Journal art form

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Número Zero

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Fev 2012

Número Zero

arte: Alexandre Palito

Seja bem-vindo.Uma idéia se torna real. Graças a iniciativa de um grupo de pessoas que acredita ser possível fazer o que gosta, independente, puro, verdadeiro, honesto.

Mostrar ao mundo o novo e o velho, fotógrafos, artistas, skatistas. Cabeças pensantes, sonhadoras. Unidas pela vontade de fazer acon-tecer.

Skate arte. Skate esporte. Skate sentimento. Não importa. Se for humilde, de coração, como diz o filósofo, por amor não tem cer-to, errado, bom ou mau. Um ideal, um princípio, a humildade acima de qualquer personalidade.

Sem preocupação de mostrar o que está em evidência. Comprometidos apenas com a realidade. Esperamos que o resultado agrade tanto a vocês quanto o processo nos agradou.

Papo cabeça, né?Bora pra ação.

A equipe Journal art form

Número Zero

arte: Igor Machado

Índi

ce:Jorge Cupim

Família No Name

Acid Drop

Praça DuÓ

Yan Felipe

Muleque chato

830

44

62

6878

Foto de capa: Kathleen EyerSkatista: Raphael IndioCrooked de back, Saens Pena(RJ)

Arte págs.76-77 por Dalmo Roger

Colaboradores:

Lucca DutraCauã Csik

Pedro MacedoFábio TiradoDalmo RogerLou Martins

Antônio TebyriçáKathleen Eyer

Agradecimentos:

Dhani Borges Renan Monteiro

Yan FelipeIsmael Cavalcanti

Familia No Name Alexandre Palito

Jorge Cupim Raphael Indio

Pedro Noya Pedro Gabriel Heliodoro

Daniela Freire

Nosso muito obrigado a todos que participaram desta edição, todos que

vivem e amam o Skate.

Faça acontecer, sonhe, idealize, crie, divirta-se

journalmagazine@googlegroups.com

8

NO NAme

Skate no p

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FNN!

Marcello Gouvea,Danilo Diehl,Jackson Bahia,Wallace Mendes (Belo),

Raphael Felipe (Índio),

André Gustavo (Monikão),

Jonathan Melhado,Stanley Inacio,Jadson Brian,Anderson Pão,Ramirez Floriano,

Igor Rodrigues,Alan Resmunga,Alex Lekinho,Jean Duarte,Ionir Mera.

Jackson BahiaNose manual

Foto: Dhani Borges

Familia e Familia

Fotos: Kathleen Eyer e Pedro Macedo

Raphael Indio - Smith de back - Foto: Kathleen Eyer

Mera - Switch Heel - Foto: Dhani Borges

Belo - Tail de back shove-it out - Foto: Dhani Borges

Andre GustavoNosegrind de backFoto: Kathleen Eyer

Marcello GouveaFeeble to fakie

Foto: Kathleen Eyer

BeloTail de backFoto: Dhani Borges

Flip de backDanilo Diehl Foto: René Jr.

Marcello Gouvea - switch bigspin de frontFoto: Kathleen Eyer

foto: Kathleen Eyer

27

foto: Kathleen Eyer

JorgeCupim

Vida sobredois eixos

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Cupimé veteranotexto e fotos por Louise Martins

De onde vem a associação entre arte underground e skate? Nascidos em berços semelhantes, esses dois movimentos bebem na mesma fonte, respondem e manifestam anseios bem parecidos e representam um mesmo estilo de vida.

Pra conversar sobre esse assunto, a gente convi-dou o Jorge Cupim, skatista e artista carioca, que nas horas vagas arruma tempo pra manter sua es-colinha de skate na Lagoa e trabalhar com design.

Com a humildade que não entrega os seus mais de 20 anos transitando en-tre esses mundos, Cupim mostra como skate e arte, na verdade, são uma coi-sa só e como a rua é a origem de tudo.

Convite aceito, lá fui eu num sábado à tarde com um sol de lascar pra Praça XV, um dos principais picos do skate no Rio de Janeiro, conversar com essa figura tão representa-tiva da cena carioca do skate dos anos 90.

“arte é pra todo mundo”

POR ONDE VOCE COMEÇOU, SKATE OU ARTE?

Ah... meio misturado, né? Eu comecei no skate, mas tem um lado meu que desde pequeno gosta de desenhar, na escola eu desenhava muito bem.Desde pequeno me inspiro com skate e a arte vem ali junto, pelos desenhos no skate, pelos vídeos de skate, pela ves-timenta, pela galera que anda de skate e também é artista, como Mark Gonzales.

MAS COMO VOCE ENTROU NESSE MEIO DO SKATE, O QUE TE DESPERTOU PRA ELE?

Tem amigos meus que quando comecei no skate, foram meus primeiros conta-tos. Eram skatistas e desenhitas, como

o Adalberto, Ataide Neves, que criou a ZN. Eu via os caras desenhando, fa-zendo arte, com banda... foi uma época que influenciou muito na minha vida, lá no Norte Shopping no final dos anos 80, comecinho dos 90. Foi muito im-portante pra mim e pra minha for-mação. Meus amigos foram minha escola.

ENTÃO PRA VOCÊ ESSAS DUAS COISAS REP-RESENTAM, NA VERDADE, UMA SÓ?

Ver um skatista passando na rua já é uma intervenção, né? Pra mim já é uma arte, o próprio movimento e o caminho que ele nos leva. Me levou inclusive, conheci música, conheci arte, conheci gente... une muito as pessoas, sabe, é um esporte que você não anda só na sua

"Ver um skatista passando na rua já é uma intervenção.Pra mim já é uma arte, o próprio movimento e o caminho que ele nos leva"

quadrinha no final de semana. Você vai pra outro estado, você faz um amigo, você vai pra Praça do Ó, vem pro Cen-tro da Cidade, então tem essa interação. Não é uma competição, é uma união.

ENTÃO VOCÊ NÃO VÊ O SKATE COMO ESPORTE?

Eu acho que tem pessoas que encaram como esporte, eu respeito. Acho manei-ro o cara que acorda cedo, dorme cedo, treina. Pode ser dito como esporte, mas é mais uma cultura, tem a ver com arte, sei lá... tem a ver com muita coisa, o skate é multi facetado. Eu encaro como uma arte, sabe, um lazer, uma confraternização.

E O QUE PERTENCE A ESSA CULTURA DO SKATE PRA VOCÊ? VOCÊ JÁ FALOU DOS SEUS AMIGOS, DA ARTE...

A vestimenta, a atitude. A ati-tude do skatista conta muito em relação a ele com a vida, com as coisas, com as pessoas. Ele se relaciona muito bem com as pessoas que estão na rua, sabe, a gente tá sempre em praça, em contato com mendigo, com menor de rua, com o guarda, com o povo, o contato físico a gente tem muito. A gente não tá guardado numa caixinha, a gente tá muito exposto.

VOCÊ GANHOU MUITO NOME NO INÍCIO DOS ANOS 90 QUANDO PARTICIPAVA DE COM-PETIÇÕES, INCLUSIVE CHEGOU A GANHAR ALGUMAS. OLHANDO A GALERINHA DE HOJE DO SKATE, O QUE VOCÊ CONSEGUE TRAÇAR DE COMPARAÇÃO ENTRE A JUVENTUDE DO SKATE DA TUA ÉPOCA E A DE AGORA?

Tem uma diferença, né, que é legal por um lado e não tão legal por outro. Acho que a galera de agora tá muito mais focada, sabe mais o que quer, a garotada de hoje aprendeu com os erros da gente, que é importante, estão tentando fazer o melhor, se profissionalizando, sabe. O 35

skate antigamente era muito skate or die, era muito punk, a galera não tinha noção de onde ia parar. A gente queria se di-vertir e hoje em dia a galera viu que dá pra se divertir e ganhar dinheiro, e não só ganhar dinheiro como skatista profis-sional, sabe, o skate te dá um leque pra você ir pra várias áreas. Tem ami-gos meus que são estilistas, outros são grafiteiros, outros são músicos, djs... e esse é o legal do leque das possibi-lidades que o skate dá, porque antiga-mente a gente não tinha muito essa visi-bilidade, a gente era muito anarquista.Mas é legal a gente tá junto com essa ga-rotada, tipo eu tenho 38 anos e a galera que eu ando tem 20 e poucos anos. Acho que a minha maior interação com eles é ter essa troca, mostrar como que o skate era antigamente e o que ele é hoje e trazer também um pouquinho da minha anarquia de antigamente, juntar com um pouquinho das coisas que eles tem hoje. Um troca com o outro, é muito legal.

ACHO LEGAL VOCE FALAR ESSA QUESTÃO DA ANARQUIA, PORQUE O SKATE TEM UM PA-PEL DE SUBVERSÃO FORTE, MAS AO MESMO TEMPO JÁ ESTÁ COMPLETAMENTE INSERI-DO NO SISTEMA HÁ TEMPOS, COM MARCAS SE APROPRIANDO DESSA CULTURA... COMO VOCÊ VÊ ESSA RELAÇÃO DO SKATE COM AS MARCAS?

Cara, depende muito. Acho que tem atletas e marcas que se relacionam bem, sabe, tem um feedback legal. Os atletas hoje em dia estão buscando ter essa afi-nidade com a marca, não é a marca bus-cando o atleta, mas o atleta buscando a marca. E também tem o que os americanos do Wu-Tang Clan (grupo de rap americano dos anos 90) fizeram e o que o Emicida faz também, que é fazer seu próprio CD, sem esperar as pessoas fazerem a história deles, eles criarem a própria história. Isso é legal do atleta buscar hoje em dia, não só ficar esperando da marca,

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sabe, a marca também espera um pouco da gente. Acho que tem que ter uma troca melhor, mais justa. Vejo isso melho-rando, antes era pior, mas hoje em dia tá melhorando, já vejo com bons olhos.

ÀS VEZES AS MARCAS SÃO ABUSIVAS EM RELAÇÃO A APROPRIAÇÃO DE UMA CULTU-RA. ELAS BANALIZAM AS COISAS, VIVEM NOS CLICHÉS, NÃO SE APROFUNDAM NA CULTURA...

Sim. Tipo, tudo que você vê hoje em relação a criança, você vai numa lojinha de bebê e já tem um skate, uma propagan-da... por um lado é bom e por outro é ruim, né? A gente acaba passando por isso, não tem como não passar por essa evolução e essa exposição. Agora basta a gente dá rédea a esse boi aí, né? Porque de uma forma ou de outra tem que deixar eles masti-garem um pouco, mas engolir é diferente.

VOLTANDO A FOCAR NA QUESTÃO DA ARTE, AQUI NO RIO PARECE TER 2 MOVIMENTOS DE ARTE URBANA. TEM A ARTE URBANA DA ELITE, QUE TEM UMA LINGUAGEM TALVEZ MAIS PUXADA PRO DESIGN, E TEM A GALERA QUE TÁ MAIS À MARGEM, PRODUZINDO ARTE DE OUTRO TIPO, QUE É MAIS PRÓXIMA AS LINGUAGENS MOSTRADAS NA EXPOSIÇÃO A REPUBLICA DO SKATE. VOCÊ RECONHECE ESSA DIFERENÇA DE CONTEXTOS ENTRE ES-TAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS OU ACHA QUE ISSO NÃO EXISTE, QUE TODO MUNDO FAZ ARTE COM O MESMO OBJETIVO E PUXAM DO SKATE AS MESMAS COISAS, MESMA RAIZ?

Acho que é arte, é pra todo mun-do. O cara que nasce num apartamento da Lagoa às vezes é tão punk quanto o cara que nasce em Bangu. Classe não tem como falar, só porque é da classe A é um ar-tista tal e da classe B não. Eu vejo isso na parede, nos quadros do cara, na ati-tude da pessoa... acho que é todo mundo igual, vão mostrando as suas caras. O que tá por fora não quer dizer nada,

sabe? Eu não gosto de julgar ninguém.

E COMO VOCÊ VÊ O QUE CHAMAM DE ARTE URBANA, PÚBLICA, DISPONÍVEL, SENDO VENDIDA POR ALGUNS MIL REAIS? NO CON-TEXTO DAS GALERIAS E O MERCADO DE ARTE, É UM PREÇO BAIXO, MAS OLHANDO QUEM FAZ E CONSOME ARTE URBANA NO GERAL, É UM PREÇO ALTO. VOCÊ NÃO ACHA QUE DE CERTA FORMA É ELITIZAR UMA COISA QUE ANTES ERA “DO POVO”?

Sim... mas aí também tem outro lado, né? Não sei se financeiro. Não sei o que as pessoas buscam na arte. Eu busco minha liberdade, se der pra rolar uma grana, legal. Mas depende, tem gente que acha maneiro pagar R$2000 num saquinho com uma bala dentro, que foi uma obra que eu vi, e por um quadro de um ami-go meu bonitão R$500,00, sabe. Depende muito da pessoa, de quem vai comprar.

E A ULTIMA PERGUNTA! TEM UM ARTIS-TA E SKATISTA CHAMADO EASTERIC, ELE CRITICA BASTANTE A QUESTÃO DE QUE HOJE QUALQUER UM SE DIZ ARTISTA, FAZ UM RISCO NA PAREDE, BATE NO PEITO E DIZ ‘SOU ARTISTA’. QUALQUER PESSOA REALMENTE É ARTISTA? O QUE PRECISA PRA SER UM ARTISTA?

Depende muito da atitude da pessoa em relação a vida. Se o cara acha que faz aquilo com afinco, que ele é aquilo mesmo, só lá na frente a gente vai poder confirmar se é aquilo mesmo. Eu nunca me considerei skatista, sabe, eu ando de skate a mais de 20 anos, muita gente pa-rou, e eu também nao me acho artista. Eu me acho um cara que curte fazer um pouco de cada coisa, mas se sou um artista ou um skatista, só as pessoas vão dizer <<

facebook.com/hzcrio

ilovexv.blogspot.com

Foto: Cauã Csik

Texto e fotos por Pedro Macedo

Novos nomes do skateboard carioca estão aparecendo cada vez mais, alguns mais técnicos, mais calmos e com um skate leve, outros com um es-tilo mais afobado e atirado. Um skatista que se en-caixa muito a esse último estilo seria Yan Felipe. Depois de começar a andar de skate pela ci-dade de Nova Iguaçu, aprendeu com ótimos amigos os caminhos certos. Sem se envolver pelas ruas erradas evoluiu seu skate de uma forma diferente, sem pen-sar muito na quantidade de degraus ou na extensão do corrimão. Atualmente Yan Felipe mora em Realengo. Mas não fique achando que é por lá que o encontrará com facilidade, está sempre por ai com o skate no pé e se jogando nos penhascos. 45

O que faz você olhar um grande pico de skate e não sentir tanto medo, não raciocinar muito antes de se jogar?

Eu chego no pico e tento nao fi-car olhando muito, tento jogar logo a primeira pra ver como será. Depois que eu sinto o impacto e a dificuldade real, fico tranquilo, pego e vou na certeza.

Como você enxerga Nova Iguaçu no cenário do skate ?

Muito bom, lá sempre houve uma movimen-tação legal para o skate, tem bastante skatista de nível por aquelas bandas e cada dia melhora mais e mais.

Você agora está morando em Realengo, acha que o cenário local é mais apu-rado ou você prefere Nova Iguaçu ?

O cenário aqui é inferior ao de Nova Iguaçu. Tem uma pista bem próxima a minha casa mas que nao curto muito andar, não tem skate shop e a ação de eventos por aqui é morta. Moro em Realengo mas continuo sendo local de Nova Iguaçu e acho que nunca vou deixar de ser, em Nova Iguaçu estou em casa!

Me diga o nome de um skatista Nova Iguaçuano que você considere que tenha um rolé de peso, por quê?

Carlinhos, é amigo de sessão e apren-demos muitas manobras juntos. É bom você andar com uma pessoa que está na pegada igual a você. Tudo flui, e é sem-pre certeza de boas sessions, dentre outros, que fazem a sessão ficar melhor do que já poderia ser.

Você está com patrocínio de alguma marca atualmente ?

Patrocínios não, mas tenho apoios da

Ollie

Flip

Kick

Myllys, 2012 Skate House e Curso de Skate Prof° André Viana onde eu tenho um ótimo suporte, não só para o skate mas pra mui-tas outras situações, agradeço muito ao André Viana e também ao Jorge Zunga.

Você é um cara muito gapeiro, seus shapes não devem durar bastante. Quan-to tempo em média suas peças aguentam ?

Truck’s e rodas aguentam um bom tempo, já o shape é que nao dura muito, princi-palmente quando estou na pegada de andar na rua, em média eu fico com um shape du-rante duas semanas, mas as vezes uso até três shapes no mês.

Tem um vídeo seu na internet caindo de boca no chão, todos acham que você perdeu 5 dentes, explique o que realmente aconteceu.

Aquela foi uma sessão muito da hora mes-mo, você me chamou pra ir pra sessão em Santa Cruz fazer umas fotos, lembro que foram conosco Lorran Sujinho, Léo Ma-deira e o Fabrício Caixa. Tudo estava fluindo bem e andamos em varios lugares até que chegamos em um pico onde o Lorran decidiu andar, ele olhou por um tempo e acabou desistindo. Foi ai que eu decidi me jogar no pico, fechei os olhos e me joguei, a manobra estava dando sinal de vida quando uma delas não encaixou tão bem. Foi onde eu vaquei e cai direto com a boca no chão. Acabei abrindo a boca e quebrando a pontinha do dente da frente. O título do vídeo foi uma brincadeira para chamar atenção dos amigos (risos)

Ano passado você não foi tão bem no colégio, esse ano você realmente vai meter as caras no livro ou vai pan-guar outra vez, o que pretende ?

Ano passado minhas notas não foram tão boas, dei uma vacilada mesmo mas esse ano já comecei correndo na frente, me 51

Feeble de back

inscrevi em um curso técnico de Petróleo e Gás, não estou de bobeira não. (risos)

Depois que o banks da casa do André Viana ficou pronto você andou durante um tempo com o Nilo Peçanha, foi ele quem te inspirou a começar a andar no Rio Sul ? Como anda essa nova ex-periência ?

Eu já gostava de andar em transições. La no André sempre teve a mini rampa, mas era um andar por andar apenas. Com o tempo eu fui tomando gosto pela coisa, o Pedro Dylon que também gosta de andar na rampa brinca comigo dizendo que nós somos streeteiros do bowl. Um dia fui no Rio sul andar com o Pedro Dylon, Bia e Vitor Sodré, Pedro Nem, Ícaro Chaves e o Nilo Peçanha, foi onde eu me em-polguei. Depois montei um carrinho pra andar em bowl e to curtindo muito esse novo estilo.

Na sua opinião o que deveria mudar para melhor no skate de Nova Iguaçu ?

Acho que poderiam fazer uma ótima pista de skate, com modelos mais modernos, es-tilo plaza. Lá já existe uma boa pista, a da via light, mas é um modelo de pista antiga, e também tem a praça do skate que é onde fica a skate plaza que é bem atual mas que foi feito de acordo com o que já havia alí, se fosse feito uma bem planejada com um bom espaço seria tudo de bom.

Seu espaço, agradecimentos.

Agradeço a Deus por proporcionar tudo na minha vida, a minha família, Dona Ana, André Viana, Felipe Ribeiro, Manu Lira por todas as passagens que ele ja me pa-gou, Lorran freitas, Letícia Ramos, Pedro Nem, Pedro “MUMU” Macedo, a Revista Jour-nal e a geral que faz o skate sempre ter essa vibe ótima, valeu galera. 53

Flip

55

Grind de front

Grind de front

AV. A R Q U I T ET O , 3 6 0 , R E C R E I O - R J T E L E F O N E ( 2 1 ) 3 41 6 - 0 7 1 7

Foto: Dalmo Rogerio

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Texto por

Antônio Ty

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Fotos por

Cauã Csik

Qual a relação da banda com o skate?

Edu: Alem de nós andarmos de skate, sem-pre levamos o carrinho para o show e de-pois de tocarmos, vamos com certeza dar um rolé.

Zero: Alegrar o público para andar de skate. A gente gosta de ouvir música para inspirar o rolé e a gente quer fazer música para insipirar a galera a fazer o mesmo.

E como voces começaram a tocar juntos?

Mogli: O Zero botou na “Família XV” (grupo do facebook) que queria formar uma banda, ai eu falei que tocava baixo e o Edu bateria.

Voces consideram essencial fazer uma

banda com a galera do skate?

Zero: Claro!

Edu: Skateboard é muito mais importante, a banda é consequência disso.

Quem escreve as letras?

Zero: Eu já fui vocalista de outras ban-das, e algumas das letras eu já tinha escrito.

Mogli: Nós todos ja fizemos alguma coisa, mas a maioria foi o Zero.

De onde vem essa revolta com o capi-talismo expressa em muitas de suas músicas?

Zero: A gente expressa isso em mui-

tas músicas porque prezamos muito pela igualdade entre as pessoas, o altruísmo que rola muito no skate. Todo mundo é igual.

Qual foi o melhor show?

Mogli: Na praça Duó

Edu: Na Duó

Zero: É, na praça. Eu estava concentrado tocando e cantando, e quando eu olho pra frente, mó galera, geral no skate.

E o próximo show qual vai ser?

Edu: Nova Iguaçu. La na pista, e a gente vai tocar ‘Odeio André Vianna” na área dele.

Voces vão continuar underground?

Edu: Não, tem outros eventos também. A prioridade é do skate. Mas tem uns casamentos, festas de 15 anos, batiza-dos...

Alguma pretenção para o futuro?

Zero: Andar de skate já é inerente e para sempre. A parada agora é fazer o nosso som, conhecer novos picos e tocar para a galera.

Mogli: A pretenção é lançar o CD, con-tinuar tocando, fazer mais shows. Andar de skate eu não preciso nem falar, né?<<

65

Lien to tail - Zero - Cauã Csik / tratamento: Alemão

Foto: Cauã Csik

75

Texto por Dalmo Roger

Duó busca instrumentalizar conceitos e processos comuns para o entendimento da nova pesquisa de imagem urbana contemporânea.

Por meio das reações contrárias a aceitação do nada, dos governantes e de nós mesmos, podemos constatar que mudamos o nosso espaço e todos nós na Duó, apesar da diversidade de pensamentos, temos as característi-cas de ser uma presença constante e marcante pela intensidade no suposto local. Acredito que melhor ainda, acredita-mos que se trata de uma apropriação marcada por alegrias processuais in-tensivas, por causa do caráter apli-cado ao processo criativo de cada um. Aplica-se a isso o fato de que essa insurreição inesperada é perturbadora das mesmices locais e dos sentidos aplicados a ambiência em questão, por isso não se sabe bem quem iniciou essa obra toda, mas sabemos muito bem quem deu continuidade a todos os sonhos. - Três anos de sangue, suor e ci-mento […], disse Duó.

Nesta pagina, Vaskinho com um feeble de back.

Foto por Cauã Csik.

Na outra, Will Dias mandando um nollie heel hip jump.

Foto por Renan Monteiro.

O “processo monstruoso” precisa ser frequente

Crail Grab de Bernardo Rodrigues

Foto: Pedro Macedo

A partir dessa data, a existência diária e assustadora do “processo monstru-oso” precisa ser frequente até que os re-cursos perceptivos se entendam (a família briga), compreendam as diferenças desse estranho novo momento que se instaurou em nossas vidas e em nosso bairro. Foi assim que metemos o pé na porta, o nosso espaço circunscrito passou a funcionar de maneira diferente e o fluxo de informação ficou cada vezes maior e incontrolável. - Graças a Deus […], disse Duó novamente.

Waguinho destruind

o,

literalmente

Foto: Caua Csik

Com relação à meter o pé na porta, é indispensável lembrar que fizemos com muita educação e cui-dado, ela ainda funciona perfei-tamente como passagem e está cada vez mais linda. Nós sempre fomos cuidadosos e asseguramos a con-tinuidade dos transeuntes em seus percusos no interior da nossa nova casa. A intensidade da apropriação passa a ser controlada por alguns, cujo a responsabilidade de abertu-ra e fechamento das portas impõe algumas diferenças medidas pelo Ego e nas relações dos eixos ten-sivos. Qualquer um pode abrir uma nova porta, desde que não compro-meta as estruturas da nossa nova casa. A cada abertura de porta, podemos dizer que corresponde a um excesso de energia, da presença assustadora de nós todos juntos, só precisamos lembrar que nenhuma porta seja chaveada sem um consen-timento comum. A abertura e o fechamento correspondem, indubitavelmente, no eixo da extensidade do respei-to, a aproximação ou o afastamen-to da presença de nossos amigos no horizonte perceptivo (isto é a extensão de nossa família). <<

…mãos feitas para construir, parafraseando Rodrigo Lima. + porta aberta presença tônica - porta chaveada presença átona Análise da simplificação de Greimar.

Melom - Xuxa -

Foto: Renan M

onteiro

Idade: 15 anos, 2 anos de skate.

Onde mora: Méier

Onde costuma andar mais de skate: No NES, estou lá 3 vezes por semana sempre tentando evoluir.

Uma pessoa que te ajuda de verdade: Deus em primeiro lugar, Bru-

no Funil também é fundamen-tal para meu skate. Me leva pros campeonatos e quando tem como fortelecer forta-lece mesmo, o cara é da hora.

Última manobra que apren-deu: Nollie kickflip e switch hardflip

Manobra que queira apren-der: Switch 360 heelflip.

Incentivo no carrinho: Meu pai.

Melhor amigo de sessão :Jadson Brian (JB), Wesllen log.

Mule

que

Chat

o

Ismael Cavalcanti dos Santos

ollie de front - Foto: Pedro Macedo

Flip de front Foto: Pedro Macedo

Aleatórios. Ou não...

Nollie Crooked - Esperto Foto: Pedro Macedo

Heel de back - Luquinhas Foto: Dhani Borges

Kick - Léo Rodrigues Foto: Pedro Macedo

Blunt de back Enxaqueca Foto: Dhani Borges

Flip - Raphael Gibson Foto: Pedro Macedo

Nosepick - Pirikito Foto: Dhani Borges

Kick - Victor Mineiro Foto: Tiago Ferreira