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Manejo da Indução Floral e Princípios do Controle Fitossanitário

Fotos:Embrapa Semi-Árido

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS1

Clovis Pereira Peixoto2

___________

1MINICURSO apresentado no X CBFV e XII CLAFV

2Professor Dr. Adjunto Associado I do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da UFRB

As plantas crescem ...

→ a energia para que ocorra o crescimento

→ provem da Fotossíntese Fotofosforilação

→ Queima das reservas, na Respiração Fosforilação oxidativa

Fotofosforilação

• Processo de síntese de ATP apartir de ADP + fosfato levado a cabo pelas ATP sintases da membrana do tilacoide, nos cloroplastos das células vegetais. É um processo da fase luminosa da fotossíntese no qual se utiliza a energia libertada no transporte de elétrons para bombear prótons desde o estroma para o interior da tilacoide com o fim de criar um gradiente eletroquímico, o qual, ao dissipar-se devido à saída de prótons do tilacoide para o estroma através das ATP-sintases, acopla esta energia à fosforilação do ADP para formar ATP. A energia necessária é proporcionada pela luz que é captada pelos pigmentos fotosintéticos.

Fosforilação oxidativa

• A fosforilação oxidativa é uma via metabólica que utiliza energia libertada pela oxidação de nutrientes de forma a produzir trifosfato de adenosina (ATP). O processo refere-se à fosforilação do ADP em ATP, utilizando para isso a energia libertada nas reacções de oxidação-redução.

Introdução

• Vale do São Francisco: • Frutos de excelente qualidade: qualquer

época do ano • Indução floral: regulador de crescimento

vegetal, Cultar Paclobutrazol (PBZ). • Métodos de controle fitossanitário. • Programar produção: melhores janelas de

mercado.

Hormônio (Fitohormônio)

• Composto orgânico sintetizado em uma parte da planta e translocado para outra parte, onde, em baixa concentração, causa uma resposta fisiológica (promoção ou inibição).

Regulador de Crescimento

• Compostos naturais (fitohormônio e substâncias naturais de crescimento) ou sintéticos (hormônio sintético e regulador sintético) que exibem atividade no controle do crescimento e desenvolvimento da planta.

Mercado Interno

J A N

F E V

MA R

A B R

MA I

J UN

J U L

AGO

S E T

OU T

NOV

D E Z

Preço Alto Preço Médio Preço BaixoPreço Alto

Mercado Externo

J A N

F E V

MA R

A B R

MA I

J UN

J U L

AGO

S E T

OU T

NOV

D E Z

Preço Alto Preço Médio Preço Baixo

Técnicas do manejo da indução floral e fitossanitário

• Regulador de crescimento vegetal: Cultar (PBZ).

• Poda.

• Nutrição.

• Irrigação.

• Fase fenológica.

• Controle fitossanitário.

Técnicas do manejo da indução floral e fitossanitário

• Manejo de poda: necessário conhecer anatomia da planta.

• Panícula. • Gema apical. • Gema axial.• Região anelar.• Primeiro, segundo e terceiro fluxos.

Poda de pós colheita

Poda de pós colheita: Material de Produção para safra seguinte

• Gemas + homogêneas e férteis.

• Árvores: < porte, facilita operações de raleio e colheita.

• Árvores: + arejadas, melhor arquitetura, facilita pulverizações com produtos químicos (sanidade das plantas, controle de pragas e doenças).

• Melhor qualidade e coloração de frutos.

Poda Pós colheita: Fatores que influenciam floração

• Renovação: parte aérea da planta.

• Renovação: raízes efetivas (absorção nutrientes para síntese de fotoassimilados e Cultar (PBZ), aplicado via solo, após emissão do segundo fluxo vegetativo).

• Raízes: produção de Citocinina, fitormônio mais importante na diferenciação do tecido vegetativo em reprodutivo.

Frutificação

Cabeça-de-alfinete” > percentual de queda (67%), “Bola de gude” queda de 22% dos frutos vingados e “Bola de bilhar” percentual de queda inferior a 1%

Fonte: Drª Michelleda Fonseca Santos/USP

Frutos: estádio de tamanho “chumbinho”.

Fonte: www.fcav.unesp.br

Fotoperíodo

• Planta neutra.

• Lado da planta que recebeu mais luz diretamente, > número de flores perfeitas - hermafroditas - (Schaffer, 1994).

• Orientar sentido das plantas na implantação dos novos pomares (receber luz solar por igual).

Temperatura

• Importante: florescimento.

• Condições naturais: diurna de 31º C e noturna 25º C ramos não floresceram (Shu e Sheen, 1987).

• Regiões tropicais: onde não ocorrem

temperaturas frias durante noite, floração só acontece quando brotos ( gemas ) atingem determinada idade ( maturação ).

Do zigoto ao adulto

• Crescimento (fases): morfogênese e diferenciação

• Divisão Celular: mitose• Vacuolização: expansão

→ Intussuscepção ação de receber

→ Aposição deposição

NÍVEIS DE CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO

• CONTROLE GENÉTICO:

Síntese Protéica

Atividade celular Ação Gênica

Síntese Enzimática

• CONTROLE HORMONAL:

HORMÔNIO DIVISÃO CELULAR CRESCIMENTO DIFERENCIAÇÃO

Auxinas- giberelinas - citocininas - etileno - inibidores

• CONTROLE AMBIENTAL:

Luz, temperatura, água, vento, sais minerais, ...

Quem influencia crescimento do vegetal?

• Fatores do meio.

• Substâncias reguladoras de crescimento:

Hormônios vegetais ou fitohormônios (fitorreguladores)

+

Hormônios Vegetais

• Auxina e Giberelina:

crescimento vegetativo.

• Citocinina: crescimento reprodutivo.

• Etileno: maturação dos órgãos reprodutivos da planta.

• Balanço hormonal: influencia floração (Tongunpai et al 1996).

AUXINAS

• AUXINA NATURAL (AIA) E SINTÉTICAS (ANA, AIB - 2,4-D)

• OCORRÊNCIA (merist. apicais, folhas, frutos, sementes)

• TRANSPORTE (síntese --->ação / ápice ---> base) – floema

EFEITOS DAS AUXINAS:

Alongamento celular

Crescimento de órgãos

Enraizamento

Abscisão

Partenocarpia

Dominância

Auxina (AIA)

Auxina (AIA)

• Induzir: o alongamento em coleóptilos isolados ou seções de caules.

• Induzir: divisão celular em tecidos de callus na presença de citocininas.

• Promover: formação de raízes laterais em superfícies cortadas de caules;

• Induzir: crescimento de frutos partenocárpicos.

• Induzir: produção de etileno.

Estímulo

Inibição

Relação entre concentração de AIA e seu efeito estimulante ou inibidor no desenvolvimento de caules e raízes (Meyer e Anderson, 1973)

Raízes

Caules

Auxina (AIA)

Auxina (AIA)

Taxa de crescimento do pedicelo e concentração de auxinas em Fritillariameleagris. Existem dois picos de crescimento (curva inferior) e dois

pontos máximos de difusão de auxinas do pedicelo (curva superior). a = botão floral; b = antese; c = fruto

jovem; d = fruto adulto (Ferri, 1985).

Redistribuição lateral da Auxina (AIA) durante fototropismo, com acúmulo no lado

sombreado do hipocótilo indicado pela coloração azul (Foto: Klaus Palme – Fisiologia Vegetal - Taiz e Zeiger – 2009)

Auxina

GIBERELINAS

Giberelinas naturais (GA1...GA3....GAn)

Ocorrência (sementes, merist. Apicais, folhas, raízes) Transporte (ápice --->base / base--->ápice) xilema-floema

EFEITOS DAS GIBERELINAS:

Alongamento celular (caule, folha, raízes)

Alongamento de caules (plantas intactas) Floração Germinação de sementes (dormência)

Indução do crescimento em uvas Thompson sem sementes. A – Controle não tratado. B – Aspergido com GA3 durante o desenvolvimento do fruto. (Foto: Silvan Wittwer/Visuais Unilimited – Fisiologia Vegetal – Taiz e Zeiger – 2009)

AA

B

Giberelina

• Biosíntese: acentuada em temperaturas elevadas, favorecendo brotação dos ramos e suprimindo floração (Nuñez-Elizea e Davenport, 1995).

• Regulador de crescimento vegetal Cultar (PBZ)

inibe biossíntese da Giberelina, contribuindo para inibição do crescimento dos ramos, promovendo maturação das gemas e consequentemente favorecendo floração.

• Ramos vegetativos em desenvolvimento: fontes de

Giberelina e Auxina.

CITOCININAS

CITOCININAS NATURAIS (zeatina, coco)

OCORRÊNCIA (todas partes da plantas)

TRANSPORTE (raízes p/ toda planta): xilema

EFEITOS DAS CITOCININAS:

Alongamento celular Diferenciação de órgãos (citocininas/auxinas) Divisão celular (citocinina/auxina) Retarda senescência de folhas Superação de dormência

Citocinina

• Sintetizada: ápice das raízes e transportada via xilema para gemas apicais, desempenhando importantíssimo papel na diferenciação do tecido vegetativo em reprodutivo.

• Estudos anatômicos dos brotos demonstraram: gema apical é composta de primórdios foliares e primórdios florais e para que haja diferenciação floral, é necessário verdadeiro equilíbrio entre os hormônios.

Citocinina

ETILENO

OCORRÊNCIA (todos órgãos, exceto sementes)

TRANSPORTE (difusão de gás)

EFEITOS DO ETILENO:

MATURAÇÃO DE FRUTOS (climatéricos)

COLORAÇÃO DE FRUTOS

FLORAÇÃO

Etileno

• Maturação dos órgãos reprodutivos da planta (Fellipe,1979).

• Biosíntese: exsudação de látex nas gemas apicais

e acentuada epinastia nas folhas maduras (Davenport, Nuñez-Elizea, 1997).

• Etileno endógeno e Etefon (Ácido 2-Cloroetil-

Fosfônico), pulverizado 200 e 300 ppm em solução com pH < 3, transforma-se em Etileno dentro da planta (estimula planta a continuar produzindo Etileno necessário até total maturação dos ramos.

Respiração dos frutos – Fonte: Profº Dr. Clovis PereiraPeixoto

Etileno

• Inibidores da biosíntese de etileno, como sulfato de cobalto, a 200 ppm, foi testado em pulverizações na fase de pegamento e no desenvolvimento dos frutos, sendo efetivo para incrementar a retenção de frutos (Malik et al., 2002).

Etileno

Etileno

Etileno

Epinastia

A

B

Inibição da abertura do gancho plumular: A – Luz e B - Escuro

Redução no crescimento do caule, aumento na expansão radial e aumento no crescimento horizontal de caules de ervilha, tratadas com etileno. Plantas

controle estão à esquerda e as tratadas com etileno à direita (10 ppm).

Etileno

Etileno aumenta taxa de senescência de flores

Etileno promove a formação de pêlos radiculares

Etileno

• Inibe: florescimento na maioria das espécies.

• Induz: florescimento em abacaxi (sincronização da floração e estabelecimento do fruto).

• Muda: sexo de flores em espécies que apresentam flores unisexuais.

• Promove: flores femininas em pepino.

• Determinação do sexo está associado principalmente às giberelinas.

Abscisão das folhas

Abscisão das folhas

• Manutenção da folha: anterior à percepção do sinal que inicia abscisão da folha. Gradiente decrescente de auxina da folha para caule, que mantém zona de abscisão em um estado não sensível;

• Indução da queda: redução ou reversão do gradiente de auxina da folha para caule, normalmente associada com senescência, torna zona de abscisão sensível ao etileno;

• Queda: células sensibilizadas da zona de abscisão respondem às baixas concentrações de etileno endógeno pela produção e secreção de celulases e outras enzimas degradantes da parede celular, resultando na queda da folha.

Ciclo

Fonte: Davenport, 1995

Inibidores

Retardam: crescimento do meristema apical.

Retardam: alongamento do caule e das raízes, inibindo germinação das sementes e desenvolvimento das gemas.

Protegem: planta ou suas partes, contra condições desfavoráveis do meio ambiente (baixas temperaturas ou déficit hídrico).

INIBIDORES ABA

OCORRÊNCIA ( todos os órgãos)

TRANSPORTE (floema - xilema)

EFEITOS DO ABA:

Inibe crescimento e divisão celular

Induz a dormência

Abscisão (frutos e folhas)

Fechamento dos estômatos em DH

Ácido abscísico (ABA)

• Atua: mecanismo estomático.

• Folhas apresentando perda de água de 10%, murcham e ocorre aumento rápido de ABA (40 vezes), promovendo fechamento dos estômatos.

• Também ocorre com aplicação exógena de ABA.

Transpiração: estômatos e trajetória da água na folha

Fonte: Fisiologia Vegetal – Taiz e Zeiger - 2009

Aplicações agrícolas dos reguladoresvegetais

REDUÇÃO DO CRESCIMENTO (DAMINOZIDE)

FIXAÇÃO DE FRUTOS (DAMINOZIDE)

REDUÇÃO DO CRESCIMENTO (CCC - SADH)

COLORAÇÃO E MATURAÇÃO DE FRUTOS (ETHEPHON)

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE HORTALIÇA (GA3 E GA7)

FLORESCIMENTO PRECOCE (PACLOBUTRAZOL)

INDUÇAO DO FLORESCIMENTO (KNO3)

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS (AIB-AIA -ANA)

Fatores extracelulares (Ambiente)

• BIÓTOPO (vida) • BIOCENOSE (seres vivos)

SOLO:

Topografia, Propriedades Físicas (textura, estrutura) e Propriedades Químicas (fertilidade, pH, matéria Orgânica)

CLIMA:

– Altitude, Latitude, Vento, Temperatura– Luz (intensidade, qualidade, duração) – Água (estresses)– Sais minerais

BIOLÓGICOS: • Pragas • Doenças • Plantas daninhas • Homem

FATORES DA DA ABSORÇÃO

• Disponibilidade de água no solo

• Temperatura do solo: • baixa • alta

• Concentração salina (Ψsolução)

• Aeração (encharcamento)

• Sistema radicular: • extensão • permeabilidade

• Outros fatores atmosféricos (Transpiração)

• PV •TºC • UR • Vento • Radiação solar

Fatores da Transpiração

Fatores externos:

Luz

Umidade

Vento

Disponibilidade hídrica

Relação Raiz/PA Área superficial Forma e disposição das folhas Estrutura interna das folhas Forma e composição da cutíc Nº, tamanho e distribuição dos estômatos Quantidade e localização dos vasos Proporção paliçádico/lacunoso Arranjo das células/espaços intercelulares Cor das folhas Inserção dos ramos

Fatores da Transpiração (Fatores intrínsecos)

MOVIMENTO DE ÁGUA NA PLANTA (ABSORÇÃO, TRANSPORTE E PERDAS)

Fonte: Profº Dr. Clovis Pereira Peixoto

FLUXO: INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS

Fonte: Profº Dr. Clovis Pereira Peixoto

Estômatos: Saída H2O (forma gasosa)

FLUXO DE ABSORÇÃO DE H2O LIGADO À TRANSPIRAÇÃO

Estresse hídrico

• Redução gradual da quantidade de água da irrigação.

• Permite maturação mais rápida e mais uniforme dos ramos.

• Água: não deve ser suspensa totalmente, planta necessita continuar fotossintetizando e acumulando reserva sem vegetar (Albuquerque et al., 1999).

• Suspensão total da irrigação poderá contribuir para

uma brotação vegetativa indesejada, caso haja chuva durante este período.

Estresse hídrico

• Impacto primário do estresse hídrico na manga: evitar emissão de fluxos vegetativos e regulação do crescimento, pode fornecer mais tempo para acúmulo do estímulo floral ou redução no nível do promotor vegetativo.

Déficit hídrico controlado

Foto: Engº Agrº Voltaire Diaz Medina

Déficit hídrico desequilibrado

Foto: Engº Agrº Voltaire Diaz Medina

Emissão de novas folhas

Déficit hídrico excessivo

Foto: Engº Agrº Voltaire Diaz Medina

Amarelecimento e queda de

folhas

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

• Otimiza floração, promove paralisação do crescimento vegetativo e reduz alongamento do brotação.

(Daziel e Laurence, 1994; Chen 1997; Tongumpai et al., 1989,1999; Nunes-Elizea e Davenport, 1995; Ferrari & Sergent, 1996.)

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

• Principal ação: inibir processo de biosíntese de Giberelinas.

• Absorvido: pelas raízes, tecidos, ramos e folhagem (Tongumpai et al, 1991; Burondka e Gunjate, 1993).

• Semi-árido: aplicação via solo. • Absorvido pelas raízes, circulando pelo xilema até

folhas e gemas.• Movimento acropétalo (cresce de baixo para cima),

não tem mobilidade pelo floema, portanto, não deixa resíduo nos frutos (Ferrari e Sergent, 1996).

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

• Folhas tratadas apresentam coloração verde escura (intensa), com > teor de clorofila.

• Incremento: favorece > índice de flores hermafroditas permitindo > frutificação (Bernadi e Moreno, 1993; Voom et al., 1993; Kurian e Yer, 1993).

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

• Aplicar: solo úmido, e irrigando logo após, (água veículo de condução do produto para perímetro radicular).

• Aplicação: bem distribuída em pequenas covas ou sulco circular (10 a 15 cm de profundidade), distância do tronco varia de 60 a 150 cm, dependendo da idade da planta, observando- se localização da maior concentração das raízes efetivas.

• Comum: aplicação no colo da planta.

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

Fonte: Engº Agrº M.Sc. Francisco Fernandes da Costa

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

• Gotejamento: aplicação sempre abaixo de cada gotejo ou em sulco linear ao lado dos gotejadores.

• Cobrir: PBZ após aplicação (sensível à fotodecomposição).

• Diluir em 1 a 2 litros de água planta-1, facilitando distribuição (Albuquerque et al, 1999).

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

Fonte: Engº Agrº M.Sc. Francisco Fernandes da Costa

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

• Dosagem: 1 g do principio ativo ( PBZ ) metro linear-

1 do diâmetro da copa. • Analisar: histórico da planta, tipo de solo, drenado

ou não, vigor vegetativo da planta, variedade e residual no solo remanescente da aplicação na safra anterior (observado visualmente após poda com emissão dos brotos vegetativos).

• Resíduo significativo (PBZ): vigor vegetativo

comprometido nos brotos, neste caso, reduzir dosagem em 50 a 70 % com relação à safra anterior, (Albuquerque e Moco, 2000).

Cultar – Paclobutrazol (PBZ)

• Kent e Haden: possuem vigor vegetativo elevado, exigem dose de Cultar bem maior em relação Tommy Atkins, (Albuquerque e Moco, 2002).

• Além do PBZ e Etefon: usam-se Sulfato de Potássio (K2SO4),

2 ou 3 aplicações a 2 a 2,5% (intervalo de 7 dias a partir de 60 dias de aplicação do PBZ).

• Sulfato de Potássio nestas mesmas dosagens, intercalando-

se com Ethefon em intervalo de 7 dias.

• Íon potássio interfere na relação (K/N): evita que planta vegete e colabora com maturação dos ramos, melhorando fertilidade da gema.

Paclobutrazol - PBZ

• Inibe: biossíntese de giberelina (GA) em plantas onde é aplicado (Sponsel, 1987).

• Induz: floração (Burondkar e Gunjate, 1993, Nunez-Elisea at. all., 1993, Tongumpai et all, 1991).

• Desvantagens: compactação da panícula floral e <

comprimento dos entrenós dos ramos (Tongumpai et all, 1991, Davenport e Nunez-Elisea, 1997).

Paclobutrazol - PBZ

• Compactação da panícula: microclima favorece ataque da Mosca da Panícula (Erosomyia mangiferae), sérios danos à produtividade.

• Encurtamento do pedicelo do fruto: danos físicos. • Persistência de partes da panícula floral depois da

florescência: danos adicionais à aparência dos frutos.

• Giberelina diminui efeitos negativos do PBZ (panícula das plantas tratadas com PBZ, tem tamanho normal, sem haver comprometimento da floração).

Crescimento

• Não é contínuo.

• Fluxos de brotações vegetativas, nos brotos terminais e axilares dos ramos, antes do período de dormência.

• Estudos anatômicos dos brotos da manga

demonstraram que gemas terminais são misturas de gemas contendo primórdios foliares e florais (Tongumpai et al., 1996).

Epinastia foliar

• Curvatura para baixo de folhas, lado superior (adaxial) do pecíolo cresce mais rápido do que lado inferior (abaxial).

• Etileno e altas concentrações de auxinas induzem epinastia (auxina age indiretamente promovendo síntese de etileno).

Epinastia em folhas de tomate: tratamento com etileno.

Plantas controle à esquerda e tratadas com etileno à direita.

(Taiz e Zeiger, 1998).

Crescimento

• Vegetativo ou floral: 2 processos distintos. • Gema inicia crescimento, que inclui uma quebra de

dormência e um rápido desenvolvimento, independente do tipo de brotação que vai formar, vegetativo ou floral.

• Junto com iniciação do broto ocorre indução que vai

definir tipo de broto, se vegetativo, floral ou misto. • Condições adequadas para indução floral: definição

do tipo de brotação só acontece na iniciação da gema (Nuñez-Elisea et al., 1996).

Floração

• Períodos de dormência são curtos nas plantas jovens, mas podem durar mais de oito meses nas plantas adultas.

• Floração espontânea: janeiro a março, (hemisfério

norte) e junho a setembro, (hemisfério sul). • Variações de comportamento com relação à

floração, dentro da mesma cultivar, dependendo da idade da planta e local onde estão plantadas, se nos trópicos secos ou úmidos ou nos subtrópicos.

Crescimento

• Diferentes tipos de crescimento na mesma planta. • Estádios variam: clima, solo e manejo da cultura. • Crescimento vegetativo (produção): quanto

> número de brotos vegetativos, > probabilidade de ocorrência de panículas e > frutificação.

• Florescimento ocorre em ramos com, mínimo,

4 meses de idade, sob condições tropicais, ou 3 meses, sob temperaturas mais amenas.

Relação entre curvatura do coleóptilo (folhas modificadas que cobrem parte aérea de gramíneas na fase inicial do estabelecimento da plântula)

e concentração de AIA (Ácido Indol-3-Acético) no lado sombreado (Hopkins, 1998).

Lado sombreado: ocorre maior crescimento

Cultura de tecidos em solução nutritiva, obtendo-se “calos” (

tecido indiferenciado ) e depois plantas inteiras

Espectro da luz: Faixa compreendida entre 400 e 700 nm é efetiva para maioria dos processos fisiológicos tanto em animais (ex. visão) como em plantas (ex: fomorfogênese e fotossíntese). Comprimentos de onda da

extremidade esquerda do presente espectro são denominados ultra violeta e aqueles da extremidade direita são denominados infravermelho. Radiação ultra

violeta pode causar danos às células vivas por ser ionizante e radiação infravermelha também pode ser bastante danosa, já que são ondas de calor.

Fotoperíodo

• Resposta biológica a uma modificação nas proporções de luz e escuridão num ciclo de 24 horas.

• Mecanismo desenvolvido pelos organismos para medir o tempo da estação.

Plantas de dias curtos ou plantas PDC

• Florescem: início da primavera ou outono.

• Devem ter um período de luz mais curto que um determinado comprimento crítico.

• Florescem apenas durante o outono: café,

crisântemos, bico-de-papagaio (Euphorbia spp), morango.

Plantas de dias longos ou plantas PDL

• Florescem principalmente no verão.

• Devem ter um período de luz mais longo que um determinado comprimento crítico.

• Florescem na primavera – verão: espinafre, algumas batatas, certas variedades de trigo; alface, aveia, cravo, ervilha .

• O primeiro grupo de plantas florescem quando comprimento do dia for menor ou igual ao seu fotoperíodo crítico. PDL somente florescem quando o comprimento do dia for maior ou igual ao seu fotoperíodo crítico. Uma conseqüência dessa definição é que PDL conseguem florescer em luz contínua. Fotoperíodo crítico é o valor em horas diária de iluminação capaz de provocar a floração. No entanto, é o período de escuro que induz a floração. Por exemplo, PDL com fotoperíodo crítico igual 18 horas, deve florescer em períodos diários de iluminação superiores a 18 horas ou em períodos diários de escuro iguais ou inferiores a 6 horas (Figura abaixo). A importância da duração do período de escuro na floração pode ser confirmada interrompendo uma noite longa, a qual foi submetida uma planta de dia longo com um breve período de luz permitindo que ocorra a floração. Um período de escuro durante um período longo de luz não fará florescer uma planta de dia curto.

Fonte: RAVEN & JOHNSON (1996), p. 796

Fonte: Profª. Drª. Durvalina Maria Mathias dos Santos. UNESP

Efeito da luminosidade

Fotoperíodo

Fitocromo regula movimentos de fechamentodas folhas (nictinastismo de folha de Mimosa

pudica)

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Autor: Professor Luiz HenriqueFonte: www.luizhenriquebs.com.br