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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CAMPUS DE JACAREZINHO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
ARLENE TEREZINHA DIAS DOS SANTOS MITROVINI
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA DOENÇA DE ALZHEIMER
Jacarezinho-Paraná
2014
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA DOENÇA DE ALZHEIMER
Arlene Terezinha Dias dos Santos Mitrovini ¹ Ana Lúcia De Grandi²
RESUMO
A Doença de Alzheimer é considerada a principal causa da demência incurável acima dos 65 anos em comparação com outros tipos de demência. É um distúrbio progressivo e irreversível para o qual não existe nenhuma causa definida, nenhum tratamento definitivo e, até o momento, nenhuma cura previsível. Objetivou-se neste trabalho instrumentalizar os alunos para que tenham à disposição conhecimentos sobre a doença de Alzheimer, permitindo segurança para trabalhar juntos às pessoas possibilitando melhor qualidade de vida e saúde. O projeto de Intervenção escolar foi realizado no Colégio Rui Barbosa de Jacarezinho – PR, no primeiro semestre do Curso Técnico em Enfermagem, disciplina Introdução de Enfermagem. Para a implementação da pesquisa-ação um questionário foi aplicado na fase inicial e final do estudo, em uma amostra de 30 e 23 alunos, respectivamente. No período, questionários, aulas, palestras, teatro, estágios e trabalho de campo foram realizados para agregar conhecimentos bem como a participação do professor do Programa de Desenvolvimento Educacional de Trabalho em Rede. Observou-se que os alunos apresentavam conhecimentos pré-adquiridos sobre o tema em questão, mas havendo melhora após o período de intervenção. Palavras–Chave: Doença de Alzheimer, Cuidados de Enfermagem, Estudantes de
Enfermagem. ______________________ ¹ Enfermeira e docente do Curso Técnico em Enfermagem do Colégio Estadual Rui Barbosa,
Jacarezinho, Paraná com Especialização em Psicopedagogia. ² Enfermeira, Mestre em Enfermagem. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) Campus Luiz Meneghel – Bandeirantes. Paraná.
1 INTRODUÇÃO
Com a melhora das condições de vida e dos cuidados à saúde, a
expectativa de vida tem aumentado continuamente, fazendo crescer o número de
pessoas com doenças degenerativas. Entre estas se encontra um significativo
contingente de pessoas com demência. A demência pode ter diferentes causas e,
invariavelmente, leva à progressiva alteração do comportamento e à dependência para a
realização de atividade do dia a dia (BERTOLUCCI, 2012).
A Doença de Alzheimer é a principal causa de demência. Trata-se de uma
degeneração primária do sistema nervoso central, isto é, uma doença na qual, por razão
ainda desconhecidas, ocorre progressiva atrofia do cérebro. A doença de Alzheimer
caracteriza-se por uma longa evolução – entre 10 e 12 anos em média, entre os primeiros
lapsos e o estágio grave. Enquanto na fase inicial o que se observa é lapso de memória,
com o tempo as dificuldades se acentuam, chegando à dependência mesmo nas
atividades mais simples, como trocar de roupa ou alimentar. A doença de Alzheimer pode
ser dividida em três fases: leve, moderada e grave (BERTOLUCCI, 2012).
Além dos danos emocionais decorrentes da doença, o gasto econômico
também assusta, já que nos Estados Unidos foram gastos anualmente 148 bilhões de
dólares em custos diretos e indiretos ligados a Doença de Alzheimer e outras doenças
relacionadas. Embora a maioria dos pacientes com demência continue a viver em um
ambiente familiar amparado por amigos, parentes e serviços comunitários, atualmente
ocupam quase 67% dos leitos de casa de repouso e mais de 52% dos leitos atendidos por
serviços médico domiciliares. Sessenta mil mortes por ano são diretamente atribuíveis à
demência; aproximadamente 10% das mortes de homens acima de 65 anos e 15% das
mulheres com idade similar (MOONEY, 2011).
Uma vez que a população acima de 85 anos tende a duplicar, a Doença
de Alzheimer pode muito bem ser chamada a doença do século XXI.
Segundo Mooney (2011), a Doença de Alzheimer também foi descrita na
literatura por cuidadores como “Funeral que nunca acaba”, “pesadelo do qual nunca
acorda”, “outro nome para loucura”, “epidemia silenciosa”, “lenta morte da mente”. Um dos
livros mais populares e práticos já escritos sobre o assunto, intitulado The 36-Hour Day [O
dia de 36 horas], reflete a realidade da vida da maioria dos cuidadores.
Realmente, cuidar de alguém acometido pela Doença de Alzheimer
requer mais de sete dias por semana, vinte quatro horas por dia, sessenta minutos por
horas; as dificuldades inerentes ao trabalho de cuidar são todas reais demais.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Dr. Alois Alzheimer
2.1 Doença de Alzheimer
A origem do termo “Mal de Alzheimer” deu-se em 1901, quando o
doutor Alzheimer iniciou o acompanhamento do caso da Senhora Augusta admitida em
seu hospital. Em 1906, durante o 37º Congresso do Sudoeste da Alemanha de Psiquiatria
na cidade de Tubingen, Dr. Alzheimer faz sua conferência, com o título “SOBRE UMA
ENFERMIDADE ESPECIAL DO CORTEX CEREBRAL”. Relata o caso de sua paciente e
o define como uma patologia neurológica, não reconhecida, que cursa com demência,
destacando os sintomas de déficit de memória, de alterações de comportamento, de
incapacidade para as atividades rotineiras. Relatou mais tarde os achados de anatomia
patológica desta enfermidade, que seriam as placas senis e os novelos neurofibrilares. Dr.
Emil Kraepelin, na edição de 1910 de seu “Manual de Psiquiatria”, descreveu os achados
de Dr. Alzheimer, cunhando esta patologia com seu nome, sem saber da importância que
esta doença teria no futuro (BORGES, 2011).
Segundo Mooney (2011), a Sra. Augusta era uma dona de casa meia-
idade que passara por profunda perda da memória, déficits de linguagem, desorientação,
confusão, depressão, insônia, paranoia e alucinações. Ela era paciente dele, que morreu
em um hospital em Frankfurt, aos 55 anos de idade. Depois da morte dela, o Dr.
Alzheimer, que trabalhava na escola médica em Munique, apresentou os resultados de
um exame post mortem.
A Doença de Alzheimer é um distúrbio ou demência cerebral
progressivo e irreversível para o qual não existe nenhuma causa definida, nenhum
tratamento definitivo e, até o momento, nenhuma cura previsível. A palavra demência
significa perda do juízo ou privação da mente. As doenças ligadas à demência são
resultado de um ou mais processos doentios que alteram drasticamente o comportamento
das pessoas e gradualmente arruínam suas vidas e as vidas de famílias inteiras
(MOONEY, 2011).
Mooney (2011) refere que a Doença de Alzheimer é mais especificamente
chamada de demência pré-senil ou demência senil do tipo mal de Alzheimer, dependendo
da idade do início da doença. A primeira geralmente ocorre antes dos 65 anos e a
segunda, após esta idade.
Como descrito por Borges (2011), existem várias teorias que procuram
explicar a causa da Doença de Alzheimer, mas nenhuma delas está provada.
Destacamos: IDADE: quanto mais avançada à idade, maior a porcentagem de idosos com
demência. Aos 65 anos, a cifra é de 2-3% dos idosos, chegando a 40% quando se chega
acima de 85-90 anos; IDADE MATERNA: filhos que nasceram de mães com mais de 40
anos, podem ter maior tendência a problemas com demências na terceira idade;
HERANÇA GENÉTICA: já se aceita, mais concretamente, que seja uma doença
geneticamente determinada, não necessariamente hereditária; TRAUMATISMO
CRANIANO: nota-se que idosos que sofreram traumatismos cranianos mais sérios,
podem futuramente desenvolver demência, mas não está provado; ESCOLARIDADE:
talvez, uma das razões do grande crescimento das demências, nos países mais pobres.
O nível de escolaridade pode influir na tendência a ter Alzheimer; TEORIA TÓXICA:
principalmente pela contaminação pelo alumínio, mas nada provado.
Os pesquisadores há muito estudam a proteína beta-amiloide,
substância viscosa que se acumula no cérebro de quem tem a Doença de Alzheimer,
formando placas características da doença. A pesquisa recente sugere que essa
proteína também produza radicais livres ou moléculas com um número atípico de
elétrons que, por sua vez, são conhecidos como causadores de dano celular ou morte
das células. Recentemente, pesquisadores britânicos e dos EUA introduziram um
pedaço adaptado da enzima amilóide-β (ABAD) nas células nervosas de camundongos
e notaram que as células cerebrais injetadas com ABAD não foram danificadas pela
beta-amiloide do mesmo modo que outras células cerebrais (MOONEY, 2011).
No caso de perda de memória e confusão, há sempre a necessidade de
se ter um exame diagnóstico completo, assim que possível. Isso é essencial,
independente de a confusão ser moderada ou grave, e de qual for a idade da pessoa. O
exame deve incluir um histórico e check-up completos, vários testes de sangue e
avaliação neurológica, psicológica e psiquiátrica. (BRASIL,2002a).
Para Mooney (2011), o diagnóstico de Alzheimer é um processo
trabalhoso de eliminação e exclusão. Em geral, uma única consulta médica e um único
teste não são suficientes. O diagnóstico é difícil. O curso do processo da doença varia
enormemente de pessoa a pessoa e há sempre um grau de incerteza.
O diagnóstico positivo de Doença de Alzheimer faz-se em duas fases:
primeiro o da síndrome demência; e, em seguida, o da doença. No início, trata-se, na
maioria dos casos, de uma crise amnésia que raramente é formulada pela pessoa, mas,
em regra, pelos que o rodeiam. Geralmente são queixas em relação ao trabalho, como
diminuição no desempenho, sendo esse episódio verificado pelos colegas de trabalho,
podendo ocorrer repetição de erros que não lhe eram habituais. Em relação às donas de
casa, serão os filhos ou conjugues que referirão os esquecimentos e os erros, cada vez
mais frequentes na forma cotidiana (TOUCHON; PORTET, 2002 apud SILVA 2007).
De acordo com Bertolucci (2012), o diagnóstico de Alzheimer não é
realizado com a pessoa em vida. O tecido cerebral utilizado para exame conformativo é
obtido por necropsia ou biópsia cerebral, que por ser invasivo, não é utilizado na rotina.
De acordo com Lopes (2006) a demência de Alzheimer apresenta três
estágios evolutivos com características clínicas e de exames.
No estágio 1 ou início (pré-clínica), a pessoa apresenta déficit cognitivo leve (1 a 3 anos de evolução); dificuldade para novas memórias discretamente acometida; desorientação topográfica, construções complexas pobres; distúrbios da evocação, anomia discreta, perífrases e linguagem; no comportamento há indiferença, irritabilidade ocasional. No exame de Ressonância Nuclear Magnética (RNM), identifica-se atrofia das estruturas mesotemporais e hipocampos e na Tomografia por Emissão de Pósitrons (PETIS/PECT), hipoperfusão/hipometabolismo parietal posterior bilateral. No estágio 2 ou moderado (2 a 10 anos de evolução), a capacidade da memória recente e remota está mais intensamente implicada; desorientação espacial; construções pobres, na linguagem, afasia flutuante, anomia, déficit de compreensão, dificuldade para iniciar conversão, o comportamento com indiferença ou irritabilidade; o sistema motor apresenta-se inquieto, calmo; no Eletroencefalograma (EEG) identifica-se lentificação do ritmo de base e na Tomografia Computadorizada (TC) e na Ressonância Nuclear Magnética (RNM) normal ou com dilatação ventricular com alargamento dos sucos corticais; Tomografia por Emissão de Pósitrons (PETIS/PECT), hipoperfusão/hipometaboismo tempoparietal (pode ser unilateral). No estágio 3 ou avançado (8 a 12 anos de evolução) a funções cognitivas estão intensamente deterioradas; na fala ecolia, palilalia, logoclonia, disartria; o sistema motor com rigidez de membros, postura em flexão, incontinência urinária e fecal. Nos exames o EEC, difusamente lentificado; TC e RNM dilatação ventricular e alargamento dos sulcos (atrofia), PETIS/PECT hipometabolismo/hipoperfusão
frontal, e tempoparietal bilateral (LOPES, 2006).
A avaliação neuropsicológica detalhada é altamente importante
principalmente nos estágios iniciais da demência, onde testes superficiais podem
apresentar resultados normais ou limítrofes. A avaliação cognitiva inicia-se com testes de
rastreio, como o mini-exame do estado mental (MEEM), e complementada por testes que
avaliam diferentes componentes do funcionamento cognitivo, como testes de memória,
atenção, linguagem, funções executivas, funções visuo-perceptivas, habilidades
construtivas, entre outros. Diversas escalas e questionários podem ser utilizados para a
avaliação do desempenho em atividades da vida diária do paciente, sendo aplicados tanto
ao paciente quanto aos familiares e cuidadores (CARAMELLI; BARBOSA, 2002; NITRINI
et al., 2005)
Nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer, ocorrem o esquecimento e
a perda de memória sutil. O paciente pode experimentar pequenas dificuldades nas
atividades de trabalho ou social, mas apresenta função cognitiva adequada para ocultar a
perda e pode funcionar de modo independente. A depressão pode ocorrer nesse
momento com a progressão adicional da doença, os déficits não podem ser disfarçados.
O esquecimento manifesta-se em muitas ações diárias. Esses pacientes podem perder
sua capacidade de reconhecer rostos familiares, locais e objetos, podendo ficar perdidos
em um ambiente familiar (SMELTZER; BARE, 2006).
Embora não haja até agora tratamento específico para a cura da
demência do tipo Alzheimer, existem abordagens terapêuticas que, associadas, produzem
efeitos benéficos; a abordagem medicamentosa (tratamento farmacológico sintomático e
tratamento dos sintomas neuropsiquiátricos não cognitivos) e a abordagem social
(tratamento não farmacológico com pacientes, familiares e cuidadores) (MACHADO, 2006
apud COSTAS; SILVA; SOBRINHO, 2008).
Segundo Costas, Silva e Sobrinho (2008), o tratamento disponível
atualmente tem sua estratégia terapêutica alicerçada em três pilares: melhorar a
cognição, adiar a evolução e tratar os sintomas e as alterações de comportamento.
O tratamento conforme, Borges (2011), é dividido em duas frentes de
tratamento, além dos cuidados de enfermagem:
1- Tratamento dos distúrbios de comportamento: para controlar a
confusão, a agressividade e a depressão, muito comum nos idosos com demência.
Algumas vezes, só com remédios do tipo calmante e antipsicóticos podem ser difíceis de
controlar. Assim, temos outros recursos não medicamentosos, para haver um melhor
controle da situação. Um dos melhores recursos são as dicas descritas no Manual do
Cuidador - CONVIVENDO COM ALZHEIMER (BERTOLUCCI, 2012), em que se mostra
como agir perante aos mais diferentes tipos de comportamento que o idoso pode ter, no
período da agitação.
2- Tratamento específico: dirigido para tentar melhorar o déficit de
memória, corrigindo o desequilíbrio químico do cérebro. Drogas como a rivastigmina,
donepezil, galantamina, entre outras, podem funcionar melhor no início da doença, até a
fase intermediária. Porém, seu efeito pode ser temporário, pois a Doença de Alzheimer
continua, infelizmente, progredindo. Estas drogas possuem efeitos colaterais
(principalmente gástrico) que podem inviabilizar o seu uso. Também, somente uma
parcela dos idosos melhora efetivamente com o uso destas drogas chamadas
anticolinesterásicos, ou seja, não resolve em todos os casos. Outra droga, recentemente
lançada, é a memantina, que atua diferente dos anticolinesterásicos. A memantina é um
antagonista não competitivo dos receptores N-metil D-Aspartato (NMDA) do glutamato. É
mais usado na fase intermediária para avançada, melhorando, em alguns casos, a
dependência da pessoa para tarefas do dia-a-dia.
3- Tratamento de Enfermagem: as prescrições de enfermagem destinam-
se à manutenção da segurança física do paciente; a reeducação da ansiedade e a
agitação; à melhoria da comunicação; à promoção da independência nas atividades de
auto cuidados; a provisão para as necessidades do paciente para socialização, auto-
estima e intimidade; à manutenção da nutrição adequada; ao controle os distúrbios do
padrão de sono; e à sustentação e educação dos cuidadores familiares. Quando a
enfermeira pode fornecer apoio, os adultos idosos são capazes de manter níveis mais
elevados da saúde percebida e real (SMELTZER; BARE, 2006).
2.2 Cuidados de Enfermagem na Doença de Alzheimer
O papel do técnico é muito importante para a pessoa com Doença de
Alzheimer, pois este profissional deve ser alguém preparado para realizar diversos
procedimentos, que apresente uma postura ética e busque constantemente humanizar o
atendimento ao paciente e a família.
Além de aprender procedimentos técnicos, o técnico de enfermagem
também aprende a agir segundo os pressupostos éticos expressos no Código de Ética do
Profissional de Enfermagem, por exemplo, resguardando a intimidade do paciente em
procedimentos que o exponha, mantendo sigilo quanto a informações referentes ao
paciente, agindo com respeito, competência e integridade. Isto é essencial, pois este
profissional pode vir a trabalhar no domicílio do idoso e assim ter um contato direto não
apenas com a privacidade do paciente, como também na intimidade de toda a família, o
que não pode ser repassado a outras pessoas (MIRANDA, 2010).
Age de maneira humanizada buscando não atender não apenas o órgão
do idoso que está doente, mas o ser humano como um todo, tratando-o pelo nome não
infantilizando-o, sendo cuidadoso, agindo para diminuir seu sofrimento e melhorar sua
qualidade de vida, sendo criativo para atender às necessidades e lidar com seus
devaneios. No trato com a família também é necessário ser muito humano, lembrando-se
sempre que problemas de saúde podem afastar os membros, causar estresse e
sofrimento entre os familiares do paciente (MIRANDA, 2010).
Conhecendo o nível de dependência do idoso com Doença de Alzheimer,
nas diversas fases, o enfermeiro poderá preparar o idoso e a família para a progressão da
doença, desenvolvendo estratégias apropriadas para o cuidado.
A modalidade de cuidados e o tipo de assistência variam individualmente
para cada pessoa com Alzheimer, pois depende do seu estágio da doença, seu grau de
autonomia, comprometimento físico e/ou cognitivo e de seu grau de dependência.
Um idoso em piores condições de saúde pode necessitar de ajuda até
mesmo para a satisfação de suas necessidades fisiológicas, como alimentar-se, cuidar de
sua higiene, vestir-se de acordo com a temperatura ambiente entre outras necessidades.
Fica claro que em alguns casos, o cuidador pode não ser suficiente para a manutenção
da qualidade de vida da pessoa. Nestes casos, o profissional da enfermagem,
especialmente o técnico de enfermagem especializado no cuidado com pessoas com
Doença de Alzheimer, pode ser um importante e necessário diferencial.
3. MATERIAL E MÉTODO
A implementação deste projeto foi configurada em forma de pesquisa-
ação. Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou
problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 2002)
Ocorreu no período de fevereiro a julho do ano de dois mil e quatorze, no Colégio
Estadual Rui Barbosa.
O objetivo da pesquisa-ação foi investigar o grau de conhecimento que os
alunos possuem sobre a Doença de Alzheimer, a partir de prévias informações e
posteriormente às aulas administradas.
O projeto de intervenção na escola foi apresentada à Comunidade
Escolar, durante a semana Pedagógica, sendo implementada no 1º semestre de 2014
com a turma dos primeiros semestres “b” do curso Técnico de Enfermagem, disciplina
Introdução de Enfermagem, no Colégio Estadual Rui Barbosa, Ensino Fundamental Médio
e Profissionalizante, no município de Jacarezinho – Paraná. A turma para as aulas
teóricas foi composta por 30 alunos e para estágio supervisionado no asilo Araci Barbosa
de Andirá, com oito alunos.
O primeiro questionário foi aplicado durante a apresentação do projeto,
em sala de aula. O público alvo foram 30 alunos, cujos perfis são 29 do sexo feminino e
um do sexo masculino; 23 alunos com idade entre 18 – 28 anos, seis alunos entre 29 – 38
anos, e um aluno com idade entre 39 – 52 anos, observando que a escolaridade de todos
é Ensino Médio. No segundo questionário, do universo anterior, sete alunos deixaram de
responder por não estarem presentes na data aplicada.
O momento de preparação do material foi importante e dedicado a
escolha dos slides, textos, filmes e apostilas, que norteariam o projeto.
Durante a implementação das aulas, os alunos responderam um
questionário sobre o conhecimento prévio que eles tinham sobre a Doença de Alzheimer,
com questões abertas. Na sequência, as aulas foram divididas por temas sobre a
patologia e os cuidados de enfermagem nas diversas fases da Doença de Alzheimer,
utilizando-se recursos como projetor multimídia, textos, apostilas, filmes, uma palestra
cujo tema foi a humanização do idoso com Alzheimer.
Para a atividade prática, os alunos vivenciaram com pessoas com
Alzheimer no asilo de Andirá, nas diversas fases da doença.
Foi disponibilizado para os alunos um material didático (Unidade
Temática), com todo o conteúdo proposto, além de uma apostila produzida pela
professora-pequisadora, a qual continha a definição da doença de Alzheimer e os
cuidados de enfermagem.
Na semana de enfermagem, foi apresentada uma peça teatral elaborada
e executada pelos alunos, com o tema “Doença de Alzheimer”, para a comunidade
escolar.
Paralelamente à implementação do Projeto de Intervenção na Escola,
como requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional, foi realizado via ambiente
virtual de aprendizagem Moodle, o Grupo de Trabalho em Rede (GTR), criando
oportunidade de realização de debates com participação de professores integrantes de
vários núcleos da rede de ensino do estado do Paraná, sendo a maioria, docentes e
enfermeiros, contribuindo para a socialização e contextualização dos conhecimentos, bem
como a troca de experiência.
Nas interações, observou-se o interesse dos professores de como
trabalhar com os alunos nos cuidados com pessoas com Doença de Alzheimer, o
despreparo e a dificuldade de encontros profissionais capacitados. Evidenciou-se ainda
entre os participantes, a necessidade da interação da família, na vida da pessoa com
Alzheimer que necessita de cuidados especiais.
Ao final de 64 horas de implementação deste projeto, o mesmo
questionário foi aplicado à turma de alunos que participaram da intervenção, com o
objetivo de verificar se houve mudança significativa no conhecimento agora sistematizado
sobre os cuidados de enfermagem com a pessoa com Doença de Alzheimer.
Foi muito valiosa esta implementação do Projeto de Intervenção
Pedagógica na escola, pois além do enriquecimento pessoal, foi levado aos alunos um
estudo aprofundado acerca da Doença de Alzheimer, podendo auxiliar os alunos para
melhor desempenho na prática de enfermagem, como cuidador.
4. RESULTADO E DISCUSSÃO
Participaram do estudo no primeiro questionário 30 alunos e no
segundo, após a implementação do Projeto de intervenção na Escolar, 23 alunos.
No primeiro questionário a primeira pergunta questionou os alunos se
saberiam conceituar a Doença de Alzheimer. Dezoito alunos responderão não, nove
esquecimento, afeta a memória e três alunos não responderam.
O termo doença de Alzheimer em sentido amplo corresponde a uma
síndrome clínica caracterizada pela alteração progressiva e irreversível das funções
cognitivas, acompanhada de modificações neuro-histológicas particulares,
compreendendo degeneração neurofibrilar e placas senis. Esta afecção pode se exprimir
clinicamente antes e depois do 65 anos (MAGNIÉ; THOMAS, 1998).
Na questão em que deveriam demonstrar se conhecem a causa da
doença de Alzheimer, 26 alunos não sabiam, dois alunos responderam neurológico, um
aluno respondeu envelhecimento, e um aluno, genético.
Segundo Hartman e Lucchese (2012), as teorias sobre a causa da
Doença de Alzheimer são: Teoria genética, Teoria Microbiana, Teoria do envelhecimento,
de trauma, Teoria da estimulação, autoimune.
Voltado aos alunos o conhecimento dos sinais/sintomas, 21 alunos
perda da memória, dois alunos responderam confusão mental e cinco alunos não
responderam.
Fato da perda de memória ter sido o sintoma mais citado quando
relacionado a essa doença pode ser um reflexo deste, em particular, ser um dos mais
destacados pela mídia, assim como propagado pelo conhecimento popular.
Sobre a idade afetada na doença de Alzheimer, 11 alunos
responderam após os 60 anos, 10 alunos não sabem, dois alunos a partir dos 80 anos,
dois alunos que a Doença de Alzheimer não tem idade para iniciar, e seis alunos
responderam os idosos.
De acordo com Magnié e Thomas (1998), esta afecção pode se
exprimir clinicamente antes e depois do 65 anos.
Foram perguntados aos discentes se eles conheciam alguém com
doença de Alzheimer e, dos 30 participantes deste estudo, 21 afirmaram não conhecer
pessoas com Alzheimer e nove responderam que conhecem.
Buscou-se também nesta pesquisa saber qual grau de parentescos
das pessoas com Alzheimer com os alunos que afirmaram conhecer estas pessoas. O
resultado foi distribuído nos seguintes números: três alunos referiram ser tio, dois avós,
quatro outros. Destaca-se que o grau de parentesco relacionado como “outros” inclui não
só familiares, mas vizinhos e amigos ou mesmo conhecidos dos participantes.
Segundo Cayton et al (2000) a maioria dos casos de Alzheimer não é
geneticamente transmitido. Se um membro da família apresenta uma forma não genética
da doença, o risco para parentes próximos torna-se três vezes maior do que pessoas para
uma pessoa da mesma idade que não tenham antecedentes familiares da doença. Ainda
segundo o mesmo autor, a forma hereditária da doença é muito rara e desenvolve-se
numa faixa etária de 35 a 60 anos, tendendo a se desenvolver dentro da mesma idade da
família.
A questão com relação ao conhecimento dos alunos quanto ao exame
para identificar a doença de Alzheimer, 27 alunos não tinham conhecimento, um aluno
respondeu exame neurológico e dois alunos responderam tomografia computadorizada e
ressonância magnética.
Segundo Bertolucci (2012), não existe hoje um exame que mostre
alterações específicas para essa doença, excluindo, é claro, o exame de tecido cerebral,
que é obtido por necropsia ou biopsia cerebral, que por ser invasivo, não é utilizado na
rotina.
No quesito tratamento para Doença de Alzheimer, 28 alunos não sabiam
responder, um aluno respondeu fisioterapia, e um aluno medicamento.
Para Costas, Silva e Sobrinho (2008), o tratamento disponível atualmente
tem sua estratégia terapêutica alicerçado em três pilares: melhor cognição, adiar a
evolução e tratar os sintomas e as alterações de comportamento.
Medidas de prevenção da Doença de Alzheimer também foram abordadas
nesta pesquisa. Assim, os alunos foram avaliados sobre seu conhecimento acerca destas.
O resultado obtido foi que 27 alunos não sabiam responder e três alunos responderam
exercitando a mente.
De fato, até o presente momento não existe nenhuma medida preventiva
para a doença de Alzheimer. Segundo Pena (2010), uma medida preventiva que
permitisse adiar o desenvolvimento da doença em apenas um ano reduziria a prevalência
no mundo em milhões de casos. Assim, estratégias preditivas e preventivas da Doença de
Alzheimer são urgentemente necessárias para evitar o sofrimento das pessoas e das
famílias.
A questão se uma pessoa com Alzheimer pode continuar a viver sozinha,
28 alunos responderam que não e dois alunos não responderam.
Segundo Hartmann e Lucchese (2012) não, pois estará exposta a um
grande risco de higiene malfeita, quedas, perambular pelas ruas, perde-se no caminho de
casa, usar indevidamente a medicação, usar roupas inadequadas.
Na última questão, se teve acesso a informação sobre Alzheimer, 21
alunos responderam que não, um aluno respondeu que já ouviu falar, três alunos pela
televisão e/ou no posto de saúde e três não respondeu.
Em seguido momento, após a Implementação do Projeto de Intervenção
na Escola, o mesmo questionário foi aplicado a fim de estudo comparativo, e quando
questionados sobre se conhecia pessoas com Doença de Alzheimer, encontrou-se agora
10 alunos responderam sim e 13 alunos não.
Se sua resposta for positivo, indique quantas pessoas conhecem e o
grau de parentesco, avós (2), tios (3) e outros.
Tabela 1. Se positiva a resposta, quantas pessoas conhece e grau de parentesco.
AVÓS TIOS OUTROS
QUESTIONÁRIO 1 02 03 04
QUESTIONÁRIO 2 02 04 03
Fonte: Mitrovini (2014)
Na questão sobre o sinais e sintomas da Doença Alzheimer, as respostas
foram, esquecimento (13 citações), perda da memória (10 citações), perda da memória
recente no início (4 citações), mudança de comportamento com a perda de memória (10
citações), perda da identidade (2 citações). Analisando os resultados, percebeu-se que a
perda da memória foi o que predominou na resposta.
Sobre se conhece algum exame para detectar Doença de Alzheimer, após
a Implementação do Projeto de Intervenção na Escola, os alunos mostraram conhecer
necropsia pós–morte e a biopsia, sendo o exame conformativo (23 citações), tomografia e
ressonância magnética (05 citações) e mini-exame do estado mental (02 citações) e dois
alunos não responderam.
Sobre o conhecimento de tratamento para a doença de Alzheimer,
encontrou-se as seguintes respostas: tratamento paliativo (4); medicamentos para o
controle da situação aos estágios (15), muito amor e carinho (03), não tem tratamento
(02).
Em relação às medidas de prevenção da Doença de Alzheimer, abordado
no 2º questionário as respostas obtidas foram: não existe nenhuma medida preventiva
para a Doença de Alzheimer, 19 alunos responderam, exercitar a memória e atividade
física, dois alunos responderam, leitura, dois alunos. Analisando os resultados, percebeu-
se que os alunos consideram que não tem meios para prevenir o Alzheimer,
Perguntou-se aos alunos também se a idade que afeta essa doença,
quanto ao questionário comparativo podemos visualizar melhor na tabela 2 abaixo:
Tabela 2: Idade que afeta a Doença de Alzheimer
Não sabe A partir dos 60 anos
A partir dos 80 anos
Acima de 65 anos
Questionário 1
12 06 03 02
Questionário 2
03 01 0 17
Fonte: Mitrovini (2014)
Os alunos foram questionados se uma pessoa com a Doença de
Alzheimer pode viver sozinho e todos responderam que não, que precisa do apoio da
família e de um cuidador.
A última pergunta do questionário em comparação com o primeiro
questionário e o aluno teve acesso à informação da Doença de Alzheimer e, se teve,
onde.
No projeto, 23 alunos citaram vídeos, apostilas, internet, filmes (18
citações). Ressalta que esses filmes e vídeos, foram abordados durante a implementação
do projeto, e muitas pesquisas através da internet.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os dados coletados nos questionários observou-se que no
momento anterior a intervenção os alunos possuem um conhecimento limitado sobre a
temática em questão. Reconhecem, na maioria das vezes, sinais e sintomas
característicos, mas desconhecem aspectos relacionados ao manejo da doença.
Após o Projeto de Implementação na Escola a análise dos resultados
observou-se que os futuros profissionais de enfermagem tinham conhecimento prévio
sobre a Doença de Alzheimer, seja pelos meios de comunicação que a divulgam, seja
pelo fato de que na própria família há membros com essa doença. Ressalta-se que a
maioria dos alunos conheciam sobre fatores de risco, tratamento e prevenção.
O estudo, além de propiciar uma reflexão sobre a evolução da doença,
alertou para a importância do profissional técnico de enfermagem em aprofundar
conhecimento na especialidade da assistência à pessoa com doença de Alzheimer, para
melhor qualificar a sua atuação e conscientizar-se que a formação generalista é insipiente
para esse tipo de cuidado.
A socialização e contextualização dos conhecimentos adquiridos
observados nos dados coletados do segundo questionário contribuíram para elevar os
níveis de conhecimento de forma significativa, principalmente nos cuidados para a
Doença de Alzheimer.
O processo ensino-aprendizagem, seja ele entre professor versus alunos
ou profissionais ou profissionais versus usuários, é uma atividade que requer
envolvimento e comprometimento do educador, do educando e do próprio usuário do
sistema de saúde, para o resultado desejado com mudanças, comportamento. Enfatizar a
Educação em Saúde fortaleceu o conhecimento para adoção de medidas que beneficiem
tanto os usuários do sistema de saúde, bem como os próprios profissionais de saúde,
conscientizando de sua importância e comprometimento dentro de uma equipe
multiprofissional.
Dessa forma, o Projeto de Intervenção na Escola vem elevar o nível de
conhecimento dos enfermeiros-docentes na construção de uma pedagogia ética e
transformadora, promotora de autonomia com responsabilidade, bem como contribui para
o aprendizado mais significativo e desenvolvimento de uma postura mais crítica e
reflexiva por parte dos alunos, na formação de cidadão e profissionais competentes na
efetivação dos cuidados com pessoas com Doença de Alzheimer.
Portanto, capacitar os alunos aliando a teoria com a prática, eleva o
conhecimento de quem ensina e de quem aprende: divulgar o trabalho multidisciplinar
acerca da pessoa com Doença de Alzheimer com palestras, contribuindo para
conscientizar os futuros profissionais da importância de implementar um trabalho de
qualidade independente de onde se encontra a pessoa com Alzheimer: em casa como
membro de sua família, nos centros de saúdes e hospitais, asilos.
É importante discutir e analisar cada sugestão, construindo
sistematicamente o processo de ensino aprendizagem, possibilitando, vivências e
experiências com o envolvimento dos educandos, professores colegas de trabalho e
pacientes.
As atividades possibilitam não só a aprendizagem de nossos
conhecimentos, mas também envolveram os educandos com sua realidade, suas
experiências e saberes preexistentes.
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