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PLANO MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO
RURAL SUSTENTÁVEL
2010- 2013
MUNICÍPIO DE AGUDOS
PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL
Prefeitura Municipal de Agudos
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Casa da Agricultura de Agudos
Escritório de Desenvolvimento Rural de Bauru Período de vigência: 2010 a 2013 Apresentação
O presente plano tem por objetivo estabelecer as diretrizes para o desenvolvimento rural sustentável do município de Agudos, para quadriênio 2010-2013.
De extrema importância para o município, o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável de Agudos norteia toda a integração das políticas públicas local e regional, constituindo-se pré-requisito para realização de Convênios, como os realizados através do Sistema Estadual Integrado de Agricultura e Abastecimento (SEIAA), do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas (PEMH), e de outros coordenados pelas Secretarias de Agricultura e Abastecimento e de Meio Ambiente, e Ministério do Desenvolvimento Agrário. Constitui-se também pré-requisito para obtenção de financiamentos junto ao Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), e dá embasamento para uma série de ações oriunda das diversas esferas governamentais.
Para a máxima abrangência e aproximação com a realidade do município, o trabalho foi desenvolvido através de uma série ações, que foram desde o treinamento dos técnicos extensionistas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento até a efetiva consolidação dos dados coletados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Agudos no presente documento.
O trabalho desenvolvido pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural iniciou-se após ter havido a conscientização do mesmo em relação à necessidade de organizar e priorizar as ações realizadas no meio rural do município, considerando-se sua opinião sobre a importância do comprometimento e da efetiva participação de todos durante o processo de elaboração do plano.
Sucederam-se diversas reuniões do Conselho com os representantes de cada Cadeia Produtiva ligada ao setor rural, onde se promoveu debates e levantamentos de dados referentes aos problemas, dificuldades, causas, efeitos e ações possíveis para a solução dos problemas elencados; os dados básicos da mesma já haviam sido levantados e registrados em trabalhos anteriores. Diversos outros dados foram levantados e registrados, priorizando e detalhando cada informação considerada importante para o município.
De posse dos dados coletados juntos aos representantes das Cadeias Produtivas do município, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Agudos construiu um documento prévio, o qual foi posteriormente avaliado e
ajustado por todos os interessados, gerando assim o presente documento oficial.
A participação da comunidade foi dada como significativa e satisfatória, e o resultado registrado está amparado por toda a sociedade, havendo este de nortear todas as ações a serem desenvolvidas no município nos próximos quatro anos.
Desta forma, através da conclusão deste trabalho, o Conselho colaborou com o desenvolvimento sustentável do seu município, bem como para a elevação da qualidade de vida, tanto no meio rural como no meio urbano. O estabelecimento de uma nova postura em relação ao planejamento das atividades, agora agregando maior tempo e comprometimento da comunidade, faz parte de seus objetivos, ensejando assim continuidade e afinco de todos aqueles que lutam pelo município.
Acredita-se que sua implementação englobará certas características de adaptação à nova realidade introduzida na comunidade, mas também se caracterizará pela sua força de impressão de solidez e persistência ao plano ao longo do tempo, pois certamente o mesmo trará muitas experiências e benefícios para o município. 1. Identificação e Caracterização do Município 1.1 Histórico:
Agudos é uma grande serra entre os rios Tiete e Paranapanema, do
município de Lençóis Paulista até Campos Novos do Paranapanema. O topônimo “Agudos” provém dos indígenas que habitavam a região primitivamente (HA - CUÊ); HÁ que significa cortar, talhar, e CUÊ, paredões a pique.
Até meados do século XIX selvagens dominavam completamente o oeste paulista (tribo dos caingangues). A partir daí começam a aparecer na região paulistas e mineiros, os primeiros exploradores da terra para cultura, sendo que, dentre eles, destacam-se três nomes de grande importância para a história de Agudos: Faustino Ribeiro da Silva, Cel. Delfino Alexandrino de Oliveira Machado e Benedicto Ottoni de Almeida Cardia.
Os primeiros moradores chegaram à região em 1.834. A colonização do município foi iniciada no ano de 1853, quando Faustino Ribeiro da Silva, mineiro, adquiriu grandes extensões de terra. Inicialmente, Agudos chamava-se “São Paulo dos Agudos” por São Paulo ser o padroeiro da cidade e situar-se a mesma na serra dos Agudos.
Em 1893, Faustino Ribeiro da Silva doou uma parte dessa área (aproximadamente 33 hectares) à Igreja, onde foi construída a primeira capela em torno da qual São Paulo dos Agudos se desenvolveu, iniciando assim o distrito de São Paulo dos Agudos. O objetivo deste núcleo colonial era a catequização dos silvícolas.
Um pouco mais tarde na década de 80 do século XIX, residindo em Lençóis Paulista, transferiram-se para São Paulo dos Agudos os agricultores Delfino Alexandrino de Oliveira Machado e seu genro Benedicto Ottoni de Almeida Cárdia, reconhecendo a superioridade das terras do município de
Agudos para o plantio de café; a Serra dos Agudos tornou-se interesse desses agricultores.
Cel. Delfino dedicou grande parte de sua vida para que Agudos se firmasse como uma cidade próspera e influente. Tinha acesso às esferas mais altas do governo tendo sido o autor da representação pedindo para Agudos, em 1897, a criação do Distrito de Paz, sendo eleito posteriormente o primeiro juiz do Distrito de Paz.
Empenhou-se para que o mesmo Distrito de Paz fosse elevado à categoria de Município, o que ocorreu através da Lei n° 543, de 27 de julho de 1898. A emancipação do município ocorreu a 27 de julho de 1.898 devido ao domínio político da região pelos fazendeiros de café. Encabeçou uma representação ao Presidente do Estado para que Agudos conquistasse a Comarca , quando foi promulgada a Lei 635, de 22 de julho de 1899, que “transfere para a Vila de São Paulo dos Agudos” a sede da Comarca de Lençóis Paulista.
Capitão Benedicto Ottoni, próspero agricultor, empreendedor, estimado por todas as camadas sociais da população foi eleito o primeiro “Prefeito Municipal de Agudos” (cargo chamado na época de “intendente”, eleito em 20 de fevereiro de 1899).
Em seguida, ocorreram outros fatos históricos importantes para o município, como a inauguração da Cia. Paulista de Estrada de Ferro e a Estrada de Ferro Sorocabana (1903), a criação da Lei nº 975, de 20/12/1905, que muda a denominação de São Paulo dos Agudos pela de Agudos (1905). Em 1929 é construído o novo edifício do Hospital Agudos, e em 1947 a 1955 é construído o seminário de Agudos. Em 1957 começou a ser construída a Sociedade Agro Florestal Monte Alegre, atual Duratex. Em 1995 foi criado o Município de Paulistânia, emancipando-se o distrito de mesmo nome do município de Agudos.
Agricultura: Em 1.888 o patrimônio se encontrava em pleno desenvolvimento tendo
sua economia baseada principalmente no café, mas outras atividades agrícolas como milho, arroz, cana-de-açúcar, uva, pecuária, suínos e eqüinos tiveram grande importância no desenvolvimento regional.
A mudança de estrutura agrícola do município ocorreu a partir de 1.929 com a queda do café, que foi substituído pelo algodão até a década de 50. A partir daí o município começou a perder vinculo com o campo, e o café e algodão foram ultrapassados pela indústria.
Em 1.950, de 16.750 habitantes, 11.500 residiam na zona rural. Até o ano de 1.970 o êxodo foi tão grande que a população urbana era de 12.800 habitantes, e a rural de 5.900. Atualmente o município conta com menos de 2.000 habitantes na zona rural.
Da mesma maneira que ocorreu com o êxodo rural, também houve com a estrutura agrícola. Na década de 50, 5.200.000 cafeeiros foram eliminados, 3.900.000 abandonados e somente 6.120.000 produziam, e em 1.986 este numero era de 2.300.000, e hoje a cultura conta aproximadamente com 500.000 pés.
De 1.930 para 1.940 a produção de algodão saltou de 165.000 toneladas para 307.000 toneladas, porem na década de 50 se destacou a produção de
gêneros alimentícios como milho, feijão e arroz. Atualmente culturas perenes e anuais representam 2,8% da área cultivada, pastagens ocupam 44%, reflorestamento 22%, e cana-de-açúcar 10%, sendo que esta última já ocupou 12% da área, e está em curso a sua substituição por pastagens e reflorestamento, onde a mesma deva se estabilizar entre 6 a 8% da área cultivada.
Nestes 150 anos de ocupação e exploração, tiveram como conseqüência à quase eliminação da cobertura vegetal original, a compactação do solo, a perda de nutrientes do solo, a ocorrência de erosões, assoreamento dos córregos e rios, e conseqüente perda de produtividade, aumento dos custos de produção, diminuição na qualidade de vida e descapitalização do homem do campo.
Esses fatores, juntamente com a industrialização em curso, foram determinantes para o êxodo rural e concentração da renda fundiária. Assim a atividade agropecuária do município chegou ao ano de 2.002 com menos de 10% dos produtores rurais que se enquadraram no programa nacional da agricultura familiar e 54,37% (50.123 ha) da área rural concentrada em 19 propriedades.
Inicialmente o município possuía dois distritos (Domélia e Paulistânia), com 50 bairros rurais ao todo. Atualmente, com a emancipação de Paulistânia, o município tem 35 bairros.
Cabe lembrar que o município de Agudos, mesmo após a emancipação de Paulistânia, é um dos maiores do Estado de São Paulo, tendo, portanto, um vasto território. Por esse motivo, antigamente as fazendas do município de Agudos possuíam Escolas ditas de Emergência ou Isoladas, que atendiam alunos em classes multisseriadas, com uma professora para atender alunos de 1ª, 2ª e 3ª series. Os demais alunos, ou não continuavam os estudos ou iam até a cidade para freqüentar a escola.
Com o passar dos anos, e com o êxodo rural, as Escolas foram fechando e os alunos começaram a ser transportados por Perueiros contratados pela Prefeitura. Hoje, a totalidade das fazendas não possui mais escola, e todos os alunos são transportados até as sedes dos municípios mais próximos.
De um total de 405 propriedades, aquelas de até 50 ha somam 211 unidades, ocupando 4,69% (3.951 ha) da zona rural do município. Ainda, deste total, 66% da área possuem atividades menos exigentes em fertilidade, mas encontra-se com pastagens degradadas e mal manejadas, com media é de 0,7 U.A./ha.
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1.2 Dados Geográficos: Unidade Federativa: São Paulo Mesorregião: Bauru Microrregião: Bauru Distância até a capital: 320 km
Latitude: 22° 28' 08" Sul Longitude: 48° 59' 16" Oeste UTM: 22 706715 N 7513249 E Altitude: 580 m Fuso horário: UTC-3 Área total do município: 96.759 hectares - 967,59 Km2 (Fundação SEADE 2009) Área rural: 95.374 hectares Área urbana: 1.385 hectares Municípios Confrontantes: Bauru, Lençóis Paulista, Macatuba, Pederneiras, Borebi, Iaras, Águas de Santa Bárbara, Santa Cruz do Rio Pardo, Espírito Santo do Turvo, Piratininga e Paulistânia. População:
População total Densidade demográfica 35.264 hab. 36,45 hab./km2
Fonte: Fundação Sistema Nacional de Análise de Dados – 2009
População recenseada, por situação do domicílio e sexo - 2007
Total Urbana Rural Município
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Agudos 34 221 16 837 17 315 32 632 - 95,36%
15 937 16 647 1 589 900 - 4,64%
668
Fonte: IBGE – Contagem da População – 2007 Clima: O clima do município de Agudos, segundo a Classificação Climática de Koeppen, é do Tipo Aw, característico das regiões a Noroeste do Estado de São Paulo, mais quentes, tropical chuvoso com inverno seco e mês mais frio com temperatura média superior a 18ºC. O mês mais seco tem precipitação inferior a 60 mm e com período chuvoso que se atrasa para o outono. O município de Agudos enquadra-se no Clima Tropical Chuvoso, com um período seco bem definido durante a estação de inverno, quando ocorre um moderado déficit hídrico com índices pluviométricos inferiores a 50 mm/mês. Com a definição de um período seco durante o inverno, torna-se desejável a adoção de sistemas de irrigação para atenuação da entressafra e obtenção melhores produtividades e produtos de melhor qualidade. Diversas culturas do município encontram-se penalizadas ou em risco com a constante alta nas temperaturas e déficits hídricos no solo, principalmente a do citrus e bovinocultura de leite, cuja irrigação representa garantia e melhores produtividades. Eventuais culturas anuais adotadas em pequena escala no município também podem ser prejudicadas em sua produção/produtividade com a ocorrência déficits hídricos.
A baixa oscilação da temperatura entre o dia e a noite limita a produtividade de algumas culturas, como o milho, por exemplo, provocando quedas de até 30% quando se comparando com outras regiões aptas para cultura.
Massas Dominantes: Equatorial Tropical a Tropical Atlântica, e, em segundo plano, Massa Polar. Os ventos predominantes são do Norte e Nordeste, com velocidade média de 3,6 m/s, fracos de Maio a Junho (2,0 m/s) e fortes em Setembro (5,5 m/s). Umidade Relativa média de 75,9%. Tabela: Temperatura média mínima e máxima mensal - Período 1961 a 1990 – Município de Agudos.
TEMPERATURA DO AR (Cº) MÊS
Mínima Média Máxima Média Média
JAN 18,7 30,1 24,4
FEV 19,0 30,2 24,6
MAR 18,2 29,8 24,0
ABR 15,6 28,2 21,9
MAI 12,9 26,2 19,6
JUN 11,4 25,1 18,3
JUL 10,9 25,3 18,1
AGO 12,3 27,5 19,9
SET 14,3 28,5 21,4
OUT 16,0 29,0 22,5
NOV 16,8 29,5 23,2
DEZ 18,1 29,4 23,7
Ano 15,4 28,2 21,8
Min 10,9 25,1 18,1
Max 19,0 30,2 24,6
Fonte: CEPAGRI - Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura. DAEE - Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Tabela: Temperatura (ºC) mensal média máxima e mínima – Período 1961 a 1990:
Máxima (Fevereiro) Mínima (Julho) Média 30,2 10,9 21,8
Fonte: CEPAGRI - Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura. DAEE - Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo.
Relevo:
O relevo da região é, em geral, suavemente ondulado a ondulado (respectivamente 0-6% e 6-12% de declive, cobrindo uma área de 72.676,71 ha (75,26%), com alta suscetibilidade de erosão laminar, ocorrendo intenso assoreamento em cursos d’água quando o solo se apresenta sem conservação adequada. Considerando a ocorrências de chuvas em alta quantidade e intensidade, com solos associados suscetíveis a erosão, e ainda, a uma grande movimentação do relevo, a situação torna o município de Agudos uma área de risco pluvial à erosão. A formação de voçorocas de encostas, ravinas, sulcos são freqüentes, e a ocorrência de erosão laminar é intensa. A adoção de práticas conservacionistas é de elevada importância para o município de Agudos, o qual deverá adotar cada vez mais o sistema de plantio direto na palha, manejo adequado das ervas daninhas, adubação verde, integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura, culturas integradas dentre outras. Tipos de solos: Em levantamento do tipo semi detalhado, realizado com compatíveis detalhamentos taxonômicos o nível de unidade de mapeamento e cartográfico, foi observada a ocorrência dos seguintes dolos no município de Agudos:
- Latossoto Vermelho-Amarelo distrófico LVAd – 18.983,9 ha – 19,62%; - Latossoto Vermelho-Amarelo Quartzarênico distrófico LVAqd – 21.126,23 ha – 21,84%;
- Latossoto Vermelho-Amarelo Quartzarênico eutrófico LVAqe – 7.832,45 ha – 8,10%;
- Latossoto Vermelho distrófico LVE – 2.787,97 ha – 2,88%; - Neossolo Quartzarênico distrófico RQd – 33.394,23 ha – 34,52%; - Neossolo Quartzarênico eutrófico RQe – 4.771,68 ha – 4,93%; - Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico PVd – 7.843,88 ha – 8,11%.
De forma geral, o solo predominante no município é o Latossolo, com
52,44% de ocorrência no município, sendo o Latossolo Vermelho-Amarelo Quarstzarênico (arenoso) o que mais predomina. Trata-se de solos profundos, com textura média, baixos teores de matéria orgânica, baixa CTC, baixo pH (acidez muito alta), muito baixa saturação por bases, alta saturação por Alumínio, baixa capacidade de retenção de água e bastante intemperizados e acentuadamente drenados. Esses solos ocorrem em áreas planas de topo, nas de relevo suave e ondulado e nas de relevo ondulado.
Os Neossolos Quartzarênicos abrangem 39,45% do território municipal, sendo solos que não exibem a presença de horizonte B, com teores de argila inferiores a 13% em todo perfil (textura arenosa ao longo do perfil), geralmente profundos, porosos e bastante permeáveis, porém com pouca coesão em suas partículas, em função dos baixos níveis de argila presente. São solos com teores de matéria orgânica baixos, baixa CTC, baixo pH (acidez muito alta), muito baixa saturação por bases, alta saturação de alumínio, muito baixa capacidade de retenção de água e bastante intemperizados. Ocorrem também
em áreas planas de topo, nas de relevo suave e ondulado e nas de relevo ondulado
O restante da área, isto é, 8,11% dos solos, são Argissolos, cujas características são textura arenosa/média a argilosa/muito argilosa, com relação textural muito variável, havendo diferenciação marcante entre os horizontes A, B e C. Ocorrem em relevos com encostas declivosas, predominando relevos de colinas médias e morretes alongados. Bem manejados, são solos relativamente férteis e que são indicados às atividades agropastoris.
Pela análise ambiental das terras do município de Agudos, com respaldo das análises químicas e físicas dos solos, pode-se concluir que, principalmente devido aos baixos teores de argila nas camadas superficiais, ocorre em geral:
- baixa retenção de fertilizantes e corretivos; - baixos teores de matéria orgânica no solo; - baixa retenção de água; - altos teores de alumínio; - fertilidade deficiente para todas as culturas; - alta fragilidade física; - alta suscetibilidade à erosão. Sendo assim, a adoção de práticas conservacionistas é necessária para
a preservação e melhoria dos solos do município, bem como o monitoramento e o acompanhamento profissional das atividades devem ser consideradas, visto a complexidade das interações entre os diversos fatores existentes e atuantes. Pluviometria: Média Anual: 1340.9 mm Mínima Mensal: 32.6 mm e Máxima Mensal: 217.9 mm.
A média do índice pluviométrico para o período de 1963 a 1995 (33 anos) foi de 1.474 mm por ano, com um mínimo de 788 mm (1968) e um máximo de 2.058 mm (1986). Tabela: Precipitação média mensal (mm) – Período 1961 a 1990 – Município de Agudos
MÊS
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
CHUVA (mm)
217,9 200,6 141,3 70,7 71,2 56,5 41,1 32,6 70,2 119,9 126,3 192,6
Fonte: CEPAGRI - Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura. DAEE - Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo.
Tabela: Precipitação mensal média máxima e mínima – Período 1961 a 1990 – Chuva (mm):
Máxima (Janeiro) Mínima (Agosto) Total 217,9 32,6 1340,9
Fonte: CEPAGRI - Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura. DAEE - Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. O município de Agudos possui uma Estação Meteorológica situada na Duraflora S/A. Hidrografia:
Pode-se dizer que a condição hídrica do município de Agudos é privilegiada, pois possui numerosos rios, córregos e ribeirões, sendo o Rio Turvo, com seus afluentes, o mais importante, pois percorre quase toda a extensão territorial do Município; nasce a Oeste da Serra de Agudos e sua nascente está no distrito sede, na Fazenda São João.
A serra de Agudos, também chamada de serra da Jacutinga, é um divisor entre a Bacia Hidrográfica do rio Tiete e Bacia Hidrográfica do rio Paranapanema, e nela estão as nascentes de rios importantes para a região como o próprio rio Batalha, rio Lençóis e rio Turvo. Em conseqüência da riqueza de águas, o município de Agudos possui 23 Microbacias Hidrográficas.
Em Agudos foram desenvolvidos trabalhos em duas Microbacias Hidrográficas, as quais englobam o Ribeirão Grande e a nascente do Rio Batalha. O Ribeirão Grande atravessa a sede do município. O município possui ampla rede de drenagem pluvial, o que favorece a prática de irrigação para as mais diversas culturas. Bacia Hidrográfica (UGRHI): A sede do município encontra-se inserida na Bacia Hidrográfica Tietê-Jacaré. Malha viária municipal
Malha Viária Total: 390 km Mapas (anexos): Anexos.
1.3 Dados Socioculturais População rural: Dados populacionais mais recentes fornecidos pelo IBGE (2007), estratificados por sexo, indicam que a população rural do município de Agudos possuía naquele ano 900 habitantes do sexo masculino e 668 do sexo feminino, perfazendo um total de 1.589 habitantes. Tabela - População recenseada, por situação do domicilio e sexo, segundo os municípios - São Paulo – 2007
População recenseada, por situação do domicílio e sexo
Total Urbana Rural Municípios
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
São Paulo 13 475 401 6 681 557 6 693 364 12 071 366 5 921 897 6 065 387 1 404 035 759 660 627 977
Agudos 34 221 16 837 17 315 32 632 15 937 16 647 1 589 900 668 Fonte: IBGE – Contagem da População – 2007 Com a crise econômica e a saída de jovens em busca de oportunidades nos centros urbanos, no êxodo rural, sabe-se que a população rural envelheceu, porém, não há dados específicos de idade da população disponível para o município. No entanto, dados gerais da população, separados por sexo e grupos de idade, podem ser observados nas tabelas abaixo: Tabela - População recenseada, por sexo e grupos de idade, segundo os municípios - São Paulo - 2007
Homens
Município Total
Menos de 1
ano
1 a 4
anos
5 a 9
anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos ou mais
Idade ignorad
a
Agudos 16 837 159 880 1 478 1 537 1 638 1 577 1 484 1 273 1 158 1 160 1 040 923 822 589 404 308 224 179 4
Fonte: IBGE – Contagem da População – 2007
Mulheres
Município
Total
Menos de 1 ano
1 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos ou mais
Idade ignorad
a
Agudos 17 315 171 835 1 372 1 503 1 562 1 614 1 605 1 326 1 319 1 183 1 128 997 776 549 465 339 262 307 2
Fonte: IBGE – Contagem da População – 2007
Acesso da População Rural a Serviços Básicos: Assistência técnica e extensão rural: O município é atendido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento
(SAA), através da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Casa da Agricultura de Agudos, que conta com Um Engenheiro Agrônomo e um Auxiliar de Apoio pertencentes ao quadro de funcionários.
A Prefeitura Municipal de Agudos disponibiliza um Engenheiro Agrônomo, através do Sistema Estadual Integrado de Agricultura e Abastecimento e Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, para reforço nas atividades da Casa da Agricultura, objetivando um atendimento completo para a população local.
Além dos profissionais citados, disponibilizados à Casa da Agricultura através de Convênio, a Prefeitura Municipal de Agudos também coloca à disposição dos produtores rurais um Médico Veterinário. Esse profissional realiza atendimentos aos Sábados, prestando assistência técnica aos criadores.
O público beneficiário são principalmente pequenos e médios produtores, e também a população em geral que recebe orientações específicas na área de ciências agrárias.
O atendimento é feito através da execução das políticas públicas estabelecidas pelo Governo Estadual e Municipal, em programas e projetos específicos. No entanto, ocorre também o atendimento por demanda, geralmente feito através de consultas pessoais e visitas a campo.
Alguns profissionais, geralmente Médico Veterinário, prestam Assistência Técnica particular aos produtores, geralmente médios e grandes.
Em Bauru, através das lojas de produtos agropecuários, o produtor recebe orientações gerais para suas atividades.
A Cooperativa mais próxima é a de Lençóis Paulista, Cooperativa Mista de Adamantina (CAMDA), que presta orientação técnica e fornece insumos de para as atividades agrícola ou pecuária da região, assim como exerce atividade técnico-educacional formativa para os cooperados. Além desta, outras cooperativas, como a COOPERCITROS e outras, são encontradas em cidades próximas, as quais os produtores podem buscar orientações e insumos específicos.
No município, apenas são encontradas lojas de insumos básicos, onde também os produtores poderão obter orientações sobre a utilização dos mesmos.
Crédito rural e microcrédito:
A cidade de Agudos possui cinco instituições financeiras, sendo duas privadas e três Estadual/Federal, facilitando a obtenção de financiamentos e movimentação de valores. São elas:
- Banco do Brasil; - Caixa Econômica Federal; - Nossa Caixa, Nosso Banco;
- Santander; - Bradesco. Muitos produtores, devido à proximidade com outras cidades, procuram
outros agentes financeiros para a realização de seus financiamentos e outras movimentações. Não há dificuldade de acesso, pois as diversas cidades vizinhas contam com linha regular de ônibus, havendo apenas as dificuldades normais de acessos nas estradas rurais até a cidade.
Educação:
O acesso dos alunos da Zona Rural à educação se dá através do transporte escolar, realizado com veículos próprios da municipalidade. São atendidas 37 rotas, com um total de 26 veículos e 38 viagens. São transportados atualmente 406 alunos da zona rural. A soma de todas as distâncias percorridas atinge a marca de 4.313 quilômetros por dia, sendo que 2.593,4 km são referentes aos transportes de alunos que freqüentam escolas estaduais (209 alunos), e 1.719,6 km são referentes aos transportes de alunos de escolas municipais (197 alunos). São transportados todos os alunos desde a educação infantil, ensino fundamental e médio, em três horários: manhã, tarde e noite. Há dificuldades de acesso a algumas localidades em razão da diversidade de locais a serem atendidos e percorridos, pois a maioria das fazendas ou sítios emprega poucas famílias. Isto é, existem alunos residentes distribuídos em toda a área rural do município. Ainda em relação à distribuição dos alunos na zona rural, outra dificuldade relacionada é a de comunicação com as famílias dos mesmos. Mesmo as famílias possuindo telefones celulares, a comunicação é problemática, pois geralmente encontram-se fora da área de alcance do sinal. Alunos Escolas Estaduais: DOMELIA 71 FUND 5ª a 8ª DOMELIA 26 MEDIO GINASIO 21 MEDIO M GONÇALVES 01 FUND M GONCALVES 01 MEDIO P AQUINO 19 FUND P AQUINO 01 EJA FUND P AQUINO 01 EJA MEDIO FARID FAYAD 38 FUND FARID FAYAD 18 MEDIO BOREBI 12 MEDIO TOTAL 209
Alunos por Escolas Municipais: CLELIA NAPOLEONE 09 INFANTIL CIAF 40 FUND AMATO TRIGO 01 FUND PILAR PADILHA 09 INF. CEL LEITE 55 FUND DOMELIA 76 FUND 1ª A 5ª DOMELIA 7 INFANTIL TOTAL 197 Além destes alunos, outros 22 também são transportados, embora ainda não cadastrados na Prefeitura Municipal de Agudos, sendo 05 cursando a Pré-escola e 17 cursando o Ensino Fundamental.
Ao todo, o município possui 12 escolas municipais, 1 creche municipal, 6 escolas da rede estadual, 4 escolas particulares, 2 instituições de ensino superior e 1 escola de ensino profissionalizante do Senai.
A Prefeitura Municipal de Agudos, através do Setor de Alimentação Escolar, fornece refeições diárias aos estudantes. Café da manhã, lanches para crianças de 3 a 6 anos que freqüentam as creches; lanches para alunos do Ensino Fundamental, almoço e merenda para alunos das escolas municipais, estaduais e entidades, incluindo o Distrito de Domélia.
A Prefeitura realiza o Bolsa Família e possui convênio com o Senai (Serviço Nacional da Indústria) para a formação profissionalizante da população.
O nível de instrução dos proprietários rurais é de 12,10% para ensino fundamental incompleto (1ª fase), 19,75% para fundamental completo - 1ª fase, 14,32% para fundamental completo – 2ª fase e 33,09% para curso superior.
Saúde: O município não conta com atendimento médico e ambulatorial na área
rural, porém, os moradores da área rural utilizam-se dos serviços prestados na área urbana.
Um dos serviços prestado pelo setor de saúde do município é o ambulatorial, onde, havendo ocorrências na área rural, é acionado o veículo ambulância para transportes de paciente. Além deste, a área rural é atendida pela campanha de vacinação da poliomielite, com campanhas preventivas da Leischimaniose e Denge. Na área de Zoonoses, a Prefeitura Municipal, a Secretaria de Saúde do Estado e a Defesa Agropecuária, fazem campanha na área rural, principalmente em se tratando da raiva. A estrutura para controle de Zoonoses é precária, dificultando os procedimentos obrigatórios quando há casos de morte de animais de pequeno porte. O município tem intenção de implantar uma Central de Controle de Zoonoses, mas, há restrições ligadas aos dados populacionais, impedindo sua realização. No entanto, o controle de Zoonoses mostra-se cada vez mais exigente e necessário.
As estradas estão em condições precárias em muitos pontos do município, dificultando os trabalhos e as campanhas, que também são
atingidos por problema de porteira fechada nas propriedades durante o atendimento da área rural, o que dificulta o acesso dos profissionais,
A Rede Pública de Saúde de Agudos é composta por 4 Postos de Saúde e 3 Unidades de saúde da Família, que atendem na área urbana. A população também é atendida no ambulatório do Hospital da cidade e no Pronto Socorro Municipal mantido pela Prefeitura. Os Postos de Saúde estão localizados no Jardim Cruzeiro, Centro, Jardim São Vicente e no Distrito de Domélia e as Unidades de Saúde da Família no Parque Pampulha, Jardim Europa e Vila Vienense.
A Rede Pública de Saúde realiza atendimentos médicos, odontológicos e de enfermagem. A média Trimestral das Unidades Básica de Saúde é de 9.071 atendimentos, incluindo serviços de clínica geral, pediatria, cardiologia, urologia, otorrinolaringologia, ginecologia e obstetrícia.
Os atendimentos nas Unidades de Saúde da Família são totalizados em 7.243, a cada trimestre, nas áreas de clínica médica, pediatria, ginecologia, obstetrícia e fisioterapia.
No setor de Enfermagem são realizados 2.731 procedimentos nas Unidades Básicas de Saúde e 1.812 procedimentos nas Unidades de Saúde da Família. O Hospital realiza aproximadamente 1.571 procedimentos.
No Setor de Saúde Bucal são realizados aproximadamente 8.845 procedimentos, num total de 3.535 usuários.
No Setor de Controle de Vetores que combate doenças, como a Dengue e Leishmaniose, são programadas 5.540 visitas em imóveis cadastrados, trimestralmente, além das visitas no chamados pontos estratégicos.
No Setor de Transporte são realizados cerca de 2.000 atendimentos/mês. O serviço é realizado por 01 Microônibus, 02 Kombis, 06 Paratis, 02 gol, 01 S10 ambulância, 01 Pegout (UTI Móvel), 01 Doblô e 02 saveiros. No Pronto Socorro Municipal o atendimento de emergência no Pronto Socorro Municipal a disponibilidade de dois veículos 24 horas.
A Secretaria Municipal de Saúde realiza serviços de Vigilância Sanitária, faz coletas para verificação da qualidade da água consumida pela população, desenvolve o programa do Viva leite que entrega 31.680 litros de leite, por trimestre, faz aplicações de vacinas, fornece transporte e medicamentos, realiza exames de ultrassonografia e oferece sessões de Hidroginástica para pacientes portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes. A Secretaria Municipal da Saúde também realiza atendimentos na área de Saúde Mental, com consultas de psicólogo e psiquiatra, fornecimentos de medicamentos e encaminhamentos para internações. Através do Serviço Social, são realizados encaminhamentos para Centros de Especialidades. Não há Agente Comunitário destacado para realizar visitas às famílias da zona rural. Há uma deficiência na estrutura física e humana para a realização dos trabalhos na área rural do município, principalmente devido à sua grande extensão territorial. A falta de veículos específicos e de recursos humanos para o desenvolvimento das atividades é um ponto fraco, prejudicando a Campanha de Vacinação em crianças e adultos, assim como a Campanha de Vacinação Anual de Cães e Gatos. Há necessidade de reforço nas campanhas referentes aos acidentes de trabalho na área rural, bem como referentes ao cumprimento das Leis Trabalhistas relacionadas ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Há também a preocupação com a educação sanitária e de segurança,
relacionadas a amimais peçonhentos. Por outro lado, as grandes empresas já promovem entre seus profissionais e funcionários os treinamentos adequados, sendo necessário direcionar as citadas ações para os médios e pequenos produtores do município. Uma grande dificuldade encontrada na área de saúde do município, a exemplo da área de educação, é a comunicação com as famílias da zona rural. Mesmo havendo celulares, os mesmos muitas vezes se encontram fora da área de alcance da torres. Muitas vezes a comunicação é urgente, e relacionada à necessidade de atendimento médico e de ambulância.
Segurança: O Batalhão da Polícia Militar já realizou o levantamento das propriedades rurais do município e o Projeto de Patrulha Rural de Agudos já se encontra em funcionamento. No entanto, devido à restrição de verbas, atualmente o projeto não está em operação, pois a viatura utilizada para este fim encontra-se quebrada.
Transporte: A Prefeitura Municipal dispõe de diversos ônibus especiais para transporte de estudantes, conforme descrito anteriormente. O transporte de estudantes é eficiente, e atende satisfatoriamente todas as necessidades na área de educação do município; o serviço é organizado e reconhecido pela população em geral.
A principal empresa prestadora de serviços de transportes coletivos do município é a Expresso de Prata, com diversas linhas de ônibus para as cidades do interior e Capital. A empresa é o principal transporte coletivo para a cidade vizinha de Bauru, feito com grande freqüência diária, de onde partem linhas de diversas empresas para todo o Brasil. Cabe lembrar que da cidade de Bauru partem ônibus para as cidades vizinhas ao sul do município de Agudos, que beneficiam os transportes dos habitantes do Distrito de Domélia, região rural próxima e região rural ao longo do percurso destes ônibus. A Expresso de Prata também atende a cidade vizinha de Borebi, com três viagens diárias, atravessando parte do território rural de Agudos. As viagens são realizadas para atendimento dos trabalhadores das duas cidades, durante a semana, sendo feitas de manhã, no meio dia e no final da tarde. Outra cidade atendia pela Expresso de Prata é Lençóis Paulista, da qual parte ônibus da Viação Mourão para Macatuba e cidades próximas, também vizinhas do município de Agudos. No entanto, a área rural propriamente dita é atendida apenas pelos ônibus de transporte de estudantes, visto que não há serviços regulares de outros ônibus, peruas ou qualquer outro transporte coletivo. Cabe lembrar que existem transportes específicos, que partem da cidade de Agudos, para estudantes que freqüentam as Faculdades e Instituições de Ensino diversas localizados nas cidades vizinhas, principalmente em Bauru.
Saneamento: Na zona rural, a água é obtida através de captação superficial comum ou
de poços semi-artesianos, tanto para o consumo humano e animal como para a irrigação das culturas. São utilizadas fossas negras para o esgoto, e, com raras exceções, algumas fossas sépticas do estilo biodigestoras.
Na área urbana de Agudos, incluindo o Distrito de Domélia, o serviço de esgoto é responsabilidade da SABESP, que abrange 96% da população.
O esgoto, este é lançado “in natura” nos cursos d’água denominados Água do Segredo, Ribeirão Agudos e Córrego Bom Sucesso. A rede de esgoto totaliza 81.132 m, sendo 76.832 m de rede coletora e 4.300 m de emissários. Há 7.311 de ligações de esgoto em operação.
Os resíduos sólidos gerados na área rural geralmente são enterrados ou incinerados no próprio local, mas, muitas vezes são trazidos para a zona urbana, para serem descartados juntamente com os resíduos sólidos gerados na zona urbana.
A coleta dos resíduos sólidos na área urbana é feita através de recolhimento sistemático, utilizando-se de cinco caminhões do tipo caçamba com compactador. Os 17 setores da cidade foram organizados de forma a aperfeiçoar a coleta, sendo que a região central é atendida de Segunda a Sexta-feira, e nos outros setores a coleta se dá de forma cíclica e continuada.
Os resíduos sólidos são depositado numa área distante aproximadamente 20 km da cidade, na zona rural, onde é devidamente coberto com terra para controle e adequação ambiental.
Já no Distrito de Domélia, os resíduos sólidos são coletados duas vezes por semana, e depositado em área distante aproximadamente a 5 km no núcleo urbano.
Os entulhos de construção e o lixo de jardins são retirados por empresas particulares cadastradas na Prefeitura (sistema de caçambas), a pedido dos proprietários dos imóveis, e são depositados em bolsões indicados pela Prefeitura Municipal, localizados em pontos passíveis de controle.
Os resíduos sólidos de serviço de saúde (farmácias, consultórios médicos, consultórios odontológicos, clínicas veterinárias e Unidades Básicas de Saúde) são recolhidos pela própria Prefeitura Municipal de Agudos. São entregue no Hospital local, que terceiriza a incineração dos mesmos através de empresa especializada e autorizada.
Abastecimento de água: Na área urbana de Agudos, incluindo o Distrito de Domélia, o serviço de
água e abrange 100% dos habitantes; a água distribuída tem sua origem em poços artesianos, e é tratada pelo método de cloração pela SABESP.
A rede de água na zona urbana de Agudos totaliza 114.357 m, sendo 92.377 m de distribuidora e 21.980 m de adutora. Há 8.361 ligações urbanas de água ativas na zona urbana.
Na zona rural, a água é obtida através de captação superficial comum ou de poços próprios, semi-artesianos, tanto para o consumo humano e animal como para a irrigação das culturas.
Energia elétrica:
A Companhia Paulista de Força e Luz, CPFL, atende todo o município, incluindo a área rural. A energia recebida nas propriedades rurais é de boa qualidade, não tendo também problemas com manutenção da estrutura existente.
Meios de Comunicação:
Jornal “Tribuna Lençoense”, com abrangência regional. Jornal “O Eco”, com abrangência regional. Jornal “Correio Regional”, com abrangência reginal. Jornal “Jornal da Cidade”, de Bauru, com abrangência regional. Jornal “Bom Dia”, de Bauru, com abrangência regional. Rádio Comunitária de Agudos - FM. Rádios FM diversas de Bauru, que são utilizadas pelo município de Agudos. Quanto à comunicação telefônica, na área rural são utilizados telefones fixos e telefones celulares. No entanto, a cobertura celular da área rural é falha devido às distâncias entre os diversos grupos de torres existentes.
Cultura:
Agudos possui uma Biblioteca Pública com um acervo de 18 mil livros e enciclopédias e que recebe 600 consultas por mês, num total de 6.828 leitores cadastrados. A biblioteca, assim como o Museu, fica situada na zona urbana, mas também atende os habitantes da zona rural, principalmente aqueles que vêm estudar na cidade. Agudos conta com o selo de Município com Potencial Turístico, devido às suas belezas naturais. Possui paisagem exuberante formada pela Serra dos Agudos, pelas quedas d'água, riachos e reserva florestal da Duraflora, do grupo Duratex. Conta com fazendas centenárias e estâncias rurais que oferecem espaços de lazer, hospedagem e contato com a natureza.
O Seminário Seráfico Santo Antonio, o maior seminário católico da América Latina, atrai por sua arquitetura européia.
A Festa do Peão é realizada pela Prefeitura Municipal e ocorre no final de Julho e/ou início de Agosto, atraindo grande público de diversas localidades, principalmente da zona urbana do município. Em 2009 teve a entrada franca, com diversos shows variados.
Lazer:
Na área rural não há desenvolvimento de atividades de lazer. No entanto, além dos shows, a Prefeitura promove eventos que atraem grande quantidade de habitantes da área rural, como a Festa de Peão e campeonatos esportivos. Outras atividades também contam com a participação da população rural, em menor intensidade, com passeios ciclísticos, eventos de
mountain bike, motocross, exposição de carros antigos e tunados, parques de diversão, etc.
Diversas ações e atividades são apoiadas pela Administração, como as quermesses de Santo Antonio e da igreja matriz São Paulo Apóstolo, que promovem o lazer para a população.
Agudos é uma cidade com potencial para desenvolver o turismo rural, e todo esse potencial passa atualmente por um processo de adequação, realização de diagnósticos, apresentação de relatórios de adequações e sugestões, plano de negócio, capacitação para Turismo rural, missão técnica, consultorias de acompanhamento, ou seja, Agudos faz parte do Projeto de Desenvolvimento do Território com foco no Turismo, em parceria com o CODER e o SEBRAE Regional Bauru, através da formatação do Circuito Turístico Caminhos do Centro Oeste Paulista que integra mais nove municípios: Arealva, Avaí, Bauru, Duartina, Iacanga, Lençóis Paulista, Macatuba, Pederneiras e Piratininga. Organização Rural: As organizações rurais ou voltadas para a área rural existentes no município de Agudos, além do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Agudos, são:
- Sindicato dos Trabalhadores Rurais; - Extensão do Sindicato Rural Patronal de Bauru; - Associação Rural de Agudos e Região; - Associação Comercial, Industrial e Rural de Agudos; - Conselho Municipal de Turismo de Agudos, possui atividades de
fomento do turismo rural. Devido à localização geográfica do Distrito de Domélia, ao sul do município, muitos produtores locais fazem parte de Associações e Cooperativas nos municípios de Cerqueira César, Espírito Santo do Turvo e Manduri. Agudos possui duas Microbacias Hidrográficas trabalhadas dentro do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas: Microbacia do Rio Batalha e Microbacia do Ribeirão Grande.
Microbacia Hidrográfica do “Rio Batalha” Área Total: 3.503 ha Nº de Produtores: 48 Nº de UPAs: 51 Agricultura: Cana-de-açúcar – 800 ha – 5 Propriedades Milho – 28,9 ha – 8 Propriedades Mandioca – 2,1 ha – 2 Propriedades Eucalipto – 60 ha – 2 Propriedades
Olerícolas – 2 ha – 1 Propriedades Arroz – 0,5 ha – 1 Propriedades Feijão – 5,5 ha – 2 Propriedades
Pastagem: Braquiária – 1.829 ha - 49 Propriedades Capim Napier – 8,4 ha – 3 Propriedades Gramas – 125,2 ha - 5 Propriedades Colonião – 2,0 ha – 1 Propriedade Cana Forragem – 10 ha – 5 Propriedades Pecuária: Bovinocultura Mista – 213 Cabeças – 23 Propriedades Bovinocultura de Corte – 1.093 Cabeças - 8 Propriedades Bovinocultura de Leite – 44 Cabeças - 4 Propriedades Ovinos – 200 Cabeças – 3 Propriedades Piscicultura – 22.500 m2 – 1 Propriedade Avicultura de Corte – 18.000 Cabeças – 1 Propriedade
Área de Descanso – 10 ha – 1 Propriedade Vegetação Natural – 589 ha - 32 Propriedades Área Complementar – 39,4 ha – 36 Propriedades Enquadramento por Produtores: Pequeno: 7 Produtores – 14,5% Médio: 37 Produtores – 77% Grande: 4 Produtores – 8,3%
Microbacia Hidrográfica do “Ribeirão Grande” Área Total: 8.955 ha Nº de Produtores: 58 Nº de UPAs: 58 Agricultura: Eucalipto – 3.837,8 ha - 6 propriedades; Braquiária – 2.852,2 ha – 51 propriedades; Vegetação Natural – 1.400 ha – 33 propriedades; Cana-de-açúcar – 413 ha – 18 propriedades; Laranja – 242 ha – 2 propriedades; Café – 73 ha – 2 propriedades; Mandioca – 49,5 ha – 5 propriedades; Napier – 15,7 ha – 9 propriedades; Milho – 8 ha – 3 propriedades; Olerícolas – 2,3 ha – 2 propriedades; Feijão – 1,0 ha – 1 propriedades. Pecuária: Bovinocultura de Corte: 2.905 Cabeças - 20 Produtores
Bovinocultura de Leite: 201 Cabeças - 19 Produtores Bovinocultura Mista: 465 Cabeças – 18 Produtores
Enquadramento por Produtores: Pequeno: 10 Produtores – 17,3% Médio: 35 Produtores – 60,3% Grande: 13 Produtores – 22,4%
1.4 Caracterização ambiental
O município de Agudos possui 96.759 ha de extensão territorial, e sua hidrografia é composta por 20 microbacias e 590 nascentes, sendo 07 microbacias pertencentes à Bacia do Rio Tiete e 13 à Bacia do Rio Paranapanema.
Áreas de proteção: No município de Agudos encontramos as seguintes áreas protegidas:
Área de Proteção Ambiental – APA do Rio Batalha, criada pela Lei nº. 10.773, de 1º de Março de 2001;
Parque Ecológico Açucena da Serra, com 16 ha, localizado dentro da Fazenda São Luiz.
Reserva particular da AMBEV, com 900 ha, localizada na Bacia do Pilintra. Impactos ambientais:
Próximo ao perímetro urbano está a serra da Jacutinga, que é um divisor de águas das duas Bacias Tiete/Paranapanema, com grande quantidade de nascentes e onde se encontram os maiores problemas, como mata ciliar degradada, erosões, assoreamento, poluição e lançamento de esgoto na proporção de 5 % na MBH Ribeirão do Pato, 5% na MBH córrego do Taperão (nascente do Rio Lençóis que faz o abastecimento de água a cidade de Lençóis Paulista) e 90 % do esgoto lançado na MBH do Ribeirão Grande.
Outro fator que contribuem para a degradação das Áreas de Preservação Permanente do município, é o fato do município possuir grandes extensões de pastagens em propriedades com APPs não isoladas. Além deste, outro fator importante a ser considerado é o fato do município possui grande extensão de estradas rurais, com grande dificuldade de manutenção e trabalhos de conservação, causadoras de assoreamentos de córregos e nascentes
Por outro lado o município possui grandes área ocupada com reflorestamento e cana-de-açúcar, de grandes empresas da região, que vêm aplicando gradativamente tecnologias de preservação e recuperação ambiental.
Outros fatores que contribuem para preservação são 14.814,3 ha de vegetação natural, 2.010 ha de várzeas, 713,5 ha de cultura perene.
Entre os anos de 1998 a 2000 foram plantadas 60.000 mudas, em uma área correspondente a 33 ha (Fazenda São Benedito: UTM 22 702167E/751188N), nas cabeceiras do Rio Batalha, pelo fórum Pró Batalha, com recursos do FEHIDRO, onde teve a parceria do município e proprietário da área.
Para o desenvolvimento dos trabalhos no município, foram firmadas parcerias com a CATI no Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas e com a Associação Rural de Agudos e Região, que resultou no plantio de 6.000 mudas (Fazenda Itaquá – 3.000 mudas, UTM 22 7024E/7514961N e Fazenda Rio Batalha – 3.000 mudas, UTM 22 703387E/7515453N), correspondentes a uma área de 04 ha.
Foram também cercadas 15 ha de APP, adquiridos 400 tonelada de calcário, recuperados 1.500 ha de pastagem degradada, feitas manutenções periódicas das estradas, isoladas e estabilizadas 3 voçorocas, mecanização agrícola subsidiada, adquiridos implementos agrícolas, coleta de lixo, instalados 2 projetos pilotos de Pastejo Rotacionado para pecuária de leite e compras comunitária de insumos.
Essas e outras ações foram desenvolvidos nas microbacias do Rio Batalha e Ribeirão Grande não só com o intuito de melhorar a produtividade e as condições socioeconômicas dos produtores, e conscientiza-los na importância da preservação ambiental.
Uma outra ação no município foi o plantio de 26.349 mudas nativas nas margens do Córrego Taperão (UTM 22 705971E/7511847N e 22 705449E/7510701N) realizado pela Sabesp em cumprimento de TCO com o DPRN.
As maiores dificuldades encontradas pela municipalidade na área ambiental e a conscientização dos produtores rurais para a importância da preservação das matas ciliares, pois há deficiência de recursos humanos e financeiros para a realização das ações necessárias. Há dificuldade de concretização das ações do Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA e falta de patrulha mecanizada para conservação das estradas. 1.5 Dados agropecuários Área total das UPAs: 98.185,3 hectares Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008) Número de UPAs: 462 Módulo Rural: 12 hectares
a) Estrutura Fundiária
UPAs Área total
Estrato (ha)
Nº % ha %
0 – 10 122 26,4 677,6 0,7 10 – 20 58 12,6 832,8 0,8 20 – 50 85 18,4 2.891,8 2,9 50 – 100 63 13,6 4.503,5 4,6 100 – 200 39 8,4 5.332,8 5,4 200 – 500 47 10,2 14.420,2 14,7 500 – 1000 26 5,6 17.712,9 18,0 1000 – 2000 17 3,7 24.555,5 25,0 2000 - 5000 4 0,9 10.674,4 10,9
> 5000 1 0,2 16.583,8 16,9 TOTAL 462 100 98.185,3 100
Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
b) Ocupação do Solo Descrição de uso do solo N° de UPAs Área (ha) %
Cultura Perene 58 713,5 0,73 Reflorestamento 133 29.775,3 30,33 Vegetação Natural 293 14.814,3 15,09 Área Complementar 391 1.667,2 1,70 Cultura Temporária 204 16.723,6 17,03 Pastagens 398 31.936,0 32,53 Área em descanso 17 545,4 0,56 Vegetação de brejo e várzea 199 2.010,0 2,05 TOTAL - 98.185,3 100,00
Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
c) Principais atividades agropecuárias Principais Explorações Agrícolas Área (ha) N° UPAs
Braquiária 30.994,6 374 Eucalipto 20.820,3 127 Cana-de-açúcar 15.622,7 157 Pinus 8.884,5 7 Laranja 517,2 12 Outras gramíneas para pastagem 362,8 30 Milho 325,5 52 Melancia 279,8 4 Capim Napier ou Elefante 270,9 42 Gramíneas em Geral 215,2 10 Mandioca 173,1 17 Café 139,3 12 Abacaxi 75,8 3 Outras Culturas Florestais 70,2 1 Amendoim 55 1 Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
Principais Explorações Pecuárias Nº Unidade N° UPAs
Bovinocultura de Corte 30.610 Cabeças 93 Bovinocultura de Leite 3.192 Cabeças 75 Bovinocultura Mista 10.366 Cabeças 188 Ovinocultura 1.718 Cabeças 33 Suinocultura 32.321 Cabeças 31 Eqüinocultura 205 Cabeças 948 Avicultura de Corte 535.500 Cab./ano 3 Apicultura 485 Colméias 5 Piscicultura 40.500 m2 5 Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
Principais Atividades Econômicas Não Agrícolas
Nº Unidade Nº Famílias envolvidas
Esporte e Lazer 5 UPA 5 Hotel Fazenda 1 UPA 1 Pesque-pague 3 UPA 3 Lanchonete 3 UPA 3 Turismo Rural 2 UPA 2 Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
d) Participação da Agropecuária na Economia Municipal Tabela: Valor Adicionado Total, por Setores de Atividade Econômica, Produto Interno Bruto Total e per capita a Preços Correntes do município de Agudos, em 2007.
Valor Adicionado
Agropecuária Indústria Serviços (em milhões de
reais) Total
PIB (3) (em
milhões de reais)
PIB per Capita (4) (em reais)
Municípios
(em milhões de reais)
(em milhões de
reais)
Administração Pública
Total (2) (em
milhões de reais)
ESTADO DE SÃO PAULO
14.956,57 225.125,05 67.321,89 519.980,79 760.062,40 902.784,27 22.667,25
Agudos 43,79 197,03 56,53 240,50 481,31 659,74 19.278,94
Fonte: Fundação Seade - PIB Municipal 2007
Valor adicionado pelo Setor Agropecuário (2007): 43,79 milhões de reais, representando 9,10% do valor total. PIB do Município (2007) PIB Total: 659,74 milhões de reais PIB per Capita: R$ 19.278,94 Fonte: Fundação Seade; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
e) Valor Bruto da Produção Anual da Agropecuária
Exploração Produção Anual Unidade Valor da produção (1.000)
Eucalipto 340.000 m3 11.850,00 Cana-de-açúcar 570.000 ton 22.800,00 Pinus 47.000 m3 1.507,00 Laranja 352.459 cx (40,8 Kg) 2.467,00 Milho 21.157 Sc (60 Kg) 339,00 Melancia 7.000 ton. 840,00 Mandioca 31.140 Kg 3.425,00 Café 758 sc (60 Kg) 190,00 Abacaxi 2.000 ton. 720,00 Amendoim 55 ha sc 25 Kg 160,00 Bovinocultura de Corte 127.540 @ 9.820,00 Bovinocultura de Leite 9.320.640 Litros 6.058,00 Ovinocultura 1.718 Cb. 258,00 Suinocultura 32.321 Cb. 8.188,00 Avicultura de Corte 535.500 Cb. 1.285,00
TOTAL – R$ 1.000 69.907 Fonte: LUPA e IEA.
f) Identificação e descrição das principais cadeias produtivas
Produto Fornecedores de insumos Prestadores de serviço
Mão-de-obra
Canais de
comercialização
Leite AGROSOLO, AGROSERVE (Bauru), RACVET (Piratininga), CAMDA (Lençóis Paulista), MIRMAR Rações (Agudos)
Laticínios fazem a coleta do leite.
Basicamente Familiar, com alguns grandes produtores com mão-de-obra contratada.
Laticínios (VOVÓ ANÍSIA, GG, COLASSO e outros).
Olericolas AGROSOLO, AGROSERVE (Bauru), RACVET (Piratininga), CAMDA (Lençóis Paulista), MIRMAR Rações (Agudos)
Não há. Familiar e Contratada
SEASA, supermercados da região, quitandas e venda direta para o consumidor.
Frutas AGROSOLO, AGROSERVE (Bauru), RACVET (Piratininga), CAMDA (Lençóis Paulista), MIRMAR Rações (Agudos)
CUTRALE. Contratada Supermercados e Indústrias de Suco (Matão, Itápolis e outros).
Carne AGROSOLO, AGROSERVE (Bauru), RACVET
Particulares para a Assistência
Contratada Frigoríficos (Bertin, FRIGOL,
(Piratininga), CAMDA (Lençóis Paulista), MIRMAR Rações (Agudos)
Técnica. Mondele e outros).
Madeira e Celulose
A maioria dos produtores arrenda a terra ou fazem parcerias com as grandes empresas.
DURATEX, Duraflora e LWARCEL.
Contratada e Terceirizada
CASBG, Comércio local, regional, indústrias e outros.
Cana-de-açúcar
AGROSOLO, AGROSERVE (Bauru), CAMDA (Lençóis Paulista)
Usinas arrendatárias e empresas terceirizadas.
Contratada e Terceirizada
Usinas da região.
g) Infraestrutura da Produção nas Propriedades
Máquinas e Equipamentos Qtde. Nº UPAs
Arado comum(Bacia,Aiveca) 104,0 90 Arado escarificador 7,0 6 Arado subsolador 10,0 5 Batedeira de cereais 5,0 5 Câmara fria 3,0 3 Carregadeira de cana 4,0 3 Colhedeira acoplada 7,0 6 Colhedeira automotriz 2,0 2 Computador 69,0 2 Conjunto de irrigação autopropelido 2,0 2 Conjunto de irrigação convencional 9,0 9 Conjunto de irrigação pivot central 2,0 2 Conjunto de irrigação gotejamento/microaspersão 9,0 7 Conjunto de fenação 8,0 6 Desintegrador de palha (Plantio direto) 2,0 2 Desintegrador, picador, triturador 126,0 107 Distribuidor de calcário 27,0 19 Ensiladeira 26,0 25 Gradearadora (tiporomi) 54,0 47 Grade niveladora 89,0 78 Implementos para tração animal 14,0 6 Máquina de classificar ovo 1,0 1 Micro trator 8,0 8 Misturador de ração 8,0 6 Ordenhadeira mecânica 9,0 6 Pulverizador tratorizado 42,0 30 Resfriador de leite,tanque expansão 6,0 4 Semeadeira/adubadeira para plantio convencional 31,0 28 Semeadeira/plantadeira para plantio direto 11,0 10 Terraceador 4,0 4 Trator de esteira 12,0 7 Trator de pneus 360,0 165 Fonte: LUPA – SAA/CATI (2008)
Benfeitorias de Produção Qtde. Nº UPAs Açude ou represa 283,0 117 Almoxarifado/oficina 35,0 29 Armazém para grãos ensacados 605,0 6 Balança para bovinos 19,0 16 Balança para veículos 2,0 2 Barracão para bicho da seda/sirgaria 1,0 1 Barracão para granja/avicultura 69,0 12 Barracão/galpão/garagem 231,0 166 Casa de moradia habitada 501,0 262 Casa de moradia (total) 903,0 353 Curral/mangueira 260,0 239 Depósito/tulha 141,0 117 Estábulo 30,0 25 Estufa/plasticultura 7.911,0 13 Fábrica de ração 5,0 5 Instalações para equinos 75,0 11 Máquina de benefício 3,0 2 Fonte: LUPA – SAA/CATI (2008)
h) Infraestrutura e Serviços Públicos de Apoio à Produção / Processamento / Comercialização
Armazéns: Agudos não possui armazéns comunitários na área rural. No entanto, possui 6 (seis) armazéns particulares para depósitos de grãos e insumos em geral. Na zona urbana existe um galpão de Agronegócios ocioso com área de 1.000 m2, destinado às pequenas agroindústias e atividades permitidas para o projeto.
Patrulha agrícola: A Patrulha Rural do município dispõe de dois tratores, sendo um deles traçado, calcareador, plantadeira de três linhas (plantio direto), sulcador de duas linhas, grade pesada, grade niveladora, arado de três discos, roçadeira e broca.
O atendimento é feito através de agendamento, e pode ser utilizado pelos pequenos e médios proprietários situados mais próximos da sede do município.
Entrepostos: Agudos não possui entreposto.
Viveiros:
Não há viveiros de mudas em agudos.
A Prefeitura Municipal d Agudos recebeu material para montagem de um viveiro municipal, mas não executou o projeto até o momento, estando o material guardado.
Para atendimento da demanda da Duratex, empresa de reflorestamento atuante no município, as mudas são produzidas no viveiro especializado da Duraflora, em Lençóis Paulista, do mesmo Grupo.
Para atendimento de grandes demandas particulares, os proprietários contam com o viveiro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, através da unidade de Pederneiras, com ponto de venda também na cidade de Bauru, através do Posto de Sementes e Mudas.
O município conta também com o viveiro de mudas de essêcnias florestais nativas e exóticas da ACIFLORA, que é uma associação destinada à reposição florestal para empresas consumidoras de lenha. Além deste, existe em Bauru o Horto Florestal de Bauru, que produz mudas de essências nativas para a região.
Outros viveiros atendem Agudos, que são aqueles particulares das cidades de Bauru, Borebi e outras da região.
Cozinha industrial: O município de Agudos não possui Cozinhas Industriais, bem como a Prefeitura Municipal de Agudos também não possui local específico para o preparo da merenda das escolas, possuindo apenas o SEMAE, onde são armazenados e posteriormente distribuídos os materiais necessários para cada escola preparar sua própria merenda.
Feira do produtor: Agudos não tem feira de produtores, porém, baseado no Diagnóstico Participativo realizado com a Cadeia Produtiva de Olericultura, é um evento necessário para o desenvolvimento rural do município.
Energia elétrica: O município é atendido pela Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL.
Abastecimento de água: O abastecimento de água nas propriedades é feito basicamente através de poços semi-artesianos e captação de água superficial. Não há uma estrutura diferenciada para apoio à produção, processamento ou comercialização de produtos agropecuários, exceto aquela encontrada no galpão de Agronegócios instalado na zona urbana da cidade.
Serviço de inspeção municipal: Sanitária (Zoonoses), Aedes aegypti, controle de Baratas e Ratos
2. Diagnóstico do Município (análise participativa com a comunidade) 2.1 Análise das cadeias produtivas
Cadeia Produtiva 1: PECUÁRIA DE LEITE
Aspectos econômicos, infraestrutura, sociais e ambientais
A Pecuária Leiteira do município de Agudos é uma das atividades econômicas rurais mais afetadas pela desestruturação da área rural do município. O apego às tradições, isto é, a adoção insistente de técnicas ultrapassadas por parte de muitos produtores tem trabalhado contra o desenvolvimento desta Cadeia Produtiva.
A carência econômica e a falta de informações no setor dificultam a introdução de novas tecnologias e a união dos produtores. A associação rural formada, que anteriormente foi bastante atuante no município, hoje não possui mais força e liderança para intervir a favor dos proprietários e produtores.
Problemas desde falta de comunicação e desinteresse pela qualidade do leite também tem desvalorizado o setor produtivo, que se mantém desestruturado ao longo do tempo. A atuação dos produtores de forma individual atua em detrimento à qualidade do leite, visto que este passa a ser um problema apenas individual; em um grupo de produtores esse fator teria outra dimensão, visto que todos poderiam ser prejudicados com apenas um produtor que não prezasse pela qualidade de seu produto. Por outro lado, o município tem casos de produtores de leite bem sucedidos, o que sinaliza a viabilidade da atividade. O Projeto CATI Leite ainda não foi introduzido no município, porém, alguns proprietários já adotam tecnologia similar à recomendada. Algumas propriedades modelos do CATI Leite instaladas na região, em municípios vizinhos, demonstram a viabilidade das pequenas propriedades quanto à pecuária leiteira. Poucos laticínios atendem a região nas proximidades do município de Agudos, a qual não é considerada tradicional na produção de leite. A necessidade de união entre os produtores fica cada vez mais evidente, e tende a gobiliza-los para a reativação da associação ou a formação de grupos informais.
Considerando os laticínios mais distantes, a proximidade do sul do município com Cerqueira César e Manduri favorece a colocação da produção do leite local. O norte do município escoa sua produção de leite para laticínios localizados nas cidades próximas, principalmente Boracéia. Devido às características geográficas e topográficas do município, principalmente em relação às propriedades situadas na região abrangida pela Serra da Jacutinga, há grande dificuldade de escoamento da produção; torna-se inviável para os laticínios coletarem quantidades menores que 500 litros de leite, fazendo com que os pequenos produtores se desloquem demasiadamente para a entrega da produção.
Diversos agravantes e entraves fazem que o município perca cada vez mais força quando na produção de leite, e estes vão desde a formação cultural diversificada dos proprietários rurais, geralmente vindo de fora do município,
até a geografia e grande extensão territorial que os separa. Dificuldades diversas se somam à dificuldade de manutenção das estradas rurais, difíceis acessos até os pontos de coleta do leite, grandes distância entre as propriedades, falta atual de liderança positiva, dificuldades de divulgação de novas tecnologias, e desinteresse e desânimo dos produtores, etc.
Agudos é um município que ainda comercializa o leite “in natura” diretamente para o consumidor final, sem o tratamento adequado e selo de qualidade, através de vendas próprias e entrega no domicílio. Por um lado, a venda direta ao consumidor viabiliza a produção do leite nos moldes tradicionais, permitindo aos produtores maior renda familiar; por outro, torna a atividade leiteira do local instável e estagnada, visto que os produtores não se interessam em adotar novas tecnologias para diminuição dos custos de produção e/ou aumento da produtividade.
A atual forma de comercialização do leite em Agudos, feita diretamente ao consumidor final, deixa o município vulnerável a uma mudança repentina; a viabilidade da produção está calçada em lucros irreais, e uma mudança na escala poderá inviabilizar a produção em muitas propriedades, onde a eficiência do rebanho é baixa e as pastagens estão degradadas.
A melhoria genética do rebanho fica prejudicada pela inexistência de animais adequados na região, bem como a melhoria das pastagens fica comprometida devido à descapitalização do produtor rural, fato esse que dificulta ainda mais os investimentos na produção e obtenção de financiamentos. Há grande carência de Assistência Técnica no município, principalmente a de um Médico Veterinário, pois o profissional disponibilizado pela Prefeitura atende a área rural apenas aos Sábados. Um dos fatores que interferem no atendimento adequado do município, tanto na questão de Assistência Técnica com a Extensão Rural, é o vasto território ocupado pelo município, sendo ele um dos maiores do Estado de São Paulo, gerando assim uma grande demanda pelos trabalhos oferecidos pelo governo municipal e estadual. Por se tratar de região de solos arenosos em sua camada arável, com restrição de drenagem no subsolo, há grande susceptibilidade a problemas ambientais no município. Conhecidos como Argissolo, esses solos são de difícil conservação quando não há cobertura vegetal adequada para proteção. Com predomínio de solos e pastagens degradas, avoluma-se problemas ambientais como assoreamento dos cursos d’água, erosões laminares e por sulcos, voçorocas e empobrecimento da vegetação nativa, exigindo intervenções diversas para contenção e saneamento do problema. São necessárias no município ações de Educação Ambiental e Assistência Técnica para o pequeno e médio produtor de leite, seja através do atendimento do Projeto CATI Leite, seja através de visitas às propriedades. Sua particularidade como atividade familiar a favorece em tempos de crise. Por ser a atividade rural mais penalizada, a pecuária leiteira tende a se fortalecer com novas e mesmo pequenas ações dos diversos órgãos competentes.
Pontos Positivos Pontos Negativos Cadeia Produtiva Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças
Existência de Associação de Produtores Rurais.
Projeto CATI Leite.
Associação de Produtores Rurais inativa.
Alto custo de produção.
Disponibilidade de máquinas e implementos – Patrulha Agrícola.
Possibilidade de contratação de outro Veterinário pela Prefeitura.
Produtores desunidos e desanimados.
Baixo preço pago ao produtor.
Disponibilidade de Veterinário para vacinação Brucelose.
Convênio para retorno de 100% do valor cabido do ITR para município.
Baixas produções associadas a difícil acesso propriedades.
Degradação do solo e pastagens.
Apego à tradição, a antigos métodos.
Produtores descapitalizados.
Baixa qualidade genética do rebanho.
Êxodo rural.
Falta de comunicação em geral.
Estradas mal conservadas.
Pecuária de Leite
Dificuldades financiamento para arrendatários.
Cadeia Produtiva 2: Olericultura
Aspectos econômicos, infraestrutura, sociais e ambientais A Cadeia Produtiva de Olerícolas no município de Agudos está fortemente lidada ao comércio informal, pois a maioria dos produtores possui hortas próximas da cidade, geralmente protegidas (plasticultura) e comercializam seus produtos diretamente ao consumidor final. Por estarem localizados geralmente próximos da zona urbana, a questão da disponibilidade de água de boa qualidade acaba por afetar alguns produtores, pois ainda há despejo de esgoto “in natura” nos córregos da zona urbana, que fazem divisas com a área rural. Somado a esse fato, o assoreamento dos cursos d’água no município é significativo e afetas os produtores, pois muitas vezes há necessidade de gastos extras de energia
para bombeamento Por outro lado, Agudos é um município com abundante drenagem superficial e reservas subterrâneas de água de boa qualidade, o que permite facilmente a expansão desta atividade. São produtores independentes uns dos outros, isto é, desunidos e que competem incorretamente entre si. Geralmente desinteressados em promover união de forças, não se mobilizam para implantação de feiras populares na área urbana, o que vem a somar negativamente com a falta de iniciativa da Administração Municipal neste evento. A falta de interesse e de liderança entre os produtores, aliada à falta de programas assistenciais e extensionistas na área de produção de olerícolas, fazem com que o município perca oportunidades, como a venda direta para a Prefeitura no caso dos produtores familiares, e a formação de grupos de compras, principalmente para os materiais utilizados no cultivo protegido. A falta de técnicos extensionistas especializados atuando no município até então tem mantido estagnado o desenvolvimento desta Cadeia Produtiva. O resultado da desunião entre os produtores levam à situação de baixa competitividade no mercado e baixo poder de barganha, fazendo com que seus produtos sejam “ofuscados” e marginalizados pelos mercados mais poderosos, em sua maior parte situada no município de Bauru. Esse fato causa a sensação de impotência entre os produtores locais, supervalorizando assim o que os mesmos consideram como “Monopólio” em Bauru. A questão da formalização da atividade nem sempre recebe a atenção adequada, fazendo com que muitos produtores de olerícolas deixem de vender seus produtos no mercado formal, ficando sujeitos a atravessadores, que escoam o eventual excesso de produção. Ocupando as terras geralmente como arrendatários, muitas vezes deixam de regularizar sua documentação por falta de orientação ou desinteresse. O cultivo protegido é adotado por muitos destes produtores, porém, mais especificamente em forma de cobertura, e não como estufas propriamente dita. Para o cultivo em estufas, note-se faltar conhecimentos suficientes para seu manejo eficiente; o alto custo desta técnica também exige alto investimento inicial, o que tem limitado sua adoção no município. Diante de todo esse quadro, os produtores locais nas proximidades da sede do município, desorientados e desorganizados, acabam por competir destrutivamente entre si, deixando de juntar forças para atender melhor o mercado local e externos, agregar valores e melhor sua qualidade de vida. No entanto, o município de Agudos possui grande potencial para o desenvolvimento da Cadeia Produtiva de produtos Olerícolas, pois, além de ter abundância de água de boa qualidade para irrigação, possui bom e variado mercado consumidor interno e externo, o qual comporta maiores ofertas destes produtos; há grande necessidade e apoio para a existência de feira de produtores na cidade de Agudos, o que viria a beneficiar todos os produtores locais. Devido à existência de grandes produtores na região, o mercado de insumos para a atividade olerícola é suficientemente forte e abrangente, não havendo, portanto, falta de mercadorias e serviços para as atividades produtivas.
Pontos Positivos Pontos Negativos Cadeia Produtiva Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças
Facilidade de obtenção de mudas e sementes de boa qualidade.
Possibilidade de aumento da produção e da produtividade.
Baixo volume dos lotes para comercialização.
Altos preços dos insumos no cultivo protegido.
Facilidade de obtenção de insumos em geral.
Atividade em expansão.
Produtores desinteressados, desunidos e descrentes.
Alta pressão das pragas e doenças.
Produtos de boa qualidade para o mercado.
Interesse da Prefeitura em feira de produtores.
Produtores desorientados (área técnica e documentação).
Assoreamento dos cursos d’água e contaminação da água de irrigação.
Abundância de água para irrigação.
Mercado receptivo para os produtos tradicionais. Mercado orgânico ainda inexplorado.
Falta de atuação da municipalidade na organização da atividade.
Pressão dos grandes produtores no mercado.
Estradas asfaltadas próximas do ponto de produção.
Formação de grupos de compras e vendas.
Falta de iniciativa de todos os envolvidos.
Competição desorientada entre produtores.
Existência de barracão de 1.000 m2 para agronegócios e outros.
Assistência Técnica e Extensionismo não capacitado.
Olericultura
Lei Federal n.11.947/09 – Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar.
Cadeia Produtiva 3: FRUTICULTURA
Aspectos econômicos, infraestrutura, sociais e ambientais A Cadeia Produtiva da Fruticultura no município de Agudos ainda é pequena, embora relativamente estruturada. Passa por um período de expansão, tendo os pomares citrícolas aumentado rapidamente nos últimos anos em conseqüência da migração da cultura para regiões mais seguras e livres do “Greening”. A Fruticultura no município passa por crise, principalmente a citricultura, onde os produtores estão tendo dificuldades de manter os pomares e a produção. O fato ocorre principalmente em decorrência da baixa remuneração da produção e alto custo dos insumos, frete e combustíveis, dificultando o mercado para as grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
O “Greening”, a gomose do abacaxi e as demais doenças de ocorrência comum nos pomares frutícolas estão constantemente sendo monitorados pelos produtores, e os colocam em estado de alerta. Alguns agricultores pensam em abandonar a atividade e mudar para outras culturas mais seguras, o que traria prejuízos referentes aos investimentos já feitos e ao tempo de transição de uma atividade para outra.
Embora diversas pressões atuem neste setor, o município de Agudos tem um grande potencial para produção de frutas em geral, visto que o clima e o solo são favoráveis para a cultura. Alguns produtores possuem “Know-how” para produção de frutas para mesa, além do fácil acesso à mudas de certificadas e de excelente qualidade.
O crescimento da produção de frutas é visto como ponto positivo para os produtores, pois favorece o aparecimento de novas indústrias de processamento e fortalece a Cadeia Produtiva do município. A tendência de expansão dos pomares citrícolas na região já demanda a instalação de uma indústria de suco, o que favoreceria os produtores locais pela redução de custos de frete.
A expansão da fruticultura local estimula a busca de novas tecnologias e incentiva a organização dos produtores, que passam cada vez mais a monitorarem suas culturas contra as doenças e pragas, com a consciência de que isso poderá preservar suas atividades lucrativas.
Pontos Positivos Pontos Negativos Cadeia Produtiva Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças
Fácil acesso a insumos e mudas de boa qualidade.
Aumento gradativo das áreas plantadas.
Ausência de agroindústrias para processamento de frutas na região.
Demora na obtenção dos resultados de análises laboratoriais – Greening.
Fruticultura
Agricultores com aptidão para fruticultura.
Mercado receptivo e em expansão.
Poucos e pequenos produtores na região.
Focos de doenças em área urbana.
Clima e solo adequados para a Fruticultura; produtos de boa qualidade.
Possibilidade de agregação de valores aos produtos.
Falta de mão-de-obra qualificada.
Pressão de pragas e doenças – Gomose, Greening, Amarelinho e outras.
Disponibilidade de água para irrigação.
Disponibilidade de barracão de agronegócios na cidade.
Dificuldades com cumprimento da NR 31 – EPIs.
Alto valor dos fretes, serviços e insumos.
Disponibilidade de Assistência Técnica especializada.
Interesse da Prefeitura em feira de produtores.
Produtores isolados, desmotivados e desunidos.
Clima favorece pragas e doenças.
Disponibilidade de máquinas e implementos adequados.
Somente uma agroindústria para o consumo de citrícolas (CUTRALE).
Preço de venda para indústria é baixo.
Cadeia Produtiva 4: PECUÁRIA DE CORTE
Aspectos econômicos, infraestrutura, sociais e ambientais
A proximidade com o município de Lençóis Paulista e Bauru favorece a
pecuária de corte, visto que esses municípios possuem frigoríficos de grande porte. Na maioria das propriedades produtoras de carne do município, a Pecuária de Corte é considerada como uma “atividade secundária”, isto é, uma atividade que não recebe atenção necessária para seu desenvolvimento adequado, resultando em degradação genética do rebanho, degradação do pasto e solo, e desinteresse diversos na atividade. Comparando-se com a Pecuária de Leite, a Pecuária de Corte possui ainda mais problemas ambientais, pois, além desta ser uma atividade extensiva, poucos investimentos em pastagem e solos são feitos. Por suas características extensivas e de seu caráter “secundário” nas atividades das unidades produtivas, não há união dos produtores para formação de lotes maiores ou troca de experiência. A atividade Extensionista é precária, visto que as diversas esferas governamentais não possuem programas específicos voltados para esta Cadeia Produtiva; os técnicos não têm recebido treinamentos que os respaldem nos trabalhos de campo nesta atividade. Há uma grande necessidade de divulgar tecnologias destinadas à Integração Lavoura-Pecuária, pois, além de problemas com a susceptibilidade dos solos à erosão, há muitas pastagens degradadas precisando ser
recuperadas a custos acessíveis aos pecuaristas. Nota-se a existência de uma demanda voltada para a adoção dessa integração, inclusive àquela que envolve a formação de Florestas para produção de madeira de uso mais nobre. O desinteresse dos produtores em novas tecnologias, somado com a caracterização da atividade como secundária na propriedade, faz com que os problemas fiquem mascarados ou sejam aparentemente inexistentes. Falta o conhecimento de referências claras ou propriedades pecuaristas modelo para estímulo de mudanças de postura, de forma a romper com o tradicionalismo nesta atividade e a resistência à incorporação de novas e adequadas tecnologias.
Pontos Positivos Pontos Negativos Cadeia Produtiva Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças
Não há dificuldade de vendas dos produtos
Utiliza área com restrições a diversas culturas.
Baixa demanda e oferta de informações.
Baixa rentabilidade atual por área ocupada.
Custo de manutenção da atividade baixo.
Existência de programa em Universidades (UNESP) para promoção de melhorias.
Considerada atividade de “2º Plano” na propriedade.
Planejamento incorreto das propriedades.
Facilidade de aquisição de insumos.
Possibilidade de ILPF para recuperação de pastagens degradas.
Produtores não possuem iniciativa para melhorias
Aumento das exigências dos frigoríficos e Governo.
Gado é rústico e demanda pouca atenção.
Rebanho de baixas qualidades genéticas.
Gera pouco emprego.
Técnicos Extensionistas sem capacitação.
Pecuária de Corte
Falta de programa governamental.
2.2 Análise geral do município As principais Cadeias Produtivas, priorizadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Agudos no ano de 2009, em ordem decrescente de prioridade, foram: Pecuária de Leite, Olericultura, Fruticultura e Pecuária de
Corte. As Cadeias Produtivas Olericultura e Fruticultura foram incluídas principalmente devido ao seu destaque recente no município, com claras tendências de rápido crescimento. Inicialmente, no primeiro estudo feito pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Agudos, a Cadeia Produtiva de Grãos havia sido priorizada devido ao número de propriedades que adotavam essas culturas. No entanto, ao se realizar o Diagnóstico Participativo, pôde-se notar que na verdade as culturas adotadas, milho e sorgo principalmente, eram destinadas em sua maior parte para produção de silagem e/ou alimentação do Gado de Corte e ainda integração Lavoura-Pecuária. Com a constatação deste fato, o que se havia priorizado como Cadeia Produtiva de Grãos foi incluído na Cadeia Produtiva do Gado de Corte. A economia do município está embasada na área rural, tendo forte influência da cana-de-açúcar e reflorestamentos comerciais. No entanto, sua aptidão para a bovinocultura de corte e leite, bem como fruticultura e olericultura, têm permitido a diversificação de culturas em todo o vasto território. O Distrito de Domélia, distante 70 Km da cidade de Agudos e com cerca de 1.000 habitantes, possui características diferentes do norte do município, visto que fica mais distante da Serra da Jacutinga e possui uma concentração maior de pequenas propriedades. Pontos Fortes: A proximidade do município com Bauru, grande centro comercial do interior paulista, e a existência de estradas e rodovias próximas que permitem fácil acesso a todas as regiões do Estado de São Paulo, representam pontos fortes para a comercialização dos produtos agrícolas do município.
Agudos posiciona-se paralelamente a Rodovia Marechal Rondon, que proporciona fácil comunicação com a capital, através de interligação com a Rodovia Castelo Branco, ao sul do município. Agudos está há 30 km do aeroporto de Bauru-Arealva e a menos de 40 km do Posto Intermodal da Hidrovia Tietê Paraná, via de acesso ao Mercosul. Além disso, o Município é servido pelos trilhos da Ferroban, localizando-se assim no centro de um entroncamento rodoferroviário.
O microclima local é muito favorável para a produção de frutas cítricas, principalmente laranjas, porém, aptas também para limões, abacaxi e uva, com qualidade que atende às exigências de mercado de mesa e industrial. As olerícolas tem se destacado em cultivos protegidos, principalmente com plantio de alface para o atendimento de mercados regionais.
O clima e o solo local são favoráveis ao cultivo de pastagens de alto rendimento, favorecendo assim a Bovinocultura de Corte e Leite. Embora ocorram invernos secos, e solos de baixa fertilidade na maior parte do município, a produção de forrageiras responde adequadamente aos tratos culturais e explorações. Novas tecnologias e produtos viabilizam a produção em pequena escala, favorecendo as pequenas propriedades que dispõem de mão-de-obra familiar. A agricultura familiar no município demonstra viabilidade, estando esta
comprovada em diversas propriedades espalhadas pelo município; 57,36% das propriedades existentes são menores que 50 ha. Atualmente o município possui convênio para receber o repasse de 100% dos recursos disponibilizados através do Imposto Territorial Rural (ITR), o que permite novos investimentos na área rural e promoção de melhorias na qualidade de vida dos produtores rurais. Pontos Fracos: As estradas rurais do município de Agudos encontram-se mal conservadas, o que prejudica o tráfego nas épocas de chuva. A topografia e o relevo, muitas vezes acidentado, dificulta a manutenção das vias em geral. Consequentemente, com a dificuldade de tráfego na zona rural, o transporte de trabalhadores rurais, alunos e o escoamento da produção agrícola ficam prejudicados, gerando prejuízos econômicos e sociais significativos, e dificultando o desenvolvimento de forma geral. Ribeirões, córregos e nascentes encontram-se desprotegidos devido à precariedade ou falta de conservação do solo, muitas vezes sofrendo processos de assoreamento intenso; pastagens degradadas e ausência de matas ciliares são agravantes deste fato. São comuns processos erosivos de diversas naturezas, como erosão laminar, por sulco e até mesmo voçoroca, causando perdas e empobrecimento do solo, desvalorização da propriedade e desequilíbrio ambiental, o que repercute direta e indiretamente na produtividade do setor rural. Cooperativas e infraestrutura regional voltadas para o atendimento aos produtores rurais, muitas vezes deficientes de produtos, somente existem em cidades vizinhas, o que dificulta o desenvolvimento das diversas culturas no município. Embora haja boas lojas de produtos agropecuários em cidades próximas, a união dos produtores fica ainda mais comprometida pela ausência dessas formas de organizações.
A falta atual de liderança no meio rural faz com que os produtores atuem individualmente, buscando apenas as melhorias que possam atender suas necessidades momentâneas. Corre-se, assim, o risco do não atendimento das futuras exigências ou adaptações que se fizerem necessárias para a sobrevivência do produtor rural.
Em se tratando de organizações rurais e movimentos sociais de representação de agricultores e pecuarista, há grande deficiência da mesma, o que pode estar gerando as diversas reclamações relacionadas à demanda por crédito rural. A fraca articulação social da comunidade pode estar fazendo com que a política de crédito não esteja chegando efetivamente aos beneficiários, visto que a oferta tem aumentado a cada ano.
Considerando grande extensão do município, e a conseqüente dificuldade em atualizar rapidamente todos os agricultores sobre políticas públicas, a deficiência de gestores públicos para as diversas políticas públicas pode estar limitando o desenvolvimento do setor rural.
A grande extensão territorial do município de Agudos não só interfere na eficiência dos trabalhos desenvolvidos pelas diversas esferas governamentais, como também dificulta o acesso da população aos serviços básicos, com saúde, segurança, transporte, saneamento básico e assistência social.
A municipalidade carece de um mapeamento físico e funcional do município nos seus diversos aspectos, dificultando as tomadas de decisões e ações no meio rural. Em decorrência da falta de trabalhos dirigidos, voltados para a área rural, torna-se difícil uma visão geral e abrangente do município, principalmente no setor social, onde há um desconhecimento geral das famílias existentes e das condições em que elas vivem. Ameaças: O aquecimento global é uma realidade que afeta os agricultores, pois os mesmos têm suas lavouras afetadas pela variação atípica da temperatura, geralmente ultrapassando os níveis aceitáveis em fases críticas do seu ciclo; os longos períodos de seca causam perdas consideráveis principalmente na produção de carne e leite, descapitalizando ainda mais o produtor rural. Há queda de oferta de mão-de-obra no setor rural, principalmente devido à baixa qualificação da mesma. O êxodo rural no município, tanto nas pequenas como nas médias e grandes propriedades, aliados ao desemprego e à pobreza, provocaram o envelhecimento da população rural, pois os jovens passaram a buscar oportunidades na cidade e não mais retornaram ao campo. O agravamento da crise econômica fez com que muitos trabalhadores deixassem o campo em busca de oportunidades nos centros urbanos, e com isso, a mão-de-obra especializada tornou-se escassa, ameaçando o equilíbrio entre a oferta e a demanda. Houve encarecimentos e dificuldades na produção dos mais diversos produtos agropecuários, tornando o fato uma ameaça para muitos produtores rurais. As obrigações trabalhistas, com o encarecimento da mão-de-obra, também passam a ser uma preocupação dos mesmos. A crescente pressão exercida pelas pragas e doenças tende a se tornar um fator limitante para algumas culturas, pois não só dificultam a produção, mas também aumentam substancialmente o custo do manejo e manutenção de diversas culturas. Oportunidades: Agudos possui potencial para o desenvolvimento da agricultura familiar, tendo várias propriedades demonstrando o sucesso desta prática. Do total de propriedades existentes no município de Agudos, 38,96% são propriedades de 19 ha ou menos (180 propriedades); entre 20 a 50 ha existem 85 propriedades, representando 18,40% do total. As demais propriedades são maiores de 50 ha e representam 42,64% (197 propriedades). O município de Agudos é um grande divisor de águas do Estado de São Paulo, e região de nascente de três grandes e importantes rios: Rio Batalha, Rio Lençóis e Rio Turvo. A boa rede de drenagem superficial existente no município e a facilidade de extração de águas subterrâneas facilitam a adoção de equipamentos de irrigação. A irrigação racional constitui-se oportunidade de compensação das variações climáticas que vêm ocorrendo ao longo das últimas décadas, essas responsáveis por quedas na produtividade das lavouras em geral.
O alto valor dos insumos, serviços e fretes colocam em risco a já baixa lucratividade do meio rural, exigindo dos produtores a união de forças para se atenuar as dificuldades encontradas nas atividades “fora” da propriedade. O desafio da mudança de mentalidade para sobrevivência das atividades rurais é oportunidade para o produtor adquirir novos conhecimentos, ampliar seus horizontes, criar novos vínculos e adotar novas tecnologias. Também, através de planejamento adequado e união de forças, pode-se ampliar as ações dos gestores públicos e Assistência Técnica aos produtores no município, fazendo com que o desenvolvimento local assuma novas proporções e inicie novo ciclo virtuoso. A Patrulha Rural do município dispõe de dois tratores, sendo um deles traçado, além de diversas máquinas e implementos agrícolas para atendimento dos produtores, constituindo-se oportunidade para os pequenos e médios produtores do município. Os produtores podem ter acesso à Patrulha Agrícola através de agendamentos.
2.3 Avaliação das principais cadeias produtivas
Cadeia Produtiva
Dificuldades
Causas
Efeitos
Ações propostas
Pecuária Leiteira
Difícil escoam
ento da
produção.
Pouco leite para a coleta e
propriedades distantes um
a das outras.
Não coleta do leite pelos
laticínios e encarecimento
no custo de produção do
leite.
Criação de grupos
estratégicos para
aquisição coletiva de
tanques refrigeradores.
Pecuária Leiteira
Solos e pastagens
degradados.
Adoção de técnicas
inadequadas na condução
da atividade leiteira.
Degradação ambiental,
baixa rentabilidade e
dificuldades de
manutenção da atividade.
Reivindicação de novas
Políticas Públicas, adoção
de novas tecnologias e
reestruturação da
atividade leiteira nas
propriedades.
Pecuária Leiteira
Rebanho de baixa
qualidade genética.
Inexistência de matrizes de
boa qualidade na região e
dificuldades de
financiam
ento para com
pra
de animais.
Baixas produtividades e
aum
ento do custo de
produção do leite.
Reivindicação de
facilidades de
financiam
ento e adoção
de inseminação artificial.
Pecuária Leiteira
Manutenção das
estradas rurais.
Trafego de cam
inhões
pesados e vasta extensão
territorial do município.
Dificuldade de
escoam
ento da produção
e dificuldade de coleta do
leite por parte dos
laticínios.
Acordo de manutenção
das estadas com
as
empresas e reivindicação
junto aos órgãos públicos
de reforço na manutenção
em geral.
Pecuária Leiteira
Desunião entre os
produtores.
Falta de conhecimento e
desinteresse dos
pecuaristas em
adotar
novas tecnologias; falta de
comunicação e interesse;
produtores desacreditados;
falta de planejamento geral.
Desnivelamento
tecnológico entre os
produtores e desinteresse
em melhorias.
Capacitação, visitas
técnicas, palestras e
envolvimento de
profissionais e
proprietários em
visitas às
propriedades;
planejamento da atividade
no município.
Pecuária Leiteira
Desconhecimento de
Falha no relacionam
ento
Dificuldade de união e
Intensificação das visitas
ações e iniciativas no
setor leiteiro.
entre os pecuaristas e
Assistência Técnica e
Extensionistas.
baixa produtividade média
no município.
às propriedades por parte
dos Técnicos
responsáveis; estimular
visitas dos produtores à
Casa da Agricultura.
Pecuária Leiteira
Dificuldade em obtenção
de financiam
entos.
Falta de conhecimento das
linhas de crédito existentes
e das condições para
financiam
ento.
Planejamento incorreto do
investimento e
desestímulo à solicitação
de crédito.
Capacitação em crédito
rural e planejamento das
atividades produtivas
rurais.
Pecuária Leiteira
Uso de tecnologias
ultrapassadas.
Desinteresse e
desconhecimento de novas
técnicas por parte dos
produtores.
Baixa rentabilidade e
dificuldades de
manutenção da atividade.
Intensificar Assistência
Técnica e Extensionista
com divulgação de novas
tecnologias; estimular
visitas dos produtores à
Casa da Agricultura.
Pecuária Leiteira
Manejo e manutenção
precários dos animais.
Falta de Assistência Técnica
Veterinária na área rural.
Baixas produtividades e
problemas diversos.
Reivindicação (Ofício),
junto aos órgãos
competentes para
contratação de outro
Médico Veterinário para
assistência na área rural.
Pecuária Leiteira
Baixa qualidade do leite
de alguns produtores.
Falta de conscientização e
sensibilização dos
produtores.
Desvalorização do leite
coletado na região.
Capacitação em qualidade
do leite e reuniões de
conscientização.
Pecuária Leiteira
Otim
ização do uso de
insumos e
equipam
entos.
Desconhecimentos de
novas técnicas e apego às
tradições.
Encarecimento da
produção e dificuldades
de manutenção da
atividade leiteira.
Cursos de capacitação,
palestras, visitas a outros
produtores, reuniões e
envolvimento dos
Técnicos responsáveis.
Pecuária Leiteira
Altos preços dos
insumos e oscilação do
preço do leite.
Dinâm
ica da econom
ia e
fragilidade do setor
produtivo leiteiro.
Redução de margens de
lucro e dificuldades de
manutenção da atividade.
Form
ação de grupos para
compras conjuntas e
produção própria de
alguns insumos.
Cadeia Produtiva
Dificuldades
Causas
Efeitos
Ações propostas
Olericultura
Mercado
consumidor
“monopolizado”
ou
de
difícil acesso.
Falta
de
união
dos
produtores,
baixa
quantidade de produtos
oferecidos
e
falta
de
regularização
dos
documentos
da
propriedade.
Baixo poder de barganha
e negociação. Dificuldade
de
colocação
dos
produtos no mercado
União
dos
produtores,
form
ação de grupos
de
compra
e
venda,
capacitação
e
regularização documental
das propriedades.
Olericultura
Instabilidade com
ercial.
Falta de união e iniciativa
dos
produtores
e
municipalidade.
Com
petição
inadequada
entre os
produtores
e
enfraquecimento
da
Cadeia Produtiva.
Criação
da
Feira
de
Produtores
na
cidade,
realização de reuniões de
discussão e planejamento
e
estabelecimento
de
regras
claras
para
o
grupo.
Olericultura
Desunião dos produtores.
Falta
de
iniciativa
da
municipalidade
e
dos
próprios
produtores,
descrença
e
falta
de
expectativa.
Estagnação
do
desenvolvimento
da
Cadeia
Produtiva
no
município
e
perda
de
oportunidades diversas.
Reuniões de discussão e
planejamento
e
capacitação
técnica,
comercial e organizacional
de todos os envolvidos.
Olericultura
Alto preço dos
insumos
para o cultivo protegido.
Material sofisticado e de
tecnologia cara.
Baixo
investimento
na
atividade.
Form
ação de grupos
de
compras
e capacitação
técnica dos
técnicos
e
produtores
para
otim
ização e viabilização
da atividade.
Olericultura
Assistência
Técnica
e
Extensão R
ural deficiente
ou pouco capacitada.
Falta de política pública e
planejam
ento voltado para
o setor de olericultura.
Estagnação
do
desenvolvimento
da
atividade
e
baixa
competitividade
do
produtor.
Criação
de
programas
e/ou projetos
no âm
bito
municipal,
regional
e
estadual para capacitação
dos
Técnicos
e
fortalecimento da Cadeia
Produtiva.
Olericultura
Assoream
ento
de cursos
d’água e contaminação da
água de irrigação.
Falta de conservação do
solo e adoção de práticas
conservacionistas na área
urbana
e
rural;
lançamento de esgoto “in
natura” nos córregos.
Dificuldade de obtenção
da água de irrigação e
gasto
excessivo
de
energia.
Extensionismo R
ural para
conservação
de solo e
adoção de boas práticas;
implantação de estação
de tratam
ento de esgoto;
adoção
de
abastecedouros
individuais e com
unitários.
Cadeia Produtiva
Dificuldades
Causas
Efeitos
Ações propostas
Fruticultura
Avanço da doença do
“Greening” – Citricultura.
Dificuldade natural do
controle da doença e falta
de pragueiros treinados.
Erradicação de plantas,
talhões e lavouras de
citrícolas e conseqüentes
prejuízos econôm
icos.
Treinam
ento de
pragueiros, intensificação
das vistorias e solicitação
de indenização ao
Governo.
Fruticultura
Diversas pragas e
doenças.
Condições climáticas
favoráveis para
propagação.
Interferência na produção,
produtividade e qualidade
dos frutos.
Intensificação de vistorias,
treinam
ento de pragueiros
e aplicadores de
defensivos agrícolas.
Fruticultura
Controle de doenças e
pragas na zona urbana.
Existência de pom
ares
dom
ésticos e plantas
hospedeiras.
Dificuldade de controle de
doenças e pragas nas
áreas comerciais do
município.
Criação de Leis e
mecanismos de controle e
fiscalização em área
urbana.
Fruticultura
Dem
ora na obtenção dos
resultados da análise
laboratoriais para
“Greening”.
Sobrecarga de amostras
no laboratório.
Avanço da doença do
“Greening” na propriedade
e região.
Treinam
ento de
pragueiros, intensificação
de vistorias locais e
regionais e erradicação de
plantas suspeitas.
Fruticultura
Dificuldade de form
ação
de grupos produtores.
Poucos fruticultores
distribuídos no município.
Dificuldades para
fortalecimento do setor, de
obtenção de melhores
preços nas vendas e de
Fortalecimento da Cadeia
Produtiva de Frutas
através do uso das
Políticas Públicas
realização de com
pras
conjuntas.
disponíveis, atualização e
integração dos produtores.
Fruticultura
Falta de mão-de-obra
qualificada.
Êxodo rural e crise
econôm
ica.
Dificuldade na
manutenção da atividade
produtiva em geral.
Cursos para form
ação de
mão-de-obra
especializada.
Fruticultura
Alto custo da produção de
frutas.
Encarecimento da mão-
de-obra, da matéria prim
a,
de e com
bustíveis
combustíveis e crise em
geral.
Baixos rendimentos ao
produtor, dificuldade de
manutenção da atividade
e perda de mercados mais
distantes.
Fortalecimento da Cadeia
Produtiva de Frutas para
aum
ento da área
plantada, união dos
produtores para com
pras
conjuntas e capacitação
de mão-de-obra em geral.
Fruticultura
Falta de máquinas e
implementos agrícolas
para pequenos produtores
mais distantes da sede do
município.
Inviabilidade econôm
ica
na obtenção de máquinas
e im
plementos por parte
dos produtores e grande
extensão territorial do
município.
Necessidade de aluguel,
atrasos operacionais,
prejuízos econôm
icos,
degradação dos solos e
outros.
Reivindicação junto à
Prefeitura para aquisição
e disponibilização de
novos tratores e
implementos adequados
para o Distrito de Dom
élia.
Cadeia Produtiva
Dificuldades
Causas
Efeitos
Ações propostas
Pecuária de Corte
Baixa qualidade das
pastagens.
Manejo inadequado e
baixa rentabilidade/área
atual (poucos animais por
unidade de área).
Degradação do solo e das
pastagens, e baixa
rentabilidade para o
produtor.
Capacitação em manejo
do pasto e solo, adoção
de técnicas de ILP e ILPF,
e aplicação de técnicas
extensionistas.
Pecuária de Corte
Baixa qualidade genética
dos rebanhos.
Falta de inform
ação e
capital para investimento,
dificuldades de acesso a
materiais genéticos
superiores.
Degradação genética do
rebanho, baixa
produtividade e perda de
competitividade com
ercial.
Criar program
as de
melhoram
ento genético,
acessar program
as
existentes e aum
entar
divulgação de novas
tecnologias.
Pecuária de Corte
Difícil acesso às novas
tecnologias e
conhecimentos
específicos.
Falta de program
a
governam
ental na
atividade, baixa
capacitação dos Técnicos
Extensionistas e
resistência e desinteresse
do produtor na adoção de
novas tecnologias.
Manutenção de técnicas
ultrapassadas na Pecuária
de Corte e exploração
ineficiente da propriedade
rural.
Capacitação dos Técnicos
Extensionistas e
ampliação da atuação dos
mesmos. Criação de
programas específicos
voltados para a Pecuária
de Corte.
2.4 Oportunidades / Potencialidades / Por que não explora / Efeito da exploração / Ações propostas
Cadeia Produtiva
Oportunidades/
Potencialidades
Por que não Explora
Efeitos da Exploração
Ações propostas
Pecuária Leiteira
Existência
do
Projeto
CATI Leite na região.
Falta de divulgação do
Projeto no município.
Viabilização da atividade
leiteira nas propriedades.
Divulgar o Projeto CATI
Leite no município.
Pecuária Leiteira
Possibilidade de form
ação
de grupos
e união de
produtores de leite.
Desinteresse, descrença e
desânimo dos produtores.
Com
pensação da grande
extensão
territorial
do
município
e
melhorias
gerais
na
produção
e
produtividade.
Form
ação estratégica de
grupos
e subgrupos
de
produtores de leite.
Pecuária Leiteira
Existência de Associação
de
Produtores
Rurais
form
ada.
Inatividade
da
atual
Diretoria.
Fortalecimento do
setor
produtivo
leiteiro
e
agropecuário no m
unicípio
e região.
Estudos
para reativação
da
Associação
dos
Produtores
Rurais
de
Agudos.
Cadeia Produtiva
Oportunidades/
Potencialidades
Por que não Explora
Efeitos da Exploração
Ações propostas
Olericultura
Necessidade e interesse
da m
unicipalidade em
criar a Feira do Produtor.
Falta de entendimento
entre a municipalidade e
produtores rurais e dem
ais
beneficiados.
Novo e forte ponto de
vendas de produtos, direto
para o consumidor final.
Planejamento, criação de
regras, capacitação,
orientação e im
plantação
da Feira do Produtor.
Olericultura
Existência de barracão
de 1.000 m
2 para
agronegócios e outros.
Falta de entendimento
entre a municipalidade e
produtores rurais; falta de
planejam
ento da
municipalidade.
Criação de pequenas
Agroindústrias e
fortalecimento da Cadeia
Produtiva de Olerícolas.
Planejamento e definição
do uso do barracão
existente.
Olericultura
Lei Federal n.11.947/09
– Programa de
Aquisição de Alim
entos
da Agricultura Fam
iliar e
Falta de divulgação dos
programas
governam
entais
existentes, falta de
Reorganização e estím
ulo
para um novo
planejamento do setor
rural do município, e
Divulgação das Leis e
Programas existente e
reorganização do setor
público m
unicipal para a
dem
ais benefícios ao
Agricultor Familiar.
interesse e
desentrosamento geral.
escoam
ento da produção
rural com
maior
rentabilidade ao produtor.
área rural, com respaldo
na Lei O
rgânica Municipal.
Olericultura
Agregação de valores aos
produtos.
Falta de conhecimento do
mercado e das
possibilidades existentes.
Maior rentabilidade para o
produtor rural e
exploração de novos
mercados.
Cursos de capacitação e
ativação do balcão
destinado às
Agroindústrias locais.
Olericultura
Disponibilidade de
Extensão Rural no local e
rede estadual, curso do
SENAR e outros.
Produtores desconhecem
trabalhos existentes e com
cultura inadequada para
trabalho em conjunto.
União e colaboração
mútua para exploração de
novos mercados
consumidores e
fornecedores.
Divulgação dos trabalhos
existentes e reuniões de
planejamento e trabalho.
Olericultura
Com
pra conjunta de
insumos, principalmente
para cultivo protegido.
Falta de integração entre
os produtores.
Aum
ento da
produtividade,
principalmente na
entressafra.
Promover integração entre
os produtores do
município e região.
Olericultura
Aparecimento de novas
tecnologias, variedades,
equipam
entos, etc.
Falta de interesse do
produtor e pouca
divulgação local das
novidades tecnológicas.
Aum
ento da produção,
produtividade, qualidade
dos produtos e
rendimentos financeiros.
Reciclar conhecimento e
capacitar os produtores e
Técnicos em
novas
tecnologias.
Olericultura
Possibilidade de produção
em maior quantidade e
melhor qualidade.
Baixos volumes para
vendas, pouca divulgação
tecnológica e falta de
entrosamento entre
Técnicos e produtores.
Aum
ento do rendimento
do produtor e
fortalecimentos da Cadeia
Produtiva.
Criar program
a e/ou
projetos voltados para
cultivo protegido e
promover a união entre os
produtores.
Cadeia Produtiva
Oportunidades/
Potencialidades
Por que não Explora
Efeitos da Exploração
Ações propostas
Fruticultura
Possibilidade de irrigação
com aum
ento de produção
e produtividade.
Desconhecimento
da
técnica
e das
linhas
de
crédito específicas.
Aum
ento da renda dos
produtores
e exploração
de novos mercados.
Capacitações
do
produtores e m
ão-de-obra
em irrigação.
Fruticultura
Clim
a e solo favoráveis
para
aum
ento
de
produtividade e produção.
Desconhecimentos
de
técnicas e/ou de
novas
tecnologias.
Aum
ento
da
produção,
qualidade
e
maior
competitividade com
ercial.
Cursos de capacitação
e
visitas
técnicas
a outros
produtores e regiões.
Fruticultura
Aum
ento da área plantada
no
município
e
possibilidade de form
ação
de
grupos
form
ais
e
inform
ais.
Falta de agroindústria nas
proximidades
e falta de
liderança
entre
os
produtores.
Fortalecimento geral
da
Cadeia
Produtiva
e
conquista
de
novos
benefícios
para
os
produtores.
Articular junto aos órgãos
responsáveis a entrada de
agroindústria na região e a
união entre os produtores
locais e regionais.
Fruticultura
Possibilidade
de
agregação de
valores às
frutas produzidas.
Falta de informação sobre
mercado,
criação
de
agroindústria,
produtos
artesanal
e
assuntos
relacionados.
Maior lucro e aum
ento da
renda fam
iliar.
Palestras
e eventos
de
capacitação
em
agroindústrias,
comercialização,
processam
entos e outros..
Cadeia Produtiva
Oportunidades/
Potencialidades
Por que não Explora
Efeitos da Exploração
Ações propostas
Pecuária de Corte
Recuperação de pastagens
com
Integração
Lavoura-
Pecuária
e
oportunidade
para Integração Lavoura-
Pecuária-Floresta.
Falta de divulgação e de
conhecimento
da
técnicas
em
geral.
Atividade
pouco
desenvolvida e testada
na região.
Melhorias
na pastagens,
no solo e promoção
da
diversificação de culturas.
Barateam
ento dos custos
de reform
a de pastagens.
Divulgação
através
de
cursos, palestras e visitas
em propriedades rurais da
ILP e ILPF.
Pecuária de Corte
Técnicas
alternativas
de
criações
e tratam
entos em
geral.
Falta de conhecimento e
interesse em
melhorias.
Melhorias nas pastagens,
no
solo,
na
sanidade
animal e na qualidade do
produto e de vida.
Cursos
e divulgação de
novas
tecnologias
e técnicas
alternativas
para
a atividade pecuária.
3. Diretrizes para o desenvolvimento municipal
Prioridade
Diretrizes
Indicadores
Estratégias
Instituições envolvidas
1º
Conservar
as
estradas rurais do
município.
- Estradas conservadas
- km
readequados
Levantamento dos
pontos
críticos
e elaboração
de
projeto técnico.
Prefeitura
Municipal
e CODASP.
2º
Criar a Feira dos Produtores.
- Feira implantada
- Produtores beneficiados
- Eventos
semanais
–
Feiras
Planejam
ento e criação de
regras de funcionam
ento e
implantação da Feira dos
Produtores no município.
Prefeitura Municipal,
Casa
da
Agricultura de Agudos,
Associação
dos Produtores
Rurais, produtores
rurais e
dem
ais beneficiados.
3º
Preservar/Recuperar
o
Meio
Ambiente.
- APP recuperada
- APP isolada/protegida
- Mudas plantadas
- Reserva Legal vegetada
Elaboração
de
projetos,
form
ação
de
viveiro
municipal, fornecimento de
mudas
de
essências
nativas, orientações
aos
proprietários,
cursos
e
palestras.
DEPRN, Casa da Agricultura
e Prefeitura Municipal
de
Agudos,
ONGs
ambientalistas
e em
presas
privadas.
4º
Valorizar o meio rural.
- Participação em reuniões
- Crescimento pop. Rural
(aum
ento n.º hab. Cam
po)
Movimento de valorização
humana e cultural do m
eio
rural.
Prefeitura Municipal, grupos
de
produtores,
ONGs
e
empresas privadas.
5º
Aum
entar rede de Assistência Técnica
e
Extensionismo
na
área
rural.
Divulgar novas tecnologias.
- Propriedades atendidas
- Profissionais qualificados
contratados
- Dias de Cam
po realizados
- Encontros realizados
Solicitação
de
novos
profissionais
para
atendimento na área rural.
Encontros
e
visitas
a
campo.
Governos Federal, Estadual
e
Municipal
SEBRAE,
EMBRAPA, APTA..
6º
Aum
entar segurança da área rural.
- Bairros patrulhados
Implantação/manutenção
do Projeto Patrulha Rural,
da Polícia Militar.
Polícia Militar de Agudos.
7º
Form
ar e/ou reativar associações
e
grupos de produtores rurais.
- Grupos form
ados
- Associações form
adas
- Associações reativadas
Reuniões
com produtores
das Cadeias Produtivas.
Prefeitura
Municipal
e SEBRAE.
8º
Ampliar
e modernizar
a Patrulha
- Máquinas adquiridas
Novos convênios e projetos
Prefeitura
Municipal
de
Agrícola Municipal
– Máquinas
e
Implementos.
- Im
plementos adquiridos
- Produtores atendidos
para
aquisição
de
máquinas e implementos.
Agudos.
9º
Melhorar
a comunicação na zona
rural/urbana.
- Telefones comunitários
instalados
- Bairros atendidos
- Fam
ílias atendidas
- Propriedade atendida
Instalação de torres
de
rádio, telefonia e Internet,
de telefones comunitários e
outros.
ANATEL,
Empresas
de
telefonia,
CPFL,
Governo
Federal,
Governo
Estadual,
Prefeitura
Municipal
de
Agudos.
10º
Integrar os
produtores
nas Cadeias
Produtivas.
- Reuniões realizadas
- Grupos form
ados
- Visitas realizadas
Reuniões,
cursos
de
capacitação e visitas
a
campo.
Prefeitura
Municipal,
SEBRAE, EMBRAPA, APTA.
11º
Mapear propriedades e cadastrar as
famílias e população residente na área
rural do município de Agudos.
- Fam
ílias cadastradas
- Habitante cadastrado
- Propriedade mapeada
Levantamento censitário da
área rural através de visitas
e entrevistas, e convênios
com
órgãos
públicos
diversos.
Governos
Municipal,
Estadual
e
Federal,
empresas privadas, O
NGs e
outros.
12º
Promover a educação na zona rural –
Ambiental e Sanitária.
- Fam
ílias atendidas
- Propriedades visitadas
- Alunos envolvidos
- Escolas envolvidas
Aquisição
de
veículo
especial
para assistência
veterinária,
palestras
e
eventos
dirigidos
para
profissionais e m
unícipes.
Governo
Federal,
Governo
Estadual (Polícia A
mbiental,
DEPRN e outros), Prefeitura
Municipal,
Casa
da
Agricultura
de
Agudos,
ONGs
Ambientalistas
e SENAR.
13º
Aproximar
os
diversos
elos
das
Cadeias Produtivas.
- Reuniões realizadas
Reuniões.
Prefeitura
Municipal,
SEBRAE, EMBRAPA, APTA.
4. Planejam
ento da Execução
4.1 Iniciativas para o desenvolvimento rural em
andam
ento
Nome
Instituições
Metas
Prazos
Recursos
Beneficiários
Patrulha Agrícola
Prefeitura Municipal
- Atendimento de pequenos e
médios produtores.
Em
andam
ento.
Prefeitura M
unicipal e
produtores rurais.
Pequenos
e médios
produtores rurais.
Conservação
das
Estradas Rurais
Prefeitura M
unicipal e
CODASP.
- Manutenção das estradas
rurais
do
município
de
Agudos.
Em
andam
ento.
Prefeitura M
unicipal e
Governo do Estado
de São Paulo.
Produtores
e
trabalhadores rurais.
Médico da Fam
ília
Prefeitura Municipal
- Atendimento médico da
população urbana e
rural
(executado
na
sede
do
município).
Em
andam
ento.
Prefeitura Municipal.
População carente do
município.
Transporte de Alunos
Prefeitura Municipal
- Transporte de estudantes
para escola na sede
do
município.
Em
andam
ento.
Prefeitura Municipal.
Estudantes
da área
rural.
Cursos do SENAR
SENAR
- Capacitações diversas.
Em
andam
ento.
SENAR
Produtores
e
trabalhadores rurais.
Projeto
Jovem
Aprendiz
SENAR
- Capacitação de jovens para
atividades agropecuárias.
Em
andam
ento.
SENAR
Jovens do município.
Educação Ambiental
Prefeitura
Municipal
de Agudos
- Educação Ambiental de
alunos
do
ensino
fundam
ental.
Em
andam
ento.
Prefeitura M
unicipal e
Projeto.
População em geral.
4.2 Novas iniciativas necessárias para atendimento das diretrizes do plano
Nome
Instituições
Metas
Prazos
Recursos
Beneficiários
Fortalecimento
e
readequação
da
Pecuária Leiteira.
Casa da Agricultura,
Prefeitura Municipal,
SEBRAE, SENAR, e
Associação
dos
Produtores Rurais de
Agudos.
Aum
ento da produtividade
média no município.
01/01/2010 a
31/12/2013.
- CATI Leite, FEAP e
PRONAF.
Produtores
de leite
de Agudos.
Conservação
de
Estradas Rurais.
Casa da Agricultura,
Prefeitura
Municipal
de
Agudos
e CODASP.
Conservação das
principais
estradas rurais do município.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Prefeitura Municipal,
Governo do Estado
de
São
Paulo
e
produtores rurais;
População
do
município de Agudos.
Projeto CATI Leite.
Casa da Agricultura.
Implantação de 02 unidades
dem
onstrativas no m
unicípio
de Agudos.
01/01/2010 a
31/12/2010.
Programa CATI Leite.
Pequenos produtores
de Leite.
Form
ação de G
rupos
de Produtores.
Associações
e Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Form
ação
de
grupos
de
produção, compra e venda
de produtos agropecuários.
01/01/2010 a
31/12/2013
Produtores
rurais de
Agudos.
Produtores
rurais de
Agudos.
Reestruturação
da
logística
de
transportes
no setor
leiteiro.
Associações,
Prefeitura M
unicipal e
Casa da Agricultura
de Agudos.
Reestruturar o transporte do
leite e insumos na zona rural
do município. Instalação de
tanques
refrigeradores
comunitários de acordo com
a Instrução
Norm
ativa
nº.
22/2009.
01/01/2010 a
31/12/2013
Produtores
de Leite
de Agudos, FEAP,
PRONAF e Prefeitura
Municipal.
Produtores
de Leite
de Agudos.
Conservação do Solo
Agrícola.
Casa da Agricultura e
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Adoção
de
práticas
conservacionistas
como
adubação verde, m
anejo de
mato, etc. Estudo dos solos
e
adoção
de
técnicas
conservacionista adequadas
01/01/2010 a
31/12/2013.
Prefeitura Municipal,
Governo do Estado
de
São
Paulo
e
produtores rurais;
Produtores
rurais do
município de Agudos.
Reativação
de
Associação
dos
Produtores Rurais de
Agudos.
Associação
dos
Produtores Rurais de
Agudos e Região.
Reativação da associação de
produtores
rurais
do
município de Agudos.
01/01/2010 a
30/06/2010.
Associados.
Produtores
rurais do
município de Agudos.
Patrulha Agrícola.
Prefeitura Municipal
Modernização das máquinas
e im
plementos agrícolas para
atendimento de pequenos e
médios produtores.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Prefeitura M
unicipal e
produtores rurais.
Pequenos
e médios
produtores rurais.
Adoção de práticas
de
Integração
Lavoura-Pecuária-
Floresta (ILPF).
Casa da Agricultura,
associações
de
produtores
rurais e
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Instalação
de campos
de
dem
onstração de Integração
Lavoura-Pecuária. Adoção
da
ILP para reform
a de
pastos degradados.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Prefeitura M
unicipal e
produtores rurais.
Pequenos
e médios
produtores rurais.
Instalação
de
Laticínio.
Associações
de
produtores
rurais e
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Instalação de um laticínio no
município de Agudos
01/01/2010 a
31/12/2011.
Prefeitura
Municipal
de Agudos e FEAP.
Produtores
de Leite
do
município
de
Agudos e região.
Melhoramento
genético do rebanho
leiteiro e de corte.
Casa da Agricultura,
associações
de
produtores
rurais e
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Capacitação
de
mão-de-
obra, de produtores de leite e
criação
de
estrutura
comunitária
para
inseminação artificial.
01/01/2010 a
31/12/2011.
Casa da Agricultura
de Agudos, Prefeitura
Municipal de Agudos,
SEBRAE, SENAR e
Associação
dos
Produtores Rurais.
Produtores
de Leite
do
município
de
Agudos.
Resgate
da
Cidadania
e
Valorização do Meio
Rural.
Prefeitura Municipal
Valorização do hom
em do
campo.
01/01/2010 a
31/12/2013
Prefeitura Municipal
Município de Agudos.
Cursos de Irrigação.
Casa da Agricultura,
Prefeitura
Municipal
de Agudos e SENAR.
Capacitação de produtores e
mão de obra.
01/01/2010 a
31/12/2011.
Prefeitura
Municipal
de Agudos e SENAR.
População
do
município de Agudos.
Agroindústria
citrícola.
Associações
e Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Facilitar
implantação
de
agroindústria
citrícola
na
região.
01/01/2010 a
31/12/2011.
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
População
do
município de A
gudos
e região.
Controle de Plantas
Hospedeiras, Pragas
e Doenças Agrícolas
na Zona Urbana.
Prefeitura Municipal
Criação
de
Leis
e procedimentos para controle
de
plantas
hospedeiras,
pragas e doenças
na
zona
urbana.
01/01/2010 a
31/12/2010.
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
População
do
município de A
gudos
e região.
Capacitação de m
ão-
de-obra.
Casa da Agricultura,
Prefeitura
Municipal
de Agudos e SENAR.
Capacitação de m
ão-de-obra
especializada
para
as
diversas atividades rurais.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Prefeitura
Municipal
de Agudos, SENAR e
empresas privadas.
População
do
município de A
gudos
e região.
Qualidade do Leite.
Casa da Agricultura,
Prefeitura
Municipal
de Agudos e SENAR.
Capacitação de produtores e
trabalhadores
rurais
para
obtenção de leite de alta
qualidade.
01/01/2010 a
31/12/2011.
Prefeitura
Municipal
de Agudos e SENAR.
População
do
município de A
gudos
e região.
Equipar
Patrulha
Rural – Polícia Militar
Polícia
Militar
de
Agudos.
Equipar
e
Apoiar
o
patrulham
ento dos bairros
rurais.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Prefeitura
Municipal
de
Agudos
e
Secretaria
de
Segurança Pública do
Estado de São Paulo.
População
do
município de Agudos.
Educação Ambiental
Governo
Federal,
Estadual e M
unicipal,
e
Casa
da
Agricultura.
Educação
de
alunos
do
ensino
fundam
ental,
profissionais
e
população
rural.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Governo
Federal,
Estadual e Municipal.
População em geral.
Educação Sanitária
Governo
Federal,
Estadual e M
unicipal,
e
Casa
da
Agricultura.
Educação
Sanitária
da
população rural.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Governo
Federal,
Estadual e Municipal.
População rural.
Preservação
e Recuperação
Ambiental
Associação
de
Produtores, Prefeitura
Municipal e C
asa da
Agricultura
de
Agudos.
Preservação e R
ecuperação
Ambiental do município de
Agudos.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Prefeitura M
unicipal e
proprietários rurais.
População
do
município de Agudos.
Form
ação
de viveiro
municipal
– Mudas
essências nativas.
Casa da Agricultura,
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Atendimento
da
dem
anda
com mudas
de essências
nativas.
01/01/2010 a
31/12/2010.
Governos
Federal,
Estadual e Municipal.
Proprietários rurais.
Mapeam
ento,
diagnóstico
e
planejamento
social
da área rural.
Prefeitura M
unicipal e
Casa da Agricultura
de Agudos.
Mapeam
ento, diagnóstico e
visitas para conhecimento da
área rural.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Governos
Federal,
Estadual e Municipal.
Fam
ílias e moradores
da
área
rural
de
Agudos.
Criação
de
propriedade
pecuarista modelo.
Casa da Agricultura
de Agudos.
Implantação
de
uma
propriedade
pecuarista
modelo.
01/01/2011 a
31/12/2013.
Produtor rural.
Pecuaristas
do
município e região.
Ativação do Galpão
de agronegócios.
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Planejamento e ocupação do
galpão
existente
com
Agroindústrias
e atividades
permitidas.
01/01/2010 a
31/12/2013.
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Produtores
rurais e
dem
ais beneficiados.
Criação
e
implantação da Feira
de
Produtores
de
Agudos.
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Criação e implantação
de
diversos
eventos
de
feiras
populares
de
produtos
agropecuários,
agroindustriais e outros
01/01/2010 a
31/12/2010.
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
Produtores
rurais e
dem
ais beneficiados.
Central de Controle
de Zoonoses.
Prefeitura
Municipal
de Agudos
Implantar
um
centro
de
controle de
zoonoses
no
município.
01/01/2010 a
31/12/2010.
Prefeitura
Municipal
de Agudos.
População
do
município de Agudos.
Bibliografia, Instituições e Materiais ZIMBACK, C.R.L.; TRAFICANTE, C.; CESAROTTI, L.A. Levantamento
semidetalhado de solos e determinação da capacidade de uso das terras do município de Agudos – SP. Período: maio a dezembro/2006. 2006
PREFEITURA MUNICIPAL DE AGUDOS. Site da Prefeitura Municipal de
Agudos – SP. Janeiro de 2010. (http://agudos.sp.gov.br/site/) PREFEITURA MUNICIPAL DE AGUDOS. Secretarias Municipal de Agudos.
Dezembro de 2009. COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ – CPFL. Unidade de Agudos.
Janeiro de 2010. PLANO DIRETOR DA SAÚDE. Secretaria Municipal da Saúde de Agudos.
Prefeitura Municipal de Agudos – SP. Período: 2010 a 2013. COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRAL – PROJETO
LUPA. Levantamento Censitário das Unidades Produtivas Agropecuárias. 2008.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE.
Contagem da População. 2007. CENTRO DE PESQUISAS METEOROLÓGICAS E CLIMÁTICAS APLICADAS
À AGRICULTURA – CEPAGRI. Clima dos Municípios Paulistas. Novembro de 2009.
DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ENERGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO –
DAEE. Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo – SIGHRH.
5. Instituições envolvidas Associação dos Produtores Rurais de Agudos
______________________________________ José Ademar Simões
Presidente
A Prefeitura Municipal e o Conselho Municipal de Desenvolvimento rural aprovam este plano.
Agudos, 19 de Março de 2010.
_________________________________ Everton Octaviani Prefeito Municipal
__________________________________________
Roberto Martins Presidente do CMDR
ANEXO I LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE AGUDOS
MUNICÍPIOS CONFRONTANTES - AGUDOS
ANEXO II CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KOEPPEN DO ESTADO DE
SÃO PAULO, COM DESTAQUE PARA AGUDOS
ANEXO III IMAGENS DO MUNICÍPIO DE AGUDOS
Vista aérea do Jardim Cruzeiro. Serra da Jacutinga ao fundo – Agudos, Estado de São Paulo.
Vista aérea do Distrito de Domélia, ao sul do município – Agudos, Estado de São Paulo.
ANEXO IV RELEVO DO MUNICÍPIO DE AGUDOS
Figura: Modelo digital do terreno do Município de Agudos – SP.
Figura: Mapa das declividades do Município de Agudos – SP.
ANEXO V SOLOS DO MUNICÍPIO DE AGUDOS
Figura: Mapeamento de solos do Município de Agudos – SP.
ANEXO VI CLASSE E USO ATUAL DAS TERRAS DO
MUNICÍPIO DE AGUDOS
Figura: Mapa das classes de capacidade de uso do Município de Agudos – SP.
Figura: Distribuição espacial das classes de uso atual das terras do Município de Agudos – SP.
ANEXO VII DETALHES AMBIENTAIS DO MUNICÍPIO DE AGUDOS
Figura: Áreas de Preservação Permanente ao redor dos corpos de água no Município de Agudos – SP.
ANEXO VIII ESTRADAS RURAIS DO MUNICÍPIO DE AGUDOS
Figura: Mapa das estradas rurais do Município de Agudos – SP.