O modelo japonês de administração

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Apresentação sobre o modelo japonês de administração e o Sistema Toyota de Produção

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Administração Prof. Adm. Antonio Marcos Montai Messias e-mail: antoniomarcos@outlook.com

Teoria Geral da Administração II 4º Termo do 2º Semestre de 2014

www.funge.com.br

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Sumário

4.3. O Modelo japonês de administração/ Sistema Toyota de

Produção

4.3.1. Sistema Toyota de Produção

4.3.2. Círculos da qualidade

4.3.3. Fatores culturais na administração japonesa

4.3.4. O sucesso do modelo japonês

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O modelo japonês de administração

A escola americana da qualidade, da qual Deming foi uma das figuras marcantes, criou raízes fortes no Japão e influenciou a filosofia de administração japonesa.

Na transição para o século XXI, o modelo japonês tomou-se um modelo universal, e um dos principais pilares que sustentam a competitividade na economia global.

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O Sistema Toyota de Produção é a semente do modelo japonês de

administração.

Sistema Toyota de

Produção

Modelo Japonês de

Administração

Deming

Ford

Taylor e outros da

Administração

Científica

Shewhart

Cultura Japonesa

orientada para o trabalho

de grupo e a economia de

recursos

Origens do modelo japonês de

administração

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Sistema Toyota de Produção

Criado por Eiji Toyada¹ e Taiichi Ohno² (Toyota), o Sistema Toyota de Produção tem como dois princípios mais importantes a:

a) eliminação de desperdícios (Produtividade):

Deu origem à produção enxuta (lean production).

Consiste em fabricar com o máximo de economia de recursos.

a) fabricação com qualidade (Qualidade):

Tem por objetivo primordial produzir sem defeitos (na verdade, também uma forma de eliminar desperdícios).

¹Toyada: http://www.geocities.jp/kazooou6/corolla/eiji-toyoda.jpg

² Ohno: http://totalqualitymanagement.files.wordpress.com/2008/11/taiichi-ohno.jpg

Eiji Toyada¹ Taiichi Ohno²

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Para o bom funcionamento dos dois princípios, o Sistema Toyota depende do comprometimento e envolvimento dos funcionários.

A Administração Participativa, que promove a participação dos funcionários no processo decisório, tornou-se o terceiro elemento.

Sistema Toyota de Produção

Esses elementos levaram a Toyota de empresa insignificante à posição de terceira montadora do mundo.

Elementos do Sistema

Toyota de Produção

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Desperdícios e agregação de valor

Ineficiências

Inevitáveis

Desperdícios

Atividades que criam valor

para o produto ou serviço

• Espera.

• Transporte.

• Deslocamentos.

• Perdas inevitáveis.

• Fabricação de quantidade maior que o necessário.

• Refugos.

• Tempo perdido em consertar erros.

• Estoque.

Realização de operações e atividades de transformação

estritamente ligadas ao produto ou serviço.

Produto ou serviço prestado sem desperdícios tem o máximo de valor agregado ao cliente.

Reduz os custos de produção, sem que o valor do produto aumente para o cliente.

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Eliminação de desperdícios

Just in Time

Racionalização da Força de

Trabalho

Produção Flexível

Eliminação de Desperdícios

Três estratégias para eliminar desperdícios.

O Sistema Toyota aplica três ideias principais para eliminar desperdícios:

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Eliminação de desperdícios (Racionalização da força de trabalho)

Para racionalizar a utilização da mão de obra, a Toyota agrupou os operários em equipes, com um líder ao invés de um supervisor.

O líder trabalhava junto com a equipe e a coordenava.

Esta ideia está na raiz de conceitos de grande importância na moderna administração: manufatura celular, auto gestão e trabalho de equipe.

Fonte: http://www.geocities.ws/robo02ctig/img_manufatura.gif

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Eliminação de desperdícios (Just in time)

O método Just in time (no momento certo ou na hora certa) procura reduzir ao mínimo o tempo de fabricação e o volume de estoques.

Estabelece um fluxo contínuo de materiais sincronizado com o processo produtivo.

Utiliza o cartão Kanban, o sinalizador da movimentação de materiais.

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/_RG0zeFhnhzk/TPT70vZ8nLI/AAAAAAAAAE8/EzvCqmWSctE/s1600/just_in_time.jpg

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Eliminação de desperdícios (Produção flexível)

A produção flexível consiste em fabricar produtos, em geral em pequenos

lotes, de acordo com as encomendas dos clientes.

Fonte: http://www.zamplex.com/zpnovo/wp/wp-content/uploads/2010/07/prod-fordista.jpg

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Fabricação com qualidade

Tem por objetivo primordial identificar e corrigir defeitos e eliminar suas causas,

É também uma forma de eliminar desperdícios, porque, quanto menor a quantidade de refugos e retrabalho, mais eficiente é o sistema produtivo.

Fazer certo da primeira

vez

Utilizar Círculos da

qualidade

Fabricação com Qualidade

Corrigir causas

fundamentais dos

erros

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Fabricação com qualidade (Fazer certo da primeira vez)

Ideia de Deming, esta filosofia torna o trabalhador responsável pela qualidade de seu trabalho.

A Toyota utiliza este princípio desde os anos 50.

Apenas nos anos 90 a indústria ocidental conseguiu eliminar os inspetores de qualidade.

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Fabricação com qualidade (Corrigir causas fundamentais dos erros)

Nesse método, o trabalhador tinha o poder de parar a linha de produção sempre que encontrasse um problema.

Depois, de analisar sistematicamente cada erro até chegar à causa fundamental (Os “cinco por quês” ou 5 whys).

Os problemas caíram, a ponto de a proporção de veículos fabricados na Toyota em relação à produção prevista aproximar-se de 100 por cento.

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Os “cinco por quês” ou 5 whys.

Técnica do 5W2H

Perguntas Problemas Soluções

O quê / What é o problema? vai ser feito? Qual a ação?

Por quê / Why ocorre ? foi definida esta solução?

Quando / When (desde quando) ele

ocorre? será feito?

Onde / Where ele se encontra? será implantada?

Quem / Who está envolvido? será o responsável?

Como / How surgiu o problema? vai ser implementada?

Quanto Custa / How Much ter este problema? esta solução?

Fonte: www.brasilacademico.com/maxpt/links_goto.asp?id=722

Fabricação com qualidade (Corrigir causas fundamentais dos erros)

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Fabricação com qualidade (Círculos da qualidade)

Estudo e proposta de solução de problemas que afetam a qualidade e a eficiência.

A ideia dos círculos qualidade ou círculos de controle da qualidade (CCQ) foi desenvolvida por Kaoru Ishikawa e aplicada na Toyota.

O CCQ é um grupo de voluntários de um mesmo setor que se reúnem regularmente para estudar e propor a solução de problemas que estejam comprometendo a qualidade e a eficiência dos produtos.

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Metodologia dos Círculos da

Qualidade

Essa metodologia consiste em:

1) Identificar os problemas na qualidade que causam prejuízos;

2) Identificar os problemas prioritários;

3) Propor soluções e formas de implementá-las, para corrigir os problemas.

Duas técnicas fazem parte da metodologia: Princípio de Pareto e Diagrama da Espinha de Peixe (Ou Diagrama de Ishikawa).

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Metodologia dos Círculos da

Qualidade

Princípio de Pareto¹: Técnica que permite à empresa selecionar prioridades quando há um grande número de problemas.

¹ Proposto pelo economista Italiano Vilfredo Pareto (1848-1923) , originalmente aplica-se à análise da distribuição de renda: a

menor parte da população tem a maior parte da riqueza.

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Metodologia dos Círculos da

Qualidade

a) Exemplo de aplicação do Princípio de Pareto – as informações das causas e efeitos são dispostas em tabelas, com a participação de cada causa no total de efeitos:

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Metodologia dos Círculos da

Qualidade

b) Exemplo de aplicação do Princípio de Pareto – depois as informações são apresentadas no gráfico de Pareto, que é dividido em classes:

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Metodologia dos Círculos da

Qualidade

Diagrama da Espinha de Peixe: criado por Kaoru Ishikawa é também conhecido como Diagrama de Ishikawa, Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama 4 M ou Diagrama 6 M.

Visa organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema prioritário de qualidade identificado pela análise de Pareto.

Analisam causas relacionadas à(ao):

- Material: matéria prima, ferramentas, etc.

- Método: metodologia de processo;

- Mão de obra: pessoal;

- Máquina: maquinário e equipamentos;

- Medida: medidas tomadas anteriormente (excesso reuniões, etc.)

- Meio ambiente: interno (leiaute) ou externo (poluição).

Diagrama

4 M ou 6 M

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Metodologia dos Círculos da

Qualidade

O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta prática, muito utilizada para realizar análise de causa em avaliação de não conformidades, conforme exemplo abaixo:

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Fatores culturais na administração

japonesa

Combate ao desperdício

País pequeno

Poucos recursos naturais

Espírito de economia e eficiência

Trabalho de grupo

A necessidade de cooperar e o sistema feudal

A Era Meiji (até o final do século XIX)

Processo decisório baseado no consenso

Fonte:

http://static.hsw.com.br/gif/informacoes-

japao-2.gif

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O sucesso do modelo japonês

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CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro:

Campus, 2011.

FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA, M. I. Gestão Empresarial: de Taylor

aos nossos dias. São Paulo: Pioneira, 2001.

MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à

Revolução Digital. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Bibliografia básica

26

AKTOUF, O. Administração entre a tradição e a renovação. São Paulo: Atlas,

1996.

ARAUJO, L. C. G. de. Organização, Sistemas e Métodos e as modernas

ferramentas de gestão organizacional. São Paulo: Atlas, 2000.

BERNARDES, C. Teoria Geral da Administração: a análise integrada das

organizações. São Paulo: Atlas, 1993.

BERNHOEFT, R. Como criar, manter e sair de uma sociedade familiar. São

Paulo: Senac, 1996.

DRUCKER, P. F. Introdução à administração. São Paulo Pioneira, 1998.

OLIVEIRA, D. de P. R. de. Teoria Geral da Administração: uma abordagem

prática. São Paulo: Atlas, 2008.

ROBBINS, S. P. Administração: mudanças e perspectivas. Tradução Cid Knipel

Moreira. São Paulo: Saraiva, 2000.

Bibliografia complementar