Portimão antigo

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Natalie, Simone e Eloi

Vila por mais de quatro séculos, Portimão tornou-se cidade no final da 1ª República, durante omandato presidencial de Manuel Teixeira Gomes. Foi exatamente em onze(11) de Dezembro demil novecentos e vinte e quatro(1924) que foi promulgado o decreto de elevação a cidade.

A vocação marítima de Portimão foi consolidada com o desenvolvimento da pesca, do comércio,da indústria de conservas de peixe e com o turismo. A complementaridade com a serra deMonchique foi, desde cedo, estimulada por privilégios dos monarcas quinhentistas respeitantesao abate de castanheiros para a construção naval. Mais tarde, já no século XX, a populaçãorural serrana desce para a vila marítima e alimenta com a sua força de trabalho a produçãofabril e o boom turístico dos anos 60. O despovoamento da serra avoluma a população urbana.

O rio e o mar são, ainda hoje, os fatores vitais para a afirmação de Portimão no contexto regional e

internacional. Se no séc. XVI partiam marinheiros e mestres de navios para as Américas e para a

Andaluzia, barcos carregados de peixe salgado e de frutos secos foram partindo para o Norte da

Europa e para os portos do Mediterrâneo, estabelecendo nessas rotas a fisionomia deste porto

seguro. Nos finais da monarquia o movimento intensificou-se com o estabelecimento de catalães e

andaluzes dinamizadores da indústria conserveira e do comércio. A feição cosmopolita

modernizou-se e moldou-se na relação com a Europa.

Da altura do rei D.Afonso III é um foral que fala do sítio de Portimão. Sob o rei D.Afonso V, a

pedido de 40 moradores, nasce S. Lourenço da Barrosa que originará a Vila Nova de Portimão.

Em termos históricos, a origem da cidade de Portimão remonta ao período Neolítico. As necrópoles

de Alcalar e de Monte Canelas comprovam a vivência humana desde esse período, assim como

ânforas, moedas e restos de antigos edifícios no Vale da Arrancada, Monte mar, Baralha e Abicada

confirmam a passagem dos romanos. Por sua vez, a presença árabe é comprovada

essencialmente pelas chaminés, pequenas capelas e vegetação específica existente ainda hoje

em solo portimonense.

É no reinado de D. Afonso V, no século XV, que nasce Vila Nova de Portimão, rapidamente

dinamizada pela navegação na costa africana. O terramoto de 1755 viria a afetar a vida e

economia desta terra. Só a partir do final do século XIX, com o desenvolvimento da indústria

conserveira, o comércio de frutos secos e da pesca é que a cidade viria a tomar um novo rumo.

Tiago e Tomás

O convento de S. Francisco

pertence a uma família

anónima mas, esta construção

teve a iniciativa de construção

de Simão Correia

Manuel Teixeira Gomes foi o

homem que elevou Portimão

a cidade. Fê-lo enquanto

Presidente da República por

decreto datado de 11 de

Dezembro de 1924.

O poeta António Aleixo foi

famoso pelos vários poemas

de cariz popular. O liceu que

há em Portimão na Rua 25

de Abril tem o seu nome.

Vós que lá do vosso império

Prometeis um mundo novo

Lembrai-vos que pode o povo

Q'rer um mundo novo a sério.

Se pedir, peço cantando,

Sou mais atendido assim,

Porque, se pedir chorando,

Ninguém tem pena de mim.

Quem prende a água que corre

É por si próprio enganado;

O ribeirinho não morre,Vai correr por outro lado.

Nuno Mergulhão foi

Presidente da Câmara

Municipal de Portimão entre

1993 e 1999, foi também

Oficial Superior da Marinha

Portuguesa e Licenciado em

Engenharia Electrotécnica.

Adriana, André Pires, Diogo Silva e Marcelo

Casa Inglesa

Cinema de Portimão Antigo Cinema

Bairro Operário

Ruinas do Castelo de Alvor

Interior do Castelo de Alvor

Antiga cisterna da fábrica de conservas Salinas

Estação romana da Quinta da Abicada

Câmara Municipal Mercado do peixe

Igreja Matriz e Igreja do Colégio

Dânia e Sophie

O Pelourinho de Portimão, estava em frente à Câmara Municipal e

por incrível que pareça foi destruído para dar lugar a uma fonte, fonte

essa que entretanto foi também destruída para ser construído o largo

que atualmente existe nesse local.

Existem cerca de uma vintena de moinhos ao longo do Rio Arade entre Portimão e Silves,

quase todos em mau estado ou reduzidos a ruínas, mas que atestam bem a importância queestes tinham outrora para a economia local. São também importante do ponto de vista histórico-

cultural porque ali se encontram vestígios de actividades humanas que datam de tempos

remotos.

Moinhos de água

Rio Arade

Lília e Margarida

Pequeno busto em bronze que

presta homenagem a Simon

Bolívar, o grande libertador da

Venezuela. Localiza-se no

centro da rotunda com o

mesmo nome, assente num bloco de mármore

Busto de Simon Bolívar

Rotunda Simon Bolívar Estátua do Poeta João

Braz, Zona Ribeirinha

de Portimão

Foi um poeta, jornalista e escritor português. Os

seus versos foram declamados por alguns dos

maiores declamadores nacionais, como João

Villaret e Natália Correia, entre outros. Como

jornalista, João Braz foi fundador e director de

"A Rajada", tendo colaborado nos jornais "O

Diabo", "Ala Esquerda", "Vibração",

"Espectáculo", "Artes e Letras", "Diário de

Lisboa", "Diário Ilustrado", "Correio do Sul",

"Jornal do Algarve" e "Diário do Alentejo".

Inês e Joana

Junho é o mês das

sardinhas assadas, das

marchas populares e do

folclore que fazem parte

da tradição das

festividades de Santo

António, de São João e

de São Pedro, celebradas

nos dias 13, 24 e 29 de

Junho respetivamente.

Os Bairros de Portimão

organizam marchas

populares cujo desfile tem

lugar na Zona Ribeirinha.

JOGO DA MALHA

O jogo da malha é um jogo tradicional jogado por homens

ou mulheres e consiste no seguinte:

Numa pista de terra batida com cerca de 20 metros de

comprimento colocam-se nos extremos os "belhos" que

são feitos de pau com cerca de quinze centímetros de

altura, seis de diâmetro e afiados no topo superior, são

colocados na vertical. Os objetivos dos jogadores que

integram equipas de 3, 4 ou 5 elementos é derrubarem o

belho, com uma malha ("bolacha" de ferro com cerca de 7

centímetros de espessura, 12 a quinze centímetros de

diâmetro e com um furo no meio). O derrube do belho

vale três pontos, a malha que fica mais perto do belho

ganha um ponto o jogo termina quando uma das duas

equipas faz 60 pontos. Joga-se com várias equipas mas

em cada pista só duas equipas se defrontam.

Jogo dos Sacos

MATERIAL: sacos de serapilheira (café ou cereais)

TERRENO: Terreno livre de obstáculos

NÚMERO DE PARTICIPANTES: variável, em grupos

OBJECTIVO: Ver qual o grupo que ganha

JOGO: Fazem-se 3 colunas com um saco à frente de cada uma. Ao apito os

primeiros da coluna vestem os sacos e vão saltando até á meta e voltam

para trás. Quando chegam á fila despem a saco e vão para o fim, o que

está a seguir veste a saco e faz o mesmo. Vão fazendo todos até chegar ao

primeiro da fila. Ganha o grupo que fizer tudo mais rapidamente.

Jogo do Eixo

No chão é traçado um risco do qual está a 1ºcriança com as mãos apoiadas

nos joelhos, fletindo o tronco e a cabeça (mula). Os outros estão em fila, a

uma distância de cerca de 2 metros da primeira. Depois de uma ligeira

corrida, saltam, uma a uma, afastando as pernas e pousando as duas mãos

sobre as costas do colega. À medida que vão saltando, vão-se colocando,

também, na posição do 1º jogador, a uma certa distância umas das outras

(2 metros). Assim, vai aumentando o número de sobre as quais têm de

saltar. Se forem 10 crianças, a última salta por cima de nove. Então, chega

a vez da primeira, que ficou junto do risco, saltar por cima de todos os

colegas. Continua sempre assim o jogo.

Corridinho, corridinho

Meu Algarve das baladas,

não és bem como te cantam.

Mais que moiras encantadas

tens moiras que nos encantam.

Refrão:

Corridinho, corridinho,

antes que a morte apareça

corridinho, corridinho,

vamos lá viver depressa.

Cava a terra, pisa o mosto,

puxa a rede e continua.

A 'balhar' até dá gosto

o suor que a gente sua.

Refrão:

Corre, pula, rodopia

até manhanita, moça.

Já alugámos o dia

mas a noite é toda nossa.

Refrão:

Portimão é um paraíso para quem gosta de peixe e marisco. Peixe

grelhado ao lume lento do carvão, como a sardinha, o sargo e o

salmonete, sopas de peixe, de ligueirão, de cação e camarão,

arrozes de safio, de lingueirão ou de polvo, lulas ferradas,

choquinhos com tinta, carapaus alimados, feijoada de buzinas,

atum de cebolada e caldeirada de peixe são apenas alguns dos

pratos típicos ao seu alcance. O mais famoso é "Ameijoas à

Portimonense".Mas nem só de peixe faz-se a mesa de Portimão.

Desde as sopas de beldroegas, de feijão branco com batata doce e

o famoso arjamolho são algumas das apetitosas entradas.

Para acompanhar não pode deixar de provar a famosa "Amarguinha", aguardente de medronho ou

um dos famosos licores tradicionais de frutos e mel. Sem esqueçer, claro, as famosas "Ervilhas à

Portimonense" que regalam qualquer um. Para uma deliciosa sobremesa deverá tentar os figos

com amêndoas, resistir aos "Dom Rodrigos" nem pensar, passando pelo queijo de figo,

morgadinhos e bolas de ovos.

A Lenda da Pedra Mourinha

Dizem os antigos, que nesta pedra se encontra um mouro que foi

encantado e a rapariga que sonhar três vezes com um mouro que esta

encantado da pedra, vai-lhe tirar o encantamento. É uma lenda muito

antiga e a pedra existe na Pedra Mourinha que é um bairro grande, onde

está a pedra em forma de vaca que fica na beira da estrada em Portimão.

Lenda dos três irmãos de Alvor

Corre entre o povo de Alvor que os três pequenos rochedos localizados na Praia dos Três Irmãos,

em Alvor, simbolizam três irmãos pescadores que apanhados inesperadamente no meio de uma

tremenda tempestade soçobraram e faleceram sem qualquer auxílio da Providência Divina, ficando

petrificados. E aqui a memória dos tempos apagou uma parcela do discurso bastante importante

para a compreensão do fenómeno. Por que teriam ficado petrificados? Por que não foram

socorridos pela Divina Providência? Alguns atribuem esse facto a promessas não cumpridas pelos

familiares, em terra, na praia no acto do salvamento. E eis o que nos resta desta lenda cuja

narrativa se tem perdido nas memórias ao longo dos tempos.

Dom Rodrigos (Algarve)

O Dom Rodrigos, também conhecidos como bolos de Dom Rodrigo, são doces tradicionais do

Algarve, originários de Lagos e um dos doces mais típicos da região. São feitos à base de fios de

ovos, enriquecidos com canela e amêndoas (ingrediente muito presente na doçaria regional

algarvia). Os Dom Rodrigos são enrolados em papel de cristal e embrulhados em papel de prata

de várias cores. A receita aqui apresentada dá para 6 unidades deste doce que é uma verdadeira

delícia.

Receita de bolo de figo

• 4 0vos250 gr de figos secos

• 1 cálice de rum

• 330 gr de farinha

• 1 c(chá)de fermento

• 200 gr de açúcar amarelo

• 150 gr de margarina

• 1 c(sp)bem cheia de mel

• 1 laranja

• 1 c(chá)rasa de canela

• 250 gr de figos secos

• 1 cálice de rum

• 4 0vos

• 330 gr de farinha

• 1 c(chá)de fermento

• 200 gr de açúcar amarelo

• 150 gr de margarina

• 1 c(sp)bem cheia de mel

• 1 laranja

• 1 c(chá)rasa de canela

Lave os figos, enxugue-os, corte-os aos pedacinhos e ponha-os a

macerar em rum. Peneire em conjunto a farinha com o fermento.

Separe as gemas das claras e bata as ultimas em castelo firme.

Amoleça levemente a margarina e bata-a muito bem com o açúcar até

obter um creme.

Junte as gemas, uma de cada vez, sem parar de bater. Adicione o mel,

a raspa de laranja e a canela. .Acrescente sem bater a farinha,

alternando com colheradas de claras. Por fim, junte os figos.

Deite a mistura dentro de uma forma de bolo inglês, juntada e forrada

com papel vegetal também juntado, durante cerca de 1 hora Lave os

figos, enxugue-os, corte-os aos pedacinhos e ponha-os a macerar em

rum. Peneire em conjunto a farinha com o fermento. Separe as gemas

das claras e bata as ultimas em castelo firme. Amoleça levemente a

margarina e bata-a muito bem com o açúcar até obter um creme