Jornal do Povo Zona Norte

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ZONA NORTE Jornal do POVO Macapá, 7 a 14 de janeiro de 2012 1,00 Sábado e Domingo Ano I - Edição 002 Nosso filé da semana é Adriana Jayne de Souza Pereira, do Laguinho, que espera por você em nossa página 9 LEI É PARA TODOS BOI NA LINHA PONTES DE CONCRETO MAIS DELEGACIAS n Página 16 Telefonema de “Suruca” derruba bocada de crack Povo do alagado não vai mais cair do pau Federal quer intimidar a roubalheira As fiscalizações do Depar- tamento de Arrecadação da Prefeitura de Maca- pá vão continuar ainda mais intensas em 2012. A informação é do diretor Adalberto Silva que não afrouxou o nó em 2011 peitando agências bancá- rias e cartórios em busca do Alvará de Funciona- mento e lacrando estabe- lecimentos devedores. A primeira ação resultou no fechamento de uma das agências do banco Bradesco, que jamais pen- sou que seria incomodado pelo município por conta da dívida. Em seguida foi a vez dos cartórios. O prefeito Roberto Góes anunciou a inauguração da primeira obra do Pro- grama Ir e Vir, Passarelas da Cidada- nia. O projeto foi criado para restaurar antigas pontes de madeira das áreas de ressaca de Macapá. A primeira passarela restaurada e concretada, na baixada Pará tem 570 metros. A Polícia Federal prepara uma rede de delegacias especializadas no combate ao desvio de recursos públi- cos. De acordo com a PF, a previsão é de que sejam criadas 17 delegacias do gênero, mas ainda não há defini- ção sobre quais estados receberão as unidades. n Página 5 AMAPAENSE QUER FICAR ARMADO De acordo com o Ministério da Justiça, o Amapá é um dos estados brasileiros que menos entregou armas na campanha do desarmamento. No site do MJ, dados re- velam que apenas 35 “paus de fogo” foram repassados aos fedecas. Em percentuais isso chega a pouco mais de 5% para cada 100 mil habitantes o que significa que ninguém quer se desarmar. n Página 12 n Página 15 n Página 4

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Jornal do Povo Zona Norte - 2ª Edição

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ZONA NORTE

Jornal do POVO Macapá, 7 a 14 de janeiro de 2012

1,00

Sábado e Domingo

Filé d

o bai

rro

Ano I - Edição 002

Nosso filé da semana é

Adriana Jayne de

Souza Pereira, do Laguinho,

que espera por você em nossa

página 9

lei é para todos

BOI NA LINHA

PONTES DE CONCRETO MAIS DELEGACIAS

n Página 16

Telefonema de “Suruca” derruba bocada de crack

Povo do alagado não vai mais cair do pau

Federal quer intimidar a roubalheira

As fiscalizações do Depar-tamento de Arrecadação

da Prefeitura de Maca-pá vão continuar ainda

mais intensas em 2012. A informação é do diretor Adalberto Silva que não afrouxou o nó em 2011

peitando agências bancá-rias e cartórios em busca

do Alvará de Funciona-mento e lacrando estabe-

lecimentos devedores.A primeira ação resultou

no fechamento de uma das agências do banco

Bradesco, que jamais pen-sou que seria incomodado

pelo município por conta da dívida. Em seguida foi

a vez dos cartórios.

O prefeito Roberto Góes anunciou a inauguração da primeira obra do Pro-grama Ir e Vir, Passarelas da Cidada-nia. O projeto foi criado para restaurar antigas pontes de madeira das áreas de ressaca de Macapá. A primeira passarela restaurada e concretada, na baixada Pará tem 570 metros.

A Polícia Federal prepara uma rede de delegacias especializadas no combate ao desvio de recursos públi-cos. De acordo com a PF, a previsão é de que sejam criadas 17 delegacias do gênero, mas ainda não há defini-ção sobre quais estados receberão as unidades.

n Página 5

amapaense quer ficar armado De acordo com o Ministério da Justiça, o Amapá é um dos estados brasileiros que menos entregou armas na campanha do desarmamento. No site do MJ, dados re-velam que apenas 35 “paus de fogo” foram repassados aos fedecas. Em percentuais isso chega a pouco mais de 5% para cada 100 mil habitantes o que significa que ninguém quer se desarmar.

n Página 12 n Página 15 n Página 4

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O prefeito Roberto Góes anunciou a inauguração da primeira obra do Programa Ir e Vir, Passarelas da Cida-dania. O projeto foi criado para restaurar antigas pon-tes de madeira das áreas de ressaca de Macapá. A primeira passarela restau-rada e concretada, na bai-xada Pará tem 570 metros.

O trabalho demorou cer-ca de dois meses e reuniu trabalhadores da própria comunidade, que se dividi-ram em duas equipes para agilizar a obra. A estrutura é a mesma utilizada na ci-dade do Afuá e do Bailique

e tem durabilidade muito superior à madeira.

Depoimentos de mora-dores dão conta de que inú-meros acidentes ocorreram ao longo dos anos envol-vendo principalmente crian-ças e idosos. Com o concre-to, o risco está descartado. “Estas pontes vão melhorar muito nossa vida. A meni-nada não vai mais ter risco de quebrar a pernas na ma-deira podre”, disse a dona de casa Nazaré Oliveira. De acordo com a prefeitura o projeto vai continuar. As as-sociações de moradores de-clararam apoio à iniciativa.

Então chegamos à se-gunda edição deste projeto. Nossa busca continua inquietante.

Uma inquietação que se faz pre-sente em cada reunião de pauta, frase escrita, cada página desenha-da e finalizada. Acreditamos que esta busca não vai cessar jamais, pelo contrário, ela deve se acentuar e ficar crônica. Na verdade, todos que fazem parte deste projeto acre-ditam nisso, uma busca crônica pelo melhor; afinal é o melhor que deve ser apresentado ao leitor. O leitor merece a excelência, a exaus-tão de cada um de nós que está do lado de cá, na redação. Nossas quatro paredes não devem impedir a visão, nosso olhar tem que ir além da tela do computador. Temos sim, que ver como o leitor, ler como ele, observar e moldar tudo isso a nos-so formato jornalístico sem esque-cer a essência. A relação jornal/lei-tor tem que ser íntima assim como a relação jornalista/fonte, mas sem promiscuidade. É esta a bandeira que levantamos. Surgimos para dar um basta na decadência rotineira das redações, no marasmo, na lin-guagem quadrada que faz o leitor dormir. Nossa inquietação não nos permite fazer com que você dur-ma em cima de nosso texto. Pois o que o leitor precisa é acordar, e acordar no sentido mais subversivo que esta palavra possa expressar. Vamos compartilhar inquietação, é para isso que existimos, vamos semear opiniões, porque o sentido formar como dizem por aí, já cheira a determinação e o que é determi-nado é quase que obrigação. Agra-decemos muito pela boa aceitação do primeiro número que esgotou

rapidinho. Sinal de que a criatura humana se atrai mesmo pelo que é novo. Devemos dizer que ain-da não estamos em nossa forma plena, estamos nos construindo, nos moldando, formatando cada membro. Inicialmente em um contato semanal com o objetivo de estreitar isso para o seu dia a dia. Temos uma redação de con-tagiados, sonhadores com os pés fincados na realidade. Sabemos o que queremos, vivemos sonhan-do com um mundo acordado mor-to de fome de leitura, consciência, contestação e vontade de sonhar com coisas palpáveis. Afinal, so-nho que fica dentro de nós é ape-nas um sonho. O que é sonhado tem que ser colocado pra fora, de-senhado em um esboço concreto. Este jornal é prova disso. Inicial-mente ele foi sonhado e hoje está aqui em suas mãos. Isto não é prova de que podemos realizar? Se você chegou até aqui nesta leitura é porque ela tornou-se inte-ressante pra você. O que busca-mos com tantas letras é mostrar a você que podemos mesmo sendo meros e pequenos, mas lembre--se que todos, somos únicos. Esta é a segunda de tantas outras edi-ções do que antes nem existia. Vamos continuar assim, inquietos em busca de mais, limpando o mofo dos cérebros, o reumatismo e a artrose da velha forma cansa-da de escrever. Somos o barulho, o ruído agudo que impede seus olhos de fecharem frente a um texto cansativo. Somos o pigar-ro teimoso das vozes que dizem sempre as mesmas coisas e cor-roboram conveniências, somos a mosca rodeando o que já era.

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Jornal do POVO Macapá, 7 a 14 de janeiro de 2011

OPINIÃO2

Dom Pedro José ContiBispo de Macapá Um mestre era insuperável

na arte de lapidar pedras de jade. Um jovem o procurou e lhe dis-se: - Quero aprender a lapidar as pedras.O mestre lhe perguntou:- Conhece o jade? O jovem, eviden-temente, achava que sim, mas o mestre nem o deixou responder e logo lhe colocou na mão uma pe-dra ordenando-lhe que a seguras-se firmemente. O jovem passou o dia inteiro segurando a pedra. À tarde, o mestre lhe disse: - Se quiser mesmo aprender a lapidar o jade, volte aqui todos os dias. O jovem não entendeu o porquê da-quele exercício, mas estava deci-dido a aprender e a realizar, assim, o seu sonho. Por um ano inteiro, todos os dias, ele voltou com o mestre que, sem dizer nada, entre-gava-lhe regularmente uma pedra para que a apertasse com a mão. Um belo dia, porém, depois de ter recebido a pedra e tê-la segura-da na mão por um bom tempo, o jovem falou: - Senhor, esta pedra não é jade!- Agora, sim, você co-nhece o jade! – disse o mestre.

Muitas vezes pensamos co-nhecer coisas e pessoas. Eviden-temente muito depende do que entendemos por conhecimento, e do envolvimento que temos com a coisa ou a pessoa que queremos conhecer. Sabemos, por exemplo, que pesquisadores e cientistas tra-balham, muitas vezes, anos e anos sobre um assunto querendo des-vendar todos os seus segredos. Alguns gastam a vida inteira para chegar a formular uma descober-ta científica; outros para apresen-tar uma nova teoria e outros para organizar um novo sistema de pensamento. Com as pessoas é,

ainda, mais difícil porque ninguém permanece sempre o mesmo, seja porque envelhecemos, seja porque a vida – feita de alegrias e tristezas, de avanços e recuos - se encarrega de nos moldar sempre de novo. Por exemplo: as decep-ções podem nos fazer retrairmos e nos fecharmos; as conquistas podem nos inflar de orgulho e de desprezo por quem não chegou aonde nós chegamos. E assim por diante. Com isso, é comum dizer a quem encontramos após anos: - Como você cresceu, como você mudou -. O mais interessante e desafiador da vida é reconhecer também as mudanças em nós e em quem vive sempre ao nosso lado como o esposo, a esposa e os filhos.

Muito do nosso conhecimen-to depende, também, do envolvi-mento que temos com aquela pes-soa ou aquela causa. A encontros formais e corriqueiros corresponde um conhecimento superficial e sem rastos. A um envolvimento afetivo positivo correspondem sentimentos de amizade e de con-fiança. Vivemos experiências de perda e de vazio quando um bom relacionamento acaba. Todos nós poderíamos contar muitas situa-ções de encontros e desencon-tros, de momentos que marcaram a nossa vida pela alegria ou pela dor que os acompanharam. Pais, irmãos, educadores amigos e ami-gas, pessoas com quem convive-mos algum tempo, formam o con-junto dos nossos relacionamentos. Nós somos também aqueles que encontramos na vida. Todos dei-xam alguma marca, uma lembran-ça em nós. Se o encontro não foi superficial, nós oferecemos àquela pessoa algo para guardar, com ca-

rinho, do “lado esquerdo do peito”.O que podemos dizer sobre o

nosso encontro e o nosso conhe-cimento de Deus? Muitos se sa-tisfazem com coisas passageiras e nada comprometedoras. Cum-prem obrigações, recebem os sa-cramentos que a Igreja oferece, às vezes choram e se empolgam, mas nada de verdadeiramente en-volvente. Nada, ou quase, que se pareça com amizade, confiança, familiaridade. Alguns têm medo que isso aconteça e defendem a própria privacidade: de fato Deus nunca entra na vida deles porque eles não o deixam entrar. Outros acham tudo isso perda de tempo e de energias. No entanto, Deus tem mais paciência, mansidão e ternu-ra do que nós possamos imaginar. Ele nos conhece mais do que nós mesmos e por isso nos ama, apes ar da nossa indiferença, da nossa pressa e da nossa superficialida-de (cfr. Salmo 139!).Começar um novo ano litúrgico não é somente refazer um caminho. É uma nova chance de encontrar quem ainda conhecemos pouco e que tem muito para nos comunicar. A úni-ca coisa que podemos prever de Deus é o seu infinito amor. O resto sempre será surpresa, descober-ta, encanto. Para conhecê-lo mais, precisamos segurar a nossa mão na mão dele todos os dias. Assim se alguém quiser nos enganar poderemos dizer-lhe com tranqüi-lidade e segurança: este não é o meu Deus, não é o Deus de Jesus, porque “eu sei em quem acreditei” (2 Tm1,12))

Advento é tempo bom para reencontrar a mão de Deus, se-gura-la até o Natal, depois até a Páscoa, e depois até...não largá-la nunca mais.

A pedra de jade

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CIDADES15

Passarelas de concreto vão garantir segurança para o povo da baixada

SEM RISCOSEditorial

MAIS EMPREGO

O Ministério do Tra-balho divulgou estatística mostrando que o Amapá, apesar dos pesares de 2011 registrou aumento no índice de emprego com carteira assinada. De acor-do com o Cadastro Geral de Empregados e Desem-pregados (Caged), o Es-tado foi o que mais gerou emprego formal em 2011.

Em dezembro passa-do foram registradas 496 novas vagas, considera-do como melhor desem-penho da época desde 2003. Ao todo foram criados mais de 6 mil no-vos empregos em todo o Amapá, o que é atribuído a diversos setores da eco-nomia local.

A construção civil, por

exemplo, somente no mês de novembro foram cria-dos 303 novos serviços. Este setor deve seguir lí-der no ranking empregatí-cio de 2012 principalmen-te por conta do aumento de obras. Outros setores com boa geração de opor-tunidades foram serviços, com 217, e extrativismo mineral, com 30.

Amapá fecha 2011 com menos gente coçando o saco

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O Portal da Transparência da Assembleia Legislativa do Amapá foi lançado segunda--feira (2). A página na internet vai tornar claras as contas do Legislativo para a população. Qualquer cidadão vai poder acessar tudo por um computa-dor. O portal traz, entre as in-formações, o detalhamento das despesas dos gabinetes parla-mentares, gastos com manu-tenção, pessoal e licitações.

A deputada federal Dalva Figueiredo, coordenadora da Bancada Federal, disse que o funcionamento do portal é um avanço, assim como a moder-nização que vem ocorrendo na assembléia. Segundo ela, a prestação de contas dos recur-sos utilizados no exercício do mandato demonstram respeito ao contribuinte. Dalva explicou

também como funciona a apli-cação de algumas verbas de gabinete em Brasília. A Câmara Federal remunera as despesas dos deputados com cada par-lamentar dispondo de R$ 60 mil para contratar assessores, e ou-tros R$ 32 mil para passagens aéreas, hospedagem, transporte e alimentação.

O presidente Moisés Sou-za (PSC) disse estar satisfeito com o lançamento do Portal que surge em um momento de au-toafirmação da AL, apesar dos recentes ataques contra aquele Poder. Para ele, quem fala mal do Legislativo fala mal da demo-cracia. “Não existe democracia plena sem um parlamento forte”, disse ele. Recentemente a AL foi criticada pelo senador João Capiberibe (PSB), que só assu-miu o mandato graças às contro-

Assembléia é transparente desde segunda-feira passada

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GERAL POLÍTICA14 3

ÀS CLARAS

vérsias da Lei da Ficha Limpa. O presidente citou as refor-

mas colocadas em prática des-de o início do ano. Entre elas a continuidade das obras do edifí-cio anexo, até então abandona-da e sob a responsabilidade do Governo do Estado.

Sobre o portal, Moisés Sou-za disse que a ferramenta ira proporcionar novas possibili-dades. Consultas a relatórios de desempenho de cada par-lamentar informadas em tempo real estarão disponíveis. “Esta é a prova de que não temos nada o que esconder aqui” con-cluiu Moisés.

Enquanto muitos desfru-tam das boas e merecidas férias, outros continuam ralando para fechar o ca-lendário escolar de 2011. Muitos alunos da rede mu-nicipal e estadual de ensi-no, estão estudando em pe-

ríodo integral para encerrar os 200 dias letivos e conse-guir um pouco de descanso antes que que as aulas de 2012 comecem.

O calendário escolar fi-cou atrasado por contra da greve dos professores,

ocorrida ano passado, e pela falta destes profis-sionais em determinadas instituições. A Secretaria Muncipal de Educação (SE-MED) solicitou a contrata-ção de mais educadores e o problema foi solucionado,

agora só falta a conclusão do período letivo.

De acordo com a vice prefeita e secretária de edu-cação do município, Helena Guerra, as paralisações na área da educação só pode-rão ser evitadas com a re-

alização de concurso públi-co. Por sua vez, o prefeito Roberto Góes já se mostrou disposto a realizar o pro-cesso seletivo, para que os estudantes de Macapá não sofram mais por possíveis greves.

Após concluir a campa-nha de vacinação contra a febre aftosa, realizada no segundo semestre do ano passado, a Agência de Defesa e Inspeção Agro-pecuária do Amapá (DIA-GRO) promete fiscalizar o abate clandestino de ani-mais, que além de serem realizados em péssimas condições higiênicas, po-dem causar graves danos à saúde humana.

Para que esse tipo de

abate seja evitado é pre-ciso que o trânsito dos animais receba inspeção. As ações serão realizadas nas rodovias estaduais, onde a Diagro já implan-tou postos de fiscalização. Todo pecuarista, quando for transportar seu reba-nho, deverá ter em mãos a documentação chama-da Guia de Trânsito de Animais (GTA), que ga-rante a regularidade do processo.

Além disto, na hora do abate, fiscais sanitá-rios devem acompanhar o processo. Se esta re-gra não for respeitada o frigorífico em que a carne for comercializada po-derá perder a licença de funcionamento. O GTA, segundo a administração da Diagro, é o que garan-te ao consumidor a quali-dade da carne, que será consumida sem vermino-ses e outros parasitas.

Mesmo em janeiro, “molecada” continua ralando na escola.

ATRASADOS

Diagro garante que vai fiscalizar vai e vem de chifrudos

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A Polícia Federal prepa-ra uma rede de delegacias especializadas no combate ao desvio de recursos pú-blicos. De acordo com a PF, a previsão é de que se-jam criadas 17 delegacias do gênero, mas ainda não há definição sobre quais estados receberão as uni-dades nem sobre quando a nova estrutura começará a operar.

O Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Pú-blicos foi criado por meio de portaria assinada pelo ministro interino da Justi-ça, Luiz Paulo Barreto, e publicada no “Diário Oficial da União” da última segun-da-feira (2). Será subordi-nada à Diretoria de Investi-gação e Combate ao Crime

Organizado.Mesmo com a criação do

novo serviço, segundo a PF, não serão abertas novas va-gas. A intenção é remanejar profissionais das superin-tendências que já atuam contra esse tipo de crime, mas não tinham essa ativi-

dade como função principal.A intenção é que esses

policiais recebam qualifica-ção específica para investi-gar esse tipo de corrupção.

DéficitO diretor da Federação

Nacional dos Policiais Fe-

derais, Paulo Paes, afirma que o principal problema da criação de novas delega-cias, atualmente, é o déficit de agentes para fazer o tra-balho rotineiro da PF.

O representante da cate-goria reclama ainda que as entidades que representam os policiais não são ouvidas quando ocorrem mudanças na estrutura do órgão.

“Esse grupo [que passará a atuar no combate a des-vios] já estava trabalhando dentro de uma delegacia que tem outras atividades. Vai se criar um novo gru-po de trabalho e vai se tirar pessoas das delegacias e sem ter reposição. A gente cobre a cabeça e destapa os pés. Ficarão capengas as delegacias onde traba-

lhavam esses policiais”, afir-mou o diretor.

As mudanças feitas pelo ministro interino também incluem a criação do Servi-ço de Repressão a Crimes Cibernéticos, subornado à Coordenação de Polícia Fa-zendária. Esse tipo de inves-tigação já vinha sendo feito por agentes especializados da PF, mas o departamento que cuida do assunto ainda não tinha sido formalizado.

A assessoria da PF infor-mou que está previsto para este ano um concurso que deverá abrir 1,2 novas va-gas para policiais federais. Mas não há informação so-bre o aproveitamento des-ses profissionais para as novas frentes de trabalho. (Do G1, em Brasília)

Brasília – Os estudantes interessados em disputar uma das 195 mil bolsas que serão oferecidas por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) para o primeiro semestre de 2012 já podem consultar a lista de faculdades, centros uni-versitários e universidades participantes. A lista das instituições de ensino e va-gas disponíveis foi divulgada hoje (4) pelo Ministério da Educação (MEC).

Do total de bolsas ofereci-das, 98 mil são integrais e 96 mil são parciais, que custeiam 50% da mensalidade. Só po-dem pleitear a vaga estudan-

tes que cursaram todo o ensi-no médio em escola pública ou em colégio privado na condi-ção de bolsista. Para receber o benefício integral, o estudante precisa ter renda familiar de até um salário mínimo e meio por pessoa.

Já as bolsas parciais são destinadas àqueles com renda familiar per capita de até três salários mínimos. Também é necessário ter participado do Enem 2011 e atingido pontua-ção média de 400 pontos nas provas objetivas e não ter ze-rado a redação.

As inscrições começam dia 14 de janeiro no site do pro-grama e seguem até o dia 19

do mesmo mês. O candidato poderá escolher até duas op-ções de curso e de instituição. A divulgação dos candidatos pré-selecionados em primeira chamada deve ocorrer no dia 22 de janeiro.

Os aprovados terão até o dia 1° de fevereiro para com-parecer à instituição de ensino para apresentar a documenta-ção que comprove as informa-ções da inscrição e fazer a ma-trícula. A segunda chamada está prevista para 7 de feverei-ro, com prazo para matrícula e comprovação de informações até o dia 15 do mesmo mês. (Amanda Cieglinski - Agên-cia Brasil)

MEC divulga lista das instituições que vão oferecer bolsa do ProUni

PF prepara rede de delegacias para combater desvio de verba pública

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NACIONAL4

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POLÍCIA13

Serão 17 novas delegacias no país para evitar prejuízos aos cofres públicos.

ASSASSINATOO agricultor JOSÉ NALDO BARBOSA DA COSTA, foi as-

sassinado a facadas na comunidade do Igarapé Amazonas, no Distrito do Carmo do Macacoary, Município de Itaubal, o crime aconteceu na noite do último domingo (1), praticado por um ele-mento cujo nome até agora não foi revelado à polícia.

ASSALTOO gerente de uma farmácia que fica na Rua Santos Dumont,

no Bairro Buritizal, disse à polícia que dois elementos de moto pararam em frente ao estabelecimento e um deles invadiu a re-ferida farmácia, armado com um revólver. Apontou a arma para a cabeça de uma cliente, foi ao caixa e carregou toda a renda. O valor não foi informado. Depois do assalto, o mala sentou na garupa da moto e pegou o bêco.

HOMICÍDIOPolícia Civil de Macapá identificou o homem que matou o

autônomo JOSIVAM MONTEIRO GAMA (23), crime ocorrido no domingo (1), na Ponte do Zezinho. O acusado chamado de GRACIANO GOMES CAETANO, vulgo “Nego”, ainda encontra--se foragido, mas a polícia espera que ele se apresente. Vai es-perando...

ROUBONa noite da última terça-feira, um vagabundo furreca do bair-

ro Marabaixo tomou uma bicicleta de uma garota de apenas oito anos de idade. Quando o ladrão pensou que tinha saído com a melhor, o irmão da criança reconheceu a bicicleta e chamou a polícia. O espertalhão dançou.

RECAPTURADOGuarnição da PM do Distrito do Lourenço, Município de Cal-

çoene, composta pelo SGT Adervan, SGT Correa e os SDs Branco e Robson Pires, prenderam na madrugada da última ter-ça-feira (3), em área de mata no garimpo, ANTONIO JOAQUIM OLIVEIRA (50), que estava foragido do IAPEN há cerca de um ano. Ele cumpria pena por tráfico de drogas.

CAPTURAEquipe Captura da Polícia Civil executou em 2012, 310 man-

dados de prisão. Todos de autoria da Justiça do Amapá. Maioria indiciada nos crimes de assalto, furto, tráfico de drogas, homicí-dios, tentativa de homicídios, Lei Maria da Penha, ameaça, infra-ções no trânsito quando embriagados, estupros, etc. Este ano a equipe comandada pelo Del. Valcely Almeida, já cumpriu o pri-meiro mandado na manhã da última quarta-feira (04), quando foi preso ADELSON MENDES PICANÇO (32), que reside na ave-nida Favile Gentil, no Vitória Régia. Ele é acusado de homicídio, além de ter praticado juntamente com alguns colegas, assalto a uma loja de informática no centro de cidade.

AFOGAMENTOPopulares encontraram o corpo de JEFERSON OLIVEIRA

DA SILVA (33), na noite de segunda-feira (2), no Riacho que banha a Comunidade do Carnot, no município de Calçoene. A polícia suspeita que a vítima sofria de epilepsia, e teria tido uma crise quando tomava banho durante a tarde. O corpo não veio para a POLITEC, pois a família não permitiu e realizou o sepul-tamento sem os procedimentos do IML.

TERÇADADAEncontra-se internado no H.E. da Capital, desde a madruga-

da da última terça-feira (03) WALDEMAR SILVA (73) com uma terçadada na mão esquerda e outra no rosto. O crime aconteceu na casa do genro, JOSÉ MARIA ROSÁRIO SOARES (35) que é acusado de ter agredido o sogro durante discussão.

A Polícia Rodoviária Federal no Amapá, estará lançando a Operação Integrada “RODOVI-DA”, nesta sexta-feira (06), às 10:00 hs, no Auditório da Sede deste Distrito, por meio de uma entrevista coletiva de imprensa, com a participação da SEJUSP, SESA, DETRAN, EMTU, Polí-cia Militar e Polícia Civil, com objetivo de juntar esforços para reduzir a gravidade dos aciden-tes de trânsito.

A Operação Integrada é

uma operação nacional, envol-vendo as esferas federal, es-tadual e municipal no Estado, sendo o eixo operacional do Plano Nacional de Redução de Acidentes no Trânsito do Go-verno Federal, em consonância com a década de segurança viária (2011/2020) deliberada pela ONU.

No Amapá essa operação será desencadeada a partir do dia 06/01 a 26/02/2012, e com-preende o período de férias até

o carnaval. O foco da ação visa forta-

lecer a integração entre os ór-gãos e esforços conjuntos para a redução da violência no trân-sito, com o enfrentamento ao excesso de velocidade, embria-guez ao volante, ultrapassa-gens proibidas e a fiscalização de motocicletas.

Rdo. NONATO Côrte CostaChefe da Comunicação Social do 4ºDRPRF/AP

Polícia Rodoviária Federallança “Operação Rodovida”

Aracy Neto

BAGACEIRA

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POLÍCIA12

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CIDADES5

Mudanças administrativas da PMM buscam melhorias para a população

Ruanne Lima

O ano de 2011 foi marcado por várias mudanças no quadro administrativo da Prefeitura de Macapá. Com o intuito de dinamizar a relação entre a população e máquina pública, foram criadas quatro novas autar-quias. O objetivo central proposto pelo perfeito Rober-to Góes é diminuir a burocracia nos atendimentos e na resolução dos processos. Além disso, estes novos setores da administração poderão acessar recursos externos, como verbas federais e parlamentares.

No último dia 23 de dezembro de 2011, foi aprova-do na Câmara Municipal de Macapá, o projeto de lei que transforma a Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU) em autarquia. O projeto já foi san-cionado pelo prefeito Roberto Góes. Com a mudan-ça, a empresa passa a ser chamada de Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMAC). A al-teração trará autonomia financeira e administrativa para o órgão.

Segundo Joselito dos Santos Abrante, responsá-vel pela Secretaria Municipal de Planejamento (SEM-PLA), a diminuição da burocracia só trará benefícios à população. “A CTMAC, por exemplo, terá total liberda-de para captar recursos externos e possibilidade para aumentar o volume de ações. A companhia poderá parcelar as dívidas, e passar o quadro de funcionários para o regime estatutário”, salientou. O regime esta-tutário é a denominação para o vínculo jurídico que estabelece os direitos do servidor público.

Em meados do mês de julho o prefeito Roberto Góes criou o primeiro instituto de igualdade racial do Brasil. O decreto transformou a Coordenadoria Municipal de Igualdade Racial (COMIR) em autar-quia. A iniciativa, inédita no país, foi parabenizada pela ministra de igualdade racial, Luiza Helena de Bairros. Agora será possível concretizar projetos como a implantação do estudo da história e cultura afro e indígena nas escolas, com o auxílio de recur-sos federais.

No início do mês de outubro do ano passado, Co-ordenadoria de Cultura do Município passou a ser Fundação. A partir desta transformação foi possí-vel a implantar projetos culturais para o município e o acesso a recursos da União e menos dependên-cia do tesouro municipal. Já no mês de dezembro foi sancionada a Lei que criou a Coordenadoria de Arrecadação e Dívida Ativa do Município. De acordo com Abrante, o objetivo foi centralizar os serviços em uma só unidade e assim melhorar o atendimento. “Nós sabemos que várias secretarias do município também arrecadam recursos, então neste caso, a in-tenção foi concentrar os serviços em um só lugar. Certamente isto trará benefícios à Prefeitura de Ma-capá e aos usuários”, finalizou.

As fiscalizações do Depar-tamento de Arrecadação da Prefeitura de Macapá vão con-tinuar ainda mais intensas em 2012. A informação é do diretor Adalberto Silva que não afrou-xou o nó em 2011 peitando agências bancárias e cartórios em busca do Alvará de Funcio-namento e lacrando estabeleci-mentos devedores.

A primeira ação resultou no fechamento de uma das agên-cias do banco Bradesco, que jamais pensou que seria incomo-dado pelo município por conta da dívida. Em seguida foi a vez dos cartórios. Segundo Adalber-to, nenhum deles estava em dia com a prefeitura e o resultado foi a interdição que rendeu a Maca-pá o título de primeiro município brasileiro a interditar um destes estabelecimentos.

Para se ter uma idéia do ta-manho do buraco causado pela dívida que estabelecimentos têm com a prefeitura relativa a todos os tributos, o montante é nada mais nada menos que R$ 40 milhões. A multa aplicada nas interdições não chega a R$ 500, mas o efeito do trabalho de fisca-lização e cobrança foi imediato. A procura pela quitação chegou a causar filas no Departamento de Arrecadação. “A dívida continua, mas a procura aumentou muito depois de nossas ações. O que esperamos para este começo de ano e meses seguintes é a qui-tação do que eles ainda devem”,

disse Adalberto. Respondendo sobre as crí-

ticas sofridas pela fiscalização, o diretor disse que apenas está colocando a lei em prática. Tudo que está sendo feito está de acordo com legislações tri-butárias em vigor que devem se

estender para todos os estabe-lecimentos, independentemen-te de ramo de atuação e estru-tura. “Lei vale para todos, do grande ao pequeno. Qualquer coisa fora disso estaria fora da lei e isso não pode ser pratica-do”, concluiu.

Novo Formato

“Xerife” da tributação municipal diz que fiscalizações serão mais ativas em 2012

SUJOU...LEI PARA TODOS

Na madrugada da última quarta-feira (04) a guarnição comandada pelo Sargento Francimar, da viatura 2111 do Batalhão Rodoviário da Polícia Militar (BRPM), apresentou no CIOSP do Pacoval, no plantão do delegado Ericlaudio Alen-car, vários malas acusados de traficar drogas.

Os canas foram acionados pelo Ciodes para averiguar um suspeito que transitava na passarela José Antônio Si-queira, no Laguinho. Quando os “coturnos” desceram da via-tura avistaram o elemento. No baculejo foram encontradas 44 porções de crack, jóias e R$ 319,00. Perguntado sobre a procedência do material, o cara informou que tudo perten-cia a um tal de Alex Viegas da Silva, conhecido no meio como “Alex Cabeludo”, que já este-ve hospedado no Iapen. A PM também descobriu que o pri-

meiro mala, Uziel, o “Porco”, que também já cumpriu pena, estava enrolado com a onda.

Na viagem para a casa de “Alex”, o celular de Uziel aca-bou tocando e foi atendido por um dos milicos que fingiu ser amigo do cara dizendo que ele não poderia atender. No “bate caixa”, a figura do outro lado da linha se identificou como sendo “Suruca” (égua do apelido). Ele perguntou se Uziel tinha uma quarta, 250g de crack. O PM disfarçado disse que pergunta-ria e depois ligaria.

Uziel ligou e fechou a tran-sação em R$ 4 mil. “Suruca” ligou para a esposa, de pre-nome Kátia, ela teria dito que providenciaria o “cacau” mar-cando um encontro com Uziel em determinado local.

Os canas se organizaram e acionaram outra viatura, a 1711, comandada pelo Sar-gento M. Martins e a viatura

Delegado Ericlaudio Alencar começa 2012 mandando “malucada” pro xadrez

1911 comandada pelo Sargen-to Gama. O cerco foi feito e Kátia dançou. Ela estava com mais de R$ 3 mil. No hora do grampo, a mulher tentou dar um desdobro, mas as chama-das no celular não foram apa-gadas, estavam lá as ligações para Uziel.

Depois de toda essa bronca, Uziel levou a PM até a casa de “Alex Cabeludo”, na rodovia do Curiaú. Lá, ele foi preso junto à esposa Rosimeire Gomes dos Santos. Atrás da casa, um ca-chorro pit bull guardava alguma coisa. Não deu outra, logo foi encontrado um tablete de ma-conha e uma porção de crack escondidos no forro da puxada.

Havia também R$ 200,00 e cin-co balas calibre 38.

Com tanta coisa nas mãos a galera foi mandada para o Ciosp.

RESULTADODepois disso não, o grupo

foi mandado para o 5 estrelas da Duca Serra, o Iapen Resort. Kátia Batista dos Santos é na-

tural de Breves; Alex Viegas da Silva e Usiel Santos dos Santos são macapaenses. Segundo o delegado Ericlaudio Alencar, esse tipo de apreensão tem sido comum na capital. Disse tamém que os envolvidos, des-pois da prisão e de sairem do Iapen continuam na bandida-gem alegando não encontra-rem emprego. (A.N.)

Uziel e “Alex Cabeludo” dançam por causa de telefonema

Fotos: A.N.

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O prefeito Roberto Góes rece-beu na manhã de terça-feira, 3, um grupo de médicos que atuam nas unidades básicas de saúde e no programa Saúde da Família. Atualmente cerca de 100 profis-sionais do jaleco branco prestam serviço ao município de Macapá.

Os médicos sugeriram a for-mação de um grupo de trabalho para discussão dos plantões, carga horária nas unidades bási-cas e rotinas de atendimento. Foi anunciada durante a reunião a inauguração do Hospital de Aten-ção Básica Hanne Capiberibe, que será inaugurado nos próxi-mos dias.

O grupo de trabalho será for-mado por cinco médicos, além dos secretários de saúde, finanças, administração e planejamento.

O benefício que possibilita ao macapaense pegar dois buzões pelo preço de um já está fun-cionando em três linhas: Igarapé da Fortaleza, Marabaixo e Infraero II. De acordo com o presi-dente da Empresa Municipal de Transportes Ur-banos (EMTU) Carlos Sérgio Monteiro, a coisa não vai ficar só nisso e as linhas de integração estão sendo ampliadas. “Fizemos todos os tes-tes e agora vamos expandir o benefício para ou-tras linhas”, explicou Carlos Sérgio.

Segundo ele, serão atendidos inicialmente os bairros Novo Horizonte, Jardim I, II, na zona Norte e Universidade, na zona Sul. “O anda-mento está sendo gradual para que não haja atropelos”, disse.

Hoje, apenas quem tem o cartão de meia passagem ou de vale transporte pode carregar créditos do Bilhete Único. A partir do dia 09 de janeiro, o Sindicato das Empresas de Transporte do Amapá (Setap) vai comercializar o Cartão Ci-dadão, que é um cartão magnético que pode ser comprado por qualquer pessoa que queira usar o Bilhete Único.

Macapaense já pode pegar dois“buzões” e pagar só uma passagem

“Jalecos brancos” sugerem grupo de trabalho para discutir plantões

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CIDADES6

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MEMÓRIA11

REIVINDICANDO

BILHETE ÚNICO

Há 31 anos, no amanhecer do dia 7 de janeiro de 1981 o Amapá começava a viver um de seus dias mais fatídicos. Nas primeiras horas do amanhecer chegava a informação daquele que viria a ser chamado de o maior naufrágio da América La-tina. O barco Novo Amapá, que havia saído do Porto de Santana às 18 horas do dia 6 não che-gou ao seu destino, a cidade paraense de Monte Dourado, ao lado da sede do município de Laranjal do Jari. A bordo, mais de 600 pessoas, maioria, paren-tes de funcionários da empresa Jari Celulose, que movimentava a economia local empregando muito da mão de obra da re-gião. Nos registros da Capitania dos Portos, em Santana, tudo parecia normal. O número de checagem de passageiros in-formava 150 passageiros, mas dentro do barco o total era 3 ve-zes maior, superando em muito a capacidade da embarcação. O despachante da época, Osvaldo Nazaré Colares, informou só ter conhecimento deste detalhe ho-ras depois da saída da embarca-ção. Ele morreu em 2001, vítima de dengue. O capitão do Novo Amapá, Manoel Alvanir da Con-ceição é sobrevivente da tragé-dia e afirmou ter seguido tudo que lhe foi recomendado pelo proprietário Alexandre Góes da Silva que não conseguiu esca-par do naufrágio. O corpo dele foi encontrado em um dos ca-marotes. Mas o que, além da super lotação tria ocorrido para tombar uma embarcação consi-derada como uma das mais se-guras da época. Passadas três décadas, a suposição de que o leme na hora do acidente estava nas mãos de um garoto perma-nece viva. O que é negado pelo comandante Alvanir que pilotou o barco para a tragédia. No en-tanto, ele confirma a presença do garoto na cabine. Mentira ou verdade, o fato é que centenas de famílias ainda choram seus mortos 31 anos depois. Uma listagem divulgada logo após o desastre falava de 650 embar-ques e apenas 180 sobreviven-tes. Outra causa apontada como possível responsável pelo tom-

bamento foi a colisão com um banco de areia. A superlotação teria feito o resto. Maioria dos

passageiros estaria concentrada em apenas uma parte do barco provocando a tragédia.

A hora da agonia – O bar-co saiu do Porto de Santana por volta das 14 horas seguindo sua trajetória normal até às 9 da noi-te. As águas a esta altura já eram do rio Cajari relativamente pró-ximo ao destino. Daí em diante foi só agonia. Repentinamente o barco tombou. Parte dos passa-geiros que estavam acordados e perceberam o que acontecia trataram de ser mais fortes que o susto e o pânico procurando algo em que se agarrar. Muitos ficaram submersos e não con-seguiram se livrar da estrutura do barco sendo os primeiros a morrer. Outros que dormiam foram surpreendidos pela inun-dação. Botijões, instrumentos musicais e tantas outras coisas passaram a ser úteis como sal-va-vidas uma vez que o artefato era mais que insuficiente para o número de pessoas a bordo. Este detalhe ficou claro pelo nú-mero pequeno de pessoas que conseguiram fugir do apetite das águas do Cajari e ficaram boian-do na escuridão, seguras em al-guma coisa ou nadaram para a margem. Outros nadaram para o desconhecido acreditando que chegariam a uma margem que nunca alcançaram. No amanhe-cer calmo do dia 7 de janeiro a cidade de Santana recebe a notícia que teria sido transmiti-da por dois sobreviventes. É o começo de um abalo sem pre-cedentes para muitas famílias que até então não sabiam de nada e ao saber se negavam a acreditar. Um misto de deses-pero e esperança tomava conta de quem ficava nas imediações do porto à procura de informa-ções e da chegada dos barcos de resgate que traziam sempre mais cadáveres amarados uns aos outros.

O resgate – Os relatos feitos sobre o cenário onde o barco naufragou pintam um quadro de-primente. Na Ponta dos Aruans, onde tudo aconteceu, parte da embarcação ficou fora d´água. Ao redor, corpos e mais corpos inchados e putrefatos boiando ao sabor da maré barrenta. A dimensão do desastre só podia mesmo ser visto ali, onde podia--se confirmar também que o

número de passageiros embar-cados no Porto de Santana, na saída, era muito superior ao que o barco suportava. Os dois bar-cos que levaram a primeira equi-pe de resgate voltaram lotados de corpos. A tripulação pediu re-forço do Exército, que enviou um guindaste. Os cadáveres, inú-meros, eram empilhados como carga e colocados em caixotes. No desembarque, em Santana, as cenas eram as piores possí-veis. Corpos aos pedaços, apo-drecidos impossíveis de se reco-nhecer pela família, exceto por peças de roupa ou objetos de uso pessoal. Valas foram aber-tas no cemitério daquele municí-pio para enterrar os cadáveres. A falta de identificação fez com que um memorial com o nome dos mortos fosse erguido. É lá que os parentes das vítimas até hoje choram suas perdas.

Fantasma dos rios – nove anos depois da tragédia que repercutiu no mundo inteiro, o novo Amapá voltou a ser no-tícia no Brasil. A embarcação, ao contrário do que muita gen-te pensava até então, não ficou sepultada no Cajari, na Ponta dos Aruans. Ela foi guinchada e levada para reformas. Pas-sou três anos em reparos e voltou para as águas singrando normalmente os rios amazô-nicos como um fantasma que volta para assombrar. A traje-tória é outra, Belém/Santarém/Belém. O nome lembrado pela morte de centenas de pessoas também foi apagado. O fan-tasma dos rios foi rebatizado de Santo Agostinho levando e trazendo uma lotação máxima de 100 pessoas, algo muito inferior às mais de seiscentas que embarcaram naquele 6 de janeiro de 1981 junto ao peso também excessivo da carga que teve como resultado da somatória, a tragédia nunca re-parada. Da estrutura do antigo barco, a tinta foi lixada e no-vas camadas foram aplicadas para tentar apagar um episódio terrível. Novas cores sobre o passado de uma memória em preto e branco que permanece viva nos sobreviventes e faz parte de nossa história.

Novo Amapá, 31 anos de uma semana de lágrimas José Marques Jardim - Editor-chefe Fotos e Pesquisa: Internet

Page 7: Jornal do Povo Zona Norte

Quase 37% da população brasileira (36,6%) não tem condições de pagar suas dí-vidas, conforme mostram os dados do IEF (Índice de Ex-pectativa das Famílias), di-vulgado nesta quinta-feira (5) pelo Ipea (Instituto de Pes-quisa Econômica Aplicada).

Os dados mostraram que apenas 13,2% dos entrevistados acreditam que terão condições de honrar os compromissos, enquanto 47,8% respon-deram, em dezembro, que conseguiriam quitar par-cialmente as contas.

A dívida média das famí-lias brasileiras em dezembro foi de R$ 4.679,13, a quin-ta maior média mensal em 2011. O patamar mais alto foi atingido em fevereiro do ano passado (R$ 5.605,25).

Das famílias consultadas, 56,1% afirmaram não ter dívi-das. Na região Centro-Oeste, nenhuma família afirmou es-tar muito endividada e 90,9%

das famílias declararam não ter dívida alguma.

A situação é bem diferen-te na região Nordeste, onde 14,6% das famílias disseram estar muito endividadas.

Menos dívida no Centro--Oeste

Entre as regiões do Brasil, no Centro-Oeste é onde está o maior índice de expectati-va quanto à capacidade de pagamento de contas em atraso. Por lá, 37,5% das famílias acreditam que vão conseguir pagar todas as suas contas em atraso. No Sudeste a taxa é a segunda maior do Brasil, de 23%:

Novas dívidasO estudo também mos-

trou que 6,8% das famílias entrevistadas planejavam tomar empréstimos ou finan-ciamento para adquirir algum bem nos próximos três me-ses. Em relação às regiões do Brasil, no Nordeste é onde há mais pessoas interessa-

das em empréstimos para aquisição de bens (11,1%).

No Centro-Oeste a taxa também é alta, de 6,8%, a mesma encontrada no Su-deste. Na sequência, vêm Sul e Norte, com taxas de 5,2% e 2,7%, nesta ordem.

Situação financeira melhorSegundo a pesquisa,

78,2% das famílias disseram estar melhor financeiramen-te em dezembro de 2011 do que um ano antes. O otimis-mo é maior na região Cen-tro-Oeste (88,1%), seguido pelo Norte (80,7%), Sudeste (80,4%), Nordeste (74,8%) e Sul (72,3%).

A pesquisa O Índice de Expectativa

das Famílias (IEF) é resulta-do de uma pesquisa mensal do Ipea, feita em 3.810 domi-cílios, em mais de 200 muni-cípios brasileiros. A pesquisa realizada em dezembro de 2010 foi a 17ª edição. (UOL Economia)

Quase 37% dos brasileiros não têm condições de pagar suas dívidas

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Jovens: como lidar como dinheiro e evitar problemas financeiros?

SÃO PAULO – Os problemas financeiros não acome-tem apenas os adultos. Os jovens também podem enfren-tar dificuldades assim que recebem as primeiras remune-rações profissionais.

A orientação do educador financeiro Reinaldo Domingos é que todos estabeleçam uma relação saudável com as finanças o mais cedo possível. Os jovens vão precisar de orientação para poder usar os primeiros ganhos, com objetivo de começar a se planejar e ainda construir o futuro com segurança.

Passo a passoPortanto, para aproveitar essa fase da vida e já pensar no

futuro, Domingos dá algumas dicas. Antes de tudo, é preciso definir e dividir os sonhos de consumo, em três categorias: de curto prazo (até um ano), médio prazo (até 10 anos ) e de longo prazo (acima de dez anos).

Definidos os sonhos, o próximo passo é iniciar o planeja-mento. Para isso, é preciso saber quanto cada sonho custa e calcular o quanto se deve reservar por mês para realizá-los no tempo pretendido. A satisfação de atingir suas metas é o que dá sentido a todo o esforço, planejamento e economia.

Dicas para ajudar os jovens a administrarem bem suas finanças:1. Ganhos mensais: saiba exatamente quanto ganha por

mês (mesada, salário, bolsa de estudos etc.)2. Gastos mensais: liste todas as coisas com que costuma

gastar (transporte, lanche na escola, maquiagem, acessórios, cinema, roupas e sapatos, balada, guloseima, cursos e outros)

3. Observe: por um mês, diariamente, anote cada cen-tavo que gastou com cada uma das suas despesas. As-sim, será possível perceber com que se gasta menos e com que se gasta mais.

4. Desejos: pense nos seus três principais desejos, que de-pendem de recursos financeiros, sendo um de curto, um de mé-dio e um de longo prazo.

5. Calcule: veja quanto custa cada um deles e calcule o quan-to teria que poupar por mês para realiza-los no prazo desejado.

6. Escolhas: com os dados em mãos, subtraia do valor men-sal que você recebe o quanto você precisa poupar por mês para conquistar seu sonho. O que sobrar será seu limite mensal para gastar. Será, portanto, preciso fazer algumas escolhas: se a ba-lada é realmente necessária, se as roupas não podem esperar o próximo mês e se você realmente precisa de um celular novo.

7. Cuidados: parcelar é algo que requer atenção. Seja no cartão, no cheque, boleto bancário, é preciso se certi-ficar de que a parcela vai caber no bolso durante todo o tempo do parcelamento.

NA PENDURA

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E aí meu povo, os caras me chamaram de novo pra fazer a tal dessa coluna. Eu nem sabia o que era isso até

semana retrasada. Pra mim, coluna era esse negócio de osso que segura o corpo da gente. Mas tá bom, eles dizem que eu ando muito por aí e ouço muita coisa. Vou aproveitar a grana, que não é muita, mas dá para comprar a farinha e umas pecinhas pra Margareth, minha bicicletinha Barra Forte 82. Ela e minha viatura.

Do lençolA deputada que usa lençol na cabeça e cortinas como vestido já disse que

não vai se desculpar sobre aquela confusão de cem mil conto que a paletozada pega todo mês. Tão querendo botar ela na parede e tirar o mandato por conta de pé de orelha com os repórteres do CQC. Isso ainda vai render, mas dificilmente, colocando a coisa na balança, dê em cassação.

No celular Todo becado e dando uma de João sem braço fiquei ouvindo uma conversa lá pelos corredores da as-sembléia, de que o governador teria ligado para o presidente, o Moisés Souza e conversado sobre a bronca. O pessoal ta dizendo que o PSB, que hoje manda nos bois, não vai de jeito nenhum querer perder terreno no Legislativo.

Internet, só banda curtaTá difícil. Me botaram pra fazer um curso de informática pra eu passar as notícias de uma lan-house, difícil falar isso. Só que quando eu tento enviar o troço, trava tudo. Perguntei pro cara que toma conta do negócio e ele disse que é culpa da internet, que a gente não tem banda larga e um monte de outras coisas que não entendi nada. O que eu captei é que se não temos banda larga, a nossa é bem curtinha.

PMM 2012Enquanto a coisa não se definir quan-to a quem vai mesmo concorrer nas eleições municipais desse ano, o que não falta é aquele negócio do eu acho isso e acho aquilo. É diabinho pra

tudo que é lado, gente. O que se sabe de certo até agora é que Roberto vem mesmo, a do lençol poderá vir e o PT está tentando fazer o carro pegar.

PMM 2012 mais umaPor fala em PT, que nome eles vão colocar na baila, hein? Por pura falta de opção estão com uma bucha de canhão daquelas, Dora Nascimen-to. Criaram até um fato para dar repercussão na coisa dizendo que o diretório nacional do partido exigiu a candidatura dela. Será que estão acre-ditando naquela teoria do poste?

Começo do temporalAs chuvas demoraram, mas já chegaram. Defesa Civil já planejou o que vai fazer quando os temporais ar-rocharem mesmo o nó. Reunião para

definir metas foi puxada pelo municí-pio em novembro com o Estado. Das tantas secretarias convidadas, apenas uma compareceu. Será que eles têm um plano individual até nisso ou pen-sam que podem controlar o tempo.

Começo do temporal 2Além do temporal das chuvas, outro temporal deve começar mais fer-renho neste 2012, a picuinha entre estado e município. Basta observar a maneira de falar do governador quan-do o assunto é prefeitura. Ele não diz uma frase sem jogar farpa na gestão do PDT. O bom para o pessoal da camisa azul, é que hoje o maior cabo eleitoral deles é o governador, que ainda vai passar um bom tempo inau-gurando obras projetadas na gestão de Waldez Góes.

Dando o bocão...Por Enzo Rúbio

De acordo com o Ministé-rio da Justiça, o Amapá é um dos estados brasileiros que menos entregou armas na campanha do desarmamen-to. No site do MJ, dados re-velam que apenas 35 “paus de fogo” foram repassados aos fedecas. Em percentu-ais isso chega a pouco mais de 5% para cada 100 mil ha-bitantes o que significa que ninguém quer se desarmar.

Mas o pensamento não é só do amapaense. Em ní-vel de Brasil, durante todo o ano de 2011, somente 37 mil armas de fogo foram en-tregues. Os revólveres es-tão na cabeça da fila, mas as armas de grande porte chegaram em maior núme-ro nas mãos dos federais

em relação a 2010, num to-tal de 20%. 95 delas foram fuzis. A brincadeira custou R$ 3,5 milhões em indeni-zações considerando que cada unidade custa de R$ 100 a R$ 300.

A idéia de tentar desarmar a população começou em 2004. Em oito anos, 570 mil armas de fogo foram recolhi-das e destruídas. No plebis-cito que consultou a opinião da população sobre banir o uso de armas de fogo, o estado ouviu um sonoro e gritante não dos brasileiros. A entrega chegou a ser atri-buída às indenizações, mas considerando o índice po-pulacional com as unidades entregues, o desinteresse volta a ser percebido.

Desarmamento passa em branco no Amapá; só 35 armas foram entregues em 2011

DESINTERESSE

n Nascida dia 18 de Outubro de 1992n Seu signo é Libran Estuda na Faculdade SEAMAn Cursa Jornalismon Tem como Hobby a Dançan Foi Musa da Indústria 2011n Rainha da Expofeira 2011

E é o Filé do bairro do Laguinho

Adriana Jayne de Souza Pereira

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