Metodologia de Desempenho e NBR 15575

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Metodologia de desempenho e NBR 15575 na

concepção e desenvolvimento de

empreendimentos residenciais Eng. Maria Angelica Covelo Silva

O conceito e metodologia de

desempenho

EDIFÍCIO/INSTALAÇÕES

INDUSTRIAIS/PONTES/

MATERIAIS, COMPONENTES E

SISTEMAS

Exigências

de uso e

operação Condições de

exposição

Requisitos de

Desempenho

Critérios de

desempenho

Métodos de

Avaliação

Exigências humanas em relação ao comportamento do edifício; exigências do fluxo de uso e operação de processos.

Conjunto de ações a que o empreendimento está exposto (externas e decorrentes da ocupação e uso/operação).

Características que os materiais, componentes e sistemas devem atender.

Grandezas quantitativas que estabelecem padrões e níveis a serem atingidos.

Ensaios, simulações, APO, verificações analíticas.

Cronologia NBR 15575

2000 – Projeto FINEP / CB 2 / Caixa

Econômica Federal – textos base iniciais.

2004 – Grupos de trabalho liderados pelo

SindusCon-SP e Secovi-SP.

2008 – Publicação.

2010 – 2012 – Exigibilidade (empreendimentos

cujos projetos sejam protocolados nos

órgãos oficiais de aprovação após 12 de

março de 2012)

Princípio básico:

NORMA TÉCNICA É LEI.

Código de Defesa do Consumidor

Lei 8078 / de 11 de setembro de 1990

CAPÍTULO V - Das práticas comerciais

Seção IV - Das práticas abusivas

Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos e serviços

Item VIII - Colocar , no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço,

em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais

competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação

Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo

Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -

CONMETRO.

a) Segurança

• Desempenho estrutural

• Segurança contra incêndio

• Segurança no uso e operação

NBR 15575

b) Habitabilidade

• Estanqueidade

• Desempenho térmico

• Desempenho acústico

• Desempenho lumínico

• Saúde e higiene

• Funcionalidade e acessibilidade

• Conforto tátil

• Qualidade do ar

c) Sustentabilidade

• Durabilidade

• Manutenabilidade

• Adequação ambiental

Requisitos

Com a NBR 15575 foi possível criar o

DATec – Documento de Avaliação Técnica

PASSO 1

Conhecer as características de

uso do edifício e suas partes ao

longo da vida útil....(como o

edifício será usado?)

APLICAR A METODOLOGIA E AS NORMAS DE

DESEMPENHO É:

PASSO 2

Conhecer e registrar no projeto as

características de exposição a que

estarão sujeitos os materiais,

componentes e sistemas e o edifício

como um todo....

P

R

L

o

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B

C

F

I

3 P

R

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I

3

NBR 15220 – Desempenho térmico de edificações

Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social

Zonas bioclimáticas

Rio de Janeiro – Zona 8

Exposição a

ruídos e ruídos

internos a

serem gerados

Salinidade

Poluição e umidade

Ventos Túnel de vento

http://www.ufrgs.br/lac/

• Esforços decorrentes do uso • Modificações que o cliente faz

Objetos de peso elevado - drywall

Passo 3 – Definir os requisitos e

critérios a atender diante das

características de uso e das

condições de exposição

NBR 15575....

12 Desempenho acústico

Normas existentes antes da NBR 15575

NBR 10151 Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas,

visando o conforto da comunidade - Procedimento

30/6/2000

NBR 10152 Níveis de ruído para conforto acústico. 30/12/1987

NBR 12314 - Aeronáutica - Critérios de ruído para recintos internos

nas edificações submetidas ao ruído aeronáutico, 30/07/1997.

Esta Norma estabelece os procedimentos para medir, calcular, corrigir e

analisar dados e estabelecer padrões acústicos aceitáveis para

diversos recintos internos, sujeitos ao ruído gerado por operações

aeronáuticas e similares, visando compatibilizar o local com as

atividades desenvolvidas.

NBR 8572 - Fixação de valores de redução de nível de ruído para

tratamento acústico de edificações expostas ao ruído aeronáutico,

30/08/1984. Esta Norma fixa os valores de redução de níveis de ruído

proporcionados por fachadas e/ou coberturas de edificações

localizadas na Área II dos Planos de Zoneamento de Ruído em

Aeroportos. Sua aplicação deve compartilhar os requisitos acústicos

nela estabelecidos com outros relativos à boa iluminação e ventilação.

Em revisão

Principio básico dos requisitos: Isolamento acústico em

relação ao ruído gerado.

Matriz de subsistemas x requisitos.

1. Isolamento de ruído aéreo externo: Fachadas e coberturas; caixilhos.

2. Isolamento de ruído aéreo de uma unidade para outra: Pisos internos e

paredes de geminação.

3. Isolamento de ruído aéreo entre a unidade e ambientes internos do

edifício (áreas comuns): paredes, portas, pisos.

4. Isolamento de ruído de impacto entre unidades: pisos e suas ligações

com as paredes.

5. Isolamento de ruído de equipamentos: moto bombas, geradores,

elevadores eoutros.

6. Isolamento de ruído de instalações hidráulicas: instalações de água no

interior das unidades.

12.3.3 Premissas de projeto

O projeto deve mencionar a avaliação

das condições do entorno, em

relação ao ruído.

Construtora Tarjab - SP

Avaliação do desempenho acústico de esquadrias de alumínio

Características técnicas dos

produtos pesquisados:

• Bitola de 25mm (profundidade

média dos perfis das folhas)

• Dimensões: 1,20m x 1,20m

• Produtos que atendem a

NBR 10.821 nos requisitos

de deformação,

estanqueidade ao ar e à água

e esforços de manuseio

• Homologados pelo PBQP-H

Instalação com contamarco

Dupla linha de vedação entre

folhas e marco

Vedação na ―mão de amigo‖

Vedação nas travessas

inferior e superior dos

marcos

ABAL: Associação Brasileira do Alumínio

RESULTADOS DOS ENSAIOS – LABORATÓRIO IPT

ÍNDICE DE REDUÇÃO SONORA - Rw (C,Ctr) dB

PRODUTOS

JANELA DE CORRER 2

FOLHAS

JANELA

VENEZIANA

JANELA DE CORRER

INTEGRADA

VIDRO 4mm VIDRO 6mm VIDRO 4mm VIDRO 4mm VIDRO 6mm

PRODUTO 1 20 (0;-1) 19 (0; 0) 15 (0;-1) 26 (-1;-4) 26 (-1;-4)

PRODUTO 2 19 (0; 0) 20 (-1;-1) 19 (0;-2) 26 (-1;-4) 27 (-1;-5)

PRODUTO 3 19 (0;-1) 20 (0;-0) 19 (-1;-2) 26 (-1;-3) 26 (-1;-3)

RESULTADOS DOS ENSAIOS – LABORATÓRIO IPT

ÍNDICE DE REDUÇÃO SONORA - Rw (C; Ctr) dB

PAREDE DE BLOCO CERÂMICO 42 (-1; -4)

JANELA DE CORRER 2 FOLHAS VIDRO DE 4 MM (L=1200, H=1200) 30 (0; -1)

JANELA DE CORRER 2 FOLHAS VIDRO DE 6 MM (L=1200, H=1200) 31 (0; -1)

JANELA DE CORRER INTEGRADA 2 FOLHAS VIDRO DE 4 MM

(L=1200, H=1200) 35 (-1; -3)

JANELA DE CORRER INTEGRADA 2 FOLHAS VIDRO DE 6 MM

(L=1200, H=1200) 35 (-1; -3)

JANELA DE CORRER 1 FOLHA VIDRO DE 4 MM E 2 FOLHAS VENEZIANAS

(L=1200, H=1200) 29 (0; -2)

JANELA DE CORRER 2 FOLHAS VIDRO DE 4 MM (L=1600, H=1400) 27 (0; 0)

JANELA DE CORRER 2 FOLHAS VIDRO DE 6 MM (L=1600, H=1400) 28 (0; -1)

Parte 3 – Pisos internos

Desempenho acústico

• Ruído de impacto em piso

Atenuar a passagem de som resultante de ruídos de impacto (caminhamento,

queda de objetos e outros) entre unidades habitacionais.

Critério: a unidade habitacional deve apresentar o nível de pressão sonora de

impacto padronizado ponderado proporcionado pelo entrepiso conforme indicado

na tabela 6.

Os valores mínimos exigidos correspondem a valores representativos de ensaios

realizados em pisos de concreto maciço com espessura de 10 cm a 12 cm sem

acabamento.

Tabela 6 – Critério e nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado, L´nT,w, (Nível de

pressão sonora de impacto padronizado ponderado) para ensaios de campo

Laje, ou outro elemento portante, com ou sem contrapiso, sem tratamento acústico < 80 dB

Nível intermediário < 65 dB

Nível superior < 55 dB

Fonte: Apresentação Harmonia Acústica, Secovi-SP, out. 2009.

NBR 15575 – 6 – Instalações hidrossanitárias

Requisito – Limitação de ruídos

• Não provocar ruídos desagradáveis aos seus usuários.

Critério – Velocidade de escoamento

A velocidade de escoamento da água nas tubulações dos sistemas prediais

de água fria, água quente e águas pluviais não deve ser superior ao valor especifi-

cado pelas ABNT NBR 5626, 7198, 10844 e 10152 quando aplicável.

Critério – Ruído gerado por vibrações

As tubulações, equipamentos e demais componentes sujeitos a esforços dinâmicos

devem ser projetados para que não propaguem vibrações aos elementos das

edificações.

Tabela 17 – Valores recomendados da diferença

padronizada de nível ponderada da vedação externa,

D2m,nT,w, para ensaios de campo:

Elemento D2m,nT,w

dB

D2m,nT,w +5

dB

Vedação externa de

dormitórios

25 a 29 30 a 34

Nota 1 Para vedação externa de cozinhas, lavanderias e

banheiros, não há exigências específicas.

Nota 2 A diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w, é o

número único do isolamento de ruído aéreo em edificações,

derivado dos valores em bandas de oitava ou de terço de

oitava da diferença padronizada de nível, DnT, entre ambientes

de acordo com o procedimento especificado na ISO 717-1.

Símbolo Descrição Norma Aplicação

Lra Nível de ruído ambiente NBR 10151 Nível de ruído em ambientes externos

Rw Índice de Redução Sonora Ponderado ISO 10140-2 ISO 717-1 Componentes, em laboratório

DnT,w Diferença Padronizada de Nível Ponderada ISO 140-4 ISO 717-1

Vedações verticais e horizontais internas, em edifícios (paredes etc.)

D2m,nT,w Diferença Padronizada de Nível Ponderada a 2 m de distância da fachada

ISO 140-5 ISO 717-1 Fachadas, em edifícios

Mudanças na norma

Elemento D2m,nT,w [dB]

Lra = 60 a 64 dB(A) Lra = 65 a 69 dB(A)

Vedação externa de dormitório 25 30

Vedação externa de sala 16 21

Nota 1: Os níveis de ruído ambiente, Lra, são faixas habituais em áreas urbanas com trânsito.

Nota 2: Para condições especiais de ruído ambiente com valores de Lra iguais ou acima de 70 dB (A) (locais próximos a rodovias com movimento intenso, próximos a rotas de aeronaves, etc.) ou abaixo de 60 dB(A) (áreas estritamente residenciais, áreas rurais), o critério mínimo pode ser revisto ou definido considerando as condições locais, conforme NBR 10151, utilizando a fórmula para dormitórios ou para salas.

Nota 3 Para vedação externa de cozinhas, lavanderias e banheiros não há exigências específicas.

39,,2 rawnTm LD

48,,2 rawnTm LD

Tabela 17 — Valores mínimos da diferença padronizada de nível ponderada,

D2m,nT,w, da vedação externa

O Anexo F contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.

Também, valores de referência Rw, obtidos em ensaios de laboratório, para orientação a

fabricantes e projetistas, constam no Anexo F.

Fonte: Apresentação Harmonia Acústica, Secovi-SP, out. 2009.

Simulação de desempenho acústico com o

uso do software CADNA

Fonte: Apresentação Harmonia Acústica, Secovi-SP, out. 2009.

Tabela 19 – Valores recomendados da diferença padronizada de

nível, ponderada entre ambientes, DnT,w, para ensaio de campo

Elemento DnT,w

dB

Parede de salas e cozinhas entre uma unidade

habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como

corredores, halls e escadaria nos pavimentos-tipo

30 a 34

Parede de dormitórios entre uma unidade habitacional e

corredores, halls e escadarias nos pavimentos-tipo

40 a 44

Parede entre uma unidade habitacional e áreas comuns de

permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades

esportivas, como home theater, sala de ginástica, salão de

festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos,

cozinhas e lavanderias coletivas

45 a 49

Paredes entre unidades habitacionais autônomas (parede

de geminação)

40 a 44

Elemento DnT,w [dB]

Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação) 40

Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos

40

Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual como corredores e escadaria dos pavimentos

30

Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas

45

Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (DnT,w obtida entre as unidades). 40

Tabela 7 – Critérios de diferença padronizada de nível

ponderada DnT,w para ensaios de campo e Rw para ensaios

de laboratório

Elemento Campo DnT,w

dB

Laboratório Rw

dB

Piso de unidade

habitacional,

posicionado sobre as

áreas comuns, como

corredores

35 40

Piso separando

unidades habitacionais

autônomas (piso

separando unidades

habitacionais

posicionadas em

pavimentos distintos)

40 45

Medições de acordo com a ISO 140-4 e ISO 140-3 ou ISO 10052

9 Segurança no uso e na operação

9.1 Generalidades

A segurança no uso e operação dos sistemas e componentes do edifício

habitacional deve ser considerada em projeto, especialmente as que dizem

respeito a agentes agressivos (proteção contra queimaduras e pontos e bordas

cortantes, p. ex.).

9.2 Requisito – Segurança na utilização do imóvel

Assegurar que tenham sido tomadas medidas de segurança aos usuários do

edifício habitacional.

9.2.1 Critério – Segurança na utilização do imóvel

Os sistemas não devem apresentar:

a) Rupturas, instabilizações, tombamentos ou quedas que posam colocar em

risco a integridade física dos ocupantes ou de transeuntes nas imediações do

imóvel;

b) Partes expostas cortantes ou perfurantes;

c) Deformações e defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 15575-2

a ABNT NBR 15575-6

9.2.2 Método de avaliação

Análise do projeto ou inspeção em protótipo.

9.2.3 Premissas de projeto

Devem ser previstas no projeto e na execução formas de minimizar o risco de:

a) Queda de pessoas em altura: telhados, áticos, lajes de cobertura e quaisquer

partes elevadas na construção;

b) Acessos não controlados aos riscos de quedas;

c) Queda de pessoas em função de rupturas das proteções;

d) Queda de pessoas em função de irregularidades nos pisos, rampas e

escadas, conforme a ABNT NBR 15575-3;

e) Ferimentos provocados por ruptura de subsistemas ou componentes,

resultando em partes cortantes ou perfurantes;

f) Ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de

componentes, como janelas, portas, alçapões e outros;

g) Ferimentos ou contusões em função da dessolidarização ou da projeção de

materiais ou componentes a partir das coberturas e das fachadas, tanques de

lavar, pias e lavatórios, com ou sem pedestal, e de componentes ou

equipamentos normalmente fixáveis em paredes;

h) Ferimentos ou contusões em função de explosão resultante de vazamento ou

de confinamento de gás combustível.

9.3 Requisito – Segurança das instalações

Evitar a ocorrência de ferimentos ou danos aos usuários, em condições normais

de uso.

9.3.1 Segurança na utilização das instalações

O edifício habitacional deve atender às exigências das Normas pertinentes, como,

por exemplo, ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 13523, ABNT NBR

13932, ABNT NBR 13933, ABNT NBR 14570, e ABNT NBR 15575-6.

9.3.2 Método de avaliação

Análise do projeto ou inspeção em protótipo.

9. Segurança (Parte 3 – Pisos internos)

9.1 Generalidades

Embora não existam estatísticas de acidentes domésticos provocados pelas

características dos elementos utilizados em pisos, é reconhecida, a partir de uma

análise de riscos potenciais em uma habitação, a existência de possibilidades de

acidentes, principalmente relacionados com a queda dos usuários durante a sua

circulação.

9.2 Requisito – Resistência ao escorregamento

Tornar segura a circulação dos usuários, evitando escorregamentos e quedas.

9.2.1 Critério – Resistência ao escorregamento

A superfície dos pisos do edifício habitacional deve apresentar coeficiente de atrito

dinâmico igual ou superior aos valores apresentados na Tabela 5.

Tabela 5 – Coeficiente de atrito dinâmico do piso

Situação Coeficiente de atrito dinâmico do piso

Área privativa Área comum

Declividade ≤ 3 % > 0,40 > 0,40

3% < Declividade ≤ 10% > 0,70 > 0,85 ou 0,70 com faixa antiderrapante

> 0,85 a cada 10 cm

Escadas > 0,70 > 0,70 ou com faixa antiderrapante >

0,85 por degrau

Segurança no uso

Conforto antropodinâmico

11 Desempenho térmico

11.1 Generalidades

A edificação habitacional deve reunir

características que atendam às exigências de

desempenho térmico, considerando-se a região

de implantação da obra e as respectivas

características bioclimáticas definidas na ABNT

NBR 15220-3 e considerando-se que o

desempenho térmico do edifício depende do

comportamento interativo entre fachada,

cobertura e piso.

Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece um

procedimento normativo apresentado a seguir e

dois procedimentos informativos mostrado no

anexo A para avaliação da adequação de

habitações:

a) Procedimento 1 – Simplificado (normativo):

verificação do atendimento aos requisitos e

critérios para fachadas e coberturas, estabelecidos

nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5,

para os sistemas de vedação e para os sistemas

de cobertura, respectivamente;

b) Procedimento 2 – Simulação (informativo, Anexo

A): verificação do atendimento aos requisitos e

critérios estabelecidos nesta ABNT NBR 15575-1,

por meio de simulação computacional do

desempenho térmico do edifício;

c) Procedimento 3 – Medição (informativo, Anexo

A): verificação do atendimento aos requisitos e

critérios estabelecidos nesta ABNT NBR 15575-1,

por meio da realização de medições em edifícios

ou protótipos construídos.

P

R

L

o

n

d

r

i

n

a

B

C

F

I

3 P

R

L

o

n

d

r

i

n

a

B

C

F

I

3 P

R

L

o

n

d

r

i

n

a

B

C

F

I

3

NBR 15220 – Zonas bioclimáticas

Rio de Janeiro – Zona 8

Desempenho Térmico: níveis de desempenho

Yawatz Engenharia

Fonte:

Desempenho Térmico: níveis de desempenho

Yawatz Engenharia

Fonte:

Yawatz Engenharia

Fonte:

Desempenho Térmico: método prescritivo - paredes

Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8

São Paulo

Florianópolis

Belo Horizonte

Brasília

Santos

Campo Grande

Cuiabá

Rio de Janeiro

Salvador

Fortaleza

Cor escura : U <= 2,5 W/m².K

Cor clara : U <= 3,7 W/m².K

Tijolo maciço

U = 3,13 W/m².K

Tijolo maciço aparente

U = 3,70 W/m².K

Transmitância térmica

Desempenho Térmico: método prescritivo – paredes.

Zonas 1 a 6

Campos do Jordão

Curitiba

São Paulo – Zona 3

Florianópolis

Belo Horizonte

Brasília

Aberturas para ventilação Zona 7

Cuiabá

Petrolina (PE)

Zona 8

Rio de Janeiro

Salvador

Fortaleza

Aberturas médias

A >= 8% Apiso

Aberturas pequenas

A >= 5% Apiso

Aberturas grandes

A >= 15% Apiso

Aplica-se a: salas, cozinhas e dormitórios

Yawatz Engenharia

Fonte:

• Método de avaliação:

Análise do projeto arquitetônico, considerando, para cada ambiente de longa

permanência a seguinte relação:

A = 100 (Aa/Ap) %

Onde Aa é a área efetiva de abertura de ventilação do ambiente, sendo que para o cálculo desta

área somente são consideradas as aberturas que permitam a livre circulação do ar, devendo

ser descontadas as áreas de perfis, vidros e de qualquer outro obstáculo, nesta área não são

computadas as áreas de portas;

Ap é a área de piso do ambiente.

NBR 15575 – Parte 4

Define requisitos de adequação das paredes externas

quanto a transmitância térmica;

Define áreas mínimas de aberturas para ventilação.

Define requisitos de sombreamento:

• as janelas dos dormitórios, para qualquer região climática, devem ter

dispositivos de sombreamento externos ao vidro (quando este existir)

de forma a permitir o controle de sombreamento, ventilação e

escurecimento a critério do usuário, como por exemplo venezianas.

Vivienda protegida - Espanha

Acervo NGI – Foto de condomínio residencial em Nazaré – interior de Portugal

Casa esconderijo onde Osama Bin Laden foi morto

pelos agentes dos EUA em 1º de maio de 2011 -

Paquistão. Sombreamento de janelas de dormitório.

No procedimento de simulação do desempenho térmico podem ser consideradas

condições de ventilação e de sombreamento, conforme NBR 15575-1. No caso da

ventilação pode ser considerada uma condição “padrão”, com taxa de 1ren/h, ou seja

uma renovação de ar por hora do ambiente (renovação por frestas), e uma condição

“ventilada”, com taxa de 5ren/h, ou seja, cinco renovações de ar por hora do

ambiente sala ou dormitório. No caso do sombreamento das aberturas pode ser

considerada uma condição “padrão”, na qual não há nenhuma proteção da abertura

contra a entrada da radiação solar, e uma condição “sombreada”, na qual há

proteção da abertura que corte pelo menos 50% da radiação solar incidente no

ambiente sala ou dormitório.

O GRUPO 4 SUGERE CONSIDERAR NA PARTE 1, NO MÉTODO DE AVALIAÇÃO

DETALHADO, A VENTILAÇÃO E O SOMBREAMENTO DAS ABERTURAS PARA

EFEITO DA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO.

O GRUPO 4 SUGERE QUE A QUESTÃO DO ESCURECIMENTO DOS AMBIENTES

SERÁ CONSIDERADA NA PARTE 1, NO DESEMPENHO LUMÍNICO.

Mudanças na revisão

Passo 4 – Especificar e projetar para

atender aos requisitos e critérios....

Praia das Astúrias

Barra Funda

Os sistemas de pintura

podem ser os mesmos?

Porta 1

Porta 2

Qual a diferença de

requisitos a que estas duas

portas devem atender?

Living

Varanda

Espaço

Gourmet

A mesma cerâmica pode ser

utilizada no piso dos três ambientes?

E é preciso mostrar ao cliente

o desempenho agregado ao

produto!

Bascol Brasil - Paraná

O que pode afetar o custo?

1. Caixilhos se estiverem abaixo do isolamento e se não tiverem

sombreamento;

2. Lajes que não apresentem o isolamento requerido;

3. Paredes divisórias entre apartamentos se não atingirem o mínimo de

desempenho acústico;

5. Soluções de estanqueidade;

6. Acessibilidade se não estiver sendo atendida a norma NBR 9050;

7. Dimensões mínimas de ambientes se estiverem abaixo da tabela da Parte 1;

8. Durabilidade se o projeto e os materiais e componentes atuais não

proporcionarem a vida útil prevista na norma.

O papel de cada um para

implantar a metodologia de

desempenho e as normas de

desempenho.

• A incorporadora/construtora precisa definir o produto e as

premissas de projeto segundo requisitos e critérios de norma;

• Os projetistas precisam conhecer, atender e demonstrar que

atenderam requisitos, critérios e características (e as demais

normas de projeto e especificação);

• Os fabricantes têm que caracterizar seus produtos e

demonstrar as características – ensaios de caracterização de

desempenho, ensaios de controle de produção, certificação,

declaração de conformidade;

• A construtora precisa caracterizar suas soluções construtivas

e ter procedimentos de controle (de qualificação de

fornecedores (equalizar por desempenho demonstrado), de

recebimento, de produção);

• A construtora precisa orientar o cliente/usuário final;

• O usuário precisa usar e fazer manutenção de acordo com as

instruções.

E..............

O cliente precisa enxergar o desempenho para escolher o produto.

www.ngiconsultoria.com.br

ngi@ngiconsultoria.com.br

fone: (11) 5561-2097

São Paulo - SP