Post on 11-Feb-2019
Modelos Macroeconômicos
UFRJ / CCJE / IE / CEPP
Introdução à Política Macroeconômica
Modelos Macroeconômicos
e Política Econômica
Oferta e Demanda Agregada
e a Curva de Phillips
Froyen (caps. 8, 10 e 11)
29/07/2017 0
Modelos Macroeconômicos
Oferta e Demanda Agregada
29/07/2017 1
Modelos Macroeconômicos
• Curva Demanda Agregada Keynesiana
Modelo IS-LM
Combinação de renda e taxa de juros que equilibram simultaneamente o mercado monetário e igualam o produto à demanda, considerando preços e salários fixos.
Demanda Agregada
Determina o nível de produto demandado a cada nível de preços de forma que tanto o mercado de bens quanto o mercado monetário estejam em equilíbrio.
Redução do preço, assim como elevação da oferta de moeda, causa redução da taxa de juros e reduz a demanda agregada da economia.
r
Y
IS0
P
Y
Yd (M0)
LM (M0/P2)
LM (M0/P1)
LM (M0/P0)
A
A
B
B
C
C
Y0
Y0 Y1
Y1 Y2
Y2
P0
P1
P2
r0
r1
r2
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Modelos Macroeconômicos
P
Y
Y1s
Y0d Y3
d
Y0s
Y2s
• As políticas Fiscal e Monetária deslocam a curva de demanda agregada, isto é, geram maior demanda para o mesmo nível de preços.
• A curva de oferta agregada determina a eficácia da política econômica.
Y0
Y
r
IS0
r0 = r3
Y0
LM0
r1
Y1=Y2 Y3
IS1
B
A C
LM1
D
r2
P
Y
Y0d Y1,2
d
Y0 Y3
Y3d
Y1=Y2
P0
Y3 Y1=Y2 29/07/2017 3
Modelos Macroeconômicos
r
Y
LM(M0/P0)
r0 =r1
r’1
IS0
P
Y
Ys
• Política Econômica e a curva de oferta agregada clássica: política econômica expansionista é ineficaz, revertendo-se, exclusivamente, em elevação de preços.
Y0=Y1
Y’1
P0
P1
=LM(M1/P1)
LM(M1/P0) A =C
B
Yd(M0)
Yd(M1) A
C
B
Y0 =Y1 Y’1
Polít
ica
Fisc
al
Exp
ansi
on
ista
r
Y
LM(M0/P0)
r0
r1
r’1
IS0(G0)
LM(M0/P1)
A
C
B
IS1(G1)
P
Y
Ys
P0
P1
Yd(G0)
Yd(G1) A
C
B
Y0 Y1 Y’1
Y0 Y’1 Y1
29/07/2017 4
Polít
ica
Mo
net
ária
Ex
pan
sio
nis
ta
Elevação dos preços anula expansão nominal da oferta de moeda, mantendo encaixes reais inalterados.
Elevação dos preços retrai oferta real de moeda, eleva taxa de juros e contrai o investimento, com efeito crowding-out completo.
Modelos Macroeconômicos
r
Y
LM(M0/P0)
r0
r1
r’1
IS0
P
Y
Ys
• Política Econômica e a curva de oferta agregada keynesiana
Política Monetária Expansionista
Y0 Y1 Y’1
P0 P1
LM(M1/P1)
LM(M1/P0) A
C
B
Yd(M0)
Yd(M1) A
C B
Y0 Y1 Y’1
Política Fiscal Expansionista
r
Y
LM(M0/P0)
r0
r1
r’1
IS0(G0)
LM(M0/P1)
A
C
B IS1(G1)
P
Y
Ys
P0 P1
Yd(G0)
Yd(G1) A
C B
Y0 Y1 Y’1
Y0 Y’1 Y1
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O aumento da demanda e estímulo à produção, pressiona salários, preços e juros, diminuindo o efeito expansionista final.
Modelos Macroeconômicos
• Política Econômica sob diferentes condições no mercado de trabalho
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P
Y
Ys
P0 P1
Yd0
Yd1
A
C
B
Y0 Y1 Y’1
P
Y
Ys P0
Yd0
Yd1
A B
Y0 Y1
P
Y
Ys
P0
Yd0
Yd1
A
B
Y0
P1
W, P
W, P
W, P=Pe
Modelos Macroeconômicos
Curva de Phillips
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Modelos Macroeconômicos
• Curva de Phillips: trade-off desemprego-inflação (visão keynesiana)
Curva de Phillips de curto prazo (Expect. Retrospectiva): π = -ϕ(μ – μN)
Níveis maiores de demanda, produção e emprego seriam acompanhados de elevação de preços e, portanto, inflação.
A curva de Phillips retrata o trade-off entre desemprego e inflação, onde menor desemprego leva à maior inflação.
Haveria espaço para adoção de políticas de estabilização da economia no curto prazo.
W Ns (Pe
0)
W0
PMgN.P0
PMgN.P1
PMgN.P2
N0 N1 N2
W1
W2
P
Y
Ys(Pe0)
P0
P1
Yd0 Yd
1
Y0 Y1 Y2
Yd2
P2
π
μ
CPCP
N
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Modelos Macroeconômicos
• Curva de Phillips: trade-off desemprego-inflação (visão keynesiana)
Curva de Phillips de curto prazo (Expect. Retrospectiva): π = -ϕ(μ – μN)
Uma inflação constante seria suficiente para sustentar uma menor taxa de desemprego, uma vez que os trabalhadores apenas exigem elevação de salário para repor a inflação passada.
W
Ns (Pe0)
W0
PMgN.P0
PMgN.P1
PMgN.P2
N0
W1
W2
P
Y
Ys(Pe0)
P0
P1
Yd0 Yd
1
Y0
Yd2
P2
π
μ
CPCP
N
Ns (Pe1)
Ns (Pe2)
Ys(Pe1)
Ys(Pe2)
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Modelos Macroeconômicos
• Curva de Phillips: trade-off desemprego-inflação (visão keynesiana)
A curva de Phillips de longo prazo: π = πe – ϕ(μ – μN)
Onde Pe = P, π = πe => μ = μN
No longo prazo os agentes teriam tido tempo para ajustar suas expectativas e políticas expansinistas de elevação de demanda reverteriam-se apenas e elevação dos preços e da inflação.
W
Ns (Pe0)
W0
PMgN.P0
PMgN.P1
PMgN.P2
N0
W1
W2
P
Y
Ys(Pe0)
P0
P1
Yd0 Yd
1
Y0
Yd2
P2
π
μ N
CPLP Ns (Pe
1) Ns (Pe
2) Ys(Pe
1)
Ys(Pe2)
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• A Curva de Phillips Aceleracionista (visão monetarista sucede visão clássica)
Taxa natural de desemprego e produto: determinada pelo emprego de equilíbrio no mercado de trabalho e produção, que dependem do estoque de capital, força de trabalho e tecnologia.
Expectativas adaptativas: agentes projetam inflação do passado para o futuro. Com informação imperfeita, é possível contratar mais mão-de-obra no curto prazo, desde que a elevação dos preços seja maior do que aquela prevista com base na inflação passada.
W
Ns (πe0)
W0
PMgN.P0 (πe
0)
PMgN.P1 (πe
1)
PMgN.P2 (πe
1)
N0
W1
P
Y
Ys(πe0)
P0 P1
Yd0 (π
e0)
Yd1 (π
e1)
Y0
Yd2 (π
e1)
P2
π
μ
CPCP
N
CPLP Ns (πe
1) Ys(πe1)
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CPCP
μN
PMgN.P3 (πe
2)
P3
Yd3 (π
e2)
Modelos Macroeconômicos
• A Curva de Phillips Aceleracionista (visão monetarista sucede visão clássica)
Trade-off inflação-desemprego permanece válido no curto prazo, mas a custo de inflação crescente para a mesma taxa de desemprego, uma vez que os trabalhadores projetam a inflação passada para o futuro ao invés de simplesmente ajustar a expectativa de preços.
π
μ μN 0
πe = 0
πe = π2
μ*
π1
π2
π3
A B
C D
E
πe = π1
CPLP
F π4
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No longo prazo, os agentes aprenderam com os erros do passado, a inflação passa a ser totalmente antecipada e a curva de Phillips se torna vertical – a taxa de desemprego é igual à taxa natural e tentativas de reduzi-la causam somente inflação.
π = πe – ϕ(μ – μN)
CP: πet = πe
t-1 + β(πt-1 – πet-1),
Inércia inflacionária: β=1 => πet = πt-1
LP: πet = πe
t-1 + β(πt-1 – πet) + φ
Setor privado é estável. Política Econômica, em partircular, a política monetária, é que cria choques e instabiliade na economia.
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• A Curva de Phillips e as expectativas racionais
Expectativas racionais: considera-se que os agentes fazem o melhor uso possível das informações públicas disponíveis para formar suas expectativas sobre o valor futuro das variáveis de forma que não cometem erros sistemáticos. Neste modelo, a expansão da demanda é prevista, assim como seu efeito final sobre o preço, de forma que o emprego e produto permanecem inalterados.
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W Ns (Me
0, Ge0, Te
0, Ie0,...)
W0
PMgN.P0
PMgN.P1’
PMgN.P1
N0
W1
P
Y
P0
P1
Yd1 (M1, G0, T0, I0,...)
Y0
Yd2
π
μ N
= CPLP
Ns (Me1, Ge
0, Te0, Ie
0,...)
CPCP
μN
Yd3
Yd0 (M0, G0, T0, I0,...)
Ys (Me0, Ge
0, Te0, Ie
0,...)
Ys (Me1, Ge
0, Te0, Ie
0,...)
Modelos Macroeconômicos
• A Curva de Phillips e as expectativas racionais
Política econômica perfeitamente antecipada não terá qualquer efeito sobre o nível de produto e a oferta agregada será vertical mesmo no curto prazo.
O trade-off desemprego-inflação seria eliminado mesmo no curto prazo e o desemprego estará permanentemente em sua taxa natural (i.e., no curto e no longo prazo).
Somente choques não antecipados (e.g., mudanças inesperadas sobre o crescimento monetário) teriam efeito sobre o nível de produto e emprego da economia.
π = πe – ϕ(μ – μN) π = πe => μ = μN
π
μ μN 0
CPcp = CPLP
π1
π2
π3
A
B
C
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Modelos Macroeconômicos
Causas da Inflação
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Modelos Macroeconômicos
• Causas da inflação
Inflação de Demanda
Quando há disponibilidade de mão-de-obra (desemprego) e capacidade produtiva das empresas (capacidade ociosa), elevações de demanda costumam ser atendida por elevações da oferta, ampliando o uso dos fatores de produção, sem haver necessariamente aumento generalizado de preços.
A inflação de demanda é causada por situações em que o nível de demanda da economia é superior a sua capacidade de oferta, considerado o pleno emprego dos fatores de produção.
Neste caso, o excesso de demanda em relação à oferta provoca pressão sobre os preços.
Uma inflação de demanda pode ser combatida por uma combinação de políticas que desestimulem a demanda no curto prazo e estimulem a ampliação da capacidade produtiva médio e longo prazo.
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Modelos Macroeconômicos
• Causas da inflação
Inflação de Custos
Inflações de custo costumam ser causadas por choques que alterem
o custo de insumos importantes, repassados a preços.
Alguns exemplos importantes de fontes de inflação de custo são
choques de oferta, como no caso da elevação dos preços do
petróleo na década de 1970 ou eventos como quebra de safra
agrícola.
Outra fonte importante de pressão de custo são elevações salariais
acima das elevações da produtividade da mão-de-obra,
encarecendo o custo do fator trabalho.
Assim, inflação de custo está associada a pressões ou choques
autônomos. 17
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• Causas da inflação
Inflação estrutural
Inflação causada por caraterísticas estruturais de economias com
estrutura agrária latifundiária e atrasada, estrutura de mercado
oligopólicas com elevadas margens de lucro e estrutura do
comércio exterior com déficit crônico em balança comercial,
causados por deterioração dos termos de troca contra os países
subdesenvolvidos, que se veem às voltas com desvalorização
cambial e inflação (conflitos distributivos).
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Modelos Macroeconômicos
• Causas da inflação
Inflação Inercial
A inflação inercial está associada a existência de mecanismos de
indexação formal (contratos, aluguéis, salários) ou informal (reajuste
de preços no comércio, indústria, tarifas públicas), que fazem com
que taxas de inflação anteriores sejam repassadas aos preços e assim
perpetuadas indefinidamente.
A contínua elevação de preços a uma dada taxa de inflação é uma
forma de manutenção do preço relativo dos diversos bens, serviços e
ativos da economia.
O efeito de pressões de demanda ou choques de oferta, em
economias indexadas, é elevar o patamar da inflação que se
perpetua. 19
Modelos Macroeconômicos
• Causas da inflação
Inflação de expectativas
A inflação de expectativas decorre da elevação de preços
resultante das expectativas dos agentes sobre elevações futuras
dos demais preços.
Esta é uma postura defensiva por parte dos agentes, que
procuram resguardar o preço relativo de sua propriedade e
renda.
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