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Perspectivas e desafiosR e l a t ó r i o p r e l i m i n a r d e a v a l i a ç ã o
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PPPPProInfo:roInfo:roInfo:roInfo:roInfo: Perspectivas e desafios
Ministério da Educação - MECSecretaria de Educação a Distância - SEED
Programa Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foPrograma Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foPrograma Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foPrograma Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foPrograma Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foUNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Aval iação Ex terna do ProIn foAval iação Ex terna do ProIn foAval iação Ex terna do ProIn foAval iação Ex terna do ProIn foAval iação Ex terna do ProIn fo
Relatório preliminar de avaliação
BrasíliaUniversidade de Brasília
2002
MEC/MEC/MEC/MEC/MEC/S E E DS E E DS E E DS E E DS E E DSecretário de Educação a DistânciaPedro Paulo Poppovic
Diretor do Dep. de Informática na Educação a DistânciaCláudio Francisco Souza de Salles
Coordenador Geral de Avaliação e Acompanhamentode ProjetosAlberto Castilho de Siqueira
Coordenador Geral de Suporte Didático-PedagógicoJean Marc Georges Mutzig
Assesora de DiretoriaRegina Luna Santos Cardoso
Univers idade de Bras í l ia Univers idade de Bras í l ia Univers idade de Bras í l ia Univers idade de Bras í l ia Univers idade de Bras í l iaBartholomeu Torres TróccoliGileno Fernandes Marcelino
Maria de Fátima Guerra de SousaMaria de Fátima Ramos Brandão
Nilson HolandaWaldyr Viegas
S U M Á R I O
PRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTES : : : : : bbbbbases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca s
1 Características e objetivos do ProInfo
2 O projeto de avaliação do ProInfo
3 Metodologias de avaliação de programas sociais
4 Metodologia de avaliação do ProInfo
SEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDA PA PA PA PA PARTEARTEARTEARTEARTE: a avaliação: a avaliação: a avaliação: a avaliação: a avaliação dododododo P P P P ProIn foroIn foroIn foroIn foroIn fo
5 Papel e funcionamento dos NTE
6 As escolas do ProInfo
7 Os recursos humanos do ProInfo
8 A dimensão pedagógica do ProInfo
9 Síntese e conclusões
S U M Á R I O
PRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTES : : : : : bbbbbases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca s
1 Características e objetivos do ProInfo
2 O projeto de avaliação do ProInfo
Avaliação Permanente
Avaliação ad hoc
3 Metodologias de avaliação de Programas sociais
A experiência internacional
A experiência brasileira
4 Metodologia de avaliação do ProInfo
O modelo da avaliação
A execução da pesquisa
SEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDA PA PA PA PA PARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ARTE – A AA AA AA AA AVVVVVALIAÇÃO DO PALIAÇÃO DO PALIAÇÃO DO PALIAÇÃO DO PALIAÇÃO DO Pro In foro In foro In foro In foro In fo
5 Papel e o funcionamento dos NTE
A infra-estrutura organizacional do NTE
A infra-estrura física do NTE
A infra-estrura tecnológica do NTE
A rede elétrica
A rede lógica
Equipamentos de informática
Suprimentos de material
Segurança das instações
Condição de acesso à internet
Provedor de acesso
Condição da rede local
Condição de segurança da rede
Qualidade de assitência técnica dos fornecedores
Condições de trabalho para suporte técnico no NTE e às escolas
Disponibilidade de recursos de informática
6 As escolas do ProInfo
Rede elétrica
Segurança das instalações
Rede local
Condições de trabalho
Equipamentos
Suprimentos
Licenças para uso de software
Assistência técnica
7 Os recursos humanos do ProInfo
Caracterização e qualificação
a) Técnicos
b) Multiplicadores
c) Professores
d) Alunos
Motivaçao e comprometimento
a) Técnicos
b) Multiplicadores
c) Professores
Desempenho e relacionamento
a) Técnicos
b) Multiplicadores
c) Coordenadores do NTE
d) Coordenadores do laboratório de informática da escola
8 A dimensão pedagógica do ProInfo
a) uso de informática nas escolas;modalidade e receptividade
b) mudanças na sala de aula
Motivação e interesse
Freqüência às aulas
Disciplina
Qualidade do trabalho dos alunos
Motivação para as aulas no laboratório
Interesse pelas atividades propostas na disciplina
Interesse pela pesquisa em diversas fontes
Interesse pela informação e conhecimento
Interesse pelas questões sociais
c) Melhoria do processo de ensino e aprendizagem
Rendimento escolar
Competências, habilidades e atitudes
Desenvolvimento da leitura
Desenvolvimento da escrita
Desenvolvimento da organização e estruturação do pensamento
Desenvolvimento da compreensão de conceitos abstratos
Desenvolvimento da identificação e compreensão de problemas
Desenvolvimento da resolução de problemas
Desenvolvimento do trabalho em equipe e colaboração
Desenvolvimento da criatividade e inovação
Desenvolvimento da investigação e experimentação
Desenvolvimento da curiosidade e observação
9 Síntese e conclusões
1) Situação de desempenho dos NTE
2) Os recursos humanos do ProInfo
3) As escolas do ProInfo
4) A dimensão pedagógica
Uso da informática nas escolas
Mudanças na sala de aula e gestão escolar
Melhoria do processo de ensino-aprendizagem
PRIMEIRA PARTEANTECEDENTES: basesconceituais e metodológicas
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#14
1 Características e objetivos do ProInfoO ProInfo – Programa Nacional de
Informática em Educação, que vem sendo
implementado pelo Ministério da Educação,
desde 1997, através da Secretaria de
Educação a Distância - SEED, em parceria
com os governos estaduais e alguns muni-
cipais, visa à introdução da telemática1 na
escola pública, como ferramenta de apoio
ao processo de ensino-aprendizagem. É,
portanto, como essência e concepção, um
programa de educação, antes que um
projeto de modernização tecnológica.
São objetivos organizacionais estratégicos do
ProInfo:
a) melhorar a qualidade do processo de
ensino-aprendizagem;
b) possibilitar a criação de uma ecologia
cognitiva nos ambientes escolares,
mediante incorporação adequada das
novas tecnologias de informação das
novas tecnologias da informação pelas
escolas;
c) propiciar uma educação voltada para o
progresso científico e tecnológico;
preparar o aluno para o exercício da
cidadania numa sociedade
tecnologicamente desenvolvida;2
Em síntese, o Programa visa a melhorar a
qualidade e a eqüidade do sistema de
ensino do país. Qualidade no sentido do
aumento e diversificação dos espaços e
metodologias do processo de construção e
transmissão do conhecimento. Eqüidade
pela ampliação das oportunidades de
acesso às tecnologias da telemática, como
instrumento para coleta e tratamento de
informações, reduzindo aquilo que se tem
convencionado chamar de exclusão digital.
A concepção do Programa foi orientada
pelos seguintes princípios:
a) articulação entre os diferentes níveis de
governo, com a formulação de diretrizes
2 MEC/SEED, PROINFO, DiretrizesDiretrizesDiretrizesDiretrizesDiretrizes, julho de 1997
1 Essa palavra tem sido utilizada para designar a reunião das tecnologias de informática e telecomunicações Esse conjunto de técnicas é também
referido, freqüentemente, como Tecnologias de Informação, Educação e Comunicação (ou IECTs – Information, Education and Communication
Technologies).
#15
através do Conselho Nacional de Secre-
tários Estaduais de Educação – CONSED
e operacionalização dos projetos pelos
Governos estaduais;
b) adesão dos Estados e Escolas envolvi-
dos, mediante compromissos
explicitados nos Planos Estaduais de
Informática na Educação e nos projetos
de aplicação pedagógica da tecnologia
de cada escola beneficiada, que tam-
bém assume a responsabilidade pela
preparação das instalações físicas e pela
capacitação de professores;
c) descentralização da execução, a cargo
dos Estados, com o apoio da Coordena-
ção Estadual do ProInfo e do sistema
dos Núcleos de Tecnologia Educacional
- NTE;
d) parceria, incentivando-se a mobilização
da cooperação da comunidade, de
instituições de ensino, como universida-
des e escolas técnicas, de fabricantes e
fornecedores de hardware, produtores e
editores de softwares educativos,
de operadores de telecomunicações, de
empresas públicas e privadas;
e) transparência, pelo intenso debate das
diretrizes do Programa e pela ampla
divulgação dos seus objetivos e metas
(textos e estudos, folders, página da
Internet, entre outros recursos de
divulgação)
f) planejamento integrado, procurando
antecipar todos os requisitos considera-
dos essenciais para o sucesso do
projeto, compreendendo infra-estrutura
física e tecnológica, capacitação, apoio
pedagógico e suporte técnico.
Além disso, foi prevista a implantação de um
sistema de acompanhamento e avaliação,
com a definição de indicadores de desem-
penho que permitam aferir resultados e
impactos em termos de melhoria da quali-
dade, eficiência e equidade do ensino de 1º
e 2º graus.
Na implementação do programa, de confor-
midade com os seus princípios orientadores,
foram cumpridas as seguintes etapas:
a) sensibilização dos agentes educacionais
para compreensão da importância do
Programa para o desenvolvimento da
educação nacional;
b) especificação, aquisição e distribuição de
equipamentos e softwares;
c) formação de professores multiplicadores,
efetuada por intermédio de cursos de
pós-graduação lato sensu;
d) implantação dos Núcleos de Tecnologia
Educacional – NTE, para promover a
capacitação de recursos humanos
necessários para o Programa (professo-
res e técnicos de suporte) e dar apoio
técnico-pedagógico ao processo de
incorporação de novas tecnologias pelas
escolas.
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#16* Dados de abril de 2002. Os dados utilizados nos demais capítulos deste relatório se referem a junho de 2001, quando estavam implantados 246 NTEs
O programa vem sendo executado de forma
descentralizada e participativa, através das
Secretarias Estaduais de Educação, sob
supervisão da Coordenação Nacional do
ProInfo e com a colaboração técnica do
Centro Experimental de Tecnologia
Educacional – CETE, vinculado ao
Ministério da Educação e localizado em
Brasília.
O CETE foi concebido para apoiar o processo
de incorporação de novas tecnologias pelas
escolas e para ser um centro de difusão (e
discussão, em rede) de experiências nesse
campo, além de constituir também o
elemento de contato do governo brasileiro
com instituições que em todo o mundo
patrocinam iniciativas e experimentos
relacionados com a tecnologia educacional
e a educação a distância.
Na fase inicial, o ProInfo contempla as
seguintes metas:
a) beneficiar 7,5 milhões de alunos em
6.000 escolas;
b) implantar 200 NTEs;
c) capacitar 1.000 professores
multiplicadores em cursos de pós-
graduação lato sensu, realizados em
parceria com universidades;
d) capacitar 25.000 professores de escolas
públicas;
e) formar 6.000 técnicos especializados
em hardware e software para dar
suporte às escolas e NTE;
f) instalar 105.000 computadores
(inclusive 5.000 destinados aos NTE).
Para cumprir essa programação foram
adquiridos, nos três últimos anos, cerca de
32.000 computadores e periféricos (servi-
dores, impressoras a laser e a jato de tinta,
scanners, etc).
Até agora já foram implantados 268 NTEs*
e beneficiadas 2.881 escolas em todo o
Brasil, sendo 306 na região Norte,1.036
no Nordeste, 1.931 no Sudeste, 841 no
Sul e 309 no Centro Oeste. Foram capaci-
tados 302 técnicos, 1.419 professores
multiplicadores e 20.905 professores das
escolas envolvidas no Programa.
#17
A configuração tecnológica disponibilizada
pelo MEC para as escolas da rede pública
de ensino é a mais próxima possível da
predominante nas empresas e organizações
informatizadas do Brasil, compreendendo
as seguintes especificações:
• microcomputador compatível com o
padrão IBM/PC;
• impressoras policromáticas com
tecnologia ink jet;
• interface gráfica do tipo MS-Windows;
• conjunto integrado de software para
automação de escritórios;
• hardware e software necessários para
interligar os computadores fornecidos
entre si, à Internet e à TVEscola.
Os microcomputadores têm processadores
Pentium e, ao serem entregues pelo MEC
aos estados, para serem instalados nas
escolas públicas, podem contribuir para:
a) o uso de software educativo por um
período mínimo de cinco anos (sem
custos significativos de atualização
tecnológica);
b) a utilização de recursos de informática
com características ergonômicas e de
segurança adequadas à preservação da
integridade física do educando;
c) a formação da Rede Nacional de
Informática na Educação; otimização do
processo de gestão escolar e de
avaliação educacional;
d) interação escola/comunidade, inclusive
por meio de cursos da área de
informática abertos à comunidade;
e) maximização do tempo de funciona-
mento contínuo (hardware e software),
decorrente do uso de tecnologia robusta
e amplamente dominada
Ademais, de acordo com as diretrizes do
MEC, esses equipamentos apresentam
as seguintes características:
a) compatibilidade com o padrão IBM/PC,
dominante no mercado nacional;
b) tecnologia robusta, para aumentar o
tempo de vida útil;
c) garantia de funcionamento total por
cinco anos;
d) possibilidade de interligação em rede e à
Internet;
e) instalação em unidades de laboratórios
nas escolas, para permitir o acesso de
mais alunos e facilitar o uso pela
comunidade.
No plano inicial do ProInfo, foi previsto que
o Programa deveria ser submetido a um
processo de acompanhamento e avaliação,
por duas razões principais: primeiro, em
função do vulto dos investimentos
programados, e segundo, pela
complexidade inerente a um processo de
introdução de tecnologia de ponta em
sistemas tradicionais de ensino.
A avaliação de programas públicos, entre os
quais se incluem, dentre os mais
importantes, aqueles voltados para a
educação, em seus diferentes níveis,
encerra dificuldades conceituais, técnicas e
metodológicas de monta, geradoras, não
raro, de conflitos e frustrações que
desestimulam a ação do gerente público.
Conceitualmente, a avaliação tende a ser
assimilada ao controle social, onde a coesão
grupal é um valor tão fundamental que
qualquer desvio se torna fatal para o
grupo, na medida em que o controle
implica a exclusão da ação ou do membro
desviante. Outras vezes, a avaliação
gerencial é confundida com o controle
jurídico-legalista, quando, sob o fanal da lei,
o controle busca verificar a conformidade
ou desconformidade com a norma, por
meio de auditorias de vários tipos, que
culmina, no mais das vezes, na punição
dos atores desviantes. Diferente dessas
2 O projeto de avaliação do ProInfo
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#18
abordagens é a avaliação como função
administrativa. No campo da administração,
reina o primado da ação, de modo que a
avaliação visa a monitorar a ação no sentido
de reorientá-la ou de corroborá-la.
A avaliação administrativa, portanto, não
visa nem à exclusão nem à punição, pois
tais procedimentos significariam descarte de
recurso, mas tão somente a correção ou
reorientação do curso da ação.
Tecnicamente, a avaliação dos programas
públicos encontra resistência no jogo de
poder inerente a toda organização, quando
as tentativas de avaliação se frustram em
interconexões conflitantes de concepções
filosóficas divergentes na teia
organizacional.
Sob o ponto de vista metodológico, o
processo confronta-se com os múltiplos
níveis e as complexas abordagens dos
programas públicos. Dentre esses aspectos,
há que se destacar as formas de avaliação,
a qual deve ser sempre permanente e
continuada. É a chamada avaliação
concomitante, de natureza interna,
como atividade normal e rotineira do
administrador. A esta se junta a avaliação
ad hoc feita de forma pontual, singular,
isolada ou num determinado ponto do
tempo e normalmente contratada com
consultores externos. O ponto de partida da
avaliação é a caracterização dos objetivos
dos stakeholders ou dos patrocinadores do
programa ou de sua avaliação.
a) Avaliação permanente
Nesse nível, o conceito de avaliação do
ProInfo é definido como o processo
formativo e participativo que tem o
propósito de “verificar se está
acontecendo o que foi previsto” e “medir
as conseqüências do que está
acontecendo”. Para tanto, são
consideradas as seguintes etapas:
1) estabelecer os objetivos e as metas;
2) definir indicadores e padrões de
desempenho;
3) elaborar procedimentos de medição;
4) coletar e analisar dados e
informações;
5) gerar conclusões;
6) corrigir rumos;
7) compartilhar resultados.
A avaliação continuada ou permanente está
prevista no documento de Diretrizes Diretrizes Diretrizes Diretrizes Diretrizes do
ProInfo (julho de 1997) para ser
operacionalizada pela Secretaria de
Avaliação e Informação Educacional do
MEC – SEDAIE, tendo como base
parâmetros de eficácia definidos como:
• Repetência e evasão
• Habilidades de leitura e escrita
• Compreensão de conceitos abstratos
• Facilidade na solução de problemas
• Utilização intensiva de informação de
diversas fontes
• Desenvolvimento de habilidades para
trabalho em equipe
• Implementação de educação
personalizada
• Acesso à tecnologia por alunos de
classes sócio-econômicas menos
favorecidas
•Desenvolvimento profissional e
valorização do professor.
#19
b) Avaliação ad hoc
Complementarmente aos seus processos de
avaliação permanente, o Ministério da
Educação, através da Secretaria de
Educação a Distância (SEED), julgou
conveniente, ao final da primeira etapa de
execução do ProInfo, patrocinar uma
avaliação ad hoc do Programa, visando a
colher subsídios para aperfeiçoar o
planejamento e a desenvolver mecanismos
de implementação para a eventual
reformulação de objetivos e estratégias.
A Coordenação Nacional definiu Termos de
Referência3 para a execução do trabalho,
que implicam a consideração dos seguintes
aspectos e variáveis:
a) aspectos finalísticos do Programa: inten-
sidade e tipo de uso das máquinas
(quem as está usando, em que discipli-
nas ou projetos, com que resultados,
etc);
b) eficiência e qualidade dos cursos de for-
mação:
• de multiplicadores;
• de professores
• de técnicos de suporte em informática;
c) eficiência da atuação dos NTE, envol-
vendo:
• desempenho dos multiplicadores;
• desempenho dos técnicos;
• suporte técnico-pedagógico às escolas;
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#20
• atuação institucional do NTE;
d) eficiência e qualidade dos professores
formados nos NTE;
e) eficiência e efetividade do uso de
Tecnologias de Informação e Comunicação
- ICT nas escolas e impactos perceptíveis
sobre as instituições de ensino (organiza-
ção e funcionamento) e sobre os alunos.
Note-se que os itens b, c e d dizem respeito
a objetivos instrumentais ou insumos para a
obtenção dos objetivos finalísticos a que se
refere o item a e que dizem respeito à in-
tensidade do uso da infra-estrutura e dos
demais recursos fornecidos à escola. O item
e trata também de objetivos finalísticos, ou,
no entender de alguns, da avaliação
propriamente dita.
Portanto, o objetivo dessa avaliação externa
é responder a três questões estreitamente
interligadas :
• Qual a situação da infra-estrutura que
foi montada?
• Como ela está sendo utilizada?
• Que resultados ou impactos produziu?
Esse processo de avaliação contemplaria,
inicialmente, uma pesquisa qualitativa
(survey), de natureza amostral (e
parcialmente censitária) a ser
complementada e aprofundada por um
conjunto de estudos de casos.
3 MEC/SEED, Projer Básico, setembro, 2000
#21
Por outro lado, os Termos de Referência es-
tabeleceram os objetivos que se pretende
alcançar com a avaliação projetada, a qual
deverá responder às seguintes questões
básicas:
1) Qual o resultado da implantação do
ProInfo nas escolas beneficiadas com o
Programa (como se caracteriza o uso da
telemática nas escolas beneficiadas com o
ProInfo)?
Essa questão se relaciona com os itens a e
e acima, que tratam de aspectos finalísticos
de eficiência e efetividade. A resposta a essa
indagação envolve um diagnóstico visando
a identificar como está funcionando a infra-
estrutura implantada e que usos estão ten-
do os recursos tecnológicos postos à disposi-
ção da escola. O pressuposto é o de que
estejam sendo gerados efeitos positivos
principalmente quanto à melhoria do pro-
cesso de ensino-aprendizagem. Nesta fase,
a avaliação deve ser feita com base numa
comparação entre a situação diagnosticada
e um parâmetro de referência correspon-
dente à situação desejada ou esperada.
2) O quê caracteriza uma experiência bem
sucedida de uso pedagógico da telemática?
Aqui o problema é definir padrões de suces-
so, que permitam separar as experiências
consideradas bem sucedidas – total ou par-
cialmente – daquelas fracassadas. Os crité-
rios de avaliação serão os de
• eficiência
• eficácia e/ou efetividade
• qualidade do produto ou resultado
• sustentabilidade do Programa e impacto
social.
3) Que elementos podem ser considerados
essenciais para o sucesso do Programa?
Os parâmetros e indicadores necessários
para responder à questão anterior devem
ser adequados para permitir não apenas a
diferenciação entre sucesso e fracasso
como para identificar os fatores que podem
explicar a variação de resultados.
Algumas pistas de elementos que precisam
ser considerados estão implícitas na
abrangência da avaliação, definida com
base na especificação dos itens a a e da
página anterior.
À primeira vista, portanto, parece estar im-
plícita nessa enumeração a hipótese de que
esses são os principais fatores responsáveis
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#22
pelo sucesso ou fracasso do Programa
(infra-estrutura, capacitação, apoio pedagó-
gico e suporte técnico). Podem-se acres-
centar outras hipóteses como as relaciona-
das com gestão escolar, planejamento do
projeto, forma de implementação, disponi-
bilidade de recursos para a manutenção e
operação dos sistemas, participação de
alunos e professores e apoio da
comunidade, entre outros.
4) Que impactos traz o uso da telemática
no contexto brasileiro?
A resposta a essa questão deve ser embutida
na resposta à questão 2, quando se buscará
avaliar o eventual impacto das intervenções.
5) Existe algum padrão comum entre o
que se observou no contexto brasileiro e as
experiências de outros países?
Como referência para a discussão dessa
questão considere-se o que foi definido
no Projeto Básico da pesquisa, segundo o
qual os estudos de casos visam
especificamente a :
a) definir parâmetros para avaliação
continuada, estabelecendo indicadores
que permitam acompanhar a evolução
das escolas com vistas a avaliação
posterior;
b) aprofundar a análise de situações,
fatos e ocorrências de particular
relevância detectados no levantamento
censitário e amostral.
#23
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#24
No Brasil, a prática de avaliação de
programas e projetos – particularmente a
avaliação ex post ou voltada para
programas sociais – pode ser considerada
relativamente nova. Internacionalmente,
porém, os conceitos e teorias que
fundamentam essa prática remontam a
cerca de dois séculos atrás.
A experiência internacionalA experiência internacionalA experiência internacionalA experiência internacionalA experiência internacional
A pré-história da avaliação está associada
ao nome de Benjamin Franklin (1709-
1790) que, para orientar as decisões sobre
investimentos públicos, preconizava a
adoção de um método de “moral or
prudential algebra”, através do
levantamento sistemático dos prós
(benefícios) e contras (custos) desses
investimentos.
Mas foi o engenheiro francês Jules Dupuit
quem, em 1844, primeiro engendrou um
tipo de cálculo econômico para medir a
utilidade de investimentos proporcionada
por investimentos públicos no setor de
transportes, particularmente na construção
3 Metodologias de avaliação deprogramas sociais
de estradas e canais. Essa utilidade seria
medida pela disposição para pagar, ou seja,
pelo máximo valor de pedágio ou tarifa que
as pessoas estariam dispostas a pagar para
utilizar a estrada ou canal considerado.
A contribuição pioneira de Dupuit tem um
lugar de destaque na história do
pensamento econômico, mas durante
muitos anos não se traduziu em práticas
concretas de avaliação de projetos. Ainda
hoje, em muitos países, e em boa parte no
Brasil, os investimentos públicos
relacionados com os chamados serviços
gratuitos dependem de decisões
estritamente políticas, com pouca ou ne-
nhuma consideração dos seus custos e
benefícios sociais.
Nos Estados Unidos, somente a partir dos
anos 30 do século passado o Congresso
americano passou a exigir estudos sistemá-
ticos de custos e benefícios para justificar
determinados investimentos
governamentais, particularmente no campo
dos recursos hídricos (controle de
inundações, irrigação etc.).
#25
Em 1936, através do Flood Control Act, o
Congresso definiu que somente seriam
considerados viáveis aqueles projetos de
controle de inundações cujos benefícios (“to
whomever they may accrue”) superassem
os custos. Mais tarde, em 1950, o
Congresso editou um importante Manual
de Práticas e Propostas para a Análise de
Projetos de Bacias Hidrográficas, que se
tornaria conhecido como o Green Book
(Livro Verde).
Nesse processo de avaliação de projetos
de recursos hídricos, a tradição americana
seria consolidada em 1958, com a
publicação de três livros que, desde então,
constituem referência obrigatória na história
da avaliação de projetos: Water Resources
Development, de Otto Eckstein, Multiple
Purpose River Basin Development de
Krutilla e Otto Eckstein e Eficiency in
Government Through System Analysis de
Roland McKean.
Em 1962,o Senado americano editou o
Documento 97, propondo Padrões e Procedi-
mentos para Análise de Projetos de Recursos
Hídricos e de Uso de Solo, ao qual se seguiu -
em 1970 - um novo Manual (“Guidebook”) para
orientar a formulação de projetos desse tipo.
No campo doutrinário, os anos 20 e 30
testemunharam a apresentação de críticas
e adendos à síntese neo-clássica da
economia, com a revolução keynesiana e o
desenvolvimento da chamada economia
do bem-estar. No período do após-guerra, a
ênfase se deslocou para as teorias do
desenvolvimento e para os problemas
do planejamento econômico, ao mesmo
tempo em que se implementavam as
primeiras experiências oficiais de agências e
bancos de desenvolvimento internacionais
(como as Nações Unidas e o Banco
Mundial) e nacionais (como o BNDES e o
BNB, no Brasil).
Essa evolução, associada aos avanços na
estatística e na análise de sistemas, a par
da acirrada competição entre os modelos de
economias de mercado e de economias
centralmente planificadas, abriu um amplo
espaço para o desenvolvimento de
metodologias e para a adoção de práticas
sistemáticas de avaliação de projetos, pelo
menos no campo dos investimentos
diretamente produtivos.
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#261 Cr. WEISS, Carol, Evaluation, Upper Saddle River, N. J., Prentice-Hall, p. 12
Na área de projetos industriais, a
metodologia de avaliação de projetos foi
ampliada e difundida através do Manual da
CEPAL, de Júlio Melnick, publicado em
1960, do Manual of Industrial Projects da
UNIDO, elaborado com a participação de I.
M. D. Little e publicado em 1968, do
Guidelines for Project Evaluation, também
da UNIDO, preparado sob a coordenação
de Partha das Gupta, Amartya Sen e
Stephen Marglin, publicado em1971, e do
seu novo Manual for the Preparation of
Industrial Feasibility Studies, de 1978.
Até então, a avaliação era de natureza ex
ante e estava restrita a projetos diretamente
produtivos ou quando muito de capital
social básico (infra-estrutura). Ainda era
bastante limitada a avaliação ex post ou
aquela voltada para projetos de natureza
mais estritamente social.
Em relação a estes últimos, as experiências
são relativamente recentes, salvo algumas
importantes iniciativas pioneiras, que
devem ser registradas, especialmente nas
áreas da saúde e da educação.
Em 1912, um médico americano, R. C.
Cabot, tentou avaliar a qualidade dos
diagnósticos médicos, fazendo uma
exaustiva comparação de 3.000 autópsias
com os diagnósticos que haviam sido feitos
em cada caso. Em 1914, o cirurgião Ernest
Codman, do Massachusetts General
Hospital, avaliou o desempenho da equipe
de cirurgiões dessa unidade médica
fazendo o acompanhamento das condições
dos pacientes depois que eles deixaram o
hospital. 1
Na educação, deve ser destacada a contri-
buição pioneira do francês Binet, um
psicólogo que inventou o teste de QI, em
1916, inicialmente com o objetivo de
separar estudantes normais dos
excepcionais. Outro estudo de grande
significado histórico foi uma pesquisa de
oito anos realizada nos Estados Unidos, em
1933, sob o patrocínio da Progressive
Education Association e conduzida por
Ralph Tyler, da Universidade de Ohio, que
procurou comparar o desempenho de 15
escolas tradicionais de nível médio com
15 escolas “progressistas” do mesmo nível
de ensino.
Até então, os estudos desse tipo limitavam-
se a tentar medir o aproveitamento escolar,
com a aplicação de testes. Tyler procurou ir
além, comparando esses resultados com os
objetivos inicialmente estabelecidos, para
daí tirar conclusões para a melhoria dos
#27
2 GUBA, Egon G. e LINCOLN, Yvonna S., Fourth Generation Evaluation. Thousand Oaks, Cal. Sage Publications. 1989, p.28
3 PATTON, Michael Quinn, Utilization Focused Evaluation, 3rd. Edition. Thousand Oaks, Cal. Sage Publications. 1997, p. 13
currículos. Conforme assinala Guba, isso
marcou o nascimento da avaliação de
programas. Quando o relatório da pesquisa
foi publicado em 1942, o seu terceiro
volume, que descrevia as atividades de
avaliação do projeto, despertou grande
atenção, e Tyler se tornou famoso como
“o pai da avaliação”2
Nos anos 50, sob o impacto do lançamento
do satélite russo Sputnik (em 1957), houve
um amplo esforço de avaliação e
reformulação de currículos de ensino básico
e médio, nos Estados Unidos, com o
objetivo de melhorar a chamada “scientific
literacy” dos estudantes.
Mas foi somente depois dos anos 60,
quando o Presidente Johnson lançou o seu
ambicioso programa de Guerra à Pobreza
(“War on Poverty”), que a avaliação de
projetos sociais, estimulada por generosos
financiamentos governamentais, se tornou
uma prática corrente nos Estados Unidos.
Esse esforço de avaliação passou a abarcar
uma ampla gama de programas voltados
para a ajuda aos mais pobres, envolvendo
serviços legais, serviços comunitários de
saúde, treinamento profissional,
alimentação (“food stamps”), suplementos
nutricionais para gestantes e crianças,
habitação (“housing vouchers”), centros
multi-serviços de assistência social,
inovações em prevenção e repressão à
delinquência juvenil, serviços de assistência
a doentes mentais e serviços de
mobilização da comunidade.
Ele foi estimulado pela generalização da
convicção de que, na medida em que
aumentavam os gastos sociais, observava-
se muito desperdício e nem sempre os
programas produziam os resultados
planejados. Como assinala Patton:
“Nos tempos modernos, tem aumentado a
percepção de que não existe nenhuma
relação entre a quantidade de dinheiro
gasta para resolver um problema social e
os resultados alcançados”3 .
Daí a necessidade de avaliação, uma prática
que teria surgido de duas lições aprendidas
nesse período de experimentação social em
larga escala e forte intervenção governamental:
“Primeiro, não há dinheiro suficiente para
fazer tudo o que é necessário e, segundo,
ainda que o dinheiro fosse suficiente, é preciso
mais do que dinheiro para resolver os
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#28
4 Idem, ibidem, p.11
complexos problemas sociais e humanos”.4
Diversas leis e regulamentos
governamentais passaram a exigir a
avaliação sistemática desses programas,
como foi o caso da Lei do Ensino
Secundário (Secondary Elementary Act) de
1965.
No mesmo período, as técnicas de análise
de custo-benefício passaram a ser utilizadas
também para a tomada de decisões relacio-
nadas com programas de pesquisa e investi-
mento em defesa na Rand Corporation e no
Departamento de Defesa dos Estados Uni-
dos, neste último caso por inspiração do
então Secretário Robert Mcnamara (o que
não foi suficiente para impedir o fracasso dos
Estados Unidos no Vietnã).
Novos desafios econômicos e sociais
fizeram com que outras áreas fossem
incluídas no processo de avaliação, como as
de proteção ambiental e conservação de
energia.
Nos anos 70, um grande avanço foi
observado quando começaram a ser
avaliados diversos experimentos sociais
concebidos especificamente para testar
novas políticas, antes de sua
implementação em larga escala. Foi o que
se fez, por exemplo, em relação ao projeto
de Imposto de Renda Negativo (Renda
Mínima) e em áreas de subsídios para
habitação, seguro-saúde e contratos de
gestão em educação.
Ao mesmo tempo, houve um grande
florescimento de associações profissionais e
publicações especializadas dedicadas ao
aprofundamento das questões e
metodologias relacionadas com avaliação de
programas sociais. Nos Estados Unidos
foram criadas, ainda nos anos 70, a
Evaluation Research Society, voltada mais
para estudos acadêmicos, e o Evaluation
Network, que dava maior ênfase à pratica da
avaliação. Em 1984, essas duas
organizações se fundiram na atual American
Evaluation Association.
Os anos 80 testemunharam em todo o
mundo – a partir das reformas iniciadas por
Margaret Thatcher na Inglaterra e
secundadas por Ronald Reagan nos
Estados Unidos – uma forte reação contra
o Estado intervencionista e providencial
(face à crise fiscal do setor público, levando
à exaustão o modelo do “welfare state”) e
uma redescoberta das virtudes da
economia de mercado, com sucessivos
movimentos de reforma do Estado,
#29
5 HOLANDA, Nilson, Novos paradigmas de desenvolvimento e os desafios para o planejamento, outubro de 2000
6 Cf. WEISS, op. cit. p. 14
desregulamentação, desestatização e
privatização nas principais economias do
mundo ocidental, culminando um longo
processo de competição e alternância entre
o intervencionismo estatal e o liberalismo
econômico. Essas transformações – em
paralelo à globalização dos mercados e a
um novo ciclo de revolução técnológica –
foram saudadas como evidência de um novo
paradigma de desenvolvimento5 .
Nos Estados Unidos, com a administração
Reagan, iniciada em 1981, houve um
processo de desmonte dos programas
sociais do governo e uma consequente
desaceleração das atividades de avaliação.
Nos anos 90, esse ímpeto revolucionário
havia diminuído e o esforço reformista se
deslocou para a melhoria da eficiência da
ação do governo, sob o impacto de novos
modismos da teoria administrativa tomados
de empréstimo do setor privado, como
qualidade total e reengenharia, a par do
reconhecimento de muitas experiências
inovadoras de gestão pública, que foram
popularizadas pelo livro de David Osborne e
Ted Gaebler, Reinventing the Government:
how the entrepreneurial spirit is
transforming the public sector, de 1992.
No mundo todo, e em particular nos
Estados Unidos, tem sido intenso o debate
sobre os paradigmas e as metodologias da
avaliação. Como fruto desse debate tem-se
registrado nas últimas décadas uma
revalorização das pesquisas e métodos de
natureza qualitativa. Até os anos 70
somente as pesquisas quantitativas – de
preferência sob a forma de experimentos
randômicos - podiam reivindicar legitimidade
e credibilidade científica. Desde então, o
esforço de teorização e pesquisa gerou uma
rica produção intelectual que valorizou e
refinou os instrumentos de pesquisa de
natureza qualitativa6 . A radical dicotomia
entre métodos quantitativos e qualitativos foi
substituída por uma nova postura que
reconhece a utilidade e legitimidade de
ambos os enfoques, inclusive pela forte
complementaridade entre um e outro.
A experiência brasileiraA experiência brasileiraA experiência brasileiraA experiência brasileiraA experiência brasileira
A despeito da forte tradição de intervenção
governamental no Brasil e da vasta e rica
experiência de planejamento público, as
atividades de acompanhamento e avaliação
de programas e projetos nunca receberam a
devida prioridade no país.
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#30
Ainda assim, podem ser identificadas
muitas tentativas dispersas, heterogêneas e
freqüentemente descontinuadas de
acompanhamento e avaliação da ação do
governo, nos mais diversos níveis da
administração pública em nível global,
setorial, regional e de projetos específicos,
considerando o governo como um todo ou
abrangendo as atividades de uma
instituição pública ou de uma empresa
estatal. Essas tentativas, todavia, estão
concentradas em avaliações de natureza
basicamente econômica.
Um estudo elaborado para o projeto do BID
de Fortalecimento da Função Avaliação na
América Latina faz um apanhado das
experiências mais relevantes nesse campo,
considerados quatro níveis de
planejamento:
1) planos nacionais;
2) planos e programas regionais;
3) programas setoriais;
4) projetos financiados por bancos de fomento.
Um primeiro grupo de exemplos da
experiência brasileira está relacionado com
os mecanismos de acompanhamento e
avaliação de Planos Nacionais de Desenvol-
vimento, visando a aferir o desempenho do
governo na consecução das metas
estabelecidas nesses Planos. Este foi o caso
do Programa de Acompanhamento dos
Planos Nacionais de Desenvolvimento,
criado pelo Decreto 80.852, de 20/07/72.
Algumas experiências iniciais de Acompa-
nhamento dos Planos Nacionais de
Desenvolvimento estavam circunscritas ao
Executivo e eram executadas num contexto
de pouca transparência e falta de liberdade
política.
Com a redemocratização nos anos 80 e a
aprovação da nova Constituição de 1988,
foi estabelecido o novo sistema de elabora-
ção de Planos Plurianuais, integrado com
uma programação orçamentária unificada.
A Constituição estabeleceu também a
obrigatoriedade de encaminhamento ao
Congresso de “relatórios sobre a execução
dos planos de governo” (art. 49, inciso IX)
e de manutenção, de forma integrada, pe-
los diferentes poderes da República, de
“sistema de controle interno com a finalidade
de ...avaliar o cumprimento das metas
previstas no plano plurianual e a execução
dos programas de governo e dos orçamentos
da União” (art. 74).
Mais recentemente, tem aumentado de im-
portância o trabalho desenvolvido pelo Tribu-
nal de Contas da União (TCU) na avaliação
de determinados aspectos da política regional,
em especial no que concerne aos incentivos
fiscais. Ressalte-se que se, no passado, o
#31
trabalho do TCU estava mais relacionado es-
tritamente com o controle formal dos gastos
públicos, nos últimos anos o Tribunal tem
mostrado preocupação com a eficiência do
gasto público, ampliando o escopo de sua
ação para incluir investigações e estudos rela-
cionados com a eficiência desse gasto e com
a avaliação dos resultados e dos problemas
operacionais de programas do governo.
Nos Ministérios, muitas experiências de ava-
liação têm sido implementadas, seja como
uma rotina normal de trabalho, com o
objetivo de melhorar a eficiência da gestão
pública, seja de forma tópica e isolada, vi-
sando a oferecer subsídios para o planeja-
mento do setor (geralmente na oportunida-
de de elaboração de planos plurianuais).
Em alguns setores, pela própria natureza da
atividade, a avaliação é uma preocupação
permanente. Este é o caso da educação,
por exemplo, onde têm sido
institucionalizados, nos últimos anos, os
seguintes sistemas de avaliação :
a) SAEB – Sistema de Avaliação do Ensino
Básico, do INEP/MEC;
b) ENEM – Exame Nacional de Ensino
Médio;
c) Exame Nacional de Cursos (o chamado
Provão) e a Avaliação das Condições de Oferta;
avaliação do ensino universitário de graduação;
d) a avaliação e classificação dos cursos
universitários de pós-graduação, que vem
sendo implementado há vários anos pela
CAPES - Fundação Coordenação de Aperfei-
çoamento do Pessoal de Nível Superior;
Além disso, outros programas – como os da
merenda escolar e da TV Escola – têm sido
submetidos a avaliações ad hoc freqüen-
temente, com base na contratação de con-
sultores externos.
Um aspecto importante e que pode ser
considerado uma pré-condição para a exe-
cução de projetos de avaliação é o relacio-
nado com a montagem de sistemas de
informações, a exemplo do Sistema de Es-
tatísticas Educacionais do Ministério da
Educação ou a estruturação da rede nacio-
nal de informações em saúde que faz par-
te do REFORSUS - Projeto de Reforço à
Reorganização do Sistema Único de Saúde
do Ministério da Saúde.
Outro trabalho relevante neste particular é o
recente Sistema Nacional de Informações
sobre Saneamento - SNIS, implantado pela
Secretaria de Política Urbana do Ministério
do Planejamento e Orçamento.
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#32
Mais que outros processos de avaliação, a
avaliação de programas governamentais
exige cuidados metodológicos apurados.
De modo especial, deve levar em conta
quatro fatores integrativos do processo de
avaliação: procedimentos, orientação,
conteúdo e técnica de levantamento.
Quanto aos procedimentos, vale a regra
básica do racionalismo: fugir da precipitação e
evitar o preconceito e os estereótipos. Para
tanto, nada aceitar na mente que não seja
claro e distinto. Nesta avaliação do ProInfo
houve particular cuidado, seja pela
contratação de uma equipe externa, portanto,
não vinculada às peculiaridades culturais do
Programa que, eventualmente, pudessem
obnubilar as evidências dos fatos, seja pela
preocupação de estabelecer parâmetros
quantitativos e estatísticos que, na medida do
possível, evitassem vieses e distorções.
Foi estabelecido duplo tratamento do
universo a pesquisar: um censitário e um
amostral. Ficou definido que tratamento
4 Metodologia de avaliação do ProInfo
censitário seria dado aos subconjuntos dos
NTE e das escolas situadas em unidades
da Federação como menos de 30 escolas.
O tratamento amostral foi reservado para as
demais unidades federativas. Como
parâmetros estatísticos de amostragem, foi
estabelecido nível de confiança de 95% e
erro de estimativa de 5%. À vista desses
parâmetros e considerada a situação de
julho de 2001, resultou o mapa geral
de pontos de pesquisa que é mostrado e
na Tabela 1.
#33
Tabela1
PONTOS DE COLETA DE DADOS PARA AVALIAÇÃO DO PROINFO
Por unidade federada e critérios de seleção - julho de 2001
Unidade federada NTE Pesquisa Total de pontos
Censitária Amostral de pesquisa
AC 2 6 - 8
AL 2 18 - 20
AM 3 23 - 26
AP 2 16 - 18
BA 17 - 18 35
CE 22 - 19 41
DF 3 26 - 29
ES 4 - 6 10
GO 11 - 11 22
MA 9 - 9 18
MG 20 - 35 55
MS 5 28 - 33
MT 7 - 5 12
PA 10 - 10 20
PB 4 - 6 10
PE 16 - 12 28
PI 5 - 5 10
PR 14 - 18 32
RJ 12 - 30 42
RN 4 21 - 25
RO 2 20 - 22
RR 2 8 - 10
RS 11 - 14 25
SC 14 - 39 53
SE 2 17 - 19
SP 51 - 110 161
TO 4 13 - 17
BRASIL 258 196 347 801
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#34
O modelo de avaliaçãoO modelo de avaliaçãoO modelo de avaliaçãoO modelo de avaliaçãoO modelo de avaliação
Para a orientação da avaliação, seguiu-se,
como era natural, a abordagem sistêmica.
Dessa forma, o ProInfo é visto como um
conjunto de elementos interagentes de
maneira a constituir um todo orgânico, no
qual os elementos constitutivos podem ser
agrupados em insumos, processos e saídas.
Para efeito de avaliação, são considerados
insumos, ou entradas: o projeto pedagógico,
a infra-estrutura física e os recursos
humanos. O processamento se dá com as
ações gerenciais, consideradas do ponto de
vista do desempenho dos atores. As saídas
são os efeitos e impactos na escola, aqui
materializada na sala de aula, na
comunidade escolar, que compreende
professores e alunos, e na comunidade
externa.
A partir desse modelo conceitual, foram
definidas as questões para compor os ques-
tionários do levantamento. Em primeiro lu-
gar, foram estabelecidos sete modelos de
questionários dirigidos aos atores centrais do
processo, assim constituídos:
1. Escola: Direção
2. Escola: Coordenador do Laboratório
3. NTE: Professor multiplicador
4. NTE: Técnico do Laboratório
5. NTE: Coordenador
6. Escola: Professor
7. Escola: Aluno.
Esses instrumentos visariam a identificar
fatores de sucesso, como considerados a
partir das diretrizes do MEC para o Programa
e das questões substantivas de avaliação.
Com base nas diretrizes do MEC, foram
identificadas os seguintes fatores de sucesso:
1. Fatores estratégicos, que envolvem os
princípios básicos que nortearam o progra-
ma em termos de :
• adesão, que tem em vista a interação
sinérgica entre governo federal e gover-
Entrada
ou input
Processamento Saída ou
output
Adequação Desempenho Efeitos e
impactos
ProjetoInfra-estrutura Recursos
humanos
Processos
gerenciais
Escola Professores e
alunos
Comunidade
FIGURA 1: MODELO SISTÊMICO DE ANÁLISE DO PROINFO
#35
nos estaduais e municipais, de um lado,
e entre escola, NTE e comunidade,
de outro;
• Participação e transparência, que con-
templa a adoção de formas democráti-
cas de tomada de decisão na escola;
• Descentralização, que privilegia as inici-
ativas locais, assegurando ampla liber-
dade na adoção dos projetos pedagógi-
cos voltados para a informática na edu-
cação;
• Articulação, , , , , que diz respeito à capaci-
dade de institucionalização do programa
e de promoção da autonomia dos labo-
ratórios de informática, visando à sua
sustentabilidade;
• Parceria, que incentiva a interação
sinérgica com a comunidade e com ou-
tras organizações públicas ou privadas
2. Fatores de infra-estrutura física e
tecnológica, que dizem respeito aos recur-
sos físicos e tecnológicos postos à disposi-
ção da escola pelo ProInfo
3. Fatores de recursos humanos, que estão
relacionados com a capacitação de professo-
res e dirigentes da escola para obtenção dos
conhecimentos, habilidades e competências
necessárias ao sucesso do Programa
4. Fatores administrativos e operacionais,
que estão relacionados, de um lado, com a
forma e intensidade com que está sendo
utilizada a infra-estrutura proporcionada
pelo ProInfo e com os fatores técnicos que
condicionam essa utilização, e, de outro,
com os efeitos (curto prazo) e impactos
(longo prazo) que estão sendo gerados
como resultado do Programa.
5. Fatores pedagógicos, que caracterizam a
utilização da informática como um instru-
mento para a melhoria do processo de ensi-
no aprendizagem.
Por outro lado, do ponto de vista da lógica
interna do Programa, a equipe de avaliação
tentou definir as inter-relações entre esses
diferentes fatores (excluídos aqueles de na-
tureza estratégica que dizem respeito à
ambiência externa) que podem ser apresen-
tadas na forma da Figura 2 (p.25). Aí estão
ressaltados os elementos mais importantes
do sistema ProInfo: infra-estrutura, uso da
infra-estrutura e resultados esperados desse
uso, e o papel central que é desempenhado
pelos NTE.
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#36
O objetivo instrumental do programa é colo-
car à disposição da escola uma infra-estru-
tura moderna de informática e comunica-
ções e criar todas as condições – técnicas,
pedagógicas e organizacionais - para que
essa infra-estrutura seja utilizada de forma
eficiente e eficaz.
O objetivo final é a melhoria do processo de
ensino-aprendizado, pelo aproveitamento do
potencial da telemática como um instru-
mento - ou, como alguns preferem, um
instrumental, conjunto de instrumentos ou
caixa de ferramentas (“toolbox”)1 – para a
melhoria da qualidade da educação.
Essa melhoria pode ser obtida a partir dos
efeitos ou impactos positivos sobre:
• melhoria do aprendizado dos estudantes
• desenvolvimento profissional dos
professores
• gestão da escola e organização da sala
de aula
• formação de parcerias com a comunida-
de
• fortalecimento dos movimentos de re-
forma do sistema educacional2
Do ponto de vista do aprendizado dos
alunos, a expectativa é a de que a
disponibilidade dos recursos propiciados pelo
ProInfo possa abrir amplas oportunidades
para a utilização de metodologias de apren-
dizagem auxiliadas pelo computador
(“computer assisted learning”), exercícios de
simulações, realização de pesquisas e
análises, mediante o acesso a bancos de
dados, bibliotecas virtuais, redes de
aprendizado e a sistemas de comunicação
auxiliados pelo computador, particularmente
via Internet.
Essas tecnologias, devidamente integradas
a projetos pedagógicos adequados, poderão
contribuir para desenvolver nos alunos habi-
lidades para o pensamento criativo e a refle-
xão crítica, substituindo métodos tradicio-
nais de transmissão de conhecimentos, que
enfatizam a repetição e a memorização
passiva, por uma postura ativa de investi-
gação e exploração.
2 Cf. Rusten, op. cit., p. 8/9
1 Eric Rusten, Learnlink, AED – Academy for Educational Development, Computers in School, p. 6
#37
FIGURA 2: PROINFO: TEORIA SUBJACENTE E INDICAÇÕES PARA AVALIAÇÃO
5. COREACTIVITIES
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#38
A execução da pesquisaA execução da pesquisaA execução da pesquisaA execução da pesquisaA execução da pesquisa
Para proceder a esse trabalho de avaliação
foram contratados os serviços
especializados da Universidade de Brasília
(UnB). Na fase da pesquisa de campo de
natureza amostral, a equipe contou com a
colaboração do CESPE, unidade especia-
lizada da UnB, que dispõe de vasta expe-
riência no planejamento e execução de le-
vantamentos de campo, envolvendo siste-
mas de coleta e tratamento de dados
computadorizados para grandes volumes
de dados.
O survey foi realizado nos últimos dois me-
ses de 2001. Na pesquisa, foram aplicados
questionários em 263 NTE e 546 escolas,
levantados 1.179 tipos distintos de dados, e
entrevistadas 11.237 pessoas (Ver Tabela 2).
Tabela 2
Quantidade de questionários aplicados
por tipo de instrumento
Entrevistado Quantidade
Diretor de Escola 551
Coordenador de Informática 476
Professor multiplicador - NTE 844
Técnico de laboratório de informática - NTE 213
Coordenador do NTE 246
Professor 3.541
Aluno 5.366
#39
#40
SEGUNDA PARTE :a avaliação do ProInfo
#41
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#42
5 Papel e funcionamento dos NTEDo ponto de vista organizacional, o ProInfo
foi estruturado nos três níveis orgânicos
clássicos - o estratégico, o tático e
operacional - cada qual secundado por uma
tecnoestrutura operacional. O nível estraté-
gico do ProInfo é constituído pela Coordena-
ção Central do ProInfo, cuja tecnoestrutura
está baseada no Centro Experimental de
Tecnologia Educacional - CETE. No nível
tático, a estrutura se apóia nas Secretarias
Estaduais de Ensino ou em secretarias
municipais. Nesse nível, a tecnoestrutura é
constituída pelos Núcleos de Tecnologia
Educacional ou NTE. O nível operacional é
constituído pelas Escolas do ProInfo, que
têm como tecnoestrutura o Laboratório de
Informática.
O NTE é uma estrutura descentralizada do
ProInfo (apesar de alguns NTE estarem
subordinados às secretarias estaduais de
educação) especializada na área de
telemática aplicada à educação para cumprir
as seguintes funções:
a) capacitação de recursos humanos
(professores e técnicos de suporte);
b) prestação de suporte pedagógico e
técnico às escolas (elaboração de proje-
tos de uso pedagógico da telemática e
respectivo acompanhamento, suporte a
professores e técnicos, etc);
c) desenvolvimento de experiências educa-
cionais e realização de pesquisas.
Na avaliação que se segue, foram considera-
das as respostas a três questionários: o do
coordenador do NTE, o dos professores
multiplicadores e o dos técnicos do NTE.
A infra-estrutura organizacional do NTEA infra-estrutura organizacional do NTEA infra-estrutura organizacional do NTEA infra-estrutura organizacional do NTEA infra-estrutura organizacional do NTE
Um NTE típico é uma organização
institucionalizada por um decreto ou porta-
ria, e subordinada técnicamente à Coorde-
nação Estadual do ProInfo.
#43
Alguns NTE (35,8%) foram
institucionalizados por decretos. Outros
foram criados através de portarias (17,1%);
um terceiro grupo (26,8%) é integrado
pelos NTE que não tiveram um ato formal
de criação, funcionando, pois, de maneira
informal. (Tabela 5.2)
Quanto à subordinação, a maioria dos NTE
- 74,4% - vincula-se à coordenação estadual
do ProInfo (Figura 5.1). Há ainda os que
A tabela 5.1 mostra que, do total de
246 NTE, a maioria – ou cerca de 80 % -
foi instalada em 1998/99, sendo 122 em
1998 (49,6%do total) e 74 em 1999
(30,1 %) . Os NTE do último biênio são
franca minoria: 12,6% de 2000 (31 NTE) e
7.7% de 2001 (19 NTE). Atualmente, os
NTE estão distribuídos por todo o território
nacional, com destaque para as regiões
Sudeste (33,7%) e Nordeste (31,3%).
estão subordinados às delegacias regionais
de educação (17,1%), e os vinculados às
secretarias municipais de educação (8,5%).
Tabela 5.1 - Ano do início do funcionamento do NTE segundo os coordenadores do NTE, porregiões geográficas.
16 48 12 33 13 12214 23 9 24 4 74
9 2 2 14 4 3110 6 3 19
39 83 23 77 24 246
1998199920002001
Total dos entrevistados
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Total
Tabela 5.2 - Formas de institucionlalização do NTE segundo os coordenadores do NTE, por regiões geográficas.
3 18 14 46 7 8815 10 4 9 4 4215 20 4 17 10 666 35 1 5 3 50
39 83 23 77 24 246
por decretopor portariade nenhuma formanão respondeu
Total de entrevistados
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Total
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#44
Seja pela maneira de trabalhar, seja pela
forma de tomada de decisão, prevalece nos
NTE a estrutura matricial. Com efeito,
60,2% dos coordenadores se referiram a
“grupos de trabalho”, e 27,2% apontou a
opção “de forma colegiada”, ao descrever a
forma de estruturação dos NTE (Figura
5.2). Menção bem menor foi feita às
categorias que sugerem estruturas lineares,
como “em subcoordenações” (6,1%) e “de
forma aleatória” (4,1%).
(*) Neste e nos gráficos seguintes, os números indicam a freqüência de respostas dos coordenadores dos NTE.
Fig. 5.1 - Forma de subordinação do NTE (*)
à secretaria municipà delegacia regional
à coordenação estadu
200
100
0
Regiões do Brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
17
65
18
23
57
1126
g. 5.2 - Formas de estruturação organizacional do NTE.
nenhuma formaforma colegiada
forma aleatóriagrupos de trabalho
subcoordenações
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Regiões do Brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
20
30
41
15
22
49
11
23
#45
Quanto à forma de distribuição das tarefas
(Tabela 5.3), a maioria (57,7%) referiu-se à
“forma voluntária”, seguida da opção “por
determinação” (22,0%). Como era de se
As formas de escolha do coordenador do NTE
são variadas (Tabela 5.4), pois em 36,6% dos
casos a escolha é por eleição ou consenso, e
em 29,7%, por indicação ou designação. È de
ressaltar que em 15,4% dos casos não existe
a figura do coordenador do NTE.
esperar, a concentração menor de respostas
ficou na opção “de forma aleatória” -
(10,6%).
Tabela 5.3 - Formas de distribuição das tarefas no NTE segundo os coordenadores do NTE, por regiões geográficas.
9 12 2 2 1 2623,1% 14,5% 8,7% 2,6% 4,2% 10,6%
25 49 17 39 12 14264,1% 59,0% 73,9% 50,6% 50,0% 57,7%
2 19 4 21 8 545,1% 22,9% 17,4% 27,3% 33,3% 22,0%
3 3 15 3 247,7% 3,6% 19,5% 12,5% 9,8%
39 83 23 77 24 24615,9% 33,7% 9,3% 31,3% 9,8% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
forma aleatória
forma voluntária
por determinação
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Tabela 5.4 - Forma de escolha do coordenador do NTE, segundo os coordenadores, por regiões geográficas.
16 21 16 26 11 90
41,0% 25,3% 69,6% 33,8% 45,8% 36,6%
15 25 6 15 12 73
38,5% 30,1% 26,1% 19,5% 50,0% 29,7%
7 19 1 27
8,4% 24,7% 4,2% 11,0%
8 16 1 13 38
20,5% 19,3% 4,3% 16,9% 15,4%
14 4 18
16,9% 5,2% 7,3%
39 83 23 77 24 246100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% nacategoriaFreq% nacategoriaFreq% nacategoriaFreq% nacategoriaFreq% nacategoriaFreq% Brasil
por eleição/consenso
porindicação/designação
de outra forma
não existe
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#46
Das informações colhidas na pesquisa,
surge o NTE como uma estrutura flexível e
por vezes informal, uma organização pouco
burocratizada e de gestão democrática.
Infra-estrutura física do NTEInfra-estrutura física do NTEInfra-estrutura física do NTEInfra-estrutura física do NTEInfra-estrutura física do NTE
A média de área útil dos NTE é de 202 m2,
sendo de 150m² a área de ocorrência mais
comum. Os laboratórios têm, em média,
50m². Em média, cada NTE dispõe de 2
laboratórios e 2 salas de aula e atende 45
escolas (Tabela 5.5).
Tabela 5.6 - Quantidade, média e moda de escolas atendidas pelo NTE segundo oscoordenadores do NTE, por região geográfica.
39 83 23 77 24 246
101 54 20 20 17 45250 30 9 7 8 20
Freq
MédiaModa
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Total
Tabela 5.5 - Área útil dos NTE (m2), quantidade de laboratórios e salas de aula, média e moda,segundo os coordenadores do NTE, por regiões geográficas.
39 83 23 77 24 246155 215 307 163 254 202100 150 150 150 60 150
2 2 2 2 2 21 2 2 2 2 22 2 2 1 2 21 1 1 1 1 1
FreqMédiaModa
Freqüência NTE: área útil (m2)
MédiaModa
laboratórios(quantidade)
MédiaModa
salas de aula(quantidade)
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Total
#47
As condições de infra-estrutura física foram
analisadas a partir de cinco elementos: 1)
localização do prédio, 2) salas de aula e
laboratórios, 3) sala da administração, 4)
auditório e 5) biblioteca. Esses elementos
foram avaliados pelos 246 coordenadores
dos NTE, como mostra a Tabela 5.7 a
seguir:
Conforme se pode ver dessa tabela, no que
diz respeito à infra-estrutura física dos
NTE, a avaliação mais positiva recaiu sobre
a localização do prédio considerada exce-
lente por 37,7% dos coordenadores. Em
segundo lugar, as salas de aula e os
laboratórios foram também considerados
excelentes por 29,3 % dos respondentes.
Com uma avaliação “muito boa” por parte
de 26,0% dos coordenadores dos NTE,
está a sala da administração.
No conjunto das três categorias de avalia-
ção positiva, há um alto grau de satisfação
com a localização do prédio e as condições
e infra-estrutura das salas de aula e
laboratórios.
Por outro lado, como aspecto menos favorá-
vel, ressalta-se a inexistência de auditório
(Figura 5.7) e biblioteca na maioria dos
NTE e de sala de administração em
alguns deles.
De qualquer modo, onde existe auditório,
como apontado por apenas 34,9 % dos
entrevistados, as condições são considera-
das positivamente, dado que somente
1,6% dos entrevistados o avaliaram como
ruim. Essa visão negativa praticamente se
equilibra em todas as regiões, com exceção
do Sul, em que nenhum dos coordenadores
avaliou os auditórios como ruins.
Tabela 5.7 Avaliação da infra-estrutura física dos NTE por escola e elementosfísicos segundo os coordenadores dos NTE. (%)
Avaliação Localização Salas de aula Sala da Auditório Bibliotecado prédio e laboratórios Administração
Excelente 37,7 29,3 * * *Muito Boa 23,2 24,4 26,0 13,0 4,1Boa 28,9 39,4 45,9 20,3 13,0Ruim 10,2 6,9 10,2 1,6 6,5Inexistente * * 17,9 65,1 76,4Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#48
Mais grave é o fato de que um percentual
grande de Núcleos (76,4%) não possui
bibliotecas, conforme informam os
coordenadores (Figura 5.4, p. 38). Com
certeza, é um assunto que merece conside-
ração do Proinfo Nacional, já que não basta
capacitar professores e técnicos; é preciso
que eles se envolvam continuamente em
pesquisas e estudos, e o acesso à biblioteca
desempenha um papel muito importante
nesse processo.
Em 44,3% dos casos, os laboratórios dos
NTE foram instalados em prédios de ocupa-
ção e uso exclusivo. Os demais foram
instalados e funcionam de forma comparti-
lhada em prédios onde já funcionam outras
instituições educacionais ou repartições
públicas (Delegacia Regional de Ensino,
Escola, Secretaria de Educação, Prefeitura,
entre outras).
Fig. 5.3 - Situação do auditório nos NTE.
inexistenteruimboamuito boa
200
100
0
Regiões do Brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
12
9
53
17
1055
131430
#49
A falta da sala de administração foi registra-
da por 17,9% dos entrevistados (Tabela
5.9), sendo essa falta mais evidente no
Nordeste (43,2%).Onde ela existe, no
entanto, sua avaliação é positiva (72%,
consideradas as menções “muito boa” e
“boa”). Somente 10,2% no país avaliaram a
sala de administração como ruim. Regional-
mente, essa avaliação negativa é preponde-
rante na região Sudeste (14,5%) e tem
menor expressão no Norte (8,3%).
Quanto ao espaço físico destinado às salas
de aula e aos laboratórios (Tabela 5.8), a
avaliação regional mostra menor satisfação
dos respondentes do Sul, pois só 12,8%
deles deram grau “excelente” para o quesito
(Tabela 5.8), enquanto a média nacional
girava em torno de 29,3%. No Sul,
prevalece a avaliação “boa“, com (42,6%)
para o item espaço físico.
Tabela 5.8 - Avaliação do espaço físico destinado às salas de aula e aos laboratórios do NTE segundo os coordenadores do NTE por regiões geográficas
5 29 9 22 7 7212,8% 34,9% 39,1% 28,6% 29,2% 29,3%
14 23 4 14 5 6035,9% 27,7% 17,4% 18,2% 20,8% 24,4%
18 26 8 33 12 97
46,2% 31,3% 34,8% 42,9% 50,0% 39,4%2 5 2 8 17
5,1% 6,0% 8,7% 10,4% 6,9%39 83 23 77 24 246
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
excelente
muito boa
boa
ruim
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#50
A análise regional da situação da biblioteca
e do auditório mostra deficiência generalizada
em todas as regiões, para ambos os
equipamentos (V. Fig. 5.4)
Fig. 5.4 - Situação da biblioteca nos NTE.
inexistenteruimboamuito boa
200
100
0
Regiões do Brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
19
65
21
55
1528
Tabela 5.9 - Avaliação da sala de administração do NTE pelos coordenadores do NTE, por regiõesgeográficas
6 25 9 17 7 6415,4% 30,1% 39,1% 22,1% 29,2% 26,0%
22 40 6 36 9 11356,4% 48,2% 26,1% 46,8% 37,5% 45,9%
3 12 3 5 2 257,7% 14,5% 13,0% 6,5% 8,3% 10,2%
8 6 5 19 6 4420,5% 7,2% 21,7% 24,7% 25,0% 17,9%
39 83 23 77 24 246100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
muito boa
boa
ruim
inexistente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Total
#51
Infra-estrutura tecnológica do NTEInfra-estrutura tecnológica do NTEInfra-estrutura tecnológica do NTEInfra-estrutura tecnológica do NTEInfra-estrutura tecnológica do NTE
As condições da infra-estrutura tecnológica
foram avaliadas a partir dos seguintes
indicadores:
1) rede elétrica
2) rede lógica instalada
3) equipamentos de informática
4) suprimento de material de consumo
5) segurança das instalações
6) assistência técnica da empresa Positivo
7) assistência técnica da empresa Procomp
8) condições de suporte técnico dado pelo
CETE - Centro Experimental de
Tecnologia Educacional do MEC.
Os percentuais avaliativos correspondentes
estão na Tabela 5.10, a seguir, refletindo a
percepção de 213 técnicos de laboratório do
NTE.
Tabela 5.10 - Avaliação da infra-estrutura tecnológica dos NTE a partir dos indicadores selecionados (%)
Avaliação Rede elétrica Rede lógica Equipamento de Material de consumo Segurança
informática
Excelente 21,1 19,9 8,9 13,8 19,9
Muito bom 32,5 35,4 27,6 17,5 26
Bom 38,6 39,4 55,7 42,3 36,5
Ruim 7,7 5,3 7,7 26,4 16,7
Total 99,9 100 99,9 100 99,1
Fonte: Técnicos do Laboratório de Informática
#52
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
A assistência técnica é prestada ao NTE
pelo CETE e por fornecedores de equipa-
mento, como a Positivo e a Procomp.
A avaliação desses serviços, na opinião dos
técnicos dos NTE, pode ser vista na Tabela
5.11.
Essa avaliação pode ser considerada
bastante positiva, particularmente quando
se observa que o percentual de respostas
negativas (ruim) não ultrapassou 18,7 %
para a empresa Positivo, 13 % para a
empresa Procomp e 6,1 % para o CETE.
Em termos de avaliação positiva
(excelente+muito bom+bom), os
percentuais ascendem a 37,4 % para a
Positivo, 67,4 % para a Procomp e 41,0 %
para o CETE. Mas esses percentuais podem
estar rebaixados pela alta ocorrência de
respostas nulas ou, no caso do CETE, por
indicações de que a assistência nunca foi
solicitada (52,8%).
A ocorrência mais freqüente de respostas
em branco nos indicadores referentes à
assistência técnica do que em outras
Tabela 5.11 - Avaliação da assistência técnica ao NTE pelos prestadores de serviço e pelo CETE - %
Avaliação Positivo Procomp CETE
Excelente 6,1 8,5 20,3
Muito Bom 13 19,5 7,3
Bom 18,3 39,4 13,4
Ruim 18,7 13 6,1
Não respondeu 43,9 19,5 -
Nunca solicitado - - 52,8
Nota: Há muitos casos de falta de resposta porque nada foi solicitado ao CETE
Fonte: Técnicos do Laboratório de Informática do NTE
#53
questões do formulário aponta para pelo
menos duas possibilidades: a) a de que
nem sempre tenha havido necessidade de
recurso aos prestadores de serviço ou
b) a de que o serviço tenha sido solicitado e
não atendido, gerando uma situação de
desalento. Pesquisas adicionais seriam
necessárias para definir a hipótese correta.
A rede elétricaA rede elétricaA rede elétricaA rede elétricaA rede elétrica
A avaliação positiva da rede elétrica (excelen-
te, muito boa e boa) atinge 92,3% no país,
na opinião de 246 coordenadores do NTE.
A análise regional das condições da rede
elétrica não apresenta padrão de avaliação
com diferenças significativas de uma região
para outra. O Sul é mais comedido ao
classificar a rede como “excelente” (12,8%,
contra a média nacional de 21,1%) e o
Centro-Oeste é mais otimista (34,8% de
grau “excelente”).
Tabela 5.12 - Avaliação dos coordenadores do NTE da rede elétrica, por regiões geográficas
5 23 8 13 3 5212,8% 27,7% 34,8% 16,9% 12,5% 21,1%
17 29 8 16 10 8043,6% 34,9% 34,8% 20,8% 41,7% 32,5%
13 28 4 41 9 9533,3% 33,7% 17,4% 53,2% 37,5% 38,6%
4 3 3 7 2 1910,3% 3,6% 13,0% 9,1% 8,3% 7,7%
39 83 23 77 24 246100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
excelente
muito boa
boa
ruim
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#54
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
A rede lógicaA rede lógicaA rede lógicaA rede lógicaA rede lógica
No país, a avaliação positiva (excelente,
muito boa e boa) da rede lógica alcança
94,7%, segundo a avaliação dos coordena-
dores do NTE. No plano regional, essa
avaliação foi mais elevada no Centro Oeste ,
com 95,6 % e mais baixa no Sul, com 84,3%.
Tabela 5.13 - Avaliação da rede lógica instalada, pelos coordenadores do NTE, por regiões geográficas
5 18 6 14 6 4912,8% 21,7% 26,1% 18,2% 25,0% 19,9%
12 37 11 22 5 8730,8% 44,6% 47,8% 28,6% 20,8% 35,4%
19 25 5 36 12 9748,7% 30,1% 21,7% 46,8% 50,0% 39,4%
3 3 1 5 1 137,7% 3,6% 4,3% 6,5% 4,2% 5,3%
39 83 23 77 24 246100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
excelente
muito boa
boa
ruim
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#55
Fig. 5.5 - Avaliação dos equipamentos de informática.
ruimboamuito boaexcelente
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Regiões do Brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
17
46
19
12
8
8
37
27
11
25
9
Equipamentos de informáticaEquipamentos de informáticaEquipamentos de informáticaEquipamentos de informáticaEquipamentos de informática
O conjunto das avaliações positivas (exce-
lente, muito bom e boa) dos equipamentos
de informática atinge 92,3% das menções,
mantendo o comportamento regional o
mesmo padrão observado em relação aos
dos demais itens, qual seja, o Sul mais
moderado do que o resto do país na atribui-
ção do conceito “excelente” (2,6%, contra
os 8,9% nacionais). Neste parâmetro o
Sudeste tem a maior avaliação positiva com
13,3% de menção “excelente” na região.
(Fig. 5.5)
#56
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Fig. 5.6 - Condição de suprimento de material de consumo.
ruimboamuito boaexcelente
120
100
80
60
40
20
0
Regiões do Brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
7
11
26
41
8
14
12
26
1827
1612
8
Suprimento de materialSuprimento de materialSuprimento de materialSuprimento de materialSuprimento de material
A avaliação geral do suprimento de material
de consumo pelos coordenadores do NTE é
classificada preponderantemente como
“boa”, com 42,3% das respostas. O conjunto
das avaliações positivas - excelente, muito
boa e boa - alcança 73,6% das opiniões.
A análise regional mostra nitidamente
maior satisfação na região Sudeste, onde a
avaliação “excelente”, com 32,5%,
contrasta com a média nacional de 13,8%.
O Nordeste é a região menos satisfeita com
este item. Só 4,2% de menções “excelen-
te”. Por outro lado, o suprimento é conside-
rado “ruim” para 41,0% dos respondentes
do Sul e por 33,8% dos respondentes do
Nordeste.
Fig. 5.7 - Condições de segurança das instalações do NTE.
ruimboamuito boaexcelente
100
80
60
40
20
0
Regiões do Brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
8
8
15
36
17
9
5
5
58
10
29
2321
7
1411
7
#57
Segurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalações
A segurança das instalações (grades,
chaves, alarmes etc.) é avaliada positiva-
mente (excelente, muito boa e boa) em
83,3% das respostas.
O Centro-Oeste é a região mais satisfeita
com relação à segurança das instalações do
NTE. Enquanto a média nacional de men-
ções “excelente” é de 19,9%, no Centro-
Oeste é de 34,8%. No Norte rareiam as
menções “excelente”: só 16,7%.
Outros elementos de infra-estrutura
tecnológica foram avaliados por 213 técni-
cos do laboratório. São eles; a) condições de
acesso à internet; b) provedor; c) condição
de rede local, d) condições de segurança da
rede e e) condições de acesso às escolas
para atendimento.
#58
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Tabela 5.14 - Avaliação das condiçõe de acesso à internet pelos técnicos do laboratório de informática,por regiões geográficas
9 16 4 6 5 4025,0% 21,6% 17,4% 10,0% 25,0% 18,8%
13 29 7 23 7 7936,1% 39,2% 30,4% 38,3% 35,0% 37,1%
5 14 6 13 2 4013,9% 18,9% 26,1% 21,7% 10,0% 18,8%
6 9 3 8 3 2916,7% 12,2% 13,0% 13,3% 15,0% 13,6%
3 6 3 10 3 258,3% 8,1% 13,0% 16,7% 15,0% 11,7%
36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoria
muito boa
boa
razoável
precária
inexistente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
Condição de acesso à InternetCondição de acesso à InternetCondição de acesso à InternetCondição de acesso à InternetCondição de acesso à Internet
O acesso à internet está disponível para
88,3% dos NTE, segundo os técnicos do
laboratório
Somente 25 técnicos do laboratório
(11,7%do total) declararam não existir
acesso a internet. A consideração conjunta
das categorias de respostas “muita boa”
(18,8%) e “boa” (37,1%) mostra que mais
da metade dos técnicos (55,9%) avalia de
forma positiva as condições de acesso à
Internet.
A classificação “razoável” foi atribuída por
18,8 % dos respondentes. Não se pode
deixar de prestar atenção à existência de
situação identificada como “precária”
(13,6). Somados os percentuais referentes
a essas duas categorias nota-se um total de
32,4% de avaliações negativas em relação
a este item.
#59* Neste gráfico e seguintes os números dos gráficos indicam a freqüencia das respostas dos técnicos das NTE.
Fig. 5.8 - Modalidade de provedor de acesso (*)
Não respondeuprivado gratuito
privado pagoestatal
próprio
120
100
80
60
40
20
0
Regiões do Brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
6
8
11
6
35
15
118
27
28
23
PPPPProvedor de acessorovedor de acessorovedor de acessorovedor de acessorovedor de acesso
Segundo os técnicos, a maioria dos laborató-
rios de informática (51,2%) tem provedor de
acesso estatal (Figura 5.8). Outras alternati-
vas são: provedores privados - pago (20,7%)
ou gratuito (7,0%, próprio (4,2%). Esta
última alternativa não é referida pelos técni-
cos do Sudeste e do Centro-Oeste. Não
responderam a este item do questionário
16,9%, dos técnicos.
#60
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Condição da rede localCondição da rede localCondição da rede localCondição da rede localCondição da rede local
A consideração conjunta das categorias de
resposta “excelente” (23%) e “muito boa”
(31,0 %) mostra que mais da metade dos
técnicos (54%) avalia de forma positiva as
condições da rede local (Tabela 5.15). Em
idêntica situação de agrupamento, esse
percentual se aproxima daquele referido no
caso da Condição de Acesso à Internet –
55%, o que mostra coerência entre uma e
outra avaliação. Não se pode deixar de notar
que ainda existem situações identificadas
como “razoável” (9,4%) e “precária” (3,3%) o
que não se ajusta nem ao perfil, nem ao
porte e nem aos objetivos do Proinfo.
Nos dados gerais aqui disponíveis, a única
região que não se fez representar nessas
categorias de avaliação negativa foi o Norte.
Na categoria precária, também não há
manifestações do Centro-Oeste.
Tabela 5.15 - Avaliação das condições da rede local pelos técnicos do laboratório de informática, por regiões geográficas
7 16 6 17 3 4919,4% 21,6% 26,1% 3,3% 15,0% 23,0%
12 23 6 15 10 6633,3% 31,1% 26,1% 25,0% 50,0% 31,0%
10 20 10 14 6 6027,8% 27,0% 43,5% 23,3% 30,0% 28,2%
4 6 1 9 2011,1% 8,1% 4,3% 15,0% 9,4%
2 2 3 75,6% 2,7% 5,0% 3,3%
1 7 2 1 112,8% 9,5% 3,3% 5,0% 5,2%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelente
muito boa
boa
razoável
precária
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
#61
Tabela 5.16 - Avaliações das condições de segurança da rede pelos técnicos do laboratório de informática,por regiões geográficas
4 8 5 6 3 2611,1% 10,8% 21,7% 10,0% 15,0% 12,2%
10 16 5 15 8 5427,8% 21,6% 21,7% 25,0% 40,0% 25,4%
10 27 7 16 7 6727,8% 36,5% 30,4% 26,7% 35,0% 31,5%
6 8 4 15 1 3416,7% 10,8% 17,4% 25,0% 5,0% 16,0%
3 7 2 5 178,3% 9,5% 8,7% 8,3% 8,0%
3 8 3 1 158,3% 10,8% 5,0% 5,0% 7,0%
36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
excelente
muito boa
boa
razoável
precária
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
Condição de segurança da redeCondição de segurança da redeCondição de segurança da redeCondição de segurança da redeCondição de segurança da rede
No conjunto, a consideração das categorias
de resposta “excelente” (12,2%) , “muita
boa” (25,4%) e “boa”(31,5%) evidencia
que para 69,1% dos técnicos a rede é
segura, conforme mostra a Tabela 5.16.
Mas é preciso estar atento para o fato de
que para 24% dos entrevistados técnicos a
situação de segurança da rede é apenas
razoável (16%) ou mesmo precária (8%).
Uma minoria de 7% deixou esse item sem
resposta.
#62
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Fig. 5.9 - Ocorrência de uso de sistemas operacionais.
ambos os sistemasLivres(gratuitos)
Comerciais
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Regiões do Brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
17
17
41
20
23
50
1817
Sistemas operacionaisSistemas operacionaisSistemas operacionaisSistemas operacionaisSistemas operacionais
Em termos de sistemas operacionais foi
possível observar que, segundo os técnicos,
a maioria dos laboratórios (68,1%) utiliza
somente sistemas operacionais proprietários
ou comerciais. A utilização de ambos os
sistemas foi referida por 28,6% dos técnicos.
O uso exclusivo de sistemas operacionais
livres (gratuitos) é marginal (3,3%).
Regionalmente, a presença de ambos os
sistemas ocorre no Sul com 29,5% (18 casos)
de respostas; no Sudeste com 37,7% de
respostas (23 casos) e no Nordeste: 27,9% de
respostas (17 casos). No Centro-Oeste ocorreu
1 resposta; no Norte, 2 respostas.
#63
Tabela 5.17 - Avaliação da qualidade de assistência técnica do fornecedor dos equipamentos pelos técnicos do laboratório de informática, por regiões geográficas
5 10 5 1 2113,9% 13,5% 8,3% 5,0% 9,9%
10 19 2 14 8 5327,8% 25,7% 8,7% 23,3% 40,0% 24,9%
14 23 11 19 6 7338,9% 31,1% 47,8% 31,7% 30,0% 34,3%
6 10 6 11 3 3616,7% 13,5% 26,1% 18,3% 15,0% 16,9%
4 3 8 1 165,4% 13,0% 13,3% 5,0% 7,5%
1 8 1 3 1 142,8% 10,8% 4,3% 5,0% 5,0% 6,6%
36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
excelente
muito boa
boa
razoável
precária
nãorespondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
Qualidade da assistência técnica dosQualidade da assistência técnica dosQualidade da assistência técnica dosQualidade da assistência técnica dosQualidade da assistência técnica dos
fornecedoresfornecedoresfornecedoresfornecedoresfornecedores
No que diz respeito à qualidade da assistên-
cia técnica do fornecedor dos equipamentos
(Tabela 5.17), a maior freqüência das
menções é “boa” (34,3%). A avaliação
excelente foi manifestada por 9.9%. Já a
referência a “muita boa” foi feita por um
grupo de 53 dos 213 técnicos (24,9%).
Visto que, no conjunto, essas três categori-
as de respostas representam uma avaliação
positiva de 69,1% dos técnicos, pode-se
dizer que a assistência técnica prestada
pelos fornecedores dos equipamentos se
classifica como satisfatória, não se podendo,
porém, deixar de levar em consideração que
para quase 30% dos técnicos a assistência
técnica pode deixar a desejar.
No que diz respeito às condições básicas
para o funcionamento do laboratório de
informática pode-se concluir que, no geral,
as condições são favoráveis, na percepção
da maioria dos técnicos – do acesso à
Internet, às condições da rede local e da
segurança.
#64
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Tabela 5.18 - Avaliação das condições de trabalho para a execução do suporte técnico no NTE segundo ostécnicos do laboratório de informática por regiões geográficas
4 7 3 1 1 1611,1% 9,5% 13,0% 1,7% 5,0% 7,5%
5 6 3 8 3 2513,9% 8,1% 13,0% 13,3% 15,0% 11,7%
7 18 7 16 8 5619,4% 24,3% 30,4% 26,7% 40,0% 26,3%
9 9 5 11 5 3925,0% 12,2% 21,7% 18,3% 25,0% 18,3%
6 11 5 21 1 4416,7% 14,9% 21,7% 35,0% 5,0% 20,7%
5 23 3 2 3313,9% 31,1% 5,0% 10,0% 15,5%
36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
excelente
muito boa
boa
razoável
precária
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Total
Condições de trabalho para suporCondições de trabalho para suporCondições de trabalho para suporCondições de trabalho para suporCondições de trabalho para suportetetetete
técnico no NTE e às escolastécnico no NTE e às escolastécnico no NTE e às escolastécnico no NTE e às escolastécnico no NTE e às escolas
Neste tópico buscou-se avaliar:
a) condições de trabalho para a prestar
suporte técnico no NTE e nas escolas
b) condições de acesso às escolas.
A Tabela 5.18 evidencia que para 45,5%
dos técnicos as condições para suporte
técnico no NTE variam entre as qualifica-
ções “boa” (26,3%), “muito boa” (11,7%) e
“excelente” (7,5%). Mas para um grupo
não desprezível desses técnicos – 39%,
essas condições se classificam entre “razoá-
vel” (18,3%) e “precária” (20,7%).
#65
Tabela 5.19 - Avaliação das condições de trabalho para a execução do suporte técnico nas escolassegundo os técnicos do laboratório de informática por regiões geográficas
1 3 1 1 62,8% 4,1% 1,7% 5,0% 2,8%
5 5 2 2 1 1513,9% 6,8% 8,7% 3,3% 5,0% 7,0%
4 10 2 6 5 2711,1% 13,5% 8,7% 10,0% 25,0% 12,7%
6 10 7 10 7 4016,7% 13,5% 30,4% 16,7% 35,0% 18,8%
12 20 9 33 2 7633,3% 27,0% 39,1% 55,0% 10,0% 35,7%
8 26 3 8 4 4922,2% 35,1% 13,0% 13,3% 20,0% 23,0%
36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
excelente
muito boa
boa
razoável
precária
nãorespondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Total
Nas escolas, em termos comparativos, as
condições de trabalho de suporte técnico
são menos favoráveis do que nos NTE
(Tabela 5.19). Se nestes últimos 45% dos
técnicos classificaram as condições de
trabalho de boas a excelentes, no caso do
trabalho junto às escolas esse percentual
cai para 22,5% sendo assim distribuído:
2.8% (excelente), 7,0% (muito boa) e
12,7% (boa). De forma coerente, é possível
perceber-se que, embora a avaliação
“razoável” tenha tido um percentual quase
igual em ambos os casos – 18,3% (NTE) e
18,8% (escolas), - a menção a essas
condições como “precária” foi maior nas
escolas (35,7%) do que no caso dos NTE –
20,7%. Quarenta e nove técnicos (23%)
deixarem esse item sem resposta. Esse
assunto merece atenção especial já que o
suporte técnico às escolas é um dos fatores
determinantes da qualidade do desenvolvi-
mento do Proinfo.
#66
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Fig 5.10 - Condições de acesso às escolas.
não respondeuprecária
razoávelboa
muito boaexcelente
80
60
40
20
0
regiões do brasil
norte
nordeste
centro-oeste
sudeste
sul
4
7
5
8
33
10
6
9
7
2620
10105
812
645
Condições de acesso às escolasCondições de acesso às escolasCondições de acesso às escolasCondições de acesso às escolasCondições de acesso às escolas
Na avaliação das condições de acesso às
escolas, para prestação de suporte técnico,
predominam a opção “precária”, conforme
mostra a Figura 5.10.
#67
Tabela 5.20 - Avaliação dos recursos do informática segundo os professoresmultiplicadores, por tipo de recursos (%)
Avaliação Software Vídeo Livros Equipamentos Quantidade Configuração de Acesso àde apoio de computadores computadores e internet
e periféricos periféricos
Excelente 7,1 3,2 3,1 4,7 10,7 3,8 8,5
Muito bom 11 9 5,7 10 28,1 21,2 16,9
Bom 19,5 24,3 23,1 23,3 49,1 51,7 31
Deficiente 52,1 49,9 52,1 52,1 12,2 23,3 23.7
Inexistente 10,2 13,6 16 9,8 - - 19,8
Fonte: Professores multiplicadores
Disponibilidade de recursos deDisponibilidade de recursos deDisponibilidade de recursos deDisponibilidade de recursos deDisponibilidade de recursos de
informáticainformáticainformáticainformáticainformática
Foi solicitado aos professores multiplicadores
uma avaliação sobre os recursos de
informática postos à disposição do NTE. Os
resultados estão apresentados na Tabela
5.20. Os dados dessa tabela evidenciam
que, no conjunto, é considerado “deficiente”
o acervo de recursos tecnológicos. Mais da
metade dos respondentes assim se expres-
sou em relação aos itens software (52,1%),
livro didático (52,1%) e equipamentos de
apoio (52,1%). A situação não é muito
diferente no caso do acervo dos vídeos
(49,9%). Isso não quer dizer que não haja
situações consideradas excelentes pelos
respondentes. Elas são poucas, proporcio-
nalmente – com percentual entre 3,1% e
10,7%, com maior destaque para quantida-
de de computadores e periféricos (10,7%) e
acesso à Internet (8,5%) e menor para o
livro didático (3,1%) e para vídeos (3,2%).
Se a análise enfocar a avaliação considera-
da “muito boa”, a predominância está na
quantidade de computadores e periféricos
(28,1), seguida da relativa à adequação da
configuração dos computadores e periféricos
(21,2%). Já a menor frequência dessa
classificação foi a referente aos livros didáti-
cos (5,7%). A situação é um tanto diferente
quando se enfoca a opção “boa”. Nesse
caso, percebe-se uma concentração bem
próxima de respostas nas opções adequação
da configuração computadores
e periféricos (51,7%) e quantidade de
computadores e periféricos (49,1%), segui-
da da opção referente ao acesso à Internet
nos laboratórios (31,0%).
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#68
6 As escolas do ProInfoNa escola do ProInfo, o elemento básico da
tecnoestrutura é o laboratório de informáti-
ca. Sua adequação às necessidades e
intenções do ProInfo é, portanto, funda-
mental para o desempenho do Programa.
Para avaliação das condições das escolas
foram entrevistados 551 diretores de
escolas, 476 coordenadores de laboratórios
de informática, 3.541 professores e 5.366
alunos.
A escola típica do ProInfo (86,4%) funciona
nos turnos diurno e noturno (Tabela 6.1).
Uma única escola pesquisada (0,2%)
funciona apenas no turno noturno.
Tabela 6.1 - Número de escolas por período de funcionamento de acordo com os diretores das escolas e por regiões do Brasil.
22 14 18 14 6 7430,6% 8,0% 27,3% 11,3% 5,3% 13,4%
1 1,6% ,2%
50 161 48 110 107 47669,4% 91,5% 72,7% 88,7% 94,7% 86,4%
72 176 66 124 113 55113,1% 31,9% 12,0% 22,5% 20,5% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
diurno
noturno
ambos
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#69
O foco do Programa é a educação básica,
mas um grande número de escolas com-
bina ensino fundamental e ensino médio.
Dentre as 551 escolas pesquisadas, o
maior número (185 escolas ou 33,6 % do
total) é de escolas que têm ensino médio
e as 4 primeiras séries do ensino funda-
mental. Seguem-se-lhe dois grupos de
tamanho equivalente que ofertam ensino
médio e ensino fundamental da 5a. à 8a.
séries (126 escolas ou 22,9 % do total) ou
que combinam os ciclos completos de
ambos os níveis de ensino (125 escolas
ou 22,7 % do total). O quarto grupo oferta
somente as 4 primeiras séries do ensino
fundamental (47 escolas ou 8,5 % do
total). O quinto grupo é formado por 31
escolas (5,6 % do total) de ensino médio
e o sexto por 25 escolas (4,5 % do total)
que ofertam só as últimas séries (5 a 8)
do ensino fundamental. Finalmente há
um pequeno grupo de 6 escolas (1,1 %
do total) que oferta o ciclo completo do
ensino fundamental (1 a 8)
A área útil média dos laboratórios nas escolas
foi calculada em 50m2, sendo 48 m2 a
metragem mais comum nos relatos. Segundo
a informação de 92% dos diretores de escolas,
essas salas de laboratórios são de uso
exclusivo do ProInfo, isto é, não são comparti-
lhadas com outros programas educacionais.
A avaliação do espaço físico do laboratório é
francamente positiva, tanto por parte dos
diretores (Tabela 6.2) quanto dos
coordenadores do laboratório. O espaço físico
é avaliado como excelente por 27,2% dos
diretores. Somando as avaliações “excelente”,
“muito boa” e “boa” chega-se a 91,6%.
Tabela 6.2 - Avaliação dos diretores das escolas em relação ao espaço físico do laboratório em cada região do Brasil
29 35 20 37 29 15040,3% 19,9% 30,3% 29,8% 25,7% 27,2%
24 55 25 36 38 17833,3% 31,3% 37,9% 29,0% 33,6% 32,3%
17 64 18 38 40 17723,6% 36,4% 27,3% 30,6% 35,4% 32,1%
2 22 3 13 6 462,8% 12,5% 4,5% 10,5% 5,3% 8,3%
72 176 66 124 113 55113,1% 31,9% 12,0% 22,5% 20,5% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelente
muito boa
boa
ruim
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#70
A opinião dos coordenadores de informática
sobre o espaço físico do laboratório não se
diferencia significativamente da dos direto-
res. Cerca de 20% desses Coordenadores
consideram-no “excelente”. Considerada a
soma das três dimensões positivas (exce-
lente, muito boa e boa), chega-se a 91%
das menções.
Se o espaço físico do laboratório é conside-
rada bom pelos diretores e coordenadores
de informática, da mesma forma o é a
disponibilidade de uso, segundo a opinião
dos professores, conforme se analisa mais
adiante.
Tabela 6.3 - Avaliação dos coordenadores de informática da infra-estrutura do laboratório em relação aoespaço físico em cada região do Brasil.
22 21 11 24 17 9533,3% 13,6% 16,4% 22,6% 20,5% 20,0%
21 50 24 32 23 15031,8% 32,5% 35,8% 30,2% 27,7% 31,5%
21 63 31 38 35 18831,8% 40,9% 46,3% 35,8% 42,2% 39,5%
2 20 1 12 8 433,0% 13,0% 1,5% 11,3% 9,6% 9,0%
66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelente
muito boa
boa
ruim
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#71
Os coordenadores de informática também
avaliaram a infra-estrutura tecnológica dos
laboratórios, considerando oito aspectos:
1. condições da rede elétrica e iluminação;
2. rede local instalada;
3. equipamentos de informática e periféricos;
4. licença para uso de softwares;
5. condições físicas de trabalho (limpeza,
iluminação, temperatura);
6. suprimento de material de consumo;
7. segurança (vigilância, grades, alarmes)
8. assistência técnica dos fornecedores.
No tocante à localização do laboratório, as
opiniões, tanto de diretores (Tabela 6.4)
quanto de coordenadores de informática,
são também muito positivas, em termos e
distribuição comparáveis às menções
relativas ao espaço físico.
Tabela 6.4 - Avaliação dos diretores em relação a localização do laboratório em cada região do Brasil
35 47 33 39 32 18648,6% 26,7% 50,0% 31,5% 28,3% 33,8%
27 62 22 43 41 19537,5% 35,2% 33,3% 34,7% 36,3% 35,4%
10 57 9 38 38 15213,9% 32,4% 13,6% 30,6% 33,6% 27,6%
10 2 4 2 185,7% 3,0% 3,2% 1,8% 3,3%
72 176 66 124 113 55113,1% 31,9% 12,0% 22,5% 20,5% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelente
muito boa
boa
ruim
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#72
A Tabela 6.5 mostra que, enquanto os itens
de investimento - rede elétrica, rede local,
equipamentos, condições de trabalho e de
segurança - mantêm índices classificados
como “excelente” acima de 13%, o mesmo
não ocorre com os itens de suprimentos e
disponibilidade de licenças para uso de
softwares e com a prestação de assistência
técnica onde essa avaliação “excelente” não
vai além de 7%. Essas percepções se
tornam mais evidentes quando é feita a
análise regional desses parâmetros.
Em termos de médias nacionais, as avalia-
ções positivas (somatório de excelente,
muito boa e boa), feitas pelos coordenado-
res, podem ser visualizadas sinteticamente
na Tabela 6.5.
Tabela 6.5 - Percentuais de avaliações positivas da infra-estruturatecnológica e de funcionamento do laboratório de informática.
Parâmetro Avaliação
Excelente Muito Boa Boa Geral
Rede elétrica 23,9 27,9 39,3 91,1
Equipamentos 13,4 29,6 47,9 90,9
Condições de trabalho 18,5 29,2 41,2 88,9
Segurança das instalações 20,6 30,0 37,4 88,0
Rede local 16,8 29,0 40,8 86,6
Assistência técnica 5,7 19,5 45,2 70,4
Suprimento 7,1 17,9 31,1 56,1
Licenças para uso de softwares 6,9 14,1 32,1 53,1
Fonte: Coordenadores do laboratório de informática das escolas.
#73
Rede elétricaRede elétricaRede elétricaRede elétricaRede elétrica
A rede elétrica e de iluminação (Tabela 6.6)
constitui o item da infra-estrutura tecnológi-
ca do laboratório mais bem avaliado no país,
com 91,1% de classificação positiva (soma
dos percentuais totais para as avaliações
“excelente”, “muito boa” e “boa”).
Dentre as regiões, o Centro-Oeste e o
Sudeste são as que revelaram os menores
índices de avaliação positiva da rede elétrica
e de iluminação.
Tabela 6.6 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática da rede elétrica e de iluminação por regiões geográficas
21 31 10 27 25 11431,8% 20,1% 14,9% 25,5% 30,1% 23,9%
17 41 18 36 21 13325,8% 26,6% 26,9% 34,0% 25,3% 27,9%
26 68 30 33 30 18739,4% 44,2% 44,8% 31,1% 36,1% 39,3%
2 14 9 10 7 423,0% 9,1% 13,4% 9,4% 8,4% 8,8%
66 154 67 106 83 476
13,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%
Freq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq
% região
excelente
muito boa
boa
deficiente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#74
Os índices de avaliação reproduzidos na
Tabela 6.7 indicam que a maior percepção
positiva foi a da região Sul, com 33,3% de
avaliação “excelente”, e a menor, no Nordes-
te, com 16,0%; ambas comparadas com a
freqüência de aprovação nacional de 20,6%.
Por outro lado, o menor índice de insatisfação
com a segurança se encontra no Sul (6,1%
de avaliações na categoria “deficiente”).
Segurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalações
O item “segurança”, ou seja, condições de
vigilância e instalação de grades e alarmes,
recebeu 88% de menções positivas, sendo
a menção “excelente” de 20,6%, o que o
coloca como o segundo item de estrutura
de funcionamento mais bem avaliado (ver
Tabela 6.5 e Tabela 6.7).
Tabela 6.7 - Avaliação da segurança segundo os coordenadores do laboratório de informática, por regiões geográficas
22 28 13 17 18 9833,3% 18,2% 19,4% 16,0% 21,7% 20,6%
22 53 17 30 21 14333,3% 34,4% 25,4% 28,3% 25,3% 30,0%
18 52 29 45 34 17827,3% 33,8% 43,3% 42,5% 41,0% 37,4%
4 21 8 14 10 576,1% 13,6% 11,9% 13,2% 12,0% 12,0%
66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelente
muito boa
boa
deficiente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#75
É novamente o Sul que se distingue com
maior índice de satisfação (menção “exce-
lente”) em relação à rede local, seguido do
Norte. Já o índice mais baixo é o do Nor-
deste - 12,3% - contra a média nacional de
16,8% (Tabela 6.8).
Rede localRede localRede localRede localRede local
No país, as avaliações positivas da rede
local (excelente, muito boa e boa na Tabela
6.5) alcançam 86,6% das menções. A
avaliação negativa (deficiente) corresponde
a 13,4% das respostas (Tabela 6.8).
Tabela 6.8 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática da rede local instalada, por regiões geográficas
17 21 10 13 19 8025,8% 13,6% 14,9% 12,3% 22,9% 16,8%
17 46 17 34 24 13825,8% 29,9% 25,4% 32,1% 28,9% 29,0%
23 63 32 43 33 19434,8% 40,9% 47,8% 40,6% 39,8% 40,8%
9 24 8 16 7 6413,6% 15,6% 11,9% 15,1% 8,4% 13,4%
66 154 67 106 83 476
13,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%
Freq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq
% região
excelente
muito boa
boa
deficiente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#76
As melhores condições de trabalho, segun-
do a opinião dos coordenadores de informá-
tica dos laboratórios nas escolas, considera-
da a categoria “excelente”, se encontram
no Sul - 21,2% de menções - e no Norte,
com 21,7%, ficando em ambos os casos
acima da média nacional, que é de 18,5%.
Inversamente, é no Nordeste onde há
maior índice de insatisfação com as condi-
ções de trabalho - 14,2% - frente à média
nacional de 11,1%.
Condições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalho
As avaliações positivas das condições de
trabalho (excelente, muito boa e boa) atin-
gem 88,9%, considerado o país como um
todo. A avaliação “deficiente” foi citada por
apenas 11,1% dos coordenadores de infor-
mática entrevistados (Tabela 6.9).
Tabela 6.9 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática das condições de trabalho, por regiões geográficas.
14 26 10 20 18 8821,2% 16,9% 14,9% 18,9% 21,7% 18,5%
21 49 15 33 21 13931,8% 31,8% 22,4% 31,1% 25,3% 29,2%
28 61 34 38 35 19642,4% 39,6% 50,7% 35,8% 42,2% 41,2%
3 18 8 15 9 534,5% 11,7% 11,9% 14,2% 10,8% 11,1%
66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelente
muito boa
boa
deficiente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#77
Os melhores índices de satisfação plena
com os equipamentos de informática se
encontram no Sul - 25,8% de “excelente”,
frente à média brasileira de 13,4%. O
percentual mais baixo desse índice é
registrado no Sudeste, com 6,5% das
menções.
Coerentemente, o maior percentual de
insatisfação - equipamento classificado
como “deficiente” - ocorre no Sudeste:
13,6% (média nacional: 9,0%)
EquipamentosEquipamentosEquipamentosEquipamentosEquipamentos
A infra-estrutura de equipamentos de
informática foi avaliada positivamente
(excelente, muito boa e boa) por 90,9%
dos coordenadores de informática em todo
o país (Tabela 6.5 e Tabela 6.10).
Tabela 6.10 - Avaliação dos coordenadores do laboratório dos equipamentos de informática, por regiões geográficas
17 10 11 13 13 6425,8% 6,5% 16,4% 12,3% 15,7% 13,4%
22 46 15 36 22 141
33,3% 29,9% 22,4% 34,0% 26,5% 29,6%23 77 36 48 44 228
34,8% 50,0% 53,7% 45,3% 53,0% 47,9%
4 21 5 9 4 436,1% 13,6% 7,5% 8,5% 4,8% 9,0%
66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% região
excelente
muito boa
boa
deficiente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#78
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
SuprimentosSuprimentosSuprimentosSuprimentosSuprimentos
Como se observou na Tabela 6.5, os itens
de manutenção, suprimento e assistência
revelaram os mais baixos níveis de satisfa-
ção quando comparados com os outros
parâmetros de avaliação da infra-estrutura.
O índice de satisfação plena no país (avalia-
ção “excelente”) não vai além de 7,1%
(Tabela 6.11). Esse índice é mais baixo no
Sudeste (3,2%) e no Nordeste (4,7%).
Tabela 6.11 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática do suprimento de material,por regiões geográficas
7 5 6 5 11 3410,6% 3,2% 9,0% 4,7% 13,3% 7,1%
15 34 3 20 13 8522,7% 22,1% 4,5% 18,9% 15,7% 17,9%
21 49 17 31 30 14831,8% 31,8% 25,4% 29,2% 36,1% 31,1%
23 66 41 50 29 20934,8% 42,9% 61,2% 47,2% 34,9% 43,9%
66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% região
excelente
muito boa
boa
deficiente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#79
Licenças para uso de Licenças para uso de Licenças para uso de Licenças para uso de Licenças para uso de sofsofsofsofsoftwaretwaretwaretwaretware
No tocante a licenças para uso de softwares,
o índice geral de avaliação positiva foi o
mais baixo de todos os parâmetros apresen-
tados na Tabela 6.5 (53,1%). O índice de
satisfação plena (avaliações “excelente”) é
baixo, destacando-se o Nordeste, com
apenas 3,8% (freqüência nacional: 6,9%,
Tabela 6.12).
As licenças para uso de softwares são
consideradas “insuficientes”, com 26,7%
de menções no país, sem grandes
discrepâncias regionais.
Tabela 6.12 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática da quantidade de licenças para uso de software, por regiões geográficas
6 10 4 4 9 339,1% 6,5% 6,0% 3,8% 10,8% 6,9%
17 27 6 10 7 6725,8% 17,5% 9,0% 9,4% 8,4% 14,1%
14 58 26 28 27 15321,2% 37,7% 38,8% 26,4% 32,5% 32,1%
18 38 20 29 22 12727,3% 24,7% 29,9% 27,4% 26,5% 26,7%
11 21 11 35 18 9616,7% 13,6% 16,4% 33,0% 21,7% 20,2%
66 154 67 106 83 476
13,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%
Freq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq
% região
excelente
muito boa
boa
insuficiente
inexistente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#80
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
No conjunto de estados do Sul e do Centro-
Oeste, apenas 5 coordenadores de informá-
tica consideraram “excelente” a assistência
técnica. No Brasil como um todo, a classifi-
cação “deficiente’ foi dada por 29,6% dos
respondentes. Esse valor sobe para 35,7%
no Sudeste e para 33,7% no Norte.
Assistência técnicaAssistência técnicaAssistência técnicaAssistência técnicaAssistência técnica
O item “assistência técnica dos fornecedo-
res” apresenta nível de satisfação global de
70,4% como pôde ser visto na Tabela 6.5.
Mesmo assim o percentual remanescente
de 29,6 % de coordenadores que classifica-
ram a assistência técnica como “deficiente”
(Tabela 6.13) é ainda relativamente alto.
Tabela 6.13 - Avaliação pelos coordenadores do laboratório de informática da assistência técnica dosfornecedores por regiões geográficas
4 9 1 6 7 276,1% 5,8% 1,5% 5,7% 8,4% 5,7%
24 20 12 24 13 9336,4% 13,0% 17,9% 22,6% 15,7% 19,5%
20 70 38 52 35 21530,3% 45,5% 56,7% 49,1% 42,2% 45,2%
18 55 16 24 28 14127,3% 35,7% 23,9% 22,6% 33,7% 29,6%
66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% região
excelente
muito boa
boa
deficiente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#81
O balanço geral da infra-estrutura dos
laboratórios do ProInfo, tanto do ponto de
vista físico como técnico, é claramente
positivo e apresenta um quadro significati-
vamente homogêneo em todo o território
nacional. Os dados levam a concluir que o
Programa logrou instalar uma infra-estrutu-
ra muito bem avaliada por todos os seg-
mentos - diretores, coordenadores, profes-
sores, multiplicadores e técnicos. Todavia, a
avaliação é menos entusiasta quando se
trata do funcionamento dessa estrutura.
Questões como suprimento, manutenção e
assistência técnica talvez devam ser anali-
sadas em maior profundidade pelos diver-
sos níveis administrativos do ProInfo.
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#82
7 Os recursos humanos do ProinfoOs dados sobre a qualificação e a
capacitação pessoal ou institucional dos
recursos humanos do ProInfo, a motivação
e o comprometimento com o Programa e o
desempenho, individual e de
relacionamento, dedutíveis dos mapas e
tabelas descritivas, avaliativas e de auto-
avaliação, revelam um quadro geral franca-
mente positivo para todas as categorias de
atores - técnicos de informática,
multiplicadores, coordenadores de NTE,
coordenadores de laboratório e professores -
sem diferenças regionais significativas.
O pessoal do ProInfo tem qualificação
compatível com as necessidades e objetivos
do Programa e recebeu treinamento
adequado para ele.
Percebe-se que os atores estão motivados e
comprometidos com o Programa. Os profes-
sores se mostram satisfeitos com a disponi-
bilidade do laboratório de informática.
Cinqüenta por cento a consideram de boa
para cima. Todavia, o acervo de softwares,
livros e equipamentos de apoio é visto
como insuficiente, ou seja, se insatisfação
existe, esta se concentra na quantidade dos
recursos e não na sua qualidade.
As respostas dos professores indicam que o
ProInfo é bem aceito pelo conjunto dos
professores e alunos nas escolas. Somadas
as avaliações “excelente” e “muito bom”, o
nível de aceitação é de 50% ou mais.
A mesma freqüência é observada em
relação ao suporte pedagógico, ao suporte
técnico e aos programas de capacitação
proporcionados pelos NTE.
Aparentemente não existem problemas
sérios de gestão. A direção das escolas
incentiva o programa, e os professores têm
autonomia para planejar o uso da
informática educativa em sala de aula.
Caracterização e qualificaçãoCaracterização e qualificaçãoCaracterização e qualificaçãoCaracterização e qualificaçãoCaracterização e qualificação
a) Técnicos
O ProInfo conta atualmente com 302
técnicos capacitados. Desses, 213 foram
entrevistados para a presente avaliação,
conforme a distribuição da Tabela 7.1.
#83
Forma de ingresso no ProInfo
A forma predominante de ingresso no
ProInfo (Tabela 7.2) inclui algum tipo de
seleção, seja com prova (40,4%), seja sem
prova (9,4%). Sob a forma de “indicação”
foram assinaladas 19,7% das respostas,
forma menos adotada no Nordeste
(10,0%), mas predominante no Sul
(30,6%). O voluntariado é a forma de
acesso presente com 50,0% de menções
no Sul, mas essa categoria não foi citada
no Centro-Oeste e no Nordeste (Tabela 7.2).
Tabela 7.1 - Distribuição dos Técnicos de Laboratório por gênero e regiões geográficas
8 21 6 21 3 5922,2% 28,4% 26,1% 35,0% 15,0% 27,7%
21 33 17 37 17 12558,3% 44,6% 73,9% 61,7% 85,0% 58,7%
7 20 2 2919,4% 27,0% 3,3% 13,6%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq% por gêneroFreq% por gêneroFreq% por gêneroFreq% por região
feminino
masculino
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Tabela 7.2 - Forma de ingresso no ProInfo, segundo os técnicos do laboratório de informática, por regiõesgeográficas
11 15 6 6 4 4230,6% 20,3% 26,1% 10,0% 20,0% 19,7%
1 2 5 9 3 202,8% 2,7% 21,7% 15,0% 15,0% 9,4%
6 20 9 41 10 86
16,7% 27,0% 39,1% 68,3% 50,0% 40,4%3 1 2 6
8,3% 1,4% 10,0% 2,8%15 36 3 4 1 59
41,7% 48,6% 13,0% 6,7% 5,0% 27,7%36 74 23 60 20 213
16,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
indicado
seleção, sem prova
seleção, com prova
voluntário
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#84
Qualificação prévia
Dois terços dos 213 técnicos entrevistados
(Tabela 7.3) têm formação superior: 13,1%
com bacharelado, sem predomínio de área,
e 46,9% com licenciatura plena, esta
concentrada principalmente no Nordeste
(60,0%) e Centro-Oeste (87,0%).
Capacitação técnica
Aproximadamente, metade dos técnicos
(49,8 %,Tabela 7.4) foram treinados pelo
ProInfo. Outros 11,7% afirmam ter recebido
capacitação fora do ProInfo. Isso significa
que pelo menos 61,5% dos técnicos
receberam capacitação específica. Diz-se
“pelo menos” porque 16% dos
questionários não puderam ser validados
#85
neste item. Pouco mais de um quinto
(22,5%) declararam não ter recebido
capacitação técnica (Tabela 7.4).
De acordo com os dados da Tabela 7.4, há
diferenças regionais expressivas, seja
quanto à capacitação em si, seja quanto à
origem do treinamento. O Sudeste entra
com o maior percentual de técnicos que
responderam não ter recebido capacitação.
Estão na ordem de 32,4%, ou seja, acima
da frequência nacional, que é de 22,5%.
Entre os que receberam capacitação, “fora
do ProInfo”, há maior concentração nos
estados do Sudeste e Nordeste.
São, respectivamente, 13,5% e 17,4%,
contrastantes com a frequência nacional de
11,7%.
Tabela 7.4 - Modalidade de capacitação recebida para ingressar no Proinfo, segundo os técnicos dolaboratório de informática, por região geográfica
9 24 5 6 4 4825,0% 32,4% 21,7% 10,0% 20,0% 22,5%
12 21 14 46 13 106
33,3% 28,4% 60,9% 76,7% 65,0% 49,8%
4 10 4 5 2 25
11,1% 13,5% 17,4% 8,3% 10,0% 11,7%
11 19 3 1 3430,6% 25,7% 5,0% 5,0% 16,0%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoria
Freq% categoriaFreq% região
nãorecebeu
peloProInfo
fora doProInfo
nãorespondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#86
Já os cursos ministrados pelo ProInfo para
os técnicos do laboratório são avaliados de
maneira desigual, quando considerados
regionalmente. Considerando os dados da
Tabela 7.5, os cursos de qualificação são
avaliados como “difíceis” e “muito difíceis”
por 24,9% dos entrevistados. Mas esse
valor sobe para 30,4% no Centro-Oeste e
cai para 16,3% no Sudeste.
Tabela 7.5 - Grau de dificuldade dos cursos de capacitação técnica pelos técnicos do laboratório, porregiões geográficas
5 2 7 2 166,8% 8,7% 11,7% 10,0% 7,5%
8 7 5 15 2 3722,2% 9,5% 21,7% 25,0% 10,0% 17,4%
5 8 7 25 10 5513,9% 10,8% 30,4% 41,7% 50,0% 25,8%
1 1 1 1 1 52,8% 1,4% 4,3% 1,7% 5,0% 2,3%
1 15,0% ,5%
22 53 8 12 4 9961,1% 71,6% 34,8% 20,0% 20,0% 46,5%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
muito difícil
difícil
razoável
fácil
muito fácil
nãorespondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
#87
O material didático (Tabela 7.6) é classifica-
do como “muito bom” e “excelente” para
27,7% dos técnicos, no conjunto do país.
Este valor sobe para 50% e 40% no Norte
e Nordeste, mas cai para 16,2% e 13,9 no
Sudeste e no Sul, respectivamente.
Tabela 7.6 - Avaliações do material didático pelos técnicos de informática, por regiões geográficas
2 4 2 6 5 195,6% 5,4% 8,7% 10,0% 25,0% 8,9%
3 8 6 18 5 408,3% 10,8% 26,1% 30,0% 25,0% 18,8%
8 8 5 13 6 4022,2% 10,8% 21,7% 21,7% 30,0% 18,8%
1 1 1 7 102,8% 1,4% 4,3% 11,7% 4,7%
1 4 54,3% 6,7% 2,3%
22 53 8 12 4 9961,1% 71,6% 34,8% 20,0% 20,0% 46,5%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelente
muito bom
bom
razoável
deficiente
nãorespondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#88
b) Multiplicadores
O ProInfo conta atualmente com 1.419
multiplicadores, dos quais o projeto de
avaliação entrevistou 844. Eles têm idade
média de 38,9 anos, e 13,2 anos de
experiência em sala de aula. A distribuição
regional e por gênero dos multiplicadores
pode ser vista na Tabela 7.8.
Tabela 7.7 - Avaliação do conteúdo dos cursos oferecidos pelo Proinfo, segundo os técnicos do laboratório,por regiões geográficas
24 59 11 21 9 12466,7% 79,7% 47,8% 35,0% 45,0% 58,2%
5 8 5 14 5 3713,9% 10,8% 21,7% 23,3% 25,0% 17,4%
7 5 6 17 6 4119,4% 6,8% 26,1% 28,3% 30,0% 19,2%
2 1 6 92,7% 4,3% 10,0% 4,2%
2 23,3% ,9%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelente
muito bom
bom
razoável
deficiente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
Tabela 7.8 - Professores multiplicadores entrevistados por gênero e região geográfica
107 181 78 219 67 65279,9% 78,4% 82,1% 76,0% 69,8% 77,3%
27 50 17 69 29 19220,1% 21,6% 17,9% 24,0% 30,2% 22,7%
134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%
Freq% gêneroFreq% gêneroFreq% região
feminino
masculino
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
Quanto ao conteúdo dos cursos, na avalia-
ção dos professores, a situação se inverte,
isto é, a região Sul é mais entusiasta na
avaliação do que os colegas do estado
Norte (Tabela 7.7) Enquanto o percentual
nacional dos conceitos “excelente” e “muito
bom” está em 75,6%, no Sul esse valor é
de 80,6%, no Norte é de 70,0% e 58,3%
no Nordeste.
#89
Forma de ingresso no ProInfo
Como forma de ingresso de multiplicadores
no ProInfo, prevalecem os processos de
seleção (68,1 %). Apenas 27,3%
ingressaram por indicação. O voluntariado
tem presença marginal, com 4,6% de
citações. Todavia, em algumas regiões o
ingresso voluntário tem maior importância,
como no caso do Centro-Oeste onde a
participação desse tipo de ingresso chega a
representar 12,6%.
Tabela 7.9 - Forma de ingresso no ProInfo segundo os professores multiplicadores, por regiões geográficas
55 76 44 23 32 23041,0% 32,9% 46,3% 8,0% 33,3% 27,3%
70 151 39 254 61 57552,2% 65,4% 41,1% 88,2% 63,5% 68,1%
9 4 12 11 3 396,7% 1,7% 12,6% 3,8% 3,1% 4,6%
134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
por indicação
por seleção
voluntário
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#90
Quanto à titulação acadêmica, 85,2% dos
multiplicadores são especialistas (Tabela
7.11), com predomínio da área de
informática educativa (71%) A presença de
doutores ou mestres é marginal.
Tabela 7.10 - Formação superior na graduação dos professores multiplicadores, por categoria e regiõesgeográficas
13 39 10 28 9 999,7% 16,9% 10,5% 9,7% 9,4% 11,7%
3 7 1 6 5 222,2% 3,0% 1,1% 2,1% 5,2% 2,6%
117 182 80 251 82 71287,3% 78,8% 84,2% 87,2% 85,4% 84,4%
1 3 4 3 11,7% 1,3% 4,2% 1,0% 1,3%
134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% região
bacharelado
licenciatura curta
licenciatura plena
tecnólogo
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
Tabela 7.11 - Titulação na pós-graduação dos professores multiplicadores, por categoria e região geográfica
123 157 72 277 90 71991,8% 68,0% 75,8% 96,2% 93,8% 85,2%
6 11 2 4 2 254,5% 4,8% 2,1% 1,4% 2,1% 3,0%
5 63 21 7 4 1003,7% 27,3% 22,1% 2,4% 4,2% 11,8%
134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% região
especialista
mestre
nenhuma
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
Formação prévia
Dentre os 844 multiplicadores, 84,4%
declararam ter licenciatura plena, valor que
se repete, com pequenas variações, em
todas as regiões do país (Tabela 7.10).
#91
Capacitação para a informática educativa
É de salientar que dos 844 multiplicadores
340 declararam que não tinham experiência
em informática antes de participar do
ProInfo; dos 504 restantes, 65,3% eram
apenas usuários iniciantes. Esse quadro se
repete em todas as regiões na Tabela 7.12.
Tabela 7.12 - Tipo de experiência em informática anterior a participação no Proinfo, dos professoresmultiplicadores, por região geográfica
49 90 35 124 31 32959,8 56,3 66,0 74,7 72,1 65,3
28 58 11 29 8 13434,1 36,3 20,8 17,5 18,6 26,6
2 7 2 2 132,4 4,4 3,8 1,2 2,6
1 8 2 1 1 131,2 5,0 3,8 ,6 2,3 2,6
1 5 1 1 1 91,2 3,1 1,9 ,6 2,3 1,8
6 8 5 13 4 367,3 5,0 9,4 7,8 9,3 7,182 160 53 166 43 504
16,3 31,7 10,5 32,9 8,5 100,0
Freq% categoria
experiência como usuárioiniciante
Freq% categoria
experiência como usuárioexperiente
Freq% categoria
experiência como técnicode suporte
Freq% categoria
experiência comoprogramador
Freq% categoria
experiência comoanalista de sistema
Freq% categoria
outro tipo de experiência
Freq% região
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#92
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Para 42,9 % dos multiplicadores, a
capacitação para informática na educação
tem sido um procedimento continuado,
principalmente no Centro-Oeste, onde esse
processo de educação permanente atinge
60,0% dos multiplicadores da região.
Tabela 7.14 - Ocorrência de capacitação continuada em Informática na Educação promovidapelo ProInfo por região geográfica
65 83 57 112 45 36248,5% 35,9% 60,0% 38,9% 46,9% 42,9%
69 148 38 176 51 48251,5% 64,1% 40,0% 61,1% 53,1% 57,1%
134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
sim
não
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
Pela Tabela 7.13, dois terços dos
multiplicadores (66,7%) foram capacitados
pelo ProInfo e um terço fora do Programa.
Nos cursos promovidos pelo ProInfo, a
avaliação de capacitação em informática
educativa, reproduzida na Tabela 7.13,
mostra que 47,8% dos 844 multiplicadores
entrevistados assinalaram as opções
“excelente”ou “muito boa”, com variações
regionais pouco significativas dentro das
duas faixas. Não responderam a questão
30,2% dos multiplicadores. Desses, 51,9%
concentram-se na região Sudeste.
Tabela 7.13 - Avaliação do curso de capacitação recebido do ProInfo pelos professores multiplicadores, por região geográfica
28 31 24 46 10 13920,9% 13,4% 25,3% 16,0% 10,4% 16,5%
41 55 40 90 38 26430,6% 23,8% 42,1% 31,3% 39,6% 31,3%
24 23 4 82 25 15817,9% 10,0% 4,2% 28,5% 26,0% 18,7%
3 2 8 11 4 282,2% ,9% 8,4% 3,8% 4,2% 3,3%
38 120 19 59 19 25528,4% 51,9% 20,0% 20,5% 19,8% 30,2%
134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelente
muito boa
boa
deficiente
nãorespondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#93
Os resultados da capacitação recebida se
refletem no nível e na natureza da auto-
avaliação das competências individuais. Em
ordem decrescente, as competências
avaliadas com maior freqüência na classe
“muito boa” foram:
• Instalação e configuração de sistemas
operacionais: 34,7%
•Instalação de sistemas e de ferramentas
educacionais: 31,9%
• Instalação e configuração de sistemas
aplicativos: 29,1%
• Edição e formatação eletrônica de
documentos: 28,6%
• Proteção contra vírus e segurança de
dados: 25,4%
• Instalação e configuração de rede local:
25,4%
• Instalação e configuração de ferramentas
multimídia: 24,4%
• Identificação de componentes, arquite-
tura: 23,9%
• Resolução de problemas em linguagem
de programação: 23.9%
• Elaboração de apresentações eletrônicas:
23,0%
• Administração e gerência de arquivos e
diretórios: 22,1%
• Manipulação de planilhas de cálculo
eletrônico: 20,2%.
#94
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
c) Professor
Foram entrevistados 3.541 professores
vinculados ao ProInfo. Predominam
docentes do sexo feminino (77,9%), sem
diferenças regionais significativas, como é
possível se ver na Tabela 7.15.
Tabela 7.15 -Professores vinculados ao Proinfo por gênero e região geográfica
100 169 102 155 186 71216,3% 19,1% 18,3% 19,2% 27,4% 20,1%
501 697 449 626 485 275881,5% 78,8% 80,8% 77,6% 71,4% 77,9%
14 18 5 26 8 712,3% 2,0% ,9% 3,2% 1,2% 2,0%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% gêneroFreq% gêneroFreq% gêneroFreq% região
masculino
feminino
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#95
O corpo docente vinculado ao ProInfo tem,
em média, 37,5 anos de idade e 13,2 anos
de experiência de magistério, sendo 7,3 na
escola atual. Cada professor se
responsabiliza por 7,5 turmas, lecionando,
28,1 horas semanais na escola e 34,9
horas no total, incluindo outras escolas,
A experiência com informática no ensino,
na média, não supera 2,8 anos, ou seja, a
experiência começou, em grande parte,
com o ProInfo.
Mais de dois terços, (67.8%) dos
professores têm curso superior completo;
23,8% têm pós-graduação (Tabela 7.16).
Em termos de pós-graduação, o Sul se
destaca com 38,5% de pós-graduação
na região. O Norte está significativamente
abaixo do percentual nacional, pois
apenas 16,3% dos professores da região
têm pós-graduação, como se constata
pela tabela de escolaridade dos
professores.
Tabela 7.16 - Escolaridade dos professores vinculados ao Proinfo, por nível e região geográfica
2 2 9 1 14,3% ,2% 1,1% ,1% ,4%
3 5 2 3 1 14,5% ,6% ,4% ,4% ,1% ,4%
21 38 23 104 77 2633,4% 4,3% 4,1% 12,9% 11,3% 7,4%
8 2 5 13 28,9% ,4% ,6% 1,9% ,8%
100 52 66 69 161 44816,3% 5,9% 11,9% 8,6% 23,7% 12,7%
19 19 18 17 20 933,1% 2,1% 3,2% 2,1% 2,9% 2,6%
11 17 16 21 30 951,8% 1,9% 2,9% 2,6% 4,4% 2,7%
135 449 237 335 214 137022,0% 50,8% 42,6% 41,5% 31,5% 38,7%
237 186 137 173 111 84438,5% 21,0% 24,6% 21,4% 16,3% 23,8%
87 108 55 71 51 37214,1% 12,2% 9,9% 8,8% 7,5% 10,5%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% região
2º grau incompleto
2º grau completo - formação geral
2º grau completo - magistério
2º grau completo - formaçãoprofissional
superior incompleto
superior completo - bacharelado
superior completo - licenciaturacurta
superior completo - licenciaturaplena
pós-graduação
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#96
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Dentro da pós-graduação, predomina o
nível de especialização, com 32,0% de
citações, das quais 24,3% em educação.
A incidência de pós-graduação stricto
sensu é marginal (Tabela 7.17.
A maioria dos professores (70,4%) recebeu
treinamento em informática educativa
(Tabela 7.18), com algumas variações
entre as diversas regiões do país
(Tabela 7.19).
Tabela 7.17 - Formação na pós-graduação dos professores vinculados ao Proinfo, por tipo e regiãogeográfica
290 278 190 226 148 113247,2% 31,4% 34,2% 28,0% 21,8% 32,0%
10 14 5 10 7 461,6% 1,6% ,9% 1,2% 1,0% 1,3%
245 444 267 426 424 180639,8% 50,2% 48,0% 52,8% 62,4% 51,0%
70 148 94 145 100 55711,4% 16,7% 16,9% 18,0% 14,7% 15,7%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
especialização
mestrado
nenhuma
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Tabela 7.18 - Forma de capacitação em informática educativa dos professores.
Freq %
1 em curso promovido pelo nte 1288 36,4
2 em curso ministrado por outras instituições 563 15,9
3 na escola, em curso promovido pelo nte 542 15,3
4 na escola, em curso dos coordenadores do lab 484 13,7
5 não recebi esse tipo de capacitação 1048 29,6
6 não responderam 73 2,1
Total/entrevistados 3541 100,0
#97
Tabela 7.19 - Forma de capacitação em informática educativados professores, por região geográfica
regiões
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %1 em curso 168 27,3 362 41,0 177 31,8 351 43,5 230 33,9
promovido pelo nte
2 em curso ministrado 145 23,6 164 18,6 97 17,4 88 10,9 69 10,2por outras instituições
3 na escola, em curso 78 12,7 111 12,6 96 17,3 70 8,7 187 27,5promovido pelo nte
4 na escola, em curso 73 11,9 119 13,5 142 25,5 43 5,3 107 15,8dos coordenadores do lab
5 não recebi esse tipo 207 33,7 234 26,5 143 25,7 294 36,4 170 25,0de capacitação
6 não responderam 15 2,4 19 2,1 7 1,3 24 3,0 8 1,2Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0
nortesul sudeste centro-oeste nordeste
Os cursos de capacitação dos professores
levados a efeito pelos NTE são avaliados
positivamente por 56,0% dos
professores. No conjunto, as avaliações se
dispersam entre “excelente” (8,4%), “muito
boa” (20,9%), “boa” (26,7%), “razoável”
(22,1%). A avaliação “ruim” foi menciona-
da por 4,7%.
#98
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Em termos de utilização do computador
(Tabela 7.21), os professores se julgam
mais competentes em:
• Processamento de texto: 34,7% das
citações;
• Jogos e entretenimento: 34,7% das
citações;
• Preparação e correção de provas: 33,8%
das citações;
• Uso de serviços de rede e internet:
27,8% das citações.
Em menor proporção aparecem habilidades
como resolução de problemas usando
linguagem de programação (4,1%), instala-
ção e uso de sistemas gratuitos e platafor-
mas abertas (3,9%) e desenvolvimento de
documentos, hipertextos e homepages
(7,3%).
Tabela 7.20 - Avaliação dos programas de capacitação fornecidos pelo NTE para os professores, por região geográfica
35 79 51 45 87 2975,7% 8,9% 9,2% 5,6% 12,8% 8,4%
123 221 116 105 174 73920,0% 25,0% 20,9% 13,0% 25,6% 20,9%
135 277 156 188 188 94422,0% 31,3% 28,1% 23,3% 27,7% 26,7%
125 160 117 226 154 78220,3% 18,1% 21,0% 28,0% 22,7% 22,1%
24 39 20 65 20 1683,9% 4,4% 3,6% 8,1% 2,9% 4,7%
136 67 68 90 46 40722,1% 7,6% 12,2% 11,2% 6,8% 11,5%
37 41 28 88 10 2046,0% 4,6% 5,0% 10,9% 1,5% 5,8%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
excelentes
muito bons
bons
razoáveis
ruins
não sãooferecidos
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#99
Tabela 7.21 - Auto-avaliação das competências no uso do computador pelos
professores vinculados ao ProInfo, por freqüencia de citação e região geográfica
sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 edição e formatação 195 31,7 376 42,5 203 36,5 230 28,5 224 33,0 1228 34,7
eletrônica de documentos
2 jogos e entretenimento 275 44,7 385 43,6 206 37,1 181 22,4 180 26,5 1227 34,7
3 preparação e correção 217 35,3 407 46,0 191 34,4 212 26,3 171 25,2 1198 33,8
de provas e testes
4 outras atividades além dessas 174 28,3 227 25,7 176 31,7 245 30,4 217 32,0 1039 29,3
5 uso de serviços de rede 221 35,9 302 34,2 174 31,3 157 19,5 130 19,1 984 27,8
e internet
6 manipulação de planilhas de 92 15,0 169 19,1 88 15,8 114 14,1 105 15,5 568 16,0
cálculo e multimídia
7 instalação básica e configuração de 88 14,3 196 22,2 71 12,8 93 11,5 86 12,7 534 15,1
computador
8 movimentação bancária 110 17,9 175 19,8 90 16,2 74 9,2 75 11,0 524 14,8
9 treinamento pessoal 83 13,5 165 18,7 66 11,9 91 11,3 70 10,3 475 13,4
10 elaboração de apresentações 77 12,5 157 17,8 61 11,0 68 8,4 72 10,6 435 12,3
eletrônicas e de multimídia
11 desenvolvimento de 50 8,1 161 18,2 45 8,1 59 7,3 78 11,5 393 11,1
software educacional
12 proteção contra vírus 74 12,0 119 13,5 60 10,8 68 8,4 50 7,4 371 10,5
e segurança de dados
13 compras eletrônicas 73 11,9 121 13,7 44 7,9 56 6,9 47 6,9 341 9,6
14 desenvolvimento de documentos 45 7,3 81 9,2 51 9,2 50 6,2 31 4,6 258 7,3
hipertextos e homepages
15 resolução de problemas utilizando 30 4,9 52 5,9 14 2,5 23 2,9 25 3,7 144 4,1
linguagens de programação
16 instalação e uso de sistemas 25 4,1 57 6,4 17 3,1 27 3,3 13 1,9 139 3,9
gratuitos e plataformas abertas
17 não uso o computador 92 15,0 112 12,7 60 10,8 185 22,9 98 14,4 547 15,4
18 não responderam 23 3,7 27 3,1 17 3,1 56 6,9 29 4,3 152 4,3
Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3541 100,0
Respostas múltiplas
regiões
#100
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Tabela 7.22 - Formas de utilização do computador pelos professores po regiões geográfica.
regiões
sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 em sua casa 314 51,1 524 59,3 214 38,5 257 31,8 217 32,0 1526 43,1
2 na escola, no lab. de informática 211 34,3 292 33,0 283 50,9 300 37,2 269 39,6 1355 38,3
3 em algum outro lugar 71 11,5 99 11,2 64 11,5 116 14,4 107 15,8 457 12,9
4 na escola, em outros computadores 68 11,1 100 11,3 56 10,1 53 6,6 78 11,5 355 10,0
5 não responderam 86 14,0 105 11,9 53 9,5 199 24,7 104 15,3 547 15,4
Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3541 100,0
As atividades de uso do computador são
desenvolvidas tanto na escola (48,3%),
como em casa (43,1%). Isso tanto confir-
ma que um grande número de professores
dispõe de computadores em casa, como
indica o comprometimento dos docentes
com a informática educativa.
O uso do computador em casa é mais
freqüente nos estados do Sul (51,1%) e do
Sudeste (59,3%).
d) Aluno
Ao se fazer a avaliação dos recursos huma-
nos de um programa educacional, poderia
parecer fora de propósito incluir o aluno,
pois esse seria considerado como o objeto -
no sentido de finalidade - do processo
educacional ou, como preferem os adeptos
do marketing educacional, ele seria o
cliente. Embora bastante comum, essa é
uma visão limitada, se não deformada, do
processo educacional. Com efeito, o aluno
é o sujeito do processo pedagógico visto ser
#101
ele o gerador da própria educação. Se no
processo educacional existe um cliente,
este não é o aluno, mas a sociedade para a
qual ele se destina. Dessa forma, o aluno
se torna um recurso, no sentido de que o
processo educacional se serve dele para
moldar um cidadão para a sociedade.
Foram entrevistados 5.366 alunos, dos
quais pouco mais da metade (52,9%) é do
sexo feminino. A idade média gira em torno
de 14,5 anos, com cerca de dois terços dos
entrevistados cursando as oito séries do
curso fundamental e um terço fazendo o
curso médio. Predominam alunos dos
cursos regulares (91,0 %), nos turnos
matutino (47,7%) e vespertino (41,2%).
Pouco mais de um quinto (22 %) dos
alunos têm computador em casa (Tabela
7.23) e, desses, a metade está ligada na
internet, que é utilizada principalmente
para fazer pesquisa, bate-papo e enviar e-
mail (Tabela 7.24).
Tabela 7.23 - Quantidade de alunos que possuem computador em casa segundo o uso da internet, por regiões geográficas
97 181 70 39 60 44712,3% 10,9% 9,9% 3,0% 6,6% 8,3%
20 50 20 13 22 125
2,5% 3,0% 2,8% 1,0% 2,4% 2,3%
119 278 99 53 62 611
15,1% 16,8% 13,9% 4,1% 6,8% 11,4%
550 1150 521 1197 765 418370,0% 69,3% 73,4% 91,9% 84,2% 78,0%
786 1659 710 1302 909 536614,6% 30,9% 13,2% 24,3% 16,9% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoria
Freq% categoriaFreq% região
possuem, mas não estáligado na internet
possuem, está ligado nainternet, mas eu não uso
possuem, está ligado nainternet e eu o uso
não possuem
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#102
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Motivação e comprometimentoMotivação e comprometimentoMotivação e comprometimentoMotivação e comprometimentoMotivação e comprometimento
a)Técnicos do NTE
Fatores como percepção do reconhecimento
do próprio trabalho, sensação de crescimen-
to profissional e gosto pelas tarefas que
executa são, segundo as teorias da motiva-
ção, elementos indicadores do grau de
motivação e de comprometimento dos
indivíduos no trabalho. Pelos dados obtidos
nas tabelas relativas a esses temas, é
possível avaliar que os 213 técnicos
contatados constituem um corpo motivado
e compromissado com o ProInfo.
Respostas múltlipas
Como pode ser observado na Tabela 7.25,
o trabalho no NTE é percebido como
“plenamente” reconhecido por 29,6% dos
técnicos e “parcialmente” reconhecido por
47,9% deles. Situam-se no Centro-Oeste e
no Sudeste os maiores graus de percepção
de pleno reconhecimento do trabalho dos
técnicos.
Tabela 7.24 - Tipo de uso da internet pelos alunos, por região geográfica
180 481 148 191 162 116280,0 83,8 86,0 81,3 79,4 82,4103 214 67 41 32 457
45,8 37,3 39,0 17,4 15,7 32,429 83 34 27 10 183
12,9 14,5 19,8 11,5 4,9 13,042 119 47 25 24 257
18,7 20,7 27,3 10,6 11,8 18,2113 231 64 48 45 501
50,2 40,2 37,2 20,4 22,1 35,58 27 9 7 4 55
3,6 4,7 5,2 3,0 2,0 3,967 152 52 28 36 335
29,8 26,5 30,2 11,9 17,6 23,8225 574 172 235 204 1410
16,0 40,7 12,2 16,7 14,5 100,0
Freq%categoria
Fazerpesquisa
Freq%categoria
Enviare-mail
Freq%categoria
Enviararquivos
Freq%categoria
Jogar narede
Freq%categoria
Bate-papo
Freq%categoria
Fazercompras
Freq%categoria
Outrascoisas
Freq% região
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#103
A Tabela 7.26 mostra que 62,0% dos
técnicos consideram que o trabalho no NTE
contribui “plenamente” para o próprio
crescimento pessoal. Esse percentual se
eleva para a 78,3% e 66,7% nas regiões
Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente.
Tabela 7.25 - Forma de reconhecimento do trabalho do técnico do laboratório no NTE, por região geográfica
7 28 9 14 5 6319,4% 37,8% 39,1% 23,3% 25,0% 29,6%
15 23 13 38 13 10241,7% 31,1% 56,5% 63,3% 65,0% 47,9%
1 1 1 4 2 92,8% 1,4% 4,3% 6,7% 10,0% 4,2%
13 22 4 3936,1% 29,7% 6,7% 18,3%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
plenamente
parcialmente
de forma nenhuma
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
Tabela 7.26 - Contribuição da participação no NTE para o crescimento pessoal dos técnicos do laboratório, por região geográfica
21 41 18 40 12 132
58,3% 55,4% 78,3% 66,7% 60,0% 62,0%3 11 4 17 8 43
8,3% 14,9% 17,4% 28,3% 40,0% 20,2%
1 1 1 3
1,4% 4,3% 1,7% 1,4%
12 21 2 3533,3% 28,4% 3,3% 16,4%
36 74 23 60 20 213
16,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100%
Freq
% categoriaFreq% categoria
Freq% categoria
Freq% categoriaFreq
% região
plenamente
parcialmente
de formanenhuma
nãorespondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#104
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Os técnicos dos NTE relatam que gostam
do próprio trabalho (Tabela 7.27).
Em regiões como o Centro-Oeste, a quase
totalidade (95,7%) respondeu que gosta
plenamente do trabalho que realiza no
NTE. No Norte e Nordeste, este proporção
chega a 83,3% e 85,0%, respectivamente.
O quadro geral de satisfação do trabalho
dos técnicos no NTE pode ser avaliado pela
Tabela 7.27.
Tabela 7.27 - Gosto pelo trabalho realizado no NTE pelos técnicos do laboratório, por região geográfica
22 47 22 50 17 158
61,1% 63,5% 95,7% 83,3% 85,0% 74,2%
1 6 8 3 18
2,8% 8,1% 13,3% 15,0% 8,5%
1 1 1 3
2,8% 1,4% 4,3% 1,4%
12 20 2 34
33,3% 27,0% 3,3% 16,0%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq
% categoria
Freq
% categoria
Freq
% categoria
Freq% categoria
Freq% região
plenamente
parcialmente
de formanenhuma
nãorespondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#105
O grau de comprometimento dos técnicos,
em relação ao Programa, pode ser aferido,
entre outros indícios, pela resistência ao
aliciamento. Desde sua entrada no ProInfo,
cerca de dois terços dos técnicos do NTE
receberam alguma proposta profissional,
mas 47% não se sentiram atraídos para
aceitar os convites, o que evidencia algum
tipo de comprometimento com o Programa
(Tabela 7.28).
b) Multiplicadores
De maneira análoga à que se constatou
para os técnicos do NTE, o levantamento
entre 844 multiplicadores evidenciou que o
ProInfo conta com um corpo de
multiplicadores motivados e comprometidos
com o Programa, como se pode ver pela
importância que atribuem ao próprio
trabalho, pela consciência de que esse
trabalho é reconhecido no ambiente do
NTE e da escola e pela convicção de que as
suas atividades contribuem para o próprio
crescimento profissional.
Efetivamente, a quase totalidade dos
multiplicadores (99,9), em todas as regiões
do país, considera “muito importante” o uso
da informática no processo de ensino e apren-
dizagem, como se pode ver na Tabela 7.29.
Tabela 7.28 - Ocorrência de proposta de outro emprego aos técnicos do laboratório, por região geográfica
10 21 11 22 5 6927,8% 28,4% 47,8% 36,7% 25,0% 32,4%
1 4 2 5 2 142,8% 5,4% 8,7% 8,3% 10,0% 6,6%
5 13 6 15 4 4313,9% 17,6% 26,1% 25,0% 20,0% 20,2%
5 4 4 14 6 3313,9% 5,4% 17,4% 23,3% 30,0% 15,5%
15 32 4 3 5441,7% 43,2% 6,7% 15,0% 25,4%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
não
recebeu, mas o salário não compensava
recebeu, mas o trabalho não me atraiu
recebeu, ainda estou analisando aproposta
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#106
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Da mesma forma, os multiplicadores vêem
real proveito no seu trabalho para o próprio
crescimento profissional. Mais de 80%
deles consideram que sua participação no
ProInfo contribui “plenamente” para tanto,
conforme se vê na Tabela 7.30.
Tabela 7.29 - Avaliação do uso da informática no processo de ensino e aprendizagem pelos professores multiplicadores, por região geográfica
116 208 86 241 85 73686,6% 90,0% 90,5% 83,7% 88,5% 87,2%
18 23 9 47 11 10813,4% 10,0% 9,5% 16,3% 11,5% 12,8%
134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
muitoimportante
importante
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
Tabela 7.30 - Nível de contribuição da participação no NTE para o crescimento profissional, segundo os professores multiplicadores, por região geográfica
101 203 82 226 90 702
75,4% 87,9% 86,3% 78,5% 93,8% 83,2%
33 28 13 62 6 142
24,6% 12,1% 13,7% 21,5% 6,3% 16,8%
134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100%
Freq% categoria
Freq% categoria
Freq% região
plenamente
parcialmente
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
#107
Como conseqüência das constatações
anteriores, a satisfação no trabalho é plena
e geral: 89,8% dos professores
multiplicadores responderam que gostam
“plenamente” do trabalho realizado no
NTE. Valores que refletem a alta satisfação
no trabalho realizado no NTE são visíveis
em todas as regiões do país, como mostra a
Tabela 7.31.
Tabela 7.31 - Nível de satisfação no trabalho dos professores multiplicadores no NTE, segundo as regiões geográficas
119 213 90 247 89 75888,8% 92,2% 94,7% 85,8% 92,7% 89,8%
14 18 5 39 7 83
10,4% 7,8% 5,3% 13,5% 7,3% 9,8%1 2 3
,7% ,7% ,4%134 231 95 288 96 844
15,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq% região
plenamente
parcialmente
muito pouco
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do Brasil
Brasil
Tabela 7.32 - Grau de experiência com informática anterior ao Proinfo,segundo os professores, por regiões geográficas
regiões
sul sudeste centro-oeste nordeste norte Brasil
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 não tinha experiência 186 30,2 278 31,4 226 40,6 435 53,9 348 51,3 1473 41,6
2 usuário iniciante 304 49,4 421 47,6 260 46,8 218 27,0 243 35,8 1446 40,8
3 usuário experiente 57 9,3 105 11,9 33 5,9 51 6,3 54 8,0 300 8,5
4 outros 32 5,2 37 4,2 20 3,6 32 4,0 23 3,4 144 4,1
5 técnico de suporte 7 1,1 6 0,7 3 0,5 4 0,5 2 0,3 22 0,6
6 programador 1 0,2 9 1,0 0 0,0 7 0,9 3 0,4 20 0,6
7 analista de sistemas 3 0,5 2 0,2 5 0,9 1 0,1 3 0,4 14 0,4
8 não responderam 32 5,2 46 5,2 13 2,3 75 9,3 15 2,2 181 5,1
Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3541 100,0
#108
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
c) Professores
A maioria dos professores se dedica inte-
gralmente ao magistério, trabalhando
principalmente nos horários diurnos.
Quanto ao nível de comprometimento dos
professores e sua motivação pela
informática educativa, releva observar que
enquanto 41,6% dos 3.541 professores
entrevistados não usavam o computador
antes de participar do ProInfo (Tabela
7.32), 84,7% hoje são propagandistas da
informática e buscam incentivar seu uso
entre os colegas (Tabela 7.33). Mesmo no
Nordeste, onde a freqüência da atividade
missionária em prol do computador é a
menor do país, ela atinge 78,7% dos
professores.
#109
Esses dados mostram, de forma direta, o
envolvimento e o comprometimento dos
professores com a informática educativa.
Indiretamente, a motivação e o comprome-
timento dos professores podem ser corrobo-
rados pelas respostas de diretores e coorde-
nadores pedagógicos. “Falta de
comprometimento dos professores” ou
“falta de colaboração e compromissos dos
parceiros” são problemas menores, segun-
do a opinião da direção das escolas: 22,9%
(7º lugar na lista de 12 problemas) e 8,7%
(11º lugar) de menções, respectivamente.
É de salientar que esse quadro não apre-
senta variações significativas entre as
regiões (Tabela 7.34).
Tabela 7.33 - Ocorrência de incentivo aos colegas ao uso do computador, entre pofessores, por região geográfica
533 768 482 635 580 2998
86,7% 86,9% 86,7% 78,7% 85,5% 84,7%
50 62 56 100 61 329
8,1% 7,0% 10,1% 12,4% 9,0% 9,3%
32 54 18 72 37 213
5,2% 6,1% 3,2% 8,9% 5,5% 6,0%
615 884 556 807 678 354017,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoria
Freq% categoria
Freq% categoria
Freq% região
sim
não
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Tabela 7.34 - Problemas que ocorrem nas escolas, segundo os diretores,
por ordem de ocorrência e regiões geográficas
regiões
sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 demanda dos alunos acima da 44 61,1 147 83,5 41 62,1 89 71,8 86 76,1 407 73,9
capacidade de atendimento
2 dificuldade de recursos 50 69,4 126 71,6 49 74,2 85 68,5 57 50,4 367 66,6
financeiros e materiais
3 dificuldade de apoio técnico e 42 58,3 117 66,5 29 43,9 62 50,0 66 58,4 316 57,4
de suporte tecnológico
4 dificuldade de gestão do lab 25 34,7 63 35,8 14 21,2 39 31,5 17 15,0 158 28,7
5 falta de orientação 24 33,3 42 23,9 13 19,7 41 33,1 23 20,4 143 26,0
pedagógica do NTE
6 dificuldade de comunicação com o 15 20,8 51 29,0 15 22,7 30 24,2 17 15,0 128 23,2
coordenador estadual
7 falta de comprometimento 11 15,3 42 23,9 19 28,8 25 20,2 29 25,7 126 22,9
dos professores
8 dificuldade de administração de 16 22,2 39 22,2 9 13,6 20 16,1 15 13,3 99 18,0
recursos humanos
9 dificuldade de 14 19,4 30 17,0 8 12,1 16 12,9 12 10,6 80 14,5
relacionamento com o NTE
10 outros problemas 9 12,5 25 14,2 8 12,1 16 12,9 18 15,9 76 13,8
11 falta de colaboração e de 6 8,3 8 4,5 9 13,6 16 12,9 9 8,0 48 8,7
compromisso dos parceiros
12 dificuldade de relacionamento 1 1,4 9 5,1 2 3,0 5 4,0 8 7,1 25 4,5
com os professores
13 não responderam 3 4,2 3 1,7 4 6,1 5 4,0 7 6,2 22 4,0
Total/entrevistados 72 100,0 176 100,0 66 100,0 124 100,0 113 100,0 551 100,0
#110
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#111
Desempenho e relacionamentoDesempenho e relacionamentoDesempenho e relacionamentoDesempenho e relacionamentoDesempenho e relacionamento
a) Técnicos
Na dimensão relacionamento, buscou-se
identificar como os técnicos dos NTE
avaliavam seu relacionamento: a) com os
colegas multiplicadores, e b) com os direto-
res e coordenadores.
Os dados da Tabela 7.35 sugerem a
inexistência de problemas no relaciona-
mento dos técnicos com os colegas
multiplicadores, já que 82,2% se
posicionou de forma bem positiva – a
resposta predominante foi “agradável” –
66,7%, seguida da opção “profissional” -
15,5%. Trinta e oito técnicos (17,8%)
optaram por não responder à questão do
relacionamento com os multiplicadores.
O Centro-Oeste aparece como a região de
melhor relacionamento entre técnicos e
multiplicadores.
Tabela 7.35 - Avaliação do relacionamento dos técnicos do laboratório com os colegas multiplicadores,por região geográfica
21 41 22 45 13 14258,3% 55,4% 95,7% 75,0% 65,0% 66,7%
3 11 1 13 5 338,3% 14,9% 4,3% 21,7% 25,0% 15,5%
12 22 2 2 3833,3% 29,7% 3,3% 10,0% 17,8%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
agradável
profissional
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
regiões do brasil
Brasil
#112
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
sugerem a inexistência de problemas no
relacionamento, mas a variação foi mais
diferenciada entre as opções “agradável”
(54,5%) e “profissional” (26,8%). Percebe-
se identificação maior dos técnicos com os
colegas multiplicadores do que com os
diretores e coordenadores, o que já é de se
esperar. Quarenta técnicos (18,8%) não
responderam à questão específica. Também
aqui o Centro-Oeste se distingue como a
região de relacionamento mais agradável
entre técnicos e diretores.
Em síntese, na avaliação dos técnicos, não
há problemas de relacionamentos pessoais
ou profissionais, o que cria uma condição
humana muito positiva e favorável para o
desenvolvimento das ações do Proinfo.
Tabela 7.36 - Avaliação do relacionamento dos técnicos do laboratório com os diretores ecoordenadores, por região geográfica
11 41 15 38 11 11630,6% 55,4% 65,2% 63,3% 55,0% 54,5%
10 13 7 19 8 5727,8% 17,6% 30,4% 31,7% 40,0% 26,8%
15 20 1 3 1 4041,7% 27,0% 4,3% 5,0% 5,0% 18,8%
36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região
agradável
profissional
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Total
No caso do relacionamento com diretores e
coordenadores (Tabela 7.36), o padrão de
resposta é bem semelhante ao do relacio-
namento com os multiplicadores. Os dados
#113
Tabela 7.37 - Ocorrência de problemas operacionais no NTE segundo os professores
multiplicadores, por quantidade de ocorrência e por regiões geográficas
regiões
sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 dificuldade de comunicação com 101 75,4 150 64,9 75 78,9 237 82,3 64 66,7 627 74,3
as escolas
2 dificuldade de acesso às escolas 69 51,5 110 47,6 41 43,2 139 48,3 46 47,9 405 48,0
3 dificuldade de coordenação 18 13,4 46 19,9 12 12,6 80 27,8 39 40,6 195 23,1
das tarefas peloNTE
4 Ocorrência de outros problemas 22 16,4 48 20,8 17 17,9 68 23,6 20 20,8 175 20,7
5 relacionamento com o 13 9,7 18 7,8 11 11,6 41 14,2 7 7,3 90 10,7
coordenador do NTE
6 relacionamento com os 17 12,7 22 9,5 4 4,2 34 11,8 9 9,4 86 10,2
diretores das escolas
7 dificuldade de distribuição 10 7,5 13 5,6 8 8,4 29 10,1 11 11,5 71 8,4
de tarefas pelo NTE
8 Não ocorrem problemas 12 9,0 30 13,0 7 7,4 16 5,6 6 6,3 71 8,4
9 falta de apoio para 14 10,4 14 6,1 3 3,2 28 9,7 5 5,2 64 7,6
transporte e locomoção
10 relacionamento com os 8 6,0 2 0,9 5 5,3 27 9,4 3 3,1 45 5,3
coordenadores de laboratório
11 relacionamento na equipe do NTE 5 3,7 3 1,3 6 6,3 9 3,1 6 6,3 29 3,4
12 não responderam 2 1,5 6 2,6 2 2,1 7 2,4 2 2,1 19 2,3
Total/entrevistados 134 100,0 231 100,0 95 100,0 288 100,0 96 100,0 844 100,0
b) Multiplicadores
Problemas de relacionamento também não
são frequentes entre os 844 multiplicadores
entrevistados, aparecendo com percentuais
baixos. Na Tabela 7.37 problemas de
relacionamento com os diretores das
escolas são citados apenas por 10,2% no
conjunto das respostas; problemas de
relacionamento com o coordenador do
NTE, 10,7%; problemas com os coordena-
dores de laboratórios das escolas aparecem
em 5,3% das citações, e com a equipe do
NTE, 3,4%.
#114
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
c) Coordenador do NTE
Dificuldades de relacionamento percebidas
pelos 246 coordenadores entrevistados são
pouco sentidas. Ocorreram algumas cita-
ções entre os dezoito problemas apontados
na Tabela 7.38:
• dificuldade de coordenação das tarefas
com citações (8,9%):13ª posição
• dificuldade de administração de recur-
sos humanos, com 21 citações (8,5%):
14ª posição;
• dificuldade de relacionamento com os
diretores das escolas, com 45 citações
(5,7%): 17ª posição;
d) Coordenador do laboratório de
informática da escola
As principais ocorrências de relacionamento
funcional dos coordenadores do laboratório
se dão com os professores multiplicadores,
com os coordenadores do NTE e com os
professores da escola.
A análise dos dados das tabelas 7.37, e
7.39 leva a concluir que problemas de
relacionamento com aqueles três
segmentos não constituem preocupações
maiores para os coordenadores do
laboratório de informática nas escolas.
#115
Tabela 7.38 - Ocorrência de problemas no NTE, segundo os coordenadores do NTE,
por qualidade de respostas e regiões geográficas
regiões
sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 dificuldade de oferecer apoio 29 74,4 69 83,1 10 43,5 53 68,8 17 70,8 178 72,4
técnico e de suporte tecnológico
2 dificuldade financeira no nte 34 87,2 34 41,0 20 87,0 67 87,0 20 83,3 175 71,1
3 dificuldade de suprimento 29 74,4 26 31,3 17 73,9 61 79,2 17 70,8 150 61,0
de material no nte
4 carência de pessoal no nte 22 56,4 56 67,5 14 60,9 40 51,9 17 70,8 149 60,6
5 carência de capacitação e de 18 46,2 39 47,0 16 69,6 57 74,0 18 75,0 148 60,2
treinamento de multiplicadores no nte
6 sobrecarga de tarefas no nte 20 51,3 49 59,0 12 52,2 32 41,6 10 41,7 123 50,0
7 demanda das escolas maior do 21 53,8 42 50,6 5 21,7 33 42,9 11 45,8 112 45,5
que a capacidade maior do
8 falta de comprometimento dos 18 46,2 32 38,6 8 34,8 21 27,3 11 45,8 90 36,6
diretores das escolas com o nte
9 falta de orientação pedagógica no nte 7 17,9 15 18,1 5 21,7 21 27,3 7 29,2 55 22,4
10 dificuldade de articulação com o cete 6 15,4 20 24,1 2 8,7 12 15,6 5 20,8 45 18,3
11 dificuldade de dificuldade de 3 7,7 10 12,0 2 8,7 10 13,0 3 12,5 28 11,4
relacionamento com o coordenador
estadual do proinfo
12 falta de colaboração e de 7 17,9 6 7,2 0,0 7 9,1 3 12,5 23 9,3
compromisso dos parceiros do nte
13 dificuldade de coordenação das 3 7,7 4 4,8 1 4,3 14 18,2 0,0 22 8,9
tarefas no nte
14 dificuldade de administração 7 17,9 4 4,8 0,0 6 7,8 4 16,7 21 8,5
de recursos humanos no nte
15 falta de comprometimento 3 7,7 5 6,0 1 4,3 8 10,4 3 12,5 20 8,1
do coordenador estadual
do proinfo com o nte
16 dificuldade de distribuição de funções 3 7,7 3 3,6 3 13,0 4 5,2 2 8,3 15 6,1
e de responsabilidades no nte
17 dificuldade de relacionamento 3 7,7 7 8,4 0,0 3 3,9 1 4,2 14 5,7
com os diretores das escolas
18 falta de apoio da comunidade local 1 2,6 3 3,6 0,0 3 3,9 1 4,2 8 3,3
para com o nte
19 não responderam 1 2,6 3 3,6 0 0,0 0 0,0 0 0,0 4 1,6
Total/entrevistados 39 100,0 83 100,0 23 100,0 77 100,0 24 100,0 246 100,0
#116
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Efetivamente, problemas de
relacionamento com coordenadores do
laboratório, segundo a opinião dos
professores multiplicadores, ocupam a
penúltima posição, num rol de onze
problemas, com 3,4% de menções.
Apenas 29 multiplicadores, entre 844,
apontaram essa dificuldade, como
mostrou a Tabela 7.37.
A Tabela 7.39 mostra que problemas
de relacionamento dos coordenadores
do laboratório com professores
multiplicadores do NTE e com os
professores da escola são os proble-
mas menos sentidos.Dificuldades de
relacionamento com outros professo-
res da escola estão em último lugar
entre 12 problemas apontados; foram
33 citações num universo de 476
coordenadores, ou seja, 6,9%. Regio-
nalmente, a menor ocorrência de
menções a esse problema está no
Centro-Oeste, com 3,0% de menções
(2 pessoas).
Problemas de relacionamento com os
multiplicadores do NTE, para os
coordenadores do laboratório, estão
em 10º lugar, numa lista de doze
categorias, com 12,8% de menções
(61 coordenadores).
Tabela 7.39 - Ocorrência de problemas no laboratório de informática,
segundo os coordenadores do LAB, por frequência e regiões geiográficas.
regiões
sul sudeste centro-oeste nordeste norte Brasil
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 demanda dos alunos maior do que a 43 65,2 122 79,2 47 70,1 71 67,0 52 62,7 335 70,4
capacidade de atendimento do lab
2 carência de suprimento 31 47,0 89 57,8 48 71,6 60 56,6 34 41,0 262 55,0
de informática
3 dificuldade de suporte 30 45,5 82 53,2 34 50,7 47 44,3 34 41,0 227 47,7
técnico no lab
4 falta de comprometimento 23 34,8 51 33,1 19 28,4 49 46,2 38 45,8 180 37,8
dos professores com a
informática educativa
5 falta orientação pedagógica por 23 34,8 34 22,1 20 29,9 34 32,1 20 24,1 131 27,5
parte do nte
6 dificuldade de coordenação 7 10,6 39 25,3 9 13,4 26 24,5 8 9,6 89 18,7
de tarefas no lab
7 dificuldade de comunicação com o 13 19,7 30 19,5 9 13,4 17 16,0 7 8,4 76 16,0
coordenador do nte
8 sobrecarga de trabalho no lab 6 9,1 22 14,3 12 17,9 10 9,4 15 18,1 65 13,7
9 carência de normas de 8 12,1 21 13,6 6 9,0 21 19,8 7 8,4 63 13,2
funcionamento do lab
10 dificuldade de relacionamento 8 12,1 23 14,9 7 10,4 16 15,1 7 8,4 61 12,8
com os multiplicadores do nte
11 outras dificuldades 7 10,6 22 14,3 7 10,4 6 5,7 9 10,8 51 10,7
12 dificuldade de relacionamento com 4 6,1 10 6,5 2 3,0 11 10,4 6 7,2 33 6,9
os outros professores da escola
13 não responderam 3 4,5 8 5,2 3 4,5 5 4,7 12 14,5 31 6,51
Total/entrevistados 66 100,0 154 100,0 67 100,0 106 100,0 83 100,0 476 100,0
#117
Em síntese, a análise da avaliação do
ProInfo, sob o aspecto dos recursos huma-
nos, demonstra que se trata de um progra-
ma com alta performance em todo o
território nacional e que, se mais não
#118
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
alcançou, isso se deve a limitações quanti-
tativas. Efetivamente, convidados a listar
problemas que ocorrem nas escolas, num
rol de 12 tipos de problemas os 551 direto-
res ou coordenadores pouca ênfase deram
aos problemas ligados à qualidade dos
recursos humanos, que são claramente
minoritários.
Dificuldade de natureza quantitativa, como
“demanda dos alunos maior que a capaci-
dade de atendimento do laboratório”,
“dificuldade de recursos financeiros e
materiais” e “dificuldade de apoio técnico e
de suporte tecnológico” ocupam as primei-
ras posições (ver Tabela 7.39).
#119
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#120
8 A dimensão pedagógicaO Proinfo é, essencialmente, um projeto
educativo. Seu eixo não se confunde com
uma simples introdução de computadores
na educação. Nem com a mera ampliação
das possibilidades de acesso às tecnologias
da informação e da comunicação, nas
escolas públicas. Sua natureza educativa
está explícita nos seus quatro objetivos
principais:
1. Melhorar a qualidade do processo de
ensino aprendizagem;
2. Possibilitar a criação de uma nova
ecologia cognitiva nos ambientes escolares,
mediante a incorporação adequada das
novas tecnologias de informação e
comunicação pelas escolas;
3. Propiciar uma educação voltada para o
desenvolvimento científico e tecnológico;
4. Educar para a cidadania global.
Embora a dimensão pedagógica perpasse
todo o sistema ProInfo, ela é vista aqui
separadamente, por uma questão de
método e estratégia de análise, tendo em
vista tentar avaliar os impactos que as
ações do Programa geraram, de modo
especial, sobre o desempenho de
professores e alunos no processo
educacional. Com efeito, a questão
fundamental está em saber: a) como está
sendo usado o computador na sala de aula
e qual a receptividade ao Programa da parte
de professores, alunos e comunidade local,
b) que impactos teve o Programa sob a
forma de mudanças na sala de aula; e c)
que resultados podem ser identificados em
termos de melhorias no processo de ensi-
no-aprendizagem.
Dessa forma, este capítulo será dividido em
três seções:
a) Uso da informática: modalidades e
receptividade
b) Mudanças na sala de aulas devidas ao
uso do computador
c) Contribuições do computador para o
processo de ensino-aprendizagem
Cada seção será precedida de uma análise
panorâmica do seu conteúdo temático e
seguida da análise do comportamento
individual de 21 indicadores dos impactos
do uso do computador, tanto em termos
nacionais quanto em termos regionais.
Fica subentendido que a análise individual
de cada variável poderá implicar alguma
repetição ou redundância, o que, todavia,
se torna necessário para dar uma visão
completa e integral da atuação do ProInfo.
#121
a) Uso da informática nas escolas:a) Uso da informática nas escolas:a) Uso da informática nas escolas:a) Uso da informática nas escolas:a) Uso da informática nas escolas:
modalidades e receptividademodalidades e receptividademodalidades e receptividademodalidades e receptividademodalidades e receptividade
Os professores utilizam a informática
principalmente para atividades diretamente
vinculadas à sala de aula, e, em menor
proporção, para produção e avaliação de
software educacional, como mostra a
Tabela 8.1. O quadro se repete, sem
alterações significativas, em todas as
regiões do país.
Tabela 8.1 - Utilização da infomática pelos professores, em ordem
decrescente de ocorrênca por regiões geográficas.
regiões
Tipo de uso Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 prática pedagógica na disciplina 308 50,1 468 52,9 298 53,6 323 40,0 301 44,3 1.698 48,0
que leciona
2 produção de materiais didáticos 207 33,7 307 34,7 202 36,3 187 23,2 172 25,3 1.075 30,4
3 prática pedagógica com várias 110 17,9 202 22,9 113 20,3 152 18,8 139 20,5 716 20,2
disciplinas integradas
4 planejamento e gerenciamento 117 19,0 170 19,2 105 18,9 82 10,2 113 16,6 587 16,6
de projeto pedagógico
5 prática pedagógica com grupos 63 10,2 197 22,3 100 18,0 71 8,8 125 18,4 556 15,7
de trabalho e temas transversais
6 prática pedagógica com uso 104 16,9 102 11,5 100 18,0 88 10,9 41 6,0 435 12,3
da internet
7 uso e avaliação de software 30 4,9 136 15,4 31 5,6 22 2,7 31 4,6 250 7,1
educacional
8 produção de software educacional 6 1,0 21 2,4 7 1,3 12 1,5 13 1,9 59 1,7
9 outras finalidades 122 19,8 187 21,2 69 12,4 161 20,0 143 21,1 682 19,3
10 não responderam 59 9,6 62 7,0 29 5,2 138 17,1 56 8,2 344 9,7
Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3.541 100,0
Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#122
A utilização do computador é consistente
com as habilidades para as quais os
professores se julgam mais capacitados.
Segundo o julgamento dos professores
entrevistados, os aspectos em que se
consideram mais competentes no uso do
computador são os mostrados na Tabela 8.2.
Tabela 8.2 - Competência dos professores para uso do computador, em ordem decrescente de
ocorrência, por regiões geográficas
regiões
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 edição e formatação 195 31,7 376 42,5 203 36,5 230 28,5 224 33,0 1.228 34,7
eletrônica de documentos
2 jogos e entretenimento 275 44,7 385 43,6 206 37,1 181 22,4 180 26,5 1.227 34,7
3 preparação e correção de 217 35,3 407 46,0 191 34,4 212 26,3 171 25,2 1.198 33,8
provas e testes
4 uso de serviços de rede e internet 221 35,9 302 34,2 174 31,3 157 19,5 130 19,1 984 27,8
5 manipulação de planilhas de 92 15,0 169 19,1 88 15,8 114 14,1 105 15,5 568 16,0
cálculo e multimídia
6 instalação básica e configuração 88 14,3 196 22,2 71 12,8 93 11,5 86 12,7 534 15,1
de computador
7 movimentação bancária 110 17,9 175 19,8 90 16,2 74 9,2 75 11,0 524 14,8
8 treinamento pessoal em informática 83 13,5 165 18,7 66 11,9 91 11,3 70 10,3 475 13,4
9 elaboração de apresentações 77 12,5 157 17,8 61 11,0 68 8,4 72 10,6 435 12,3
10 desenvolvimento de software 50 8,1 161 18,2 45 8,1 59 7,3 78 11,5 393 11,1educacional
11 proteção conta vírus e segurança 74 12,0 119 13,5 60 10,8 68 8,4 50 7,4 371 10,5de dados
12 compras eletrônicas 73 11,9 121 13,7 44 7,9 56 6,9 47 6,9 341 9,613 desenvolvimento de documentos 45 7,3 81 9,2 51 9,2 50 6,2 31 4,6 258 7,3
hipertextos e homepages
14 resolução de problemas utilizando 30 4,9 52 5,9 14 2,5 23 2,9 25 3,7 144 4,1liguagens de programação
15 instalação e uso de sistemas 25 4,1 57 6,4 17 3,1 27 3,3 13 1,9 139 3,9gratuitos e plataformas abertas
16 não uso o computador 92 15,0 112 12,7 60 10,8 185 22,9 98 14,4 547 15,417 outras atividades além dessas 174 28,3 227 25,7 176 31,7 245 30,4 217 32,0 1.039 29,318 não responderam 23 3,7 27 3,1 17 3,1 56 6,9 29 4,3 152 5,3Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3.541 100,0
Competência Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte
#123
As atividades listadas na Tabela 8.2 são
desenvolvidas tanto na escola (38,3 %),
como em casa (43,1%). Esse fato,
enquanto reafirma a constatação de que
um grande número de professores dispõe
de computador em casa, indica o grau de
comprometimento dos docentes com a
informática educativa.
Como mostra a Tabela 8.4 o uso do com-
putador é mais freqüente nas aulas de
Língua Portuguesa, Matemática, Geografia,
História e Ciências. Isso coincide com o fato
de que essas são também as disciplinas
com maior número de professores.
As novas aquisições técnicas proporciona-
das pelo ProInfo com o uso da informática
educativa têm amplo respaldo entre profes-
sores, alunos e na comunidade local, como
o atesta o nível de receptividade do
Programa. Nos três segmentos, as
classificações “muito boa” e “excelente”
superam os 40%. Casos de aceitação
Tabela 8.3 - Local de utilização do computador, pelos professores por regiões gegráficas.
regiões
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 em sua casa 314 51,1 524 59,3 214 38,5 257 31,8 217 32,0 1526 43,1
2 na escola, no lab de informática 211 34,3 292 33,0 283 50,9 300 37,2 269 39,6 1355 38,3
3 em algum outro lugar 71 11,5 99 11,2 64 11,5 116 14,4 107 15,8 457 12,9
4 na escola, em outros computadores 68 11,1 100 11,3 56 10,1 53 6,6 78 11,5 355 10,0
5 não responderam 86 14,0 105 11,9 53 9,5 199 24,7 104 15,3 547 15,4
Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3541 100,0
Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norteLocal
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#124
“ruim” não ultrapassam 5,0%. O nível de
aceitação do Proinfo, considerando cada um
desses segmentos pode ser visto nas
tabelas 8.5, 8.6 e 8.7, a seguir, começando
com o caso dos professores.
Tabela 8.4 - Uso do laboratório de informática para disciplinas, segundo os alunos,
por regiões geográficas
Região
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 Português e Literatura Brasileira 267 34,0 449 27,1 246 34,6 283 21,7 247 27,2 1492 27,8
2 Matemática 175 22,3 506 30,5 148 20,8 240 18,4 147 16,2 1216 22,7
3 Geografia 194 24,7 225 13,6 179 25,2 221 17,0 192 21,1 1011 18,8
4 História 200 25,4 226 13,6 168 23,7 246 18,9 134 14,7 974 18,2
5 Informática 197 25,1 189 11,4 62 8,7 282 21,7 179 19,7 909 16,9
6 Ciências 184 23,4 246 14,8 136 19,2 172 13,2 137 15,1 875 16,3
7 1ª a 4ª séries 109 13,9 75 4,5 121 17,0 183 14,1 144 15,8 632 11,8
8 Língua Estrangeira 174 22,1 143 8,6 86 12,1 118 9,1 100 11,0 621 11,6
9 Educação Artística 115 14,6 119 7,2 138 19,4 106 8,1 136 15,0 614 11,4
10 outras disciplinas 102 13,0 141 8,5 59 8,3 135 10,4 93 10,2 530 9,9
11 Física 59 7,5 99 6,0 69 9,7 67 5,1 31 3,4 325 6,1
12 Biologia 63 8,0 80 4,8 50 7,0 43 3,3 60 6,6 296 5,5
13 Química 60 7,6 56 3,4 60 8,5 73 5,6 46 5,1 295 5,5
14 Educação Física 62 7,9 52 3,1 77 10,8 21 1,6 20 2,2 232 4,3
15 Meio Ambiente 14 1,8 35 2,1 11 1,5 20 1,5 14 1,5 94 1,8
16 não responderam 81 10,3 236 14,2 52 7,3 194 14,9 101 11,1 664 12,4
Total/entrevistados 786 100,0 1659 100,0 710 100,0 1302 100,0 909 100,0 5366 100,0
Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norteDisciplina
#125
Os professores, em sua maioria, são recep-
tivos ao ProInfo. A aceitação do Programa é
considerada mais como “boa” (37,2%), do
que “muito boa” (28,1%) ou “excelente”
(21,7%). As avaliações conjuntas de
“razoável” (10,8%) e “ruim” (2,3%), so-
mam 13,1%.
Dentro das regiões geográficas, as avalia-
ções menos positivas, como no caso de
“razoável”, são mais freqüentes no Nordes-
te – 39,1% - e mais raras no Sul - 8.1% -,
uma variação a considerar. Já no caso das
avaliações positivas, por exemplo, a catego-
ria “excelente” ocorre com mais freqüência
no Sul - 26,3% e é mais rara no Nordeste -
14,1%. Entre os professores, o grau de
receptividade do ProInfo no Sul tende a ser
quase o dobro da receptividade no Nordeste.
Tabela 8.5 - Nível de aceitação do Proinfo na comunidade de professores da escola, por região geográfica
162 194 141 114 157 76826,3% 21,9% 25,4% 14,1% 23,1% 21,7%
192 234 209 157 202 99431,2% 26,5% 37,6% 19,5% 29,7% 28,1%
205 339 165 361 246 131633,3% 38,3% 29,7% 44,7% 36,2% 37,2%
31 101 35 149 65 3815,0% 11,4% 6,3% 18,5% 9,6% 10,8%
25 16 6 26 9 824,1% 1,8% 1,1% 3,2% 1,3% 2,3%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% total
excelente
muito boa
boa
razoável
ruim
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#126
O nível de aceitação do Proinfo na comuni-
dade dos alunos pode ser verificado na
tabela 8.6. O que a tabela indica é fato já
comentado: na opinião dos 3.541 professo-
res pesquisados, a aceitação do Proinfo no
grupo dos alunos é considerada mais como
“excelente” (34,0%) do que “muito boa”
(28,4%) ou “boa” (27,6%).
As avaliações conjuntas de “razoável”
(8,1%) e “ruim” (1,9%), somam 10%.
Como se trata da avaliação dos professores
quanto à percepção dos alunos, é razoável
supor algum paralelismo entre as duas
avaliações, porque é suposto que a percep-
ção do professor sobre o ProInfo influencie
o juízo sobre a aceitação do
ProInfo pelos alunos.
Em termos regionais, a aceitação do Progra-
ma é considerada “excelente” de forma
mais intensa no Sul (com menção de
37,6%) do que no Nordeste, onde esse
percentual é de 30,4%. A situação é
logicamente invertida quando se considera
a classificação “razoável”, que corresponde
no Nordeste a 13,6 % e no Sul a 5,2 %
Tabela 8.6 - Nível de aceitação do Proinfo pela comunidade dos alunos, segundo os professores, por regiãogeográfica
231 322 200 245 206 1204
37,6% 36,4% 36,0% 30,4% 30,3% 34,0%188 231 194 199 192 1004
30,6% 26,1% 34,9% 24,7% 28,3% 28,4%144 247 139 231 218 979
23,4% 27,9% 25,0% 28,6% 32,1% 27,6%
32 72 18 110 56 2885,2% 8,1% 3,2% 13,6% 8,2% 8,1%
20 12 5 22 7 663,3% 1,4% ,9% 2,7% 1,0% 1,9%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq
% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% Total
excelente
muito boa
boa
razoável
ruim
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#127
No que diz respeito à aceitação do Proinfo
pela comunidade local, percebe-se, pela
tabela 8.7, que ela é considerada mais
como “boa” (33,2%) do que “muito boa”
(23,6%) ou “excelente” (16,9%).
A receptividade na comunidade local é
menos entusiasmada do que na comunida-
de da escola.
Em termos regionais, no caso de “razoável”,
percebe-se uma concentração maior no
Nordeste (17,2%), com percentual bem
próximo no Sudeste (14,6%).
Na categoria “ruim”, a maior concentração
é no Nordeste – 7,9% - e a menor no
Sudeste (3,4%).
Tabela 8.7 - Nível de aceitação do ProInfo na comunidade local, segundo os professores, por região geográfica
138 148 115 89 110 60022,4% 16,7% 20,7% 11,0% 16,2% 16,9%
161 211 160 127 178 83726,2% 23,9% 28,8% 15,7% 26,2% 23,6%
189 316 179 250 241 117530,7% 35,7% 32,2% 31,0% 35,5% 33,2%
55 129 59 139 91 4738,9% 14,6% 10,6% 17,2% 13,4% 13,4%
32 30 20 64 32 1785,2% 3,4% 3,6% 7,9% 4,7% 5,0%
40 50 23 138 27 2786,5% 5,7% 4,1% 17,1% 4,0% 7,9%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
excelente
muito boa
boa
razoável
ruim
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#128
A percepção da receptividade da informática
educativa reflete, com bastante fidelidade,
o grau de importância que os professores
atribuem ao ProInfo para a disseminação da
informática na comunidade. Para os profes-
sores, a contribuição do Proinfo para a
disseminação da cultura de informática na
Escola, é descrita como “muito importante”
(63,8 %), como se vê na Tabela 8.8.
Sob o ponto de vista regional, continua o
Nordeste como a região onde a ação do
ProInfo recebeu menor freqüência de
menções “muito importante” (58,0 %).
Conseqüentemente, é no Nordeste onde
mais se vê respostas de que o ProInfo é
“nada importante” para disseminação da
cultura de informática no comunidade.
Esse nível atinge 2,6%, contrapondo-se ao
1,0% da avaliação nacional.
b) Mudanças na sala de aulab) Mudanças na sala de aulab) Mudanças na sala de aulab) Mudanças na sala de aulab) Mudanças na sala de aula
O uso do computador na sala de aula em
suas diversas formas provoca reações tanto
nos alunos quanto na comunidade dos
professores e na comunidade local, embora
em níveis e formas diferenciados.
Essas reações significam mudanças na
gestão escolar, na disciplina,
comportamento e interesse dos alunos e
na qualidade dos seus trabalhos.
Tabela 8.8 - Papel do Proinfo para a disseminação da cultura de informática na comunidade, segundo professores, por região geográfica
405 601 366 468 420 226065,9% 68,0% 65,8% 58,0% 61,9% 63,8%
192 271 173 293 244 117331,2% 30,7% 31,1% 36,3% 35,9% 33,1%
13 9 14 25 11 722,1% 1,0% 2,5% 3,1% 1,6% 2,0%
5 3 3 21 4 36,8% ,3% ,5% 2,6% ,6% 1,0%615 884 556 807 679 3541
17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
muito importante
importante
pouco importante
nada importante
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#129
Tabela 8.9 - Mudanças ocorridas na gestão escolar em função das atividades do laboratório, segundo osdiretores das escolas, por regiões geográficas.
regiões
1 ocorreu reorientação Freq 57 118 52 84 63 374pedagógica % categoria 79,2 67,0 78,8 67,7 55,8 67,9
2 ocorreu mudança Freq 57 111 53 77 76 374no planejamento % categoria 79,2 63,1 80,3 62,1 67,3 67,9educacional
3 ocorreu mudança Freq 47 106 44 72 67 336na rotina escolar % categoria 65,3 60,2 66,7 58,1 59,3 61,0
4 houve reogarnização Freq 47 101 42 49 52 291física da escola % categoria 65,3 57,4 63,6 39,5 46,0 52,8
5 ocorreu mudança Freq 41 68 37 43 40 229na avaliação % categoria 56,9 38,6 56,1 34,7 35,4 41,6educacional
6 ocorreu revisão Freq 48 66 35 32 35 216de currículo % categoria 66,7 37,5 53,0 25,8 31,0 39,2
7 ocorreu reorganização Freq 28 41 33 41 37 180administrativa % categoria 38,9 23,3 50,0 33,1 32,7 32,7
8 não houve mudanças Freq 1 10 1 9 3 24em função das % categoria 1,4 5,7 1,5 7,3 2,7 4,4atividades do lab
9 não responderam Freq 1 4 1 6 8 20% categoria 1,4 2,3 1,5 4,8 7,1 3,6
Total/entrevistados Freq 72 176 66 124 113 551% categoria 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Tabela 8.10 - Impactos gerados pela na comunidade escolar pelo uso da informática, segundo os diretores dasescolas por regiões geográficas
regiões
1 aumento da Freq 65 153 64 110 95 487motivação dos alunos % categoria 90,3 86,9 97,0 88,7 84,1 88,4
2 aumento da motivação Freq 57 114 49 77 71 368dos professores % categoria 79,2 64,8 74,2 62,1 62,8 66,8
3 redução do índice de Freq 19 54 28 33 33 167evasão escolar evasão escolar 26,4 30,7 42,4 26,6 29,2 30,3
4 diminuição no índice Freq 20 47 17 32 39 155de abandono nas % categoria 27,8 26,7 25,8 25,8 34,5 28,1disciplinas
5 outros Freq 8 14 8 18 16 64% categoria 11,1 8,0 12,1 14,5 14,2 11,6
6 não houve Freq 2 12 3 6 8 31% categoria 2,8 6,8 4,5 4,8 7,1 5,6
7 não respondeu Freq 2 7 0 5 6 20% categoria 2,8 4,0 0,0 4,0 5,3 3,6
Total/entrevistados Freq 72 176 66 124 113 551% categoria 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte
Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte
A Tabela 8.9 retrata a opinião de 551
diretores de escolas e mostra como as
atividades do laboratório de informática
provocaram mudanças significativas na
escola, desde a reorganização física até a
orientação pedagógica, aí incluído o plane-
jamento e o currículo escolar.
#130
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Por outro lado, como mostra a Tabela 8.10,
os diretores de escolas atestam os impactos
positivos do uso da informática na comuni-
dade escolar, principalmente no tocante ao
aumento de motivação de professores e
alunos, e, embora em grau menor, na
redução da evasão escolar e do abandono.
Por sua vez, os professores entrevistados,
em 73,5% dos casos, constataram
melhoria no índice de desempenho dos
alunos. Igualmente, os professores de
todas as regiões geográficas fazem coro
com os diretores, atestando que o uso do
computador reduz a evasão escolar (30,3%
dos diretores e 35,6% dos professores
assinalaram esse efeito).
Tabela 8.11 - Efeitos do uso do computador nas escolas, segundo os professores,
por região geográfica
regiões
1 melhorar os índices de Freq 460 640 422 601 480 2603
desempenho escolar % categoria 74,8 72,4 75,9 74,5 70,7 73,5
2 melhorar os resultados Freq 182 350 217 267 246 1262
da evasão escolar % categoria 29,6 39,6 39,0 33,1 36,2 35,6
3 modificar a estrutura Freq 224 319 158 205 132 1038
da escola e do currículo % categoria 36,4 36,1 28,4 25,4 19,4 29,3
4 modificar os papéis de Freq 183 304 163 212 173 1035
alunos e professores % categoria 29,8 34,4 29,3 26,3 25,5 29,2
5 intensificar a prática da Freq 156 232 138 145 116 787
educação a distância % categoria 25,4 26,2 24,8 18,0 17,1 22,2
6 não responderam Freq 26 29 23 42 20 140
% categoria 4,2 3,3 4,1 5,2 2,9 4,0
Total/entrevistados Freq 615 884 556 807 679 3541
% categoria 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte
#131
Da mesma forma que diretores e professo-
res concordam em afirmar que o uso da
informática educativa aumenta a motivação
dos alunos, estes, por sua vez, corroboram
a assertiva. Efetivamente, 65,7% dos
5.366 alunos entrevistados no país afir-
mam que as aulas ficaram “mais interes-
santes” depois que os professores começa-
ram a usar o computador; poucos (7,4%)
não sentiram diferença; um pequeno grupo
(4,6%) achou as aulas mais fáceis. Os que
acham as aulas mais “chatas” têm pouca
significação estatística (0,3 %).
Cumpre salientar que, sem diferenças
regionais significativas, a quase totalidade
dos alunos entrevistados (98,3 %) entende
que as aulas seriam melhores se os
professores utilizassem o computador.
Tabela 8.12 - Avaliação dos alunos quanto às aulas após a introdução do computador por região geográfica
504 1082 464 843 631 352464,1% 65,2% 65,4% 64,7% 69,4% 65,7%
1 7 3 7 6 24,1% ,4% ,4% ,5% ,7% ,4%
1 4 8 4 17
,1% ,2% ,6% ,4% ,3%37 65 47 48 51 248
4,7% 3,9% 6,6% 3,7% 5,6% 4,6%
34 125 38 122 79 3984,3% 7,5% 5,4% 9,4% 8,7% 7,4%
209 376 158 274 138 1155
26,6% 22,7% 22,3% 21,0% 15,2% 21,5%786 1659 710 1302 909 5366
14,6% 30,9% 13,2% 24,3% 16,9% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq
% Total
maisinteressantes
mais difíceis
mais chatas
mais fáceis
ficaram iguais
nãorespondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#132
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Por ordem decrescente, são estas as disci-
plinas preferidas pelos alunos para uso do
computador: Língua Portuguesa,
Informática, História, Geografia e Matemá-
tica.
Visto o panorama do uso da informática
educativa nas escolas e seus efeitos gerais
na comunidade escolar, é conveniente
refinar a análise observando mais de perto
algumas mudanças na sala de aula.
Tabela 8.13 - Preferência dos alunos para aulas com o computador,
por disciplinas e região geográfica
Região
Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %
1 Língua Portuguesa e 335 42,6 764 46,1 311 43,8 494 37,9 354 38,9 2258 42,1
Literatura Brasileira
2 Informática 282 35,9 663 40,0 189 26,6 527 40,5 332 36,5 1993 37,1
3 História 282 35,9 651 39,2 289 40,7 437 33,6 293 32,2 1952 36,4
4 Geografia 263 33,5 574 34,6 255 35,9 375 28,8 275 30,3 1742 32,5
5 Matemática 228 29,0 576 34,7 268 37,7 385 29,6 256 28,2 1713 31,9
6 Ciências 242 30,8 474 28,6 240 33,8 325 25,0 240 26,4 1521 28,3
7 Educação Artística 215 27,4 379 22,8 226 31,8 251 19,3 225 24,8 1296 24,2
8 Língua Estrangeira 190 24,2 451 27,2 179 25,2 253 19,4 186 20,5 1259 23,5
9 Biologia 120 15,3 306 18,4 129 18,2 266 20,4 145 16,0 966 18,0
10 Meio Ambiente 84 10,7 240 14,5 123 17,3 183 14,1 148 16,3 778 14,5
11 Física 98 12,5 245 14,8 98 13,8 172 13,2 107 11,8 720 13,4
12 Química 100 12,7 226 13,6 106 14,9 193 14,8 88 9,7 713 13,3
13 outras disciplinas 65 8,3 147 8,9 71 10,0 131 10,1 67 7,4 481 9,0
14 Educação Física 79 10,1 118 7,1 86 12,1 71 5,5 51 5,6 405 7,5
15 não responderam 19 2,4 14 0,8 20 2,8 35 2,7 12 1,3 100 1,9
Total/entrevistados 786 100,0 1659 100,0 710 100,0 1302 100,0 909 100,0 5366 100,0
Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte
#133
Motivação e interesse
A Tabela 8.14 mostra o quadro geral das
mudanças ocorridas em sala de aula com o
uso do computador, segundo a opinião dos
professores entrevistados. É de se observar
que o computador melhora visivelmente a
motivação e o interesse dos alunos pelas
aulas, e mesmo que na freqüência e na
disciplina o efeito não seja tão grande
quanto nos outros itens, ele não é
desprezível.
Tabela 8.14 - Tipo de mudanças ocorridas com o uso do computador, identificadas pelos
professores das escolas
Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil
Motivação para as aulas 2567 72,5 4 0,1 226 6,4 358 10,1 386 10,9
no laboratório
Informação e conhecimento 2441 68,9 4 0,1 381 10,8 355 10,0 360 10,2
Interesse pelas atividades 2307 65,2 2 0,1 499 14,1 365 10,3 368 10,4
propostas na disciplina
Rendimento escolar 2243 63,3 1 0,0 518 14,6 428 12,1 351 9,9
Interesse pela ciência 2237 63,2 1 0,0 467 13,2 449 12,7 387 10,9
e tecnologia
Pesquisa em diversas fontes 2087 58,9 5 0,1 588 16,6 476 13,4 385 10,9
Qualidade dos trabalhos 2033 57,4 7 0,2 698 19,7 385 10,9 418 11,8
dos alunos
Interesse por questões 1697 47,9 8 0,2 953 26,9 517 14,6 366 10,3
sociais
Frequência as aulas 1672 47,2 2 0,1 1127 31,8 377 10,6 363 10,3
Disciplina em sala de aula 1515 42,8 13 0,4 1259 35,6 373 10,5 381 10,8
nãorespondeu
melhorou piorounão houvealteração
não sei avaliar/não se aplica
#134
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Freqüência às aulas
Apenas 47,2% dos professores entendem
que o uso do computador atrai os alunos
para as aulas. Um terço dos professores
não vêem mudanças nesse indicador.
Os demais ou deixaram de responder à
questão ou entenderam que não se podia
avaliar.
Em nível regional, só no Norte é majoritária
(57,1%) a opinião de que o computador é
um fator de atração dos alunos para a sala
de aula.
Tabela 8.15 - Avaliação das mudanças ocorridas na frequência das aulas com o uso do computador, segundo osprofessores, por região geográfica
240 409 268 367 388 167239,0% 46,3% 48,2% 45,5% 57,1% 47,2%
1 1 2,1% ,1% ,1%
246 293 212 199 177 112740,0% 33,1% 38,1% 24,7% 26,1% 31,8%
79 83 32 122 61 37712,8% 9,4% 5,8% 15,1% 9,0% 10,6%
50 99 44 118 52 363
8,1% 11,2% 7,9% 14,6% 7,7% 10,3%615 884 556 807 679 3541
17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#135
Disciplina
Análogo ao indicador anterior, o computador
também não é percebido como elemento
decisivo na melhoria da disciplina. Apenas
42,8% dos professores quiseram atestar
essa mudança; 35,6% não reconheceram
mudança nesse indicador. Todavia, o grupo
dos que vêem no computador um elemen-
to perturbador da disciplina não é estatisti-
camente significativo (0,4%).
A avaliação regional mostra certa
homogeneidade de percepção. O Norte
tende a ser mais positivo com este indicador
(50,7%), como o foi com o item anterior.
Tabela 8.16 - Avaliação das mudanças ocorridas na disciplina em sala de aula com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica
256 358 259 298 344 151541,6% 40,5% 46,6% 36,9% 50,7% 42,8%
2 5 2 1 3 13,3% ,6% ,4% ,1% ,4% ,4%226 334 223 264 212 1259
36,7% 37,8% 40,1% 32,7% 31,2% 35,6%81 78 28 120 66 373
13,2% 8,8% 5,0% 14,9% 9,7% 10,5%50 109 44 124 54 381
8,1% 12,3% 7,9% 15,4% 8,0% 10,8%615 884 556 807 679 3541
17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#136
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Qualidade dos trabalhos dos alunos
A maioria (57,4 %) dos professores atesta
que o uso do computador melhorou a
qualidade dos trabalhos dos alunos.
Em termos regionais, o Nordeste se apre-
senta como a região mais cética quanto ao
indicador em análise.
No Nordeste, a opinião de que o computa-
dor proporciona melhoria da qualidade dos
trabalhos é minoritária (45,5%); a maioria
prefere se dividir entre “não houve altera-
ção” (23,3%), “não sei avaliar/não se
aplica” (15,0%) ou não responder (16,2%).
Tabela 8.17 - Avaliação da qualidade dos trabalhos dos alunos com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica
368 533 332 367 433 203359,8% 60,3% 59,7% 45,5% 63,8% 57,4%
1 3 3 7,2% ,5% ,4% ,2%108 161 126 188 115 698
17,6% 18,2% 22,7% 23,3% 16,9% 19,7%83 76 43 121 62 385
13,5% 8,6% 7,7% 15,0% 9,1% 10,9%55 114 52 131 66 418
8,9% 12,9% 9,4% 16,2% 9,7% 11,8%615 884 556 807 679 3541
17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#137
Motivação para as aulas no laboratório
Como era de se esperar, é o computador
um importante fator de motivação e atração
dos alunos para as aulas no laboratório.
Nisso concordam 72,5% dos professores
entrevistados, colocando esse indicador
como o mais evidente do grupo.
Também aqui, o Nordeste se coloca numa
posição mais retraída em relação ao resto
do país. Apenas 63,4% na região acham
que o computador motivou os alunos para
as aulas no laboratório.
Tabela 8.18 - Avaliação das mudanças na motivação dos alunos com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica
448 634 456 512 517 256772,8% 71,7% 82,0% 63,4% 76,1% 72,5%
1 3 4,1% ,4% ,1%
32 61 35 55 43 2265,2% 6,9% 6,3% 6,8% 6,3% 6,4%
71 88 24 112 63 35811,5% 10,0% 4,3% 13,9% 9,3% 10,1%
64 101 41 127 53 38610,4% 11,4% 7,4% 15,7% 7,8% 10,9%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#138
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Interesse pelas atividades propostas na
disciplina
Como um dos indicadores mais visíveis de
mudanças na disciplina em sala de aula, o
interesse pelas atividades propostas confir-
ma a força motivacional do computador nas
aulas. No país, 65,2% dos professores
entrevistados afirmam que o computador
aumentou o interesse pelas atividades da
disciplina.
Excetuado o Nordeste, mais reticente, com
apenas 55,3% de menções positivas, o
quadro mantém certa homogeneidade
entre as regiões geográficas do país.
Tabela 8.19 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse pelas atividades propostas na disciplina com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica
423 579 387 446 472 230768,8% 65,5% 69,6% 55,3% 69,5% 65,2%
2 2,2% ,1%
70 120 105 113 91 49911,4% 13,6% 18,9% 14,0% 13,4% 14,1%
70 82 21 123 69 36511,4% 9,3% 3,8% 15,2% 10,2% 10,3%
52 103 43 123 47 3688,5% 11,7% 7,7% 15,2% 6,9% 10,4%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#139
Interesse pela pesquisa em diversas fontes
Tabela 8.20 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse para a pesquisa em diversas fontes com o uso docomputador, segundo os professores, por região geográfica
361 542 362 387 435 208758,7% 61,3% 65,1% 48,0% 64,1% 58,9%
1 1 1 2 5,2% ,1% ,1% ,3% ,1%
95 126 107 150 110 58815,4% 14,3% 19,2% 18,6% 16,2% 16,6%
102 111 43 143 77 47616,6% 12,6% 7,7% 17,7% 11,3% 13,4%
56 104 44 126 55 3859,1% 11,8% 7,9% 15,6% 8,1% 10,9%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Para 58,9% dos professores, o uso do
computador aumenta o interesse dos
alunos para ampliar o leque das fontes de
pesquisa. O computador aumentaria a
curiosidade intelectual.
O percentual normal seria maior não fora o
Nordeste, consistentemente, mais
comedido nas avaliações. Na região, menos
da metade dos professores (48,0%) subs-
creveria a afirmação. A maioria dos profes-
sores do Nordeste se dividiu em grupos
quase equivalentes entre as opções neutras
(não houve alteração/não se aplica/não
respondeu).
#140
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Interesse pela ciência e tecnologia
Quase dois terços dos professores enten-
dem que o uso do computador aumentou o
interesse dos alunos pela ciência e
tecnologia. O quadro se reproduz com
pequenas alterações em todo o território
nacional, com menor intensidade no
Nordeste, onde, não obstante, a opinião
também é majoritária (54,4%).
Tabela 8.21 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse pela ciência e tecnologia com o uso do computador,segundo os professores, por região geográfica
404 557 381 438 457 223765,7% 63,0% 68,5% 54,3% 67,3% 63,2%
1 1,1% ,0%
76 116 85 101 89 46712,4% 13,1% 15,3% 12,5% 13,1% 13,2%
81 109 45 137 77 44913,2% 12,3% 8,1% 17,0% 11,3% 12,7%
54 102 45 130 56 3878,8% 11,5% 8,1% 16,1% 8,2% 10,9%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#141
Interesse pela informação e pelo conheci-
mento
O segundo indicador mais claro de melhoria
nas disciplinas, segundo 68.9% dos profes-
sores, é o interesse pela informação e pelo
conhecimento que o uso do computador
desperta nos alunos.
Esse sentimento é compartilhado pelos
professores em todo o país. Mesmo no
Nordeste, sempre mais retraído na
avaliação, o índice atinge 60,0%.
Tabela 8.22 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse pela informação e conhecimento com o uso docomputador, segundo os professores, por região geográfica
447 595 415 484 500 244172,7% 67,3% 74,6% 60,0% 73,6% 68,9%
2 2 4,3% ,2% ,1%
51 109 75 81 65 3818,3% 12,3% 13,5% 10,0% 9,6% 10,8%
63 78 27 122 65 35510,2% 8,8% 4,9% 15,1% 9,6% 10,0%
52 100 39 120 49 3608,5% 11,3% 7,0% 14,9% 7,2% 10,2%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#142
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Vê-se, pois, que os impactos do uso do
computador na sala de aula são altamente
positivos e profundos. Há que se observar,
no entanto, a posição peculiar do Nordeste
neste tópico da avaliação. Não que no
Nordeste o computador não tenha proporci-
onado mudanças na sala de aula, mas elas
são menos percebidas pelos professores.
Um caso a pesquisar.
c) Melhoria do processo de ensino-c) Melhoria do processo de ensino-c) Melhoria do processo de ensino-c) Melhoria do processo de ensino-c) Melhoria do processo de ensino-
aprendizagemaprendizagemaprendizagemaprendizagemaprendizagem
As melhorias do processo de ensino-
aprendizagem podem ser identificadas a
partir da elevação do rendimento escolar e
do desenvolvimento de competências,
habilidades e atitudes que são importantes
para a formação dos alunos
Tabela 8.23 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse por questões sociais com o uso do computador,segundo os professores, por região geográfica
286 418 292 315 386 169746,5% 47,3% 52,5% 39,0% 56,8% 47,9%
2 2 1 3 8,3% ,2% ,2% ,4% ,2%156 240 169 230 158 953
25,4% 27,1% 30,4% 28,5% 23,3% 26,9%116 125 52 143 81 517
18,9% 14,1% 9,4% 17,7% 11,9% 14,6%55 99 42 119 51 366
8,9% 11,2% 7,6% 14,7% 7,5% 10,3%615 884 556 807 679 3541
17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Interesse pelas questões sociais com o uso
do computador
Sem dúvida, onde menos se faz sentir o
impacto do uso do computador nas disciplinas
é no que se refere ao interesse por ques-
tões sociais. Com exceção do Centro-Oeste,
com índice de 52,5%, a opção “melhorou”
não logra obter maioria em nenhum lugar.
Um quarto dos professores preferiu a opção
“não houve alteração’’.
O índice nacional foi de 47,9%.
O do Nordeste, o menor deles, foi de 39,0%.
No Centro-Oeste, a opção “não houve
alteração” alcançou 30,4%, a maior do
país. Cumpre observar que, para este
indicador, a posição do Centro-Oeste foi a
mais definida no cenário nacional. Tanto a
opção positiva quanto a posição neutra
superaram os índices nacionais.
#143
Rendimento escolar
De imediato deve ser ressaltado que a
maioria (63,3%) dos professores entende
que o uso do computador trouxe melhoria
do rendimento escolar nas disciplinas que
ministram. Somente 14,6% admitem
que “não houve alteração”
Esse padrão de avaliação está difundido em
todo o território nacional, mas os efeitos
são menos sentidos no Nordeste, onde
apenas 54,2% dos professores concordam
que o rendimento escola tenha melhorado
com o uso do computador. Por outro lado,
no Centro-Oeste ocorre o maior percentual
de docentes (19.2%) que não perceberam
mudanças no rendimento escolar.
Tabela 8.24 - Avaliação das mudanças no rendimento escolar com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica
414 540 379 437 473 224367,3% 61,1% 68,2% 54,2% 69,7% 63,3%
1 1,2% ,0%
72 141 107 118 80 51811,7% 16,0% 19,2% 14,6% 11,8% 14,6%
84 103 30 139 72 42813,7% 11,7% 5,4% 17,2% 10,6% 12,1%
44 100 40 113 54 3517,2% 11,3% 7,2% 14,0% 8,0% 9,9%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
melhorou
piorou
não houve alteração
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#144
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Competências, habilidades e atitudes
Foi pesquisada também a contribuição do
computador para o desenvolvimento de
onze tipos de comportamento que caracte-
rizassem competências, habilidades e
atitudes dos alunos. O quadro geral exposto
na Tabela 8.25 mostra que a contribuição
do computador para o desenvolvimento dos
alunos é alta e benéfica.
Tabela 8.25 - Contribuição do computador para indicadores de competências, habilidades e atitudesdos alunos, segundo os professores, por forma de contribuição
Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasilcuriosidade e 2785 78,7 213 6,0 20 0,6 3 0,1 270 7,6 250 7,1observaçãocriatividade e inovação 2535 71,6 369 10,4 44 1,2 7 0,2 289 8,2 297 8,4trabalho em equipe 2322 65,6 486 13,7 87 2,5 19 0,5 336 9,5 291 8,2e colaboraçãoleitura 2305 65,1 502 14,2 60 1,7 18 0,5 358 10,1 298 8,4investigação e 2300 65,0 444 12,5 69 1,9 2 0,1 428 12,1 298 8,4experimentaçãoorganização e 2226 62,9 534 15,1 67 1,9 9 0,3 398 11,2 307 8,7estruturação dopensamentoescrita 1995 56,3 647 18,3 197 5,6 48 1,4 355 10,0 299 8,4raciocínio lógico- 1995 56,3 515 14,5 80 2,3 15 0,4 611 17,3 325 9,2matemáticoidentificação e 1924 54,3 659 18,6 104 2,9 7 0,2 528 14,9 319 9,0compreensão deproblemasresolução de problemas 1902 53,7 679 19,2 101 2,9 2 0,1 526 14,9 331 9,3compreensão de 1789 50,5 704 19,9 127 3,6 7 0,2 577 16,3 337 9,5concitos abstratos
não sei avaliar/não se aplica
contribuimuito
contribuipouco
nãocontribui
atrapalhanão
respondeu
Nos itens que se seguem será feita a
análise individual dessas contribuições para
avaliar o peso e o alcance regional de cada
uma no conjunto desses indicadores.
#145
Desenvolvimento da leitura
No país, 65,1% dos professores entrevista-
dos entendem que o computador contribui
muito para o desenvolvimento da leitura;
14,2% acham que contribui pouco.
A análise regional mostra que os professo-
res mais entusiasmados com a contribuição
do computador para o desenvolvimento da
leitura estão na região Norte, com 72,9%.
Em compensação, os menos entusiasma-
dos estão no Nordeste, com apenas
59,0%.
Tabela 8.26 - Contribuição do computador no desenvolvimento da leitura, segundo os professores, por regiãogeográfica
413 558 363 476 495 230567,2% 63,1% 65,3% 59,0% 72,9% 65,1%
83 130 107 101 81 502
13,5% 14,7% 19,2% 12,5% 11,9% 14,2%7 20 9 16 8 60
1,1% 2,3% 1,6% 2,0% 1,2% 1,7%
3 8 1 4 2 18,5% ,9% ,2% ,5% ,3% ,5%
61 79 37 126 55 358
9,9% 8,9% 6,7% 15,6% 8,1% 10,1%48 89 39 84 38 298
7,8% 10,1% 7,0% 10,4% 5,6% 8,4%615 884 556 807 679 3541
17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq
% categoriaFreq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#146
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Desenvolvimento da escrita
Sem variações regionais de monta, a
percepção geral dos professores, é a de que
o computador também contribui para o
desenvolvimento da escrita, embora em
menor escala do que para a leitura, como,
aliás, era de se esperar. O índice nacional
dos que acham que o computador contribui
muito para o desenvolvimento da escrita é
de 56,3%. Em sentido contrário 5,6% dos
professores acham que o computador “não
contribui” para o desenvolvimento da
leitura.
Tabela 8.27 - Contribuição do computador no desenvolvimento da escrita, segundo os professores, por regiãogeográfica
355 483 299 439 419 199557,7% 54,6% 53,8% 54,4% 61,7% 56,3%
98 183 135 121 110 64715,9% 20,7% 24,3% 15,0% 16,2% 18,3%
47 50 38 29 33 197
7,6% 5,7% 6,8% 3,6% 4,9% 5,6%10 9 11 7 11 48
1,6% 1,0% 2,0% ,9% 1,6% 1,4%59 72 37 125 62 355
9,6% 8,1% 6,7% 15,5% 9,1% 10,0%46 87 36 86 44 299
7,5% 9,8% 6,5% 10,7% 6,5% 8,4%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoria
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoria
Freq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#147
Tabela 8.28 - Contribuição do computador no desenvolvimento do raciocínio lógico-matemárico, segundo osprofessores, por região geográfica
353 513 337 381 411 199557,4% 58,0% 60,6% 47,2% 60,5% 56,3%
90 116 90 114 105 515
14,6% 13,1% 16,2% 14,1% 15,5% 14,5%16 17 24 15 8 80
2,6% 1,9% 4,3% 1,9% 1,2% 2,3%3 5 1 5 1 15
,5% ,6% ,2% ,6% ,1% ,4%104 141 68 192 106 611
16,9% 16,0% 12,2% 23,8% 15,6% 17,3%49 92 36 100 48 325
8,0% 10,4% 6,5% 12,4% 7,1% 9,2%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Desenvolvimento do raciocínio lógico-
matemático
Situação semelhante se observa em
relação ao papel do computador no desen-
volvimento do raciocínio lógico-matemático
dos alunos. Embora majoritária, a parcela
dos professores que assinalaram a opção
“contribui muito” não ultrapassa 56,3%.
Um bom contingente de professores
(17,3%) preferiu a alternativa “não sei
avaliar/não se aplica”.
Do ponto de vista regional, de um lado está
o Nordeste, costumeiramente mais pessi-
mista, e, do outro, estão as regiões Centro-
Oeste e Norte, onde a avaliação positiva
passou dos 60%.
#148
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Tabela 8.29 - Contribuição do computador no desenvolvimento da organização e estruturação do pensamento,segundo os professores, por região geográfica
395 590 359 418 464 222664,2% 66,7% 64,6% 51,8% 68,3% 62,9%
90 111 115 129 89 534
14,6% 12,6% 20,7% 16,0% 13,1% 15,1%11 20 17 11 8 67
1,8% 2,3% 3,1% 1,4% 1,2% 1,9%3 4 2 9
,5% ,5% ,3% ,3%69 83 28 145 73 398
11,2% 9,4% 5,0% 18,0% 10,8% 11,2%47 76 37 104 43 307
7,6% 8,6% 6,7% 12,9% 6,3% 8,7%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Desenvolvimento da organização e
estruturação do pensamento
Descontadas as opiniões dos professores do
Nordeste, mais de dois terços dos professo-
res no país consideram que o computador
“contribui muito” para o desenvolvimento
da organização e estruturação do pensa-
mento; 15,1% foram mais comedidos e
optaram pela alternativa “contribui pouco”.
O quadro regional não difere substancial-
mente em relação aos itens anteriores:
certa incredulidade no Nordeste e aprova-
ção generalizada nas demais regiões.
#149
Desenvolvimento da compreensão de
conceitos abstratos
Das onze contribuições do computador para
o desenvolvimento de competências e
habilidades dos alunos, a contribuição para
compreensão de conceitos abstratos é a
menos percebida pelos professores entrevis-
tados: mal consegue uma maioria de
50,5%. Um quinto dos professores acha
que apenas “‘contribui pouco”.
O padrão regional não difere substancial-
mente do quadro nacional.
Tabela 8.30 - Contribuição do computador no desenvolvimento da compreensão de conceitos abstratos, segundo os professores, por região geográfica
298 500 296 308 387 178948,5% 56,6% 53,2% 38,2% 57,0% 50,5%
121 164 144 159 116 704
19,7% 18,6% 25,9% 19,7% 17,1% 19,9%29 23 27 30 18 127
4,7% 2,6% 4,9% 3,7% 2,7% 3,6%1 2 3 1 7
,2% ,2% ,4% ,1% ,2%113 109 50 198 107 577
18,4% 12,3% 9,0% 24,5% 15,8% 16,3%53 86 39 109 50 337
8,6% 9,7% 7,0% 13,5% 7,4% 9,5%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#150
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Tabela 8.31 - Contribuição do computador no desenvolvimento da identificação e compreensão de problemas,segundo os professores, por região geográfica
342 490 316 354 422 192455,6% 55,4% 56,8% 43,9% 62,2% 54,3%
109 168 135 139 108 65917,7% 19,0% 24,3% 17,2% 15,9% 18,6%
25 26 15 28 10 1044,1% 2,9% 2,7% 3,5% 1,5% 2,9%
1 2 4 7,2% ,2% ,5% ,2%
87 117 53 181 90 52814,1% 13,2% 9,5% 22,4% 13,3% 14,9%
51 81 37 101 49 3198,3% 9,2% 6,7% 12,5% 7,2% 9,0%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Desenvolvimento de identificação e com-
preensão de problemas
Igualmente não é muito elevada a contri-
buição do computador para identificação e
compreensão de problemas, segundo os
professores entrevistados. A opção “‘contri-
bui muito” conseguiu maioria, mas escas-
sa: 54,3%. Pouco menos de um quarto
(14,9%) optou pela alternativa “contribui
pouco”. Um contingente de 14,9% preferiu
a opção “não sei avaliar/não se aplica”.
Com pequenas alterações de contorno,
esse quadro se repete nas regiões geográfi-
cas do país.
#151
Desenvolvimento de resolução de
problemas
Se o computador não contribui muito para
a identificação e compreensão de proble-
mas, já era de se esperar que o mesmo
aconteceria com a resolução dos problemas
identificados. A Tabela 8.32 mostra um
quadro coerente com o da Tabela 8.31: os
professores são reticentes em considerar a
contribuição do computador para essas
competências.
Tabela 8.32 - Contribuição do computador no desenvolvimento da resolução de problemas, segundo os professores, por região geográfica
339 493 314 351 405 190255,1% 55,8% 56,5% 43,5% 59,6% 53,7%
107 175 137 152 108 67917,4% 19,8% 24,6% 18,8% 15,9% 19,2%
26 21 14 27 13 101
4,2% 2,4% 2,5% 3,3% 1,9% 2,9%1 1 2
,1% ,1% ,1%93 111 53 176 93 526
15,1% 12,6% 9,5% 21,8% 13,7% 14,9%50 84 38 100 59 331
8,1% 9,5% 6,8% 12,4% 8,7% 9,3%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoria
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoria
Freq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#152
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Desenvolvimento do trabalho em equipe e
colaboração
Se, na opinião dos professores, o computa-
dor tem dado contribuição limitada para o
desenvolvimento de competências para a
escrita,
para o raciocínio lógico-matemático, para a
identificação e resolução de problemas, o
mesmo não ocorre quando se trata de
desenvolver atitudes, como trabalho em
equipe, inovação, investigação e observa-
ção. A contribuição para mudança de
atitudes aparece bastante clara nas respos-
tas dos professores.
No país todo, 65,6% dos professores
atestam a contribuição do computador para
o desenvolvimento do trabalho em equipe.
Não fora a posição peculiar mais cautelosa
do Nordeste (56,8%), seriam mais de dois
terços no país com essa opinião.
Tabela 8.33 - Contribuição do computador no desenvolvimento do trabalho em equipe e colaboração, segundo osprofessores, por região geográfica
412 595 380 458 477 232267,0% 67,3% 68,3% 56,8% 70,3% 65,6%
77 115 98 118 78 486
12,5% 13,0% 17,6% 14,6% 11,5% 13,7%21 20 14 13 19 87
3,4% 2,3% 2,5% 1,6% 2,8% 2,5%
3 9 2 5 19,5% 1,0% ,2% ,7% ,5%
59 69 29 121 58 3369,6% 7,8% 5,2% 15,0% 8,5% 9,5%
43 76 35 95 42 2917,0% 8,6% 6,3% 11,8% 6,2% 8,2%
615 884 556 807 679 3541
17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq% categoria
Freq% categoriaFreq
% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#153
Desenvolvimento da criatividade e
inovação
Desenvolver no aluno atitudes voltadas para
criação e inovação é a contribuição que
surge com muita clareza da pesquisa entre
os professores: 71,6% consideram que o
computador “contribui muito” para desen-
volver essa atitude e 10,4% acha que
‘’contribui pouco”.
O quadro regional repete o nacional, com
as peculiaridades que vêm sendo observa-
das nessas análises.
Tabela 8.34 - Contribuição do computador no desenvolvimento da criatividade e inovação, segundo os professores, por região geográfica
454 650 409 493 529 253573,8% 73,5% 73,6% 61,1% 77,9% 71,6%
63 79 90 91 46 36910,2% 8,9% 16,2% 11,3% 6,8% 10,4%
6 16 5 8 9 441,0% 1,8% ,9% 1,0% 1,3% 1,2%
3 2 2 7,5% ,2% ,3% ,2%
46 61 16 118 48 2897,5% 6,9% 2,9% 14,6% 7,1% 8,2%
43 76 36 97 45 2977,0% 8,6% 6,5% 12,0% 6,6% 8,4%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
Desenvolvimento da investigação e
experimentação
Atitudes de investigação e experimentação
estão associadas à criatividade e à inova-
ção. Dessa forma, seria razoável prever
certo paralelismo nas respostas para as
duas questões. Efetivamente, 65.0% dos
professores optaram pela alternativa “contri-
bui muito” e 12,5 % para a resposta
“contribui pouco”.
O quadro regional mantém o padrão obser-
vado no conjunto das respostas.
Tabela 8.35 - Contribuição do computador no desenvolvimento da investigação e experimentação, segundo osprofessores, por região geográfica
426 612 368 427 467 230069,3% 69,2% 66,2% 52,9% 68,8% 65,0%
63 100 96 102 83 44410,2% 11,3% 17,3% 12,6% 12,2% 12,5%
13 16 12 19 9 692,1% 1,8% 2,2% 2,4% 1,3% 1,9%
1 1 2,1% ,1% ,1%
68 83 42 164 71 42811,1% 9,4% 7,6% 20,3% 10,5% 12,1%
45 73 38 94 48 2987,3% 8,3% 6,8% 11,6% 7,1% 8,4%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#154
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
Desenvolvimento da curiosidade e
observação
A maior contribuição do computador parece
ser a de desenvolver atitudes de curiosidade
e de observação. É o que se depreende das
respostas dos professores. Com efeito,
78,7% deles são pela alternativa “contribui
muito”. Foi a posição mais clara em refe-
rência aos onze indicadores analisados.
Os resultados da pesquisa entre os profes-
sores vêm corroborar o sentimento geral de
que a introdução do computador e da
informática educativa nas escolas tem
contribuído substancialmente para o desen-
volvimento de atitudes potencialmente
positivas para a educação integral e conti-
nuada dos alunos.
Tabela 8.36 - Contribuição do computador no desenvolvimento da curiosidade e observação, segundo osprofessores, por região geográfica
491 715 469 553 557 278579,8% 80,9% 84,4% 68,5% 82,0% 78,7%
34 41 47 56 35 213
5,5% 4,6% 8,5% 6,9% 5,2% 6,0%5 7 6 2 20
,8% ,8% ,7% ,3% ,6%2 1 3
,2% ,1% ,1%44 55 12 109 50 270
7,2% 6,2% 2,2% 13,5% 7,4% 7,6%41 64 28 82 35 250
6,7% 7,2% 5,0% 10,2% 5,2% 7,1%
615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%
Freq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq
% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria
Freq% Total
contribui muito
contribui pouco
não contribui
atrapalha
não sei avaliar/nãose aplica
não respondeu
Total
sul sudeste centro-oeste nordeste norte
Regiões do Brasil
Brasil
#155
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#156
9 Síntese e conclusõesO presente relatório preliminar consolida e
sintetiza os resultados da primeira etapa do
projeto de avaliação externa do ProInfo –
Programa Nacional de Informática na
Educação, patrocinado pelo Ministério
da Educação, através da Coordenação
Nacional do ProInfo da Secretaria de
Educação a Distância – SEED, e contratado
com a Universidade de Brasília.
Essa primeira etapa corresponde a um
survey qualitativo (realizado nos dois
últimos meses de 2001) do universo de
236 NTE – Núcleos de Tecnologia
Educacional, e de 551 escolas envolvidas
no ProInfo, correspondente a uma pesquisa
amostral (e parcialmente censitária) do
conjunto de unidades educacionais
beneficiadas pelo Proinfo. No total foram
levantados 1.179 tipos distintos de dados e
entrevistadas 11.237 pessoas1.
Numa segunda etapa, os trabalhos serão
complementados com estudos de casos
que visam especificamente a:
a) definir parâmetros para avaliação
continuada, estabelecendo indicadores que
permitam acompanhar a evolução das
escolas com vistas a posteriores avaliações;
b) aprofundar a análise de situações, fatos e
ocorrências de particular relevância detecta-
dos no levantamento censitário e amostral.
Tendo como ponto de partida os Termos de
Referência definidos pelo MEC, foi
concebido um modelo sistêmico de
avaliação que visava a identificar as
variáveis mais relevantes que poderiam ser
classificadas como insumos, processos e
saídas do sistema. Nesse sentido são
considerados insumos, ou entradas, o
projeto pedagógico, a infra-estrutura física e
os recursos humanos. O processamento se
dá com as ações gerenciais, consideradas
do ponto de vista do desempenho dos
atores que participam do processo.
As saídas são os efeitos e impactos na
escola (aqui materializada na sala de aula),
na comunidade escolar (que compreende
professores e alunos) e na comunidade
externa.
1 Sendo 1.303 nos NTE (246 Coordenadores, 213 técnicos de laboratório e 844 professores multiplicadores) e 9.934 nas Escolas (compreendendo
551 Diretores, 476 Coordenadores de Laboratórios de Informática, 3. 541 professores e 5.366 alunos.)
#157
A partir desse modelo conceitual, foram
definidas as questões que integraram os
sete questionários aplicados aos principais
atores do processo: Diretor, Coordenador de
Informática, Professores e Alunos das
Escolas e Coordenador, Professor
Multiplicador e Técnicos de Laboratório dos
NTE.
1 Situação e desempenho dos NTE1 Situação e desempenho dos NTE1 Situação e desempenho dos NTE1 Situação e desempenho dos NTE1 Situação e desempenho dos NTE
A maioria dos NTE foi implantada em
1997-98 para dar apoio à implementação
do ProInfo nas áreas de capacitação de
recursos humanos (professores e técnicos
de suporte), suporte pedagógico e
técnico às escolas (elaboração de projetos
de uso pedagógico da telemática e
respectivo acompanhamento, suporte a
professores e técnicos, etc.) e
desenvolvimento de pesquisas e experiênci-
as educacionais.
Os NTE foram avaliados com base em três
questionários: o do coordenador do NTE, o
dos professores multiplicadores e o dos
técnicos do NTE.
Infra-estrutura física e tecnológica
Do ponto de vista dos seus coordenadores,
os NTE dispõem de uma infra-estrutura
física que foi avaliada de forma bastante
favorável, particularmente em termos de
localização do prédio e das condições das
salas de laboratórios de informática, com
índices de aprovação de 90 % a 93 %
(somatório das avaliações excelente, muito
boa e boa).
Registrou-se a inexistência de salas de
administração em 17,9 % dos casos, mas
onde elas existem predominam as
avaliações positivas (87 % das opções dos
respondentes). A grande deficiência
observada foi a inexistência de auditórios
(em 65 % dos casos) e bibliotecas (em
76% dos casos).
Com relação à infra-estrutura tecnológica,
os técnicos de laboratórios manifestaram
opiniões positivas sobre as condições da
rede elétrica (92 %), equipamentos de
informática (92 %), rede lógica (85 %),
segurança das instalações (82 %) e
suprimento de material de consumo (73%).
No item de assistência técnica foram
considerados o desempenho das duas
empresas fornecedores de equipamentos
(Positivo e Procomp) e do CETE-MEC.
Aqui foi muito elevado o percentual de
respostas nulas com relação à Positivo
(44%). Com relação à Procomp esse índice
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#158
de abstenção foi bem menor (19 %).
Já com relação à assistência técnica do
CETE mais da metade dos entrevistados
(53 %) informaram que ela nunca foi
solicitada.
De qualquer modo, nos casos em que essa
assistência foi prestada predominam as
opiniões positivas. Mas este é um aspecto
que precisa ser aprofundado na segunda
etapa da pesquisa.
O acesso à Internet está disponível para
88% dos técnicos do NTE. Somente 25
técnicos do laboratório (12% do total)
declararam não ter acesso à Internet.
Por outro lado, mais da metade desses
técnicos (55%) avalia de forma positiva
(opções muito boa + boa) as condições de
acesso à Internet. Ainda assim, não se pode
deixar de notar que as classificações “razoável”
e “precária” foram atribuídas, respectivamente,
por 19,1 % e 13,9 % dos respondentes.
O provedor de acesso é predominantemente
estatal (51,2%). Outras alternativas são:
provedores privados - pago (20,7%) ou
gratuito (7,0%) - e próprio (4.2%).
As condições de acesso à rede local
também são avaliadas positivamente pela
maioria (54 %) dos técnicos, embora não
se possa deixar de notar, novamente, que
ainda existem situações identificadas como
“razoável” (9,4%) e “precária” (3,3%).
As condições de segurança da rede são
qualificadas positivamente por 69,1% dos
técnicos.
Em termos de sistemas operacionais, os
técnicos dos NTE informaram que a maioria
dos laboratórios (68,1%) utiliza somente
sistemas operacionais proprietários ou
comerciais. A utilização de ambos
os sistemas foi referida por 28,6% dos
técnicos. O uso exclusivo de sistemas
operacionais livres (gratuitos) é marginal
(3,3%).
Em síntese, na percepção da maioria dos
técnicos, as condições básicas para o
funcionamento do laboratório de
informática, no geral, são favoráveis – em
termos de acesso à Internet e condições da
rede local e da segurança. No entanto, é
preciso atentar para os casos onde as
condições são precárias e onde ainda
não se tem acesso à Internet, o que limita
as possibilidades das ações voltadas para
os objetivos do Proinfo.
Condições de trabalho para suporte
técnico no NTE e às escolas
Em relação aos NTE, as condições de
trabalho para prestação de suporte técnico
são consideradas positivas para 45,5 % dos
técnicos. Mas para um grupo não
desprezível desses técnicos – 39%, essas
condições se classificam entre “razoável”
(18,3%) e “precária” (20,7%).
#159
Nas escolas, em termos comparativos, as
condições de trabalho de suporte técnico
são menos favoráveis. Se nos NTE 45,5 %
dos técnicos classificaram as condições de
trabalho de boas a excelentes, no caso do
trabalho junto às escolas esse percentual
caiu para 22,5%.
2 Os recursos humanos do P2 Os recursos humanos do P2 Os recursos humanos do P2 Os recursos humanos do P2 Os recursos humanos do ProInforoInforoInforoInforoInfo
Os dados sobre qualificação e capacitação
dos recursos humanos do ProInfo, sua
motivação e comprometimento com o
Programa revelam um quadro geral franca-
mente positivo para todas as categorias de
atores - técnicos de informática,
multiplicadores, coordenadores de NTE,
coordenadores de laboratório e professores -
sem diferenças regionais significativas.
Percebe-se que os atores estão motivados
e comprometidos com o Programa.
Nas escolas, as respostas dos professores
indicam que o ProInfo é bem aceito pelo
conjunto dos professores e alunos nas
escolas. Somadas as avaliações “excelente”
e “muito bom”, o nível de aceitação é de
50% ou mais. A mesma freqüência é
observada em relação ao suporte
pedagógico, ao suporte técnico e aos
programas de capacitação proporcionados
pelos NTE.
Os professores também se mostram satis-
feitos com a disponibilidade do laboratório
de informática. Cinqüenta por cento a
consideram de boa para cima. A única
restrição feita é com relação ao acervo de
softwares, livros e equipamentos de apoio,
considerado insuficiente.
Aparentemente não existem problemas
sérios de gestão. A direção das escolas
incentiva o programa e os professores têm
autonomia para planejar o uso da
informática educativa em sala de aula.
Técnicos do NTE
Foram entrevistados 213 técnicos do
laboratório de informática. Eles têm, em
média, 35,5 anos de idade e 2,5 anos de
tempo de trabalho no ProInfo. A maioria
dos técnicos do laboratório tem formação
superior. Cerca de dois terços (66,6 %) dos
entrevistados revelaram possuir formação
de bacharelado, licenciatura curta,
licenciatura plena e de tecnólogo
Ademais, pelo menos 62 % dos técnicos
receberam treinamento específico, em
cursos patrocinados predominantemente
pelo ProInfo (para metade dos técnicos).
O número médio de horas de capacitação foi
de 377 horas, ou seja, de duração
comparável aos cursos de pós-graduação
lato sensu.
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#160
Os resultados da capacitação recebida se
refletem no nível e na natureza da auto-
avaliação das competências individuais. Em
ordem decrescente, as competências
avaliadas com maior freqüência na classe
“muito boa” foram:
• Instalação e configuração de sistemas
operacionais: 34,7%
• Instalação de sistemas e de ferramentas
educacionais: 31,9%
• Instalação e configuração de sistemas
aplicativos: 29,1%
• Edição e formatação eletrônica de
documentos: 28,6%
• Proteção contra vírus e segurança de
dados: 25,4%
• Instalação e configuração de rede local:
25,4%
• Instalação e configuração de ferramen-
tas multimídia: 24,4%
• Identificação de componentes, arquite-
tura: 23,9%
• Resolução de problemas em linguagem
de programação: 23.9%
• Elaboração de apresentações eletrôni-
cas: 23,0%
• Administração e gerência de arquivos e
diretórios: 22,1%
• Manipulação de planilhas de cálculo
eletrônico: 20,2%.
O conteúdo desses cursos foi avaliado de
forma positiva (excelente + muito bom +
bom) por 89 % dos técnicos, com variações
significativas entre as regiões. Por exemplo,
no plano nacional 58,2 % dos técnicos
consideraram esse conteúdo excelente,
percentual que se eleva para 79,7 % no
Sudeste e se reduz para 35 % no Nordeste.
Para a maioria dos técnicos do NTE é clara
a percepção de que a importância do seu
trabalho é reconhecida “plenamente” (para
29 % do seu total) ou “parcialmente”
(para 47,9 % deles). Ademais 62,0% dos
técnicos consideram que o trabalho no NTE
contribui “plenamente” para o próprio
crescimento pessoal.
#161
Multiplicadores
O ProInfo conta atualmente com 1.419
multiplicadores, dos quais o projeto de
avaliação entrevistou 844. Eles têm , em
média, 38,9 anos de idade e 13,2 anos de
experiência em sala de aula.
Dentre os 844 multiplicadores
entrevistados, 85,4% declararam ter
licenciatura plena, valor que se repete, com
pequenas variações, em todas as regiões do
país. Em termos de pós-graduação, 88%
dos multiplicadores são especialistas, com
predomínio da área de informática educativa
(71%). A presença de doutores ou mestres
é marginal.
É de salientar que a maioria dos
multiplicadores declarou que não tinha
experiência em informática antes de partici-
par do ProInfo, (340 multiplicadores ou
40,2 % do total) ou, quando muito,
poderiam ser considerados apenas usuários
iniciantes (329 ou 39,3 %) . Isso significa
que sua capacitação em informática
educativa foi basicamente patrocinada pelo
ProInfo, cujos programas de treinamento
atingiram dois terços dos multiplicadores
(66,7%) e foram avaliados de forma muito
positiva: 47,8% dos multiplicadores
entrevistados assinalaram as opções “exce-
lente” ou “muito boa” para caracterizar a
qualidade dos cursos do ProInfo.
Entre os multiplicadores entrevistados, 90%
estão satisfeitos com o trabalho que reali-
zam, e 87,5% , em todas as regiões do
país, percebem que o próprio trabalho é
reconhecido. Mais de 80 % deles
consideram que sua participação no ProInfo
contribui “plenamente” para o seu desen-
volvimento profissional. E quase todos
caracterizam como “muito importante” o
uso da informática no processo de ensino e
aprendizagem.
Professores
Foram entrevistados 3.541 professores
vinculados ao ProInfo. Predominam
docentes do sexo feminino (77,9%), sem
diferenças regionais significativas. A maioria
dos professores se dedica integralmente ao
magistério, trabalhando principalmente nos
horários diurnos.
Em média, os professores tem 37,5 anos
de idade e 13,2 anos de experiência de
magistério, sendo 7,3 na escola atual.
Cada professor se responsabiliza por 7,5
turmas, lecionando, 28,1 horas semanais
na escola e 34,9 horas no total, incluindo
outras escolas.
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#162
Mais de dois terços, (67.8%) dos professo-
res têm curso superior completo, dos quais
23,8% com pós-graduação, predominante-
mente no nível de especialização. A ocor-
rência de pós-graduação stricto sensu é
marginal.
A maioria (70,4%) recebeu treinamento em
informática educativa, sendo que, sob esse
aspecto, foram observadas variações signifi-
cativas entre as diversas regiões do país.
A experiência com informática no ensino,
na média, não supera 2,8 anos, ou seja, a
experiência começou, em grande parte,
com o ProInfo.
Para aferir a qualidade dos cursos
ministrados solicitou-se a opinião dos
Coordenadores dos NTE, que, em sua
totalidade, os classificaram como
excelentes, muito bons ou bons (ignorando
a opção “ruim”). O Centro-Oeste apresentou
o maior percentual regional de categoria
“excelente”: 43,5%. As maiores reticências
quanto à qualidade da capacitação dos
professores ocorrem no Norte e Nordeste.
Segundo o julgamento dos próprios profes-
sores, as atividades em relação às quais
eles se consideram mais competentes no
uso do computador são:
• Edição e formatação eletrônica de
documentos (34,71%);
• Jogos e entretenimento (34,7%);
• Preparação e correção de provas e testes
(33,8%);
• Uso dos serviços de rede e internet
(27,8%);
• Manipulação e planilha de cálculo
eletrônico (16%);
• Instalação básica e configuração do
computador (15,1%).
Os professores utilizam a informática
principalmente para:
• Prática pedagógica da própria disciplina:
48,0%
• Com disciplinas integradas: 20,2%
• Com temas transversais: 15,7%
• Produção de material didático: 30,4%
• Planejamento e gerenciamento do
projeto pedagógico: 16,6%.
#163
Em menor proporção são indicadas as
habilidades para resolução de problemas
usando linguagem de programação (4,1%),
instalação e uso de sistemas gratuitos e
plataformas abertas (3,9%) e
desenvolvimento de documentos,
hipertextos e homepages (7,3%).
As atividades relacionadas com o uso do
computador são desenvolvidas tanto na
escola (48,3%), como em casa (43,1%).
Isso confirma que um grande número de
professores dispõe de computadores em
casa, e indica o comprometimento dos
docentes com a informática educativa.
O uso do computador em casa é mais
freqüente nos estados do Sul (51,1%) e do
Sudeste (59,3%).
Entre os 3.542 professores entrevistados,
merece relevo o fato de que. enquanto
apenas 58% deles usavam o computador
antes de participar do ProInfo (Tabela 7.34),
hoje 85% são propagandistas da
informática e buscam incentivar seu uso
entre os colegas. Mesmo no Nordeste, onde
a freqüência da atividade missionária em
prol do computador é a menor do país, ela
atinge 79% dos professores.
Alunos
Normalmente os alunos são considerados
como o objeto - no sentido de finalidade -
do processo educacional ou, como preferem
os adeptos do marketing educacional, ele
seria o cliente. Embora bastante comum,
essa é uma visão limitada, se não
deformada, do processo educacional.
Com efeito, o aluno é o sujeito do processo
pedagógico, visto ser ele o gerador da
própria educação. Se no processo
educacional existe um cliente, este não é o
aluno, mas a sociedade para a qual ele se
destina. Dessa forma, o aluno se torna um
recurso, no sentido de que o processo
educacional se serve dele para moldar um
cidadão para a sociedade.
Foram entrevistados também 5.366 alunos,
dos quais pouco mais da metade (52,9%) é
do sexo feminino. A idade média gira em
torno de 14,5 anos, com cerca de dois
terços dos entrevistados cursando as oito
séries do curso fundamental e um terço
fazendo o curso médio. Predominam alunos
dos cursos regulares (91,0 %), nos turnos
matutino (47,7%) e vespertino (41,2%).
Pouco mais de um quinto (22 %) dos
alunos têm computador em casa (e, des-
ses, a metade está ligada na internet, que é
utilizada principalmente para fazer pesquisa,
bate-papo e enviar e-mail).
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#164
Desempenho e relacionamento
Não foram identificados problemas
significativos no relacionamento pessoal ou
profissional entre os diretores de escolas, os
coordenadores dos NTE e os técnicos,
multiplicadores e professores envolvidos no
Programa.
Em resumo: o ProInfo conta com um corpo
de técnicos, multiplicadores e professores
altamente qualificados, motivados e com-
prometidos com o Programa.
3 As escolas do P3 As escolas do P3 As escolas do P3 As escolas do P3 As escolas do ProInforoInforoInforoInforoInfo
Foram avaliadas as condições de 551
escolas do ProInfo e em particular dos seus
laboratórios de informática, do ponto de
vista dos objetivos e do desempenho do
Programa.
A escola típica do ProInfo (86,4%) funciona
nos turnos diurno e noturno. Embora o foco
do programa seja a educação básica, um
grande número de escolas combina ensino
fundamental e ensino médio.
As escolas são dotadas de um laboratório de
informática, instalado em sala de uso
exclusivo, isto é, não compartilhada com
outros programas educacionais. Em média
a área útil dos laboratórios é de 50 m2.
A avaliação do espaço físico do laboratório é
francamente positiva, tanto por parte dos
diretores quanto dos coordenadores do
laboratório. Somando as avaliações “exce-
lente”, “muito boa” e “boa”, atribuídas pelos
diretores, chega-se a um índice de aprova-
ção da infra-estrutura físicainfra-estrutura físicainfra-estrutura físicainfra-estrutura físicainfra-estrutura física de 91,6%. A
opinião dos coordenadores de informática
sobre o espaço físico do laboratório não se
diferencia significativamente da dos direto-
res. Por outro lado, é satisfatória a disponibi-
lidade de uso dessa infra-estrutura, segun-
do a opinião dos professores. Efetivamente,
as menções positivas (excelente, muito boa
e boa) foram dadas por 67,70% dos docen-
tes. Apenas 10,7% deles apontaram defici-
ências sob esse aspecto e somente 4,6%
responderam que não têm acesso ao
laboratório.
Os coordenadores de informática também
avaliaram a infra-estrutura tecnológicainfra-estrutura tecnológicainfra-estrutura tecnológicainfra-estrutura tecnológicainfra-estrutura tecnológica dos
laboratórios, considerando os aspectos de
rede elétrica, rede local, equipamentos de
informática, licença para uso de software,
condições físicas de trabalho, segurança e
assistência técnica de fornecedores de
equipamentos.
#165
De um modo geral, enquanto os itens de
investimento - rede elétrica, rede local,
equipamentos, condições de trabalho e de
segurança - registraram elevados índices de
aprovação, o mesmo não ocorreu no que
diz respeito a itens de suprimentos, disponi-
bilidade de licenças para uso de softwares e
prestação de assistência técnica, onde a
aprovação é menor ou são apontadas
deficiências. Vale destacar que a infra-
estrutura de equipamentos de informática
foi avaliada positivamente (excelente, muito
boa e boa) por 90,9% dos coordenadores de
informática em todo o país.
O balanço geral da infra-estrutura dos
laboratórios do ProInfo, tanto do ponto de
vista físico como tecnológico, é claramente
favorável e apresenta um quadro significati-
vamente homogêneo em todo o território
nacional.
4 A dimensão pedagógica4 A dimensão pedagógica4 A dimensão pedagógica4 A dimensão pedagógica4 A dimensão pedagógica
O Proinfo é, essencialmente, um projeto
educativo. Embora a dimensão pedagógica
perpasse todo o sistema ProInfo, ela é vista
aqui separadamente, por uma questão de
método e estratégia de análise, tendo em
vista tentar avaliar os impactos que as ações
do Programa geraram, de modo especial,
sobre o desempenho de professores e
alunos no processo educacional.
Com efeito, a questão fundamental está em
saber: a) como está sendo usado o compu-
tador na sala de aula e qual a receptividade
ao programa da parte de professores,
alunos e comunidade local, b) que impactos
teve o programa sob a forma de mudanças
na sala de aula; e c) que resultados podem
ser identificados em termos de melhorias no
processo de ensino-aprendizagem.
Uso da informática nas escolas
Os professores utilizam a informática
principalmente para atividades diretamente
vinculadas à sala de aula, e, em menor
intensidade para produção e avaliação de
software educacional. O quadro se repete,
sem alterações significativas, em todas as
regiões do país.
A utilização do computador é consistente
com as habilidades para as quais os profes-
sores se julgam mais capacitados, com
ênfase na edição e formatação eletrônica de
documentos, jogos e entretenimento,
preparação e correção de provas e testes,
uso de serviços de rede e internet e mani-
pulação e planilhas de cálculo e multimídia.
O uso do computador é mais freqüente nas
aulas de Língua Portuguesa, Matemática,
Geografia e História. Coincidentemente,
essas são também as disciplinas com maior
número de professores.
As novas aquisições técnicas proporcionadas
pelo ProInfo com o uso da informática
educativa têm amplo respaldo entre profes-
sores, alunos e na comunidade local, como
o atesta o nível de receptividade do
Programa. Nos três segmentos, a aceitação
do programa nas classificações “muito boa”
e “excelente” supera os 40%. Casos de
aceitação “ruim” não ultrapassam 5,0 %.
Os professores, em sua maioria, são recepti-
vos ao ProInfo. A aceitação do Programa é
considerada mais como “boa” (34,3%), do
que “muito boa” (28,1%) ou “excelente”
(21,7%). As avaliações conjuntas de
“razoável” (10,8%) e “ruim” (2,3%),
somam apenas 13,1%.
Dentro das regiões geográficas, as avalia-
ções menos positivas, como no caso do
“razoável”, são mais freqüentes no Nordeste
– 39,1% - e mais raras no Sul - 8.1% -,
uma variação a considerar. Já no caso das
avaliações positivas, por exemplo, a catego-
ria “excelente” ocorre com mais freqüência
no Sul - 26,3% e é mais rara no Nordeste -
14,1%. Entre os professores, o grau de
receptividade do ProInfo no Sul tende a ser
quase o dobro da receptividade no Nordeste.
Para os professores, a contribuição do
Proinfo para a disseminação da cultura de
informática na Escola, é descrita como
“muito importante” (60.0%). Sob o ponto
de vista regional, continua o Nordeste como
a região onde a ação do ProInfo recebeu
menor freqüência de menções “muito
importante” (49,4%).
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#166
Na opinião dos 3.541 professores
pesquisados, a aceitação do Proinfo no
grupo dos alunos é considerada mais como
“excelente” (29,3%) do que “muito boa”
(28,4%) ou “boa” (27,6%). As avaliações
conjuntas de “razoável” (8,1%) e “ruim”
(1,9%), somam somente 10%.
Como se trata da avaliação dos professores
quanto à percepção dos alunos, é razoável
supor algum paralelismo entre as duas
avaliações, porque é suposto que a percepção
do professor sobre o ProInfo influencie o juízo
sobre a aceitação do ProInfo pelos alunos.
Em termos regionais, a aceitação do
Programa é considerada “excelente” de
forma mais intensa no Sul, com 38% das
menções, do que no Nordeste, onde esse
percentual é de 21,3%. A situação é
logicamente invertida quando se considera
a classificação “razoável” que corresponde no
Nordeste a 13,6% e no Sul a 5,2%.
No que diz respeito à aceitação do Proinfo
pela comunidade local, percebe-se, pela
tabela 8.7, que ela é considerada mais
como “boa” (33,2%) do que “muito boa”
(23,6%) ou “excelente” (16,9%).
A receptividade na comunidade local é
menos entusiasmada do que na comunida-
de escolar.
É para se notar que, no Sul, para os três
segmentos, tanto o índice aceitação mais
alto (“excelente”), em torno de 30%,
quanto o nível de rejeição (nível de
aceitação “ruim”), em torno dos 5%,
situam-se entre os maiores do país.
Mudanças na sala de aula e na gestão
escolar
O uso do computador induz importantes
mudanças na sala de aula em termos de
forma de atuação dos professores e
alterações na disciplina, comportamento e
interesse dos alunos e na qualidade dos
seus trabalho, além de incentivar melhora-
mentos na gestão escolar.
A maioria dos diretores de escolas entrevis-
tados reconheceu que, em função das
atividades do laboratório, foram provocadas
mudanças na gestão escolar, sob a forma
de reorientação pedagógica (67,9 %),
reorganização física (52,8 %) e alterações
do planejamento educacional (67,9 %) e da
rotina escolar (61 %).
Em menor escala (em torno de 40 %)
foram indicados reforma de currículos e
mudança na avaliação educacional.
#167
Os diretores de escolas registraram
também os impactos positivos do uso da
informática na comunidade escolar
principalmente no tocante ao aumento de
motivação de professores e alunos, e,
embora em grau menor, à redução da
evasão e do abandono.
Por sua vez, os 3.541 professores
entrevistados, em 73,5% dos casos, consta-
taram melhoria no índice de desempenho
dos alunos. Igualmente, os professores de
todas as regiões geográficas fazem coro
com os diretores, atestando que o uso do
computador reduz a evasão escolar (30,3%
dos diretores e 35,6% dos professores
assinalaram esse efeito).
A maioria dos professores registrou
melhoras na qualidade dos trabalhos dos
alunos e aumento de seu interesse pelas
aulas do laboratório, pela pesquisa em
diversas fontes, pela ciência e tecnologia e
pela informação e conhecimento. Em
menor escala (47,9 %) foi anotado o
aumento de interesse por questões sociais.
Da mesma forma que diretores e professores
concordam em afirmar que o uso da
informática educativa aumenta a motivação
dos alunos, estes, por sua vez, corroboram a
assertiva. Efetivamente, 65,7% dos 5.366
alunos entrevistados no país afirmam que as
aulas ficaram “mais interessantes” depois
que os professores começaram a usar o
computador; poucos (7,4%) não sentiram
diferença; um pequeno grupo (4,6%) achou
as aulas mais fáceis.
Cumpre salientar que, sem diferenças
regionais significativas, a quase totalidade
dos alunos entrevistados (97,2%) entende
que as aulas seriam melhores se os
professores utilizassem o computador.
Por ordem decrescente, são estas as
disciplinas preferidas pelos alunos para uso
do computador: Língua Portuguesa,
Informática, História, Geografia e
Matemática.
Melhoria do processo de ensino-
aprendizagem
As melhorias do processo de ensino-apren-
dizagem podem ser identificadas a partir da
elevação do rendimento escolar e do desen-
volvimento de competências, habilidades e
atitudes que são importantes para a
formação dos alunos
R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O
#168
De imediato deve ser ressaltado que a
maioria (63,3%) dos professores no país
entende que o uso do computador trouxe
melhoria do rendimento escolar nas discipli-
nas que ministram. Somente 14,6%
admitem que “não houve alteração”
Esse padrão de avaliação está difundido em
todo o território nacional, mas os efeitos são
menos sentidos no Nordeste. Mesmo
assim, 54,2% dos professores da região
concordam que o rendimento escolar
melhorou com o uso do computador
Foi pesquisada também a contribuição do
computador para o desenvolvimento de
onze tipos de comportamento que
caracterizassem competências, habilidades
e atitudes dos alunos. O quadro geral
mostra que a contribuição do computador
para o desenvolvimento dos alunos é alta e
benéfica. A maioria dos professores
entrevistados entende que o computador
contribui muito para o desenvolvimento da
curiosidade e observação, da criatividade e
inovação, do trabalho em equipe, da leitura,
da investigação e experimentação e, em
menor escala (mas ainda numa faixa de 50
a 63 % dos professores entrevistados) para
a organização e estruturação do pensamen-
to, para a escrita, para o raciocínio lógico-
matemático, para a identificação e solução
de problemas, e para a compreensão de
conceitos abstratos.
Em síntese: a despeito do tempo
relativamente curto de implementação do
ProInfo e do caráter preliminar desta avalia-
ção, existem múltiplas indicações – e todas
na mesma direção – de que o Programa
vem alcançando razoável sucesso, não
apenas em termos da realização de suas
metas operacionais de curto prazo como no
tocante aos seus objetivos finalísticos de
mais longo prazo
#169
PPPPProInfo:roInfo:roInfo:roInfo:roInfo:
Ministério da Educação - MECSecretaria de Educação a Distância - SEED
Programa Nacional de Informática na Educação - ProInfoPrograma Nacional de Informática na Educação - ProInfoPrograma Nacional de Informática na Educação - ProInfoPrograma Nacional de Informática na Educação - ProInfoPrograma Nacional de Informática na Educação - ProInfoEsplanada dos Ministérios Bloco L Sobreloja Sala 123
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2002
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