Post on 11-Feb-2017
O MODÃO DOS MANOSFERNANDO E ZEZINHO FAZEM ARTE NOS CABELOS E NAS VIOLAS
MINHABRONCA
MEUORGULHO
MINHARECEITA
DESCARTE DE LIXO JÁ ATINGEO CÓRREGO TANQUINHO
OS (QUASE) CEMANOS DO PALESTRA
ESSE NHOQUE DE CABOTIÁDA HELENA É UMA DELÍCIA!
SUPL
EMEN
TOEX
CLUS
IVO
DOJO
RNAL
ACI
DADE
ZONA NORTEZONA NORTE
MEUBAIRROA CIDADE
SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016noMASTRANGELO REINO / A CIDADE
2 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016016
Amizade e família.Tem coisa melhor?
Esta edição do A Cidade do Meu Bairro tem uma característicabastante interessante: as suas principais matérias têm a ver com família,amigo e os bons momentos que passamos uns com os outros.
Por exemplo, a reportagem de capa fala de dois Josés, barbeiros hámais de 30 anos e que tocam uma moda de viola como ninguém. Sãodois irmãos que todos os dias, se encontram para trabalhar e que nuncanegam nem uma boa história nem um sorriso.
Mas esta edição também tem a história de Helena, uma funcionáriapública que transforma amizade em pratos maravilhosos, daqueles depassar a noite conversando e comendo. Um desses pratos é a nossa recei-ta, um nhoque de cabotiá, uma coisa do outro mundo.
Por fim temos os cem anos do Palestra Itália. Tem alguma coisa queresuma melhor a infância e adolescência de todos nós do que passar umatarde no clube? Nas páginas a seguir contamos essa história centenária.
NOSSA OPINIÃO
tá bomBEM ESTAR ANIMAL
Você gosta de animais? A Coorde-nadoria do Bem Estar Animal temuma feira permanente de adoção
de pets. No endereçofb.com/BemEstarAnimalRP
você pode se informar melhor.
tá ruim
TRECHO CAÓTICONo encontro das ruas Orunmiláe Romano Coró, no Tanquinho, omotorista precisa escolher entrepassar pelo asfalto fino e esbura-
cado ou por terra e mato. Morado-res pedem socorro!
tá indoUPA EM CONSTRUÇÃO
Inicialmente prometida para junhode 2015, a previsão é de que a UPANorte seja entregue somente em
2017 – mas sem data oficial.O centro médico atenderáa cerca de 200 mil pessoas.
FOTOSF.L.PITON/ACIDADE
ZONA NORTENESTA EDIÇÃO
CENTROPRÓXIMA EDIÇÃO
EDIÇÃOJosé Manuel Lourenço
e Angelo Davanço
REPORTAGEMJessica Ribeiro (colaboração)
EDITOR DE ARTEDaniel Torrieri
EDIÇÃO DE FOTOGRAFIAMariana Martins
TRATAMENTO DE IMAGENSMurilo Corazza/Especial
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntonio Carlos Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira FilhoAndré Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira NetoMarcos Frateschi
Fernando Corrêa da Silva
GERENTE DE PUBLICIDADEMarco Vallim
marco.vallim@jornalacidade.com.br
DEPARTAMENTO COMERCIALcomercial@jornalacidade.com.br
TELEFONE (16) 3977-2172
REDAÇÃORua Javari, 3099, Ipiranga
Fone (16) 3977-2175CEP 14060-640 - Ribeirão Preto (SP)
JORNAL DO GRUPO
A CIDADE DESDE 1905 MEUBAIRROA CIDADE no
DIRETOR DE JORNAISE MÍDIAS DIGITAIS
Josué Suzuki
EDITOR-CHEFEThiago Roque
3A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
fLAZER TOBOGÃ E PISCINA DO CLUBE PALESTRA ITÁLIA, FUNDADO EM 1º DE JANEIRO DE 1917
CEM ANOSDE ALEGRIA!
As muitashistórias deum clube quese tornoureferência naregião NortePalestra Itália é um exemplode longevidade e, também, deadaptação aos novos tempos
F.L.PITON / A CIDADE
meuorgulho
riberfestas@riberfestas.com.br / www.riberfestas.com.br
Av. Antonio e Helena Zerrenner, 555 - Ribeirão Preto - SPTelefone: 3633 1868 - 3633 3629
ARTIGOS PARA FESTASEMBALAGENS E DESCARTÁVEIS
Linha completa para festas:Doces, Chocolates, Artigos para cestas
MELHOR PREÇO DA REGIÃOATENDIMENTO PERSONALIZADO
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4 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
Cem anos e muitahistória para contarno coração dosCampos ElíseosPerto de comemorar o seu centenário, o clubePalestra Itália tem personagens cujas históriaspessoais se misturam com a do próprio clube
Recentemente, Ribeirão Preto com-pletou 160 anos.Acompanhando o ritmoda cidade e perto de entrar para o ‘clubedos centenários’ está o Palestra ItáliaEsporte Clube, que em 1º de janeiro de2017 completa seus 100 anos. Semprena rua Padre Euclides, nos CamposElíseos, o clube viveu seus tempos áureosna década de 1980 e hoje conta comesporte e bailes como atrativos principais.
Parte dessa história é contada naprimeira pessoa por Sebastião SalvadorMissão, diretor social do clube há mais30 anos. “Ganhei um título do Palestranos anos 1960 e comecei a frequentar.Depois de um tempo me chamaram paraparticipar da diretoria”, conta. Hoje, aos70 anos, ele lembra com carinho de mo-mentos vividos dentro do clube. “Sempretrabalhei na área de relações públicas.Quando entrei foi o Durval Magnani – jáfalecido – quem me deu o cargo e láfiquei”, conta.
O clube, quase centenário, carregatambém consigo as marcas da história re-cente do mundo. “Houve um período daguerra em que nós tivemos que mudar onome para Operários, por volta de 1932.Depois pudemos voltar às tradiçõesitalianas”. Ele se refere à Segunda GuerraMundial (1939-1945), quando o entãopresidente do Brasil, Getúlio Vargas,proibiu nomes que tivessem relação coma Itália – a quem o país havia declaradoguerra.
Porém o período pós-conflito nãofoi tão fácil assim. “Quando voltamosao nome original tinha muita gente queainda não aceitava, por relacionar coma guerra. Mas, aos poucos, voltaram arespeitar”, conta.
VIZINHOPara algumas pessoas, a relação com
o Palestra é tão próxima, que a históriado clube se confunde com a própria his-tória. “Sou de Ribeirão Preto e trabalhavana Matarazzo (fábrica de tecidos, depoisCianê). Quando me casei vim morar narua Paraíba, em frente ao clube”, contaAlberto Saçilotto, de 86 anos. Hoje, eleé o funcionário mais antigo do Palestra,com 59 anos de casa, sempre na mesmafunção: porteiro. “Pouco depois de memudar, a fábrica começou a dispensaralguns funcionários e eu sabia que umahora ou outra ia chegar a minha. Entãofui ao Palestra, pedi um emprego e elesme deram”, explica.
A partir daí o amor com o clube sócresceu (e não faltaram motivos paraisso). “Eles me deram uma casa. Então,morei dentro do Palestra por dez anos,de 1957 a 1967. Tenho um filho quenasceu lá”, revela. “Só saí porque o clubecomeçou a expandir, construíram a sedesocial e não sei se ia dar certo continuarpor lá”, conta Alberto – que hoje morana Padre Euclides, ou seja, do outro ladoda rua.
meuorgulho
5A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
Atualmente, o Palestra aposta assuas fichas no futebol. “Nós temosforte tradição na formação de atletas.Algo que nos mantém firmes sãonossas escolinhas de futebol”, esclareceSebastião. Ele conta, com orgulho, dos‘filhos’ do Palestra. “Passaram poraqui o Leandro Lessa [ex-Corinthians],o Doni Marangon [ex-SeleçãoBrasileira], também o goleiro Marquito[ex-Belenenses, de Portugal]. Elespraticamente nasceram aqui”.
Outra aposta do clube são os bailese o aluguel do espaço. “O Palestrahoje não conseguiria se manter só comassociados. Nosso forte são os bailes, dequinta a domingo”. Sebastião afirma queos eventos tradicionais do clube foramperdendo espaço pela falta de públicoe a saída foi tentar se reinventar. “Agente tenta resgatar o clube no dia a dia,buscando formas de fazer a diferença.Como não temos muitos recursos, vamosde jeito que dá”, desabafa.
Mesmo com as dificuldades, oPalestra Itália segue forte, sendo umdos mais tradicionais clubes da cidade enão vai desistir tão fácil. E agora vamosdeixar o seu Alberto trabalhar, porquesábado é o último dia da semana paraele. “Domingo é minha folga, mas sabeonde passo ela? No Palestra, lá é meulugar”, conta rindo.
Hoje, já um senhor quase centenário,o Palestra caminha a passos mais lentos,um momento de menos euforia do queaqueles vividos na sua ‘época de glória’.“O auge do clube foi na década de1980, até mais ou menos 1995. Nessaépoca chegamos a ter 20 mil sócios, queera frequentadores assíduos”, contaSebastião Missão. “Tínhamos muitasfestas, juninas, o baile do Hula Hula, oCarnaval, esses foram nossos melhoresdias”, confirma Alberto Saçilotto.
Nos tempos áureos havia filas edisputa pelo título de associado. Todosqueriam o Palestra e o Palestra abraçavaa todos. “Entre as décadas de 1970e 1990 tínhamos almoços todos osdomingos, sempre abertos ao público.Também fazíamos eventos especiais emdatas comemorativas, era muito bonitode se ver”, explica Missão.
Para ele, o aumento de condomíniosfechados na cidade acabou espantandoos sócios, impacto que atingiu não sóo Palestra, mas todos os outros clubesrecreativos da cidade. “As pessoaspassaram a ter piscina, churrasqueira,academia, lazer completo. Também sesentem mais seguras dentro da própriaresidência. Para que vai querer sair decasa?”, explica.
Futebol e bailessão as apostaspara o futuro
Fase áurea doclube foi entre1970 e 1990
f HISTÓRIA NA FOTOMAIOR, ALBERTO SAÇILOTTO, OFUNCIONÁRIO MAIS ANTIGO DOPPALESTRA ITÁLIA, COM 59 ANOSDE CASA; À ESQUERDA, PARTE DAÁREA SOCIAL DO CLUBE, COM ASPISCINAS E UMA GRANDE ÁREAVERDE; POR FIM, ACIMA, PARTEDOS TROFÉUS CONQUISTADOSPELO CLUBE NOS SEUS QUASECEM ANOS DE VIDA.
AS DÉCADAS DE OUROENTRE AS DÉCADAS DE 1970 E 1990, O PALESTRA ITÁLIAFOI UMA DAS REFERÊNCIAS DA CIDADE, QUANDO CHEGOU
A TER MAIS DE 20 MIL SÓCIOS, QUE FREQUENTAVAM OCLUBE DE FORMA ASSÍDUA
FOTO F. L. PITON / A CIDADE
DAMARIS REFEIÇÕESDeus é FielPrato feito e Marmitex
Self-ServiceSegunda a Domingo11:00 às 15:00hs
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6 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
NADOM PEDRO
SHOWfZEZINHO (À FRENTE) E FERNANDO QUEM DISSE QUE CABELO NÃO COMBINA COM MODA DE VIOLA?
DE ALEGRIABBBARBA,
CABBBELO EMOOODA DE
VIOLA
Para quem mora no Ipiranga ou nas proximidades, é difícilnão conhecer Fernando e Zezinho. Os dois irmãos têm umabarbearia na avenida Dom Pedro I há mais de 30 anos e, comodizem, não têm clientes, mas amigos.
Fernando é José Fernando da Silva, nascido em SãoJoaquim da Barra há 60 anos. O irmão Zezinho é José Homeroda Silva, nascido dois anos depois em Guaíra. Quando nãoestão envolvidos na tarefa de tornar mais vistosa a cabeleirados fregueses, eles são, também, a dupla Rio Grande e Taquari,craques na viola e no modão de raiz. (Veja texto ao lado).
Fernando mora no Ipiranga ainda antes de ter o salãocom o irmão. Em 1973 e até um pouco depois, Ribeirão Pretoterminava ali, na Dom Pedro, junto com o asfalto. Depois dali,só a terra roxa. “Eu me lembro que as mulheres vinham delonge, muitas quadras a pé, de chinelo. Chegavam aqui, pertodo ponto de ônibus e trocavam por sapatos, só poeira”, conta.
As artes de dar jeito nos cabelos estão no sangue.Aprincipal influência foi o tio de São Joaquim da Barra, o ChicoBarbeiro, que lhes ensinou as primeiras lições de tesoura emáquina (manual, naquela época). Mas o pai de Fernando eZezinho também sabia cortar cabelo. “Era ele que dava um jeitono cabelo da peãozada”, conta.
Com as lições do pai e do tio, os dois abriram o salão, naesquina da Dom Pedro com a Tapajós. “Naquela época foi umaboa ideia porque só tínhamos nós por aqui”, conta Zezinho.Hoje a concorrência é maior. Nas imediações existem, pelomenos, doze profissionais.
O irmão mais novo conta o segredo para lidar com tantagente oferecendo os mesmos serviços que eles: fidelidade. É aíque entra a tal história que não têm clientes, mas amigos. “Temgente que vinha aqui cortar o cabelo de criança e hoje traz osfilhos para cortar aqui. Gente que mora em outros bairros, masque continua vindo aqui, porque são amigos”, contam.
E, por falar em amizade, os dois irmãos dão a dica para seconseguir manter um relacionamento tranquilo durante tantotempo. “Tem de ter respeito um pelo outro. Não há brigas, masquando aparecem os desentendimentos, a gente sempre chegaa um acordo”, contam.
Parece que a receita funciona de modo geral, porquedizem que nunca tiveram qualquer problema com os vizinhos.Mas aí entra um ingrediente especial: ser discreto. “As pessoasvêm com problemas, a gente escuta e morre aqui. O que noscontam aqui morre aqui, ninguém mais sabe”, dizem.
Como se não bastasse, de vez em quando ainda sobra umpresente para os fregueses: quando o movimento é menor, umdeles pega a viola e canta uma moda para alegrar o ambiente.
Um corte euma moda deviola para osfreguesesHá 30 anos, Fernando e Zezinhocortam cabelo e encantam osfregueses com sertanejo de raiz
minhahistóriaMASTRANGELO REINO / A CIDADE
7A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
fÀ FRENTE, RIO GRANDE (FERNANDO) E TAQUARI (ZEZINHO) NO SALÃO DA AVENIDA DOM PEDRO I
ACORDESDO SERTÃO
A música está no sangue deles. Fernando aprendeu a tocarpequeno, Zezinho foi um pouco mais tarde. Mas, há uns dezanos resolveram transformar o amor pela música sertaneja emuma parceria.Aos fins de semana, para os amigos, deixam deser Fernando e Zezinho para se transformarem em Rio Grandee Taquari.
“É um hobby, uma forma de a gente relaxar.A gente tocapara os amigos, aos fins de semana, em churrascos, mas sem-pre por amizade”, conta Fernando.
O amor pelo modão de raiz já começa no salão.Ao entrar,um aparelho de som portátil toca - inevitavelmente - músicasertaneja. Mas não é qualquer música sertaneja.
“Aqui é modão de raiz, Pena Branca e Xavantinho, TiãoCarreiro e Pardinho, música da terra”, conta Fernando. “Nadacontra o que o pessoal chama de música sertaneja que tocanas rádios, mas deviam chamar de música universitária. Músicasertaneja tem de falar de sertão. Tem coisa boa, sim, mas nãodá para dizer que é sertanejo”, completa.
E, no amor pelo modão, o próprio salão às vezes setransforma em palco para os fregueses/clientes/amigos/público.“De vez em quando, quando as coisas aqui no salão estão maistranquilas, a gente acaba tocando umas modinhas para passaro tempo”, contam.
Fernando eZezinho? Não,eles são RioGrande e TaquariIrmãos transformam o amor pelomodão de raiz em dupla sertaneja
minhahistóriaMASTRANGELO REINO / A CIDADE
8 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
CULTURALOCALUML
fSANDRA FUMAGALLI, COORDENADORA DO CENTRO CULTURAL CAMPOS ELÍSEOS
QUE RESPIRACEEENTRO
EXISTTTE HÁQUAAASE 20
ANOS
Um dos locais de convívio social maisconhecidos da região Norte é o CentroCultural Campos Elíseos. Criado há quaseduas décadas, ele tem se tornado umareferência de cultura e lazer em uma áreada cidade onde esse tipo de oferta é rara.
Entre as atividades desenvolvidas nolugar estão ballet, música, teatro e artesplásticas. (Veja, abaixo, uma relação decursos que serão oferecidos pelo Centroneste semestre).
Quem conhece bem essa história deperto é a coordenadora Sílvia Fumagalli,que está no Centro há 16 anos, quasedesde a sua fundação. “Isso aqui é aminha menina dos olhos. Depois de tantotempo, a gente acaba criando uma rela-ção de amor muito grande com o lugar”,conta.
Essa relação começou literalmentedo zero. Quando ela veio para o Cen-tro, ainda em outra função, era a únicafuncionária do local. Praticamente nãohavia móveis ou a estrutura que existeatualmente. Era um prédio enorme, vazio,à espera de ser ocupado.
“Eu me lembro que no primeiro diaem que cheguei, não havia nada. Era sótijolo e cimento, precisando urgentementede uma faxina. Foi o que fiz”, conta.
Essa foi a primeira de muitas histó-rias de Silvia Fumagalli no Centro. Nessa
década e meia, há casos de pessoas quefrequentavam o Centro desde o início,ainda crianças, e hoje levam os filhospara participar de algum tipo de oficinacultural. Ou, ainda, de alunos que passa-ram por ali e que hoje são músicos e têmcarreiras sólidas construídas no exterior.
Um dos momentos que ainda emo-ciona Sandra aconteceu na primeira parteda década de 2000, quando o lugar erauma verdadeira fábrica de cultura.
O responsável por isso, segundoSandra, foi um verdadeiro exército de vo-luntários, que conseguiram envolver maisde 400 crianças em diversas atividadesculturais.
“Foi um período importante danossa história aqui dentro”, conta. “Comcerteza, teremos outros tão importantesquanto esse pela frente”, completa.
OUTRAS ALTERNATIVASNa região Norte, além do Centro Cul-
tural Campos Elíseos, outros locais interes-santes para se beber da fonte da culturasão o Centro Cultural Vila Tecnológica e oCentro Cultural do Quintino Facci II.
Com a unificação dos centrosculturais, ocorrida há cerca de um mês,as programações entre esses locais serãocompartilhadas. Os endereços dos doiscentros culturais estão abaixo.
As muitas históriasde Silvia e o CentroCultural Campos ElíseosAtual coordenadora trabalha há 16 anos no local,um dos principais pontos de cultura da região
meulugarF.L.PITON / A CIDADE
CENTRO CULTURALCAMPOS ELÍSEOS
INSCRIÇÕES DIRETAMENTECOM OS PROFESSORES NODIA E HORÁRIO DAS AULASMAIS INFORMAÇÕES E-MAILpalace@cultura.pmrp.com.br
DANÇADança do Ventre(Folclore Árabe)Professora – NataliaFernandes B. LopesProporcionar meios quelevem as alunas ao desenvol-vimento de suas capacitardescorporais, proporcionandodessa forma o auto conhe-cimento.Dia: SegundasHorário: das 19h30 às20h30Sala: Sala de dança - TérreoValor: R$ 30,00 mensalIdade: a partir de 14 anos
Dança Circular dosPovosProfessor- Cláudio DelfiniSão danças, no geral muitosimples, que trabalham comcoreografias e músicasétnicas, folclóricas e/oucontemporâneas, identifi-cando a simbologia de cadamovimento.Dia: QuartasHorário: das 20h às 21h30Sala: Sala Primeiro andarValor: R$ 30,00 mensalIdade: adulta
MÚSICAViolãoProfessor – Leandro QueirozTem como objetivo o ensinoda música para crianças de 6a 12 anos, abordando o temade uma forma mais lúdica,com a utilização de jogos ebrincadeiras.Dia: terçasHorário: das 16h às 17h
Sala: Sala de MúsicaValor: R$ 30,00 mensalIdade: crianças de 06 a12 anos
MusicalizaçãoProfessor – Leandro QueirozEnsino da música para crian-ças de 6 a 12 anos, abor-dando o tema de uma formamais lúdica, com a utilizaçãode jogos e brincadeiras.Dia: terçasHorário: das 15h às 16hSala: Sala de Oficinas –Primeiro PavimentoValor: R$ 30,00 mensalIdade: de 06 a 12 anos
ViolãoProfessor – Paulo KelsonDia: QuintasHorário: das 9h às 10h edas 10h às 11hSala: Sala de MúsicaValor: R$ 30,00 mensalIdade: a partir de 07 anos
ViolãoProfessora – Sirlene AlvesDia: SegundasHorário: das 9h 21h (agen-dar horário diretamente coma professora)Sala: Sala de MúsicaValor: R$ 30,00 mensalIdade: a partir de 07 anos
DESENHOA mão livreProfessora – Joyce SouzaDesenho artístico – Aproposta da oficina e acolherum público jovem e incentivaro talento daqueles que nãoteriam oportunidades dedesenvolver suas habilidadesartísticas.Através do desenhotrabalharemos a imagem esuas formas de representaçãoDia: TerçasHorário: das 9h às 11hSala: Sala de Oficinas -Térreo
Valor: R$ 30,00 mensalIdade: a partir de 09 anos
ARTES PLÁSTICASPintura a ÓleoProfessor – Mario JorgeJordãoAulas individuais de Pinturasobre tela.Dia: QuintasHorário: das 10h às17h (o horário deve seragendado diretamente com aprofessora)Sala: TérreoValor: R$ 30,00 mensalIdade: a partir de 10 anos
ARTESANATORecursos lúdicos apartir de materiaisrecicláveisProfessora – Tania de LimaFrancisco ( Tania Zem)Apenas o conhecimentotécnico-teórico não basta.A importância do lúdico na
prática pedagógica durantea confecção de objetos commateriais recicláveis visamaflorar aptidões, às vezes,inertes na faixa etária especí-fica e com o uso da temáticaadequada pode abordaro conteúdo de maneiramais criativa e concretizar aaprendizagem de forma maisprazerosa.Dia: SegundasHorário: 10h às 12hSala: Sala TérreoValor: R$ 30,00 mensalIdade: a partir de 07 anos
YOGAHatha Yoga Tradicionalpara todosProfessora – Ivete Alvesde LimaSistema que integra posturaspsicofísicas, intenso trabalhorespiratório, relaxamentoconsciente e técnicas demeditação.
Dia: TerçasHorário: Ver o melhorhorárioSala: Sala - TérreoValor: R$ 30,00 mensalIdade: a partir de 16 anos
MEIO AMBIENTEArvores nossas Amigas– aulas quinzenaisProfessores - Adriana Rizzoe Caco Corrêa NevesObjetivos: incentivar aaproximação do homem como meio ambiente estimulandouma proposta de vida maissaudável resgatando o prazerpelo contato com a natureza,Dia: quintasHorário: das 16h às 17h30Sala: Sala de Oficinas –TérreoValor: R$ 30,00 mensalIdade: a partir de 16 anos
MAISINFORMAÇÕES:
CENTROCULTURAL VILATECNOLÓGICARua das Tecnologias s/nºJardim Alexandre BalboFone: 3639-0490
CENTRO CULTURALQUINTINO FACCI IIRua Ernesto Petersen, 36Fone: 3638-2444
CENTRO CULTURALCAMPOS ELÍSEOSRua Capitão Salomão, 250Telefone: 16 3635 5667
9A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
meuguiaUBDS QUINTINO FACCI II
Rua Bruno Pelicani, 70Telefones: 3974-8007 / 3974-8009
UBS JARDIM AEROPORTOEstrada Antônia MugnatoMarinceck, 994Telefone: 3626-7964
UBS MARINCEKRua Roberto Michellin, s/nºTelefone: 3976-3030
UBS QUINTINO FACCI IRua César Montagnana, 35Telefone: 3626-5588
UBS COMPLEXO RIBEIRÃOVERDERua João Toniolli, 3.461Telefone: 3996-2100
UBS SIMIONIRua Antônio Augusto Carvalho,672Telefone: 3638-0015
UBS VILA MARIANARua Ribeirão Preto, 1.070Telefone: 3626-7400
UBS VALENTINA FIGUEIREDORua Francisco Henrique Lino daRocha, 26Telefone: 3976-3004
USF AVELINO ALVES PALMARua Virgílio Antônio Simionato,315Telefone: 3638-2228
USF ESTAÇÃO DO ALTORua João Delibo, 811Telefone: 3638-2289
USF GERALDO CORREA DECARVALHORua Jovino Campos, 40Telefone: 3976-7101
USF JARDIM HEITOR RIGONAv. Maestro Alfredo Pires, 391Telefone: 3934-6403
PROTEÇÃO SOCIALBÁSICA
IpirangaRua André Rebouças,1.390Responsável: MariaEmília Fernandes daSilva
Presidente DutraRua Ângelo Romano,186Responsável: JaciraMaria Coutinho
Casas de BetaniaRua André Rebouças,1.390Responsável:AnaLúcia Teixeira Goes
Vila TecnológicaRua Antônio CarlosPinho Santana, casa 5Telefone: 3975-6714Responsável: JoanaSabino Vieira Semprini
CAICRua Antônio Fornielles,248Telefone: 3639-0555Responsável: JoanaSabino Vieira Semprini
Silvia MalufRua Eduardo MartinsNeto, s/nºTelefone: 3626-7319Responsável: MaristelaSilvino Franco
Valentina Figuei-redoRua Francisco HenriqueLino da Rocha, 107Telefone: 3615-4820Responsável: MariaLúcia Lima Jordão
Cynira Saud SaidRua Pedro Colino, 271Responsável: IzaleteCandida Neves
Vila AlbertinaRua Rio Xingu, 495Responsável: HeloisaHelena Zaccao
Adelino SimioniRua Geraldo Euclydesde Figueiredo, 278Responsável: MairaCapato
Vila MarianaRua Itu, 1.120Responsável: IreneFernandes da SilvaMelo
Eugênio MendesLopesAv. Ivo Pareschi, 1.270Telefone: 3975-1700Responsável: UrsulinaCaramori GuerraPinheiros
Antônio MarincekRua Roberto Michellin,95Responsável: MariaLúcia Lima Jordão
Campos ElíseosRua Silveira Martins,1.296Responsável: Renatados Santos Avila
Avelino AlvesPalmaRua Virgílio AntônioSimionato, 315Responsável: MárciaRegina Chiorato
CENTRO COMUNITÁRIO
•Avenida Brasil, 444 -Vila Elisa• Rua Capitão Salomão, 2.277 -
Campos Elíseos•Avenida João Bim, 870 -Vila
Tamandaré•Avenida da Saudade, s/nº - Cam-
pos Elíseos•Avenida Octavio Golfeto, s/nº -
Jardim José Sampaio Junior
• RuaAntônio da Costa Lima, 556 -Quintino Facci I
•Avenida da Saudade, 1.311 -Campos Elíseos
•Avenida da Saudade, 1.227 -Campos Elíseos
• Rua Doutor Demétrio Chaguri,1.183 - Quintino Facci II
•Avenida Coronel Quito Junqueira,s/nº - Campos Elíseos
• Rua Manoel Cassiano Machado,s/nº - Quintino Facci II
• Rua Carlos Chagas, 766 - JardimMosteiro
•Avenida Magid SimãoTrad, s/nº -Adelino Simioni
CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS
UNIDADES DE SAÚDE
10 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
A pequena Lívia é o (grande) milagreda vida de Aurelenir e Antônio
Lívia chegou no dia 6 de janeiro,Dia de Reis para os católicos. Para ospais,Aurelenir Soares Martins e AntônioRoberto Figueira Jr., a menina foi ummilagre.
“Em 2013 tive a Maria Vitória, quenasceu com Síndrome de Edwards, quenão é compatível com a vida, e nãosobreviveu”.Aurelenir conta que, nessemomento, seu mundo desabou. “Entreiem depressão, os médicos do Hospitaldas Clínicas diziam que era genético eque caso eu engravidasse, meu outrobebê também teria algum problema”.
Por isso, uma nova gravidez estavadescartada. Quando entrou de fériasviajou com o marido para o Maranhão.“Fui descansar na casa da minha mãe edois meses depois comecei a passar male fui ao médico”.
Sem esperanças,Aurelenir já haviadesistido de ter sua tão sonhada meni-na, quando descobriu que estava grá-vida no ano passado. “No começo foium misto de alegria e medo. Só fiqueimais calma depois do primeiro trimestrequando realizamos todos os exames”.
Para ela o período da gravidez foide ansiedade e oração, até Lívia nascer.“Realizamos todos os exames assimque ela nasceu e ela é perfeita. Me tirouda depressão, ela é meu milagre”.
A criança é uma surpresa até paraos médicos, que desacreditavam da boasaúde da pequena. “A médica da Líviaé a mesma que me acompanhou coma Maria Vitória e ela mesma falou queminha bebê era uma benção de Deus.Me aconselhou até a levá-la ao HC paramostrar como ela é perfeita”.
vida nova
O dia em que o samba e a culturade Ribeirão Preto ficaram de luto
A região Norte e a cultura de RibeirãoPreto estão de luto. Uma das figuras maisimportantes do Carnaval da cidade morreuno dia 19 de abril, uma terça-feira, aos 87anos. João Bento da Silva, mais conhecidocomo “Seu Santo”, era o presidentedo Grêmio Recreativo Escola de SambaBambas, a mais antiga de Ribeirão Preto.
Aliás, em diversas entrevistas, SeuSanto dizia que Os Bambas era a escola desamba mais antiga do Brasil. Ele garantiaque a agremiação havia sido criada em1927, um ano antes da Estação Primeirade Mangueira, considerada oficialmente apioneira no país.
Seu Santo estava internado há doismeses com sérios problemas de saúde emorreu por falência múltipla dos órgãos.
Carismático, e um dos maioresdefensores dos desfiles de rua e da
cultura negra na cidade, foi um mestre econselheiro de gerações de carnavalescosna cidade.
Crítico da administração atual,lamentava o fato de a Prefeitura tercancelado os desfiles das escolas desamba nos últimos dois anos. “Ele estavamuito triste com essa situação, massempre propunha ações e participava dosdebates”, comenta Renata.
Entre os lugares que frequentavaestava o Centro Cultural Campos Elíseos(ver matéria na página 8). “Parece atéque estou vendo ele chegando aqui,com aquele sorrisinho no rosto e falando‘Sandra, vamos tomar um cafezinho?”,conta Sandra Fumagalli, coordenadora dolocal. “Era uma pessoa que vai fazer muitafalta, não só para o Carnaval de RibeirãoPreto, mas para a cultura, em geral”, disse.
memória
WEBER SIAN / A CIDADE
MATHEUS URENHA / A CIDADE - 13.DEZ.2011
11A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
zoomzonanorteCENAS URBANAS
Em meio à correria do dia a dia, ainda é possível encontrarlugares que remetem a paz e tranquilidade. Na região Norte issonão é diferente, conforme mostram as fotos de F. L. Piton.
ÁÁÁrvores esquisitasNa região Norte há o ipê como o da
qf
qo
qto acima, mas também
umas árvores esquisitas, de poucos galhos, mas bem altas. Minimalistas.
Pássaro de verdadeUm casal de pássaros observa o almoço tranquilo de um cavalo
eem uma das raras áreas verdes da região Norte. Será que vai sobrar?
Pássaro de mentiraA região Norte tem pasto para pássaro de verdade, mas também
tem um local de encontro de muitos pássaros de mentira, de ferro e aço.
ÁÁÁrvore lindaVer um ipê em flor é sempre um espetáculo
impressionante, em qualquer época do ano.
FOTOS F.L.PITON / A CIDADE
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Refletor LED10w - R$ 30,0020w - R$ 52,00
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12 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
minhabroncaTerreno na Vila Brasil é usadopara descarte irregular de lixoO descaso público na avenida Marechal Costa e Silva tem irritado os comerciantes daquela região,que convivem com o mau cheiro e outros problemas decorrentes do acúmulo de entulho
Quem passa pela avenida MarechalCosta e Silva, na Vila Brasil, zona Nortede Ribeirão Preto, se espanta com a si-tuação de um terreno baldio coberto delixo. E, se não fosse suficiente, o proble-ma ainda se estende para a calçada e ocórrego Tanquinho, que margeia a via.
Por lá, o cenário muito semelhante aum lixão tem irritado os comerciantes doentorno, que apontam mais um agravan-te para o foco de poluição: o descaso.
De acordo com Agnaldo Garcia, quetrabalha perto do “novo lixão”, a últimalimpeza feita pela prefeitura no local foihá mais de dois anos. Já a rotina dosmoradores de rua, que usam o terrenocomo descarte irregular de entulho, duramais de uma década. “Esse é um trechoconhecido pelos andarilhos que, além detudo, ainda colocam fogo à noite. Virouuma bagunça”, destaca o empresário.
Israel dos Santos, que trabalha reco-lhendo lixo reciclável, tem uma opiniãodiferente. “Se existisse um lugar própriopara a gente jogar os nossos materiais,não precisaríamos usar esse mato. Temmuitos moradores que jogam lixo aqui eainda reclamam dos que moram na rua,como eu”, afirma.
CHUVAQuando as águas caem, é outro
problema. Agnaldo Garcia diz que,além da grande quantidade de entulhoacumulado no terreno e na calçada – oque dificulta ainda mais a passagemde pedestres –, as enchentes são umproblema com o qual os munícipesconvivem há muito tempo.
“Aqui não tem canalização da águapluvial. Os bueiros são todos entupidos,porque lixo é o que não falta”, diz. Umapenalidade grave e, até então, sem espe-ranças de ser resolvida para os comer-ciantes da região e suas mercadorias.
fQUANTIDADE DE LIXO É UM PROBLEMA PARA OS MUNÍCIPES E PARA O CÓRREGO TANQUINHO
De acordo a assessoria deimprensa da Prefeitura de RibeirãoPreto, equipes da Coordenadoriade Limpeza Urbana limpam perio-dicamente o local. No entanto, aadministração municipal esclareceque o local é um ponto de descarteirregular de lixo e entulho e que asujeira é constantemente depositadapelos próprios moradores e morado-res de rua. No entanto, os serviçosjá foram colocados na programaçãoe serão executados, no máximo, naspróximas duas semanas.
A Coordenadoria de LimpezaUrbana é o órgão responsável pordemandas como a do terreno baldioda avenida Marechal Costa e Silva.
Limpeza doterreno já temdata marcada
OUTRO LADO
“Eu sempre morei na rua erecolhi lixo reciclável, que é meutrabalho, meu ganha-pão. Seexistisse um lugar próprio paradescartar o que não vou vender,seria ótimo. Mas não tem e, porisso, jogo o meu lixo aqui”.ISRAEL DOS SANTOSCatador de lixo reciclável
“Se não fosse algo tão ruim,já teríamos até acostumado coma situação, porque são mais de 10anos convivendo com essa sujeira.Tem mau cheiro, risco de aparecerbichos perigosos e uma localiza-ção horrível para o comércio”.AGNALDO GARCIAComerciante
LOCAL DE DESCARTE IRREGULAR DE LIXO ATRAPALHA TODO MUNDO
FOTOS F.L.PITON / A CIDADE
PROMESSAANTIGA A existência de um local de descarte de lixo como o da
avenida Marechal Costa e Silva revela descaso da Prefeitura com
a limpeza pública, mas também o desrespeito de moradores e
moradores de rua com a cidade onde vivem.
CULPA COLETIVA
13A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
Passar pela rua Martim Afonso de Souza tem
exigido bastante atenção dos motoristas: um
imenso buraco se abriu entre as ruas Japurá e
Tapajós e já causou acidentes.
No encontro da rua Rio Claro com a avenida
Brasil, buracos têm complicado a vida de motoristas.
Uma das mais movimentadas da zona Norte, a
avenida tem grande fluxo de veículos pesados.
Prometido como praça, um terreno na rua
Jaboatão está há mais de 20 anos juntando
lixo e entulho na Vila Albertina. Por lá, o maior
medo dos moradores são os possíveis focos
de dengue que a área pode abrigar.
A quantidade de buracos no asfalto da
avenida Lafayete Costa Couto, tem sido um desafio
para os motoristas. Há pouco tempo os moradores
pintaram as crateras para tentar sinalizar, mas
ainda assim é difícil evitar sustos ou acidentes.
Perigo no caminho
Cruzamento proibidoEra uma vez a praça
Desvio de risco
FALTA RESOLVER
FALTA RESOLVER FALTA RESOLVER
FALTA RESOLVER
minhabronca
No Ipiranga, inúmeras ruas foram recapeadas
recentemente. Pelo bairro o problema de buracos no asfalto
sempre foi motivo de dor de cabeça para os moradores.
Novo em folha
FOTOS F.L.PITON / A CIDADE
RESOLVIDO
156O Serviço de Atendimento aoMunícipe (SAM) é o ponto departida para os muncícipes
que queiram informar aexistência de buracos ou
outras irregularidade nas ruasde Riberão Preto
14 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
zonanorte COMIDASCULTURACURTIÇÃO
VIA É DAS MAISIMPORTANTESDA REGIÃO
O nome da rua é homena-gem ao estado nordestinoe é palavra de origem tupi,que significa “trecho de rioque não pode ser navega-do”.
IGREJAA Santo Antônio de Pádua foi
fundada em 1947 e tem comocaracterística principal a abadia
e os vitrais que contam a históriado padroeiro. A Igreja ainda
abriga uma das poucas ordens demonges Beneditinos Olivetanos
existentes no mundo.
CARTÓRIOO 3º Registro Civil das Pessoas Naturais foicriado em 1966 e, desde então, atende aomunicípio, registrando nascimentos, casamentose também óbitos. O cartório tem um arquivodigital de todas as certidões emitidas desde suafundação.
Uma das principaisvias da região Norte, arua Paraíba é uma reta decerca de 1,5 mil metrosque tem início na avenidaFrancisco Junqueira. Éum local conhecido pelopequeno comércio, masbastante tradicional, comooficinas mecânicas, lojas demóveis e muitos escritóriosde serviços.
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Anel Viário Norte
Anel Viário Sul
Av. Bandeirantes
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Av. Dr. Oscar de
Moura Lacerda
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Av. Pres. Castelo Branco
Av. Treze de Maio
Av. Maurílio Biagi
Av. Costábile Romano
Av. Pio XII Av. Novede Julho
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CETREMA Cetrem (Cen-
tral de Triagem eEncaminhamento aoMigrante/Itinerantee Morador de Rua)atende pessoas em
situação de vulnera-bilidade ou exclusão
social, oferecendoa elas acolhimento
temporário.
RUA
PARAÍBA
bardonei29@gmail.com | Bar do Nei
Rua Conde de Irajá, 235 - Ribeirão Preto/Sp
16 3610-5891 | 3632-9280
Avenid
a Sa
15A CIDADESÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016
minhareceita
O QUE VOCÊ ACHA DE UM NHOQUEDE CABOTIÁ NESTE FIM DE SEMANA?
INGREDIENTES• 1 abóbora cabotiá (pequena/média),
preferencialmente bem madura.• 2 ovos• 2 colheres de sopa de margarina• 3 colheres de queijo parmesão ralado• Farinha de trigo o suficiente para dar
o ponto de pingar.• Sal a gosto.
MODO DE PREPARODividir a abóbora ao meio e
retirar as sementes. Cozinhar comcasca.
Quando estiver bem cozida,raspar a polpa da abóbora comuma colher em um recipiente eacrescentar todos os ingredientes.
A quantidade de farinhanecessária é para que a massa fiqueconsistente a ponto de pingar naágua fervendo e não desmanchar onhoque.A quantidade varia de umareceita para outra, pois abóborasmais maduras necessitam de menosfarinha para dar o ponto.
Para acompanhar, uma boaalternativa sugerida pela Helena éo molho à bolonhesa, mas tambémpode-se utilizar ao sugo, branco oucom pesto.
Prato é fácil de fazer, tem ingredientes baratos e serve um montão de gente
É só falar o nome de Helena Costapara os amigos e um sorriso inevitávelsurge nos rostos. O motivo, além da sim-patia pessoal dessa funcionária públicade 47 anos, são os pratos que ela faz.
“Quer me ver feliz é me pôr cozi-nhando para os amigos. Adoro receber aspessoas em casa, conversar e dividir umaboa refeição”, conta.
O gosto por cozinhar começou cedo.“Com 4 ou 5 anos eu punha uma cadeiraperto do fogão para ver a minha mãe co-zinhando e ela foi me ensinando algumascoisinhas”, conta.
O nhoque desta receita é um exem-plo disso: quem lhe ensinou foi a mãe
que, por sua vez, aprendeu a receita comuma vizinha.
PIZZAApesar do nhoque que deixa todo
mundo de queixo caído e com água naboca, Helena garante que o seu forte émesmo a pizza.
“Faço pizza de acordo com o gostodo freguês, com diversos sabores e comas massas de diversos tamanhos. Pode serfininha ou mais grossa, mas dizem que oresultado final costuma ser bom”, diz.
Deve ser mesmo, porque durante umperíodo ela passou a vender as pizzasque fazia em casa. O acúmulo de trabalho
e o aumento dos pedidos fez com que eladesistisse, por cansaço. “Teve um tempoaté que ganhei dinheiro com isso. O ne-gócio começou a crescer e cheguei a fazercinquenta pizzas por noite. Era muitocansativo e não conseguia conciliar com omeu trabalho no HC e resolvi parar”, diz.
Além das pizzas, outras maravilhasque ela faz são os caldos - especialmentequando está mais friozinho - e os boli-nhos de arroz, cada vez mais famosos.
“Ah, com eles eu vivo lançandomoda. Tem de parmesão, calabresa,requeijão, já fiz até com carne de porco,fica bom”, revela. Quem provou jura queé verdade.
fAO LADO, O NHOQUE DE CABOTIÁ,ACOMPANHADO DE MOLHO À BOLONHESA;ABAIXO, RENATA COM A OBRA DE ARTE
6 PORÇÕES
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FOTOS MATHEUS URENHA / A CIDADE
16 A CIDADE SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2016