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RESUMO
As organizações que antes se preocupavam e exerciam apenas ações filantrópicas, perceberam o quanto é importante até por uma questão estratégica e de sobrevivência, realizar a responsabilidade social dentro da organização. O objetivo desse projeto de pesquisa é evidenciar a importância das ações sociais na empresa, que hoje devem ser vistas como uma forma inovadora e criativa no cenário empresarial brasileiro, pois problemas sociais deixaram de ser apenas responsabilidade do governo, integrando à iniciativa privada.
Palavras-chave: Responsabilidade Social. Ética empresarial. Interesse competitivo. Stakeholders.
ABSTRACT
The social organizations that used to concern and exert philanthropic actions, realized how important it is even as strategy to survive, perform a social responsibility in the living context of the group. This project's main goal is to point the social actions importance to the company/firm, which should be seen as a innovator and creative scenario for the Brazilian business since the social problems left the government's responsibility behind, composing then the private context.
Keyworlds: Social Responsibility. Business Ethics. Compepetitive interest. Stakeholders.
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SUMÁRIO
RESUMO
1. O PROBLEMA 4
1.1. Introdução 4
1.2. Delimitação do estudo e formulação do problema de pesquisa 4
1.3. Objetivos 5
1.3.1. Objetivo Geral 5
1.3.2. Objetivos Específicos 5
1.4. Suposições 5
1.5. Relevância do Estudo 6
1.6. Definição dos termos 7
2. REFERENCIAL TEÓRICO 8
2.1. Da Responsabilidade social 8
2.2. Do surgimento da Responsabilidade Social 9
2.3. Da Responsabilidade Social com interesse competitivo 9
2.4. Da Responsabilidade Social como postura ética 10
3. METODOLOGIA 13
3.1. Tipo de pesquisa 13
3.2. Universo e amostra 13
3.3. Coleta de Dados 14
3.4. Tratamento dos Dados 14
3.5. Limitações do método 15
4. CRONOGRAMA 16
5. REFERÊNCIAS 17
ANEXOS 18
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1. O PROBLEMA
1.1. Introdução
A partir das mudanças estruturais da sociedade, do aumento ininterrupto da
competitividade, as forças sociais, políticas e econômicas encorajam as empresas a terem
medidas cada vez mais corretas e inovadoras, exemplo disso, são produtos produzidos de
forma reciclável e responsável, o que atinge sua reputação e desempenho financeiro.
Nosso projeto objetiva esclarecer diferenças entre aquelas empresas que agem de
forma realmente ética das que se aproveitam desse método como uma estratégia empresarial,
já que o tema de empresa cidadã virou “moda”, a qual além de trazer uma posição de destaque
frente aos concorrentes proporciona benefícios e ganhos na produtividade.
É essencial que sejam feitas políticas que possam padronizar e questionar os
verdadeiros propósitos de algumas empresas, visando à proteção daquelas que seguem
corretamente as leis e trabalham em prol disso.
O termo Responsabilidade Social ganha espaço e destaque na mídia, composições
estratégicas das empresas, nos relatórios exigidos anualmente, em web sites e no próprio
diálogo entre os stakeholders.
Veremos no decorrer deste projeto, opiniões, explicações e sugestões, com a finalidade
de explicitar e explicar, o que verdadeiramente acontece dentro das empresas, a
Responsabilidade Social como uma postura ética ou interesse competitivo?
1.2. Delimitação do Estudo e Formulação do Problema de Pesquisa
O estudo, ora em projeto, pretende abordar, à luz dos princípios éticos que norteiam a
nossa sociedade, a responsabilidade social (RS) nas empresas. Para conseguirmos tal feito,
fixar-se-á atenção na questão da configuração da responsabilidade ou como uma postura ética,
ou apenas interesse competitivo. Analisar-se-á, portanto, todo o projeto social das empresas
abordadas bem como os fundamentos teóricos que caracterizarão cada projeto.
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Restringiremos nosso estudo às duas caracterizações existentes no problema de
pesquisa, apesar de estarmos cientes que são estados antônimos, e que existem situações que
possam se enquadrar entre eles, mas nenhuma situação fugirá dos nossos parâmetros.
Para logramos o resultado desejado é importante fazer considerações acerca da RS,
desde da sua origem até a sua abordagem atual.
O problema de pesquisa:
Responsabilidade Social nas empresas como uma postura ética ou interesse
competitivo?
1.3. Objetivos
1.3.1. Objetivo Geral
Desenvolver parâmetros para o consumidor final não ser vítima de
empresas que não respeitem os direitos sociais.
1.3.2. Objetivos Específicos
Analisar os projetos de RS das empresas;
Classificar os projetos de RS;
Investigar a correspondência dos feitos publicados com a realidade;
Identificar o nível de envolvimento da empresa om o projeto.
1.4. Suposições
De acordo com a nossa problemática elencamos as seguintes hipóteses:
Se uma empresa nacionalmente conhecida se utiliza da RS apenas como um
interesse competitivo, o nível de envolvimento da empresa com o projeto
social será baixo, e este só importará para o diretor de Marketing construir sua
próxima campanha publicitária;
Porém se uma empresa realmente emprega parte de sua receita com a
finalidade de manter uma relação ideal com seus stakeholders, temos a
configuração de uma empresa ética, que agrega valores à sociedade com seu
projeto social.
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1.5. Relevância do Estudo
No mundo empresarial hodierno presenciamos várias campanhas publicitárias que
mostram o “lado social” da empresa, mas até que ponto esta responsabilidade social é idônea?
Será que surte um efeito real na sociedade, ou as empresas só mantêm um belo programa
social, com metas de grande valor apenas, para constituir material publicitário?
Há empresas que formulam códigos de ética e de respeito ao meio ambiente, mas será
que este é fielmente respeitado? Ou apenas serve como instrumento para a empresa figurar
entre o hall das socialmente responsáveis?
Esses questionamentos se fazem presentes em grande parte dos consumidores finais,
que optam por um produto de uma empresa socialmente responsável, e estão até dispostos a
desembolsar uma quantia maior para tal aquisição, mas não possuem a certeza de que as
empresas realmente cumprem o que lhes promete, ou promete à sociedade.
Sabemos que estamos vivendo a dimensão dos direitos coletivos, também chamados
de direitos de solidariedade ou fraternidade1, que é quando a sociedade deixa de pensar no
indivíduo e passa a pensar na coletividade, por isso as empresas estão enfatizando os seus
projetos sociais. Segundo Daineze2 (p.11) essa mudança nos valores das organizações serão
impulsionadas sobretudo pela sociedade, que passa a fiscalizar e a cobrar uma postura
transparente e íntegra das empresas. Para satisfazer às cobranças elas elaboram um projeto de
RS, porém muitas não cumprem todos os objetivos elencados.
Diante deste cenário é imprescindível fornecer ao consumidor parâmetros para confiar
ou não nas empresas; analisar o projeto de grandes empresas é um começo para ajudar na
fiscalização do consumidor; criando parâmetros para as demais.
1.6. Definição dos termos
1 Vasak, Karel; apud Bulos, Uadi Lamego. Constituição Federal Anotada. São Paulo: Saraiva, 2007. P. 104.2 DAINEZE, Marina do Amaral. Códigos de Ética Empresarial e as Relações da Organização com seus Públicos. [S.I.] [200-?], p. 11.
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Responsabilidade social - segundo Toro e Hoyos (1998) a responsabilidade
social é o compromisso da empresa em contribuir com o desenvolvimento, o
bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos empregados, suas famílias e a
comunidade em geral3;
Postura ética - a postura, o comportamento, da empresa de acordo com os
princípios da ética empresarial que foi perfeitamente definida por Moreira4
(1999, p. 28) como sendo:
o comportamento da empresa - entidade lucrativa - quando ela age
de conformidade com os princípios morais e as regras do bem
proceder aceitas pela coletividade (regras éticas);
Interesse competitivo – um interesse agregado ao original, que para as
organizações empresariais em sua maioria é o lucro, para competir em
condições de igualdade com as demais empresas;
Stakeholders - Para Grunig e Hunt5 (1984, p. 12) um stakeholder seria
"qualquer indivíduo ou grupo que pode afetar a organização ou que é afetado
por suas ações, políticas, práticas ou resultados"; em geral são clientes,
fornecedores, governo, mídia, funcionários, acionistas, comunidade,
distribuidores, universidades e entidades de classe6.
3 Toro e Hoyos (1998) apud, Melo Neto e Fróes, 1999, p. 184 MOREIRA, Joaquim Magalhães. A ética empresarial no Brasil. São Paulo: Pioneira, 1999, p. 28.5 GRUNIG, James E. & HUNT, Todd. apud DAINEZE, Marina do Amaral. Códigos de Ética Empresarial e as Relações da Organização com seus Públicos. [S.I.] [200-?], p. 10.6 DAINEZE, Marina do Amaral. Códigos de Ética Empresarial e as Relações da Organização com seus Públicos. [S.I.] [200-?], p. 10.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Da Responsabilidade social
Segundo Emerson Kapaz7 do Instituto Ethos, Responsabilidade Social nas empresas,
significa uma visão empreendedora mais preocupada com o entorno social em que a empresa
está inserida, ou seja, sem deixar de se preocupar com a necessidade de geração de lucro, mas
colocando-o não como um fim em si mesmo, mas sim como um meio para se atingir um
desenvolvimento sustentável e com mais qualidade de vida.
O Instituo Ethos8 conceitua a RS como:
a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.
A maneira como as empresas realizam seus negócios define seu nível de Responsabilidade
Social Empresarial. O conceito da RS está relacionado com a ética e a transparência na gestão
dos negócios e deve refletir-se nas decisões cotidianas que podem causar impactos na
sociedade, no meio ambiente e no futuro dos próprios negócios. A falta de transparência na
condução dos negócios pode prejudicar não só clientes e consumidores, mas também a
própria empresa. Se ela sonega, por exemplo, uma informação importante sobre seus produtos
e serviços, poderá ser responsabilizada, mais tarde, por omissão.
A RS pode ser representada como um tema cada vez mais importante no comportamento
das organizações, exercendo impactos nos objetivos, estratégias e no próprio significado da
empresa. Procura trazer alguma contribuição no sentido de uma melhor compreensão da
importância desta estratégia e dos benefícios que a mesma pode trazer para a corporação,
quando aplicada corretamente.
7 KAPAZ, Emerson; KRIGSNER, Miguel. O que é Responsabilidade social? Curitiba, 2004. Entrevista concedida a Fernando Mendoça. Disponível em: <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_fae_business/n9/01_rs.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2010.8 Disponível em: <http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/29/o_que_e_rse/o_que_e_rse.aspx>. Acesso em: 05 jun. 2010.
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2.2. Do surgimento da Responsabilidade Social
As empresas dos Estados Unidos foram as primeiras a prestarem conta ao público de
suas ações sociais, porque o consumidor americano assumiu a postura ativa de cobrar das
empresas essas ações sociais antes dos demais, surgindo, aí, a idéia de balanço social. Mas,
foi à França que tornou obrigatória a prestação de contas dos investimentos sociais das
empresas que tivessem um número de funcionários acima de 300. A partir de então, surgiu no
mundo empresarial o tema responsabilidade social.
No Brasil, a responsabilidade social surgiu com a criação da Associação dos
Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE) no ano de 1960, que reconheceu a função social da
empresa associada (tinha como base a conscientização dos seus integrantes de que empresas
não devem produzir apenas bens e serviços, mas também ter uma função social para melhoria
dos trabalhadores e da comunidade em geral), o que demonstra um avanço na mentalidade
empresarial, mas, o auge foi na década de 70, por merecimento de destaque como ponto
central do Segundo Encontro Nacional de Dirigentes de Empresas.
Os anos 90 foram marcados pela consolidação da mudança do discurso e do
comportamento das empresas no Brasil, sendo notada como um incremento das acões sociais
e ambientais realizadas pelo setor privado, bem como o surgimento e o fortalecimento de
diversas instituições privadas, de interesse público, ligadas ao meio empresarial. Frisando que
nem todos possuem os mesmos objetivos e que estes estão ligados a melhor das intenções.
2.3. Da Responsabilidade Social com interesse competitivo
A Responsabilidade Social Empresarial tornou-se um fator de competitividade para os
negócios. No passado, o que identificava uma empresa competitiva era basicamente o preço
de seus produtos. Depois, chegou à onda da qualidade, mas ainda focada nos produtos e
serviços. Hoje, as empresas devem investir no permanente aperfeiçoamento de suas relações
com todos os públicos dos quais dependem e com os quais se relacionam: Clientes,
fornecedores, empregados, parceiros e colaboradores. Isso inclui também a comunidade na
qual atua o governo, sem perder de vista a sociedade em geral, que construímos a cada dia.
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Assim se expressa Srour9 com relação a essa questão:
É importante assinalar que a estreiteza de horizontes pode custar caro às empresas que, num ambiente competitivo, se comportam como se fossem empreendimentos piratas, apenas movidos por uma visão imediatista. Porque, enquanto houver um mercado aberto e um ambiente político liberal, as empresas ficam sob o fogo cerrado da vigilância da sociedade civil. Mais ainda: seus investimentos exigem longa maturação, reputação de marca, ocupação de um espaço empresarial particular que depende da competência técnica e da utilidade pública. Nestas precisas condições, a lógica da acumulação do capital continua pontificando, é claro, sem o quê o sistema deixaria de ser capitalista. Mas a esta lógica adiciona-se uma extraordinária têmpera: a responsabilidade social.
Fabricar produtos ou prestar serviços que não degradem o meio ambiente, promover a
inclusão social e participar do desenvolvimento da comunidade de que fazem parte, entre
outras iniciativas, são diferenciais cada vez mais importantes para as empresas na conquista
de novos consumidores ou clientes pelo retorno que traz, em termos de reconhecimento
(imagem) e melhores condições de competir no mercado, além de contribuir substancialmente
para o futuro do país, o movimento da Responsabilidade Social Empresarial vem crescendo
consideravelmente no Brasil.
O negócio baseado em princípios socialmente responsáveis não só cumpre suas
obrigações legais como vai além. Tem por premissa relações ética e transparente, e assim
ganha condições de manter o seu melhor relacionamento, ou seja, quem aposta em
responsabilidade e diálogo vem conquistando mais clientes e o respeito da sociedade.
2.4. Da Responsabilidade Social como postura ética
A empresa que adota a política da responsabilidade social trabalha com políticas
sociais e adotam uma visão estratégica de negócios transparente e honesta com todos aqueles
que possuem algum tipo de relacionamento direto com a mesma, quer seja colaborador,
cliente ou fornecedor. De um modo mais simples, podemos dizer que a ética nos negócios
ocorre quando as decisões de interesse de determinada empresa também respeitam o direito,
os valores e os interesses de todos aqueles que, de uma forma ou de outra, são por elas
afetados.
O Instituto Ethos10 diz que:
9 SROUR, Robert Henry.apud DAINEZE, Marina do Amaral. Códigos de Ética Empresarial e as Relações da Organização com seus Públicos. [S.I.] [200-?], p. 10.10 Disponível em: < http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3344&Alias=Ethos&Lang>. Acesso em: 05 jun. 2010
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A ética é a base da responsabilidade social, expressa nos princípios e valores adotados pela organização. Não há responsabilidade social sem ética nos negócios. Não adianta uma empresa pagar mal seus funcionários, corromper a área de compras de seus clientes, pagar propinas a fiscais do governo e, ao mesmo tempo, desenvolver programas voltados a entidades sociais da comunidade. Essa postura não condiz com uma empresa que quer trilhar um caminho de responsabilidade social. É importante haver coerência entre ação e discurso.
Daineze11 (p. 13) ainda acrescenta que:
Há outro aspecto importante a ser destacado com relação à questão da legalidade e legitimidade das ações praticadas pelas organizações. A empresa legal é aquela que observa e cumpre a lei em todos os seus aspectos. A empresa legítima é aquela cujas ações são legitimadas pela sociedade, sendo reconhecidas como positivas e responsáveis. Na verdade, cumprir a lei já é uma base de responsabilidade social. Porém espera-se das empresas muito mais do que o cumprimento dos aspectos legais; espera-se uma postura legítima. As empresas têm de ser percebidas como uma parte ativa do contexto sócio-econômico que assume compromissos e responsabilidades com a sociedade.
No ano de 1999 a Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil
(ADVB) mostrou que é crescente o numero de empresas que investem em projetos sociais
contando com a colaboração dos seus funcionários. A pesquisa ainda nos revela ainda que 33
% de um total de 810 empresas pesquisadas acreditam que tais ações têm contribuído para
melhorar a sua imagem junto aos consumidores e que 79 % delas têm planos de investir em
projetos no terceiro setor (Robson Santarém, 2000)12.
É crescente o movimento pela ética e responsabilidade social das empresas. Eventos
nacionais e internacionais com o objetivo de discutir conceitos, práticas e indicadores que
possam efetivamente definir uma empresa como empresa cidadã estão acontecendo
frequentemente no cenário atual. Diante do quadro de pobreza, dos sérios problemas que
vivemos em termos de educação, saúde, desemprego, violência e de ações que destroem o
nosso ecossistema, é bastante salutar que as organizações assumam o seu papel social e
contribuam eficazmente para o desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida
no planeta. E que através deste movimento e do exemplo dos seus líderes contribuam para
resgatar a ética no relacionamento humano e nos negócios.
Para atrair os consumidores, as empresas, cada vez mais, procuram agregar valores aos
seus produtos e/ou serviços, como forma de criar diferenciais competitivos e alcançar maiores
fatias no mercado. Entre os valores mais comuns podem ser citadas a qualidade, segurança e a
comodidade, características que fazem os consumidores identificarem, rapidamente, uma 11 DAINEZE, Marina do Amaral. Códigos de Ética Empresarial e as Relações da Organização com seus Públicos. [S.I.] [200-?], p. 13.12 SANTARÉM , Robson. Ética e Responsabilidade Social. Revista Brazilian Business, Rio de Janeiro, n. 148, 2000. Disponível em: <http://www.golfinho.com.br/diversos/leitores/etica.htm>. Acesso em 05 jun. 2010.
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marca específica. Atualmente, entretanto, muitas empresas estão associando os valores éticos
às suas marcas. Não que a ética estivesse ausente no ambiente empresarial, mas é inegável
que sempre ocupou uma posição secundária, em razão, sobretudo, do sistema capitalista.
Diante dos sérios problemas que vivemos em termos de educação, saúde, desemprego,
violência e de ações que destroem o nosso ecossistema, é muito importante que as
organizações assumam o seu papel social e contribuam para o desenvolvimento sustentável e
para a melhoria da qualidade de vida no planeta.
Há pouco tempo, existia uma visão limitada de difícil aceitação sobre o conceito
responsabilidade social nos meios empresarias brasileiros, que tinham a tendência a funcionar
de acordo com traços culturais de oportunismo. No entanto pesquisas e noticiários apontam
outra realidade. Há uma preocupação crescente das empresas com a responsabilidades social
fazendo nascer uma nova mentalidade empresarial; uma mentalidade que valoriza a cultura de
uma boa conduta empresarial para a qual eficiência e lucro podem ser combinados com
valores, cidadania, preservação ambiental e ética nos negócios.
Surgindo assim, uma nova conscientização dos líderes de empresas, nos profissionais que
prezam a ética em seus negócios, e nos cidadãos que querem consumir com a certeza de que
estão contribuindo com uma boa causa. Neste aspecto todos ganham; a empresa, seus
colaboradores e acionistas, clientes e fornecedores e a comunidade onde está inserida.
Por mais que essas práticas de Responsabilidade Social envolvendo a ética estejam sendo
cada vez mais usadas, há muito o que se investir no desenvolvimento desses valores nas
empresas, pois ainda são poucas as empresas que têm uma visão ética de ações solidárias, que
priorizem a relações dos todos os seus stakeholders ao lucro.
O Instituto Ethos13 ainda complementa que:
A responsabilidade social é um processo que nunca se esgota. Não dá para dizer que uma empresa chegou ao limite de sua responsabilidade social, pois sempre há algo a fazer. O primeiro passo é uma auto-avaliação que possa indicar em que pontos é necessário melhorar as políticas e práticas da empresa e, a partir daí, estabelecer um cronograma de ações que devem ser realizadas. É um processo educativo que evolui com o tempo.
3. METODOLOGIA
13 Disponível em: < http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3344&Alias=Ethos&Lang>. Acesso em: 05 jun. 2010
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3.1. Tipo de pesquisa
A finalidade do presente do projeto de pesquisa é de natureza descritiva, iremos
através de uma análise de dados constatar o comportamento das empresas perante à nossa
problemática.
Quanto aos meios de investigação, utilizaremos o método da pesquisa de campo, onde
iremos as nossas empresas pesquisadas coletar as informações; poderíamos dizer que
planejamos fazer dez estudos de caso, devido a redução de nossa amostra perante o
universo; porém preferimos utilizar a terminologia de pesquisa de campo.
O principal meio de investigação será a investigação documental, e a bibliográfica;
onde acrescentaremos as respostas do questionário, os dados encontrados em revistas,
jornais, nos próprios projetos de RS.
3.2. Universo e amostra
O Universo de nossa pesquisa seriam todas as pessoas jurídicas de direito privado que
detêm algum projeto, ou ação de Responsabilidade Social. A nossa amostra foi escolhida não
foi escolhida de forma probabilística, a determinamos de acordo com um critério objetivo de
empresas brasileiras listadas no Índice IBOVESPA, portanto nossa equipe escolheu o índice
IBRX – 50, por ter apenas empresas brasileiras. Sua carteira completa pode ser encontrada em
anexo, porém dentre as 50 empresas listadas escolhemos pelo critério das que possuem a
maior participação no mesmo:
Petrobrás;
Vale;
Bradesco;
Ambev;
Siderúrgica Nacional;
Gerdau;
BRF Foods;
Usiminas;
Cemig;
Redecard.
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3.3. Coleta de Dados
Nossa pesquisa será feita de forma qualitativa, através de um questionário aberto do
Instituto Ethos, que pode ser encontrado no website do Instituto14, enviado aos diretores de
dez empresas e de forma transversal.
Escolhemos esse questionário por ser reconhecido e revisado, possuir credibilidade no
mercado e ser elaborado por especialistas, já que pretendemos passar a informação da forma
mais adequada. Possui a vantagem adicional de que as empresas utilizem suas respostas para
o estabelecimento de metas e planejamento de ações. Cada tema que exploramos é dividido
em um conjunto de indicadores cuja finalidade é explorar diferentes perspectivas de como a
empresa pode melhorar seu desempenho naquele aspecto.
O programa utilizado para o tratamento de dados será o Excel.
3.4. Tratamento dos Dados
Os dados que trabalharemos são de fonte primária, onde se aplica perguntas de caráter
argumentativo e descritivo, levando em consideração o objetivo maior das empresas ao fazer
um trabalho de RS, no ponto de vista de interesse competitivo ou ajuda sem segundas
intenções.
O método que utilizamos para o tratamento de dados foi o estatístico descritivo, que se
limita apenas a uma descrição dos dados já uniformizados, para apoiar a nossa decisão que
possui caráter subjetivo.
O tratamento desses dados objetiva diferenciar e analisar atitudes, comportamentos e
pensamentos, para que as pessoas não confundam o foco do projeto das empresas,
distinguindo a aparência da essência, mantendo atenção para o grau de correspondência entre
o que foi prometido e a realidade.
Pretendemos através destes, apresentar informações seguras e baseadas na realidade, já
que tratamos de um tema tão complexo.
14 Disponível em: <http://www.ethos.org.br/_Uniethos/documents/IndicadoresEthos_2009_port.pdf>. Acesso em: 31 de maio de 2010.
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3.5. Limitações do método
O método o qual escolhemos apresenta certas limitações, dentre as quais estão:
tivemos que limitar a aplicação do questionário às pessoas da alta hierarquia, pois são as que
possuem maiores e melhores informações sobre os métodos dentro da empresa, não sendo
possível analisar as informações dos demais funcionários, o tempo é uma das maiores
dificuldades que encontramos, pois dentro do prazo que temos e nos programamos para fazê-
la, não é o mesmo tempo em que um diretor dispõe para responder as nossas perguntas, já que
pessoas nesse nível de responsabilidade sempre estão com a agenda muito cheia e sem tempo
e por fim para uma pesquisa tão grandiosa, complica julgarmos entre tantas opiniões e com a
crescente competitividade, as atitudes empresariais, visto que, nem todos admitem tratar a RS
como uma estratégia de marketing.
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4. CRONOGRAMA
1° etapa: planejamento da pesquisa, elaboração dos métodos para a aplicação da mesma.
2° etapa: adequação do questionário do Instituo Ethos para a nossa pesquisa; incluindo o pré-teste;
3° etapa: aplicação dos questionários com os diretores das empresas;
4° etapa: tratamento dos dados, sistematização e análise das informações;
5° etapa: crítica do trabalho por meio de sua apresentação a várias pessoas;
6° etapa: Redação final do relatório, incluindo revisão do texto.
MESES
ETAPAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1° Etapa X X
2° Etapa X X
3° Etapa X X X X X X
4° Etapa X X X
5° Etapa X X
6° Etapa X X X
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REFERÊNCIAS
DAINEZE, Marina do Amaral. Códigos de Ética Empresarial e as Relações da Organização com seus Públicos. [S.I.] [200-?], p. 11.
DAINEZE, Marina do Amaral. Códigos de Ética Empresarial e as Relações da Organização com seus Públicos. [S.I.] [200-?].
GRUNIG, James E. & HUNT, Todd. apud DAINEZE, Marina do Amaral. Códigos de Ética Empresarial e as Relações da Organização com seus Públicos. [S.I.] [200-?], p. 10.
Índice IBr-X. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/indices/ResumoCarteiraTeorica.aspx?Indice=IBrX50&idioma=pt-br>. Acesso em: 05/06/2010.
Instituto Ethos. Disponível em: <http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3344&Alias=Ethos&Lang>. Acesso em: 05 jun. 2010
Instituto Ethos. Indicadores Ethos de Responsabilidade Social. Disponível em: <http://www.ethos.org.br/_Uniethos/documents/IndicadoresEthos_2009_port.pdf>. Acesso em: 31 de maio de 2010.
MELO NETO, Francisco; FROES, Cesar. Responsabilidade social & cidadania empresarial - a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1999.
MOREIRA, Joaquim Magalhães. A ética empresarial no Brasil. São Paulo: Pioneira, 1999, p. 28.SANTARÉM , Robson. Ética e Responsabilidade Social. Revista Brazilian Business, Rio de Janeiro, n. 148, 2000. Disponível em: <http://www.golfinho.com.br/diversos/leitores/etica.htm>. Acesso em 05 jun. 2010.
Vasak, Karel; apud Bulos, Uadi Lamego. Constituição Federal Anotada. São Paulo: Saraiva, 2007. P. 104.
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ANEXO – Tabela do Índice IBrX15 – 50
Código Ação Tipo Qtde. Teórica
Part. (%)
PETR4 PETROBRAS PN 3.126.682.062 12,172
VALE5 VALE PNA N1 1.940.195.511 10,252
ITUB4 ITAUUNIBANCO
PN ED N1 2.220.095.279 9,852
PETR3 PETROBRAS ON 2.150.138.501 9,708
VALE3 VALE ON N1 1.246.707.005 7,623
BBDC4 BRADESCO PN ED N1 1.674.420.593 6,49
AMBV4 AMBEV PN 142.316.802 3,309
ITSA4 ITAUSA PN ED N1 2.208.587.550 3,194
BVMF3 BMFBOVESPA ON NM 2.005.127.041 3,119
CSNA3 SID NACIONAL ON 760.248.452 2,566
OGXP3 OGX PETROLEO ON NM 1.200.949.100 2,558
BBAS3 BRASIL ON NM 560.753.081 1,954
GGBR4 GERDAU PN N1 621.240.446 1,925
BRFS3 BRF FOODS ON NM 587.568.576 1,874
USIM5 USIMINAS PNA N1 239.775.566 1,344
CMIG4 CEMIG PN N1 377.013.138 1,23
CIEL3 CIELO ON NM 578.404.085 1,204
RDCD3 REDECARD ON NM 336.381.375 1,189
BRAP4 BRADESPAR PN N1 222.594.116 1,005
GOAU4 GERDAU MET PN N1 262.940.196 1,001
VIVO4 VIVO PN 146.272.761 0,965
TNLP4 TELEMAR PN 254.747.800 0,96
EMBR3 EMBRAER ON NM 721.722.282 0,884
JBSS3 JBS ON NM 875.494.759 0,883
PCAR5 P.ACUCAR-CBD PNA N1 113.505.633 0,85
NATU3 NATURA ON NM 169.984.399 0,84
ALLL11 ALL AMER LAT UNT N2 416.175.535 0,77
PDGR3 PDG REALT ON NM 390.018.227 0,765
CCRO3 CCR RODOVIAS ON NM 153.413.812 0,731
LREN3 LOJAS RENNER ON NM 121.811.802 0,709
15 Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/indices/ResumoCarteiraTeorica.aspx?Indice=IBrX50&idioma=pt-br>. Acesso em: 05/06/2010.
P á g i n a | 19
CYRE3 CYRELA REALT ON NM 272.478.037 0,694
ELET6 ELETROBRAS PNB N1 190.958.806 0,652
FIBR3 FIBRIA ON NM 180.965.724 0,64
GFSA3 GAFISA ON NM 418.736.788 0,59
ELET3 ELETROBRAS ON N1 196.987.327 0,574
CESP6 CESP PNB N1 181.287.298 0,538
NETC4 NET PN N2 225.687.896 0,518
MRVE3 MRV ON NM 284.512.458 0,45
LAME4 LOJAS AMERIC PN 262.491.342 0,438
TCSL4 TIM PART S/A PN 642.354.768 0,408
CSAN3 COSAN ON NM 151.345.473 0,406
ELPL6 ELETROPAULO PNB N2 90.200.756 0,399
RSID3 ROSSI RESID ON NM 166.140.318 0,301
LLXL3 LLX LOG ON NM 307.482.149 0,288
GOLL4 GOL PN N2 93.948.051 0,265
TAMM4 TAM S/A PN N2 74.802.630 0,235
MMXM3 MMX MINER ON NM 165.691.269 0,231
AGEI3 AGRE EMP IMO ON NM 213.154.962 0,204
BTOW3 B2W VAREJO ON NM 47.660.850 0,179
ECOD3 ECODIESEL ON NM 587.451.468 0,066
Quantidade Teórica Total 30.579.623.855 100
Redutor 88.614.774,03
(*) Cotação por lote de mil ações