Principais Sindromes Geriatricas

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Principais Síndromes Geriátricas

João Paulo FrançaInterno - UFPE

O Ser Idoso:

Senescência e Senilidade

Desconhecimento Turbulência

Psicológica

Síndromes geriátricas

Cognição Humor

Mobilidade Comunicação

O Laboratório

C H M Co

O Laboratório

C H M Co

Iatrogenia

Imobilidade

Instabilidade

Postural

Inc. Esfincteria

naInc.

Comunicativa

O Laboratório

C H M Co

Iatrogenia

Imobilidade

Instabilidade

Postural

Inc. Esfincteria

naInc.

Comunicativa

Laboratório

Redes Credenciadas

O Laboratório

C H M Co

Iatrogenia

Imobilidade

Instabilidade

Postural

Inc. Esfincteria

naInc.

Comunicativa

Laboratório

Redes Credenciadas

(Família)

Ins. Familiar

O Laboratório

C H M Co

Inc. Cognitiv

a

Imobilidade

Instabilidade

Postural

Inc. Esfincteria

naInc.

Comunicativa

Laboratório

Redes Credenciadas

(Família)

Ins. Familiar

DesconhecimentoNegligênciaIgnorânciaSuperusoPouco uso

Iatrogenia

Falando sobre os “Is” geriátricos

1. IATROGENIA

Iatrogenia: conceito

“Doenças ou complicações iatrogênicas, são aquelas

decorrentes da intervenção do médico e/ou da equipe, seja esta intervenção certa ou errada, mas da qual resultam conseqüências

prejudiciais para a saúde do paciente”

(Carvalho-Filho e col., 1996)

Fatores de Risco para Reação Adversa a Drogas

Polifarmácia (> 4 medicamentos) 3 x > risco ↑ exponencial com nº de

medicamentos 2 drogas – 8% 5 drogas – 50% 8 ou + drogas – 100%

Cascata Medicamentosa

Bloq. Ca++

Diurético

Alopurinol + KCl

Inibidos H2 + Antiácido

Laxante

Antiespasmódico

Edema

HipocalemiaHiperuricemia

Dispepsia

Obstipação

Dor abdominal

Outras iatrogenias: preconceitos

Ele é muito velho para ser submetido a isto. UTI não é local de velho. Ele não pode saber ou decidir. Polifarmácia é uma necessidade.

é da idade!

Outras iatrogenias: Excessos e Carências

Comunicação Pobre e Ineficiente Distanasia Intervenções Fúteis e/ou sem comprovação (Prevenção

Quaternária) Excesso de Equipe Interdisciplinar Ausência de Equipe Interdisciplinar

Falando sobre os "Is" Geriátricos

2. INSTABILIDADES POSTURAIS

Instabilidade: quedas

6a causa de morte no idoso 40% das admissões em casas de repouso Incidência

70 anos 25%

75 anos 35%

>80 anos 40%

institucionalizados 50%

Consequências das Quedas

Fraturas: 4 a 6 % Morte: 2,2 % Incapacidade em levantar-se Imobilidade Medo de cair : 40 a 73% dos que já caíram

20 a 46% dos que não caíram Diminuição na atividade Maior morbidade (quedas = marcadores de

condições clínicas subjacentes)

CONDIÇÕES MÉDICAS

ALTERAÇÕES SENSORIAIS

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO

PERIGOS DO MEIO AMBIENTE

INADEQUADA AJUDA PARA O

CUIDAR

MEDICAMENTOS

CAUSAS INTRÍNSECAS CAUSAS EXTRÍNSECAS

QUEDA

COMPLICAÇÕES

FRATURASIMOBILISMO

HEMATOMAS,TRAUMAS,

FERIDAS

PERDA DA AUTOCONFIANÇA,MEDO DA QUEDA

DIMINUIÇÃO DAQUALIDADE DE VIDA

INSTITUCIONALIZAÇÃOMORTE

É necessário investigar

Quedas: Fator ambiental

Quedas :Fator Ambiental

Avaliação mais detalhada do “Idoso Caidor”

• Circunstâncias• Fármacos• Enfermidades• Visão• Função Articular • Mobilidade• Marcha e equilíbrio• Tempo de Reação• Exame Cardiovascular

Frequência , ritmo PA, ortostatismo

• Exame Neurológico Estado Mental Força muscular Nervos Propiocepção Cerebelo

• Exames de Laboratório• Hemograma• Eletrólitos• Urea-creatinina• Glicose• TSH• Neuroimagens

Avaliação Multiprofissional: Fisioterapia / TO / Nutrição / ...

Falando sobre os "Is" Geriátricos

3. IMOBILIDADE

Imobilidade

Fatores Predisponentes: Osteoartrose Doenças reumáticas Sequelas de fraturas DPOC, ICC, AVC e Infecções Desnutrição e Desidratação Parkinson, Demência e

Depressão

Imobilidade

Comprometimento da mobilidade - Passos a seguir:

a) Quantificar a imobilidade( escalas de AVDs)b) Exame Clínico c) Exames complementares, de acordo com as

suspeitas levantadas no exame clínico:

- Desnutrição: albumina- Distúrbio Metabólico: Na , K,U, C, TSH, T4 livre, Ca,

glicemia jejum- Anemia: hemograma e ferritina- Artropatia: PCR, Raio X- Miopatias inflamatórias: CK, transaminases- Síndromes Infecciosas: Hemograma, Urina/Urocultura ,

Raio X, HIV, VDRL- Doenças Tromboembolicas

Imobilidade: consequências Depressão Confusão mental Hipotensão e constipação

intestinal Incontinência e Infecção

Urinária Trombose Venosa e

embolia pulmonar 20% das mortes em acamados.

Pneumonia e broncoaspiração

Úlcera de pressão - escaras

Atrofia muscular - sarcopenia

Falando sobre os "Is" Geriátricos

4. INCONTINÊNCIAS

Falando sobre os "Is" Geriátricos

4.1. INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Importância Clínica

Queixa importante em mulheres >60a 30-30% tem qualquer IU 6-14% tem IU diária

Incontinência urinária

Hiperplasia prostática benigna

Maior volume residual

IDOSO SAUDÁVEL vs. JOVEM SAUDÁVEL

Diminui a capacidade vesical total

Menor pressão de fechamento uretral máxima

Atrofia vaginal e uretral

Maior número de contrações vesicais involuntárias

Maior número de micções noturnas

TRATO GENITO-URINÁRIO

Alterações com o Envelhecimento

Incontinência urinária

Importância Clínica

Institucionalização Isolamento social

▪ Vergonha / Ansiedade / Depressão Declínio funcional Úlceras de pressão / ITU Aumenta o Risco de Quedas/Fraturas

CONSEQUÊNCIAS

Incontinência urinária

Importância Clínica

Frequentemente não mencionada 50% dos idosos c/ IU não procuram o médico

▪ Vergonha / Normal para idade / Sem tratamento

<10-30% dos médicos documentam IU no prontuário

Profissionais não capacitados 1/2 a 2/3 dos médicos não fazem nem uma simples

avaliação quando ficam sabendo do problema

DESCASO

Dave J. ACP-ASSIM on line 2001Incontinência urinária

Afastar Causas Transitórias

Delirium Psicológica Imobilidade Infecção Endócrina Excesso de volume urinário Medicamentos Atrofia Fecaloma

Incontinência urinária

Definir o Diagnóstico

IU do tipo estresse de esforço

IU por hiperatividade do detrusor tipo urgência

UI por hipoatividade do detrusor

UI por obstrução uretral

Incontinência urinária

Abordagem Comportamental

Reduzir a ingesta de líquidos, cafeína,... CUIDADO !

Posição sentada / Esvaziamento completo

Treinamento vesical Ir ao banheiro a intervalos muito curtos Aumentar os intervalos gradualmente

Postura do Cuidador Reação positiva para “roupa seca” Reação neutra para “umidade”

Incontinência urinária

TRATAMENTO

Instabilidade do Detrusor

Abordagem Comportamental (Primeira Escolha) Exercícios do Assoalho Pélvico

Exercícios de Kegel Biofeedback

Anticolinérgicos Oxibutinina Tolterodina Imipramine Outros

Incontinência urinária

4.2. INCONTINÊNCIA

FECAL

Incontinência Fecal

DISTÚRBIO SOCIAL IMPORTANTE – INSTITUCIONALIZAÇÃO

DESAFIO

IMPACTO SÓCIO-ECONÔMICO Assaduras, infecções, alienação,

depressão, alteração, libido

N Eng J Med 1992:326

Incontinência fecal

Incontinência fecal: etiologia

EnvelhecimentoIdade avançadaDescaso ProfissionalSedentarismo Debilidade geralAlteração consciênciaEsforço crônico evacuar

Br J Community Nurs 2010;15(8):370-4

Incontinência fecal

Incontinência fecal: etiologia

ABORDAGEM DIAGNOSTICO TRATAMENTO INDIVIDUALIZADO

Incontinência fecal

Rev Med Chir Soc Med

Falando sobre os "Is" Geriátricos

5. INSUFICIÊNCIA COGNITIVA

Insuficiência das funções cognitivas

Durante o envelhecimento existem mudanças estruturais cerebrais, como diminuição de peso e volume, perda seletiva de neurônios, diminuição no numero de sinapses e decrescimo na plasticidade neuronal.

Considerações Gerais

• Queixas de memória 30% dos idosos em geral 75% dos idosos internados

• Fatores que interferem na memória

idade avançada ansiedade estresse

isolamento desconfiança psicofármacos

Insuficiência das funções cognitivas

Capacidade

cognitiva

Alterações normais do

envelhecimento

Depressão

Demência

Dellirium

Insuficiência das funções cognitivas

Identificar e quantificar o

declínio cognitivo

Determinar o nível de

comprometimento que

acarreta a vida do indivíduo.

Possível causa e plano de cuidado.

Os 3 (4) “Ds”...

DEPRESSÃO

Depressão no idoso: importância

Alta prevalência no idoso Turbulência Psicológica Potencialmente tratável Causa grande prejuízo à reabilitação do

paciente e maior permanência hospitalar

Acarreta grande sofrimento e desorganização pessoal, familiar, social e profissional

Aumento da morbimortalidade Condição subdiagnosticada, subtratada

e subvalorizada

Avaliação Diagnóstica

O diagnóstico é clínico, baseado em uma história clínica completa (incluir história psiquiátrica pregressa e familiar:

DSM IV1. OBSERVAR O ASPECTO

FÍSICO (APARÊNCIA) DO PACIENTE,

2. OBSERVAR O CONTEÚDO DO DISCURSO

3. IDENTIFICAR FATORES DE RISCO ;

SUICIDIO

- Escalas de avaliação: - Depressão – edg de yesavage (5, 15 ou

30 itens)- Hamilton, montgomery-asberg,

beck, cornell, mini-mental

- Funcional (katz, barthel)

- Inventário medicamentoso

- Exame físico (neurológico)

- Exames complementares

- Avaliação neuropsicológica

Sinais de alerta para depressão no idoso

VanItallie TB. Subsyndromal depression in the elderly: underdiagnosed and undertreated. Metabolism.

2005

• Queixas somáticas desproporcionais aos achados dos exames

clínico e complementares

• Alterações do comportamento e da conduta

• Perda da capacidade funcional

• Distúrbio de memória

• Dor crônica

• Reação anormal ao luto

• Mudanças na vida social

• Institucionalização

• Etilismo de início recente

Doenças clínicas que podem apresentar sintomas depressivos

Independente da etiologia, podem desenvolver um quadro depressivo.

Doença

Doenças Endócrinas

Pulmonar obstrutiva crônica

Doença renal em estágio terminal

Câncer - cabeça de pâncreas

AIDS

Doenças Virais

Doenças Auto-imune

Doenças Neurológica

Dor crônica

Doenças Clínicas Crônicas

Antihipertensivosreserpina,clonidina, propranolol, hidralazina, metildopa

Antiarrítmicos lidocaína, procainamida

Antiparkinsonianos levodopa, bromocriptina

Analgésicos AINH; indometacina; opióides

Anticonvulsivantes carbamazepina; fenitoína; barbitúricos

Sedativos-hipnóticos

benzodiazepínicos; hidrato de cloral

Antipsicóticos butirofenonas; fenotiazinas

Antibióticospenicilinas; sulfametoxazol; clotrimazol; tetraciclina; dapsona; metronidazol; estreptomicina; griseofulvina

Bloqueadores H2 cimetidina; ranitidina

Antineoplásicosazatioprina; plicamicina; vincristina; vinb;astina; interferon; bleomicina; 6-azauridina; tamoxifeno

Hormônioscorticóides; noretisterona; estrógenos, progesterona

Estimulantes do SNC

anfetaminas; fenfluramina; dietilpropiona

Medicamentos associados à depressão

Alexopoulos GS. Depression in the elderly. Lancet, 2005

Os 3 (4) “Ds”...

DEMÊNCIAS

O que é demência?

“A demência consiste em comprometimento cognitivo e/ou comportamento que

compromete pelo menos dois dos domínios cognitivos : memória, função executiva,

habilidades visuo - espaciais, linguagem, personalidade e comportamento, sendo que

nesses domínios acometidos a memória pode ou não está acometida. ”

Considerações Gerais

• Queixas de memória 30% dos idosos em geral 75% dos idosos internados

• Fatores que interferem na memória

idade avançada ansiedade estresse

isolamento desconfiança psicofármacos

Tipos de demências

Alzheimer Demência Vascular Demência Fronto temporal Demência dos Corpos de Levy Demência na Doença de Parkinson Demência e AIDS Outras...

Novas abordagens de tratamento

Treino de familiares e cuidadores

TerapiaComportamental

Terapia de orientação para realidade

Facilitadores ambientais

Terapia de reminiscências

Aloterapia

DELÍRIUM

Delirium

• 'delirium' é uma síndrome neurocomportamental, causada pelo comprometimento transitório da atividade cerebral, obrigatoriamente em função de distúrbios sistêmicos. O prejuízo cognitivo decorre da quebra da homeostase /bom funcionamento do cérebro e da desorganização da atividade neural.

Delirium

Abrupto, flutuante e alteração no nível de consciência e atenção.

Metabólica, renal, hepática, infecciosa, doença da tireóide, TCE, encefalite, meningite, efeito colateral de drogas.

Tratamento: Tratar a causa

Falando sobre os "Is" Geriátricos

6. INCAPACIDADE

COMUNICATIVA

A Comunicação

AudiçãoMotricidade

Oral

Voz (Fala) Linguagem

Comunicação

Visão

Deficit…

Desconexão com o Mundo

Resultam em perda da independência.

Isolamento

Demência

Abordagem…

Afastar Causas Orgânicas

Demência

Fonoaudiologia

Falando sobre os "Is" Geriátricos

7. INSUFICIÊNCIA

FAMILIAR

A Família…

A Principal Instituição Cuidadora dos Idosos Frágeis

Transição Demográfica

Mudança Padrões da Sociedade

Limita possibilidade de Cuidados > Tto das Síndromes Geriátricas.

Equipe InterdisciplinarBIO

SOCIALPSICOO.M.S.

SAÚDE

Conclusão