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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO PARA PACIENTES HIPERTENSOS
CARVALHO, Angélica Oliveira1
BELLO, Eduardo¹PAVÃO, Émerson José¹
INDRINA, Maristela Pastori¹MORETTE, Stéfano Blanco1
ZAIONS, Ana Paula Demarco Resende Esmelindro²NOGUEIRA, Audra Dallazem2
MAHL, Deise Luiza2
FRESCHI, Elisandra Mottin2
LAGHI, Luiz Vittorio2
RECHE, Marcio Eduardo Assi2
PIEROZAN, Morgana Karin2
WRZEINSKI, Andiara2
RESUMO: A hipertensão é uma doença que não tem cura, é uma doença assintomatica, portadores da doença devem ser inscritos no programa de hipertensao nas unidades basicas da saude. É importante ter conhecimento dos medicamentos utilizados em consultorio odontologico, os cardiopatas normalmente fazem o uso continuo de medicamentos, é importante o cirurgiao dentista ter conhecimento do seu paciente e realizar anamnese antes de alguma intervençao odontologica. O principal objetivo deste trabalho foi buscar registros de interações de medicamentos anti-hipertensivos e medicamentos normalmente utilizados na pratica odontológica.
Palavras-chave: hipertensão, odontologia, vasoconstritores
ABSTRACT: The hypertension is a disease that has no cure, is an asymptomatic disease, carriers of the disease must be enrolled in the program of hypertension in the basic units of health. It is important to be aware of the medications used in a dental office, the patients with heart disease usually make continuous use of medications, it is important that the surgeon know his patient and perform anamnesis before any dental intervention. The main objective of this study was to search for records of interactions of antihypertensive drugs and drugs normally used in dental practice.
Keywords: hypertension, dental office, vasoconstrictors
1 INTRODUÇÃO
A hipertensão é uma doença crônica que não possui cura, mas ela pode ser controlada
através da utilização de medicamentos contínuos e mudanças de habito diários. É uma doença
muito comum, que afeta grande número da população, geralmente é assintomática.
A hipertensão, deve ser estudada e compreendida no âmbito da odontologia devido a
possíveis procedimentos que podem influenciar uma alteração da pressão arterial, como por
exemplo a utilização anestésicos locais, em pacientes que fazem uso de medicação continua.
Por isso é importante conhecer a história clínica do paciente antes de realizar o procedimento
odontológico através de uma boa anamnese.1 Docentes do Curso (Odontologia), Nível 2 2017/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.*E-mail para contato: stefano_morette@hotmail.com__________________________________________________________________________________________
Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1
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Pacientes com hipertensão devem ser analisados de forma individual. Apesar de terem
o mesmo problema, cada paciente desenvolve a hipertensão de forma diferente. O tratamento
da hipertensão é extremamente variado, uma vez que ela pode ser o resultado de diversas
alterações fisiológicas, nas quais podem atuar diversos medicamentos que devem ser de
conhecimento do cirurgião-dentista, a fim de evitar interações indesejadas que coloquem em
risco o paciente.
O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão bibliográfica da relação entre a
hipertensão, suas principais causas e consequências cuidados que o paciente deve receber ao
ser submetido à tratamento odontológico.
2 Referencial Teórico
A hipertensão é uma cardiopatia caracterizada pela elevação anormal da pressão
arterial. Caso não haja controle, o paciente pode apresentar sérias complicações, tais como
acidentes cerebrovasculares, problemas renais e trombose, o que a torna um importante
agravo à saúde pública no Brasil e no mundo (OLIVEIRA, SIMONE, RIBEIRO, 2010).
Na maior parte dos estudos que discorrem sobre hipertensão arterial e a odontologia, a
utilização dos anestésicos locais é o foco principal (NEVES, 2007).
Quando depositados em tecidos moles, os anestésicos locais exercem ação
farmacológica nos vasos sanguíneos da área. Todos os anestésicos locais possuem certo grau
de vasoatividade, a maioria dilatando o leito vascular no qual são infiltrados, embora alguns
possam produzir graus menores de vasodilatação e outros, na verdade, vasoconstrição.
(MALAMED, 1993).
Os vasoconstritores são drogas que reduzem a irrigação sanguínea da área onde são
injetadas, nos tecidos, trazendo importantes vantagens para soluções de anestesia local.
(MALAMED, 1993).
O conhecimento do paciente como um todo, através da análise dos seus sistemas
individuais, pode, além de dar segurança ao profissional, encaminhar melhor o plano de
tratamento em benefício do paciente (CASTRO, 1986).
É considerado hipertenso o indivíduo que possui pressão arterial sistólica igual ou
superior a 140 mmHg, ou pressão arterial diastólica igual ou superior a 90 mmHg. Indivíduos
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maiores que 18 anos devem ter pressão arterial inferior a 130 x 85 mmHg. Os fármacos
administrados para o controle da hipertensão arterial sistêmica podem influenciar na saúde
bucal, interferindo no fluxo salivar, nas manifestações de candíase oral e lesões de carie,
assim como desconforto alimentar (CASTRO et al., 2003).
A hipertensão arterial sistêmica é causada pelo acumulo excessivo de líquido
extracelular, diminuição do calibre e da elasticidade das artérias, sendo um fator de risco
prevalente para doenças cardiovasculares, podendo ser efetivamente tratada e controlada,
sendo que, o risco aumenta quanto maior forem os níveis pressóricos (ROCHA et al., 2001).
Da hipertensão primária ou essencial não se consegue determinar a etiologia, sendo ela
encontrada em cerca de 90% dos pacientes. A hipertensão secundária, que é caracterizada pela
possibilidade de identificação de sua etiologia, é rara. Afirma-se que uma única elevação da
pressão arterial não constitui o diagnóstico de hipertensão. Um paciente é classificado como
hipertenso quando os registros obtidos em três ou mais consultas revelam uma pressão
sistólica acima de 140mmHg ou uma pressão diastólica acima de 90mmHg.(OLIVEIRA,
2000).
Nos períodos pré e transoperatórios odontológicos, com muita freqüência, ocorre forte
alteração psicossomática no paciente, provocada por um estado de dor, apreensão ou medo.
Isso promove aumento de diversas funções vitais, que se manifesta através de taquicardia,
vasoconstrição periférica, midríase, elevação da pressão arterial, sudorese, agitação e aumento
generalizado do metabolismo corporal, determinando um quadro típico de estresse (HIRATA,
2003).
A avaliação do paciente hipertenso requer que a anamnese inicial, o exame físico e os
testes laboratoriais sejam dirigidos para a descoberta de formas secundarias de hipertensão
passíveis de correção, estabelecimento de uma linha básica de pré-tratamento, avaliação dos
fatores que podem influenciar o tipo de terapia ou que podem ser adversamente modificados
pela terapia, determinação da presença ou não de lesões a órgãos-alvo e determinação da
presença ou não de outros fatores de risco para o desenvolvimento da doença cardiovascular
arteriosclerótica (Braunwald, 2005).
Antes de iniciar qualquer tratamento odontológico o cirurgião-dentista deve
determinar se o paciente pode tolerar o procedimento dentário planejado com segurança
relativa. Essa segurança deve ser obtida através de uma anamnese completa na primeira
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consulta e na atualização das informações pelo menos a cada 6 meses ou sempre que o
paciente deixe de ir ao consultório por um período prolongado, (MALAMED, 2013).
2.1.1 Farmacologia na hipertensão
O tratamento odontológico gera apreensão aos pacientes, podendo induzir ao aumento
da pressão arterial; dessa forma, é essencial o controle da ansiedade. Com essa finalidade há
métodos farmacológicos (benzodiazepínicos) e não farmacológicos, como a verbalização
(iatrosedação), associada ou não a técnicas de relaxamento muscular ou de condicionamento
psicológico (LITTLE, 2005).
Existem medidas a serem tomadas para o controle da hipertensão que devem ser
instituídas previamente a indicação de medicamentos. As medidas não farmacológicas,
reconhecidamente efetivas na redução dos níveis pressóricos, incluem a dieta com restrição de
sal, redução do peso corporal, adoção de uma atividade física, moderação com bebidas
alcoólicas, abolição do tabagismo e medidas que diminuam o estresse. (SAYEG, 1997).
No caso de pacientes com hipertensão, ainda que controlada, a expectativa de dor leve
ou moderada pode ser tratada com analgésicos como paracetamol ou dipirona, por até 24
horas. Quando a expectativa de dor for de moderada a intensa pode-se prescrever anti-
inflamatórios não esteroidais (AINEs) como o diclofenaco de potássico ou naproxeno, por até
4 dias. De qualquer modo, é preciso discutir o caso com o cardiologista do paciente (TERRA,
2008).
O tratamento da hipertensão é extremamente variado, uma vez que ela pode ser o
resultado de diversas alterações fisiológicas, nas quais podem atuar diversos medicamentos.
Neste contexto, medicamentos rotineiramente usados na prática odontológica devem ser
avaliados quanto à possibilidade de provocarem alterações cardiovasculares pressoras ou de
atuarem no mecanismo de ação de medicamentos usados no controle da hipertensão
(CASTRO, 1986).
O tratamento farmacológico com anti-hipertensivos pode acarretar xerostomia,
redução na mobilidade da língua, dificuldade na mastigação e na deglutição dos alimentos,
alteração na sensação do sabor, aumento da incidência de infecções por Cândida, aumento de
cárie e doença periodontal, desconforto oral noturno e sensação de queimação. (CORRÊA et
al., 2005).
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INDRIAGO (2007), afirma que o uso de soluções anestésicas locais com
vasoconstritores não é contraindicado em hipertensos, desde que não sejam administrados
mais de dois tubetes por atendimento clínico.
Tem sido relatada uma importante intereção adversa quando se prescreve um anti-
inflamatorio nao estoroide a pacientes portadores de hipertensão arterial, particularmente os
que se encontram sob tratamento com farmacos dos seguintes grupos: inibidores da enzima
conversora de angiotensina (captopril, enalapril, fosinoprile e lisinopril); diuréticos
(furosemida e hidroclorotiazida); B-bloqueadores (propanolol, nadolol, metoprolol e
atenolol) (HOUSTON, 1991).
Anti-hipertensivos que não dependem das prostaglandinas renais para exercer sua
ação, como ocorre com os inibidores dos canais de cálcio (nifedipina, verapanil ou diltiazem)
parece nao estar implicados neste tipo de interação (POPE et al.,1993).
É interessante destacar que todas essas interações citadas acima são relatadas em
ensaios clínicos, porém, com algumas conclusões contraditórias. No primeiro estudo, foi
demonstrado que a utilização de indometacina e do naproxeno estava associado ao aumento
significativo da pressão arterial sanguínea, ao contrario da aspirina e do ibuprofeno, que
apresentaram efeitos insignificantes (POPE et al., 1993).
O controle da Hipertensão Arterial poderá então ser feito utilizando fármacos
indicados e prescritos por medicos para cada paciente de forma específica. Se o tratamento é
seguido de maneira correta, associado a exercícios físicos, o paciente poderá ter uma vida
saudável (GUEDES et al., 2005).
A utilização de um grande número de especialidades farmacêuticas no tratamento da
Hipertensão Arterial Sistêmica acarreta interações medicamentosas e efeitos colaterais
(PAUNOVICH et al., 1997).
2.1.2 Vasoconstritores
Outro fator que merece destaque e deve ser levado em consideração no manejo
odontológico em pacientes hipertensos é o uso de anestésicos locais (com ou sem
vasoconstritores), uma vez que a sua utilização de forma incorreta pode agravar o quadro de
hipertensão do paciente (OLIVEIRA, SIMONE, RIBEIRO, 2010).
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A superdosagem dos vasoconstritores, que geralmente são incorporados às soluções
anestésicas locais, também já foi associada a casos fatais, tendo como causa o aumento brusco
da pressão arterial seguido de hemorragia intracraniana, em pacientes suscetíveis. (OKADA et
al., 1989).
Os vasoconstritores são drogas que reduzem a irrigação sanguínea na área onde são
injetados, provocando um retardo da sua absorção nos tecidos, trazendo importantes
vantagens para soluções de anestesia local. (MALAMED, 1993; OLIVEIRA, 2010).
Por outro lado, o emprego de anestésicos locais com vasoconstritores em pacientes
portadores de hipertensão induz ao aumento da pressão arterial; por isso, há restrição médica
quanto ao uso desses anestésicos (WHELTON, 2001).
A super dosagem dos vasoconstritores, que geralmente são incorporados às soluções
anestésicas locais, também já foi associada a casos fatais, tendo como causa o aumento brusco
da pressão arterial seguido de hemorragia intracraniana, em pacientes suscetíveis. (Okada et
al. 1989).
2.1.3 Manifestação causadas pelo uso de anti-hipertensivos na cavidade oral.
GHEZZI (2000), relatam que a medicação anti-hipertensiva pode causar disfunção
salivar (diuréticos, bloqueadores do canal de cálcio e betabloqueadores), , alteração na
mucosa oral (diuréticos) e distúrbios no paladar (diuréticos). O cirurgião-dentista nem sempre
pode intervir na etiologia da hipossalivação, pode, porém, diagnosticar e tratar suas
consequências com segurança, desde que se conheçam os fatores associados (LUZ et al.,
1996).
A hiperplasia gengival está entre os efeitos colaterais mais citados em pacientes que
fazem uso de bloqueadores dos canais de cálcio, como a nifedipina por exemplo, com uma
incidência que varia de 1,7% a 38% (INDRIAGO, 2007).
Como forma de tratamento para os casos de hiperplasia associada ao uso desses
medicamentos, destaca-se a intervenção cirúrgica periodontal; porém, esta não é definitiva,
visto que o paciente continuará usando o medicamento. Logo, a forma mais eficaz seria
solicitar ao médico que o medicamento tenha a sua dose reduzida, se possível, ou que seja
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substituído por outro fármaco de classe diferente, desde que seja viável esta substituição.
(COSTA et al., 2013).
Além da hiperplasia o tratamento farmacológico com anti-hipertensivos pode acarretar
xerostomia, redução na mobilidade da língua, dificuldade na mastigação e na deglutição dos
alimentos, alteração na sensação do sabor, aumento da incidência de infecções por Cândida,
aumento de cárie e doença periodontal, desconforto oral noturno e sensação de queimação.
(CORRÊA et al., 2005).
É de fundamental importância a conscientização sobre prevenção e tratamento da
xerostomia em pacientes que fazem uso de anti-hipertensivos, o cirurgião-dentista tem um
importante papel nesta equipe, avaliando, diagnosticando e tratando o paciente antes, durante
e após o tratamento com o uso de anti-hipertensivos (CACHAPUZ, 2006).
A xerostomia provocada pelo uso de fármacos anti-hipertensivos não apresenta cura,
mas um tratamento paliativo, com orientação nutricional, higiene bucal diária,
aconselhamento do não consumo de álcool e tabaco que são dois fatores desencadeantes,
coadjuvantes para provocar a xerostomia (GUGGENHEIMER et al., 2003).
2.1.4 Cuidados no atendimento odontológico
Antes de iniciar qualquer tratamento odontológico o cirurgião-dentista deve
determinar se o paciente pode tolerar o procedimento dentário planejado com segurança
relativa. Essa segurança deve ser obtida através de uma anamnese completa na primeira
consulta e na atualização das informações pelo menos a cada 6 meses ou sempre que o
paciente deixe de ir ao consultório por um período prolongado, (MALAMED, 2013).
Para aferir a PA no consultório, deve-se permitir que o paciente descanse por pelo
menos 5 minutos antes do procedimento sendo que o mesmo não deve ter fumado ou ingerido
cafeína por pelo menos 30 minutos antes da aferição da pressão. O paciente deve permanecer
sentado em linha reta, e os braços apoiados na altura do coração. A braçadeira colocada na
artéria braquial, na porção superior do antebraço que deve cobrir 80% da mesma. Recomenda-
se fazer dois registros e um intervalo de 5 minutos entre cada registro, (INDRIAGO, 2007).
Os AINES podem ser usados em Odontologia, por pacientes hipertensos, mas as doses
devem ser ajustadas na dependência do anti-hipertensivo em uso pelo paciente. O cirurgião
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dentista deve revisar as interações que podem ocorrer entre o AINES que vai prescrever e o
anti-hipertensivo que o paciente est· tomando, e discutir o caso com o médico cardiologista do
paciente (TERRA, 2008).
O jato de bicarbonato de sódio é contra-indicado para pacientes com problemas
médicos como hipertensão (GUTMANN, 1998).
2.1.5 Dados sobre hipertensão
Em relação à epidemiologia, estima-se que aproximadamente 30 milhões de pessoas
apresentam hipertensão no Brasil, sendo que metade destes não sabe que são portadores dessa
condição (OLIVEIRA, SIMONE, RIBEIRO, 2010).
Nos Estados Unidos, cerca de um terço da população, ou seja, 70 milhões de
indivíduos apresentam tal condição (YAGIELA, HAYMORE, 2007).
Na maioria das vezes a hipertensão não tem etiologia conhecida e a dificuldade de se
chegar a um diagnóstico deve-se à existência de diversos sistemas regulatórios da pressão
sanguínea no organismo. Quando a causa é desconhecida, o indivíduo é diagnosticado como
portador de hipertensão primária (SANTOS et al., 2009).
No âmbito da Estrategia da Saúde e da Família são desenvolvidos vários programas, a
fim de atender a população cadastrada no serviço, em que um deles é o hiperdia. Este consiste
em um sistema informatizado destinado ao cadastramento e acompanhamento de usuários
portadores de diabetes e/ou hipertensão e permite gerar informações para os gerentes de todas
as esferas de governo, subsidiando o planejamento de ações que contemplem as necessidades
prioritárias em saúde dos portadores destas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
De acordo com o Ministério da Saúde cerca de 60% a 80% dos agravos relacionados à
Hipertensão Arterial Sistemica (HAS) e diabetes mellitus (DM) poderiam ser tratados ainda
na rede básica de saúde. Face ao exposto é que elegemos como população desta pesquisa os
hipertensos e/ou diabéticos (BRASIL, 2001).
A incidencia dessa doença aumenta com a idade. Em torno de 50% dos homens e
mulheres acima dos 50 anos apresentam hipertensão arterial sistémica. Aos 60 anos, essa
porcentagem sobe para 60%, e não para de crescer. São tão comuns os casos de hipertensão
em idosos que, depois de certa idade, È quase normal ter pressão alta (VARELLA, 2009).
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2.1.6 Protocolo Odontologico
Faz parte do exame físico a avaliação dos sinais vitais, e deve ser feita em toda
consulta antes de cada sessão de atendimento, em pacientes que requerem cuidados especiais,
principalmente os portadores de doenças cardiovasculares. Apesar de muitas vezes ser
negligenciada pelos cirurgioes-dentistas, a obtenção de valores relativos ao pulso carotídeo,
frequéncia respiratória, pressão sanguinea arterial e temperatura, com o paciente em repouso,
deve constar do prontuário clínico odontológico (ANDRADE, 2003).
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi desenvolvido na faculdade IDEAU de Getúlio Vargas - Rio Grande
do Sul, A metodologia foi desenvolvida através de pesquisas feitas em sites acadêmicos,
artigos científicos, sites da área da odontologia e livros.
Os artigos obtidos foram encontrados através das estratégias de busca, que tiveram
como palavras-chave “hipertensão na odontologia”.
4 CONCLUSÃO
A hipertensão é uma doença crônica, afeta grande parte da população, não tem cura,
porém pode ser controlada com mudanças de hábitos e medicação.
Uma vez que esta doença afeta grande parte da população, os cirurgiões-dentistas
devem estar preparados para reconhecer os pacientes hipertensos, muito frequentes nos
consultórios odontológicos, através de uma boa anamnese e ferecer um plano de tratamento
adequado e seguro.
O uso de anestésicos cotendo vasoconstritores pode ser seguramente utilizada, desde
que se respeite a dose recomendada.
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A medicação utilizada pelo paciente no controle da pressão deve ser de conhecimento
do cirurgião-dentista para que não ocorram interações medicamentosas indesejáveis
colocando o paciente em situação de risco. Sempre que necessário o médico assistente do
paciente deve ser consultado.
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