Post on 15-Oct-2018
MATRIZ TEÓRICA
Projeto NOVAS ROTAS
1. INTRODUÇÃO
O Projeto NOVAS ROTAS (NR) é um projeto de inovação pedagógica/
projeto piloto, que visa iniciar na escola pública que o acolher uma forma
alternativa de fazer aprender os alunos de forma diferente e diferenciada
do pré-escolar até ao 9º ano de escolaridade. Com este projeto,
pretende-se melhorar a oferta educativa e permitir a liberdade efetiva dos
encarregados de educação escolherem o modelo de ensino que julgam
mais eficaz para promover os valores e as competências do perfil do aluno
do século XXI.
Na fase da sua implementação este projeto será monitorizado e
avaliado diretamente pela Direção Regional da Educação, como a lei
prevê, orientado pelo Professor José Pacheco (fundador da Escola da
Ponte e atualmente responsável pela implementação do projeto Âncora,
no Brasil). Para além da avaliação exigida por lei, propõe-se que, também,
a sua implementação seja alvo de investigação pela Universidade dos
Açores, na pessoa do Professor Doutor Pedro González, coordenador do
Modelo da Escola Moderna, nos Açores.
Tendo por base:
● a legislação, que permite desenvolver um projeto piloto, de acordo
com o Decreto Legislativo Regional nº 7/2006/A;
1
● os pressupostos teóricos das Ciências da Educação em geral, os
fundamentos do CReb, em particular, e a Educação Holística, proposta
pela
Aliança Global pela Educação Transformadora, no documento Educação
2000;
● os princípios matriciais e a lógica organizativa do Projeto Educativo
da Escola da Ponte, em São Tomé de Negrelos, Distrito do Porto, que
existe com sucesso reconhecido desde 1976 e os pressupostos dos 1
Projetos: “Sementes para o Sucesso” e “Âncora” . 2 3
Elaboramos este documento onde se explicitam as razões que justificam a
existência de um projeto desta natureza, finalidades, objetivos, linhas de
estratégia, público-alvo, implicações orçamentais, protocolos/ acordos de
cooperação, referências bibliográficas e bibliografia de aprofundamento.
2. JUSTIFICAÇÃO DO PROJETO
Razões que justificam este projeto:
● Necessidade de testar uma estrutura organizacional e funcional
alternativa de escola pública que continua cristalizada no modelo do
século XIX. Neste sentido, introduzir uma forma diferente de organizar a
1 Esta escola tem sido alvo de várias avaliações externas que apontam no reconhecimento da especificidade, da coerência e da sustentabilidade das práticas educativas e da organização pedagógica da Escola. Uma destas avaliações foi levada a cabo pela Universidade de Coimbra, em 2003. 2“Sementes para o sucesso” é um projeto de inovação pedagógica da Escola Básica Integrada 2/3 de Ginetes, elaborado no ano letivo de 2012/2013, que foi sancionado cientificamente por dois Professores Doutores das Ciências da Educação da Universidade dos Açores. Este projeto foi apresentado ao Senhor Secretário da Educação da altura, Duarte Fagundes, mas não chegou a ser implementado, porque o Conselho Pedagógico desta Escola não o aprovou. 3Projeto “Âncora” é um projeto fundado em 1995 por Walter Steurer, que, em 2012, alcançou o sonho do seu fundador: tornou-se uma escola alternativa às tradicionais que segue uma inovadora filosofia educacional, baseada na Escola da Ponte. Este projeto é orientado no Brasil por José Pacheco, fundador da Escola da Ponte.
2
escola e implementar as práticas de ensino dos professores que se
voluntariaram, que já se formaram para o efeito e agora praticam a
Diferenciação Pedagógica, nas escolas onde lecionam, a fim de fazer
aprender as crianças e jovens de forma significativa. Para além disto,
permitir e facilitar a participação mais ativa dos alunos e dos encarregados
de educação nas dinâmicas da escola, no contexto de EDUCAÇÃO
INCLUSIVA (TODOS aprendem uns com os outros, sem estarem separados
por turmas e níveis de escolaridade e valorizando as diferenças de cada
um) (Ainscow, 1999; Booth & Ainscow, 2002; Pacheco, et al, 2007);
● Criar uma verdadeira COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM
(Hargreaves, 2003; Pacheco, 2014), com uma equipa coesa e solidária (os
orientadores educativos trabalham em conjunto, em áreas abertas, de 4
forma interdisciplinar e em contínua articulação curricular, numa lógica de
trabalho horizontal, vertical e transversal) e, nesta comunidade,
incrementar uma intencionalidade educativa reconhecida e assumida por
todos (alunos, pais, orientadores educativos e demais agentes
educativos);
● Formar pessoas e cidadãos cada vez mais cultos, autónomos,
responsáveis e solidários, através do TRABALHO COOPERATIVO entre
pares (Niza, 1998) e dos DISPOSITIVOS PEDAGÓGICOS e GRUPOS DE 5
4Neste projeto-piloto, os professores serão designados por orientadores educativos para enfatizar a sua função de promotores da educação e orientadores do percurso educativo e processos de aprendizagem dos seus alunos. 5Os dispositivos pedagógicos são entendidos por alguns (Cortesão, citada em Araújo (1999, pág. 71) como sendo um
conjunto de “estratégias e materiais a que se pode recorrer na prática educativa, concebidos criticamente e
elaborados como propostas educativas adequadas às características socioculturais identificadas pelos professores
como estando presentes no grupo de alunos com quem trabalham (…) por serem extremamente úteis na conquista
de aprendizagens curriculares (…) procuram também valorizar aos próprios olhos a sua imagem e a do grupo a que
pertencem”. Segundo Pacheco (2014), “dispositivo ultrapassa o nível das estratégias e materiais, agrega suportes de
uma cultura organizacional, enquadrada num projeto educativo específico, não se limitando ao domínio do
desenvolvimento curricular”.. Exemplos dos dispositivos pedagógicos que se pretende utilizar: “Direitos e Deveres”;
“Assembleia de Escola”; “Preciso de Ajuda”; “Já Sei”; “Pesquiso”; “Caixinha dos Segredos”; “Partilhas; “Plano da
Quinzena”; Plano do Dia”, “Debate”, “Mural”, “Acho Bem/Acho Mal”, entre outros.
3
RESPONSABILIDADES para que as crianças fiquem democraticamente 6
empenhadas na construção de uma comunidade educativa que valorize e
potencie o desenvolvimento das qualidades e das competências de cada
um;
● Melhorar o interesse e empenhamento das nossas crianças e jovens
no seu projeto educativo (por um lado, o interesse e o empenhamento
são variáveis apontadas como significativas nos resultados dos alunos, na
maioria das atas dos Conselhos de Turma; por outro lado, é por demais
conhecido o papel que a dimensão afetiva da aprendizagem tem no
sucesso educativo) (Lopez & Silva, 2010; Rosário, 2005; Pacheco, 2013);
● Desenvolver a autorregulação das emoções (necessidade de uma
educação emocional preventiva, promocional ou compensatória para
evitar a indisciplina e o bullying ) e promover a autogestão das 7
aprendizagens (Rosário et al. 2007) , permitindo que os alunos 8
desenvolvam projetos do seu interesse, de forma autónoma e trabalhem
colaborativamente com os seus pares e com a comunidade educativa;
● Desenvolver o aluno enquanto um todo, de acordo com a Educação
Holística, integrando a sua natureza multidimensional, nas vertentes
emocionais e psicológicas, físicas e espirituais, intuitivas e criativas,
racionais e lógicas, conforme as múltiplas inteligências defendidas por
Gardner (2010);
6Os GRUPOS DE RESPONSABILIDADES são constituídos por equipas de alunos assessorados pelos orientadores pedagógicos. Estes grupos formam-se no início do ano e asseguram uma gestão dos espaços de trabalho e das diferentes formas de intervenção dos alunos na vida da escola. Exemplos de grupos de responsabilidades: “Datas e Eventos”; “Refeitório”; “Espaços de lazer e jardins”; “Correspondência”; “Biblioteca”; “Solidariedade”, “Comissão de Ajuda”, entre outros. 7O bullyingé um problema multifatorial nas escolas que só pode ser erradicado quando a sua existência for reconhecida e se tomarem medidas para o prevenir (Beane, 2006). 8Cada vez mais a literatura demonstra que é necessário dotar as crianças de estratégias de aprendizagem que as
auxiliem a enfrentar e a realizar aprendizagens mais significativas e as coloque no centro do seu percurso
académico, responsabilizando-as pelo seu agir educativo para que se possa verificar uma aprendizagem com maior
qualidade e profundidade.
4
● Assegurar o acompanhamento permanente e individualizado do
percurso curricular de cada aluno e a sua avaliação contínua, através do
processo de TUTORIA ; 9
● Adotar uma perspetiva integradora e sócio-construtivista no
desenvolvimento das oito competências do CReb nos alunos, em 10
consonância com as três funções essenciais da educação básica:
personalizadora, instrutiva/do conhecimento e socializadora (Escamilla,
2008);
● Reconhecer aos pais o direito indeclinável de participarem
ativamente no projeto educativo dos filhos (Lima, 2002a; Rosário et al.
2005);
● Promover o desenvolvimento pessoal, interpessoal e profissional
dos professores (Zeichner, 1999), através de um modelo baseado no
isomorfismo da formação, no âmbito de uma comunidade aprendente
(Pacheco, 2014).
3. FINALIDADES
1. Formar cidadãos mais responsáveis, autónomos, críticos, solidários e
competentes (capazes de mobilizarem recursos na resolução de
problemas);
2. Criar uma verdadeira comunidade de aprendizagem, num contexto de
educação inclusiva;
9Em vez de um diretor de turma, neste modelo organizativo, os alunos têm tutores que os ajudam, em tempo útil, a promover as suas competências e a alcançarem os objetivos que delineiam para cada quinzena. 10As competências definidas no CReb são: competência em Línguas, Matemática, Científica e Tecnológica; Cultural e Artística; Digital; Social e de Cidadania; Físico-motora e de Autonomia e Gestão da Aprendizagem.
5
3. Experimentar um modelo organizacional alternativo de escola pública
estatal que favoreça o desenvolvimento da cidadania democrática,
ativamente participada em estruturas de cooperação educativa, e
promova o sucesso académico.
4. Promover um maior envolvimento dos pais no projeto educativo dos
filhos e aumentar a cooperação escola-família.
4. OBJETIVOS
A nível da organização e gestão pedagógica
● Introduzir modificações ao nível do modelo de organização da
escola “tradicional”, ao nível de espaços, métodos e condições de ensino,
horários e avaliação para que possam ser criadas as condições para todos
os professores serem orientadores educativos de todos os alunos do NR e
onde os grupos cooperativos e heterogéneos, base essencial da educação
para (e na) cidadania, sejam uma realidade;
● Criar uma solução orgânica que permita promover nos diversos
contextos (incluindo os espaços da comunidade envolvente, fora do
edifício escolar) em que decorrem os processos formativos uma
solidariedade ativa e uma participação responsável entre os diferentes
agentes educativos, entre estes e as crianças e entre estas entre si;
● Incrementar o trabalho cooperativo e de projeto entre os alunos e
desenvolver os dispositivos pedagógicos necessários à sua participação
ativa na gestão democrática da Escola e na tomada de decisões que
respeitam à organização e funcionamento desta;
6
● Criar grupos de responsabilidades onde as crianças, assessoradas
pelos seus orientadores educativos, possam assegurar o bom
funcionamento dos espaços de trabalho e de lazer e garantir a eficácia das
suas diferentes formas de intervenção na vida da Escola;
● Estabelecer a Assembleia de NR , com todos os alunos do projeto, 11
todas as sextas feiras, para garantir a participação das crianças e jovens na
tomada de decisões relacionadas com a organização e funcionamento da
Escola e acompanhar o trabalho dos Grupos de Responsabilidade;
● Ensinar a aprender a aprender (Delors et al., 1996), isto é, 12
intencionalizar o educar, num aprender fazendo, projetado, planificado,
viabilizado por diferentes formas, destacando-se o permanente incentivo
à investigação, à exploração, à procura, à descoberta, à pesquisa e à
reflexão para promover o desenvolvimento de aptidões e métodos de
pensar e de agir das crianças;
● Garantir o acompanhamento permanente e individualizado do
percurso educativo e dos processos de aprendizagem de cada criança,
através da Tutoria ; 13
● Concretizar um ensino diferenciado, um mesmo currículo para
todos os alunos, mas desenvolvido de modo diferente por cada um, de
acordo com os estilos cognitivos e ritmos de aprendizagem individuais;
11A Assembleia é um dispositivo pedagógico que permite a participação democrática dos alunos na tomada de decisões. Todos os alunos desta experiência integrarão esta estrutura de organização educativa, assim como os orientadores educativos, pais/encarregados de educação. Só os alunos têm direito a voto e a Mesa da Assembleia é constituída exclusivamente por eles. 12Esta designação é adotada em vários documentos oficiais nos quais a “autonomia e iniciativa pessoal” e a “capacidade de aprender a aprender” são definidas como duas competências autónomas. No contexto desta experiência, tal como o é no âmbito do CReb, decidiu-se integrar numa só. 13Neste projeto, todos os orientadores educativos serão Tutores, cabendo-lhes (1) providenciar no sentido de regular a atualização do dossier individual dos alunos tutorados; (2) acompanhar e orientar o seu percurso educativo e os seus processos de aprendizagem; (3) manter os encarregados de educação permanentemente informados sobre o percurso educativo e os processos de aprendizagem dos seus tutorados.
7
● Operacionalizar uma efetiva diferenciação curricular e pedagógica
(González, 2002; Perrenoud, 2000, Tomlinson, 2008; Roldão, 2003; Sousa,
2010), tendo por referência uma política de direitos humanos que garanta
as mesmas oportunidades educacionais e de realização pessoal a todos os
alunos, respeitando o fato de cada um ser um indivíduo único e
irrepetível;
● Garantir uma avaliação processual (Fernandes, 1997; Pacheco,
2012) que oriente construtivamente o percurso escolar de cada criança,
permitindo-lhe, em cada momento, tomar consciência, pela positiva, do
que já sabe e do que já é capaz de fazer, através dos vários instrumentos
de pilotagem, dos dispositivos pedagógicos concebidos para o efeito e do
processo de Tutoria.
A nível colegial (relação entre todos os agentes educativos)
● Promover a cultura colaborativa entre os orientadores educativos
entre si e entre estes e os demais agentes educativos, através do
estabelecimento de objetivos comuns, de alguns dispositivos pedagógicos
e de encontros formais e informais (Fullan & Hargreaves, 2001; Lima,
2002b, Pacheco, 2014);
● Estabelecer dinâmicas/atividades/projetos, que permitam uma
aliança maior entre a escola e as famílias/comunidade e garantam uma
participação mais ativa dos encarregados de educação na cooperação com
a escola e no percurso educativo das crianças;
● Operar transformações nas estruturas de comunicação, pela
intensificação de interações entre os diferentes agentes educativos
(Marques, 1993; Pacheco, 2014).
8
A nível dos recursos humanos e materiais
● Integrar neste projeto de inovação pedagógica, numa primeira fase,
os professores/educadores que já iniciaram o processo de formação e
mostraram a sua disponibilidade para reconfigurar as suas práticas.
Enquadrá-los nos Núcleos e Dimensões Curriculares onde se sintam 14 15
mais vocacionados, pela sua formação ou experiência profissionais, para
apoiarem e orientarem o percurso de aprendizagem dos alunos;
● Organizar os horários dos orientadores educativos de forma a
estarem sempre presentes, pelo menos 2, em cada Dimensão, no tempo
de funcionamento normal da escola;
● Dispor os mapas de desenvolvimento curricular (conteúdos
programáticos das várias disciplinas), os instrumentos de pilotagem
(presenças, cronogramas de atividades, registos da realização dos
trabalhos, registos das avaliações…), os dispositivos pedagógicos (já sei,
preciso de ajuda, caixinha dos segredos, planificação quinzenal e diária,
pesquiso …) e os recursos pedagógicos (diferentes manuais escolares,
livros, dossiers, ficheiros temáticos, material online…) de forma acessível
aos alunos para que possam consultar livremente e realizar o seu trabalho
o mais autonomamente possível.
14No 1º ano deste projeto, haverá dois núcleos: Iniciação e Autonomia. Ao núcleo da Iniciação pertencerão alunos da educação pré-escolar e 1.º ciclo. Ao núcleo de Autonomia, pertencerão alunos do 5º ano, Programa Oportunidades I e II e alunos com NEE. 15No 1º ano deste projeto, funcionarão 5 dimensões curriculares fundamentais: Linguística; Lógico-Matemática; Naturalista; Identitária e Artística.
9
A nível da formação
● Promover o desenvolvimento pessoal, interpessoal e profissional
dos professores, através de um processo de autoformação cooperada,
num modelo de comunidade de aprendizagem que contemple a
investigação feita nesta área específica (Alarcão, 1996, 1995, 1994, 1991;
Amaral et al., 1996; Estrela & Estrela, 1997; Moreira & Alarcão, 1997;
Nóvoa, 1992; Pacheco, 1995; Pacheco, 2014; Schon, 1987; Silva, 2000;
Vieira, 1993). Com este propósito, criar espaços de partilha de práticas, de
reflexão e de questionamento onde haja a oportunidade de promover o
confronto de diferentes conceções, crenças e modelos sobre o modo
como se ensina e como os alunos aprendem e desenvolvem
competências, comparando-os com os resultados de investigações
desenvolvidas no campo da educação (Lopes & Silva, 2010, 2015);
● Implementar programas de parentalidade consciente para pais e
encarregados de educação;
● Implementar programas de Coaching Escolar , Mindfulness , Yôga, 16 17
para as crianças e os adultos da comunidade educativa.
5. LINHAS DE ESTRATÉGIA
● Criar um blogue e página no facebook para divulgação (já realizado);
● Criar grupos de trabalho/reflexão para estudar formas possíveis da
operacionalização do projeto de inovação pedagógica no próximo ano
letivo, tendo por base os princípios matriciais e lógica organizativa da
16Ferramenta de desenvolvimento pessoal e interpessoal que potencia os recursos individuais e promove resultados, de acordo com os objetivos de cada um. 17Desenvolvimento da atenção plena, essencial à aprendizagem.
10
Escola da Ponte, Projetos: “Sementes para o Sucesso” e “Âncora”, da
Educação Holística e as especificidades do contexto educativo;
● Promover sessões de divulgação/ informação/esclarecimento sobre
a natureza do projeto de inovação pedagógica junto de toda a
comunidade educativa;
● Mobilizar pais e comunidade educativa em geral e sensibilizá-los
para a necessidade de haver uma escola alternativa à tradicional;
● Reunir com todos os parceiros de NR e formalizar os protocolos de
cooperação;
● Criar uma comunidade educativa com todas as entidades e/ou
serviços que resultarem do mapeamento de lugares e pessoas com
potencial educativo;
● Promover a reflexividade dos orientadores educativos envolvidos,
levando-os a pensar sobre as práticas inovadoras que vão implementando
entretanto nas suas escolas (reflexão na ação e sobre a ação, Schön,
1987);
● Constituir uma comissão de acompanhamento do projeto piloto que
integre não só os elementos propostos pela legislação em vigor, mas
também o professor doutor Pedro González da área das Ciências da
Educação, da Universidade dos Açores e o professor José Pacheco,
fundador da Escola da Ponte.
11
6. PÚBLICO-ALVO
Numa fase inicial, 50 alunos (rácio de 6/7 alunos por orientador
educativo que é o número vigente nas escolas da região), do pré-escolar
ao 5º ano de escolaridade.
7. IMPLICAÇÕES ORÇAMENTAIS
As verbas inerentes ao funcionamento de uma escola do sistema
educativo.
8. PROTOCOLOS/ACORDOS DE COOPERAÇÃO
● Câmara Municipal da área
● Junta de freguesia
● Centro de saúde
● Santa Casa da Misericórdia da zona
● DCE da Universidade dos Açores
● ISSA
● Todas as entidades e/ou serviços que resultarem do mapeamento
de lugares e pessoas com potencial educativo.
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