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PROJETOPOLITICOPEDAGO GICOEDE
PASTORAL
EXTERNATO
SANTO ANTONIO
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TRIENIO 2016/2019
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SUMÁRIO TÍTULOS
P PPÁGINA
I – APRESENTAÇÃO DA ESCOLA ................................................... 04 1.1 Identificação da escola.................................................................. 05 1.2 Histórico......................................................................................... 07 1.3 Resumo do posicionamento político pedagógico.......................... 07 1.4 Objetivo Geral................................................................................ 09 1.5 Diagnóstico.................................................................................... 09 1.5.1. Dimensão socioeconômica........................................................ 09 1.5.2. Dimensão pedagógica............................................................... 11 1.5.3. Dimensão administrativa........................................................... 21 1.5.4. Dimensão Financeira................................................................ 22 1.5.5. Dimensão Física........................................................................ 22 1.5.6. Resultados da Avaliação Institucional....................................... 23 1.6 Metas e Ações............................................................................... 33 1.6.1 Dimensão pedagógica................................................................ 35 1.6.2. Dimensão Administrativa........................................................... 37 1.6.3. Dimensão Financeira................................................................. 36 1.6.4. Dimensão Física........................................................................ 36 1.6.5. Ações......................................................................................... 37 1.6.6. Avaliação das metas e ações.................................................... 41 1.7 Considerações Finais....................................................................
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II – PAPEL DA ESCOLA ..................................................................... 43 2.1 Ensino e Aprendizagem................................................................. 44 2.2 Metodologia................................................................................... 46 2.3 Avaliação....................................................................................... 48 2.4 Princípios da Gestão Democrática................................................ 49 2.5 O PPP no Contexto da Gestão Democrática................................ 50 2.6 Qualidade de Ensino..................................................................... 52 2.7 Perfil do Educador......................................................................... 53 2.8 Critérios para as ações..................................................................
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III – PROPOSTA CURRICULAR ......................................................... 57 3.1 Desafio Curricular ......................................................................... 57 3.2 Grades Curriculares Infantil........................................................... 58 3.3 Grades Curriculares Fundamental I............................................... 3.4 Grades Curriculares Fundamental II 3.5 Grades Curriculares Ensino Médio V - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................... .......................63
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I – APRESENTAÇÃO DA
ESCOLA
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I – APRESENTAÇÃO DA ESCOLA
1.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
2.1. NOME: EXTERNATO SANTO ANTONIO
2.2. MUNICÍPIO: São Caetano do Sul/SP
2.3. ENDEREÇO: Rua São Luiz, 80 – São Caetano do Sul/SP - CEP: 09541-460
2.4. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINOS OFERTADOS: Berçário – Educação Infantil
Ensino Fundamental – Ensino Médio.
2.5. QUANTIDADE DE TURMAS POR ETAPAS E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO:
EDUCAÇÃO INFANTIL 2015
TURMA NÚMERO DE TURMAS NÚMERO DE ALUNOS
BERÇÁRIO I 01 09
BERÇÁRIO II 01 06
MINI MATERNAL 03 40
MATERNAL 03 41
FASE I 04 66
FASE II 04 69
ENSINO FUNDAMENTAL (1º AO 5º ANO) 2015
TURMA NÚMERO DE TURMAS NÚMERO DE ALUNOS
1º 06 84
2º 06 86
3º 04 77
4º 03 83
5º 04 77
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ENSINO FUNDAMENTAL (6º AO 9º ANO) 2015
TURMA NÚMERO DE TURMAS NÚMERO DE ALUNOS
6º
3ª
03 74
7º 03 88
8º 03 69
9º 02 69
ENSINO MÉDIO 2015
TURMA NÚMERO DE TURMAS NÚMERO DE ALUNOS
1º 02 55
2º 02 49
3º 01 26
2.6. QUANTIDADE DE PROFESSORES EM EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA: 69 professores
efetivos.
2.7. QUANTIDADE DE PROFESSORES EM OUTRAS ATIVIDADES: 05 efetivos exercendo
função de Coordenação e Orientação.
2.8. QUANTIDADE DE SERVIDORES: 144 servidores (administrativos e pedagógicos)
O EXTERNATO SANTO ANTONIO foi criado pelos seguintes Decretos e Portarias:
• BERÇÁRIO – Portaria D.O.E. 13/07/2007 – DOE. 17/07/2007 – Seção I, pág. 25
• ENSINO FUNDAMENTAL – 10ª DESN. 01/07/1975 – DOE. 12/07/1975
• ENSINO MÉDIO – Portaria D.O.E. – publicado em 17/12/1996
2.8. AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO:
� Registro n.º 07 de 27 de julho de 1931, pág. 62 do livro “2” da Diretoria Geral de
Ensino de São Paulo.
� Portaria n.º 182 de 28 de fevereiro de 1961, do Ministério de Educação e Cultura.
É propriedade e mantida pela Associação Irmãs da Providência, registrado sob número
222 – Livro A – Pág. 117 em 24/05/1971 – Registro de Títulos e Documentos de
Sorocaba/SP.
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1.2. HISTÓRICO
O Instituto das “Irmãs da Providência”, sob a proteção de São Caetano de Thiene, é
fundado em Údine, pelo Padre Luís Scrosoppi. Os humildes inícios desse instituto
transpõem a 01 de fevereiro de 1837.
A celebração reservada das promessas de consagração ao Senhor, do primeiro grupo
de jovens irmãs, é realizada na Noite de Natal de 1845. O Instituto é de direito
pontifício e foi reconhecido com o Decreto de Louvor pela Santa Sé em 1862.
Padre Luís Scrosoppi é canonizado em 10 de junho de 2001. Um santo dotado de
realismo muito concreto e prático; de uma tenacidade que não se abate e que, nas
provações, parece adquirir novo vigor. Possuidor de uma operosidade que
compromete profundamente, confia e se confia totalmente à Providência que, de
maneira extraordinária, está sempre presente.
Desde 1931, o Externato, fundado e mantido pelas Irmãs da Providência, é um marco
na educação em São Caetano. Aliando tradição e modernidade é uma escola completa
como a vida. Sem abrir mão dos valores cristãos para a formação do ser humano, os
profissionais do ESA propõem o conhecimento científico e tecnológico como
ferramentas para o cidadão que aqui se forma. Cidadão do futuro desde já.
1.3. RESUMO DO POSICIONAMENTO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Os fundamentos que definem a intencionalidade educativa, as prioridades e ações
desenvolvidas no Externato Santo Antonio, pelos docentes e profissionais da
educação, estão fundamentados na Proposta Curricular e na legislação vigente.
Resumidamente:
a) Concepção de ser humano: o ser humano é entendido como social e histórico.
Historicamente situado e determinado socialmente. É a síntese das relações: indivíduo
- sociedade, que são dialéticas e marcadas por contradições e luta de classes. A história
é um produto humano, portanto, ela pode ser mudada pela ação humana.
b) Visão de escola: a escola é o “lócus” privilegiado do acesso ao conhecimento e do
saber sistematizado historicamente acumulado pela humanidade. Oferecer um acesso
de qualidade a este saber é interferir nas relações de poder, onde as classes menos
favorecidas passam a ter oportunidades de mudar sua vida pessoal e da comunidade
em que vive.
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c) Concepção de Sociedade: a sociedade é um produto humano, por isso mesmo,
histórica. Ela é fruto das contradições e das lutas de classe. É mutável, pois como
resultado da ação humana ela está sujeita as mudanças.
d) Concepção de aprendizagem: este processo é global de relação interpessoal que
envolve, ao mesmo tempo, alguém que aprende e alguém que ensina e a própria
relação ensino-aprendizagem. A interação do sujeito com o mundo se dá pela
mediação de outros sujeitos. O papel do professor é de provocar nos alunos avanços
que não ocorrem espontaneamente, consiste exatamente numa intervenção na zona
do desenvolvimento proximal dos alunos. E nesta intervenção cria conflitos que geram
novos estímulos na busca incessante de aprimorar conhecimentos já estruturados.
Assim, formam-se novos conceitos baseados na pesquisa e na busca do aprender. A
aprendizagem acontece na relação professor (mediador do processo) – conhecimento
– aluno.
e) Pressuposto filosófico: filosofia do Externato Santo Antonio está traduzida no
conjunto das seguintes crenças e valores:
i) Crenças
A Escola como espaço adequado para o cumprimento da missão das Irmãs da
Providência que é "promover a vida das crianças, adolescentes e jovens"; no
protagonismo do aluno; na força do jovem e no seu papel de agente transformador da
sociedade; na força do Evangelho como essência do processo educativo; na
participação da família como requisito fundamental para o processo de educação
integral das crianças, jovens e adolescentes; no profissionalismo, no
comprometimento dos leigos e na força da participação, assegurando o envolvimento
de todos os responsáveis na condução das atividades da Escola.
ii) Valores
• Acolhida – Disponibilidade para receber e capacidade de doar;
• Diálogo – Disponibilidade para o atendimento;
• Ternura e firmeza – Amor e determinação no relacionamento pessoal;
• Conhecimento – O saber a serviço da transformação das pessoas e da
sociedade.
Todas estas crenças e valores fazem parte do desenho organizacional desta instituição
de ensino.
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f) Filosofia da Escola: O ensino oferecido no Externato Santo Antonio, em parceria com
a comunidade escolar, visa o pleno desenvolvimento do aluno, seu preparo para o
exercício da cidadania e para o mundo do trabalho.
g) Objetivo Geral do Ensino Aprendizagem: Oportunizar ao aluno condições de se
apropriar dos conhecimentos científicos, através das interações sociais, para que este
possa agir, de forma consciente, na realidade em que vive.
h) Metodologia: Baseia-se na visão de fundamentar a ação pedagógica numa
perspectiva histórico-social, na qual o papel da escola, do professor, do aluno e do
conhecimento esteja a serviço da cidadania crítica.
1.4. OBJETIVO GERAL
Ampliar e fortalecer a gestão democrática na escola, promovendo ao aluno o acesso à
qualidade de ensino, por meio do aperfeiçoamento do processo de ensino-
aprendizagem e do desenvolvimento de uma unidade metodológica amparada numa
Proposta Curricular que aprimore o processo avaliativo reestruturando as Entidades
Democráticas e estreitando as relações entre a comunidade e a escola.
1.5. DIAGNÓSTICO
1.5.1. DIMENSÃO SOCIOECONOMICA
De acordo com dados extraídos das fichas de matrícula e da avaliação institucional:
a) Dos alunos matriculados:
A matrícula no Externato atende preferencialmente ao zoneamento, porém, com a
diminuição dos alunos por diversos fatores como baixa natalidade, proximidade de
outras unidades escolares, passou a matricular alunos de bairros/cidades próximas.
Temos 943 dos nossos alunos residentes em São Caetano do Sul, 101 em Santo André,
26 em São Bernardo do Campo e em São Paulo.
b) 75 alunos utilizam transporte (Van Escolar); 29 alunos utilizam transporte público;
acredita-se que os demais 966 alunos venham à escola com os pais.
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c) Dos 1.070 alunos, temos 11 alunos negros, 43 de outras etnias e os restantes
brancos.
d) A Religião Católica chega a 82,5% das famílias, 8,5% Evangélica, 7% Espíritas e 2% de
outras religiões (veja gráfico abaixo):
e) A grande maioria tem ensino médio e superior. Temos muitos pais com cargos
administrativos e de chefia nas grandes empresas.
f) No cadastro de matrícula, a informação da profissão é de preenchimento livre,
consideramos que o responsável do aluno (podendo ser o pai ou a mãe indicados),
temos: Comerciantes (31), Indústria (603), Profissionais liberais (322), Autônomos (84),
do lar (15), Aposentados (3) pais, Desempregados (12).
g) Renda familiar: até 01 salário mínimo (5%); até 02 salários mínimos (8%); mais de 03
salários mínimos (87%).
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1.5.2. DIMENSÃO PEDAGÓGICA
a) O processo de ensino-aprendizagem ocorre através das atividades de aprendizagem
que nos demonstrou que, nos últimos anos tivemos maior sucesso para a aprovação
dos alunos.
b) Os conteúdos curriculares seguem a orientação curricular dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs) e as diretrizes emanadas da Mantenedora O
planejamento anual dos docentes contempla esses dois documentos.
c) A metodologia de ensino utilizada pela escola e que demonstrou excelentes
resultados é a aplicação das atividades de aprendizagem discutidas e articuladas por
toda a equipe. Os fundamentos e princípios serão bem claros no PPPP e serão
trabalhados com os docentes nas reuniões pedagógicas.
d) A relação professor/aluno é vista como tranquila e respeitosa, sem casos de
agressão ou violência.
e) Reuniões Pedagógicas: são oferecidas pela escola 02 reuniões por mês, para
discussão e ajustes das metas pedagógicas propostas.
f) Projetos Pedagógicos: são desenvolvidos em sintonia com a proposta pedagógica e
de acordo com a necessidade de intervenção e aprofundamento.
g) Dados Estatísticos:
SARESP
O SARESP – Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo –
avalia anualmente todas as escolas da rede estadual de ensino regular que oferecem
Educação Básica e as escolas municipais, técnicas e particulares que manifestam
interesse em participar da avaliação estadual, caso do Externato Santo Antonio. Os
resultados apresentados permitem à escola analisar o seu desempenho, no âmbito do
sistema, para melhorar a qualidade da aprendizagem dos seus alunos e da gestão
escolar.
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TABELA DOS NÍVEIS DE PROFICIÊNCIA
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NÍVEIS DE PROFICIENCIA DO EXTERNATO SANTO ANTONIO
Língua Portuguesa
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Matemática
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Ciências e Ciências da Natureza
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RESULTADOS COMPARATIVOS DO EXTERNATO (2012-2014)
Língua Portuguesa
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ANÁLISE DOS DADOS PELOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA
Segundo a avaliação da direção e levantamentos de satisfação junto aos pais e alunos e coordenadores, os fatores que provocam o avanço da nossa qualidade de ensino são: a proposta de trabalhar a defasagem dos alunos no ensino da Língua Portuguesa e Matemática; a participação de professores, com a orientação da coordenação escolar, na aplicação do PPPP em sala de aula no que se refere à avaliação; a extinção da cultura da reprovação; o uso da avaliação escolar como ferramenta de aprendizagem; o incentivo para o acompanhamento das famílias na vida escolar do aluno; a disponibilidade de projetos e ferramentas para promover a motivação dos alunos. Mediante isto, as estratégias aplicadas para superação destas dificuldades são as seguintes: 1. Estudo, aplicação e avaliação dos princípios, metodologia e regras do PPPP, que foi construído coletivamente e atende à realidade local. 2. Professores das séries finais planejam as aulas dentro da metodologia da Atividade
de Aprendizagem, prevista em nossa proposta pedagógica;
3. Professores das séries iniciais continuam a aplicar as Atividades de Aprendizagem, para trazerem resultados significativos. 4. A continuidade na utilização de recursos diversos na execução das aulas: vídeos, internet, biblioteca, viagens, entrevistas, filmagens, fotos, visitas... 5. Motivação dos alunos, através de problematização, para despertar neles o interesse no assunto a ser estudado. 6. Continuar a garantir recuperação paralela de forma eficiente. Com a execução destas propostas, a escola pretende aumentar anualmente a nota do
SARESP/ENEM. Isto significa o aumento da aprovação com qualidade. No quadro acima
se percebe que nossos alunos tiveram desempenho acima da média na faixa de
proficiência em todas as disciplinas, o que reforça o acerto nas medidas pedagógicas
adotadas pelo Externato.
1.5.3. DIMENSÃO ADMINISTRATIVA a) Formação dos profissionais: equipe diretiva (07 profissionais com pós-graduação); b) As condições de trabalho na unidade escolar são compatíveis com as melhores práticas e formas de atuação, propiciando condições para um trabalho de excelência.
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c) O atendimento dos pais, alunos e professores é feito em ambiente reservado e com quem é de direito. d) No PPPP existe um projeto de Avaliação Institucional que é aplicado a cada 02 anos, através de questionários e reunião para essa finalidade. Os dados são compilados e analisados por professores e coordenadores. Dessa avaliação devem ser estabelecidas as novas metas para a escola. 1.5.4. DIMENSÃO FINANCEIRA A escola possui vasto material didático-pedagógico; mobiliário para secretaria; materiais para laboratório de ciências e matemática; computadores nas salas (todas informatizadas); acervo da biblioteca. 1.5.5. DIMENSÃO FÍSICA Escola constantemente reformada e ampliada, com revitalização de espaços, complexo esportivo com sala de judô, balé, música, banheiros, vestiários, rampa de acesso para facilidade de locomoção dos alunos da Educação Infantil, entre outras. São diversos ambientes divididos em salas de aula, laboratório de Ciências e Matemática, biblioteca, auditórios, sala dos professores, sala de artes, sala de informática, sala do diretor, sala da assistente técnica-pedagógica, secretaria, depósito, sanitário masculino/feminino para alunos e professores, vestiário feminino/masculino, refeitório adequado, cozinha. A unidade escolar possui um complexo de esportes. Apresenta todas as condições favoráveis para portadores de deficiência física. A escola possui uma área extensa para a prática de esporte e convivência. Há espaço para realização de atividades culturais como gincanas, apresentações artísticas, homenagens cívicas, etc. Dispõe de refeitório fechado, mobiliado e adequado para atender às refeições dos
alunos, professores e funcionários. Possui mesas, bancos, balcão térmico para servir
alimento, lixeiras.
1.5.6 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE QUALIDADE Fonte: Encontros realizados com as famílias, funcionários, professores e alunos em
maio de 2015.
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QUADRO 1 – AVALIAÇÃO GERAL
DIMENSÕES ANALISADAS ABORDAGENS DOS INDICADORES
Ambiente Educativo
A escola é um espaço de ensino, aprendizagem e vivência de valores. Nela, os indivíduos se socializam, brincam e experimentam a convivência com a diversidade humana. No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e a convivência, desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos.
Prática Pedagógica
Por meio de uma ação planejada e refletida do professor no dia-a-dia da sala de aula, o Externato realiza seu maior objetivo: fazer com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia. Para atingir esse objetivo, foca a prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos, o que significa observá-los de perto, conhecê-los, compreender suas diferenças, demonstrar interesse por eles, conhecer suas dificuldades e incentivar suas potencialidades. Crianças, adolescentes, jovens e adultos vivem num mundo cheio de informação, o que reforça a necessidade de planejar as aulas com base em um conhecimento sobre o que eles já sabem e o que precisam e desejam saber.
A avaliação é parte integrante e fundamental do processo educativo. Por meio dela, o professor fica sabendo como está a aprendizagem dos alunos e obtém
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Avaliação
indícios para refletir e melhorar a sua própria prática pedagógica. Um bom processo de ensino–aprendizagem na escola inclui uma avaliação inicial para o planejamento do professor e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho (seja ela um tópico da matéria, um trimestre ou um ciclo). Quando pensamos em avaliação, estamos falando de algo muito mais completo que uma prova. A avaliação deve ser um processo, ou seja, deve acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas formas. Os alunos podem ser avaliados, por exemplo, por um trabalho em grupo, pela observação de seu comportamento e de sua participação na sala de aula, por exercícios e tarefas de casa. Assim, nosso aluno pode exercitar e inter-relacionar suas diferentes capacidades, explorando seu potencial e avaliando sua compreensão dos conteúdos curriculares e seus avanços. Uma boa avaliação é aquela em que o aluno também aprende.
Gestão Escolar Democrática
Algumas características da gestão escolar democrática são: o compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a qualidade da educação e com a relação custo–benefício e a transparência nas ações. As equipes tem a missão de orientar, opinar e decidir sobre tudo o que tem a ver com a qualidade da escola (como participar da construção do projeto político-pedagógico e dos planejamentos anuais, ajudar na busca de meios para solucionar os problemas administrativos e pedagógicos). Reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentações dos alunos são momentos em que familiares,
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professores, funcionários e alunos devem ser estimulados a participar. Como a democracia também se aprende na escola, a participação deve se estender a todos os alunos, até mesmo as crianças pequenas.
Formação e Condições de Trabalho
Para tanto, é importante que continuemos a garantir aos profissionais algumas possibilidades, tais como: estabilidade do corpo docente, a consolidação dos vínculos e dos processos de aprendizagem, uma adequada relação entre o número de professores e o número de alunos, recursos pedagógicos e instrucionais, etc.
Ambiente Físico Escolar
Ambientes físicos escolares de qualidade são espaços educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados, com flores e árvores, móveis, equipamentos e materiais didáticos adequados à realidade da escola, com recursos que permitam a prestação de serviços de qualidade aos alunos, aos pais e à comunidade, além de boas condições de trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral.
Acesso, Permanência e sucesso na Escola
Um dos principais desafios atuais de nossas escolas é fazer com que crianças e adolescentes gostem dos ambientes e dos professores e que também tenham os seus direitos educativos atendidos, dando continuidade, aos alunos que na nossa escola, apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem;
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Ação da Pastoral/NAFI
As ações implementadas pela Pastoral do Externato são orientadas por crenças e valores: “a educação como espaço privilegiado de evangelização e transformação da sociedade; o protagonismo da Comunidade Educativa Pastoral, a confiança nas novas gerações e o entusiasmo diante da vida; o empreendedorismo e a inovação”. Assim, como visão de futuro, o Externato é reconhecido como uma Escola empreendedora e inovadora, na realização do projeto educativo pastoral com várias ações sociais (campanhas) em prol da educação, sobretudo da juventude. O educando é o ator principal da própria formação e protagonista da própria história. Essa é a nossa meta!
RESULTADOS APURADOS NAS ASSEMBLÉIAS
Nos dois encontros realizados no Externato, com a participação de pais, alunos,
professores e funcionários, analisaram e discutiram as seguintes dimensões:
DIMENSÃO 1 – AMBIENTE EDUCATIVO
DIMENSÃO 2 – PRÁTICA PEDAGÓGICA
DIMENSÃO 3 – AVALIAÇÃO
DIMENSÃO 4 – GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
DIMENSÃO 5 - FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA
DIMENSÃO 6 – AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR
DIMENSÃO 7 – ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
DIMENSÃO 8 – AÇÃO DA PASTORAL
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1.6. METAS E AÇÕES
1.6.1 Dimensão Pedagógica
1. Garantir a qualidade do processo ensino-aprendizagem, através de ações
pedagógicas efetivas para alunos com defasagem de aprendizagem.
2. Aumentar as médias do SARESP/ENEM nos anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental e Médio, visando o aumento da qualidade de ensino.
3. Disseminar uma cultura da aprovação com qualidade, aumentando os
mecanismos para a recuperação de alunos defasados.
4. Reelaborar coletivamente o Projeto Político Pedagógico, dando ênfase ao
processo ensino-aprendizagem e às questões metodológicas.
5. Aplicar a Recuperação Paralela ao longo do processo ensino-aprendizagem,
com a construção de regras próprias no Projeto Político Pedagógico.
6. Ampliar os projetos voltados ao desenvolvimento do gosto pela leitura e da
motivação para o estudo.
1.6.2 Dimensão Administrativa
1. Fortalecer a Gestão Democrática, com a descentralização das decisões para
os gestores imediatos.
2. Melhorar a comunicação entre as partes.
3. Aplicação da Avaliação Institucional com o objetivo de observar os pontos
fortes e fracos da escola, visando à implantação de novas metas.
1.6.3 Dimensão Financeira
1. Centrar os recursos financeiros na ampliação das condições físicas,
equipamentos e recursos tecnológicos e na aquisição de material didático-
pedagógico e em eventos que envolvam pais, alunos e professores.
1.6.4 Dimensão Física
1. Ampliar o uso do espaço de esportes da escola para uso seguro dos alunos
em momentos de descanso;
2. Readequação dos espaços destinados às aulas de apoio: sala de artes, jogos,
lúdicos, etc;
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1.6.5. AÇÕES
Conforme quadro abaixo:
DIMENSÕES AÇÕES OBJETIVOS ESPECÍFICOS PERÍODO PÚBLICO RESPONSÁVEIS
P
E
D
A
G
Ó
G
I
C
A
Elaboração dos planos anuais do professor de acordo com o PPPP da escola.
1. Orientar o trabalho do professor com base nas diretrizes estabelecidas no PPPP. 2. Dar continuidade ao trabalho pedagógico do ano anterior.
Ano letivo de 2016 em diante
Corpo Docente e Coordenação
Direção Pedagógica e Coordenadores Pedagógicos
Aplicação da metodologia da proposta pedagógica em sala de aula: Atividades de Aprendizagem
1. Unificar a metodologia, dando unicidade ao processo ensino-aprendizagem.
Ano letivo de 2016 em diante
Corpo Docente e Coordenação
Direção Pedagógica e Coordenadores Pedagógicos
Levantamento dos alunos com defasagem na aprendizagem
1. Quantificar os alunos com defasagem. 2. Melhorar a aprendizagem desses alunos com ações imediatas e na dificuldade apresentada
Ação já aplicada
Corpo Discente
Direção Pedagógica e Coordenadores Pedagógicos
Oferecer reunião pedagógica
1. Oferecer oportunidade de avaliação do trabalho pedagógico. 2. Possibilitar a troca de experiências. 3. Estabelecer estratégias pedagógicas.
Ação já aplicada
Corpo Docente
Direção Pedagógica, Administrativa, Coordenadores Pedagógicos
Aplicar e verificar a correta oferta da Recuperação Paralela, com critérios claros e objetivos.
1. Garantir o direito do aluno. 2. Clarificar os critérios e necessidade da recuperação. 3. Recuperar o aluno com dificuldades.
Ação já aplicada
Corpo Docente e Coordenação
Direção Pedagógica e Coordenadores Pedagógicos
Conselho de Classe com o professor.
1. Diagnosticar os problemas específicos de cada turma. 2. Avaliar o trabalho do professor e da escola.
Ação já aplicada
Corpo Docente e Coordenação
Direção Pedagógica e Coordenadores Pedagógicos
Realizar o Pré-Conselho com os alunos.
1. Valorizar a participação das lideranças estudantis. 2. Verificar as
Ano letivo de 2016 em
Corpo Docente, Coordenação
Direção Pedagógica e Coordenadores
26
P
E
D
A
G
Ó
G
I
C
A
dificuldades dos alunos sob seu ponto de vista.
diante e Corpo Discente
Pedagógicos
Realizar encontro entre os segmentos para discussão dos resultados do exames SARESP/ENEM e estatísticas
1. Utilizar esses dados para estabelecimento de metas e estratégias. 2. Avaliar o nível de desempenho da escola.
Ano letivo de 2016 em diante
Corpo Docente e Coordenação
Direção Pedagógica, Administrativa, Coordenadores Pedagógicos.
Realizar palestra a respeito da importância do estudo aos alunos
1. Motivar o aluno ao estudo. 2. Mostrar a importância de uma boa formação escolar.
Ação já aplicada
Corpo Docente, Coordenação, Corpo Discente e famílias
Direção Pedagógica, Administrativa, Coordenadores Pedagógicos.
Implantar no processo de avaliação das disciplinas as atividades contextualizadas e os gêneros textuais.
1. Adequar o trabalho pedagógico às orientações curriculares. 2. Contextualizar a avaliação, tornando-a mais significativa.
Ação já aplicada
Corpo Docente e Coordenação
Direção Pedagógica e Coordenadores Pedagógicos
Elaborar e aplicar inter e transdisciplinares como clube dos leitores, Olimpíadas temáticas e competências sócioemocionais.
1. Incentivar o gosto pela leitura. 2. Formar grupo de leitores. 3. Disseminar a cultura da leitura. 4. Motivar os alunos com ferramentas cognitivas diferenciadas. 5. Aplicar estratégias com base nas competências sócioemocionais para a diminuição dos problemas disciplinares e aumento da qualidade cognitiva
Ação já aplicada
Corpo Docente e Coordenação
Direção Pedagógica e Coordenadores Pedagógicos
Realizar com o aluno avaliações em Língua Portuguesa e Matemática nos moldes da Prova Brasil.
1. Preparar o aluno para as avaliações nacionais. 2. Reforçar as habilidades de leitura, interpretação e cálculo.
Ano letivo de 2016 em diante
Corpo Docente e Coordenação
Direção Pedagógica e Coordenadores Pedagógicos
Reelaboração coletiva do PPP.
1. Incentivar a democracia na escola. 2. Conhecer a proposta pedagógica. 3. Repensar e estudar o
Ano letivo de 2016 em diante
Corpo Docente, Coordenação, Corpo
Direção Pedagógica, Administrativa, Coordenadores
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processo avaliativo. 4. Estabelecer estratégias de acordo com o diagnóstico da escola.
Discente e famílias
Pedagógicos
A
D
M
I
N
I
S
T
R
A
T
I
V
A
Rever o processo de escolha de colaboradores e gestores.
1. Apoiar novas lideranças. 2. Aumentar as exigências de experiências nas contratações
Ação já aplicada
Novos Colaboradores
Direção Administrativa, Pedagógica, RH e Gestores
Divulgar as ações da escola no site e fanpage da escola. Também em murais e recados para casa
1. Melhorar a comunicação entre a escola e a família. 2. Aumentar a participação nos eventos escolares.
Ação já aplicada
Público Interno e Externo
Direção Administrativa, Pedagógica, Marketig e Gestores
Aplicar a Avaliação Institucional conforme projeto do PPPP.
1. Diagnosticar os pontos fortes e fracos da escola. 2. Estabelecer metas e ações para sanar dificuldades. 3. Avaliar o trabalho desenvolvido pela escola
Ano letivo de 2016 em diante
Público Interno Direção Administrativa e Pedagógica
Alimentação na Cantina
1. Checar a qualidade dos lanches que ficam para os intervalos; 2. Ampliar a variedade de opções para o almoço e jantar
Ação já aplicada
Público Interno e Externo
Direção Administrativa e Nutricionista
Ampliar a base de alunos
1. Aumentar em até 10% a captação de novos alunos; 2. Diminuir em até 20% a perda de alunos.
Até 2017
Público Interno e Externo
Direção Administrativa e Nutricionista e Corpo Docente
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Fazer levantamento de títulos de literatura infanto-juvenil e adquiri-los para acervo da biblioteca.
1. Tornar o acervo mais atraente para os alunos. 2. Incentivar a leitura a partir do gosto do aluno.
Ação já aplicada
Corpo Docente e Discente
Direção Pedagógica, Administrativa, Coordenadores Pedagógicos
Reestruturar a Biblioteca Escolar com a aquisição de mobiliário e equipamentos
1. Melhorar o atendimento na biblioteca. 2. Tornar o ambiente da biblioteca num espaço de leitura.
Ano letivo de 2016 em diante
Corpo Docente e Discente
Direção Pedagógica, Administrativa, Coordenadores Pedagógicos
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Fazer levantamento de material didático-pedagógico com professores e adquiri-los.
1. Subsidiar o professor no planejamento das aulas e na aplicação da metodologia da escola.
Ano letivo de 2016 em diante
Corpo Docente e Discente
Direção Pedagógica, Administrativa, Coordenadores Pedagógicos
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S
I
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Conserto e manutenção dos equipamentos e espaços físicos.
1. Garantir a segurança no uso dos espaços compartilhados.
Ação já aplicada
Corpo Docente e Discente
Direção Pedagógica, Administrativa, Coordenadores Pedagógicos
1.6.6. AVALIAÇÃO DAS METAS E AÇÕES A avaliação incidirá sobre os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da atividade escolar, devendo ser realizada através de procedimentos internos, realizados com os profissionais atuantes na escola. A avaliação realizada internamente será semestral durante as reuniões pedagógicas previstas no calendário escolar. Será avaliado o cumprimento das metas estabelecidas naquele período e os resultados alcançados. No final do ano letivo, será feita uma pesquisa de satisfação com os pais através de questionário que investigue o cumprimento das metas e se os resultados são satisfatórios. Os critérios que deverão reger os instrumentos avaliativos serão: efeitos diretos e indiretos na aprendizagem dos alunos; participação da comunidade; melhora da prática educativa; e cumprimento das metas estabelecidas. Se o Plano de Gestão não influenciou positivamente a qualidade de ensino, deverão ser propostas novas metas e ações. 1.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Entende-se que o Projeto Político Pedagógico e de Pastoral é um instrumento que deve ser executado, consultado e avaliado constantemente, pois ele deverá ser a fonte de inspiração na construção de meios e instrumentos que sejam efetivos no desenvolvimento do trabalho escolar, interferindo positivamente no plano de ação do
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professor, da equipe pedagógica, e das Entidades Democráticas, valorizando as discussões com a comunidade em seus diferentes segmentos. O Projeto Político Pedagógico e de Pastoral deve garantir que a organização e a gestão sejam orientadas numa perspectiva sistêmica, ou seja, cada segmento da escola se reconheça e reconheça seu trabalho como parte da escola, construída de forma coletiva e com bases em objetivos comuns. Com a participação consciente e responsável de todos, escola e comunidade, poderemos construir uma escola democrática que terá competência para formar cidadãos transformadores de sua realidade. Através da gestão democrática busca-se alcançar a qualidade de ensino submetendo todas as atividades escolares às finalidades da educação. Isso exige partilhamento do poder e corresponsabilidade pelos resultados. Este tipo de gestão compreende a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar nos processos decisórios da escola. A gestão democrática é um processo de construção coletiva que está diretamente ligada
ao sucesso do aluno na aprendizagem. É um processo que não está pronto e nem acabado.
Há ainda muitas barreiras a serem superadas. Porém, sem a predisposição à mudança a
gestão democrática será apenas um detalhe.
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II – PAPEL DA ESCOLA
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II – FUNÇÃO DA ESCOLA 2.1. ENSINO E APRENDIZAGEM Parte-se do pressuposto que o ser humano é histórico e dialético, isto é, que é resultado de um processo histórico conduzido por ele mesmo e que, ao longo de sua história, produziu e acumulou uma gama enorme de conhecimentos. Esse conhecimento produzido deve ser considerado um patrimônio coletivo que precisa ser socializado. Nesse sentido, a escola passa a ter uma função social de garantir a todos o acesso aos conhecimentos historicamente legitimados como importantes e fundamentais para o convívio em uma sociedade mais justa, pois, a apropriação da riqueza intelectual tem relação direta com a distribuição da riqueza material. “A socialização é sempre socialização da riqueza. À escola não é possível promover a socialização da riqueza material. A socialização da riqueza intelectual – apanágio da escola – no entanto, é um dos caminhos para a socialização da riqueza material. Isto não significa, porém, que basta ter a riqueza intelectual, que a material vem por acréscimo. Significa, por outro lado, que a apropriação da riqueza intelectual abre caminhos para ação política das camadas populares, capacitando-as para criarem alternativas sociais de maior distribuição de riqueza material”. (PC 1998, p. 16) Na teoria de Vygotsky o desenvolvimento e a aprendizagem estão relacionados desde o nascimento da criança. O desenvolvimento não é um processo previsível, universal ou linear, ao contrário, ele é construído no contexto, na interação com a aprendizagem. A aprendizagem promove o desenvolvimento atuando sobre a zona de desenvolvimento proximal, ou seja, transformando o desenvolvimento potencial em desenvolvimento real. Zona de desenvolvimento proximal é a “distância entre o nível evolutivo real determinado pela resolução independente do problema e o nível de desenvolvimento potencial determinado pela resolução de um problema sob orientação do adulto, ou em colaboração com colegas mais capazes”. (PC 1998, p.20) Quando o aluno, com ajuda de um adulto ou de outra criança mais experiente, realiza uma determinada atividade, estamos antecipando o seu desenvolvimento através de mediação. Na sala de aula, o professor assume o papel de mediador do conhecimento.
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O papel do professor é de provocar nos alunos avanços que não ocorrem espontaneamente, consiste exatamente em uma interferência na Zona do Desenvolvimento Proximal. E, nesta intervenção, cria conflitos que geram novos estímulos na busca incessante de aprimorar conhecimentos já estruturados, tidos como verdades prontas e acabadas. O papel do professor mediador é, no ambiente escolar, o de atuar na zona de desenvolvimento proximal dos alunos com o objetivo de desenvolver as funções psicológicas superiores. Esta atuação se concretiza através de intervenções intencionais que explicitarão os sistemas conceituais e permitirão aos alunos a aquisição de conhecimentos sistematizados (PC 1998, p.20) O aluno e o conhecimento se relacionam através da interação social, isto é, da atividade conjunta mediada. A produção do conhecimento é um ato coletivo. O conhecimento não existe sozinho, está sempre impregnado em algo humano (pessoa, livro, aparelho, meio sociocultural) reflete as formas de produção e as relações de uma determinada sociedade. Em resumo, na perspectiva histórico-cultural desenvolvida por Vigotsky, a aprendizagem: a) Acontece na relação entre ser humano, natureza e sociedade.
b) É coletiva, acontece na interação com o outro. Aprender implica em uma atividade coletiva, onde o professor é o responsável pela mediação do conhecimento.
c) Relação proporcional entre aprendizagem e desenvolvimento.
d) Desenvolvimento real (conhecimento do aluno) – mediação (professor) – desenvolvimento potencial (não é espontâneo). Nesse sentido, a escola e o professor no papel de mediadores deverão, de acordo com essa concepção de aprendizagem: - Levar em consideração no trabalho escolar o conhecimento do aluno (conhecimento do senso comum que o aluno possui sobre determinado assunto), relativos ao tema focalizados, com o conhecimento científico, a ser trabalhado de forma a possibilitar a reelaboração pelo aluno do seu conhecimento inicial, o qual possibilitará novo conhecimento. No senso comum os fatos sociais são neutralizados, ou seja, perde-se de vista a compreensão de que são produtos da construção coletiva do homem. Compreender isso nos possibilita a interferir na vida social com mais propriedade, para alcançar as metas pretendidas e tentar organizar uma vida mais justa.
- Criar situações de ensino que possibilitem a exposição (de sujeitos da educação, professores e alunos) a diferentes pontos de vista: tal princípio ajuda a ver com mais clareza concepções de sociedade (conservadora e inovadora) que estão embutidas nas diferentes visões presentes na sala de aula sobre o tema trabalhado.
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- Considerar as potencialidades dos alunos e a importância da concretização dos conceitos teóricos (identificação dos conceitos em situações reais concretas) para que se possa avançar o conhecimento inicial do aluno a ser permeado pelo conhecimento científico trabalhado no curso.
- O Ensino Aprendizagem deve ter como pressuposto o professor como mediador das interações práticas-teóricas-práticas; considerar a sua prática como “um” dos espaços de produção do conhecimento, e não o único.
- Compreender que a realidade exige uma abordagem interdisciplinar, pois ela se forma a partir da articulação dialética dos diferentes conhecimentos produzidos pelas diferentes ciências. O trabalho interdisciplinar contribui para a inserção crítica do aluno em sua própria realidade e cria condições objetivas para a realização de um novo espaço de apropriação do conhecimento não mais de forma fragmentada, e sim na sua totalidade. Assim, nesse processo pedagógico, todos são considerados capazes de aprender através das interações sociais, onde o aluno possa ser desafiado a apropriar-se de conhecimentos científicos significativos, abandonando a cultura da repetição de conceitos já elaborados e apropriados. Pois, aprender implica em apropriar-se de algo novo. 2.2. METODOLOGIA A metodologia considerada pela escola como aquela que consegue materializar a Proposta Curricular – em sala de aula é a diversidade de atividades de Aprendizagem. São pelas atividades diversificadas de aprendizagem que o professor poderá provocar no aluno o interesse em aprender através de situações significativas. Nessas atividades não é qualquer ação e sim um conjunto de ações que têm finalidade, motivação e uma profunda relação com a vida do agente. A aprendizagem ocorre através da apropriação e elaboração de conceitos num processo ativo, onde o sujeito tem um motivo para aprender. Porém, nem sempre os alunos têm um motivo para a aprendizagem. Nesse caso o professor deve provoca-lo.
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“(...) a atividade humana não é um processo natural. O ser humano age impulsionado por motivos; age em função de finalidades e faz com interesse o que tem vinculação com sua vida. Assim, pode-se dizer que, em qualquer setor da vida humana, atividade é o que se realiza com motivo, com finalidade. A atividade, assim compreendida, não consiste em ato isolado. Constitui-se de um conjunto de ações e operações direcionadas por um motivo, para atingir determinada finalidade.” (TEMPO DE APRENDER VOL 1, p.16) Nas atividades de aprendizagem o ensino-aprendizagem acontece através de atividades que considerem a ação do sujeito ativo, o que implica motivação para agir. Assim, o professor deverá provocar a motivação para que o aluno perceba a finalidade do que será estudado e que isso seja significativo. Por exemplo: copiar do quadro, fazer exercícios do livro didático, usar plataformas colaborativas, fazer redações, etc, são atividades, mas são consideradas de aprendizagem quando o aluno o faz consciente e motivado com o objetivo de assimilar novos conhecimentos e habilidades. As atividades de aprendizagem acontecem na escola seguindo o Projeto Pedagógico
escolar: expectativas de aprendizagem; objetivos; metas educacionais; conteúdos e
conceitos científicos de cada área; também deve considerar a legislação vigente. A
estrutura da atividade de aprendizagem deve considerar: o sujeito da atividade (que
realiza a ação – o aluno), o motivo (essencial para o aluno realizar a atividade), o
objeto de estudo (temática a ser desenvolvida para apropriação de novos
conhecimentos) e o sistema de meios (sistema de ações, instrumentos e objetivos da
atividade).
As atividades de aprendizagem não ocorrem no espontaneismo. O professor é responsável pela elaboração destas atividades (mediador). É ele que conduz o processo de apropriação dos conceitos científicos através de um conjunto de ações e operações (motivo + finalidade + meio + relações do aprendido na vida). Para toda e qualquer atividade de aprendizagem do aluno é necessária a orientação do professor ou de um sujeito mais experiente, nos seus mais diferente momentos de realização. (...) O processo de orientação por parte do professor é fundamental, pois possibilita ao aluno uma visão de todo o processo. 1. Situação-problema (problematização).
a) Parte mais importante da atividade, pois o aluno deve perceber o motivo para aprender.
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b) Partir de problemas (materiais ou conceituais), trazer esses problemas para a materialidade da vida dos alunos, apresentá-los de maneira realista e intrigante, de modo que os alunos estejam motivados e vejam finalidade na discussão e solução dos mesmos. Interesse pelo objeto de estudo.
c) Explorar o conhecimento trazido pelo aluno.
2. Objetivos. Que o professor deseja atingir com os alunos através desta atividade. 3. Conceitos e conteúdos disciplinares e multidisciplinares. Elencar os conceitos e conteúdos que serão abordados, tanto os da disciplina do professor quanto os das outras disciplinas. Isto não significa ter que planejar a atividade com outro professor. 4. Encaminhamentos Metodológicos. (meios/ações/operações) Debates, leituras, vídeo, palestra, explicação, estudo em grupo, visitas de estudo, pesquisa bibliográfica ou internet, entrevistas, seminário, dramatizações, gráfico, estudo de textos diferentes, etc... 5. Cronologia Depende da atividade. O aluno deve receber um cronograma com todas as etapas do trabalho. 6. Avaliação, resultados e redimensionamento. Avaliação: como o aluno vai obter as notas finais desta atividade. Auto avaliação, participação, assiduidade, produção escrita, prova (contextualizada), recuperação, etc. Resultados: avaliar com os alunos se a atividade atingiu os objetivos. Redimensionamento: se não houve aproveitamento, aproveitar as sugestões e dar encaminhamento. Aproveitamento de Estudos: O aluno que ingressar no Externato advindo de instituições de ensino estrangeiras deverá apresentar os documentos que comprovem o atual estágio cognitivo, para a inserção na classe ideal, tanto cronológica como pedagogicamente. Caso essa documentação não exista, ou não seja entregue no prazo previsto em lei, a escola poderá aplicar avaliações diagnósticas, entrevistas com o aluno e/ou familiares (com a Coordenação, Orientação e Direção) para, após analise da equipe pedagógica encaminhar o aluno para a série competente, com aval (via Ata) da família.
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2.3. AVALIAÇÃO Considerando a legislação vigente e a nossa Proposta Curricular, na avaliação
prevalecerão os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Também será contínua,
cumulativa e diagnóstica, mediante verificação da aprendizagem de conhecimentos e
do desenvolvimento de competências e habilidades.
Nesse sentido, além de avaliar a aprendizagem, a avaliação será instrumento para verificar se as ações educativas da escola e o trabalho do professor estão atingindo os objetivos educacionais propostos. Uma avaliação eficaz na perspectiva histórico cultural, só é possível através da investigação sistemática das situações mediadas pelo professor na atividade de aprendizagem, onde o aluno é desafiado a apropriar-se de novos conhecimentos, buscando estratégias para fazê-lo avançar mais. Para tal, o professor deverá trazer instrumentos avaliativos que vão além das avaliações individuais. E, a escola deverá oportunizar aos professores e alunos momentos de participação em reuniões para tratar do processo avaliativo. “Sendo participativa, a avaliação possibilita dinamizar oportunidades para que professor e aluno tomem consciência da evolução de sua aprendizagem, como momento de ajuda, como mais instrumento de reflexão sobre o processo, podendo, assim, fazer e refazer caminhos numa permanente atitude investigadora frente ao conhecimento”. (PC 1998, p. 75) A avaliação do processo ensino-aprendizagem se torna fonte de informação para novos procedimentos a serem tomados a cada instante do processo educacional, visando à melhoria da qualidade de ensino. 2.4. PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA O Externato Santo Antonio adota os princípios da gestão democrática estabelecidos na Constituição Federal, LDB e nos Plano Nacional e Estadual de Educação, pois acredita que somente com a participação de toda comunidade escolar nas decisões da escola pode-se chegar à verdadeira autonomia pedagógica e à elevação da qualidade de ensino. Após várias décadas de movimentos em prol da escola de qualidade social e democrática, a Constituição Federal/1988, no artigo 206, estabeleceu a gestão democrática como princípio fundamental da Educação regulamentada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano Nacional de Educação que determinam sua consonância com as peculiaridades dos sistemas de ensino, a garantia da participação dos profissionais na elaboração da proposta pedagógica da escola.
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Nesse sentido, constata-se a importância da gestão democrática na escola para a construção do projeto político pedagógico e de pastoral, criando-se condições para uma relação mais assertiva entre escola e comunidade. O planejamento participativo traz a possibilidade de melhoria da qualidade do ensino, pois cria condições de um currículo baseado na realidade local e de um maior comprometimento de todos os agentes envolvidos na escola. Nesta proposta de gestão democrática há uma redefinição do papel do gestor agora como articulador, mediador entre o projeto coletivo da escola e a comunidade. Em última instância cabe ao gestor garantir e incentivar a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade nas decisões e projetos da escola. O papel do gestor neste processo é de articulação entre todos os membros da comunidade escolar no sentido de construir a gestão democrática. Assim, compete ao diretor, dentre outros, o papel de articulador e incentivador da participação e de ações colegiadas na escola. 2.5. O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NO CONTEXTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA Conceituamos o projeto político-pedagógico:
“O Projeto Político Pedagógico é concebido como instrumento teórico-metodológico que a escola elabora, de forma participativa, com a finalidade de apontar a direção e o
caminho que vai percorrer para realizar, da melhor maneira possível, sua função educativa”.
“O projeto pedagógico aponta o rumo que a escola deve tomar. Corresponde à tomada de decisões educacionais pelos vários autores que o concebem, executam e avaliam,
sempre considerando a organização do trabalho escolar como um todo e respeitando os preceitos e os princípios legais estabelecidos”
(Progestão, módulo III, p. 31)
O projeto político-pedagógico é um instrumento que contribui e garante a efetivação da gestão democrática. Permite que a unidade educacional defina a sua organização em todas as dimensões da vida escolar, estabelecendo uma identidade própria. O projeto político-pedagógico deve se constituir na referência norteadora, em todos os âmbitos da ação educativa da escola.
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A palavra projeto nos traz a ideia de futuro, de vir-a-ser, partindo de uma realidade dada e traçando caminhos para uma realidade melhor. Neste sentido podemos dizer que Projeto Político-Pedagógico e de Pastoral pode ser entendido como instrumento teórico-metodológico que a escola constrói coletivamente, com a finalidade de apontar a direção e o caminho que vai seguir para melhor cumprir sua função educativa: qualidade social da educação. É o documento que dá identidade da escola de acordo com sua realidade local. Trata-se de um documento elaborado e reelaborado pela escola, que respeita os sistemas de ensino pelo qual é legislado, e que tem a possibilidade de atender aos anseios da comunidade em que está inserida, com o propósito de oferecer uma educação de qualidade. Devido à relevância atribuída ao projeto, faz-se necessária a construção coletiva em espaços de participação que reúna os diretores, professores, funcionários estudantes, pais e outros representantes da comunidade onde possam exercer a prática democrática, cientes que a educação é um direito. Assegurar a efetiva aplicação da proposta no cotidiano escolar implica em fazer com que as pessoas envolvidas façam parte da construção, implementação, acompanhamento e avaliação do projeto, num amplo processo de discussão para tomada de decisões e corresponsabilidade nos compromissos firmados pela coletividade. Todo PPPP deve ter um caráter político e pedagógico, pois exige tomada de decisão visando sempre os fins da educação. Não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é também político. Compreender esta dimensão é importante para que este documento fundamental não seja cheio de boas intenções, mas vazio de ações concretas. A construção coletiva do projeto pedagógico da escola deve sempre articular a realidade da escola, tomando-a como referência, e o contexto social mais amplo. Isto é, para o sucesso, a escola deve partir de seu diagnóstico e traçar seus objetivos levando em consideração suas deficiências e a realidade local. Nesta perspectiva o PPPP deve possuir as seguintes características: defesa da democracia na escola; ser inclusiva de acordo com a diversidade dos alunos; assegurar a participação coletiva e a integração dos diversos setores da comunidade escolar; busca da autonomia escolar; e a prioridade é a qualidade da educação.
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Os princípios centrais para a gestão democrática da escola são a autonomia e a participação contempladas pelo projeto político-pedagógico. Portanto, projeto político-pedagógico, autonomia e gestão democrática são indissociáveis na prática escolar. Transformar o projeto político pedagógico e de pastoral em um documento vivo é o grande desafio do gestor que será o articulador desse processo que somente será viabilizado e terá sucesso se construído coletivamente, sempre pautado pelas leis dos sistemas de ensino. 2.6. QUALIDADE DE ENSINO O Externato Santo Antonio adota o princípio da qualidade de ensino como
compromisso social da educação. Oferecer aos alunos desta escola qualidade é uma
obrigação legal e também objetivo da comunidade escolar.
Partimos do pressuposto que elaborar um conceito de educação de qualidade é muito complexo, pois ele tem de ser construído por todos que estão envolvidos diretamente com a escola e pela comunidade onde está inserida. Qualidade é um conceito dinâmico, reconstruído constantemente. Cada escola tem autonomia para refletir, propor e agir na busca da qualidade na educação. Mas, há muitas referências nos documentos referentes à educação como na LDB, PCNs, Constituição Federal e outros. Nestes documentos a ideia é que Educação de Qualidade é aquela que leva à formação básica do aluno e à cidadania. Esta educação é a que oportuniza condições de aprendizagem para que o aluno desenvolva a capacidade de aprender, de compreender o ambiente em que vive e que adquira certos conhecimentos e habilidades que possibilitem seu crescimento pessoal e profissional. Isto é, a educação de qualidade deve ter como objetivo a formação para a cidadania para que o sujeito possa ter condições de usufruir dos seus direitos e consciência para cumprir seus deveres e, deste modo, alcançar seu pleno desenvolvimento intelectual, psicológico e profissional. A educação tem o compromisso de fazer o aluno aprender os conceitos científicos essenciais, de prepará-lo para o trabalho e para o exercício da cidadania. Estes objetivos pretendem ser atingidos pelo Externato Santo Antonio através do compromisso inicial de oferecer condições ao aluno de chegar ao final do ciclo educativo sabendo ler, escrever, interpretar e dominar os conteúdos estudados. Também é importante que ele saiba expressar-se, relacionar-se e esteja preparado para adaptar-se às mudanças.
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As metas assumidas pela escola para que o mínimo de qualidade seja garantida ao aluno são: planejamento adequado do professor, considerando os conteúdos mínimos e significativos de acordo com a realidade do aluno; seriedade na aplicação das avaliações, seguindo os critérios estabelecidos no PPPP; oferta de recuperação paralela; oferta de aulas diferenciadas com dinâmicas de grupo e outras atividades com finalidades pedagógicas; uso de tecnologias existentes na escola; cumprimento do estabelecido no PPPP quanto á metodologia, pressupostos e avaliação. Essas metas e objetivos serão avaliadas todo final de ano para que seja feita a adequação ou proposição de novos desafios. Lembrando que qualidade só acontece com o comprometimento de todos: pais, professores, alunos e comunidade. 2.7. PERFIL DO EDUCADOR E DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO O essencial à escola é trabalhar com profissionais identificados com a filosofia e metodologia; com elevado espírito científico e de equipe; e, principalmente, o educador garantindo condições para o aluno obter êxito no processo ensino - aprendizagem. Na estrutura o ponto convergente de todos os esforços da equipe é o corpo docente, em torno do qual todos os setores se organizam; isso porque os órgãos administrativos só tem razão de existir à medida que promovam o trabalho docente e, desta forma contribuem para o entendimento do objetivo maior da escola, a formação do nosso aluno. 1. Perfil do Professor 1.1 Tendo em vista que o comportamento do aluno sofre grandes influências da
postura do educador, faz-se necessário explicar o perfil do professor:
- Cultura geral atualizada. - Domínio do conteúdo e dos conceitos da disciplina ou área do conhecimento. - Comprometimento - Ético. 1.2. Preparo didático – Pedagógico * Visão do processo educativo em seu conjunto, correlacionado com os demais professores, disciplinas e órgãos de apoio;
* Empregos de métodos e técnicas operacionais adequadas e atuais;
* Saber o “que”, o “porque” e o “como ensinar”;
* Tornar o ensino interessante e atrativo; 1.3. Maturidade Afetiva
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* Maturidade (O professor é um amigo e não um colega).
* Capacidade de adaptação (Projeto Político Pedagógico e de Pastoral).
* Bom relacionamento com o próximo.
* Equilíbrio emocional, sinceridade e coerência.
* “Disposição de “mais dar” do que “receber”.
* Entusiasmo e otimismo.
* Segurança na realização do trabalho.
* Imparcialidade.
* Aceitação dos limites do próximo. 1.4. Senso de Responsabilidade e Dever * Assiduidade.
* Pontualidade tanto na entrada as aulas como após a pausa do recreio.
* Dedicação.
* Organização.
* Disciplina.
* Cumprimento de normas. 1.5. Identificação com a Filosofia e Trabalho Desenvolvido pela Escola * Participar de toda ação educativa da escola.
* Colaborar com a equipe e com a escola.
* Saber usar a palavra certa no momento oportuno, de colaborar, questionar e ou discordando com o objetivo com a melhoria do processo ensino-aprendizagem. 2. Competência do Professor 2.1. Zelar pela formação integral dos alunos. 2.2. Elaborar e executar a programação referente à sua disciplina. 2.3. Cumprir e fazer cumprir horários, cronogramas e calendário escolar. 2.4. Desenvolver no aluno o hábito do estudo. 2.5. Avaliar o desempenho global dos alunos. 2.6. Colaborar com a direção, colegas e funcionários, na consecução dos objetivos maiores da instituição. 2.7. Participar em conselhos de classe, reuniões, capacitação, planejamentos e de outras atividades, sempre que convocado. 2.8. Zelar pelo bom uso, conservação e manutenção das instalações, equipamentos e material da escola. 2.9. Cumprir as decisões tomadas no coletivo. 2.10. Participar na elaboração, execução e avaliação do PPPP.
3. Orientações para o Professor 3.1. Manter a ordem e a disciplina dos alunos.
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3.2. Manter tom de voz agradável. 3.3. Manter em dia a escrituração escolar nos diários de classe. 3.4. Avisar com antecedência quando, quando não puder cumprir o seu horário de trabalho. 3.5. Apresenta-se conveniente trajado, evitando exageros ou excentricidades que venham desviar a atenção do grupo. 3.6. Manter-se atualizado. 3.7. Levar o material didático necessário ao dirigir-se para a sala de aula, evitando abandonar ou mandar alunos para buscar. 3.8. Elaborar todos os cronogramas de aula e instrumentos de avaliação. 3.9. Apresentar atestado médico, quando a falta for por motivo de saúde. 2.8. CRITÉRIOS PARA AS AÇÕES Todas as prioridades e ações a serem desenvolvidas na escola, deverão estar
permeadas pelos fins da educação: respeitando a legislação vigente; a Proposta
Curricular do Externato; a realidade em que os alunos estão inseridos; o Projeto
Pedagógico da escola: princípios, metodologia e normas; o planejamento coletivo e
interdisciplinar.
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III – PROPOSTA CURRICULAR
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3.1. - DESAFIO CURRICULAR: EXPECTATIVAS DE APRENDIZ AGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA De acordo com Cesar Callegari (2010), conselheiro do Conselho Nacional de Educação/CNE, as [...] expectativas de aprendizagem vão dizer o que uma criança tem o direito de aprender em uma determinada etapa [...]. Isso tem a ver com a subjetividade do direito: as crianças têm direito não só à educação, mas à aprendizagem. Nós temos que dizer, com clareza, quais são estas expectativas para que todos se comprometam com a sua realização. Reiterando essa premissa, o Externato Santo Antonio propõe, como base para as expectativas de aprendizagem para a Educação Básica:
• 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental : acesso e consolidação das habilidades essenciais de leitura, escrita e cálculo: alfabetizar letrando;
• 4° e 5° anos do Ensino Fundamental : aprofundamento e complexificação das habilidades de leitura, escrita e cálculo, em direção ao letramento, para compreensão do ambiente natural e social, das artes, da cultura e dos valores que fundamentam a sociedade;
• Anos finais do Ensino Fundamental : compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos valores que fundamentam a sociedade: consolidação da alfabetização e aprofundamento do letramento;
• Ensino Médio : compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos presentes na sociedade contemporânea, preparação básica para a cidadania e o trabalho, tomado como princípio educativo, formação ética e estética: consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental.
Na organização e gestão do currículo, as abordagens disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar requerem a atenção criteriosa do Externato, porque revelam a visão de mundo que orienta as práticas pedagógicas dos educadores e organizam o trabalho do estudante. A unidade entre pensamento e ação está na base da capacidade humana de produzir sua existência. É na atividade orientada pela mediação entre pensamento e ação que se produzem as mais diversas práticas que compõem a produção de nossa vida material e imaterial: o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura. Por essa razão, trabalho, ciência, tecnologia e cultura são instituídos como base da proposta e do desenvolvimento curricular na Educação Básica, de modo a inserir o contexto escolar no diálogo permanente, com a necessidade de compreensão de que estes campos não se produzem independentemente da sociedade, e possuem a marca da sua condição histórico-cultural.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HOMOLOGAÇÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E DE PASTORAL
Data: ___/___/___
Carimbo e assinatura do
Diretor
Parecer do Supervisor de
Ensino
Pela homologação
Data: ___/___/___
Supervisor de Ensino
Homologo
Data: ___/___/___
Dirigente Regional de
Ensino