OXIGENOTERAPIA X PÉ DIABÉTICO

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Oxigenoterapia Hiperbárica como Tratamento Adjuvante na

Cicatrização de Feridas

PÉ DIABÉTICO

Dados Número de Diabéticos aumentando pelo

crescimento da população e envelhecimento da mesma;

16 milhões da pessoas apresentam DM ( 1 em cada 16 habitantes) e 5,4 milhões não sabem que portam a doença;

A cada minuto no mundo são realizadas duas amputações em pacientes diabéticos;

Diabetes tipo 2 – Estatística Mundial

1985 – 30 milhões

1995 - 150 milhões

2011 – 250 milhões

2025 – 380 milhões

Diabetes Mellitus Grave problema social e patológico. Mortalidade prematura. Arteriosclerose (IAM, AVC, DAOCP). Retinopatia diabética. Patologia renal. Má qualidade de vida. Incapacitação funcional. Custo elevado no controle e tratamento. 7,6% pop.urbana brasileira (30 e 69 anos). 50% desconhecem o diagnóstico. 24% não fazem qualquer tipo de tratamento. 40% Amputações são em diabéticos.

"Pé Diabético" é a infecção, ulceração

e/ou destruição de tecidos profundos

associados com anormalidades

neurológicas e vários graus de doença

vascular periférica no membro inferior.”

PÉ DIABÉTICO : Conceito

Complicação diabética crônica caracterizada por lesões nos pés, refere-se a lesões encontradas nos pés dos pacientes diabéticos que vão desde simples calosidades a quadros necro-supurativos de grande gravidade, resultante principalmente de neuropatia e microangiopatia diabética.

(Mayall 1987, Ciro et al. 1997, Luccia 2003, Carvalho et al. 2004, Dinh & Veves

Fisiopatologia

Neuropatia Vasculopatia Traumatismo Infecção

Ao examinar os pés de um paciente diabético e notar:

Alteração de sensibilidade da pele; Presença de hiperemia; Hipertermia; Edema; Deformidades; Calos; Ulcerações com ou sem secreção ou

gangrena;

PÉ DIABÉTICO

Gera grande impacto social e econômico pela incapacitação para o trabalho e gastos com tratamento.

O tratamento visa o controle das doenças de base, infecção e curativos de suas lesões.

A prevenção deve ser estimulada face às complicações da doença.

Paciente com úlcera

infectada em pacientes diabéticos

Infectologista e/ou

Hiperbarista

Vascular e/ou Ortopedista

Cirurgião Plástico

Estomaterapia

Nutrologia

Multidisciplinaridade

Ramo da Medicina Hiperbárica, sendo uma modalidade terapêutica na qual é ofertado/respirado Oxigênio a 100% no interior de uma Câmara Hiperbárica, em pressões acima do nível do mar.

Revisão UHMS – 2008Comitê de Oxigênio Hiperbárico da Undersea Hyperbaric Medical Society :

Pressão de trabalho dentro da câmara igual ou superior a 2.4 ATA.

Oxigenoterapia Hiperbárica

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Oxigênio Tópico

• Não reconhecido pelo Medicare ou qualquer outro tipo de seguro de saúde;

• Não reconhecido como uma droga pelo FDA;

• Nenhuma base cientifica para o tratamento

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LEI DOS GASES

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1º EFEITOMECÂNICO/VOLUMÉTRICO E SOLUMÉTRICO

1. LEIS DA FÍSICA DOS GASES:

LE

I DE

C

HA

RL

ES

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I DE

HE

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Y

LE

I DE

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E –

M

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IOT

TE

DA

LTO

NEFEITO DIRETO NO TAMANHO

DA BOLHARESTAURA A CIRCULAÇÃO

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LEI DE BOYLE

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LEI DE BOYLELEI DE BOYLE

P X V = KP X V = K

1 ATA X 6 LTS = 6

2 ATA X V = 6 V = 3 LTS

3 ATA X V = 6 V = 2 LTS

SUPERFÍCIE

10 METROS

20 METROS

Lei de Henry

A quantidade de um gás que se dissolve em um meio líquido, é diretamente proporcional à pressão exercida por este gás sobre este líquido. A pressão dentro da garrafa , que era

grande, diminui ao contato com a atmosfera e o gás, fisicamente dissolvido, desprende-se.

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A DISSOLUÇÃO DO OXIGÊNIO NO PLASMA COMO

CONSEQUÊNCIA DA ELEVAÇÃO DA PRESSÃO AMBIENTE

Diminuição do fornecimento adequado de O2 leva a declínio das funções metabólicas e morte celular.

Oxigenoterapia Hiperbárica

Oxigenoterapia Hiperbárica

Condições de hipóxia:

• Trauma

• Infecção

• Diminuição do suprimento arterial;

• Feridas Crônicas.

Fatores comuns nas úlceras crônicas:

Oxigenoterapia Hiperbárica

• Hipóxia tecidual

• Deficiência na produção de fator de crescimento

• Alterações metabólicas

• Infecção

• Oxigenoterapia Hiperbárica

O tratamento é feito em sessões diárias de 90 a 120 minutos;

Podem ser utilizadas câmaras monopaciente ou multipacientes;

As indicações são reconhecidas pela Sociedade Americana de Medicina Hiperbárica e Comitê Europeu de Medicina Hiperbárica

Janeiro/2010 – 08/06/2010 – Novo Rol da ANS

Oxigenoterapia Hiperbárica

Diminuição do tempo da antibioticoterapia;Recuperação mais rápida dos tecidos

comprometidos;Diminuição da mutilação;Diminuição do tempo de cicatrização; Melhora da qualidade do tecido cicatricial; Diminuição da reação inflamatória; Diminuição do número de intervenções

cirúrgicas;Diminuição dos custos do tratamento.

Lesões refratárias: úlceras de pele, pé diabético, escaras de decúbito, úlceras por vasculites auto-imunes, deiscências de sutura

M.S., 65 anos, DM

117 S

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Alta

FAZ, HOMEM, 72ª, DIABÉTICO COM MAL PERFURANTE PLANTAR COM 6 m DE EVOLUÇÃO EVOLUINDO PARA OSTEOMIELITE EM FALANGES. DEBRIDADO E FEITO ANTIBIOTICO POR 40 DIAS. INDICADO AMPUTAÇÃO DO DEDO RECUSADO PELO PACIENTE. ENCAMINHADO A OHB.

REALIZADO DEBRIDAMENTO AMPLO COM RESECÃO ÓSSSEA EXTENSA. CRESCIMENTO DE STAFILOCOCCUS. INICIADO CIPROFLOXACINA E CLINDAMICINA POR 60 DIAS.

NA 12ª SESSÕES DE OHB MAL CHEIRO E SECREÇÃO NA FERIDA. REEXPLORADO FERIDA COM INFECÇÃO DE COTO REMANESCENTE DO FLEXOR LONGO DO HÁLUX, QUE FOI RESECADO. MANTIDO ESQUEMA DE ANTIBIÓTICO.

-EVOLUÇÃO SATISFATÓRIA COM DESAPARECIMENTO DO ODOR E SECREÇÃO.

-CURATIVO A CADA 5 DIAS COM CARVÃO ATIVADO.

-FEITO 40 SESSÕES DE OHB, COM PRESERVAÇÃO TOTAL DO DEDO E SEM ÍNDICIO APÓS UM ANO DE RECIDIVA DA INFECÇÃO.

-PACIENTE USANDO PALMILHA DE CONTATO TOTAL.

DM tipo 2, ERISIPELA NECROTIZANTE COM 30 D EVOLUÇÃO, ALBUMINA 2.1, PROT. TOTAL 4.5

APÓS 5 SESÕES DE OHB

SESSÃO 17 - CURATIVO COM CARVÃO ATIVADO

17 SESSÕES OHB

ALTA COM 30 SESSÕES

DIABÉTICO + ISQEMIA CRITICA + INFEC

SECUNDÁRIA. DUAS TENTATIVAS DE

REVASCULARIZAÇÃO POPLITEO-TIBIAL POST, QUE TROMBOSARAM.

EVOLUIU COM SÉPSIS E FLEIMÃO PLANTAR.

FECHADO LESÃO COM 56 SESSÕES DE OHB.

Oxigenoterapia Hiperbárica

A.F.S., 75 anos, DM, Cardiopata

CONSULTA (04/08/2011)

11 SESSÕES 40 SESSÕES

56 SESSÕES (17/11/11)

REAVALIÇÃO- 09/01/2013

PRÓTESE

PRE-SESSÃO 50 SESSÕES

117 SESSÕES

ALTA

M.T., DM, 50 ANOS

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L.D.S. 68 anos, DM,HAS, AVC.Lesão há 4 meses.

Inicio do Tratamento 60 sessões

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Hyperbaric oxygen (HBO) therapy in treatment of diabetic foot ulcers. Long-term follow-up. Kalani M - J Diabetes Complications - 2002 Mar-Apr; 16(2): 153-8

76% of the patients treated with HBO (Group A) had healed with intact skin at a follow-up time of 3 years. The corresponding value for patients treated conventionally (Group B) was 48%. Seven patients (33%) in Group B compared to two patients (12%) in Group A went to amputation.

Adequate tissue oxygen tension is an essential factor in infection control and wound healing. Hyperbaric oxygen (HBO) therapy, daily sessions of oxygen breathing at 2.5-bar increased pressure in a hyperbaric chamber, has beneficial actions on wound healing including antimicrobial action, prevention of edema and stimulation of fibroblasts. The aim of the present study was to investigate the long-term effect of HBO in treatment of diabetic foot ulcers.

Acelera a cicatrizaçãoReduz a necessidade de

amputaçãoAumenta o número de lesões

cicatrizadas em Follow up de 3 anos

Uma revisão sistemática mais recente e meta-

análise que incluiram 10 estudos (6 dos quais não foram randomizados e

controlados) concluiram que a

OHB reduz o risco de amputação (odds ratio 0,24, sete

estudos) e aumenta a probabilidade de cicatrização de

feridas (odds ratio 10.0, seis estudos)

Estudos de OHB em úlceras de pacientes diabéticos

Goldman RJ : Hyperbaric oxygen therapy for wound healing and limb salvage: a systematic review. PM R 2009; 1: 471– 489

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Cochrane - Systematic review of hyperbaric oxygen in the management of chronic wounds

Hyperbaric oxygen therapy for treating chronic wounds Kranke P, Bennett MH, Martyn-St James M, Schnabel A, Debus SE

Published Online:  April 18, 2012 Chronic wounds, often associated with diabetes, arterial or venous

disease, are common and have a high impact on the well-being of those affected. Hyperbaric oxygen therapy (HBOT) is a treatment designed to increase the supply of oxygen to wounds that are not responding to other measures to treat them. HBOT involves people breathing pure oxygen in a specially designed chamber (such as that used for deep sea divers suffering pressure problems after resurfacing).

This review update of randomised trials found that HBOT seems to improve the chance of healing diabetes-related foot ulcers and may reduce the number of major amputations in people with diabetes who have chronic foot ulcers. In addition this therapy may reduce the size of wounds caused by disease to the veins of the leg. See more at: http://summaries.cochrane.org/CD004123/hyperbaric-oxygen-therapy-for-treating-chronic-wounds#sthash.7YDWiIK7.dpuf

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Esta revisão de ensaios randomizados constatou que a OHB melhora a chance

de cicatrização das úlceras nos pés relacionadas a diabetes e pode reduzir o

número de amputações maiores em pessoas com diabetes que têm úlceras crônicas. Além disso, esta terapia pode reduzir o tamanho das lesões causadas

pela doença venosa

Hyperbaric oxygen for the treatment of diabetic foot ulcers: a systematic review.

Eur J Vasc Endovasc Surg. 2014 Jun;47(6):647-55. doi: 10.1016/j.ejvs.2014.03.005. Epub 2014 Apr 14.

Stoekenbroek RM1, Santema TB2, Legemate DA2, Ubbink DT2, van den Brink A3, Koelemay MJ2.

CONCLUSION:Current evidence shows some evidence of the effectiveness of HBOT in improving the healing of diabetic leg ulcers in patients with concomitant ischaemia.

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Baseado em evidências, algumas evidências da eficácia da OHB em

melhorar a cicatrização de úlceras de perna em pacientes diabéticos com

isquemia concomitante.

Conclusão:

A OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA é uma modalidade de terapia adjuvante no tratamento de lesões vasculares isquêmicas, traumáticas e infectadas, podendo reduzir o tempo de cicatrização das lesões, os índices de mutilação e amputação de membros, necessidade de terapia de suporte e diminuição de 30% nos custos totais do tratamento, desde que empregada dentro de um plano terapêutico global.

Uma abordagem multidisciplinar é essencial.

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