ 1,3 milhão da Pre-feitura. Ela chegou a Peruíbe sem estrutura profissional ou experiência comprovada em gestão de saúde. Os documen-tos que avalizaram a sua con-

tratação diziam respeito à sua atuação em “procedimentos anestésicos” nas cidades de Os-valdo Cruz e Taboão da Serra. Essas evidências foram objeto de investigação do Ministério Público Estadual e Federal. O pessoal da saúde garante que a empresa ficou os primeiros meses sem funcionários – as caras novas eram da presiden-ta Renata Pinheiro Domingues

Giantaglia e do coordenador de projetos Querubins Expedito de Farias Deus Dara.

A relação das partes era tão promíscua que, em 4 de julho, o secretário de Saúde Marco Antônio Cantuária protocolou o ofício nº 142/2012 reconhe-cendo os “diversos problemas” vividos pela cidade desde a assinatura do contrato, com o conhecimento da entidade (da OSEP), dadas as reuniões rea-lizadas e dados os documentos encaminhados”. No documen-to, Cantuária aponta as irregu-laridades: “As prestações de contas mensais não foram fei-tas no prazo correto e apresen-tam inconsistências contábeis, como a ausência do extrato bancário de movimentação da conta corrente, os demonstra-tivos de despesas, as despesas de investimento e custeio e o

balancete financeiro, todos de-sacompanhados dos documen-tos fiscais comprobatórios”.

Procurados, os assessores de Cantuária alegaram que ele estava em reunião. Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura alega que a deci-são foi tomada “após diversas cobranças e notificações, sem sucesso, em relação ao não cumprimento de cláusulas bá-sicas do contrato firmado com a Prefeitura”. O documento ressalta que os serviços não foram interrompidos e não ha-verá “dispensa nos quadros de servidores, desde que estejam em situação regular”. Agora, a Câmara pode criar uma Co-missão Especial Processante (CEP), mais sumária, ou uma Comissão Especial de Inquéri-to (CEI), mais estendida para investigar a estrepolia.

Div

ulG

ão

rePr

oD

ão

uma morte inaceitável, por falta de médicosA morte por parada cardíaca

de Regina Alves de Souza, de 51 anos, que ficou mais de uma hora à espera de atendimento médico no pronto-socorro da cidade, em 1º de setembro, re-vela a que ponto chegou a saúde em Peruíbe. Segundo o marido,

Erasmo Rodrigues de Souza, o médico plantonista se recusou a atender Regina porque “ele es-tava em greve por aumento sa-larial”. Os funcionários negam. Eles alegam que no dia 10 de se-tembro os médicos contratados pela OSEP não recebiam salários

havia dois meses e paralisaram o serviço por 12 horas, quando a Prefeitura assumiu a folha de pagamento. Reclamam ainda di-reitos trabalhistas não pagos pela OSEP. “Minha preocupação é a rescisão de contrato” – diz a au-xiliar de enfermagem Edna Filo-

mena Oliveira. Em entrevista à TV Tribuna, o secretário de saúde Marco Antônio Cantu-ária afirma que, nos próximos 60 dias, ele irá credenciar os que desejam continuar na Pre-feitura. “A ideia é que a gente continue os serviços” – diz ele.regina, em foto de 1979

Page 4: Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

4 Peruíbe

Ele tocou em bandas da Jovem Guarda e foi um sucesso do iê-iê-ié Por Enio Lourenço e Lauany Rosa

Perfil

netinho, um baterista incrível, de fama mundial

No Planalto Paulista, bair-ro paulistano tranquilo, com ruas largas, arborizadas e casas espaçosas vivem Luiz Franco Thomaz, o Netinho, e a espo-sa Sandra Haick. O sobrado de muros altos, com trepadeiras e portão imponente, passa o dia com janelas e portas trancadas, no mais absoluto silêncio. Os donos se levantam às 18 horas: eles trocam o dia pela noite des-de os tempos em que o baterista tocava na madrugada. Então, as atividades da casa começam.

Netinho nasceu em abril de 1946, na Beneficência Portugue-sa de Santos, mas cresceu em Itariri, numa casa perto do Rio do Azeite, feita pelo avô ma-terno José Ferreira Franco, no tempo dos bailes, que atraíam pessoas da região, das Festas da Banana e do Sobá, dos imigran-tes japoneses, das grandes quer-messes. Itariri era festiva à beça. O Cine Teatro oferecia ótimos filmes e peças, algumas estrela-das por dona Maria Franco Tho-maz, a Mariazinha, mãe de Ne-tinho. “Um dia encenamos Cala a Boca, Etelvina, de Armando Gonzaga, no teatro Coliseu, em Santos. Foi um sucesso.”

A vocacão musical do ga-roto surgiu na igreja católica. Dona Mariazinha badalava os sinos que anunciavam o horário da missa. Um dia, atarefada, ela pediu que ele fosse em seu lu-gar. Foi esse blém-blom que o despertou para a música, que fez com que entrasse na fanfarra do colégio antes da idade permitida. “Ele tocava caixa nas paradas cí-vicas de 7 de setembro e 15 de novembro” – conta Mariazinha.

A ida para um seminário era quase ritual. Os padres frequen-tavam a casa de dona Mariazi-nha e a convenceram de que no Diocesano São José, em São Vi-cente, as chances de aprendizado do pequeno seriam melhores. Mas Netinho nunca quis ser pa-dre. Em menos de um ano, está de volta a Itariri: não se adaptara à vida clerical. Aos quinze anos, ele volta ao ginásio da cidade e começa um romance com uma moça mais velha, de uma famí-lia rival na política. A diretora da escola era tia da garota e expul-sou o jovem do colégio. Então, o tio dele, João Franco, que era o prefeito, trocou a diretoria do ginásio para Netinho voltar a es-tudar. Houve greve de professo-res para boicotar a nova diretora. O caso gerou tanta confusão, que dona Mariazinha mandou o ga-roto morar em São Paulo, com a tia Guilhermina.

A mudança fez bem pra ele. “Cheguei ao paraíso” – pensava, maravilhado com a cidade. A tia lhe arranjou emprego no Se-

nac e ele trabalhava e estudava. Um dia, ele foi ao badaladíssimo programa Ritmos para a Juven-tude, de Antonio Aguillar, na Rádio Nacional. “Fiquei encan-tado com o movimento e falei que ia ser músico.” À espreita de uma chance, Netinho encontra Urupê, o seu anjo – ou protetor – no seminário, que tocava no The Jordans e o apresentou ao The Clevers, que precisava de um baterista com bateria. Neti-nho então pediu ao avô Franco que lhe desse o instrumento. Ao entrar na banda que pertencia a Aguilar – The Clevers –, o queri-dinho do vovô ganhou enfim seu apelido. No dia de estreia, Neti-nho foi substituído no show por Ventania, um baterista profissio-nal. “Foi uma decepção” – lem-bra. Mas não desistiu. Largou o emprego e deu uma de “gato”: alterou os documentos para tocar à noite nas boates.

O The Clevers não era uma banda conhecida. Ela tocava em até quatro bailes por noite para conquistar fãs. O estouro dela se

deu com a vinda da cantora ita-liana Rita Pavone ao Brasil, con-vidada pela TV Record. Como não podia trazer sua orquestra, ela foi acompanhada pelo The Clevers. E, assim, ambos viram sucesso nacional. Mas à fama sucede o racha. Numa turnê à Ar-gentina, Aguilar não viajou com o grupo, o que causou uma rusga entre o empresário e os músicos. Confundidos com uma banda americana, o pessoal decide se apresentar como Os Incríveis The Clevers. No Brasil, Agui-lar fica fulo e monta um novo The Clevers. “Eles tinham uma dúzia de fãs e a gente era artis-ta internacional” – diz Netinho, recordando-se de como o nome da banda virou Os Incríveis.

No auge do sucesso, Os In-críveis ganham um programa na TV Excelsior. A intenção era ir na esteira do Jovem Guarda, apresentado por Roberto Car-los, Erasmo Carlos e Wander-léa, na TV Record. “Acabava o programa deles, começava o nosso” – recorda Netinho. De-

pois, a banda ainda viajou para o Japão, gravou em japonês e fez o filme Os Incríveis Neste Mundo Louco, quando Netinho, numa viagem de navio pela In-glaterra, conhece Sandra Hai-ck e se enamora da moça. Em 1970, eles se casam; em 1971, têm o primeiro filho, Sandro; em 1977, a menina Samandhi.

Nos anos 1970, Os Incríveis se separam. Netinho fica com os direitos do nome e da mar-ca. Tenta montar outra banda de mesmo nome, sem sucesso. Surge então o Casa das Máqui-nas, de rock mais pesado, “uma banda de duas baterias” – expli-ca Netinho. O Casa grava em italiano, em espanhol e faria uma turnê ao exterior, quando se desentendeu e terminou.

Netinho volta-se para o lado espiritual e cria o selo Manancial de Amor. Nos anos de 1990, com Eduardo Araújo, produz o show Novo de Novo para comemorar os 30 anos da Jovem Guarda. Durante a divulgação do evento, no pro-grama Jô Soares Onze e Meia, a voz de Netinho falha. Ele não dá entrevista. O médico Carlos Pontes descobre-lhe um câncer nas cordas vocais. Operado, ele reage bem e ainda participa do show na casa Tom Brasil, em São Paulo. Netinho, então, co-meça o projeto A Criança e o Futuro, com o Centro de Apoio à Criança Carente com Câncer (CACC), com mais 40 artistas e grava um CD com renda rever-tida para o projeto. Na última década, dedica--se a escrever o livro Netinho – minha história ao lado das baquetas.

lau

an

y r

osa

rePr

oD

ão

netinho em casa, pintado por uma fã, na época do casamento e notícia mundial

Page 5: Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

5Peruíbe

um canto de criação

Netinho possui em casa uma sala agregada, com sofás con-fortáveis e estantes repletas de discos, CDs, fotos, livros, bibe-lôs e suvenires de sua carreira. O livro Netinho – minha história ao lado das baquetas foi escrito nessa sala, durante as madruga-das, com a ajuda de Samadhi, a filha que mora na Austrália. “Por causa do fuso horário, a gente trabalhava junto, ela de dia e eu à noite, via Skipe, em tempo real” – diz.

O baterista fez sucesso,

ganhou fama e dinheiro, mas nunca mexeu com finanças. Quem cuida das contas e ad-ministra a grana é a esposa Sandra. Até hoje ele não pos-sui conta em banco. Tudo o que adquiriu foi gasto em via-gens, pelo mundo afora. “Lo-tei vários passaportes.”

O filho Sandro herdou o espírito aventureiro do pai e se lançou numa viagem à Tur-quia, para comprar pratos de bateria – segundo Netinho, “os melhores do mundo”.

as lembranças de dona mariazinha, a mãe de netinhoAos 87 anos, dona Ma-

riazinha guarda na memória a história da família, que se confunde com a do municí-pio. A enfermeira aposenta-da, que está trocando Itariri por Santos, lembra que seu pai, o português José Ferrei-ra Franco, o seu Franco, era chefe de obras da Estrada de Ferro Sorocabana, no início do século 20. Com a expan-são da linha de ferro Santos-Juquiá e a construção da es-tação ferroviária em Itariri, o patriarca ficou na região com a família. Foi ele quem construiu a ponte férrea do Rio do Azeite. Depois, com-prou terras, construiu as pri-meiras casas do povoado e

prefeito duas vezes. Para aju-dá-lo numa campanha, dona Mariazinha elegeu-se verea-dora. A cidade se desenvolveu na infraestrutura com a ges-tão dos irmãos. “Na época, só havia água de poço. Meu pai pensara em colocar água enca-nada, mas foi João quem fez a grande reforma no saneamen-

acabou prefeito. “Meu pai foi administrador da vila de Itariri e enfrentou dificuldades para, em 1938, virar Distrito de Paz – subordinado a Itanhaém até 1948. Ele teve problemas com grileiros nos processos das terras devolutas, mas ganhou todos no tribunal de Santos.”

Seu irmão João também foi

to da cidade.” Ela se recorda também da praça do coreto: “João dizia que toda cidade ti-nha uma pracinha para as pes-soas se encontrarem e questio-nava por que Itariri não tinha. Então construiu uma”.

Das lembranças da infân-cia de Netinho, dona Maria-zinha resume que ele era “um menino normal, com saúde e levado. Jogava bola e se di-vertia no rio, saltando da pon-te férrea construída pelo avô”. Ela conta que, aos 11 anos, o menino pegava o caminhão com o qual a família transpor-tava banana para São Paulo e vinha com a irmã do sítio paterno a Itariri. “Ele dirigia para estudar teoria musical e

deixava o caminhão antes da delegacia de polícia. Eu só sossegava quando via o farol apontando de volta.”

Depois, quando monta-ram um conjunto musical na cidade, o convidaram a parti-cipar. “Ele tinha uns 13 anos. Um grupo de senhores, lide-rados pelo maestro espanhol com quem ele tomava aulas de música, veio à minha casa pedir para que o deixas-se tocar com eles. Tanto in-sistiram, que fui obrigada a deixar” – diz entre gargalha-das. “Tudo o que aconteceu em sua vida foi um processo contínuo, sem pular etapas.” E o dom? “Ah, a pessoa nas-ce com isso.”

en

io l

ou

ren

ço

Política: uma herança de família

uma paixão. e a fofoca mundial

O baterista já foi convi-dado a candidatar-se a verea-dor de Itariri. Curioso, ele participou de uma reunião do partido durante a qual lhe

ofereceram dinheiro para arcar com os gastos da campanha. “Fiquei horrorizado. Não tinha trabalhado para receber tanto dinheiro” – afirma. Netinho

pediu para conversar com a esposa e nunca mais pensou em candidatura. “Gostaria de ser político, mas sou bobo e ia ser passado para trás.”

A mídia descobriu o roman-ce de Netinho e Rita Pavone e a notícia foi capa dos jornais do mundo. “Eu não era muito chegado nela; ela não era tão bonita e eu tinha outras namo-radas” – diz. Netinho então se envolveu com outra cantora italiana, Mary di Pietro. Foto-

grafados juntos, de novo o ba-terista foi notícia mundial. O contrato com Rita Pavone foi rasgado e ele quase foi expulso do The Clevers. “Eu era mole-que, não fazia por mal, mas para aproveitar as maravilhas do mundo” – conta Netinho, em meio a risos.

Netinho prepara o CD duplo Os Incríveis, dividido em Velhos Tempos, com os sucessos da banda original, e Novos Tempos, com mú-sicas inéditas. Ele também

o que vem pela frente pensa num show pela passa-gem dos 50 anos da banda, reunindo artistas que fizeram parte de sua carreira num sítio em Cotia.

Enquanto isso, ele finaliza

o livro Revisando Culpas, em que promete revelar as fases mais badaladas, os se-gredos pessoais, os amores e as brigas dos amigos da Jovem Guarda.

Div

ulG

ão

lau

an

y r

osa

Page 6: Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

6 Peruíbe

Política

trocando em miúdos Por Guiomar Batista Carnaval Div

ulG

ão

PositivoEm breve será inaugurada a primeira Uni-dade de Pronto

Atendimento (UPA) 24 Ho-ras de Peruíbe, do governo federal. Referência em saúde em todo o País, as UPAs têm um grau de resolutividade dos problemas de saúde da popu-lação na ordem de 97%. Para-béns.

NegativoA omissão da Administração Municipal que não elaborou

em tempo hábil – até o dia 2 de agosto – o Plano Municipal de Resíduos Sólidos, previsto em legislação federal. Resultado: a Prefeitura fica impedida de conseguir financiamento pú-blico do Governo Federal para políticas na área. Lamentável.

CaindoQuem está em maus lençóis é a prefeita Milena Bargieri (PSB) depois da matéria do Fantásti-co, da TV Globo, que escancarou o esquema de “caixa dois” da OSEP, contratada por ela

para “gerir a saúde”. Há quem diga que foi a pá de cal na campanha. Furo

O jornal Brasil Atual – Peruíbe foi o periódi-co que mais destacou os problemas constatados junto à OSEP. Na edição de agosto, a reporta-gem do jornalista Enio Lourenço evidenciou os

graves problemas sobre este contrato firmado por Milena Bargieri.

Nas ondas do rádioUm bom espaço para o cidadão acompanhar as propostas das eleições é ouvir diariamen-te (exceto aos domingos) o programa eleito-ral transmitido pelas rádios Onda Brasil FM

e FM Ilha do Sol. Abaixo-assinado do AME

A vereadora e candidata a prefeita Onira encaminhou ao governador Geraldo Alck-min (PSDB) o abaixo-assinado que coletou junto à população que luta para que o AME

Municipal passe a ser gerido pelo governo do estado, como é em Praia Grande e em Santos. Dezesseis mil pessoas assinaram o documento apoiando a iniciativa.

Mês decisivoSetembro é o mês decisivo para o futuro de cada município brasileiro. Em Peruí-be, as campanhas estão pegando fogo e o eleitor, a quem cabe decidir, analisa em

quem votará para prefeita e para vereador.

Com tudoÉ notório o crescimento da candidatura de Onira Betioli (PT) à Prefeitura. Visitando casa a casa, rua a rua, Onira vem conquis-tando apoio na reta final das eleições.

Mais apoioOnira também tem recebido a visita de li-deranças nacionais do PT, como os depu-tados federais Ricardo Berzoini e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e o deputado

estadual e presidente do PT-SP Edinho Silva. Todos fizeram questão de trazer seu apoio pessoalmente aqui em Peruíbe.

FaltouEstá pegando muito mal o discurso de alguns candidatos a Vereador na cidade. Quando deveriam trazer propostas e pro-jetos, ficam prometendo cargos na admi-

nistração municipal. Quanta incompetência!

Jornal Regional de Peruíbe

www.redebrasilatual.com.br PERUÍBE

nº 14 Agosto de 2012

DISTRIBUIÇÃOGRATUITA

Estamos no inverno, mas as praias já estão insatisfatórias

Pág. 7

PolUição

PRAiAS iMunDAS

Tribunal de Contas divulga os nomes de quem tem ficha suja

Pág. 6

PolítiCa

oS inELEGÍvEiS

Três candidatas disputam a Prefeitura da cidade

Pág. 2

eleições 2012

A vEZ DA MuLHER

jUreia

Moradores dizem que os guardas do parque invadem casas atrás de armas de caça

Pág. 3

PoPUlação teMe o estado rePressiVo

Entidade é acusada de quarteirizar os serviços de Raios-X e dos refeitórios

saúde

oseP: soB sUsPeita

A SEDE DA oSEP, EM São PAuLo

AnA MiLEnA oniRA

En

io L

ou

REn

ço

Jornal_Peruibe_14.indd 1 10/08/12 13:28

Page 7: Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

7Peruíbe

tiveram início os torneios das categoria de basePrimeiro Campeonato Municipal reúne a molecada do Sub-11, Sub-13 e Sub-15

futebol

Foi iniciado, no dia 8 de se-tembro, o I Campeonato Mu-nicipal de Futebol das catego-rias Sub-11, Sub-13 e Sub-15, organizado pela Prefeitura e que reúne os seguintes times: Guaraú, Estrela, Caraguava, Bahia, Recreio Santista, Vila

Erminda, Jardim Brasil, Peruí-be e Real Veneza. O torneio vai até o dia 10 de novembro e visa formar seleções municipais das categorias para as futuras com-petições. O diretor de esportes da cidade, Washington Reis, destaca que “entre os objetivos

Patrimônio da cidadeMaterial é estudado na medicina

lama negra

Uma das maiores precio-sidades de Peruíbe é a lama negra, material que está sen-do estudado de forma me-dicinal. A cidade conta com extensa jazida da lama, o que a faz referência nacional no assunto. Procurada por pessoas do país e do exterior que vêm em busca dos be-nefícios no Complexo Ther-mal, na praia do Centro, a

lama negra é “um santo re-médio” para quem sofre de reumatismo ou de doenças de pele. O PRODEP – Pro-gresso e Desenvolvimento de Peruíbe, que administra o complexo, é um referen-cial no “turismo da saúde”, atividade econômica que em todas as partes do mundo traz um importante impacto para a sociedade local.

eike desiste de projetoE Dilma anuncia investimento de R$ 36 bilhões

logística

O Grupo EBX, do empre-sário Eike Batista, anunciou o fechamento de capital da empresa LLX Logística, que construiria o Porto Brasil, em Peruíbe. Problemas fundiá-rios, indígenas e da crise fi-nanceira mundial impediram a

sequência do projeto. Já a presi-denta Dilma Roussef e o minis-tro dos Transportes, Paulo Sér-gio Passos, anunciaram o Plano de Investimentos em Logística (PLI), cujo investimento será de R$ 36 bilhões, em 30 anos, nas áreas de logística – como

ferrovia, por exemplo. Entre as regiões que terão investi-mento está a linha férrea que atende ao Porto de Santos. Há possibilidade, ainda, de que a ferrovia que corta Peruíbe – o Litoral Sul – também seja contemplada no PIL.

comunidades vivem incertezaGoverno tenta votar lei sem pesar audiências públicas

jureia

Em agosto, a Assembleia Legislativa (Alesp) votou o projeto de lei do governador Alckmin que recategoriza o Mosaico de Unidades de Con-servação da Jureia, pondo em risco a permanência de qui-lombolas, indígenas e caiça-

ras. Segundo a vice-presidente da União dos Moradores de Jureia, Adriana Souza Lima, o Partido Verde (PV) e ONGs ambientalistas querem a saída das comunidades, na região há mais de 200 anos. Desde ju-lho, o pessoal da Jureia recebe

notificação para sair da área. “O presidente da Alesp, Bar-ros Munhoz (PSDB), pediu ao Ministério Público que a retirada fosse suspensa, pois o projeto seria votado. E a gente ganhou 30 dias para discutir com o governo” – diz Adriana.

da competição estão reforçar a adesão de menores ao esporte, resgatar a história dos clubes da cidade e fortalecer a paixão da comunidade pelo clube do seu bairro”. As rodadas são aos sábados, a partir das 8h30, em vários campos municipais.

Div

ulG

ão

Div

ulG

ão

Page 8: Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

8 Peruíbe

foto síntese – estação ferroviária Palavras cruzadasPalavras cruzadas

respostas

Palavras cruzadas

sudoku

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

7 3

5 9 4 7

8 4 1

4 7 5 1

2 6 8 5 7

7 2 9 6

6 2 1

3 6 8 4

7 5 3

Horizontal – 1. Planta usada em projetos paisagísticos 2. Indício, vestígio; Nome de origem tupi, variante de Anahi (bela flor do céu) 3. Universal Boxing Organization; O fruto do urucuzeiro 4. Maneira de executar algo; Extraterrestre 5. Acertara o texto 6. União Europeia; Semelhante a monogamia 7. Fluido que respiramos; Guerra entre o Exército e o movimento de Antônio Conselheiro 8. Sem curvaturas; Escola de Artes e Ofícios; Linguagem de programação Turbo Basic 9. Criticai, reprovai; Cidade de São Paulo 10. Não, em inglês; Adiante! 11. Construção que ampara parede ou abóbada

vertical – 1. Música de Maria Bethânia 2. Produto Interno Bruto; Diz-se de quem ergue 3. Palavra que designa uma pessoa; Forma sincopada de está 4. Alcoólicos Anônimos; Conjunto de normas pedagógicas 5. Albumina vegetal; Associação Rio-grandense de Bibliotecários 6. Que possui o caráter de rotina 7. Beberrão; Magnetismo pessoal 8. Apoiado, firmado; Sigla da Bahia 9. Navio de velas redondas; Gosto muito; Designativo de tudo 10. Equipe; Indica objeto próximo do falante ou com ele relacionado 11. Ou, em inglês; Irmã da mãe; Soca

ma

ur

o r

am

os

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Palavras cruzadas

PAGAPANTOSINALANAIRUBOURUCUMSMETODOETSEDITARAIUEUNIGAMIAARCANUDOSRETAEAOTBATAÇAIPOANOARRIBATARCOBOTANTE

sudoku

739281465526947138841635279497516382268493517315872946983754621152368794674129853