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COLÉGIO ESTADUAL “OLAVO BILAC” – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ITAMBÉ/PR – 2011
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COLÉGIO ESTADUAL “OLAVO BILAC” – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
RUA HUMBERTO MORESCHI – 103TELEFONE: (44)3231-1575
E-mail: imeolavobilac@seed.pr.gov.brITAMBÉ - PARANÁ
ENTIDADE MANTENEDORA:GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE MARINGÁ
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... E todo o saber é vão, salvo
quando há trabalho.
E todo o trabalho é vazio, salvo
quando há amor.
E, quando trabalhais com amor,
estais unidos convosco mesmo,
com os outros
e com DEUS.
Gibran Khalil Gibran
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ÍNDICE
1. Identificação do Estabelecimento de Ensino .......................................................................... 5
2. Organização da Entidade Escolar ........................................................................................... 9
3. Caracterização da Comunidade Escolar ................................................................................ 14
4. Fundamentação Teórica ........................................................................................................ 46
5. Intervenções Pedagógicas ..................................................................................................... 68
6. Atividades Integradoras do Currículo ................................................................................... 69
7. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA ................................................................ 74
8. PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO ..................................................................................... 78
9. PLANO DE TRABALHO DOCENTE ................................................................................ 79
10. Formas de acompanhamento e avaliação institucional do PPP. ......................................... 79
11 . PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ................................................................. 81
SERIAÇÃO DOS CONTEÚDOS PARA AS TRÊS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO ........... 189
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES .............................................................................. 189
CONTEÚDOS ..................................................................................................................... 189
BÁSICOS .............................................................................................................................. 189
1ª SÉRIE ................................................................................................................................. 189
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO RELIGIOSO ......................................... 209
CONTEÚDOS BASICOS E ESPECIFICOS DO ENSINO RELIGIOSO ............................. 210
12. E-TEC BRASIL ................................................................................................................ 215
13. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ....................................................................... 217
14. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 226
15.ANEXOS ........................................................................................................................... 230
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1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
1.1. Colégio: Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e
Médio, código: 00020.
1.2. Localização: Rua Humberto Moreschi, nº 103, Centro, Itambé / Paraná,
código: 1120.
1.3. Dependência Administrativa: Estadual
1.4. N.R.E.: Maringá
1.5. Entidade Mantenedora: SEED – Secretaria de Estado da Educação
1.6. Ato de Aprovação do Regimento Escolar: 061/2009
1.7. Aspectos Históricos:
Criado e inaugurado em 1953 como Unidade Escolar, recebeu o nome de
Escolas Reunidas de Itambé, com 165 alunos matriculados. O Corpo docente da época
era constituído de sete professores entre os quais a Senhora Ester Mateus Pinto de Melo,
professora estadual responsável pelo Corpo docente e Discente no ato da inauguração.
A primeira turma a se formar contou com l9 participantes. A solenidade de entrega de
diplomas realizada na câmara municipal.'
Tendo um total de 165 alunos, em dezembro deste ano, realizou-se a festa da
entrega dos diplomas, quando 19 alunos participaram.
Em março de 1954, a Professora Ester Mateus Pinto de Melo deixou o exercício
do magistério, e as Escolas Reunidas de Itambé ficaram sob a responsabilidade da
Professora Conceição Rezende, com 7 professores.
Em 1955, a Professora Conceição Rezende, foi transferida para a cidade de
Marialva, ficando em seu lugar a Senhora Maria do Carmo Gomes, que por sua vez foi
transferida para a cidade de Floresta e deixa o cargo para o Professor Albino Turbay.
Em 1958, a referida Escola ficou sob a responsabilidade da Inspetora Maria
Fraset, com um Corpo Docente de 06 professores.
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Em 17 de fevereiro de 1962, foi criado o Grupo Escolar de Itambé, pelo Decreto
nº6.511, que teve como Diretora a Professora Yara Nobre de Almeida Grenier e
Secretária, a Professora Maria Aparecida Mollo Jorge, com 13 professores.
Em 1965, a Professora Yara Nobre de Almeida Grenier, deixa a Direção do
Grupo Escolar de Itambé, tomando posse a Professora Ivone Menta Deanin e Secretária
a Professora Antônia Aparecida Passarelli, sendo o corpo docente composto de 23
professores.
Em 1967, pelo Decreto nº8175 de 26/12/67, foi criada a Escola Normal Colegial
Estadual “Victor do Amaral”, conforme Diário Oficial de 29/12/67. Passando a
funcionar no mesmo prédio do Grupo Escolar “Olavo Bilac”. E pelo Parecer 040/78 –
Processo nº022/78 foi aprovado o projeto de implantação com Habilitação: Magistério e
Básico em Agropecuária – do Ensino de 2º Grau com a denominação Colégio “Victor
do Amaral” – Ensino de 2º Grau. Tendo como Diretora a Professor Yara Nobre de
Almeida Grenier que permaneceu até 1980 – durante este período atuaram como
Secretárias: Antônia Aparecida Passareli, Alzira Rodrigues Cabeleira, Conceição
Hernandes Denz e Vera Eloisa de Mello Assis.
Em 1968, tomou posse como Diretora do Grupo Escolar de Itambé, a Professora
Antonia Aparecida Passarelli e sua Secretária a professora Inocência Pereira Castro
Costa e um Corpo Docente de 28 professores e 04 serventes.
Em 1968, de acordo com o Decreto nº11.648 de 24 de agosto, conforme Diário
Oficial nº145, o Grupo Escolar de Itambé, recebeu o nome de Grupo Escolar “Olavo
Bilac”.
De 1968 a 1969 teve como Diretora a Professora Dulce de Souza Santos e
Secretária a Professora Joanita Blanchet Bianchessi.
Em 1970, tomou posse do Grupo Escolar “Olavo Bilac”, como Diretora a
Professora Balbina Escolástica Lopes Monteiro com 32 professores e 07 serventes.
Em outubro de 1971, a Professora Hilda Germano Geremias, tomou posse como
Diretora e como Secretária a Professora Ermelina Rúbio Zacarias. O Corpo Docente
nesta época, era composto por 29 professores e 05 serventes.
No ano de 1973, a Professora Alzira Rodrigues Cabeleira, tomou posse da
direção do Grupo Escolar “Olavo Bilac” e como Secretária Ermelina Rúbio Zacarias.
Em 1977 a Escola em questão, passou a denominar-se Escola “Olavo Bilac” –
Ensino de 1º Grau de acordo com ab Resolução Nº673/77, em 1978 a Professora
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Ermelina Rúbio Zacarias, assume a Direção e como Secretária Maria Aparecida Jorge
Rizzo.
Em 1980 com a reorganização do Colégio “Victor do Amaral” – Ensino de 2º
Grau, que desde a sua fundação funcionava como Escola Normal Colegial Estadual
“Victor do Amaral” passou a denominar-se Colégio “Olavo Bilac” – Ensino de 1º e 2º
Graus, conforme o Decreto nº2.473/80 de 12/06/80 – Diário Oficial nº816 de 13/06/80,
respondendo pelas Direções: 1º Grau – Ermelina Rúbio Zacarias e 2º Grau – Yara
Nobre de Almeida Grenier, até 31/07/1983.
Em 30 de dezembro de 1981, através da Resolução nº3.765/81 fica reconhecido
o Curso de 2º Grau Regular do Colégio “Olavo Bilac” – Ensino de 1º e 2º Graus do
Município de Itambé, com as Habilitações Magistério e Básica em Agropecuária.
Em primeiro de agosto de 1983, após a realização de eleições para Diretor,
assume como candidato eleito a Direção do Colégio “Olavo Bilac” – Ensino de 1º e 2º
Graus o Professor José Joaquim Pereira Mello e como Secretária Amélia Ferreira de
Oliva.
Em 11 de abril de 1983 sob a Resolução nº1.145/83 o Colégio “Olavo Bilac” –
Ensino de 1º e 2º Graus, passou a denominar-se Colégio Estadual “Olavo Bilac” –
Ensino de 1º e 2º Graus.
Em 12 de março de 1987, através da Resolução nº557/87 fica autorizada a
implantação gradativa do funcionamento da Habilitação Técnico em Contabilidade, e
através da Resolução nº1.096/87 a cessação gradativa e definitiva das atividades
escolares da Habilitação Básica em Agropecuária do Colégio Estadual “Olavo Bilac” –
Ensino de 1º e 2º Graus sendo a mesma substituida pela Habilitação Técnica em
Contabilidade reconhecido pelo Governo do Estado do Paraná conforme Resolução
nº2.722/89 de 02 de outubro de 1989.
Do ano de 1983 a 1987, o Colégio Estadual “Olavo Bilac” esteve sob a Direção
do Professor José Joaquim Pereira Mello e como Secretárias Shirley Reis Louzada e
Hiroko Aoki.
Nos anos de 1988/1989 ficou sob a direção da Professora Jamile Saade Said e
Secretárias Neide Neves Ramos e Aurélio de Souza Santos.
Do ano de 1990 a 1997, o Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino de 1º e 2º
Graus esteve sob a Direção o Professor José Joaquim Pereira Mello e como Secretárias
Ladair Grigoletto, Jurema Aparecida da Silva Moreschi Bueno e Sonia Maria Alves
Machado.
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Em 18 de março de 1993, de acordo com a Resolução nº616/93 de 24/02/93 as
turmas de 1ª a 4ª séries do Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino de 1º e 2º Graus
tiveram as atividades escolares cessadas, sendo municipalizadas pela Resolução
nº617/93 de 24/02/93, passando para uma outra escola denominada Escola Municipal
“Padre Aldo Lourenço Matias” – Ensino de 1º Grau.
Em 02 de junho de 1997 através do parecer nº059/97, deu-se a aprovação do
Plano Curricular do Colégio Estadual “Olavo Bilac”-, do Curso de 2º Grau – Educação
Geral- Preparação Universal, sendo autorizado o funcionamento conforme Resolução
nº2.343/97 – Diário Oficial nº5.062/97 de 07/08/97 – tendo como reconhecimento o
Curso através do Parecer nº429/99-SEED.
De acordo com a LDB-9394/96 e a Deliberação 003/98-CEE-3120/98 – o
Estabelecimento passa a seguinte nomenclatura:
- De Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino de 2º Grau.
- Para Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Médio, reconhecido e
mantido pelo Governo do Estado do Paraná conforme Resolução
nº4.391/99 de07/12/99.
Deu-se então a cessação gradativa dos Cursos: Habilitação em Magistério e
Habilitação em Contabilidade.
No período de 1998 a 2001, o Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Médio
teve como Diretor o professor Manoel Messias Mendes e como Secretária a professora
Sonia Maria Alves Machado.
Do ano de 2001 a março de 2005, no Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino
Médio, respondeu pela Direção a professora Jamile Saade Said e como Secretária a
professora Sônia Maria Alves Machado.
De março a dezembro de 2005 atendeu pela Direção a professora Elisabete
Aparecida Moreno e como Secretária a professora Sônia Maria Alves Machado.
A partir do ano de 2006 até abril de 2010, respondeu pela Direção a professora
Jamile Saade Said e como Secretária Stella Maris Gesualdo Grenier.
A partir de junho de 2010, responde pela direção, até o presente momento, a
professora Elizabete Aparecida Moreno e como Secretária Stella Maris Gesualdo
Grenier .
O presente Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual “Olavo Bilac” -
Ensino Fundamental e Médio, em consonância com a Lei nº 9394/96 da nova Lei de
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Diretrizes e Bases da Educação Nacional adquire o caráter de terminalidade da
Educação Escolar Básica.
Em 22 de setembro de 2009 através do parecer nº2322/09-CEF/SEED, deu-se a
solicitação de autorização para o funcionamento da Educação de Jovens e Adultos do
Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Médio, do Curso de Ensino Fundamental Fase
II e Ensino Médio, presencial, sendo autorizado o funcionamento conforme Resolução
nº909/10-SEED – Diário Oficial 25/05/2010, passando o estabelecimento a denominar-
se Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e Médio.
Importa lembrar que o presente Estabelecimento de Ensino tem como Ato de
Autorização de Funcionamento a Resolução nº 2.473 DOE de 13/06/1980, Ato de
Reconhecimento do Estabelecimento a Resolução nº 3.765 DOE de 22/01/1982, Ato de
Reconhecimento de Cursos a Resolução nº 4.391 DOE de 22/12/1999 e Renovação de
Reconhecimento de Curso a Resolução nº 27/09 DOE de 17/03/2009.
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e Médio, na
organização do tempo e do espaço escolar, oferta as seguintes modalidades de ensino:
EJA Ensino Fundamental II e EJA Ensino Médio, Ensino Médio Regular, E-Tec Brasil
(Gestão em Administração, em Secretariado e em Serviços Públicos), Projeto Viva
Escola e Celem Espanhol, distribuídos da seguinte forma:
No Ensino Médio o curso tem duração de três anos, tendo um total de nove
turmas, sendo que seis turmas funcionam no período da manhã, das 7:30 às 11:55 horas,
e três turmas no período da noite, das 19:00 às 23:10 horas.
Na Educação de Jovens e Adultos, o turno de atendimento é o noturno, das
19:00 às 22:20 horas, sendo que o curso é organizado em disciplinas.
Os cursos de Gestão em Administração, em Serviços Públicos e em
Secretariado, do E-Tec Brasil, são ofertados em dois dias semanais para cada turma, das
19:00 às 22:20 horas.
O Projeto Viva Escola oferece três tipos de atividades pedagógicas de
complementação curricular diferentes: Preparatório para o Vestibular, Fabricação de
Sabão e Detergente e Teatro. Tendo dois dias semanais para o desenvolvimento de cada
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projeto, com um total de quatro horas cada projeto, tendo duas turmas funcionando no
período da tarde e uma turma no período da noite.
O CELEM – Espanhol é composto por duas turmas, sendo que o horário de
atendimento de uma turma ocorre no período intermediário das 17:20 às 19:00 horas, e
de outra no período noturno das 19:00 às 20:40 horas.
2.1. Modalidade de Ensino:
• Ensino Médio
• Educação Profissional Subsequente à Distância – E-Tec Brasil:
Gestão em Secretariado
Gestão em Serviços Públicos
Gestão em Administração
• Educação de Jovens e Adultos:
1. Ensino Fundamental Fase II
Ensino Médio
2.2. Número de Turmas:
CURSO ENSINO TURNO SÉRIE Nº TURMAS TOTAL DE ALUNOS
ENSINO MÉDIO
REGULAR1 - MANHÃ
1ª 03 992ª 02 603ª 02 64
5 - NOITE1ª 01 282ª 01 143ª 01 24
ESPANHOLBÁSICO
CELEM 5 - NOITE 3117
EJA FUNDAMENTAL II 49MÉDIO 39
E-TEC BRASIL 60 TOTAL 14 TURMAS 485 ALUNOS
2.3. Turno de Funcionamento: manhã e noite.
2.4. Ambientes Pedagógicos:
Salas de Aula:
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O Colégio conta com 14 salas em dois pavilhões, sendo que o Bloco A conta
com 08 salas com 48,5m2 e o Bloco B conta com 06 salas de 49,5m2, todas equipadas
com jogos de carteiras e uma mesa para o professor.
As salas do Bloco A são equipadas com Tv Pen Drive para utilização de
professores e alunos, melhorando assim o ensino e aprendizagem.
Biblioteca:
A biblioteca funciona em uma sala adaptada para esse fim, é um espaço
democrático, com 48m2 o acervo bibliográfico conta com 5.699 livros, a disposição de
toda a comunidade e principalmente para os alunos, onde os mesmos fazem pesquisa
das diversas disciplinas do currículo, contribuindo assim para melhorar a aprendizagem.
Possui também dois computadores para uso do aluno e do professor, que foram
adquiridos pelo Proinfo.
A biblioteca está sob responsabilidade Maria Inez de Souza, auxiliar
administrativo, contratada sob Regime PSS.
Laboratório de Química, Física e Biologia.
O laboratório funciona em uma sala pequena adaptada, com 24,67 m2, não tem
funcionário responsável para dar atendimento aos professores e aos alunos. É utilizado
pelos professores das disciplinas de Química, Física e Biologia, mas são os próprios
professores dessas disciplinas que elaboram o plano de trabalho, planejamento das
experiências para realização do trabalho a ser desenvolvido com os alunos,
oportunizando a construção do conhecimento enquanto processo de aprendizagem,
como complemento das teorias trabalhadas em sala de aula, despertando interesse para
pesquisas científica, saúde e outras.
Para melhor atendimento da comunidade escolar, há necessidade de ampliação
do espaço, que por ser pequeno podendo até acarretar problemas de saúde, pois o
número de alunos atendidos e de na média 25 a 35 alunos das salas de aula.
O laboratório de ciências equipado com paquímetro, voltímetro, micrômetro,
balança, microscópios, mesas, banquetas, entre outros equipamentos.
Laboratório de Informática:
O Colégio possui um Laboratório de Informática com 72 m2, equipado com 12
computadores do Paraná Digital e 16 computadores do Proinfo que estão sendo
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instalados, há também impressora, e mobiliário adequado ao atendimento da
comunidade escolar.
O laboratório de informática é utilizado pelos professores, e também pelos
alunos do E-Tec Brasil. Os professores não estão usando o laboratório de informática
com os alunos, pois o número de computadores é insuficiente para o numero de alunos a
serem atendidos, e também por não contarmos com profissional preparado para dar
atendimento individual e coletivo no laboratório.
2.5. Regime Escolar:
Quanto ao Regime Escolar acontece de forma anual, contemplando, conforme o
Regimento Escolar, os seguintes itens:
• A Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adotará para
posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com a idade,
experiência e desempenho, adquiridos por meios formais e informais, podendo ser
realizada por:
- promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série, etapa,
ciclo, período ou fase anterior na própria escola;
- transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do
exterior, considerando a classificação na escola de origem;
- independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita
pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita
sua inscrição na série, ciclo, período fase ou etapa adequada.
A Classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e
dos profissionais – procedendo a avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou
equipe pedagógica; comunicando ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado para obter deste, o respectivo consentimento; organizar comissão formada por
docentes, técnicos e direção da escola para efetivar o processo; arquivar atas, provas,
trabalhos ou outros instrumentos utilizados e registrar os resultados no Histórico Escolar
do aluno.
• A Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de
desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas
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curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua
experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.
Quanto as adaptações de estudos, a equipe pedagógica do Estabelecimento de
Ensino juntamente com o professor da disciplina sujeita a adaptação, elaborarão um
conjunto de atividades didático-pedagógicas a serem desenvolvidas sem prejuízo das
atividades normais da série ou período, em que o aluno se matricular, para que possa
seguir, com proveito, o novo currículo.
Para efetivação do processo de adaptação, é de competência deste
Estabelecimento de Ensino, comparar o currículo, especificar as adaptações a que o
aluno estará sujeito, elaborar um plano próprio, flexível e adequado a cada caso e, ao
final do processo, elaborar a ata de resultados e registrá-los no Histórico Escolar do
aluno e no Relatório Final encaminhado a SEED.
Vale lembrar que, quando o Estabelecimento de Ensino ofertar mais que um
turno de funcionamento, o aluno sujeito a adaptação, realizará a mesma em contra-
turno, exceto no caso do aluno trabalhador do período noturno, fará sua adaptação
através de um projeto especial, no mesmo período.
• A Progressão Parcial, conforme o previsto no Regimento Escolar, é
permitido ao aluno cursar o período subseqüente, concomitantemente, em até duas
disciplinas ou área de conhecimento da série, fase, ciclo ou período, conforme
estabelece a lei.
O Regime de Progressão Parcial exige, para aprovação, a freqüência prevista
em lei e o aproveitamento determinado pelo Regimento Escolar.
Quando houver impossibilidade da disciplina em dependência ser cursada em
horário compatível com o da série, ciclo, fase ou período que o aluno estiver cursando,
estabelecer plano especial de estudos, registrado em relatório que deverá integrar a pasta
individual do aluno.
É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência no
Ensino Fundamental.
A expedição de certificado de conclusão de curso só se dará após o atendimento
integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os mínimos
exigidos por lei e eliminados as dependências ocorridas ao longo do curso.
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2.6. Organização Curricular
O Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e Médio fez a opção
pelo currículo disciplinar, que busca garantir a especificidade do conhecimento, a partir
de cada disciplina, com cuidado em trabalhá-lo em suas múltiplas determinações e
relações, que são históricas, sociais, culturais e políticas, onde o conhecimento deve ser
trabalhado em sua totalidade, numa perspectiva dialética e interdisciplinar.
A função social da escola é possibilitar que, por meio do conhecimento de cada
disciplina da grade curricular, os alunos possam ter a compreensão de sua condição de
sujeito histórico. Na mesma perspectiva, o professor é aquele que estuda, busca
aprimorar-se e capacitar-se, é o sujeito que tem o domínio do saber e deve mediar este
saber ao aluno de forma organizada e sistematizada, deve portanto, ensinar, por meio da
seleção e recorte do conteúdo planejado intencional, político, histórico e cultural.
Nas Diretrizes Curriculares propõe-se uma reorientação na política curricular,
tendo como objetivo a construção de uma sociedade igualitária, dando oportunidade a
todos. Assim a Educação Básica deve ser oferecida aos Jovens e Adultos das classes
trabalhadoras, das diversas etnias e culturas, oportunizando aos mesmos o acesso ao
conhecimento veiculado por meio dos conteúdos das disciplinas curriculares.
O currículo disciplinar dá ênfase à escola como lugar de socialização do
conhecimento, do saber sistematizado para que os estudantes das classes trabalhado
tenha na escolarização básica a oportunidade, talvez a única, de acesso ao mundo
letrado do conhecimento cientifico, da reflexão e contato com a arte.
3. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
3.1. Direção
A escola conta só com um Diretor , não tem Direção auxiliar.
O trabalho desenvolvido na escola, contempla o trabalho coletivo, onde todas as
ações desenvolvidas em conjunto, onde gestor, pedagógico, professores,
administrativo, funcionário e as instâncias são convocados para discussão e definição
das proposta de ação e também dependendo da necessidade ou da atividade é feito a
assembleia com os representantes das instâncias colegiadas, para realização de eventos.
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O trabalho é desenvolvido tendo sempre como foco o aprimoramento das
relações e para realização do trabalho pedagógico comprometido com o crescimento de
todos os envolvidos com a educação de qualidade.
O trabalho pautado na confiança, liberdade de expressão, respeito mútuo e
sempre caminhar juntos na mesma missão que é educar, pois educar é tarefa de todos os
envolvidos com a educação, lembrando que esta tarefa é também de responsabilidade
dos pais.
Para o gestor administrar democraticamente o espaço escolar, exige
compromisso, comprometimento de todos com o fazer educacional. Todos são
responsáveis pelo projeto da escola e comprometido com a formação do cidadão.
Construir um trabalho pautado no coletivo da escola de modo que todos tenham
responsabilidade, nas ações e em todas as atividades desenvolvidas e compromisso com
o mesmo objetivo, o sucesso do aluno, a promoção efetiva de sua aprendizagem de
modo a torná-los capazes de enfrentar os desafios da sociedade.
Com os funcionários administrativos, o trabalho (co-gestão), dando suporte a
todos os setores do estabelecimento de ensino, propiciando condições para melhoria da
qualidade do ensino no estabelecimento do trabalho coletivo, auxiliando corpo docente
e discente nas atividades desenvolvidas pela escola como espaço de socialização, de
convivência, sendo essencial que os integrantes de todos os setores tem o compromisso
com as ações pedagógicas, colaboração mútua para realização das mesmas, todos os
profissionais da escola como um todo, visam melhorar a convivência e sucesso escolar,
comprometidos com as ações pedagógicas desenvolvidas pela escola.
O Diretor é o responsável máximo quanto a consecução eficaz da política
educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais,
organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços, juntamente com a Equipe
Pedagógica, Professores, Comunidade interna e externa, provendo a melhoria da
qualidade de ensino.
O gestor escolar deve ter uma gestão democrática compartilhando,
compartilhando com os demais profissionais da instituição escolar os problemas e
levantamento de soluções para o bom andamento do Estabelecimento de Ensino como
um todo.
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3.2. Equipe Pedagógica
Na educação a Gestão Democrática passou a ser um princípio, caracterizada pela
importância do trabalho coletivo na escola, onde a participação da comunidade nas
ações que compõem as atividades realizadas na escola como um todo.
A Equipe Pedagógica está diretamente ligada à sua habilidade em promover
orientações aos professores e alunos, no desenvolvimento de novas perspectivas em
busca de inovações no processo ensino – aprendizagem.
Deve coordenar a (Re) elaboração do P.P.P. com a participação da comunidade
escolar, representante das instâncias colegiadas no acompanhamentos de atividades
pedagógicas para conseguir resultados cada vez mais significativos de aprendizagem e
permanência do aluno na escola; acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos
alunos e pais, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua
melhoria; coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o aperfeiçoamento
constante de todo pessoal envolvido nos serviços de ensino; elaborar com o Corpo
Docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos que obtiverem
resultados de aprendizagem abaixo dos desejados; analisar e emitir parecer sobre
Adaptação de Estudos, em caso de recebimento de transferências, de acordo com a
legislação vigente; coordenar o processo de seleção de livros didáticos se adotados por
este Estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela
Secretaria de Estado da Educação; instituir uma sistemática permanente de avaliação do
Plano de Ação deste Estabelecimento de Ensino, a partir do rendimento escolar, do
acompanhamento de egressos, consultas e levantamentos junto à comunidade; assegurar
o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino.
3.3. Perfil dos Funcionários Administrativo e Serviços Gerais
Historicamente, a presença dos funcionários acompanhou a trajetória de criação
das instituições escolares, em regiões rurais e nos centros urbanos, ao lado dos
professores, foram também indicados ou designados para nelas exercerem as funções de
escrituração escolar, alimentação e serviços de limpeza e vigilância do local.
Assim visto, deles se exigia somente a realização de tarefas que fossem a
contribuição de seus afazeres domésticos e execução de atividades manuais a eles
atribuídas.
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Em números significativos, os funcionários em exercício dentro das escolas
públicas continuam distantes do direito à escolarização e à profissionalização. Em
situação de sua invisibilidade para os governos fez com que eles buscassem formas de
organização e de inserção social de modo a reconstruir sua identidade e conquistar
direitos na condição de trabalhadores em educação.
Portanto, a proposta é ampliar e movimentar a visão dos funcionários, tentando
deslocar e multiplicar os seus olhares, para que possam repensar e reorientar suas
práticas e suas relações na escola: com a própria escola, com os demais segmentos que
compõem a comunidade escolar e, sobretudo, consigo mesmo, como pessoas e como
categoria profissional.
Para isto, deve-se levar em conta conceitos que estão fortemente presentes no
cenário escolar, sobre os quais deverão contextualizá-los e ampliar suas interpretações e
interações na escola. São os conceitos:
• De identidade do técnico em educação como profissional, educador e gestor
da educação;
• De educação, como prática social, como transmissão cultural, como
endoculturação, como ato político, como ação política, como
desenvolvimento cognitivo;
• De cidadania, como direito, como conquista, como projeto social e como
valor político;
• De trabalho, como elemento central na organização social e como prática
cultural na qual e pela qual se educa;
• De gestão democrática, como co-gestão, gestão coletiva e participativa, de
uma participação qualificada e competente que se constrói como acesso à
informação e a conhecimentos, com problematização, investigação e
reflexão da realidade e com diálogo com o outro.
Na Educação, a Gestão Democrática passou a ser um princípio, e o Projeto
Político Pedagógico um dos instrumentos concretos de participação coletiva que
organiza e sistematiza o trabalho escolar compreendendo o pensar e o fazer da escola,
integrados por meio de ações que unem as reflexões, as atitudes e as ações.
Neste sentido, o Plano de Ação dos Funcionários do Colégio Estadual “Olavo
Bilac” – Ensino Fundamental e Médio visa construir e vivenciar práticas de acolhimento
1
7
e de integração de todos os participantes nas tomadas de decisões, na definição de
princípios e valores humanitários a serem praticados.
Tendo como objetivos:
• Dar suporte ao funcionamento de todos os setores do Estabelecimento,
propiciando condições para a melhoria da qualidade do ensino;
• Auxiliar a Direção, Corpo Docente e Discente nas atividades desenvolvidas pela
escola;
• Encarregar-se de serviços administrativos, de manutenção, conservação,
segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino.
a. Secretaria Escolar
A secretaria escolar é a porta de entrada da escola para a comunidade externa.
Ela é também a produtora e guardiã da memória e da documentação da escola, de seus
alunos e professores, e que garante o controle de toda a situação escolar: atendimento,
qualidade dos serviços, funcionamento.
A secretaria escolar é um braço executivo da equipe administrativa e pedagógica
e dela depende o bom funcionamento da organização escolar. Ela é o órgão responsável
pelos serviços de escrituração, documentação, correspondência e processos referentes à
vida escolar dos alunos, trabalhando coletivamente para a gestão administrativa e
pedagógica do estabelecimento de ensino. Juntamente com o seu diretor, responde
administrativamente e legalmente pela documentação escolar.
A secretaria escolar é importantíssima na dinâmica de uma escola. É através do
correto lançamento e da efetivação dos chamados registros escolares que são
verificados:
• Os direitos de um candidato à matricula;
• A regularidade da vida escolar;
• O desenvolvimento da aprendizagem de um aluno;
• O acompanhamento pedagógico;
• Os resultados finais de cada aluno para promoção ou expedição de certificados
de conclusão.
A secretaria escolar representa perante a comunidade o órgão de maior
importância na produção e organização de informações para dentro e para fora da
escola.
1
8
Para dentro da escola inclui as informações usadas por alunos, professores, e
equipe técnica-administrativa.
Para fora inclui informações às autoridades públicas responsáveis pela
administração de redes de ensino e pelas políticas nacionais.
b. Auxiliar de Serviços Gerais
O funcionário de Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção,
preservação, segurança e merenda escolar deste Estabelecimento de Ensino, sendo
coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.
O Servente deve efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,
solicitando o material e produtos necessários.
A Merendeira deverá preparar e servir a merenda escolar, controlando-a
quantitativamente e qualitativamente, seguindo sempre os padrões de limpeza e higiene,
conservando o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho,
procedendo continuamente à arrumação, tornando o ambiente arejado e agradável.
Os funcionários dos Serviços Gerais são responsáveis por toda higiene, limpeza
e conservação das dependências da escola.
3.4. Perfil dos Professores
O que se espera do docente é a superação da visão corporativista para o
articulador político na escola. O docente necessita de uma cultura ampla (domínio dos
conteúdos fundamentais, metodologia de trabalho adequada, sempre inovando) levando
sempre em consideração os saberes que o aluno traz de casa e a partir destes
conhecimentos, fazer adquirir e produzir novos conhecimentos – ter a consciência do
coletivo, possibilitando a elaboração e a difusão de uma educação voltada aos interesses
das camadas populares.
1
9
O educador deve saber da relação que existe entre os problemas na escola e o
contexto social, político e econômico que os condicionam e tentar superar ou diluir estes
problemas, sempre visando o crescimento se seus alunos no sentido destes estarem
continuamente aprendendo e modificando comportamento.
Compete ao professor:
elaborar com a Equipe Pedagógica, o Currículo Pleno deste
Estabelecimento de Ensino, em consonância com as Diretrizes
Pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação, utilizando materiais
didáticos comprometidos com a política educacional.
desenvolver as atividades de sala de aula, objetivando a apreensão do
conhecimento, adotando uma avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa
e formativa, sempre tendo em vista os objetivos propostos.
participar de reuniões de estudo, encontros, cursos, seminários e outros
eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento.
assegurar que não ocorra, no âmbito escolar, tratamento discriminatório de
cor, raça, sexo, religião e classe social – estabelecendo o respeito humano
ao aluno e promovendo relacionamento cooperativo de trabalho com
colegas, alunos, pais e diversos segmentos da comunidade.
elaborar planos de recuperação paralela a serem proporcionados aos alunos
que obtiveram resultados de aprendizagem abaixo do desejado, e executá-
los em sala de aula.
participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e do
estabelecimento visando sempre o melhor rendimento do processo ensino-
aprendizagem.
3.5. Caracterização, diagnóstico da comunidade e perfil sócio-econômico
Para a elaboração dos gráficos a seguir, o Colégio Estadual “Olavo Bilac” –
Ensino Fundamental e Médio usou como base um questionário socioeconômico que foi
elaborado pelo colegiado e respondido pelos alunos e seus pais.
Propusemos algumas questões que nos auxiliaram na montagem do presente
Projeto Político Pedagógico.
2
0
Questões estas que dizem respeito à família, moradia, renda, grau de instrução,
opinião dos pais e alunos sobre o Colégio, seus Professores e seus Funcionários, entre
outras questões.
Fizemos uma estimativa, através dos gráficos, do tipo de aluno que temos, sua
origem, posição social e a qualidade da educação ministrada pelo Colégio Estadual
“Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e Médio de Itambé.
2
1
TIPO DE MORADIA DOS EDUCANDOS
13%
3%
84%
ALVENARIA MADEIRA OUTRO
A maioria dos educandos deste Estabelecimento de Ensino reside em moradia de
alvenaria (84%), em torno de 13% deles residem em casas de madeira e ainda, uma
minoria (4%), moram em outros tipos de residência.
2
2
SITUAÇÃO DA MORADIA DOS EDUCANDOS
69%
20%
11%
PRÓPRIA ALUGADA OUTRA
A maioria (69%) dos alunos do Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino
Fundamental e Médio moram em casa própria, pois foram criados no município de
Itambé vários Conjuntos Habitacionais (tipo mutirão), e uma Vila Rural, 20% moram
em casas alugadas e 11% em outro tipo de moradia.
2
3
3,7%
21,0%
49,5%
25,8%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
2 3 4 MAIS DE 4
Nº DE PESSOAS
QUANTIDADE DE COMPONENTES NA FAMÍLIA
Pela observação do Gráfico “Quantidade de componentes na família dos
educandos”, a família com quatro pessoas representou o maior índice (49,5%); a família
com mais de quatro pessoa 25,8%; a família com três pessoas 16%; e a família com
duas pessoas 3,7%.
2
4
1,1%
37,4%
24,7%
9,8%
12,9%
2,3%
9,6%
1,9%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
ANALFABETO FUNDAM.INCOMPLETO
FUNDAM.COMPLETO
MÉDIO INCOMPL. MÉDIOCOMPLETO
SUPERIORINCOMPL.
SUPERIORCOMPLETO
PÓS-GRADUAÇÃO
ESCOLARIDADE DOS PAIS DOS EDUCANDOS
Podemos analisar por meio deste gráfico que os pais ou responsáveis pelos
alunos do Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e Médio estão
distribuídos em sua grande maioria pelo grau de escolaridade Ensino Fundamental e
Médio, apenas uma parte tem o curso Superior (completo / incompleto) e uma minoria
tem-se Especialização. Também percebemos no tabelamento dos dados do questionário
que as mães possuem um maior grau de escolaridade que os pais.
2
5
4,8%
48,1%
25,6%
11,7%
3,2%2,2% 2,2% 2,2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Nenhum 01 02 03 04 05 06 07
QUANTIDADE DE IRMÃOS
QUANTIDADE DE IRMÃOS NA FAMÍLIA DOS EDUCANDOS
Percebe-se claramente que a quantidade de irmãos que predomina no Colégio
Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Médio é de um irmão (48,1%), seguido por dois irmão
(25,6%), confirmando que estão dentro dos parâmetros do IBGE, pois um dos motivos
da diminuição das famílias Itambeenses se caracteriza pelo alto custo de vida, baixa
remuneração e dificuldade de empregos.
2
6
13,0%
50,5%
25,5%
8,5%
1,7% 0,8%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Nenhum 01 02 03 04 05
NÚMERO DE IRMÃOS
QUANTIDADE DE IRMÃOS QUE ESTUDAM
Percebe-se pelos gráficos que 50,5% da Comunidade Escolar tem um irmão que
estuda e que 25,5% tem dois irmãos, 8,5% tem três, 1,7% mais de quatro, e numa
porcentagem de 13% nenhum, pois estes não tem irmãos.
Conclui-se que a minoria dos alunos possui quatro irmãos que estudam e que
menos da metade dos alunos tem só um irmão que estuda.
2
7
1%
4%
35%
27%28%
1%3%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%P
orc
en
tag
em
de
Pai
s
Anos
Faixa Etária dos Pais dos Educandos
Observa-se através do gráfico que a faixa etária dos pais dos educandos do
Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Médio de Itambé, que predomina é de 35 a 40
anos (35%), sendo seguidos pelas faixas etárias de 41 a 55 anos.
2
8
RENDA FAMILIAR
15,0%
28,2%
56,8%
ATÉ 1 DE 1 A 3 MAIS DE 3
O nível socioeconômico dos educandos do Estabelecimento corresponde a atual
situação econômica do país, pois em torno de 71,8% das famílias apresentam baixa
renda, ou seja, recebem de 1 a 3 salários mínimos e apenas 28,2% recebem mais de 3
salários mínimos.
2
9
4%
34,7%
39,8%
14,3%
7,2%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Alu
no
s
Nenhum 1 2 3 4
Familares
Quantos Componentes da Família Trabalham
Percebe-se pelos gráficos que na maioria das famílias há uma ou duas pessoas
que trabalham, uma pequena proporção (14,3%) tem três pessoas que trabalham e 7,2%
das famílias há quatro pessoas que trabalham.
3
0
86,9%
57,9%
100,0%
53,7%56,2%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
ÁGUA TRATADA ESGOTO ENERGIA TELEFONE INTERNET
SERVIÇOS RECEBIDOS NAS RESIDÊNCIAS DOS EDUCANDOS
Pelo tabelamento das respostas do questionário sócio-econômico, constatou-se
que todas as residências dos educandos possuem energia elétrica e quase todas possuem
água tratada, sendo que as que não possuem esse serviço de infra-estrutura são as da
zona rural.
Quanto ao serviço de esgoto e telefone fixo, pouco mais da metade das
residências possuem esse beneficio.
Também percebe-se que com a evolução tecnológica, a internet chegou a
praticamente todos os educandos, que podem acessá-la na escola ou na biblioteca
municipal ou na Lan House, sendo que 56,2% destes acessam em sua própria residência
via rádio ou ADSL.
3
1
71,8%
26,8%
1,4%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Po
rce
nta
ge
m d
e F
req
uê
nc
ia
Participa sempre Participa ocasionalmente Nunca participa
Com que Frequência os Pais Participam de Reuniões do Processo Ensino Aprendizagem de Seus Filhos
Percebe-se que a maioria dos pais, cerca de 71,8%, participam sempre de
reuniões quando convidados, isso demonstra que se preocupam com a aprendizagem de
seus filhos, mas há também os que participam ocasionalmente cerca de 26,8% dos pais e
há também um número pequeno 1,4% que nunca comparecem.
3
2
66,8%
58,4%
76,6%
58,8%60,7%
80,3%
83,6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
DE ACORDO COM OS EDUCANDOS O QUE ESTÁ BOM NA ESCOLA
Através do gráfico percebe-se que a maioria dos setores analisados pelos
educandos foram considerados bons, e os setores considerados excelentes foram os
professores e a limpeza do ambiente escolar. Já os setores que precisam de uma revisão,
na opinião dos educandos, foram a Secretária, o Pedagogo, a Merenda e a Biblioteca.
3
3
Frequência Que os Pais Atendem ao Chamado da Escola Para a Entrega de Boletins de Seus
Filhos
80,2%
15,5%
4,3%
SempreÀs vezesNunca
Percebe-se que a maioria dos pais (80,2%) atendem ao chamado do Colégio para
a entrega de boletins de seus filhos.
Somente 15,5% às vezes atendem quando são chamados, e que 4,3% nunca
atendem.
3
4
Como os Pais Avaliam os Professores
28,2%
71,8%
ExcelenteBom
Através dos questionários respondidos pelos pais dos alunos, pudemos perceber
que a maioria, cerca de 71,8%, dos pais avaliam os professores como excelentes e
apenas 28,2% acham os professores bons.
3
5
COMO OS EDUCANDOS AVALIAM A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO RECEBIDA
81%
19%
0%
BOA REGULAR RUIM
Pelo gráfico percebe-se que a maioria dos educandos avaliam que a qualidade da
Educação que recebem no Colégio é boa (81%) e apenas 19% consideram regular.
3
6
RELIGIÃO DOS EDUCANDOS
80,1%
16,5%
3,4%
CATÓLICA EVANGÉLICA OUTRA
Percebe-se claramente pelo gráfico que a Comunidade Escolar do Colégio
Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Médio, em sua maioria, cerca de 80,1%, são de
Religião Católica, seguida da Evangélica com 16,5% de adeptos, e numa proporção
menor, cerca de 3,4%, não possuem Religião.
3
7
12,8%
80,4%
6,1%
1,7%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
EXCELENTE
BOA
RUIM
PÉSSIMA
COMO O EDUCANDO AVALIA SUA PARTICIPAÇÃO NA ESCOLA
Os educandos avaliam sua participação na escola como excelente (12,8%), a
maioria (80,4%) consideram sua participação boa, enquanto 6,1% consideram ruim e
apenas 1,7% consideram péssima.
3
8
78,7%
4,2%
17,1%
81,7%
7,7%10,6%
82,8%
7,8%9,4%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
2007 2008 2009
RENDIMENTO ESCOLAR
APROVADO REPROVADO ABANDONO
Quanto ao Rendimento Escolar do Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino
Fundamental e Médio, nos três anos consecutivos, isto é, 2007, 2008 e 2009,
observamos que em 2007 obtivemos 78,7% de alunos aprovados em detrimento de 2008
e do ano de 2009, 81,7% e 82,8%.
Enquanto que o número de reprovação em 2007 foi de 4,2%, em 2008 de 7,7% e
em 2009 de 7,8%. Nota-se que a cada ano a reprovação aumentou.
3
9
Quanto ao número de abandono em 2007 o índice foi de 17,1%, em 2008 foi de
10,6% e em 2009 foi de 9,4%, isto reflete uma diminuição no índice de abandono, ou
seja, a evasão escolar está sendo reduzida no decorrer dos anos.
Por meio do levantamento de dados referentes ao questionário sócio- econômico
cultural, respondido pelos alunos, com questões elaboradas pelo coletivo da escola,
observou-se que:
- Quanto ao grau de escolaridade dos pais dos educandos 37,4% cursaram a o
Ensino Fundamental incompleto, 24,7% Ensino Fundamental completo, 12,9%
Ensino Médio, 9,8% Ensino Médio incompleto, 9,8% o Ensino Superior e 1,9% Pós
Graduação.
- Em relação ao nível sócio-econômico, apresenta-se um perfil sócio econômico
correspondente a atual situação econômica do país, pois em torno de 71,8% apresentam
baixa renda, recebem de 1 a 3 salários mínimos por mês, uma pequena porcentagem
28,2% ultrapassam esse patamar, sendo que a renda familiar é composta por 3 a 4
pessoas que trabalham na família.
Os pais dos educandos, na sua maioria são trabalhadores do corte de cana (bóias
frias), a cidade por seu porte não oferece opções de trabalho, alguns trabalham na
cidade mais próxima e também em outros Estados prestando serviços temporários.
Quanto ao rendimento escolar dos alunos do Colégio nos três anos precedentes:
2007, 2008 e 2009 com relação aprovação, reprovação e abandono, constatou-se que em
2007, 78,7% dos alunos foram aprovados, em 2008 este índice foi de 81,7% e no ano
de 2009 foi de 88,8%. Em relação à aprovação dos alunos os índices obtiveram
melhoras a cada ano.
Com relação à reprovação no ano de 2007 4% dos alunos reprovados, em 2008
7,7% e no ano de 2009 7,8%.
Quanto a reprovação notamos que a cada ano esses índices foram aumentando.
Quanto ao abandono em 2007 17,1% , em 2008 10,65 e em 2009 9,4%.
Percebe-se pelos números que os índices de abandono vem diminuindo a cada ano,
necessitando melhorar esses índices, principalmente aos alunos reprovados.
Nos casos de abandono dos educandos, na sua maioria estão relacionado ao
trabalho, sobrevivência econômica, na busca pelo trabalho e consequentemente
abandono da escola.
Portanto diante desses dados e da observação e contato direto com os educandos
como um todo , na sua função social, na transmissão de um ensino de qualidade, na
4
0
democratização e oportunidade para todos, no enfretamento a questão da indisciplina,
da evasão, da repetência, do abandono, da avaliação. Diante da realidade que se
apresenta, na tentativa de melhorar estes índices, o Conselho Escolar juntamente com a
comunidade escolar propuseram como temas para o plano de ação as seguintes
atividades que serão desenvolvidas em todas as disciplinas curriculares no decorrer do
ano letivo, visando a superação desses índices tais como:
- Recuperação paralela;
- Retomada de conteúdos, assim que detectar falhas no processo
ensino/aprendizagem;
- Atendimento ao aluno que apresentar defasagem na aprendizagem;
- Tomar providências no caso de alunos faltosos (evitar a evasão);
- Reunião com os pais ou responsáveis na conscientização a respeito da
responsabilidade em colaborar na educação dos filhos e também da indisciplina;
Os Professores na hora atividade planejar ação conjunta para a melhoria do
ensino e consequentemente da aprendizagem;
- Participação mais ativa do Conselho Escolar, Conselho tutelar no sentido de
tomar medidas (evasão escolar);
- Livro de anotações para registro de irregularidades para serem discutidas e
solucionadas pelos conselhos;
- Avaliação e reuniões sempre que se fizer necessário envolvendo: direção,
equipe pedagógica, professores, conselho escolar, pais, alunos representante do grêmio
estudantil, com o objetivo de refletir sobre a prática pedagógica, reavaliação,
planejamento e troca de experiências.
3.6. Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino
O Colégio Estadual “Olavo Bilac” Ensino Fundamental e Médio, considerando
a necessidade da escola de melhor atender os educandos do Ensino Fundamental e
Médio, e suas perspectivas, aplicou um questionário sócio-econômico e cultural à
comunidade escolar, a fim de analisar questões que esta considera influentes e
interferentes na construção da identidade dessa escola, buscando assim, atender as
demandas postas para a construção de uma educação de qualidade.
Vivemos o impacto acelerado de transformações em todos os setores,
econômicos, sociais, como afetivos pessoais e interpessoais, próprios do século XXI,
4
1
com mudanças visíveis, cujas alterações colocam em questão a família, a religião, o
casamento, o Estado e consequentemente a Escola.
Nessa nova sociedade novas relações sociais e internacionais vem
(re)construindo no seu interior . Passamos por aceleradas mudanças na economia e nas
relações sociais, sejam estes problemas de escassez no mercado de trabalho como
problema nas relações familiares; famílias desfeitas, presença de drogas, mudanças de
valores éticos e morais que se refletem na escola como: evasão e reprovação de alunos.
Diante destas questões há necessidade de construir coletivamente com a
comunidade interna e externa, um PPP que atenda as reais necessidades para a
formação do cidadão, dotando os jovens e os adultos, de mecanismos que os tornem
capazes de lutar por seus direitos, desenvolvendo neles a consciência crítica, para que
possam contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.
A partir da pesquisa realizada, podemos conhecer a realidade de nossa escola
sob a visão dos pais e educandos, e mobilizar a comunidade na:
- Propostas de ações coletivas para as tomadas de decisões, prevenindo-se assim
a evasão e a reprova.
- Desenvolvimento de ações pedagógicas voltadas para a inclusão e permanência
do aluno na escola, com necessidades especiais seja física, psicológica, condizentes com
as necessidades e exigências educacionais, colocadas por contextos específicos e
histórico que convivemos diariamente;
- A formação para a cidadania ativa, participação dos diversos segmentos da
comunidade;
- Atendimento a inclusão e a diversidade, com ações educativas voltada para
alunos com dificuldade de relacionamento social e baixa aprendizagem.
No tocante a aprendizagem - A escola deve proporcionar o conhecimento
necessário ao aluno para sua inserção social, para que os jovens e adultos se apropriem
do saber formal e dos conhecimentos historicamente acumulados.
Sendo considerado como um dos fatores que mais interferem na aprendizagem -
a indisciplina, a comunidade escolar propôs através de regras de conscientização,
mudanças de postura para melhoria da aprendizagem.
As aprendizagens realizadas na escola, na sala de aula, e nos espaços escolares,
são significativas, pois estabelecem relações entre os recortes dos conteúdos das
diversas disciplinas da grade curricular e sua interdisciplinaridade na garantia da
mediação do professor para que ocorra o ensino e a aprendizagem na sua totalidade,
4
2
para sua inserção na sociedade e na construção de sua identidade e formação do
cidadão.
Para que a educação cumpra plenamente sua função, no processo ensino /
aprendizagem a avaliação deverá ser diagnóstica, contínua, formativa e processual, e o
professor deve acompanhar a construção do conhecimento pelo aluno, auxiliando-o
nesse processo, verificando se houve aprendizagem por parte do aluno, e retomar o
conteúdo quando necessário.
Para Vygotsky (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma
relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal”. O
conhecimento portanto é fruto de um a relação mediada entre o sujeito que aprende, o
que ensina e o objeto do conhecimento.
O enfrentamento das questões : indisciplina, evasão escolar, da repetência da
avaliação e do contínuo aperfeiçoamento por meio da formação continuada dos
profissionais da educação e dos órgãos colegiados dos estabelecimento são
fundamentais para promoção da escola que almejamos. Outros planos de ação farão
parte do plano de ação para enfrentamento às questões problemas detectados na escola.
3.7 Condições físicas, materiais e de recursos humanos
1. O prédio do Colégio Estadual “Olavo Bilac” possui 14 salas, em 02 (dois)
pavimentos, sendo Bloco A com 08(oito) salas de 48,80m² cada uma e Bloco
B: com 06 (seis) salas com 49,60m² cada uma , todas salas equipadas num total
387 jogos de carteiras e cadeiras, divididas entre elas e em sua maioria em
estado regular, sendo reformadas por várias vezes, havendo necessidade de
serem trocadas, 1 mesa do professor em cada sala, perfazendo um total de 14
unidades; ainda existindo no Bloco A uma secretaria conjugada com sala dos
professores, supervisão e orientação com 57,80m² um banheiro masculino com
13,38m² , um banheiro feminino com 10,40m², um banheiro do professor com
3,15m² , uma área de circulação (corredores) com 133,68m², e também no Bloco
B um banheiro masculino de 12,70m², um banheiro feminino de 10,40m² , um
banheiro do professor de 3,15m² ,um depósito com 24,30m², uma sala com
29,07m² e uma área de circulação (corredores) com 85,69m² onde, salas e
demais dependências do Estabelecimento estão funcionando de acordo com o
quadro de ocupação estando as salas ocupadas com número de alunos
4
3
matriculados em atendimento à sua capacidade legal com corredores e demais
dependências com ventilação e iluminação adequadas com medidas de higiene e
limpeza atendidas em sua totalidade;
2. Uma quadra de esportes (não coberta) com 540,00m² atendendo as aulas de
Educação Física e outras atividades de recreação extra - classe;
3. Possui uma área coberta aberta destinada à merenda de 78,12m², equipada com
uma mesa e bancos em granito com capacidade em atender em torno de 100
alunos por vez.
4. Possui também uma biblioteca em uma sala de aula adaptada com 49,62m², com
4.291 livros didáticos para pesquisa e leitura adequados ao atendimento da
clientela;
5. Um laboratório de ciências com 24,67m², equipado com paquímetro, voltímetro,
multiteste, núcleo transformador, amperímetro, micrômetro, balanças,
microscópios, mesas, banquetas entre outros equipamentos e produtos
necessários e adequados para exercícios e experiências nas disciplinas de
Química, Física e Biologia;
6. Possui também um laboratório de informática com 25m², equipado com 12
(doze) computadores e 01 (uma) impressora e demais mobiliários adequados ao
atendimento da comunidade escolar, fornecidos pelo Projeto Paraná Digital do
Governo do Estado do Paraná;
7. Sala de aula com 48,80m² adaptada com porta de madeira sanfonada dando
acesso à sala anexa de igual tamanho para reuniões e palestras;
8. Uma cozinha com 30,24m² equipada com todos os materiais necessários para o
seu funcionamento adequado.
9. Recebe como recurso financeiro somente o Fundo Rotativo (Fundepar) em 10
parcelas de valores alternados de aproximadamente R$ 930,00 durante o ano
letivo e promoções periódicas da Associação de Pais, Mestres e Funcionários
com o intuito de angariar fundos. Acrescentar PDDE, e recursos humanos
Necessidades do Estabelecimento de Ensino
Para o desenvolvimento de atividades, o atendimento aos alunos e outros
serviços no Estabelecimento de Ensino, a escola necessita da ampliação dos recursos
materiais, humanos, financeiros e físico.
4
4
1. Quanto a recursos materiais, a secretaria está deficiente no que diz respeito à
falta de uma copiadora, escrivaninhas em bom estado, cadeiras estofadas
anatômicas, pois as existentes são muito antigas, causando problemas de saúde
aos funcionários.
2. Quanto aos recursos financeiros seria necessário um aumento no valor das
parcelas e no total de recebimento do Fundo Rotativo, para melhor
conseguirmos atender nossas despesas tendo em vista o valor recebido
atualmente não as supre essas despesas em sua totalidade. Havendo necessidade
da escola fazer promoções para se manter .
3. Quanto aos recursos humanos, existe a real necessidade de mais 40 horas para
Assistente Administrativo, 40 horas para Inspetor de Alunos e 40 horas para
Serviços Gerais, tendo em vista o Estabelecimento funcionar em 02(dois)
períodos e o número atual de funcionários é insuficiente, 40 horas para
Psicóloga, para atendimento constante do aluno no que se refere a convivência
familiar, pois estes conflitos são repassados para a escola e para o acompanhar o
aluno na orientação profissional.
4. Re cursos físicos:
a) Construir um almoxarifado, pelo fato de não existir no prédio e é necessário para
acomodar material de limpeza e outros;
b) Aumentar o laboratório de ciências em mais 12m² , pois o atual é pequeno, com
espaço insuficiente , sem ventilação, pois as janelas são muito pequenas
,acarretando com isso problemas durante as aulas práticas devido ao uso de
alguns produtos químicos, colocando em risco a saúde de alunos, professores e
de quem lá frequenta e faz uso, não atendendo as necessidades de professores e
alunos em aulas práticas de química física e biologia.
c) Para apresentação dos eventos promovidos na escola, o Colégio necessita de
uma quadra coberta e uma sala para reuniões, teatro e outros.
O Estabelecimento compatibilizou suas instalações físicas, com espaços
relativamente ocupados, de modo a se adequar à sua comunidade escolar,
proporcionando um ambiente agradável, acolhedor e propício à aprendizagem.
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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1. Princípios Norteadores da Educação
A Escola na sua função educativa, está fundamentada nos princípios da
universalização de igualdade de acesso e da permanência e sucesso, na obrigatoriedade
da educação básica e da gratuidade escolar.
A proposta é de ser escola de qualidade, democrática, como espaço cultural, de
socialização, de desenvolvimento do aluno, visando a preparação para o exercício da
cidadania.
Em termos de currículo os princípios que sustentam as necessidades da escola
pública, numa concepção progressista, sustentada nas teorias críticas.
Nas Diretrizes Curriculares o Currículo disciplinar, garantindo a especificidade
do conhecimento, e em trabalhá-lo em sua múltiplas deteminações e relações que são
históricas sociais, culturais e política.
E suas finalidades atendendo o disposto na constituição Federal e Estadual, na
LDB Lei 9394/96- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no ECA , ministrar
o ensino fundamental e médio na modalidade EJA E Ensino Médio Regular ,
observadas em cada caso, a legislação e normas específicas em cada modalidade de
ensino.
4.2. Filosofia da Escola
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração de três anos terá
como finalidade a consolidação e aproveitamento dos conteúdos adquiridos no Ensino
Fundamental, possibilitando e prosseguimento dos estudos, preparação básica para o
trabalho e para a cidadania.
A educação voltada para para a formação na qual os educandos possam
aprender, refletir, agir com responsabilidade, acompanhar as mudanças sociais, a
efetivação do processo ensino/aprendizagem numa visão sócio-histórica, com caráter
democrático e compromisso com a educação de qualidade. Portanto a escola como
instituição promotora do saber sistematizado , deve ter sua identidade diversificada em
função das características do meio social na qual está inserida, reconhecendo que para
alcançar a igualdade não basta oportunidades iguais , mas tratamento diferenciado.
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Em consonância com a LDB 9394/96- Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, em seu art.3º- o ensino será ministrado nos seguintes princípios: igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar,
pesquisar e divulgar a cultura do pensamento, a arte e o saber, pluralismo de ideias e
concepções de ideias, e concepções pedagógicas, gratuidade do ensino público,
valorização da experiencia extraescolar, vinculação entre educação escolar, o trabalho e
as práticas sociais.
4.3. Concepções de: conhecimento, educação, homem, mundo, sociedade,
cultura, currículo e trabalho como princípio educativo.
A Proposta Pedagógica deste Estabelecimento de Ensino, pretende ser
progressista na medida em que procurará refletir o projeto de sociedade local, regional e
nacional, elaborado pelo corpo docente, Direção, Equipe Pedagógica, Equipe
Administrativa, com a colaboração de membros da comunidade escolar e segmentos da
sociedade onde a escola está inserida.
Para a construção do P.P.P. procurou-se levantar dados sobre a sua comunidade
escolar externa e interna, suas necessidades, aspirações, perspectivas e níveis sócio-
econômico-culturais, dados relevantes sobre o município, para entender melhor a
clientela escolar, sua história e sua realidade.
Respeito às diversidades culturais, promoção da socialização e do saber
elaborado e construção de novos saberes, visando sempre o sucesso dos alunos que,
desta escola, deve sair com domínio de conhecimentos básicos necessários à vida
moderna.
A apropriação do conhecimento científico, técnico e humanístico exige que a
escola não se limite ao que se passa dentro de seu espaço físico e se abra a comunidade,
para nela buscar os elementos e o apoio que permitam articular teoria e prática,
educação geral, educação para o trabalho e ao exercício pleno da cidadania.
No atual contexto, o Ensino Médio, compromete-se de um lado, com o novo
significado do trabalho levando em consideração a globalização e do outro lado, com o
sujeito ativo, a pessoa humana que se apropriará desses conhecimentos para se
aprimorar, como tal, no mundo do trabalho e na prática social. A perspectiva é de uma
aprendizagem permanente, de uma formação continuada, considerando como elemento
central dessa formação a construção da cidadania em função dos processos sociais que,
se modificam. Prioriza-se no Ensino Médio a formação do cidadão.
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A LDB contempla a construção de uma proposta filosófico-pedagógica que
possibilite o estudo contextualizado e interdisciplinar em todas áreas do conhecimento
que se desdobram nas seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física,
Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia, LEM – Inglês, Filosofia,
Sociologia. O Colégio oferece como Língua Estrangeira Moderna a Língua Inglesa.
Compõe também esse elenco disciplinar a Filosofia e a Sociologia; sendo que a
disciplina de Filosofia é ofertada no 2º e 3º ano e a de Sociologia no 1º e 2º ano.
No que se refere ao conteúdo de Geografia do Paraná é ofertado no decorrer
das três séries de forma textual, contextual e interdisciplinarmente.
A partir desses referenciais a escola deve assumir a tarefa de modo integrado,
ou seja, é concomitante a preparação para o trabalho e a preparação para a cidadania,
uma vez que, pelo trabalho que efetiva a emancipação do homem.
Assim o orientador geral desta proposta filosófico-pedagógica foi a Lei nº
9394/96, ou seja, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional adquire o
caráter de terminalidade da educação escolar básica.
A nova LDB, em seus artigos 35 e 36 estabelece as finalidades, traça diretrizes
gerais para a organização curricular e define o “perfil de saída” do educando do novo
ensino médio.
Quando a lei sinaliza “preparação para prosseguimento de estudos” terá como
conteúdo não o acúmulo de informações mas a continuação do desenvolvimento da
capacidade de aprender e a compreensão do mundo físico, social e cultural.
A concepção da preparação para o trabalho conforme o artigo 35, aponta para a
separação da dualidade do Ensino Médio. Essa preparação básica, ou seja, aquela que
deve ser base para a formação de todos e para todos os tipos de trabalho.
A preparação básica para o trabalho não está vinculada a nenhum componente
curricular em particular, pois o trabalho deixa de ser obrigação – ou privilégio de
conteúdos determinados para integrar-se ao currículo como um todo.
No currículo do Ensino Médio, parte integrante da Proposta Pedagógica, o
corpo docente deverá observar a coerência entre os princípios apresentados em sua
fundamentação com a estrutura e organização curricular, os objetivos específicos, os
conteúdos, as metodologias de ensino e o processo de avaliação.
Os sistemas de ensino e as escolas, na busca de melhor adequação possível “as
necessidades dos alunos e do meio social”, desenvolverão mediante a
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institucionalização de mecanismos de participação da comunidade, alternativas de
organização institucional que possibilitem:
a) identidade própria enquanto instituições de ensino de adolescentes, jovens e
adultos, respeitadas as suas condições e necessidades de espaço e tempo de
aprendizagem;
b) uso das várias possibilidades pedagógicas de organização, inclusive espaciais
e temporais;
c) articulações e parcerias entre instituições públicas e privadas, contemplando
a preparação geral para o trabalho, admitida a organização integrada dos
anos finais, do ensino fundamental com o ensino médio;
Identidade supõe uma inserção no meio social que leva à definição de vocações
próprias, que se diversificam ao incorporar as necessidades locais e as características
dos alunos e participação dos professores e das famílias no desenho institucional
considerado adequado para cada escola.
Toda escola como instituição de educação de jovens e adultos deve ter sua
identidade, seja ela diversificada em função das características do meio social e da
comunidade escolar. Diversidade, no entanto não se confunde com fragmentação, muito
ao contrário, inspirada nos ideais da justiça, a diversidade, reconhece que para alcançar
a igualdade não bastam oportunidades iguais. É necessário também tratamento
diferenciado. Dessa forma a diversidade da escola média é necessária para contemplar
as desigualdades nos pontos de partida de seu alunado, que requerem diferenças de
tratamento como forma mais eficaz de garantir a todos um patamar comum nos pontos
de chegada.
O Colégio Estadual “Olavo Bilac”, se propõe no seu colegiado a trabalhar no
sentido de criar condições necessárias para que o ensino-aprendizagem se efetive e
assegurar uma condição de igualdade e educação de qualidade para todos.
A escola de qualidade deve ter o aluno como centro do ensino / aprendizagem,
para que o mesmo tenha sucesso, evitando assim a repetência e a evasão, garantindo
educação de qualidade para todos, devendo assim atender a qualidade e não a
quantidade. Qualidade implica em consciência crítica e capacidade de ação, saber
mudar (DEMO ,1994)
O ensino deve ir além da descrição e procurar constituir nos alunos a
capacidade de analisar, explicar, prever e intervir, objetivos que são mais facilmente
alcançáveis se as disciplinas integradas em áreas de conhecimento, puderem contribuir,
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cada uma com sua especificidade, para o estudo comum de problemas concretos, ou
para o desenvolvimento de projetos de investigação e ou de ação.
As disciplinas escolares são recortes das áreas de conhecimento que
representam, carregam, sempre um grau de arbitrariedade e não esgotam isoladamente a
realidade dos fatos físicos e sociais, devendo buscar entre si, interações que permitam
aos alunos a compreensão mais ampla da realidade
Através da interdisciplinaridade, a aprendizagem é decisiva para o
desenvolvimento dos alunos e por esta razão as disciplinas devem ser inter-relacionadas.
Os objetivos comuns a cada disciplina contribua para a constituição de diferentes
capacidades, sendo indispensável buscar a complementaridade entre as disciplinas a fim
de facilitar aos alunos um desenvolvimento intelectual, social e efetivo mais completo e
integrado.
O princípio da Contextualização ressalta a importância da relação entre a teoria
e a prática, para que o conhecimento, possa adquirir significado para o aluno,
ultrapassando o tratamento dos conteúdos de forma fragmentada assumindo a forma
integrada para que haja diálogo permanente entre os conhecimentos de forma que os
alunos obtenham uma compreensão ampla da realidade e que o mesmo seja aplicado às
experiências da sua vida prática quer seja no trabalho ou no exercício da cidadania.
Contextualizar o conteúdo que se quer aprender significa em primeiro lugar
assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto. Na escola
fundamental ou média o conhecimento é quase sempre reproduzido das situações
originais nas quais acontece sua produção.
O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem
para retirar o aluno da condição de espectador passivo. O conteúdo de ensino deve
provocar aprendizagens significativas que mobilizem o aluno e estabelecem entre ele e
o objeto de ensino uma relação de reciprocidade. A contextualização evoca por isto
áreas, ambientes ou dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural, e mobiliza
objetivos cognitivos já adquiridos. As dimensões de vida ou contextos valorizados
explicitamente pela LDB são: o trabalho e a cidadania. Os objetivos estão indicados
quando a lei prevê um ensino que facilite a ponte entre teoria e a prática.
O trabalho é um fator importante da experiência curricular no ensino médio, de
acordo com as diretrizes traçadas pela LDB em seus artigos 35 e 36. O significado desse
destaque deve ser devidamente considerado: na medida em que o ensino médio é parte
integrante da educação básica e que o trabalho é princípio organizador do currículo,
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muda inteiramente a noção tradicional de educação geral acadêmica ou, melhor dito,
academicista. O trabalho já não é mais limitado ao ensino profissionalizante. Muito ao
contrário, a lei reconhece que nas sociedades contemporâneas, todos,
independentemente de sua origem ou destino sócio-profissional, devem ser educados na
perspectiva do trabalho enquanto uma das principais atividades humanas, enquanto
campo de preparação para escolhas profissionais futuras, enquanto espaço de exercício
de cidadania, enquanto processo de produção de bens, serviços e conhecimentos com
tarefas laborais lhes são próprias.
Nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos
que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto
social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso aos conhecimentos sejam capazes
de uma inserção cidadã e transformadora da sociedade.
A riqueza do contexto do trabalho para dar significado às aprendizagens da
escola. Desde logo na experiência da própria aprendizagem como um trabalho de
constituição de conhecimentos, dando à vida escolar um significado de maior
protagonismo e responsabilidade. Da mesma forma o trabalho é um contexto importante
das ciências humanas e sociais, visando compreendê-lo enquanto produção de riqueza e
forma de interação do ser humano com a natureza e o mundo social e cultural. Mas a
contextualização no mundo do trabalho permite focalizar muito mais todos os demais
conteúdos do ensino médio.
Conhecimentos e objetivos constituídos de forma assim contextualizadas
constituem educação básica, são necessários para a continuidade de estudos acadêmicos
e aproveitáveis em programas de preparação profissional seqüenciais ou concomitantes
com o ensino médio, sejam eles cursos formais seja a capacitação em serviço. Na
verdade constituem o que a LDB refere como preparação básica para o trabalho.
Outro contexto relevante indicado pela LDB é o do exercício da cidadania.
Desde logo é preciso que a proposta pedagógica assuma o fato trivial de que a cidadania
não é dever nem privilégio de uma área específica do currículo nem deve ficar restrita a
um projeto determinado. Exercício de cidadania é testemunho que se inicia na
convivência cotidiana e deve contaminar toda a organização curricular. As práticas
sociais e políticas e as práticas culturais e de comunicação são parte integrante do
exercício cidadão, mas a vida pessoal, o cotidiano e a convivência e as questões ligadas
ao meio ambiente, corpo e saúde também. Trabalhar os conteúdos das ciências naturais
no contexto da cidadania pode significar um projeto de tratamento da água ou do lixo da
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escola ou a participação numa campanha de vacinação, ou a compreensão de porque as
construções desmoronam quando os materiais utilizados não têm a resistência devida. E
de quais são os aspectos técnicos, políticos e éticos envolvidos no trabalho civil.
As diretrizes curriculares para a educação básica , propõe-se por meio das
disciplinas, e recorte de conteúdos relevantes articulados a realidade , considerados na
sua dimensão sócio- histórica, vinculado ao mundo do trabalho , das ciências, das artes
e das novas tecnologias, utilizando adequadamente os espaços e materiais didático-
pedagógicos disponíveis tornando-os meios para implementar metodologias de ensino,
dando suporte aos alunos na apropriação do conhecimento, relacionando ao mundo que
os rodeia, na compreensão do contexto social e histórico, na compreensão crítica, na
compreensão das relações humanas e suas contradições e conflitos, mediados pela ação
pedagógica.
O contexto que é mais próximo do aluno e mais facilmente explorável para dar
significado aos conteúdos da aprendizagem é o da vida pessoal, cotidiano e convivência.
O aluno vive num mundo de fatos regidos pelas leis naturais e está imerso num universo
de relações sociais. Está exposto a informação cada vez mais acessíveis e rodeado por
bens cada vez mais diversificados, produzidos com materiais sempre novos. Está
exposto também a vários tipos de comunicação pessoal e de massa.
O cotidiano e as relações estabelecidas com o ambiente físico e social devem
permitir dar significado a qualquer conteúdo curricular, fazendo a relação entre o que se
aprende na escola e o que se faz, vive e observa no dia a dia. Aprender sobre a
sociedade, o indivíduo e a cultura e não compreender ou reconhecer as relações
existentes entre adultos e jovens na própria família, é perder a oportunidade de descobrir
que as ciências também contribuem para a convivência e a troca afetiva. O respeito ao
público, essenciais à cidadania, também se iniciam nas relações de convivência
cotidiana, na família, na escola, no grupo de amigos.
Na vida pessoal há um contexto importante o suficiente para merecer
considerações específica que é o meio ambiente, corpo e saúde. Condutas ambientalistas
responsáveis subentendem um protagonismo forte no presente, no meio ambiente
imediato da escola, da vizinhança, do lugar onde se vive. Para desenvolvê-las é
importante que os conhecimentos das ciências, da matemática e das linguagens sejam
relevantes na compreensão das questões ambientais mais próximas e estimulem a ação
para resolvê-las.
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A função da escola é a de promover o acesso aos conhecimentos socialmente
produzidos pela humanidade, a fim de possibilitar ao educando condições de
emancipação humana, e considerando a organização escolar, o currículo disciplinar, e
entendendo que as disciplinas definem seus objetivos a partir da seleção de conteúdos
estruturantes e específicos, e quais os encaminhamentos metodológicos são adequados
para desenvolver e organizar o trabalho pedagógico em sala de aula e,
consequentemente, o aproveitamento / apropriação do saber pelos alunos.
A intencionalidade do trabalho educativo, tendo em vista os conceitos
fundamentais no campo do conhecimento de cada disciplina, e os elementos sociais,
culturais, próprios da comunidade em que professor e alunos estão inseridos,
considerando sua dimensão histórica e social.
Os homens não podem ser concebidos como natureza, pois a sociedade é
construída historicamente para estabelecer certa ordem, que é definida pelos próprios
interesses e necessidades destes na produção material da sua existência. É nessa
contradição entre a formalidade da ética burguesa do trabalho e as necessidades de
transformação social, de humanização da sociedade, que encontramos a crise da ética
moderna.
A sociedade precisa encontrar novos valores para afirmar a humanidade e a
felicidade das pessoas, mas as normas e valores da esclerosada ética do trabalho
persistem reproduzindo a alienação e a ideologia, que são funcionais à lógica capitalista.
É neste contexto contraditório que hoje encontramos o principal desafio e as
tarefas da educação atual. A educação, num sentido amplo, e a educação escolar – que é
um produto da sociedade capitalista – sempre tiveram como preocupação preparar a
juventude para o
trabalho.
Nesse sentido, podemos afirmar que a função da educação na sociedade
moderna é a de promover a adaptação das novas gerações aos valores vigentes da
sociedade burguesa.
Mas a crítica desta sociedade e da ética do trabalho demonstrou que este já não
dignifica o homem, pelo contrário, ele promove a degradação física e intelectual por
impor às pessoas uma atividade compulsória, monótona e repetitiva que promove uma
alienação objetiva.
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O trabalho já não é mais fator de emancipação como na emergência do
capitalismo, mas fator de desumanização. O trabalho assalariado do capitalismo é
degradante e alienante.
Assim, a educação, especialmente a educação escolar, não pode mais pensar em
promover uma mera adaptação dos alunos à lógica do trabalho assalariado.
É preciso estabelecer uma relação crítica com ele. Enquanto a sociedade não
encontra os caminhos para uma efetiva transformação social, a escola pode contribuir
com esse processo, fazendo a crítica da alienação e da ideologia da ética burguesa do
trabalho.
Essa tarefa pode ser realizada recuperando a dimensão antropológica do trabalho
nos processos de ensino-aprendizagem.
O Colégio compromete-se de um lado com o novo significado do trabalho,
levando em consideração o sujeito ativo, a pessoa humana que se apropria dos
conhecimentos para aprimorar-se no mundo do trabalho e na prática social,
considerando como elemento central dessa formação a construção da cidadania em
função dos processos sociais que se modificam, priorizando-se a formação do cidadão
apto a atuar no mercado de trabalho.
O Colégio deve assumir de modo integrado, ou seja, concomitante a preparação
para trabalho e a preparação para a cidadania, uma vez que pelo trabalho que se efetiva
a emancipação do homem.
A proposta pedagógica da escola será, no tratamento de conteúdos de ensino
que facilitem alcançar os objetivos educacionais valorizados pela LDB. As áreas que se
seguem resultam do esforço de traduzir esses objetivos em termos mais próximos do
fazer pedagógico, mas não tão específicos que eliminem o trabalho de identificação
mais precisa e de escolha dos conteúdos de cada área e das disciplinas às quais eles se
referem em virtude de seu objeto e método de conhecimento.
Com relação às tecnologias, a implantação do Paraná Digital, o Colégio
recebeu 16 computadores fornecidos pelo Governo do Estado do Paraná. Esses
computadores já estão instalados em sala própria para computação, mas para que
possam ser usados como recurso da aprendizagem os professores terão que ser
habilitados através de cursos de capacitação, ofertados pela SEED, NRE – Maringá
CRTES, TV Pen-drive PAULO FREIRE em todas as salas, Laboratório de Física,
Química e Biologia, e Laboratório do Proinfo.
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Com mais estas tecnologias ao alcance de professores e alunos, os conteúdos
de sala de aula poderão ser trabalhados de forma agradável e interessante, fazendo com
que os alunos participem de forma mais efetiva das aulas. Oportunizando assim, mais
um recurso para melhorar a aprendizagem do aluno, que pode fazer uso do computador
para acessar assuntos da atualidade e outros que mereçam destaque para completar o
ensino de qualidade que tanto almeja-se.
A ação da escola na mediação entre educadores e educandos e os saberes, de
forma que o mesmo assimile os conhecimentos por meio dos conteúdos, como
instrumentos de transformação por meio da mediação do ensino-aprendizagem,de
forma organizada na qual os conteúdos se tornam relevantes e articulados à realidade , e
viabilizando o processo ensino/aprendizagem por meio das diferentes disciplinas
curriculares, sendo que as formas metodológicas na consecução dos objetivos propostos
e as finalidades do ensino que se almeja. A avaliação é uma forma de perceber se o
conteúdo ensinado está sendo apropriado pelo aluno e quando detectar falhas no
processo o mesmo deve ser retomado para que haja apropriação pelo aluno. Assim
professor e aluno devem ser avaliados.
A Avaliação é um aspecto do processo ensino aprendizagem, que permeia o
trabalho do professor, as quais, permite uma condição para reflexão e questionamento
quanto a sua prática pedagógica.
A finalidade da Avaliação no processo escolar é garantir a construção de
conhecimento por parte do aluno priorizando a autonomia e o pensamento crítico,
deseja-se que o aluno desenvolva os objetivos propostos para continuar aprendendo,
quebrando barreiras e vencendo os desafios postos pela sociedade.
É preciso compreender a Avaliação como prática emancipadora, desse modo
nas diferentes disciplinas curriculares, avaliando o processo cuja finalidade é obter
informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela
intervir e reformular os processos de ensino/aprendizagem.
A escola deve se configurar como espaço público de realização do ser social e
produtor do conhecimento, processo esse desenvolvido em conjunto por alunos e
professores em suas tentativas de responder os desafios e suas realidades, e de lutar por
uma sociedade mais justa e fraterna.
A Avaliação da Aprendizagem é um meio, e não um fim em si mesma, ela
deve ser realizada de forma que o professor possa verificar se os alunos conseguiram
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atingir os objetivos propostos pelas disciplinas curriculares, retornando, assim, ao
processo ensino-aprendizagem quando detectar falhas no mesmo.
Observando os seguintes critérios:
Na LDB - A avaliação deverá ser contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados
ao longo do período, sobre os de eventuais provas finais.
Portanto, a Avaliação deverá observar a verificação do rendimento escolar;
ser diagnóstica, contínua, cumulativa, formativa, reflexiva, para que possa servir como
recurso pedagógico e permitir a melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem,
ajudando assim a diminuir os índices de evasão e repetência.
As avaliações serão orais, escritas, coletivas, individuais, seminários,
entrevistas e outros. Para os alunos com dificuldades de aprendizagem o processo será
retomado proporcionando assim imediata recuperação; e assim melhorar a
aprendizagem.
A Avaliação do Aproveitamento Escolar, Recuperação Paralela e Promoção
de Alunos, do Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Médio, serão realizadas
bimestralmente, obedecendo às normas contidas na Deliberação nº007/99, aprovada em
09 de abril de 1.999.
Quanto ao Capítulo I – Da Avaliação do Aproveitamento Escolar, em seu
Artigo 1º, vimos que, a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem
dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
Utilizará as mesmas técnicas e instrumentos diversificados, aplicando-se a
todos os componentes curriculares, sendo vedada a avaliação em que os alunos são
submetidos a uma só oportunidade de aferição.
No processo a a avaliação deve estar presente como meio para diagnostico do
ensino /aprendizagem e da pratica pedagógica em relação ao processo de ensino, tendo
como função diagnosticar o nível de conhecimento pelo aluno.
A avaliação deverá ser diagnóstica, contínua, cumulativa e processual, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais no
conjunto dos componentes curriculares cursados , levando-se em conta os aspectos
qualitativos.
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Este tipo de avaliação visa o desenvolvimento do aluno e sua aprendizagem,
deverá ser realizada em função dos conteúdos contemplados e da aprendizagem, com
vistas às mudanças necessárias para a concretização da aprendizagem.
A apropriação dos conteúdos curriculares visa a formação de sujeitos que se
apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas e suas contradições
e conflitos, na mediação da ação pedagógica em sala de aula, contribuindo para
formação do aluno.
É no cotidiano escolar, fazendo parte do trabalho do professor, a avaliação tem
por objetivo dar-lhes suporte nas decisões a serem tomadas a respeito do processo
educativo envolvendo aluno-professor.
No processo educativo a avaliação deve fazer-se presente como instrumento da
prática pedagógica, mas com foco no aluno e na sua aprendizagem, visando contribuir
para averiguar dificuldades de aprendizagem e retomada de conteúdos com métodos e
instrumento diversificados de avaliação e sejam coerentes com as concepções e
finalidades educacionais.
É vedada a avaliação em que o aluno é submetido a uma única oportunidade e a
um único instrumento de avaliação. A avaliação do aproveitamento escolar incidirá
sobre o desempenho do aluno em diferentes experiências e técnicas de aprendizagem
tais como: trabalhos práticas, orais e escritos, debates, experiências pessoais, atividades
extra-classe, participação em atividades e eventos promovidos pela escola.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala
de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo composto pela somatória de 4,0 (quatro
vírgula zero) referentes as atividades diversificadas acrescidas da nota 6,0 (seis vírgula
zero) resultante do mínimo das avaliações instrumentos diversificados, totalizando a
nota 10,0 (dez vírgula zero).
Ao tratarmos dos fundamentos da educação para a cidadania, logo percebemos
que a educação é essencial na formação dos alunos para a cidadania democrática, na
conscientização dos direitos civis, sociais e políticos no qual dão ao indivíduo, e permite
sua inserção na sociedade.
No mundo globalizado, os meios de comunicação exercem influência na
formação do cidadão.
Segundo Norberto Bobbio (1986), confirma que a educação para cidadania é
uma promessa não cumprida, a pesar de terem os discursos sobre democracia, nos
últimos séculos, incorporado a ideia de que a única forma de o súdito transformar-se em
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cidadão é garantir-lhe o direito a educação para a cidadania: solução ou sonho
impossível?
Isso mostra que não basta garantir o acesso e permanência do indivíduo na
escola, é imprescindível também que tenha permanência e sucesso, neste sentido
reavaliar a finalidade da educação, função social da escola , de forma a responder às
novas exigências da sociedade no que se refere a cidadania e direitos humanos.
O colégio para educar nesta direção, significa trabalhar todas as instâncias de
convívio familiar, trazendo a comunidade externa para participar das atividades
desenvolvidas pela escola como: valores, respeito com outro, justiça, na formação de
atitudes e atitudes, na formação para a cidadania entre outros.
A escola torna-se no mundo civilizado, um dos mais importantes meios de
aprendizagens , de avanços e progressos na direção da sociedade democrática e
formação do cidadão para exercer a cidadania.
Na escola aprende-se que há comportamentos permitidos e comportamentos
proibidos, há normas a serem seguidas e considerados adequados a conduta de cada
elemento, a escola acaba criando mecanismos de condutas esperadas.
Conclui-se assim que a escola além de repassar o ensino/aprendizagem por
meio das disciplinas do currículo, é também espaço de formação do educando para a
cidadania.
A Formação Continuada dos profissionais da educação, é um processo que se
entende como uma constante busca do aprimoramento das práticas em relação a
educação, sendo uma das condições para melhorar a educação e consequentemente o
ensino aprendizagem.
Por meio do Departamento de Educação Básica, que desenvolve programas de
formação continuada, com ações privilegiando a formação teórico-metodológica,
reflexão que fundamentam as disciplinas e da análise crítica, de modo a provocar
mudanças.
O Colégio para a Formação Continuada para comunidade escolar, e para
Formação de Grupos de Estudos – esse processo de Formação Continuada
descentralizado, organizado pela SEED, que possibilita espaços de discussão, reflexão e
ação em todos os estabelecimentos de ensino.
E para a Formação de Grupo de Estudos realizados por disciplinas afins.
Observação: para a Formação de Grupos de Estudos (Formação Continuada), a
realização é feita em conjunto com outra escola do município e até mesmo em
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município vizinho, pois o número exigido para Formação dos Grupos que é de no
mínimo 3 (três) participantes, e a escola por ter poucos professores de cada disciplina,
ou só um de cada disciplina, e nesse sentido, que tem que fazer a junção com outra
escola.
Participação das Jornadas Pedagógicas oferecidas a direção e pedagogo.
Os professores participam por disciplina nos cursos oferecidos pela SEED e
outros quando convocados.
As Instâncias Colegiadas, funcionários participam de simpósios e outros
oferecidos pela SEED e Núcleo Regional enviando participantes em Faxinal do Céu e
outros.
Participação dos Profissionais da Escola no DEB Itinerante.
Pelo Portal Dia a dia Educação (e - escola) cursos a distância.
Pensar em tecnologias, imediatamente vem em nossa mente, computador, vídeo,
internet, sem dúvida são os mais visíveis e que influenciam profundamente educadores
e alunos.
Tecnologias são os meios, os apoios, as ferramentas utilizadas pelos professores
para que facilite a condução dos conteúdos para a efetivação da aprendizagem. A forma
utilizada pelo professor no espaço escolar também são consideradas tecnologias como:
o giz que é usado para escrever no quadro, tudo na verdade são tecnologias, os livros,
jornais, revistas, são fundamentais para que a aprendizagem ocorra. O gravador, o retro
projetor, a TV, o vídeo, são facilitadores da aprendizagem.
No colégio o educador faz uso dessas tecnologias, pois estas se encontram a sua
disposição e dos educandos como: laboratório de informática TV Pendrive Data Show,
livros, internet, e assim melhorar o trabalho pedagógico do processo ensino-
aprendizagem desenvolvido na sala de aula.
4.4. Objetivos do Colégio
Diante das perspectivas do mundo em que vivemos e as exigências postas pela
sociedade, apontam novos objetivos para a escola, para os seus profissionais e para a
formação do educando, na garantia de acesso e permanência do aluno na escola com
sucesso num processo inclusivo, dando oportunidade a todos na apropriação dos
conhecimentos ali veiculados.
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Sendo assim, a escola deve ser repensada coletivamente em relação à sua
organização como um espaço de educação, e na sua organização e da sala de aula
especificamente, destacando o processo democrático nas suas dimensões mais amplas,
tendo em vista, a qualidade da educação oferecida aos usuários da escola pública, com
acesso à educação de qualidade, possibilitando a inclusão social, com práticas
educativas adequadas as necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da
realidade, garantir aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos críticos e
participativos para atuar na sociedade.
O Colégio Estadual “Olavo Bilac” Ensino Fundamental e Médio, tem como
base legal os artigos 12, 13 e 14 da Lei nº 9394/96 Lei de Diretrizes e bases da
Educação Nacional, Parâmetros Curriculares Nacionais, e em seus Artigos 35 e 36,
Seção IV, nos aponta os fins e objetivos do Ensino Médio.
O Artigo 36 LDB, no seu parágrafo 1º vamos encontrar que, os conteúdos, as
metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do
Ensino Médio o educando demonstre.
A LDB inova ao permitir a equivalência entre os vários cursos do ensino
médio, possibilitando prosseguimento dos estudos, sem maiores entraves burocráticos.
A Lei permite também que o aluno seja preparado e habilitado para o trabalho
nas escolas de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas (artigo
36, § 4º).
Os termos têm significados diferentes. Estar habilitado significa possuir
condições técnicas para atuar no mercado de trabalho. Estar preparado significa possuir
consciência de cidadania e capacidade intelectual e crítica para se mover no mundo do
trabalho.
4.5. Diretrizes Curriculares que norteiam a ação do Colégio
O Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e Médio, ao traçar
seus objetivos e conteúdos programáticos, busca implementar uma proposta educacional
de qualidade, tendo em vista a promoção harmoniosa dos seus alunos. Nessa esteira,
constitui-se compreensão da Direção, Equipe Pedagógica, Professores e demais
componentes da comunidade escolar, da necessidade de se fazer uma educação
transformadora, fator significativo para a diminuição das desigualdades sociais e com a
luta por uma sociedade mais justa e humana, em particular, da comunidade.escolar.
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No resgate desse verdadeiro papel da escola, aquele que se refere na
responsabilidade de atuar na busca pela transformação e para a promoção social, passou
a fazer parte do compromisso assumido pelas instâncias educativas do Colégio Estadual
“Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e Médio, quando da elaboração desta proposta
curricular, que mesmo nos seus limites, contempla a realização destes objetivos.
A instituição escolar, tendo como função social a transmissão do conhecimento
historicamente construídos, por seu turno, a escola pública, que por vocação, assegura o
acesso da maioria da população, ao contato com a cultura formal e com o conhecimento
científico, requer dos seus responsáveis uma ação definitiva em seu benefício e em
benefício daqueles que está à serviço.
Daí a preocupação da comunidade escolar do Colégio de ir ao encontro dessa
escola, pela ação prioritária do trabalho com o conhecimento para o exercício da
cidadania, pressuposto essencial para um processo de transformação social. Na
preocupação com uma escola em que, ao se trabalhar os saberes, via ensino-
aprendizagem, promova quem aprende e quem ensina e, nessa relação, oportunizem as
bases de uma nova sociedade que tem como premissa a negação do modelo que propicia
as desigualdades e a exclusão social. Para além, uma escola que resista as atribuições
que não lhe são inerentes, e que assuma que é nela que reside a intencionalidade da
dimensão pedagógica, cuja definição está no esclarecimento de ações educativas e de
seu real papel, e que possibilitem a formação do cidadão participativo, responsável,
compromissado, crítico e criativo.
Uma escola que tenha como prioridade o trabalho com o conhecimento escolar.
Conhecimento que tenha um caráter específico, que tem como ponto de partida a
produção intelectual dos homens, mas que serve para possibilitar também o
conhecimento amplo, produto da ação humana coletiva, numa cadeia de relações
sociais, que viabilizem novas necessidades de reflexões e elaborações teóricas.
É na busca dessa escola que, ao desvendar sua prática e disponibilizar o
conhecimento sistematizado aos alunos, para a sua inserção cidadã, social e produtiva,
bem como, enquanto instituição social, do processo civilizador, o qual permite a tomada
consciente das decisões e ações dos homens na sociedade e as possibilidades de
transformação, que o Colégio elaborou o seu plano curricular.
Importa considerar o que aqui se propõe, não tem por fim delimitar as práticas
docentes, mas a de darem curso, por meio dessas mesmas práticas, ao contínuo processo
de ensino-aprendizagem que se deseja nessa escola.
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1
O conhecimento se explicita nos conteúdos das disciplinas de tradição curricular,
quais sejam: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, Historia,
Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Matemática, Química, Sociologia.
Os professores se fundamentam para organizar o trabalho pedagógico a partir
dos conteúdos estruturantes da sua disciplina. Por conteúdos estruturantes entende-se os
conhecimentos de grande amplitude, teorias ou práticas, que identificam e organizam os
campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para o seu
objetivo de estudo / ensino.
Por serem históricos, os conteúdos estruturantes são frutos de uma construção
que tem sentido social como conhecimento, são selecionados a partir de sua relevância,
sendo socializados e apropriados pelos alunos, por meio de metodologias e outras
formas de aprendizagem.
O conhecimento é produto da cultura e deve ser disponibilizado por meio do
conteúdo ao aluno e dominado através da aprendizagem, e é na sala de aula que o
currículo é posto em prática.
4.6. O Currículo Escolar deve contemplar:
4.6.1. Estudos sobre o estado do Paraná
As Diretrizes Curriculares consideram a diversidade cultural e a memória
paranaense, de modo que busquem contemplar demandas em que também se situam os
movimentos sociais organizados e destacam-se os seguintes aspectos.
O cumprimento da Lei Nº 113.381/01 que torna obrigatório no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual dos Conteúdos de História do Paraná.
O cumprimento da Lei Nº 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
Sendo que tal estudo incluso nas disciplinas de História e Geografia
4.6.2. Ensino de Filosofia e Sociologia na Matriz Curricular
O Projeto de Resolução do CCE / CEB, de 30/10/2008, que dispõe sobre a
implantação da Filosofia e Sociologia no Currículo de Ensino Médio, a partir da Lei Nº
11.684/08, que alterou a Lei Nº 9394/96 da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da
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Educação Nacional e a Indicação Nº 1/08, que a esta se incorpora e ouvida a câmera do
Ensino Médio delibera.
O ensino das disciplinas de Filosofia e Sociologia durante o transcorrer do
Ensino Médio.
A Filosofia e Sociologia deverão constar como disciplinas da Base Nacional
Comum de forma a garantir que o estudante tenha areno ao conhecimento.
As escolas que adotam, no todo ou em parte, organização curricular estruturada
por disciplinas deverão incluir Filosofia e Sociologia, durante o transcorrer de todo o
ensino médio.
Sendo assim, em atendimento a indicação 01/08 em 2009 – as disciplinas de
Filosofia foi ofertada no 3º ano do Ensino Médio; e disciplinas de Sociologia foi
ofertadas no 2º ano do ensino médio.
No ano de 2010, a inclusão das disciplinas de Filosofia e Sociologia no
Currículo de todas as séries de ensino médio de forma gradativa, da seguinte forma: O
colégio oferta a disciplinas de sociologia em duas séries: ma 1º e 2º séries de forma
gradativa será implantada na Matriz Curricular a partir de 2011, na 3º série do Ensino
Médio, da mesma forma a Filosofia faz parte da grade curricular dos 2º e 3º anos de
2010 e implantada nas 3 séries a partir de 2011.
A disciplina de Filosofia faz parte da grade curricular do 2º e do 3º ano,
enquanto a disciplina de Sociologia faz parte da grade do 1º e 2º ano, sendo que serão
implementadas em todas as séries a partir de 2011.
4.6.3. Língua Espanhola como disciplina do CELEM
Não faz parte da Matriz Curricular, mas é ofertada pelo estabelecimento na
forma de CELEM.
4.6.4. Estudos com as diferentes temáticas da diversidade
A escola no seu fazer pedagógico, tendo como pressuposto básico, a dignidade
de cada indivíduo, a igualdade de direitos, a oportunidade e o exercício da cidadania
com liberdade de expressão e do pensamento colaborando na transformação de uma
sociedade injusta e excludente, para uma sociedade onde passe a ter igualdade.
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A escola no seu coletivo, como espaço de conhecimento, onde todos os
envolvidos no processo educativo, na orientação das práticas para a produção , reflexão
e diálogo.
A LEI Nº 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e
Cultura Afro- brasileira e Africana na Educação Básica. A Deliberação nº 04/06-CEE
que instituiu normas complementares ás Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das reações étnico raciais e para o ensino de História e Cultura Afro Africana
e Indígena; e o reconhecimento e a valorização da identidade, história e cultura doa
Afro-brasileiros, garantindo a igualdade de valorização das raízes africanas na nação
brasileira, ao lado das indígenas, européias, asiáticas à partir do ensino de História e
cultura Afro –brasileira assim:
a) garantir que na organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz
curricular, contemplem obrigatoriamente, ao longo do ano letivo a Educação das
relações Étnicos raciais e o ensino da História e cultura Afro- Brasileira e africana na
perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade
democrática e pluriétnica. indígena no Brasil e o negro e o índio na formação na
sociedade nacional.
O Colégio trabalha com esse desafio com o intuito de assegurar o
reconhecimento da identidade, e da história e da cultura da população negra,
assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas, a partir do ensino de
História e Cultura Afro- Brasileira e Africana.
O Colégio desenvolve projeto permanente, onde todas os professores em
cumprimento as Diretrizes curriculares trabalham com a temática.
4.6.7. Inclusão Educacional
No que se refere à Inclusão pretende-se uma sociedade mais justa e
compromissada com as minorias, respeitando a dignidade de cada cidadão, a
oportunidade de igualdade de direitos, liberdade de expressão e de escolha.
Tendo em vista que a inclusão trata-se de uma das prioridades da educação na
atualidade, o Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Médio se propõe no seu coletivo
tratar essa questão de maneira a promover os possíveis alunos que apresentem perfil e se
enquadrem nessa política pública.
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Importa considerar que o princípio inicial da inclusão é o de entendê-la como um
movimento social que visa construir e modificar as relações com pessoas com
deficiências.
O movimento mundial em direção a sistemas educacionais inclusivos para os
portadores de necessidades educacionais especiais indica uma nova visão da educação,
com caráter democrático através do compromisso com a qualidade do ensino para todos.
A escola que se propõe inclusiva deve ter como preocupação reconhecer as
diferenças individuais como um valor a ser levado em conta no desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem cuja escola se adapte as diversidade, a fim de responder
às necessidades educacionais dos educadores, comprometida com a igualdade de
oportunidades e condições para todos garantindo que sejam bem sucedidos educacional.
A educação para a inclusão suscita uma nova postura pedagógica frente à
relação desenvolvimento/ensino/aprendizagem. Essa postura pedagógica pressupõe uma
compreensão de processos de desenvolvimento e de aprendizagem numa visão sócio-
histórica, significando compreender as dificuldades na aprendizagem, os atrasos no
desenvolvimento e as diferentes formas de deficiência.
Não se trata de negar limitações, sejam elas físicas, sensoriais, neurológicas ou
mentais, mas de lidar com o indivíduo que convive com estas limitações e buscar qual a
melhor forma de resposta educativa.
A nova Constituição Federal elegeu como fundamentos da República a
Cidadania e a dignidade das pessoas humana (Art.1º , inc. II e III,como um dos seus
objetivos fundamentos a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação ( art., 3º , inc. IV).
Garante ainda expressamente o direito à igualdade (art.5º), e trata, nos artigos
205 o direito de todos à Educação. Esse direito deve visar o plano desenvolvimento da
pessoa, seu preparo o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho “(art.
208, inc. V)
Portanto, a constituição garante à todos o direito à educação e ao acesso a escola.
Toda escola, assim reconhecidas pelos órgãos oficiais, deve atender aos
princípios constitucionais, não podendo excluir nenhuma pessoa em razão de sua
origem, raça, sexo, cor, idade.
Em cumprimento aos princípios da inclusão serão incluídos os conteúdos de
História e Cultura Afro-brasileira no Currículo Escolar, de acordo com a Lei nº
10.639/03, principalmente nas disciplinas de Arte, Língua Portuguesa e História, e
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também em todas as disciplinas curriculares, abrangendo o estudo da África e dos
africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro nas formação
da sociedade.
4.6.8. Estudos dos desafios educacionais contemporâneos
Cidadania Fiscal
O Colégio trabalha com essa temática, como programa de Educação Fiscal, visa
despertar nos alunos(as) sobre seus direitos e deveres em relação aos valores sociais e
dos tributos em relação a sociedade democrática e do Estado democrático.
O Estado e a arrecadação de recursos e a dinâmica empregada nessa
arrecadação, bem como a relação do papel dos cidadãos no acompanhamento e
aplicação dos recursos arrecadados em benefícios da própria sociedade.
O aluno por meio dessa compreensão e dos benefícios que dela provem, exigirá
seus direitos e cumprimento da cidadania.
O programa de Educação Fiscal, busca o comprometimento com a construção da
cidadania, da ética, da transparência, da responsabilidade fiscal e social.
Na educação, o exercício de uma prática que torne o ser humano como agente
da transformação social, apesar da força exercida pelo mundo globalizado, priorizando-
se a formação cidadã no processo ensino/aprendizagem, na cidadania, possibilitando e
estimulando o crescente poder do cidadão quanto ao controle democrático do Estado.
A sociedade hoje exige uma escola que vá além dos conceitos básicos, que
contribua para a formação integral do educando, construindo conhecimento e
propiciando uma visão crítica do mundo e a educação fiscal como um dos desafios
contemporâneos está inserida no âmbito escolar, não como uma disciplina, mas como
um conhecimento que poderá ser contemplado na escola, objetivando compreender
melhor a sociedade.
Educação Ambiental
O Colégio trabalha com Essa temática , como Desafio Educacional
Contemporâneo, e com o envolvimento de todas as disciplinas e principalmente da
disciplina de Geografia e da interdisciplinaridade com outras disciplinas. Promovendo o
desenvolvimento e a coscientização da importância da preservação do meio ambiente,
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ara a qualidade de vida e equilíbrio do planeta para a preservação do ambiente e sua
sustentabilidade e fatores relacionados.
Gravidez na adolescência
A sexualidade está presente na vida dos jovens e adultos, entretanto os jovens
não estão preparados para esse tipo de educação, os pais não dão importância e também
por não saber como trabalhar esse assunto.
A sexualidade é um componente fundamental da personalidade do ser humano, e
parte integrante do desenvolvimento, é preciso que se fale sobre o assunto e que seja
trabalhado na escola na naturalidade e respeito.
O Colégio trabalha o Projeto Gravidez na Adolescência por meio de projeto de
forma permanente, com palestras, com profissional da saúde e também com médico
especialista no assunto, e também é trabalhado por professores da disciplina de
Biologia, na conscientização sobre gravidez na adolescência e doenças sexualmente
transmissíveis.
Prevenção ao uso indevido de drogas:
Vivemos em uma sociedade marcada pelas desigualdades, resultante de uma
sociedade capitalista na exploração do homem, e que são fatores determinantes de
diferentes tipos de comportamentos.
A temática é desenvolvida, e sendo um trabalho desafiador requer cuidado, por
meio de pesquisas para fundamentação teórica, aumentando o conhecimento dos
educadores e educandos que são instigados a conhecer esses desafios educacionais
contemporâneo e debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogas,
preconceito, discriminação, violência e narcotráfico.
É também realizada por profissional conhecedor do assunto, por médico, por
meio de palestras onde a comunidade percebe os males causados por essa droga e para a
conscientização dos jovens na prevenção.
Esse tema é desenvolvido por meio de projeto.
Violência na escola:
A escola como espaço de conhecimento social, histórico-científico não pode
ficar alheia a essa discussão. A violência, no âmbito das escolas públicas, como um
processo desafiador que requer tratamento adequado, desprovido de preconceito e
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discriminação. Ao trabalhar com esse desafio, a escola deve buscar mecanismos de
aplicação e compreensão e formar o aluno para participar da sociedade, transformar a
escola em espaço onde o conhecimento passa a ser o elo conscientizador, requer
formação continuada dos professores sobre as suas causas da violência e suas
manifestações como também material didático para com fins de apoio pedagógico.
5. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
5.1. Recuperação Paralela de conteúdos
A recuperação paralela é direito do aluno, sendo oportunizada a todos(as) alunos
(as), como ênfase ao resgate do conteúdo não aprendido pelo aluno, após avaliação de
conteúdos trabalhados em sala de aula, o professor quando necessário retoma os
conteúdos e assim o aluno terá chances de aprender o conteúdo e se apropriar do
conhecimento .
Com avaliações regulares no decorrer do processo ensino aprendizagem, e
detectando a não aprendizagem ao longo do bimestre devem ser recuperadas as notas
mediante atividades de recuperação paralela, estabelecendo planos de recuperação no
coletivo, aproveitando a hora atividade para o trabalho coletivo.
5.2. Atendimento Individualizado
Para o atendimento individualizado, o professor atende os alunos na hora
atividade do professor, também em horário adverso do período em que o aluno estuda.
Por meio de atividades, módulos e outros (planejado no coletivo), para que o
aluno possa recuperar o conteúdo trabalhado e não só a recuperação das notas.
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6. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO
6.1. Projeto Viva Escola
O programa Viva-Escola, aprovado pela Resolução Nº 3683/2008, assume como
política pública as atividades pedagógicas de complementação curricular, contemplando
no P.P. Curricular de desenvolvida pelas Escolas da Rede Pública do Estado do Paraná.
O Programa Viva-Escola do SEED/PR visa a expansão de atividades
pedagógicas realizadas na Escola como complementação curricular, vinculadas ao
P.P.P. com a finalidade de atender o aluno, suas especificidades de acordo com sua
realidade.
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes
objetivos:
Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede
Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades
pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno
escolar;
Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades
pedagógicas de seu interesse;
Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, fazendo a
interação com colegas, professores e comunidade.
Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala de
Apoio à Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de Recursos; Sala de
Apoio da Educação Escolar Indígena;
Integração Comunidade e Escola: Fórum de estudos e Discussões; Preparatório
para o Vestibular.
O Programa Viva-Escola implantado no ano de 2009, é uma proposta com
intuito de enriquecer a Proposta Pedagógica Curricular do Ensino Médio deste
estabelecimento de ensino.
Tendo como consideração principal a participação dos alunos do Ensino Médio
levando em consideração também os interesses e necessidades sócio-educacionais – em
reunião com o Conselho Escolar, professores direção Equipe pegagógica e alunos. Após
explicitar os objetivos desses projetos, os que tiveram maior aceitação e interesse por
parte dos alunos e comunidade escolar.
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Assim deram início a tais projetos:
- Preparatório para o vestibular;
- Teatro;
- Produção de sabão e detergente;
6.1.1. Curso Preparatório para o Vestibular:
É mais uma Política de Governo do Estado do Paraná, compromisso com a
diminuição das desigualdades sociais e com a luta pó uma sociedade mais justa e
humana.
Este curso surgiu com o intuito de reforçar a apropriação dos conhecimentos básicos
dos alunos do 3ª ano do Ensino Médio, bem como, os egressos da comunidade local,
preparando-os para o vestibular e o ingresso em uma Universidade. Neste curso
envolve-se todas as disciplinas da grade Curricular do Ensino Médio. Um dos critérios
para participação estar cursando o 3ª ano do Ensino Médio ou já ter concluído.
Os Objetivos desse Projeto são:
- Proporcionar condições para que o jovem do Ensino Médio Estadual e
oportunizando também os egressos, estejam preparados para prestar vestibular de forma
igualitária com alunos de escolas particulares.
- Motivação para continuar na busca pela aprendizagem.
O Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e Médio passou a
ofertar o curso Preparatório para o Vestibular em 2009. No ano letivo de 2010 o curso
iniciou-se em 08/02/2010, atendendo uma turma no contra-turno das aulas em que os
alunos estudam, estando organizada da seguinte maneira:
Número de alunos atendidos: 38
Horas-aula semanais: 04 h/a
Período: noturno
Dias de atendimento: 2ª e 6ª feira
Horário de atendimento: 19:00 às 20:40 horas
6.1.2. Curso de Produção de Sabão e Detergente:
Tendo em vista que na atualidade o consumismo vem crescendo e o acumulo do
que é descartado também, resultando em prejuízos ambientais, que nos propusemos a
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desenvolver consciência e hábitos ecologicamente corretos, elaboramos o projeto de
experimentações químicas, e de produtos produzidos com óleo usado em frituras, como
a fabricação de sabão e detergentes e outros produtos.
Levando em consideração que estaremos proporcionando ao aluno um
conhecimento químico, sócio-econômico, ambiental e produtivo contextualizando
praticas laboratoriais com as demais áreas do conhecimento em que os conteúdos da
“Química” serão utilizados para a compreensão da composição e propriedades do
detergente e do sabão, bem como suas características e funções.
Critérios para participação: Tendo como critério para participação, o aluno deve
estar regularmente matriculado no Ensino Médio nas 1ª, 2ª ou 3ª séries.
Os Objetivos desta Proposta são:
- Proporcionar situações em que o aluno seja agente de seu próprio aprendizado.
- Garantir a conscientização ambiental de toda sociedade e sua necessidade de
estar mudando de atitudes, criando assim hábitos de conservação do meio ambiente
ecologicamente correto.
Para tanto devem:
- Identificar transformações químicas pela percepção de mudanças na natureza
dos materiais usados na preparação do sabão e detergente.
- Perceber a importância no conhecimento químico na cultura contemporânea
para melhorar a qualidade de vida na preservação do meio ambiente.
No ano letivo de 2010 o curso iniciou-se em 08/02/2010, atendendo uma turma
no contra-turno das aulas em que os alunos estudam, estando organizada da seguinte
maneira:
Número de alunos atendidos: 31
Horas-aula semanais: 04 h/a
Período: tarde
Dias de atendimento: 3ª e 5ª feira
Horário de atendimento: 13:30 às 15:10 horas
6.1.3. Curso de Teatro:
A arte sempre esteve presente nas mais diversas civilizações, seja na dança, na
música, na escultura, na pintura ou na representação. O teatro, como conhecemos hoje, é
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uma invenção grega que desde aquela época já demonstrava seu valor como forma de
expressão artística ajudando no desenvolvimento da sensibilidade humana.
Havia na Grécia dois tipos de espetáculos. Tanto a tragédia, quanto a comédia,
que levava o espectador a tomar consciência dos grandes problemas da vida através do
medo e do riso. Assim também serão as peças montadas para o público jovem e adulto
no decorrer deste projeto, sempre tratando temas de relevância social; como a violência
nas escolas, drogas, sexualidade, saúde, entre outros, que são desafios sociais
contemporâneos preconizados nas Diretrizes Curriculares do estado do Paraná para
serem trabalhados no ambiente escolar.
Na cidade de Itambé não há grupo profissional de teatro. Temos a Casa da
Cultura que apresenta eventualmente peças infantis provenientes de organizações
externas à escola. Pretendemos por meio do Projeto Viva Escola, montar peças com os
alunos do Ensino Médio, enriquecendo a vida cultural do nosso município, abrindo
espaço na escola para que os jovens desenvolvam seus talentos artísticos.
O jovem tem uma enorme necessidade de expressar-se, extravasando essa
necessidade de diferentes maneiras, sendo o teatro uma delas, assim este projeto tem o
objetivo de oportunizar aos alunos encontrar a melhor maneira de se expressar,
despertando o interesse pela arte de representar, melhorando sua expressão corporal,
vocal, auto-estima, criatividade, estimulando o interesse pelos problemas sociais e
através destes a autonomia na produção de peças. Formar público, mesmo tardiamente,
levar o jovem ao teatro e a produzir teatro, pois durante a produção o aluno desenvolve
a responsabilidade, disciplina, organização, trabalho em equipe analisando com os
colegas a melhor maneira de apresentação, traz para seu trabalho a realidade do
momento, apresenta sua forma de ver as coisas, os outros e a si próprio. Espera-se que
com o resultado deste estimulo de informação, o aluno sinta-se motivado a transformar
sua pessoa, contribuindo de alguma forma na construção de um mundo melhor.
No ano letivo de 2010 o curso iniciou-se em 08/02/2010, atendendo uma turma
no contra-turno das aulas em que os alunos estudam, estando organizada da seguinte
maneira:
Número de alunos atendidos: 35
Horas-aula semanais: 04 h/a
Período: tarde
Dias de atendimento: 2ª e 4ª feira
Horário de funcionamento: 13:00 às 14:40 horas
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6.2. CELEM – ESPANHOL
O CELEM - Centro de Língua Estrangeira Moderna, implantado em fevereiro de
2010, justifica-se por ser esta uma das solicitações prioritárias da comunidade escolar,
assim integrar as propostas do plano de ação da escola e do PPP deste Estabelecimento
de Ensino, que prevê incentivar e viabilizar projetos inovadores e de enriquecimento
curricular.
Considerando também que o domínio de uma ou mais línguas, viabilizará
conhecimento e aprendizagem necessária às novas tecnologias e mudanças no mundo
moderno. Sendo que, esse contato nem sempre é possível devido ao poder sócio-
econômico da comunidade escolar em estar freqüentando centros especializados, e a
escola deve ser considerada como a via facilitadora do acesso a esse conhecimento, e
com a implantação do CELEM dando a oportunidade de inclusão a todos de forma
igualitária.
Retomando momentos históricos significativos, quando se analisa a trajetória do
ensino de Língua Estrangeira no Brasil, percebe-se que a escola pública foi marcada
pela seletividade e diante da realidade brasileira, o acesso a uma Língua Estrangeira
consolidou-se historicamente como privilégio de poucos.
Atualmente o interesse da escola pública vem demonstrando mudanças e
propostas para que o ensino de Língua Estrangeira possa ter um papel democratizante.
O que se busca hoje é o ensino de Língua Estrangeira direcionando a construção do
conhecimento e a formação da cidadania e, que a língua aprendida seja caminho para o
conhecimento e compreensão a diversidades lingüísticas e culturais.
O aprendizado de Línguas Estrangeiras são também possibilidades de conhecer,
expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados. Nesta
perspectiva, o envolvimento dos alunos na construção do conhecimento e do significado
na prática.
O desenvolvimento dos alunos levará em consideração os objetivos propostos no
Regimento Escolar, bem como no Projeto Político Pedagógico.
No ano letivo de 2010 o curso foi implantado no Colégio e iniciou-se em
08/02/2010, atendendo duas turmas no contra-turno das aulas em que os alunos
estudam, estando organizado da seguinte maneira:
Turma A
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Número de alunos atendidos: 31
Horas-aula semanais: 04 h/a
Período: intermediário
Dias de atendimento: 3ª e 6ª feira
Horário de atendimento: 17:20 às 19:00 horas
Turma B
Número de alunos atendidos: 26
Horas-aula semanais: 04 h/a
Período: noite
Dias de atendimento: 2ª e 6ª feira
Horário de funcionamento: 19:00 às 20:40 horas
7. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Diante da realidade, no presente momento, há necessidade de atualização dos
profissionais da Educação, dos Pais, dos Membros da APMF, dos Membros do
Conselho Escolar e do Grêmio Estudantil, tendo em vista que o mundo exige mudanças
a cada momento e para nos prepararmos para essas mudanças necessitamos de formação
contínua.
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na
escola , uma vez que não só ele possibilita a progressão funcional baseada na titulação,
na qualificação e na competência dos profissionais, mas também, propicia,
fundamentalmente o desenvolvimento profissional dos professores articulados com a
escola e seus projetos.
A complexidade do mundo moderno exige uma tomada de posição pondo em
prática tudo que se aprendeu e vivenciou, transformando o mundo em busca das
igualdades de oportunidades e ascensão profissional. Não basta conhecer ou reconhecer
tudo que se aprendeu, mas sim um compromisso com uma pedagogia voltada para o
inovador, comprometida com mudanças necessárias e inevitáveis, sempre que surgir
necessidade.
A Educação deve assumir a sua parte na construção da paz, liberdade e justiça
social, por isso não deve ficar estática, deve estar em constante modificação e para que
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isso ocorra é primordial a formação continuada, que possibilitará a autonomia de
pensamento. Nessa direção, faz-se necessário o seu aperfeiçoamento e atualização para
o bom desempenho de sua prática pedagógica, bem como nas suas diferentes funções.
Acrescenta-se a isso oportunizar espaços de reflexão, discussão e redirecionamento do
processo ensino-aprendizagem e demais funções que atendam as necessidades da
escola, que poderão ser viabilizadas a partir das atividades desenvolvidas pela SEED,
Direção e Equipe Pedagógica ao longo do presente ano letivo conforma se relaciona
abaixo:
− Cursos de Capacitação ofertados pela SEED;
− Reuniões pedagógicas para tratar de problemas referentes ao ensino, a alunos
com dificuldades, planejamento conjunto para superar obstáculos.
− Grupo de estudo para aprimoramento e atualização.
− Encontros com a comunidade escolar para levantamento de necessidades da
escola.
− Encontro com os pais para abordar assuntos referentes a aprendizagem de seus
filhos.
− Grupos de estudo para instâncias colegiadas: APMF, Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, Conselho de Classe e Funcionários.
− Especializações: busca realizada por cada profissional dentro da sua área e
necessidade.
7.1. Acompanhamento e realização da Hora Atividade
De acordo com a Instrução nº 02/2004 – SUED, a Superintendência da
Educação, no uso de suas atribuições e considerando:
• a Resolução nº 305/2004 – SEED, que regulamenta a distribuição de aulas nos
Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação Básica e estabelece
normas para a atribuição da hora atividade;
• a Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002 que instituiu os 20% de hora atividade
emite a presente Instrução:
1. A Hora atividade é um tempo reservado ao professor em exercício de
docência, para estudos, avaliação e planejamento.
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2. A organização da hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos
professores priorizando-se:
- será atribuído 20% da hora atividade sobre o total de horas aulas
assumida pelo professor em efetiva regência de classe.
- no coletivo – elaborar as Diretrizes Curriculares da Disciplina;
- Grupos de Estudo para planejamento de ações necessárias ao
enfrentamento de problemáticas diagnosticadas no interior do
estabelecimento;
- a correção de atividades discentes, estudo e reflexões a respeito de
atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos de
ações que visem a melhoria da qualidade de ensino, propostas por
professores, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como atendimento
de alunos, pais e (outros assuntos de interesses da) comunidade escolar;
- ler livros, revistas e outros que visem a melhoria do ensino-
aprendizagem;
- a hora atividade deverá ser cumprida no mesmo horário que forem
ministradas aulas;
- cabe ao conjunto de professores, sob a orientação da equipe pedagógica
ou direção do estabelecimento, planejar, executar e avaliar as ações a
serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora atividade;
- cabe a equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e
acompanhar atividades individuais a serem desenvolvidas durante a hora
atividade;
- cabe ao Diretor do Estabelecimento sistematizar o quadro da hora
atividade que deverá constar em edital, permitindo seu acompanhamento
e informando a comunidade escolar a disponibilidade de horário de
atendimento do professor aos pais e aos alunos.
- é de responsabilidade do Diretor a verificação do cumprimento da hora
atividade.
O cronograma oficial da Hora Atividade segue orientação do NRE, sendo que ao
se planejar o horário para o ano letivo, é previsto que o professor fique em em estudos
no dia previsto para seu H.A., estando a disposição para realizar cursos ofertados pelo
NRE e participar de capacitações.
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Durante a Hora Atividade o Professor deverá desenvolver as seguintes
atividades:
• Pesquisa de materiais diversos (vídeos, livros, internet) para preparação das
aulas;
• Preenchimento do Diário de Sala;
• Correção de atividades avaliativas como provas, trabalhos;
• Elaboração e organização de projetos interdisciplinares;
• Leitura de livros, jornais, revistas, para formação pessoal;
• Organização de atividades e revisão de planejamento com professores da
mesma área;
• Atendimento a pais e alunos.
7.2. Estágio Obrigatório e Não Obrigatório
O Colégio Estadual “Olavo Bilac”- Ensino Médio, em atendimento a Lei Federal
N° 11.788/2008-CIEE/ Pr. sancionada em 25 de setembro de 2.008, oportunizará aos
alunos do Ensino Médio o Estágio não obrigatório, como atividade complementar,
opcional ao estudante, ainda que o estágio seja uma atividade que visa a preparação para
o trabalho produtivo. A função social da escola vai para além do aprendizado de
competências próprias da atividade profissional e necessidade do mercado de trabalho.
Na concepção do trabalho como princípio educativo, com subsídio das
disciplinas curriculares, as quais se explicam à partir das relações de trabalho, implica
em oferecer ao aluno instrumentos conceituais para analisar as relações de produção, de
dominação e possibilitar emancipação do sujeito relacionado ao trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, requer os conhecimentos produzidos
historicamente pela humanidade, possibilitando ao futuro trabalhador se apropriar do
processo de forma conceitual e operacional.
O acesso aos conhecimentos possibilita ao estagiário, além da integração nas
atividades de produção como sua participação de forma que por meio das práticas os
conhecimentos da teoria que a sustentam, o estágio permite ao estagiário que as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam retornadas para escola e relacionar-se aos
conhecimentos e compreensão a partir das relações de trabalho.
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7
No ensino médio o Estágio oferecido não é obrigatório, mas em atendimento a
Lei Nº 11.788/08 ele é oferecido a estudantes que fazem estágio em empresas do
município, da região e de outros.
O Estágio sem vínculo empregatício para os alunos do curso do ensino médio,
mediante convênio assinado pela instituição de ensino e empresa empregatício (parte
concedente do estágio) e para os estagiários de instituições públicas e privadas,
principalmente para alunos do curso de pedagogia, o Estabelecimento de Ensino aceita
mediante autorização da instituição de ensino.
Assim, cabe ao pedagogo informar aos estagiários (as) sob o funcionamento da
escola entre outros, e informar aos professores, cuja as turmas terão estagiários (as)
desenvolvendo projetos obrigatórios pelas instituições na qual estão vinculados.
O estágio deverá ser obrigatório ou não obrigatório conforme determinação das
Diretrizes Curriculares da etapa, modalidade e área de ensino.
8. PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO
O plano de ação da escola, é elaborado no início do ano letivo, onde são
elaboradas e distribuídas as ações e atividades previstas no plano de ação para o ano
letivo.
Sendo que todas as ações planejadas pelo coletivo são de (co) responsabilidade
de todos no desenvolvimento das mesmas, e para que sejam colocadas em práticas por
intermédio das ações planejadas e assim alcançar os objetivos propostos, melhorando
assim a qualidade do ensino da escola.
O plano de ação prevê os problemas e as ações a serem realizadas e o
responsável ou responsáveis pela realização como: Revisão do PPP e Regimento
Escolar, e acrescentar as mudanças necessárias, Calendário, Complementação de Carga
Horária, Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente, Avaliação
Escolar, Hora Atividade, Recuperação de Estudos, Evasão, Grupo de Estudo, DEB
Itinerante, Simpósios, Seminários, Encontros, Cursos, Projeto Específico Permanente na
Escola, e Desafios Educacionais Contemporâneo; Plano de Ação em Anexo.
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9. PLANO DE TRABALHO DOCENTE
O Plano de Trabalho Docente tem sua dimensão legal na LDB, aparece no artigo
13, parágrafo II e IV com plano de trabalho que deve ser feito pelo professor.
Deve ser elaborado em consonância com as Diretrizes Curriculares e Proposta
Pedagógica do Colégio e com as Políticas da SEED, vinculados a realidade e as
necessidades de diferentes turmas de atuação.
No Plano de Trabalho Docente, elaborado no coletivo das disciplinas devem
estar implícitos os conteúdos específicos a serem trabalhados no bimestre, bem como as
metodologias que fundamentam a relação ensino aprendizagem, além dos critérios e
instrumentos avaliativos, permitindo a discussão sobre os procedimentos didáticos,
avaliação e seus instrumentos.
A leitura das Diretrizes é fundamental para a troca de experiências, do
aprendizado e enriquecimento de cada Plano de Trabalho Docente e a
interdisciplinaridade.
10. FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL DO PPP.
No Colégio Estadual “Olavo Bilac” - Ensino Fundamental e Médio, o
Acompanhamento e a Avaliação do Projeto Político Pedagógico será realizada por meio
de reuniões periódicas do Colegiado, tendo em vista que a co-responsabilidade é um
fator decisivo no êxito da Proposta Pedagógica, partindo da premissa que a mesma é
também um projeto político, portanto, um processo (re)construção, sujeito a
reformulação objetivando um contínuo aperfeiçoamento.
Imbuídos da missão de educadores, temos o compromisso com a Escola
Pública – a escola para todos, uma conquista da comunidade, portanto, Direção, Equipe
Pedagógica, Professores, Funcionários, APMF, Conselho Escolar, Grêmio, Pais,
Alunos, devem assumir sua parte de responsabilidade pelo Projeto Político Pedagógico.
Todo o segmento da comunidade escolar seja interno ou externo, encontram-se
interligados, tendo o aluno, como centro do processo educativo, pois a escola existe em
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sua função, portanto, cada qual deve se auto-avaliar, no sentido de – Qual a minha
contribuição com a Educação? Com a Escola? Com o aluno? O que deve ser mudado?
O que deve ser aprimorado? ...
Os questionamos que surgirem em relação ao Projeto Político Pedagógico do
Estabelecimento de Ensino, servirão como meios de avaliação do fazer pedagógico.
Mudar a mentalidade é preciso, quando sofremos mudanças aceleradas em todos
os segmentos da sociedade e a escola tem o dever da resposta, educando para a
contemporaneidade.
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11 . PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
O conhecimento se explicita nos conteúdos das disciplinas de tradição curricular,
quais sejam: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física História, Geografia,
Língua Portuguesa, íngua Estrangeira Moderna, Matemática, Física, Química e
Sociologia. Os professores por meio dos conteúdos estruturantes se fundamentam para
organizar o trabalho pedagógico.
Por conteúdos estruturantes entendem-se os conhecimentos de grande
amplitude, teorias ou práticas, que identificam e organizam os campos de estudos de
uma disciplina escolar, consideradas de grade importância, fundamentais para o seu
objeto de estudo / ensino.
Por serem históricos os conteúdos estruturantes são frutos de uma construção
que tem sentido social como conhecimento. Os conteúdos são selecionados à partir de
sua relevância, sendo socializados e apropriados pelos alunos, por meio de
metodologias e outras formas de aprendizagem. O conhecimento é produto da cultura e
deve ser disponibilizado como conteúdo ao aluno e dominado por meio da
aprendizagem. É na sala de aula que o currículo é posto em prática.
11.1. PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A dimensão histórica apresentada destaca alguns marcos do desenvolvimento da
arte no âmbito escolar. Conhecer, tanto quanto possível essa historia permitira
aprofundar a compreensão sobre a posição atual de ensino de arte.
Durante o período colonial, uma educação de tradição religiosa, num trabalho de
catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de arte e ofício. Esse contexto
foi importante na constituição da matriz cultural brasileira e o governo português
expulsou os jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em
outras instituições da colônia, que enfatizava o ensino das ciências naturais e dos
estudos literários. Na pratica não se registrou efetivas mudanças.
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Em 1808, uma série de obras e ações foram iniciadas para atender a corte
portuguesa. Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa, cuja concepção de arte
vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Esse padrão
estético entrou em conflito com a arte colonial e suas características como barroco, em
sua maioria mestiços de origem humilde que ao contrario dos estrangeiros não recebiam
renumeração pela sua produção.
Foi criada em 1917, a escola profissional feminina, que faziam parte da
formação da mulher. Em 1890, ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil
republicano.
Nas primeira década das republicas ocorreu a Semana da Arte Moderna em
1922, um importante marco para a arte brasileira, associados aos movimentos
nacionalistas da época. O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois
entendia que desde o processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e
renascentista europeia e a arte africana, cada qual com suas especialidades, constituíram
a matriz da cultura popular brasileira.
O ensino de arte passou a ter, então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e
criatividade, apoiou-se muito na pedagogia da escola nova. Pela primeira vez uma
tendencia pedagógica centrava sua ação no aluno e na sua cultura, em contraposição as
formas anteriores de ensino impostas por modelos que não correspondiam ao universo
cultural dos alunos.
As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da
realidade local estimularam movimentos a favor da arte se tornar disciplina escolar.
A partir da década de 1960 as produções e movimentos artísticos se
intensificaram, esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma
nova realidade social e gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do
regime militar. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal nº 5692/71, cujo artigo 7º
determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do ensino fundamental e
do ensino médio. Numa aparente contradição foi nesse momento de repressão política e
cultural quer o ensino de Arte tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi
fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o
conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético de arte.
No currículo escolar, a arte passou a compor a área de conhecimento
denominada comunicação e expressão. A partir de 1980, o país iniciou um amplo
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processo de mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova
constituição, promulgada em 1988.
Dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a pedagogia
histórico-critica elaborado por Saviani que fundamentou o currículo básico para o
ensino de 1º grau, publicada em 1990 e o ensino de 2º grau da escola publica do Paraná.
Tais propostas curriculares pretendiam fazer da escola um instrumento para
transformação social e nelas o ensino de Arte propôs a formação do aluno pela
humanização dos sentidos, pelo saber estéticos e pelo trabalho artístico. Esse processo
foi interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais Os PCNs tornaram-
se os novos orientadores do ensino. Os PCN em arte tiveram como principal proposta
denominada de Metodologia Triangular. Questiona-se, também, a pouca participação
dos professores na produção dos PCN, que foram escritos e distribuídos antes da
elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) que, segundo a LDB nº
9394/96, deveriam ser a base legal para a formulação dos PCN.
Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores
pautado na retomada de uma pratica reflexiva para a construção coletiva de Diretrizes
Curriculares Estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico que
pequisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis.
Nesse contexto de mudanças e avanços no ensino de arte foi sancionada pelo
Presidente da Republica, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
brasileira e Indígena”. Para o ensino desta disciplina significa uma possibilidade de
romper com uma hegemonia da cultura europeia.
Reconhecesse que os avanços recentes podem levar a uma transformação no
ensino de arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que permitam a
compreensão da arte como campo de conhecimento.
As diferentes formas de pensar a Arte e seu ensino são constituídas nas relações
socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram.
Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referencias sobre sua função
social.
O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da
Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os
conteúdos programados e a metodologia proposta. Pretendesse que os alunos adquiram
conhecimento sobre a diversidade pensamento e de criação artística para expandir sua
capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.
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O enfoque dado ao ensino de Arte na educação básica fundasse nos nexos
históricos entre arte e sociedade. Nesse sentido, são abordadas as concepções arte como
ideologia, arte como forma de conhecimento e arte como trabalho criador, tendo como
referencia o fato de serem as três principais concepções de arte no campo das teorias
críticas. Educar os alunos em Arte é possibilitar lhes um novo olhar, um ouvir mais
crítico, um interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova
realidade, bem como a ampliação das possibilidades de fruição.
OBJETIVO GERAL
O Ensino de arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da
Educação, e a coerência entre objetivos específicos, os conteúdos programados e a
metodologia proposta. Pretende-se assim que os alunos adquiram conhecimento sobre
materiais, estilos e estética, que compõem o fazer artístico, estimulando a pesquisa
acerca dos componentes da aprendizagem artística, e sobre os processos por meio dos
quais o conhecimento da arte é construído, identificando conceitos fundamentais
sobre o papel da arte no
desenvolvimento integral do ser humano.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Nas discussões coletivas com os professores da rede estadual de ensino, definiu-se
que os conteúdos estruturantes da disciplina são:
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
No Ensino Médio a prioridade é para a História da Arte com raros momentos de
prática artística, centrando-se no estudo de movimento e períodos artísticos e na leitura
de obras de arte.
Diante deste diagnostico, torna-se imprescindível adotar outra postura
metodológica, e propicie ao aluno uma compreensão mais próxima da totalidade da arte.
Ensino Médio - 1º Ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
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FORMAIS PERÍODOS
CONTEÚDOS BASICOS PARA A SÉRIE
Altura duraçãotimbreintensidadedensidadePonto Linha TexturaFormaSuperfícieVolumeCor e LuzPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAçãoEspaçoMovimento CorporalTempo e espaço
Ritmomelodia HarmoniaEscalasimprovisaçãoBidimensionalFigurativaGeométrica, simetriaTécnicasGêneros: Cenas da Mitologia tragédia, comédia e CircoEnredo, roteiro.Espaço Cênico, adereços.improvisação, manipulação, mascara. Eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, rápido e lento,improvisação
Arte Pré-históricaArte no Antigo Egito, Arte Greco-romana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Arte Romanica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo.
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e de outros conteúdos de acordo com a experiencia escolar e cultural dos alunos.Percepção dos modos de fazer trabalhos com arte nas diferentes culturas e mídiasTeoria das Artes Visuais, musica, teatro e dança.Produção de trabalhos de artes com os modos de organização e composição com enfoque nas diversas culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e a sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes nas diversas culturas e mídia, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
2º Ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BASICOS PARA A SÉRIE
Altura DuraçãoTimbreIntensidadeDensidadePonto, Linha,Textura, FormaSuperfícieVolumeCor e LuzPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção e EspaçoMovimento CorporalTempo e espaço
RitmoMelodiaGêneros: Folclórico, indígena e popular;Técnicas: vocal, instrumental e mista;Improvisação;Representação;Jogos teatrais, mímicas, improvisação;Caracterização;
Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Surrealismo, Op Art, Pop Art,Vanguardas Artísticas, Arte popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Indústria Cultural
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e de outros conteúdos de acordo com a experiencia escolar e cultural dos alunos.Percepção dos modos de fazer trabalhos com arte nas diferentes culturas e mídiasTeoria das Artes Visuais, musica, teatro e dança.Produção de trabalhos de artes com os modos de organização e composição com enfoque nas diversas culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e a sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes nas diversas culturas e mídia, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Nas aulas de arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as
praticas e fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática
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pedagógica, em todas as séries da educação básica. Dessa forma devem-se contemplar,
na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica.
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística
bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.
Sentir e Perceber: São as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de
arte.
Trabalho Artístico: é a pratica criativa, o exercício com os elementos que compõe
uma obra de arte.
Sugestões de encaminhamento metodológico:
ARTES VISUAIS: O cinema, televisão, videoclipe e outros são formas artísticas,
constituídas pelas quatro áreas de arte, onde a imagem tem uma referencia fundamental,
compostas por imagens bidimensionais e tridimensionais. Por isso, sugere-se que a
pratica pedagógica parta da análise e produção de trabalhos artísticos relacionados a
conteúdos de composição em Artes Visuais, tais como imagens bidimensionais e
tridimensionais.
Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e critica, reafirma a
discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar
sobre a realidade humano-social, e as possibilidades de transformação desta realidade.
DANÇA: A Dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos,
que uma vez integrado aos processos mentais, possibilitam uma melhor compreensão
estética de arte. Entender a dança como expressão, compreender as realidades próximas
e distantes, perceber o movimento corporal nos aspectos sociais, culturais e históricos,
são elementos fundamentais para alcançar os objetivos do ensino da dança na escola.
MUSICA: Ao trabalhar uma determinada música, é importante contextualiza-la,
apresentar suas características específicas e mostrar que as influencias de regiões e
povos misturam-se em diversas composições musicais. É necessário desenvolver o
habito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus
elementos formadores. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a musica
se organiza. Os elementos formais do som são: intensidade, altura, timbre, densidade e
duração..
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6
TEATRO: O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, com tudo o professor não
exclui a abordagem da teorização em arte como, por exemplo, discutir os movimentos e
períodos artísticos importantes da história do teatro. O teatro na escola promove o
relacionamento do homem com o mundo, com o objetivo de propiciar ao aluno uma
melhor maneira de relacionar-se consigo e com outro. Na escola a dramatização
evidenciará mais o processo de aprendizagem do que a finalização, a montagem de uma
peça, é no teatro que se veem refletidas as maneiras de sentir o mundo por meio de um
ser criado num mundo criado.
AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de arte é diagnóstica e processual. A
avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em
consideração a capacidade individual, desempenho do aluno e sua participação nas
atividades realizadas”.
O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui a observação e registro
do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidas na apropriação
do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os
problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em
grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus registros de
forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades
para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.
Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os
colegas, e ao mesmo tempo, constitui-se como referencia para o professor propor
abordagens diferenciadas. A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do
grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como:
• trabalhos artísticos e individuais e em grupo;
• pesquisas bibliográficas e de campo;
• debates em formas de seminários e simpósios;
• provas teóricas e praticas; registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio,
audiovisual e outros.
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Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o
planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as
seguintes expectativas de aprendizagem:
• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação
com a sociedade contemporânea;
• A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua realidade
singular e social;
• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas
culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
REFERÊNCIAS
-PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação do. Diretrizes Curriculares de Artes
para a educação básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2009.
-PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação do. Departamento de Ensino médio.
LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
- RAFFA, Ivete. Fazendo Arte com os Mestres. São Paulo: Editora Escolar, 2006.
-PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 2003.
-BAUMGART, Fritz. Breve História da Arte. 2ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
- HAILER, Marco Antônio. Caderno de Arte: Fazendo Arte. São Paulo: FTD, 1993
-EDWARDS. Betty. Desenhando com o lado direito do cérebro. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2001.
- AZEVEDO, Heloísa de Aquino. Coleção Aprendendo com a Arte: Tarsila do
Amaral, Cândido Portinari, Tão Sigulda. 4ª Ed. Educação &Cia, 2005.
-OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processo de Criação. Petrópolis: Vozes, 1987.
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11.2. PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto o estudo do fenômeno da
VIDA. A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou
o homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte
deste mundo.
Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua
sobrevivência e de outras espécies. Assim o conhecimento apresentado pela disciplina
de Biologia não representa o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si,
mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos) que representam
o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais.
O estudo de Biologia leva o aluno a desenvolver uma mentalidade de respeito pela
vida e conseqüentemente uma integração cada vez maior do homem com a natureza,
para ser capaz de usufruir o ambiente sem destruí-lo ou degradá-lo.
Os conteúdos estruturantes articulados aos conteúdos específicos,
proporcionarão ao aluno um saber organizado, diversificado e integrado com as outras
áreas do conhecimento. Os conteúdos estruturantes: organização dos seres vivos,
mecanismos biológicos, biodiversidades, implicações dos avanços biológicos no
fenômeno vida, auxiliarão na construção do conhecimento biológico, promovendo a
formação de sujeitos críticos e reflexivos aos avanços da ciência e tecnologia
disponíveis e atuantes na sociedade que vivem.
Sendo histórica, a ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos
contexto social, político, econômico e cultural dos diferentes momentos da humanidade.
Neste sentido histórico da Biologia, novos paradigmas do pensamento biológico
emergiram, e que revolucionaram a Ciência, são eles que vão compor os conteúdos
estruturantes dos quais desmembram os conteúdos específicos a serem ensinados em
Biologia.
A história da ciência mostra que tentativas de definir a vida têm sua origem
registrada desde a antigüidade. As idéias deste período que contribuíram com o
desenvolvimento da biologia, tiveram como principais pensadores e estudiosos os
filósofos Platão (428/27 a . c. – 347 a . C.) e Aristóteles (384 a .C. – 322 a . C.), que
dedicaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As
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interpretações filosóficas buscavam explicações para compreensão da natureza. Com
rompimento da visão teocêntrica, os conceitos sobre o homem passam para o primeiro
plano e a explicação para tudo o que ocorria na natureza inicia nova trajetória na
história da humanidade.
No sistema educacional a aplicabilidade do conhecimento biológico, evidência a
fragilidade de um conhecimento considerado neutro ao explicitar os critérios utilizados
para definir os investimentos em pesquisas espaciais ao invés de investir em Saúde
Pública, a necessidade da especialização do conhecimento traz consigo a
impossibilidade de conhecer a totalidade e conseqüentemente prever os resultados.
Diante da falta de visão existe a dificuldade de se prever os efeitos ou garantir
transformações na realidade social e o reconhecimento da não neutralidade da ciência,
expõe-se a crise da Ciência Moderna e a necessidade de rever o método da construção
do conhecimento científico.
Assim para a Biologia, com desenvolvimento da genética molecular, o potencial
de inovação biotecnologia se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo sofre
mudanças em virtude da manipulação genética. Essas mudanças geram conflitos
filosóficos, científico e social, e põe em discussão o fenômeno Vida.
No início do século XX, a Biologia era vista como utilitária pela aplicação de
seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras áreas. Porém o surgimento
da Genética, aliada aos movimentos políticos e artísticos decorrentes das grandes
guerras.
Na década de 30 do século XX, a Biologia ganha destaques nos currículos
escolares como influência de fatores sociais e econômicos relacionados à aplicação dos
conhecimentos biológicos.
A ciência é intrinsecamente histórica, não só o conhecimento científico, mas
também as técnicas pelas quais ele é produzido, tudo isso muda o mundo social e
cultural a que pertencem.
A compreensão dos aspectos epistemológica da biologia permite que se perceba
que ao longo da história da humanidade, o homem sempre procurou entender como os
fenômenos ocorrem; qual a origem da evolução da matéria viva e que fatores são
determinantes da sobrevivência da espécie.
A disciplina de biologia é capaz de relacionar conhecimentos específicos entre si
e com outras áreas de conhecimento e deve priorizar o desenvolvimento de conceitos
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0
cientificamente produzidos e provocam reflexão constante sobre as mudanças de tais
conceitos.
Com a nova visão de ensino de Biologia, formará alunos com capacidade de
intervir e propor idéias renovadoras para a manutenção da vida.
Por isso o ensino de Biologia deve atender às necessidades cotidianas das
pessoas comuns e ao mesmo tempo ampliar seus conhecimentos e sua imaginação. Para
ocorrer é necessário; o questionamento, a problematização, a contextualização a
interdisciplinaridade e a valorização do saber prévio, são fundamentais e mais
importante do que oferecer ou até impor “respostas prontas”.
Nesse sentido “é preciso que o professor seja capaz de estabelecer relações entre
a biologia e o desenvolvimento tecnológico de modo a contribuir para uma melhor
qualidade de vida dos alunos e da sociedade”.
OBJETIVOS
O objetivo do Ensino de Biologia, visa propiciar um conhecimento útil à vida e
ao trabalho, nos quais as informações transmitidas se transformem em instrumentos de
compreensão, interpretação, julgamento, mudança e previsão da realidade, preparando o
aluno para o exercício consciente da cidadania no sentido universal e não apenas
profissionalizante, aprimorando-o como ser humano sensível, solidário e consciente.
Com esses objetivos vamos retirar o aluno da condição de espectador passivo,
estabelecendo relação entre o que ele aprende na escola e na sua vida, propiciando que
se inter-relacionem conhecimentos e que estes produzam um novo conhecimento, mais
amplo e dinâmico sem, entretanto dispensar a especificidade de cada disciplina.
É fundamental que o ensino da Biologia se volte para o desenvolvimento de
habilidades que permitam ao aluno lidar com o conhecimento, compreendendo,
reelaborando e refutando quando for o caso.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos Seres Vivos: o propósito deste conteúdo é partir do pensamento
biológico descritivo que permite classificar os seres vivos para a análise da
diversidade biológica existente e das características e fatores que determinam o
aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da história.
Mecanismos biológicos: o que se pretende neste conteúdo é partir da visão
mecanicista do pensamento biológico ampliando a discussão sobre a organização
9
1
dos seres vivos, que está baseada na visão macroscópica e descritiva da natureza,
para uma visão evolutiva, com o propósito de compreender a construção de
conceitos científicos na Biologia.
Biodiversidade: pretende-se com este conteúdo discutir a respeito dos processos
pelos quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade
genética e estabelecem relações ecológicas, garantido a diversidade dos seres vivos.
Destaca-se, assim, a construção do pensamento evolutivo, considerando, também, os
pensamentos descritivo e mecanicista já apresentados.
Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida: este conteúdo
apresenta uma proposta voltada para as implicações da engenharia genética sobre a
vida, considerando-se que com os avanços da biologia molecular há a possibilidade
de manipular o material genético dos seres vivos.
PRIMEIRO ANO
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS• Sistemas biológicos: anatomia,
morfologia e fisiologia. - História da Biologia - Origem da vida- Composição química da célula - Estrutura celular- Divisão celular- Organização dos tecidos
• Mecanismos celulares bioquímicos e biofísicos
- Os Genes e a Síntese de Proteínas (estruturas celulares: membrana celular, citoplasma e núcleo).- Mutações- Câncer- Funções Celulares- Seres Autótrofos e Heterótrofos - Fotossíntese
IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA
BIODIVERSIDADE
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
- Envelhecimento - Radicais livres e vitaminas;- Stress, esclerose multipla- Valorização da Vida - (sexualidade tabagismo), alcoolismo, drogas)- Colesterol- Vacinas
• Dinâmicas dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.
- Biosfera- Ecologia- Água potável desafio para a humanidade- Níveis de Organização dos Seres Vivos- Equilíbrio Ecológico - Seres Produtores, Consumidores e Decompositores
SEGUNDO ANO
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos filogenéticos.
• Sistemas biológicos: anatomia morfologia e fisiologia.
9
2
- Classificação dos Seres Vivos;- Vírus- Os Cinco Reinos: Monera, Protista, Fungi, Animal e Vegeta (características gerais);
- Processos de Produção de Energia: Respiração Aeróbia e Anaeróbia- Fisiologia Animal Comparada;- Fisiologia Vegetal;- Efeitos negativos das Drogas no Organismo.
BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOS NO FENOMENO DA VIDA
• Dinâmicas dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.
- Biomas: Aquáticos e terrestres- Cadeia e Teia Alimentar, Relações Ecológicas;- Equilíbrio e Desequilíbrio Ecológico (extinção de espécies).
• Dinâmicas dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.
- Produção de Remédios- Homeopatia e Fitoterapia;- Armamento Biológico;- Saúde e Doenças;(alcoolismo e tabagismo)- Controle Biológico de Pragas;- Hidroponia.
TERCEIRO ANO
ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS
MECANISMOS BIOLÓGICOS
• Teorias evolutivas- Evolução da Vida;- Origem das Espécies;- Núcleo e o Material Genético (estrutura e função) - cariótipos
• Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
• Transmissão das características hereditárias.- Tipos de Reprodução;- Reprodução Humana;- Embriologia;- Genética.
BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA
• Dinâmicas dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.
- Ecologia (pirâmides);- Desequilíbrios Ambientais;
• Organismos geneticamente modificados.- Clonagem;- Manipulação Genética e Bioética;- Célula-tronco;- Projeto Genoma;- Terapia Gênica;- Transgênicos.- Sexualidade.
METODOLOGIA
Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na
disciplina de Biologia, significa analisar uma Ciência em transformação, cujo caráter
provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita mudar conceitos e
teorias elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.
9
3
Como metodologia a problematização, o que se pretende no ensino de Biologia, é
procurar favorecer o acesso ao saber numa totalidade, reunindo teoria e prática.
Utilizar uma abordagem histórica e crítica, com os enfoques evolutivos que
possibilitam ao aluno uma aproximação mais social aos conteúdos, dessa forma
estabelecendo relações entre Ciência e Tecnologia e suas aplicações na sociedade.
O recente avanço tecnológico e a expansão das pesquisas científicas,
especialmente da área biológica, que se apresentam na mídia diariamente, como os
transgênicos, projeto genoma, as células-troncas e terapia gênica, despertam a
curiosidade dos alunos pela compreensão dos fatos que vem revelando `a sociedade e
são fatores de discussões no ambiente escolar.
É através da problematização dos fatos e fenômenos observáveis ou não, que o
professor deve proporcionar a introdução das concepções científicas. Temos que
discernir os conhecimentos adquiridos no cotidiano dos alunos, desta forma eles podem
compreender as relações com o dia a dia, os conteúdos devem ser devidamente
problematizadas para não caírem na perspectiva facilitadora do conhecimento científico,
pois este requer abstração. O conhecimento, algo inacabado, é um processo em
constante modificação na vida, nada vem pronto, tudo é construído, gradualmente.
Compreende-se que a Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos
reflexivos e atuantes na sociedade, por meio de conhecimentos, desde que os mesmos
proporcionem o entendimento do objeto de estudo.
O ensino de Biologia propõe o ensino centrado no aluno como descobridor e
inovador de suas capacidades e potencialidades.
Cabe ressaltar, uma metodologia que procure envolver o conjunto de processos
organizados e integrados numa visão holística, interdisciplinar, multidisciplinar e
contextualizada. Neste contexto as aulas de Biologia, tornam-se mais atrativas,
utilizando-se de recursos como aulas experimentais, surgem críticas, indagações,
problemas que direcionem o aluno na construção do conhecimento científico na busca
de soluções do problema em questão.
Devemos privilegiar a construção do conhecimento, superando a condição de
memorização direta, parte-se do pressuposto que as teorias críticas, assegurem a relação
interativa entre professor e aluno, em que ambos são sujeitos ativos.
Saviani (1997) e Libâneo (1983), propõem uma metodologia direcionada a
utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórico crítica centrada
na valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia às camadas populares,
9
4
entendendo a apropriação do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da
realidade social e atuação crítica para transformação da realidade.
Como apoio a metodologia, podem ser utilizados outros recursos, ou seja, aula
dialogada, leitura, escrita, experimentação, analogias, entre outros, devem ser
utilizados, no sentido de possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo a
expressão de pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que
aprender envolve a produção/criação de novos significados.
O uso de imagens de diferentes vídeos, transparências, fotos e atividades
extraclasses, que além de integrar conhecimentos veiculam uma concepção sobre a
relação homem-ambiente, e possibilita novas elaborações em pesquisa, é o estudo do
meio. Esse estudo pode ocorrer em locais como: parques, praças, terrenos baldios,
bosques, rios, zoológicos, hortas, mercados, lixões, fábricas etc.
Essas metodologias proporcionam a integração, a reflexão e discussão,
possibilitando assim, a aprendizagem concreta e participativa do aluno, o que
oportuniza traçar planos de ações para atingir determinados objetivos.
Uma outra estratégia é a da realização de debates que pode estimular o aluno a
desenvolver sua capacidade de síntese e argumentação, sendo também uma técnica que
permite trabalhar atitudes e valores como: respeito, ouvir e falar no momento adequado,
ter capacidade de convencer com seus argumentos. Para isso, é necessário o trabalho
com textos variados sobre o tema escolhido.
A aula expositiva também é necessária, pois tem sua importância. Somente é
preciso compreender que este momento é rico pois envolve troca de informações através
do diálogo. Através desta técnica o professor pode fornecer informações para debates,
jogos, análise e interpretações dos dados coletados possibilitando ao aluno participativo.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um aspecto do processo ensino-aprendizagem, que permeia o
trabalho do professor, os quais permitem uma condição para reflexão e questionamento
quanto a sua prática pedagógica.
É preciso compreender que a avaliação não é um instrumento destinado à
promoção e seleção classificatória, ela tem como finalidade verificar a capacidade e o
aproveitamento do aluno, como instrumento de aprendizagem que permite caso
necessário, a retomada do conteúdo.
9
5
Para a avaliação dever-se-á verificar a aprendizagem a partir do conhecimento
básico, fundamental, para que ele se processe. Isto implica em definirmos o que é
necessário para que o aluno avance no caminho da aquisição do conhecimento e
envolve a participação efetiva dos professores.
Ampliar o conceito e a prática da avaliação ao conjunto de saberes, destrezas e
atitudes que contemplam a aprendizagem de conceitos biológicos e que superem sua
habitual limitação à rememoração receptiva de conteúdos conceituais.
É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Desse modo, na
disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e
reformular os processos de aprendizagem.
A avaliação deverá ser contínua, diagnóstica, cumulativa e reflexiva, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. E assim, possibilitar o
desenvolvimento do senso crítico e o cognitivo do aluno.
Para assegurar uma avaliação processual, e acumulativa perante a diversidade de
apreensão do conhecimento, por parte de nossos educandos, utilizaremos s seguintes
instrumentos de avaliação:
- Relatório de atividades: laboratório, visitas, seminários
- Pesquisas: através da observação de Internet, jornais, revistas e outros
- Desempenho da oralidade do aluno frente às atividades propostas
- Desempenho do aluno perante a resolução de questões, problemas, exercícios
- Testes com questões dissertativas, e de múltipla escolha
- Participação nos trabalhos em grupo
- Leitura e interpretação de textos
- Produção de cartazes, anúncios, frases, maquetes, panfletos, painéis
- Apresentação de seminário
- Manifestação oral e atividades desenvolvidas em sala.
A recuperação deve ser considerada como uma etapa em que o diagnóstico
possibilita a revisão e reelaboração de conhecimentos não aprendidos e a prática
pedagógica.
REFERÊNCIAS
9
6
AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia.v.1,2,3. São Paulo:
Moderna, 2004.
BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC,
2004.
CHASSOT, A. A Ciência através do tempo. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
KRASIKCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, 2004.
MEC/SEB. Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. 2006.
DE ROBERTIS, E.D.P., DE ROBERTIS JR., E. M. F. Bases da Biologia Celular e
Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.
9
7
11.3. PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Física no conjunto das disciplinas ofertadas na matriz curricular
preocupa-se com o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação
social e da afirmação de valores e princípios democráticos, possibilitando ao aluno a
produção e a socialização do conhecimento, a partir de conteúdos não desvinculados da
realidade social.
A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil,
destacamos as primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais
recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Numa visão
de conhecimento da instrução física militar, preocupava se com o desenvolvimento da
saúde e da formação moral dos cidadãos brasileiros. ( DCE, 2008, p. 38 ).
A educação física ganha espaço na escola, uma vez que o físico disciplinado era
exigência da nova ordem em formação, afirmou se da importância da ginástica para a
formação de corpos fortes e cidadãos preparados para defender a Pátria.
No início do século XX, a disciplina de Educação Física torna se obrigatória nas
instituições de ensino para crianças a partir de seis anos de idade e para ambos os sexos.
( DCE, 2008, p. 39 ).
No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar com o intuito de
promover políticas nacionalistas.
Na década de 1940, ocorreu o que o conselho denomina como processo de
“desmilitarização”, começa o conhecimento sobre o corpo. Incentivo a prática
desportiva.
O esporte consolidou sua hegemonia como objeto principal nas aulas de
Educação Física, em currículos nos quais o enfoque pedagógico estava centrado na
competição e no desempenho dos alunos.
Através de reformas educacionais a Educação Física torna se uma prática
educativa obrigatória, desta vez com carga horária estipulada de três sessões semanais. (
DCE, 2008, p. 40, 41 ).
Os chamados esportes olímpicos - vôlei, basquete, handebol e atletismo, entre
outros - foram priorizados para formar atletas que representasse o país em competições
internacionais.
9
8
Na década de 70, manteve o caráter obrigatório da disciplina de Educação Física
nas escolas, passando a ter uma legislação específica e sendo integrada como atividade
escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de
ensino.
Tal concepção de Educação Física escolar de caráter esportivo foi duramente
criticada pela corrente pedagógica da psicomotricidade que surgia no mesmo período.
( DCE, 2008, p. 42,43 ).
Com a abertura de cursos na área de humanas, houve um movimento de
renovação do pensamento pedagógico da Educação Física. Entre as correntes ou
tendências progressistas, destacaram se as seguintes abordagens: Desenvolvimentista e
Construtivista.
Vinculadas às discussões da pedagogia crítica brasileira e às análises das
ciências humanas, sobretudo da Filosofia da Educação e Sociologia, estão as
concepções críticas da Educação Física. O que as diferencia daquelas descritas
anteriormente é o fato de que as abordagens:
Crítico-superadora: baseia se nos pressupostos da pedagogia histórico crítica e
estipula, como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de conteúdos
como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. Crítico emancipa tória: o
movimento humano em sua expressão é considerado significativo no processo de
ensino/aprendizagem, no entendimento de que a expressividade corporal é uma forma
de linguagem pela a qual o ser humano se relaciona com o meio, tornando se sujeito a
partir do reconhecimento de si no outro. ( DCE, 2008, p. 44, 45 ).
Partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação
Física se insere para garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras
manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na
busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e
reflexivo, reconhecendo se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico,
político, social e cultural.
( DCE, 2008, p. 49 ).
OBJETIVOS
Entre os objetivos do ensino da Educação Física no
Ensino Fundamental e Médio podemos citar:
9
9
• Propor os conteúdos citados nas Diretrizes, de maneira que sejam relevantes e
estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno.
• Ter como principio básico das práticas corporais o desenvolvimento total do
sujeito, superando uma visão fragmentada de homem.
• Integrar o processo pedagógico aos elementos fundamentais para o processo de
formação humana do aluno, numa abordagem biológica, antropológica, sociológica,
psicológica, filosófica e política das práticas corporais.
• Buscar informações da cultura corporal, tendo em vista reconhecer e interpretar, a
partir de fundamentos científicos e assim assumir uma prática de autonomia de
atividades e procedimentos que visam a manutenção ou aquisição de saúde.
• Valorizar a cultura corporal de movimento como instrumento de expressão de
afetos, sentimentos e emoções, assim como forma de linguagem comunicativa.
• Adaptar regras, materiais e espaço visando a inclusão do outro.
• Analisar, compreender e criticar padrões de estética, beleza e saúde ditados pela
mídia, presentes no cotidiano.
• Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e
esportivas, buscando solucionar os conflitos de forma pacífica.
• Valorizar as várias culturas presentes que caracterizam a diversidade do Brasil.
A cultura corporal vai ser tratada de forma mais reflexiva e contextualizada
reforçando pontos positivos de maneira crítica sobre o uso e formas inadequadas,
envolvem o ser humano ao consumismo, procurando seguir moda, e deixando de lado o
que realmente é importante, o bem estar físico e mental, partindo desse pressuposto, o
aluno pode reconstruir seus modelos e ideais de vida.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O Conteúdo Estruturante que compõem as Orientações Curriculares para a
disciplina de Educação Física deve contemplar uma serie de especificações. Deve ser
constituído de saberes que identificam o campo de estudos desta disciplina e que, a partir
de seus desdobramentos em conteúdos pontuais, garantam a abordagem de seu objeto de
estudo/ ensino, em sua totalidade e complexidade. Estes saberes surgiram e foram
delimitando esta área de conhecimento ao longo da constituição histórica da mesma.
• Esporte
• Jogos e Brincadeiras
1
00
• Dança
• Ginástica
• Lutas
1º ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdo básico e específico
Encaminhamento metodológico
Avaliação
JOGOS E
BRINCADEIRA
S
GINÁSTICA
Jogos de tabuleiro
(dama; trilha; resta
um; xadrez).
Ginástica Artístico-
Olímpica; (solo;
Argolas; barra fixa;
paralela Assimétrica
Salto sobre Cavalo)
Recorte histórico
delimitando tempo e espaço
nos jogos;
Analisar a apropriação dos
jogos pela Indústria
Cultural;
Organização de eventos
Analisar a função social da
ginástica;
Apresentar e vivenciar os
fundamentos da ginástica;
Pesquisar a interferência da
Ginástica no mundo do
trabalho (ex. Laboral);
Estudar a relação entre a
Ginástica X sedentarismo e
qualidade de vida;
Por meio de pesquisas,
debates e vivências
práticas, estudar a relação
Reconhecer a
apropriação dos
jogos pela indústria
cultural, buscando
alternativas de
superação.
Aprofundar e
compreender as
questões biológicas,
ergonômicas e
fisiológicas que
envolvem a ginástica.
Discutir sobre a
influência da mídia
da ciência e da
indústria cultural na
ginástica.
1
01
ESPORTEColetivos; ( Futebol,
Voleibol,
Basquetebol,
Punhobol, Handebol,
Futebol de Salão,
Futvôlei, Rugby,
Beisebol)
da ginástica com: tecido
muscular, resistência
muscular, diferença entre
resistência e força, tipos de
força, fontes energéticas,
freqüência cardíaca, fonte
metabólica, gasto
energético, composição
corporal, desvios posturais,
LER, DORT, compreensão
cultural acerca do corpo,
apropriação da Ginástica
pela Indústria Cultural entre
outros;
Analisar os diferentes
métodos de avaliação e
estilos de testes físicos,
assim como a
sistematização e
planejamento de treinos;
Organização de festival de
ginástica.
Recorte histórico
delimitando tempos e
espaços;
Analisar a possível relação
entre o Esporte de
rendimento X qualidade de
vida; Analise dos diferentes
esportes no contexto social
e econômico;
Organizar e vivenciar
atividades esportivas,
trabalhando com
construção de
tabelas.
Compreender a
função social do
esporte.
Compreender as
questões sobre o
doping, recursos
ergogênicos
1
02
DANÇA
Individuais; (Tênis
de Mesa, Atletismo
provas de pista)
Radicais. (Skate,
Surf).
Lei 9795/99 (Lei da
Educação
Ambiental)
- Danças
Estudar as regras oficiais e
sistemas táticos;
Organização de
campeonatos, torneios,
elaboração de Súmulas e
montagem de tabelas, de
acordo com os sistemas
diferenciados de disputa
(eliminatória simples,
dupla, entre outros);
Provocar uma reflexão
acerca do conhecimento
popular X conhecimento
científico sobre o fenômeno
Esporte; Discutir e analisar
o Esporte nos seus
diferenciados aspectos:
enquanto meio de Lazer,
sua função social, sua
relação com a ciência,
doping, e recursos ergo
gênicos e esporte alto
rendimento, nutrição, saúde
e prática esportiva;
Analisar a apropriação do
Esporte pela Indústria
Cultural.
Possibilitar o estudo sobre
a Dança relacionada a
expressão corporal e a
diversidade de culturas;
Analisar e vivenciar
utilizados e questões
relacionadas à
nutrição.
Formação de valores,
atitudes e habilidades
que propiciem a
atuação individual e
coletiva voltada para
a prevenção, a
identificação e a
solução de problemas
ambientais.
Reconhecer e
aprofundar as
diferentes formas de
ritmos e expressões
culturais, por meio
da dança.
Criação e
apresentação de
coreografias.
1
03
LUTAS
de rua; (Break,
Funk, House,
Locking,
Popping, Ragga)
Lutas que mantém à
distância; (karatê,
Boxe, MuayThai,
atividades que representem
a diversidade da dança e
seus diferenciados ritmos;
Compreender a dança como
mais uma possibilidade de
dramatização e expressão
corporal;
Estimular a interpretação e
criação coreográfica;
Provocar a reflexão acerca
da apropriação da Dança
pela Indústria Cultural;
Organização de Festival de
Dança.
Pesquisar, estudar e
vivenciar o histórico,
filosofia, características das
diferentes artes marciais,
técnicas, táticas/estratégias,
apropriação da Luta pela
Indústria Cultural, entre
outros;
Analisar e discutir a
diferença entre Lutas X
Artes Marciais;
Estudar o histórico da
capoeira, a diferença de
classificação e estilos da
capoeira enquanto
jogo/luta/dança,
musicalização e ritmo,
ginga, confecção de
Estudar o histórico da
Conhecer os aspectos
históricos, filosóficos
e as características
das diferentes
manifestações das
lutas.
Compreender a
diferença entre lutas
e artes marciais,
assim como a
apropriação das lutas
pela indústria
cultural.
1
04
Taekwondo) capoeira, a diferença de
classificação e estilos da
capoeira enquanto
jogo/luta/dança,
musicalização e ritmo,
ginga, confecção de
instrumentos,
movimentação, roda etc.
instrumentos,
movimentação, roda etc.
2º ANO
ConteúdoEstruturante
Conteúdo básico e específico
Encaminhamento metodológico
Avaliação
- JOGOS E
BRINCADEIRA
S
Jogos Dramáticos
(Improvisação,
imitação, mímica)
Analisar a apropriação dos
Jogos pela Indústria
Cultural;
Organização de eventos
Analisar os jogos e
Reconhecer a
apropriação dos
jogos pela
indústria cultural,
buscando
1
05
GINÁSTICA Ginástica Geral
brincadeiras e suas
possibilidades de fruição
nos espaços e tempos de
lazer;
Recorte histórico
delimitando tempo e espaço.
Analisar a função social da
ginástica;
Apresentar e vivenciar os
fundamentos da ginástica;
Pesquisar a interferência da
Ginástica no mundo do
trabalho (ex. Laboral);
Estudar a relação entre a
Ginástica X sedentarismo e
qualidade de vida;
Analisar os diferentes
métodos de avaliação e
estilos de testes físicos,
assim como a
sistematização e
planejamento de treinos;
Por meio de pesquisas,
debates e vivências práticas,
estudar a relação da
ginástica com: tecido
muscular, resistência
muscular, diferença entre
alternativas de
superação.
Organizar
atividades e
dinâmicas de
grupos que
possibilitem
aproximação.
Compreender a
função social da
ginástica.
Compreender e
aprofundar a
relação entre a
ginástica e
trabalho.
Organizar
eventos de
ginástica, na qual
sejam
apresentadas as
diferentes
criações
coreográficas ou
seqüência de
movimentos
ginásticos
elaborados pelos
alunos.
1
06
ESPORTEColetivos;(Futebol,
Voleibol,Basqueteb
ol, Punhobol,
Handebol, Futebol
de Salão, Futvôlei,
Rugby, Beisebol)
Individuais;
(Badminton, Tênis
de Campo)
Radicais(Rappel,R
afting)
Lei 9795/99 (Lei
resistência e força, tipos de
força, fontes energéticas,
freqüência cardíaca, fonte
metabólica, gasto
energético, composição
corporal, desvios posturais,
LER, DORT, compreensão
cultural acerca do corpo,
apropriação da Ginástica
pela Indústria Cultural entre
outros;
Analisar a possível relação
entre o Esporte de
rendimento X qualidade de
vida; Analise dos diferentes
esportes no contexto social e
econômico;
Estudar as regras oficiais e
sistemas táticos;
Organização de
campeonatos, torneios,
elaboração de Súmulas e
montagem de tabelas, de
acordo com os sistemas
diferenciados de disputa
(eliminatória simples, dupla,
entre outros);
Análise de jogos esportivos
e confecção de Scalt;
Analisar a apropriação do
Compreender a
função social do
esporte.
Apropriação
acerca das
diferenças entre
esporte da escola
e a relação entre
esporte e lazer.
Formação de
valores, atitudes e
habilidades que
propiciem a
atuação
individual e
coletiva voltada
para a prevenção,
a identificação e a
1
07
DANÇA
da Educação
Ambiental)
Dança Folclórica;
(Fandango,
Quadrilha, Dança
de fitas, Dança de
São Gonçalo,
Frevo, Samba de
Roda, Batuque,
Baião, Cateretê,
Dança do Café,
Cuá Fubá, Ciranda,
Esporte pela Indústria
Cultural
Discutir e analisar o Esporte
nos seus diferenciados
aspectos: enquanto meio de
Lazer, sua função social, sua
relação com a ciência,
doping e recursos
ergogênicos e esporte alto
rendimento, nutrição, saúde
e prática esportiva com o
meio ambiente.
Possibilitar o estudo sobre a
Dança relacionada à
expressão corporal e a
diversidade de culturas;
Analisar e vivenciar
atividades que representem
a diversidade da dança e
seus diferenciados ritmos;
Compreender a dança como
mais uma possibilidade de
dramatização e expressão
corporal;
Estimular a interpretação e
criação coreográfica
Provocar a reflexão acerca
da apropriação da Dança
pela Indústria Cultural;
Pesquisar, estudar e
solução de
problemas
ambientais.
Conhecer os
diferentes passos,
posturas,
conduções,
formas de
deslocamento,
entre outros.
Reconhecer e
aprofundar as
diferentes formas
de ritmos e
expressões
culturais, por
meio da dança.
1
08
LUTAS
Carimbó)
Lutas de
Aproximação;
(Judô,Sumo,Luta
Olímpica, Jiu-
Jitsu).
vivenciar o histórico,
filosofia, características das
diferentes artes marciais,
técnicas, táticas/estratégias,
apropriação da Luta pela
Indústria Cultural, entre
outros;
Analisar e discutir a
diferença entre Lutas X
Artes Marciais;
Conhecer os
aspectos
históricos,
filosóficos e as
características das
diferentes
manifestações das
lutas.
Compreender a
diferença entre
lutas e artes
marciais, assim
como a
apropriação das
lutas pela
indústria cultural.3º ANO
1
09
Conteúdo Estruturante
Conteúdo básico e específico
Encaminhamento metodológico
Avaliação
JOGOS E
BRINCADEIRAS
GINÁSTICA
Jogos Cooperativos.
(Futpar, Voleiçol,
Eco-nome, Tato
contato, Olhos de
águia, Cadeira livre,
Dança das Cadeiras
cooperativas, Salve-
se com um abraço)
Ginástica de
Condicionamento
Físico;
(Alongamento,
Ginástica Aeróbica,
Ginástica
Localizada,Step,
Core Board, Pular
corda, Pilates)
Analisar a apropriação dos
Jogos pela Indústria
Cultural;
Organização de eventos;
Analisar os jogos e
brincadeiras e suas
possibilidades de fruição
nos espaços e tempos de
lazer;
Recorte histórico
delimitando tempo e
espaço.
Analisar a função social da
ginástica;
Apresentar e vivenciar os
fundamentos da ginástica;
Pesquisar a interferência da
Ginástica no mundo do
trabalho (ex. Laboral);
Estudar a relação entre a
Ginástica X sedentarismo e
qualidade de vida;
Por meio de pesquisas,
debates e vivências práticas,
estudar a relação da
ginástica com: tecido
muscular, resistência
muscular, diferença entre
resistência e força, tipos de
força, fontes energéticas,
freqüência cardíaca, fonte
metabólica, gasto
energético, composição
corporal, desvios posturais,
LER, DORT,compreensão
cultural acerca do corpo,
Reconhecer a
apropriação dos
jogos pela
indústria cultural,
buscando
alternativas de
superação.
Organizar
atividades e
dinâmicas de
grupos que
possibilitem
aproximação e
considerem
individualidades.
Organizar eventos
de ginástica, na
qual sejam
apresentadas as
diferentes criações
coreográficas ou
seqüência de
movimentos
ginásticos
elaborados pelos
alunos.
Compreender e
aprofundar a
relação entre a
ginástica e
trabalho.
Compreender a
função social da
ginástica.
1
10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2. Ed. Campinas: Papirus, 1991
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
CORDEIRO JR, O. Proposta Técnico-metadológica do ensino de Judô Escolar a partir dos princípios da pedagogia crítico-superadora: uma construção possível. Goiás: UFG, 1999. Memórias de Licenciatura.
FIAMONCINI, L; SARAIVA M. do. Dança na escola a criação e a educação em pauta. In: Kunz, E. Didática da Educação Física 1. 3. Ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003 p. 95-120
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.
LIBÂNEO, J.C. Democratização da Escola Pública: a pedagogia Crítico-social dos Conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985.
Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de edição
básica do estado do Paraná – Educação Física. Curitiba. SEED, 2008
1
11
11.4. PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de física deve contribuir para que o estudante reconstrua o
conhecimento historicamente produzido, o que se transformará em ferramenta para que
ele se subsidie como ser humano e futuro profissional em uma sociedade em processo
de globalização, tornando-o um ser crítico, criativo e inteirado com a sociedade e as
tecnologias a sua volta e que o mesmo interage.
Como?
A partir de uma leitura de mundo com as ferramentas cientificas, compreendendo a
ciência como uma visão abstrata da realidade, que no caso da Física se apresenta sob a
forma de definições, conceitos, princípios, leis e teorias, submetidos a processos de
validação.
O ambiente escolar é um dos poucos espaços onde o cidadão comum terá contato
com a produção científica.
Não tem sentido a física no ensino médio se não é para o estudante tomar
Conhecimento das teorias físicas, envolvendo os aspectos conceituais e os relativos à
natureza da ciência e da produção científica. O conhecimento da Física deve,
necessariamente, começar pela pergunta, pela inquietação, pela existência de problemas
e pela curiosidade. Para que o aluno possa fazer perguntas, é necessário que o ponto de
partida sejam situações concretas da vida e do cotidiano.
Buscou-se um quadro conceitual de referencia capaz de abordar o objeto de estudo
desta ciência – o Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele
ocorrem – sem desconsiderar a cultura escolar.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1ª SÉRIE - MOVIMENTO
No século XVI, a Mecânica de Newton uniu os fenômenos celestes e terrestres,
sendo que suas Leis do Movimento englobam a Estática, a Dinâmica e a
Astronomia.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1
12
Momentum e Inércia.
Conservação de Quantidade de Movimento (momentum).
Variação da Quantidade de Movimento= Impulso.
2ª e 3ª Lei de Newton e Condições de Equilíbrio.
Energia e o Princípio da Conservação da Energia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
2ª SÉRIE - TERMODINÂMICA
No século XIX, os estudos da Termodinâmica, que tiveram como mote as máquinas
térmicas, unificam os conhecimentos sobre gases, pressão, temperatura e calor.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leis da Termodinâmica:
Lei Zero da Termodinâmica;
1ª e 2ª Lei da Termodinâmica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
3ª SÉRIE - ELETROMAGNETISMO
No século XIX, Maxwell inclui a Óptica dentro da Teoria. Eletromagnética,
concluindo a terceira grande sistematização da Física ao unir fenômenos elétricos
com os magnéticos e a óptica.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Carga, Corrente Elétrica, Campo e Ondas Eletromagnéticas.
Força Eletromagnética.
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para Eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday.
A Natureza da Luz e suas Propriedades.
Porque esses e não outros?
1
13
A disciplina de física está vinculada a um campo de conhecimento – a Física – que
embora em construção, apresenta-se bastante estruturado e solidificado.
Representam teorias unificadoras da Física, possíveis de ser desdobrados em
conteúdos básicos para o ensino médio.
Os conceitos fundamentais presentes em cada uma dessas teorias compõem um
referencial teórico coeso e interligado, que permite a interpretação de um fenô-
meno físico em vistas a totalidade do fenômeno.
A disciplina de física também deve educar para a cidadania, portanto contribuir
para que o estudante reconstrua o conhecimento historicamente produzido.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS
A ciência é uma produção cultural humana, sujeita ao contexto de cada época.
Esses três estruturantes representam teorias unificadoras da Física:
no século XVI, a Mecânica de Newton uniu os fenômenos celestes e terrestres,
sendo que suas Leis do Movimento englobam a Estática, a Dinâmica e a Astro-
nomia;
no século XIX, os estudos da Termodinâmica, que tiveram como mote as máqui-
nas térmicas, unificam os conhecimentos sobre gases, pressão, temperatura e ca-
lor;
ainda no século XIX, Maxwell inclui a Óptica dentro da Teoria Eletromagnética,
concluindo a terceira grande sistematização da Física ao unir fenômenos elétri-
cos com os magnéticos e a óptica;
conceitos fundamentais dentro de cada teoria (status de entidade física);
o conjunto teórico e a visão de mundo dela decorrente (Física Clássica);
a revisão do quadro teórico, o nascimento do conceito de campo, o surgimento
da relatividade, e a nova visão de mundo.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS: SOBRE O TRABALHO
PEDAGÓGICO
Fundamentar-se na História (competência técnica e didática) e na Epistemologia
da Física – reconhecimento da disciplinariedade;
1
14
estabelecer relações da Física com a Física;
estabelecer relações da Física com outros campos de conhecimento;
considerar a sociedade e o contexto histórico em que o conhecimento é produzi-
do (DCE-física, p. 55-56);
considerar os aspectos conceituais, mas também a evolução dos sistemas físi-
cos, suas aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não-neutra-
lidade da produção científica.
FUNDAMENTOSTEÓRICOS-METODOLÓGICOS: SOBRE O PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
considerar o conhecimento prévio dos estudantes e a diversidade presente em uma sala
de aula;
a realidade científica constitui-se numa construção e não num mundo dado - o
conhecimento científico rompe com o real imediato, tocável, palpável, visível ...
em sala de aula a mediação do professor não é aleatória, mas através do conhecimento
físico;
a linguagem matemática é uma ferramenta para a física, mas não pode ser considerado
um pré-requisito para aprender física.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Se todo conhecimento se processa contra um conhecimento anterior, então é
preciso considerar o conhecimento prévio dos estudantes, porém relativizando-o. O
importante é que eles compreendam que o conhecimento que eles trazem não é
definitivo, não se constitui numa verdade pronta e acabada, fazendo referência a
História e Cultura Afro, a História do Paraná e o Meio Ambiente.
O professor deve criar situações de ensino que propiciem um distanciamento crí-
tico do estudante ao se defrontar com o conhecimento que ele já possui e, ao
mesmo tempo, apresentar uma alternativa, isto é, a possibilidade de apreensão
do conhecimento científico. E assim estreitando relação com as aplicações tec-
nológicas, enfocando concomitantemente suas implicações ambientais (Lei
10.639/03 “História e Cultura Afro” e Lei 13.381/01 “História do Paraná”).
1
15
O papel dos livros didáticos no ensino de Física (DCE-física, 2008, p. 63-64).
Os modelos científicos no ensino de Física (DCE-física, 2008, p. 65-69).
Sobre o uso da História no ensino de Física (DCE-física, 2008, p. 69-71).
O papel da experimentação no ensino de Física (DCE-física, 2008, p. 71-74).
Leituras científicas e ensino de Física (DCE-física, 2008, p. 74-77).
As tecnologias no ensino de Física
(DCE-física, 2008, p. 77-78)
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser diagnóstica, continua e cumulativa, para que possa
compreender sua função de auxílio ao processo ensino aprendizagem.
Periodicamente, na ocasião em que se complete um ciclo de aprendizagem de
um conteúdo, serão realizadas avaliações, por meio de observação direta da
aprendizagem do aluno, apresentação de trabalhos, testes formais, resolução de
exercícios propostos individualmente ou em grupo.
Olhando para sua avaliação o professor deverá ver ali reflexo daquilo que é
essencial em sua área de conhecimento, serão utilizados para avançar ou retornar o
processo aprendizagem, oportunizando recuperações paralelas quando os resultados do
processo ensino-aprendizagem não forem satisfatórios. Ou seja, avaliar só tem sentido
quando utilizada como instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos
estudantes, visando o seu crescimento.
Para o professor, a avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para
a condução de um trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um
direito de todos e a escola pública um espaço democrático de educação.
ALGUNS CRITÉRIOS AVALIATIVOS
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
a compreensão dos conceitos físicos em textos científicos e não científicos;
1
16
a capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e
as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os
conhecimentos da física.
Promover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.
REFERÊNCIAS ABRANTES, P. C. C. Newton e a Física francesa no século XlX. In: Caderno de história e Filosofia da Ciência, Série 2, 1 (1): 5-31, jan-jun, 1989, p. 5-31.
ALVARES, B.A. Livro didático-análise e seleção. In: MOREIRA, M. A; AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991, p.18-46.ARAÚJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: Ed, UFPR, 2003.
BARRA, V. M. & LORENZ, K. M. Produção de materiais didáticos de ciências no Brasil, período: 1950 a 1980. In: Revista Ciência e Cultura 38 (12), dezembro, 1986, p. 1983.
BARRETO, E. S. A avaliação da educação básica entre dois modelos. In: www.anped.org/reunioes/23/textos/0524/.pdf. Acesso em: 28/11/2007.
BEZERRA, V.A. Maxwell, A teoria de campo e a desmecanização da física. In: Scientle Studia, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 177-220,2006.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96.
CARUSO, F.; ARAÚJO, R. M. X. de. A Física e a Geometrização do mundo: Construindo uma cosmovisão científica. R.J. CBPF, 1998.
LUCKESI, C.C. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? In: htpp://www.artmed,.com.br/patoonline.htm. Acesso em outubro de 2004.
MARTINS, R. A. O Universo: teorias sobre a origem e evolução. 5. ed. São Paulo: Moderna, 1997.
MARTINS, R. A. Física e História: o papel da teoria da relatividade. In: Ciência e Cultura 57 (3): 25-29, jul/set, 2005.
MENEZES, L. C. A matéria- Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.
MOREIRA, M. A.; OSTERMANN, F. Sobre o ensino do método científico. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física, v. 10, n 2, p. 108-117, agosto de 1993.
NEVES, M. C. D. A História da Ciência no ensino de Física. In: Revista Ciência e Educação, 5(1), p. 73-81, 1998.
1
17
PARANÁ/SEED/DESG. Reestruturação do Ensino de 2° grau – Física. Curitiba: SEED/Desg, 1993.
ROSA, C. W. da; ROSA, Á. B. da. A Teoria Histórico Cultural e o Ensino da Física. In: Revista Iberoamericana de Educación, n. 33-6, 1-8, 2004. ISBN: 1681-5653.
SILVA, C. C. (org). Estudos de história e filosofia das ciências; subsídios para aplicação no ensino. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2006.
SILVA, C. C.; MARTINS, R. de A. Teoria das cores de Newton: um exemplo do uso da História da ciências em sala de aula. In: Revista Ciência e Educação, v. 9, n. 1, p. 53-65. Campinas, 2003.
SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Básica Física do Paraná. 2008.
1
18
11.5. PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia apresenta como objeto de estudo o espaço geográfico, entendido
como espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto
pela inter-relação entre sistema de objetos naturais, culturais e técnicos – e sistemas de
ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996).
Ocupa-se da análise histórica da formação de diversas configurações espaciais,
trata, portanto, da produção e da organização do espaço geográfico, a partir das relações
sociais de produção, historicamente determinada, e deve prestar-se a desenvolver no
aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade
para melhor compreendê-la.
Partindo deste ponto a aprendizagem será vista como um processo pessoal e
intransferível, onde o aluno vai progressivamente criando e recriando o espaço
geográfico em seu intelecto, ampliando e aprofundando o seu conhecimento.
"A Geografia é uma área do conhecimento comprometida em tornar o mundo
compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações” (PCN, 1998).
Essa afirmação perpassa a produção do conhecimento geográfico, desde a chamada
Geografia Tradicional da década de 30, que foi profundamente influenciada por Vidal
de La Blache.
Essa Geografia, da mesma forma que as demais Ciências Humanas, era sustentada
metodologicamente pelo Positivismo. Tendia-se ao estudo regional, procurando
explicações objetivas e quantitativas da realidade. Proposta por Manley (1966) in Silva;
Oliveira (1998). A análise geográfica do espaço deveria ser "asséptica" e não politizada,
já que, na visão da escola francesa, o discurso científico era "neutro". As relações do
homem com a natureza eram estudadas de forma objetiva, desprezando-se as relações
sociais, abstraindo assim do homem o seu caráter social.
No ensino, essa visão da Geografia traduziu-se pelo estudo descritivo das
paisagens naturais ou humanizadas. A didática baseava-se principalmente na descrição e
na memorização dos elementos que compõem as paisagens, tendo em vista que esses
constituem a dimensão passível de observação do território ou lugar. Eliminava-se
qualquer forma de compreensão ou subjetividade que comprometesse a análise "neutra"
1
19
da paisagem estudada. O aluno podia descrever relacionar os fatos naturais, fazer
analogias, elaborar sínteses ou generalizações, mas objetivamente.
No pós-guerra o mundo tornou-se mais complexo, com o capitalismo
monopolista, a urbanização intensificou-se, começando a surgir às megalópoles, o
espaço agrário subordinou-se à industrialização, sendo organizado a partir desta e as
realidades locais passam a se articular a uma rede de escala mundial. Cada lugar passou
a estar conectado a uma realidade maior, perdendo sua capacidade de explicar-se por si
mesmo. A Geografia Tradicional, com seus métodos e teorias descritivos, não era mais
suficiente para explicar a complexidade do espaço.
A descrição era insuficiente. Para entender como os espaços se organizavam era
necessário recorrer a análises ideológicas, políticas, econômicas e sociais. A Geografia
foi procurar esses instrumentos nas teorias marxistas. Surge, então, a partir da década de
60, como uma corrente crítica à Geografia Tradicional, a Geografia Crítica.
O estudo do espaço, dentro dessa perspectiva, procura a explicação nas relações
entre a sociedade, o trabalho e a natureza na produção e apropriação dos lugares e
territórios.
Agora, não é mais suficiente explicar o mundo, é preciso também transformá-lo.
Assim, a Geografia ganhou conteúdos políticos que passaram a ser significativos na
formação do cidadão. É por meio deles, compreender as desigualdades na distribuição
da renda e da riqueza que se manifestam no espaço pelas contradições entre o espaço
produzido pelo trabalhador e aquele de que ele se apropria, tanto no campo quanto na
cidade.
É inegável a importância que a categoria "modo de produção" tem para explicar a
estrutura da sociedade atual, mas, é insuficiente para explicar todas as experiências
vividas no cotidiano, seja na relação com as outras pessoas, seja na sua relação com o
espaço.
Esquece-se que as pessoas, ao relacionarem-se com os diferentes lugares, lidam
com categorias imaginárias dificilmente quantificadas ou expressas de modo objetivo.
Na sua convivência cotidiana, os alunos entram em contato com as diferentes
representações que se faz do espaço imediato. São essas representações que dão
significado para as diferentes paisagens e lugares. Todos trazem dentro de si um
conhecimento subjetivo do espaço mais imediato ou mais distante, carregado de
sentimentos e significados. Esses significados são construídos no imaginário social.
1
20
Valorizar esses fatores culturais da vida cotidiana nos permite compreender a
"singularidade e a pluralidade dos lugares do mundo".
Por isso, propõe-se que a Geografia não seja apenas centrada na descrição
empírica das paisagens, tampouco pautada exclusivamente pela explicação política e
econômica do mundo, que trabalhe tanto as relações socioculturais da paisagem como
os elementos físicos e biológicos que dela fazem parte, investigando as múltiplas
interações entre eles são estabelecidas na construção dos lugares e territórios.
Nas aulas de Geografia devemos levar os alunos à percepção de que os lugares,
próximos ou distantes, são passíveis de uma análise geográfica, que envolve tanto o
conhecimento da natureza, quanto da produção econômica e das relações que os homens
estabelecem entre si, compreendendo o espaço geográfico e sua composição conceitual
básica (lugar, paisagem, região, território, natureza e sociedade) e que esta sociedade é
formada por pessoas que pertencem a grupos étnico-raciais distintos, que possuem
cultura e história próprias. Para isso, os alunos devem se utilizar da leitura, analise e
interpretação dos instrumentos que são próprios da Geografia (mapa, gráficos, fotos,
tabelas), considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos
espaciais, se situando em relação aos diferentes espaços,
É fundamental que, nesse processo, os alunos também se situem em relação a
diferentes espaços, percebendo-se como agente na sua criação e determinando qual a
sua atuação responsável enquanto cidadãos, diante dos problemas do nosso país e do
mundo. A partir do local, buscar a compreensão do global.
CONTEÚDOS
O organograma abaixo salienta que os conteúdos estruturantes se inter-
relacionam e reúnem-se em torno de conteúdos específicos. Os grandes conceitos
geográficos, que somente inter-relacionados tornam-se significativos e contribuem para
a compreensão do espaço geográfico, concluindo que estes fragmentados não farão
nenhum sentido dentro da aprendizagem pretendida pela disciplina, deixando claro que
os conteúdos específicos elencados aqui por séries, são possíveis de reelaborações de
acordo com as abordagens pretendida pelo professor, conforme o encaminhamento das
aulas. Quanto aos conteúdos da Geografia do Paraná serão trabalhados com o 3º Ano no
1
21
4º Bimestre já a Diversidade Cultural e a Cultura Afro serão englobados no cotidiano
das aulas.
OBJETO DE ESTUDO CONCEITOS GEOGRÁFICOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1ª SERIE
DIMENSÃO EC. DA
PRODUÇÃO DO/NO
ESPAÇO:
Se articula com os demais
conteúdos estruturantes, pois
a apropriação da natureza e
sua transformação em
produto para o consumo
humano envolvem as
sociedades em relações
políticas, ambientais e
culturais, fortemente
-Sistemas de produção industrial;
-Agroindústria (transgênico e a biotecnologia);
- Agropecuária;
- Comércio;
- Economia e a desigualdade social;
-Dependência tecnológica (países de substituição de
importações e as plataformas de exportações);
-Meio de comunicação e transporte.
ESPAÇO
GEOGRÁFICO
SOCIEDADE
A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
NATUREZA
TERRITÓRIO
A DIMENSÃO CULTURAL
DEMOGRÁFICA
REGIÃO
PAISAGEM
A DIMENSÃOGEOPOLÍTICA
LUGAR
A DIMENSÃO ECONÔMICA DA
PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
1
22
direcionadas por interesses
socioeconômicos locais,
regionais, nacionais e globais.
GEOPOLÍTICA:
Deve possibilitar que o aluno
compreenda as relações de
poder sobre territórios da
escala micro (rua, bairro) até
a escala macro (país,
instituições internacionais).
- Conceituação da ciência geográfica e a utilidade do
pensamento geográfico;
- Políticas ambientais;
- Recursos energéticos;
- Meio ambiente e desenvolvimento;
- Estrutura Fundiária e os conflitos rurais;
- Divisão Internacional do Trabalho;
-Megacidades e cidades globais;
DINÂMICA CULTURAL
DEMOGRÁFICA:
As questões demográficas da
constituição do espaço
geográfico são centrais , bem
como as constituições
regionais em funções das
especificidades culturais, os
grupos sociais e étnicos em
sua configuração espacial,
urbana rural e regional.
- O êxodo rural;
- População da Terra (fatores de crescimento e
diversidade);
- Urbanização e os problemas sociais e ambientais;
- Consumo e consumismo;
DIMENSÃO SÓCIO-
AMBIENTAL:
Compreender tanto a gênese
da dinâmica da natureza,
quanto as alterações nela
causadas pela sociedade,
como efeito de participar da
constituição da fisicidade do
espaço geográfico.
- As duas Naturezas: humana e natural;
- Ambiente urbano e rural;
- Os movimentos da Terra no Universo;
- Planeta Terra (eras geológicas, estrutura interna e externa
da Terra e placas tectônicas);
- Dinâmica interna e externa na formação do relevo e os
tipos de rochas e minerais;
- Dinâmica climática com climograma;
- Biomas terrestres;
- Solos;
- Recursos energéticos;
- A questão ambiental (Efeito estufa, poluições, resíduos
1
23
sólidos, ilha de calor, aquecimento global, elniño e laniña.
2ª SERIE
DIMENSÃO EC. DA
PRODUÇÃO DO/NO
ESPAÇO:
Se articula com os demais
conteúdos estruturantes, pois
a apropriação da natureza e
sua transformação em
produto para o consumo
humano envolvem as
sociedades em relações
políticas, ambientais e
culturais, fortemente
direcionadas por interesses
sócio econômicos locais,
regionais, nacionais e
globais.
- Globalização;
- Acordos e Blocos Econômicos;
- Economia e desigualdade social;
GEOPOLÍTICA:
Deve possibilitar que o aluno
compreenda as relações de
poder sobre territórios da
escala micro (rua, bairro) até
a escala macro (país,
instituições internacionais).
- Formação dos Estados Nacionais;
- Estado, Nação e Território;
-Velha Ordem Mundial(Guerra Fria);
- Nova Ordem Mundial (Blocos Econômicos, países de
Norte/Sul);
- Globalização;
- Desigualdade entre os
Países;
- Conflitos Mundiais;
- Órgãos Internacionais;
DINÂMICA CULTURAL
DEMOGRÁFICA:
As questões demográficas da
constituição do espaço
-Fatores e tipos de migração e suas influências no espaço
mundial;
- Formação dos conflitos étnicos-raciais e religiosos;
-Identidade nacional e o processo de globalização;
1
24
geográfico são centrais, bem
como as constituições
regionais em funções das
especificidades culturais, os
grupos sociais e étnicos em
sua configuração espacial,
urbana rural e regional.
- Histórias das migrações mundiais;
- Xenofobia;
DIMENSÃO SÓCIO-
AMBIENTAL:
Compreender tanto a gênese
da dinâmica da natureza,
quanto as alterações nela
causadas pela sociedade,
como efeito de participar da
constituição da fisicidade do
espaço geográfico.
- Desigualdades Sociais;
3ª SERIE
DIMENSÃO EC. DA
PRODUÇÃO DO/NO
ESPAÇO:
Se articula com os demais
conteúdos estruturantes, pois
a apropriação da natureza e
sua transformação em
produto para o consumo
humano envolvem as
sociedades em relações
políticas, ambientais e
culturais, fortemente
direcionadas por interesses
sócio econômicos locais,
regionais, nacionais e
- Setores da Economia no Brasil e no Paraná;
(Agropecuária; Agroindústria; Comércio: Sistema de
produção industrial);
- Sistema de Circulação de mercadorias, pessoas capitais e
informações;
- Complexos regionais brasileiros;
- Economia e desigualdade social;
- Meio de comunicação e transporte.
- Desenvolvimento econômico paranaense e as
modificações ocorridas no espaço;
1
25
globais.
GEOPOLÍTICA:
Deve possibilitar que o aluno
compreenda as relações de
poder sobre territórios da
escala micro (rua, bairro) até
a escala macro (país,
instituições internacionais).
-Formação e a expansão do território brasileiro;
- A organização político-administrativa e a divisão do
Brasil;
- Desigualdade entre as Regiões;
- Políticas ambientais;
- Recursos energéticos;
- Meio ambiente e desenvolvimento;
- Biopirataria;
- A estrutura Fundiária brasileira;
- Movimentos sociais e agrários;
- Paraná no Brasil e no Mundo;
DINÂMICA CULTURAL
DEMOGRÁFICA:
As questões demográficas da
constituição do espaço
geográfico são centrais , bem
como as constituições
regionais em funções das
especificidades culturais, os
grupos sociais e étnicos em
sua configuração espacial,
urbana rural e regional.
-Fatores e tipos de migração e suas influências (êxodo rural,
migração sazonais, pendulares, emigração, imigração);
- Estrutura Etária;
- Movimentos Sociais;
-Favelização e Urbanização;
- Problemas sociais paranaenses;
- A formação da população paranaense;
DIMENSÃO SÓCIO-
AMBIENTAL:
Compreender tanto a gênese
da dinâmica da natureza,
quanto as alterações nela
causadas pela sociedade,
como efeito de participar da
constituição fisica do espaço
geográfico.
- Estrutura geológica e relevo;
- Rochas e minerais;
- Ambiente urbano e rural;
- Rios e bacias hidrográficas;
- Clima do Brasil;
- Ecossistemas brasileiros;
- Sistemas de energia;
- Ocupação de áreas irregulares;
- Impactos ambientais em ecossistemas brasileiros;
- Poluições e degradação ambiental;
1
26
ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS
A Geografia ocupa-se da análise da formação de diversas configurações
espaciais, trata, portanto, da produção e da organização do espaço geográfico, a partir
das relações sociais de produção, historicamente determinado, e deve prestar-se a
desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar
criticamente a realidade para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades de
transformação no sentido de superar suas contradições.
Os conteúdos específicos serão trabalhados de forma critica e dinâmica,
interligando teoria, pratica e realidade, mantendo a coerência dos fundamentos teóricos,
utilizando a cartografia como ferramenta essencial, dando possibilidade de transitar em
diferentes escalas do local ao global.
Os conteúdos estruturantes estão inter-relacionados, garantindo uma totalidade
de abordagem dos conhecimentos que estarão disposto em diferentes tipos de materiais
didáticos, sem adotar uma linha de conteúdo de um único livro didático.
Dentro desta perspectiva o espaço geográfico é compreendido como resultado da
integração entre a dinâmica sociedade/natureza e a dinâmica espaço/tempo, transitando
entre os espaços locais, regionais e global, abordando a linguagem cartográfica para
mostrar como os fenômenos se distribuem e relacionem nesse espaço, essa linguagem
será uma prática constante, pois ressalta o valor da construção da teoria na prática,
aumentando aos poucos.
As Atividades serão aplicadas em diferentes momentos e situações, serão
desenvolvidas (individualmente e/ou em equipes de estudo) as seguintes atividades, as
quais configuram a estrutura do processo de ensino/aprendizagem: leitura e
interpretação de textos; construção e aplicação de conceitos; análise e interpretação de
quadros, tabelas, gráficos e mapas; elaboração de quadros comparativos;
desenvolvimento de tema discutido em sala de aula, envolvendo conteúdo específico e
posicionamento pessoal; avaliações contínuas dos assuntos específicos a cada unidade
do conteúdo; pesquisas bibliográficas e de campo; elaboração e apresentação de
seminários envolvendo recursos multimídia; leitura de jornais e revistas para elaboração
de jornal-mural na sala de aula; uso de recursos áudio visuais como filmes, trechos de
filmes, programas de reportagens, músicas, teatro e imagens em geral (slides e charges),
1
27
tudo isto exigirá do aluno ler, analisar, interpretar e produzir textos, mapas, tabelas e
gráficos; anotar, sistematizar, problematizar informações e desenvolver argumentos;
aplicar os conceitos aprendidos; dissertar; pesquisar, coletar, organizar dados
(identificando, descrevendo, comparando, classificando e concluindo); trabalhar em
equipe, empreender iniciativas, empenhar-se na busca de soluções aos desafios
propostos, expressar oralmente suas idéias com clareza e objetividade; expor oralmente
assuntos em público; respeitar opiniões divergentes; socializar a produção do
conhecimento.
Além dos conteúdos específicos de geografia em sala de aula também a escola é
considerada o local onde se encontra a maior diversidade, pois o professor tem que
trabalhar com as múltiplas diferenças, tais como: étnico-racial, inclusão de deficientes,
educação sexual, diversos gêneros e diferentes interesses humanos ocorrendo assim
diversas situações de preconceito evitando a violência na escola e a prevenção ao uso
indevido de drogas. Para que isso ocorra é necessário haver políticas públicas eficientes
capazes de igualar todos os seres humanos independente de condições sociais, cor de
pele, raça, oferecendo ensino público de qualidade a todas as faixas etárias, visando
formar cidadãos críticos, capazes de lutar por seus direitos sendo cumpridores de seus
deveres.
Durante o ano também serão promovidas aulas de campo, ao redor da escola e
até algumas de maior distância, pois a compreensão será mais completa quanto maior
for o contato do aluno com o real, ressaltando aqui que estas aulas deverão ser
planejadas e contextualizadas antes, durante e depois, para fortalecer a relação entre a
teoria e a prática garantindo uma melhor compreensão do tema abordado.
Abrangerá também a iniciação à pesquisa, formando futuros pesquisadores de
informações e conhecimentos que serão utilizados numa cidadania plena nas sociedades
onde atuam.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem é uma
questão ética e política, além de ser uma
questão técnica e didática. (Celso
Vasconcelos).
1
28
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) N. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, determina que a avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja
formativa, diagnóstica e processual. Portanto, deve tanto acompanhar a aprendizagem
dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica Geografia de 2008,
propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam
criticamente o contexto social e histórico, e que sejam capazes de uma inserção cidadã e
transformadora na sociedade.
O processo de avaliação será articulado com os conceitos geográficos
contemplando a escala local, regional e global, e será de forma diagnóstica, contínua,
processual e formativa, para perceber os avanços e dificuldades dos alunos nas
diferentes práticas pedagógicas, podendo ser individualmente, ou em grupos.
Exemplos destas práticas pedagógicas são: leitura e interpretação de fotos,
imagens, textos, tabelas, gráficos, cartões postais, outdoors e principalmente diferentes
tipos de mapas; produção de textos; aulas de campo; apresentação de seminários;
relatórios de experiências de práticas de aulas de campo ou laboratório; construção de
maquetes; produção de mapas mentais; confecção de cartazes, montagens de painéis;
pesquisar, coletar e organizar dados; leitura de jornais e revistas para elaboração de
jornal-mural na sala de aula; entre outros.
Para que se possa recontextualizar os conteúdos e retomá-los quando necessários
à aprendizagem dos alunos, haverá momentos para a recuperação paralela.
Um dos desafios da avaliação é a inclusão escolar, que será enfrentada dentro da
disciplina de Geografia como uma nova forma de repensar e reestruturar as atividades
avaliativas adequando-as ao aluno portador de necessidades especiais, de acordo com a
demanda necessária.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. C. de Geografia Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
CARLOS, A. F. A. O Lugar no/do Mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.
CAMARGO, J. B. Geografia física, humana e econômica do Paraná. 3.ed. Maringá: Boaventura, 1999.
1
29
GARCIA, H. e GARAVELLO, T. Lições de Geografia. Ed. Scipione. 2002.
MORAES, A. C. R. de Pequena História Crítica da Geografia. São Paulo: Hucitec, 1987.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Geografia. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares do ensino médio: Versão preliminar. Curitiba, 2008.
______ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
______ Positivismo. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Positivismo. Acesso em: 15. Fev. 2011. Fonte: http://www.webartigos.com/articles/50506/1/A-EDUCACAO-AMBIENTAL-NO-ENSINO-DA-GEOGRAFIA-/pagina1.html#ixzz1EduTnW93
______ Secretaria de Estado da Educação. Instrução nº 04/2008 SUED.
SANTOS, M. Por Uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, 1986.
______ Técnica, Espaço, Tempo - Globalização e Meio Técnico-Científico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996.
VASCONCELOS, C. Nova Escola, dez. 2000.
VESENTINI, J.W. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.
1
30
11.6. PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio
Pedro II, em 1937 e neste mesmo ano criado o Instituto de Geografia e
Estatística(IBGE) que instituiu a História como disciplina acadêmica, que neste
momento tinha como objetivo legitimar valores aristocráticos de uma sociedade
conservadora, no qual o processo histórico conduzido por líderes excluía a
possibilidade das pessoas comuns serem entendidas como sujeitos históricos. Este
modelo, pautado no caráter político, no estudo das fontes oficiais, na valorização da
política dos heróis perdurou por um longo período.
Na segunda metade da década de 1980 e no início dos anos 1990, cresceram os
debates em torno das reformas democráticas na área educacional, processo que
repercutiu nas novas propostas do ensino de História. No Paraná em 1990 foi
implantado o Currículo Básico para a Escola Pública, que tinha como objetivo a
historiografia social, valorizando as ações dos sujeitos, em relação às mudanças.
O Ministério da Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999, os Parâmetros
Curriculares Nacionais(PCNs) que apresentava a História como sendo uma disciplina
com a função resolver problemas imediatos e próximos dos alunos, ressaltando a
relação que o conhecimento devia ter com a vivência do educando, abrindo espaço para
uma História Presentista que não contextualizava os períodos históricos estudados. Este
conjunto de fatores marcou o currículo de História até o ano de 2002 quando foram
iniciadas as discussões sobre as Diretrizes Curriculares Estaduais para todas as
disciplinas e História era uma delas, sob uma perspectiva de inclusão social.
Sendo assim, o conhecimento histórico é sistematizado a partir de um processo
de investigação que tem como objeto as ações humanas, destacando a necessidade de
valorização dos sujeitos históricos, não somente como objetos de análise
historiográfica, mas como agentes que buscam a construção do conhecimento. Institui-
se então um valor significativo ou intencional à seleção, à reconstrução e à articulação
do fato histórico escolhido. E mediante esta articulação constrói-se a originalidade da
consciência histórica.
1
31
Em suma, na medida em que o educando for aprimorando-se do saber na
História, ele passa a ter possibilidades de compreender-se como sujeito da História e ao
mesmo tempo, agente de transformação social.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações
e relações humanas praticadas ao longo do tempo; bem como os sentidos que os
sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência de suas ações.
A escola é uma das instituições responsáveis pelo desenvolvimento do indivíduo
e pela produção social do conhecimento, aspectos necessários à preservação e à
renovação da cultura. Nesta perspectiva, o objetivo do ensino de História é fazer o
aluno compreender as formas de produção de conhecimento, para tanto ela não pode ser
apresentada como uma sucessão cronológica de fatos e datas. O aluno deve apreendê-la
de modo crítico, possibilitando a construção e o encaminhamento significativo do
conhecimento da sociedade humana.
Portanto é de fundamental importância analisar o ensino de História, a partir dos
diversos contextos sócio-históricos; bem como o processo de sua constituição, sempre
direcionando novos caminhos. De fato, o conhecimento histórico possui formas
diferentes de explicar seu objeto de investigação, a partir das experiências dos sujeitos
do contexto em que vivem.
As correntes historiográficas(Nova História, Nova História Cultural, Nova
Esquerda Inglesa) tem dado grandes contribuições em ralação à formação do
pensamento histórico moderno. Principalmente a Nova História Cultural, com seus
quatro teóricos: Clifford Geertz(1926-2006), Mikhail Bakhtin(1895-1975) Norbert
Elias(1897-1990), Michel Foucault(1926-1984), Pierre Bourdieu(1930-2002) que
propôs a valorização das ações e concepções de mundo dos sujeitos das classes
populares em seu contexto espaço-temporal, valorizando a diversificação de
documentos, como imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros. Com a
valorização dos sujeitos acontece as temporalidades distintas proposta pelas Diretrizes
Curriculares, que afirma que resguardar as diferenças é um caminho possível para o
ensino de História, possibilitando aos alunos compreenderem as experiências e os
sentidos que os sujeitos dão a elas. Um exemplo é a macro e a micro-história onde o
sofrimento e a miséria de uma localidade, de uma família, de um indivíduo mostra
pontos de vista e ações de um determinado passado que permitem uma reavaliação
dialética das explicações macro-históricas.
1
32
A consciência histórica é uma condição da existência do pensamento humano,
pois sob essa perspectiva os sujeitos se constituem a partir de suas relações sociais, em
qualquer período e local do processo histórico, ou seja , a consciência histórica é
inerente à condição humana em sua diversidade. As experiências históricas dos sujeitos
se expressam em suas consciência(THOMPSON, 1978).
A consciência histórica é o conjunto “das operações mentais com as quais os
homens interpretam sua experiência” da mudança temporal “de seu mundo e de si
mesmo, de tal forma que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no
tempo”. É, portanto, a “constituição do sentido da experiência do tempo”, expressa pela
narrativa histórica.
A aprendizagem histórica se dá quando professores e alunos investigam as ideias
históricas, construindo assim uma identidade a partir da alteridade. O aprendizado de
conceitos históricos explica o a mudança da consciência histórica nos alunos.
Professores e alunos devem investigar as ideias históricas, sendo elas fatos
históricos ou não, buscando uma consciência histórica crítica que é formada por pontos
de vista não-linear e multitemporal, sempre abordando conteúdos temáticos:
- Com múltiplos recortes temporais;
- Com diferentes conceitos de documento;
- Com múltiplos sujeitos e suas experiências;
- Problematize em relação ao passado;
- Supere a ideia de História como verdade absoluta.
A finalidade do ensino de História é a formação do pensamento histórico dos
alunos por meio da consciência histórica e os Conteúdos Estruturantes são
imprescindíveis para o ensino de História, pois despertam reflexões, organizam
os currículos e, são carregados de significados que delimitam e selecionam os
conteúdos básicos ou temas históricos que se desdobram em conteúdos
específicos.
CONTEÚDOS 1ª SÉRIE ANUAL
DE ACORDO COM OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE
TRABALHO, RELAÇÕES DE PODER E RELAÇÕES CULTURAIS E
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CONTEÚDOS BÁSICOS/TEMAS: TRABALHO ESCRAVO, SERVIL,
ASSALARIADO E O TRABALHO LIVRE - URBANIZAÇÃO E
INDUSTRIALIZAÇÃO - O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER – OS
SUJEITOS, AS REVOLTAS E AS GUERRAS – MOVIMENTOS SOCIAIS,
POLÍTICOS E CULTURAIS E AS GUERRAS E REVOLUÇÕES – CULTURA E
RELIGIOSIDADE
1. A construção do conhecimento histórico
2. Origem e desenvolvimento da humanidade
3. O homem americano
4. As grandes civilizações e seus legados para a humanidade
5. O Feudalismo
6. A consolidação das monarquias na Europa – Absolutismo
7. O Renascimento Cultural
8. A Expansão Marítima e o Mercantilismo
9. A Reforma Protestante e a Reforma Católica
10. Paraná – Dos primeiros habitantes à Emancipação Política
11. História e Cultura Afro-brasileira e africana:
• Os grandes reinos africanos, as organizações culturais, políticas e sociais de
Mali, do Congo, do Zimbabwe, do Egito, entre outros;
• Os povos escravizados trazidos para o Brasil pelo tráfico negreiro e as
consequências da Diáspora Africana;
CONTEÚDOS 2ª SÉRIE ANUAL
DE ACORDO COM OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE
TRABALHO, RELAÇÕES DE PODER E RELAÇÕES CULTURAIS E
CONTEÚDOS BÁSICOS/TEMAS: TRABALHO ESCRAVO, SERVIL,
ASSALARIADO E O TRABALHO LIVRE - URBANIZAÇÃO E
INDUSTRIALIZAÇÃO - O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER – OS
SUJEITOS, AS REVOLTAS E AS GUERRAS – MOVIMENTOS SOCIAIS,
POLÍTICOS E CULTURAIS E AS GUERRAS E REVOLUÇÕES – CULTURA E
RELIGIOSIDADE
1
34
1- O indígena americano e a chegada dos europeus
2- As revoluções européias e suas consequências
3- Os Processos de independência das Américas
4- O Imperialismo
5- O Socialismo
6- Brasil Império
7- A América Latina no Século XIX
8-História e Cultura Afro-Brasileira e Africana:
• A resistência do povo negro(Quilombos, Revolta dos Malês, Canudos, Revolta
da Chibata) e todas as formas de negociação e conflito;
• A Lei de Terras e o fim do tráfico negreiro(1850) e o impacto das ideologias de
branqueamento/embranquecimento sobre o processo de imigração européia;
CONTEÚDOS 3ª SÉRIE ANUAL
DE ACORDO COM OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE
TRABALHO, RELAÇÕES DE PODER E RELAÇÕES CULTURAIS E
CONTEÚDOS BÁSICOS/TEMAS: TRABALHO ESCRAVO, SERVIL,
ASSALARIADO E O TRABALHO LIVRE - URBANIZAÇÃO E
INDUSTRIALIZAÇÃO - O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER – OS
SUJEITOS, AS REVOLTAS E AS GUERRAS – MOVIMENTOS SOCIAIS,
POLÍTICOS E CULTURAIS E AS GUERRAS E REVOLUÇÕES – CULTURA E
RELIGIOSIDADE
1. Guerras, crises e revoluções no século XX
2. A Primeira República
3. Experiências de esquerda na América Latina
4. O Regime Autoritário no Brasil
5. Da Democracia aos dias atuais
6. Movimentos internacionais contemporâneos
7. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana:
1
35
• Os remanescentes de quilombos, sua cultura material e imaterial
• A Frente Negra Brasileira, no início dos anos 1930;
• O significado da data 20 de novembro, repensando o 13 de maio.
METODOLOGIA
PARA APLICAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS, HISTÓRIA E
CULTURA AFRO-BRASILEIRA(Lei 10.693/03) – HISTÓRIA DO
PARANÁ(Lei 13.381/01) – MEIO AMBIENTE(Lei 9.795/99)
• Problematização de cada conteúdo, destacando os sentidos que os sujeitos deram
aos mesmos;
• Trabalhar noções de temporalidade tomando as ideias históricas dos alunos
como ponto de partida para todos os conteúdos;
• Leitura de textos informativos;
• Investigação histórica de documentos: livro, filme, canções, palestras, relatos de
memórias, imagens, objetos materiais, jornais, história em quadrinhos,
fotografias, pinturas, gravuras, museus, músicas, biografias, etc.
• Exposição oral pelo professor;
• Abertura para dúvidas e colocações dos alunos;
• Projeção de filmes e atividades sobre os mesmos;
• Debates
• Montagem de painel;
• Produção de textos pelos alunos.
AVALIAÇÃO
1ª SÉRIE, 2ª SÉRIE, 3ª SÉRIE
1
36
A avaliação deve servir à democratização do ensino e para isso deve ser
diagnóstica, formativa e somativa, ou seja, deve possibilitar que se perceba nos sujeitos
escolares suas fragilidades e seus avanços, sendo alcançado este objetivo através do
planejamento de diversas situações de avaliação.
A avaliação será emancipadora, garantindo o acesso ao conhecimento por parte
do aluno que será avaliado durante todo o processo de apropriação do saber.
O professor acompanhará a realização das atividades desenvolvidas pelos
alunos sejam elas avaliações em sala, relatos de filmes e documentários, pesquisas
escolares, instrumentos de levantamento de dados, trabalhos em grupos, seminários,
apresentação oral, produção de texto. Sendo que as avaliações serão divididas em duas
etapas,, sendo a nota complementada com demais atividades.
Será realizada em todas as ocasiões necessárias a retomada e recuperação de
conteúdos, bem como revistas as estratégias de ensino.
Será observado ao final do processo avaliativo, se os alunos tenham condições
de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder
existente neles, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se
fazerem sujeitos da própria história.
REFERÊNCIAS
ARRUDA, José J. de A., PILETTE, N. Toda a História. São Paulo: Ática, 1996.
CORDEIRO, Jaime F. A História no centro do debate: as propostas renovação do ensino de História nas décadas de 70 e 80. Arquitetura: FLC/Laboratório Editorial?Unesp: São Paulo; Cultura Acadêmica Editora, 2000.
COTRIM, Gilberto. História Global. São Paulo: Saraiva, 1997.
DAVIES, Nicholas(Org). Práticas interdiciplinares na escola. São Paulo: Cortes, 1991.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba, Paraná. Secretaria de Estado da educação do Paraná. 2008.
FIGUEIRA, Divalte G. História. São Paulo: Ática, 2000.
MOTA, Myriam B., BRAICK, Patrícia R. História das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 2005.
1
37
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. PCN + Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC – Secretaria de Educação Média e Tecnológica (Semtec), 2002.
PARANÁ, História Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PETTA, Nicolina L. de, OJEDA, Eduardo A. b. História – uma abordagem integrada. São Paulo: Moderna, 2003.
1
38
11.7. PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Fundamental e Médio vem abrir um novo contexto e uma nova visão
voltada para as tecnologias, para a globalização, a mundialização, a
interdisciplinaridade, a democracia, o exercício da cidadania, a ética, a autonomia e o
humanismo.
É nas aulas de Língua Materna que o estudante brasileiro tem a oportunidade
de aproveitamento de sua competência lingüística, de forma a garantir uma inserção
ativa e crítica na sociedade.
O ensino aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos
lingüísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos
que os cercam e terem condições de interagir com os mesmos. Para isso é importante
que a Língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se
defrontam, manifestando diferentes opiniões. Sobre isso, Bakhtin, Volochinov (1999,
p.66) defende:
“(...) cada palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde se
entrecruzam e lutam os valores sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se
no momento de sua expressão, como produto de relação viva das forças sociais.”
Considera-se o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na
constituição social da linguagem, que ocorre nas relações sociais, políticas, econômicas,
culturais, etc. quanto dos sujeitos envolvidos nesse processo.
Pensar o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, tendo como foco essa
concepção de linguagem, explica: (neves, p.89). Nesse sentido, é preciso que a escola
seja um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções
sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva na prática de uso da Língua_
sejam de leitura, oralidade e escrita propiciando ao mesmo a prática, discussão, a leitura
de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital, etc.).
A leitura das múltiplas linguagens, realizada com propriedade, garante o
envolvimento do sujeito com práticas discursivas, alterando “seu estado ou condição em
aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, e ate mesmo econômico.”.
O aprimoramento da competência lingüística do aluno acontecerá com maior
propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e oralidade, o
1
39
caráter dinâmico dos gêneros discursivos. Bakhtin (1992, p. 285) afirma que “quando
melhor dominamos os gêneros tanto mais livremente os empregamos, tanto mais plena e
nitidamente descobrimos neles a nossa individualidade (onde isso é possível e
necessário) (...)”.
O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é
instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua critica, é legitima e é direito para
todos os cidadãos.
2. Objetivo Geral
• Conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da Língua
Materna, através da norma culta.
2.1 Objetivos Específicos
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua,
busca:
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da língua escrita em diferentes situações discursivas por meio
de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;
• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita;
1
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• Aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
Conteúdo Estruturante
A ação pedagógica referente à língua precisa pautar-se na interlocução,
em atividades planejadas que possibilitam ao aluno não só a leitura e a expressão
oral ou escrita, mas, também refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes
contextos e situações. Essas ações estão circunscritas no domínio da discursividade,
ou seja, o conteúdo estruturante da língua Portuguesa/ literatura é o discurso
enquanto prática social.
A análise lingüística amplia o leque tão restrito da gramática tradicional,
relativizando aquilo que a gramática postula de errado, assim sua atuação não fica
atada ao texto escrito ou ao limite da oração, ela perpassa as três praticas: oralidade,
escrita e leitura.
1
41
1ª SÉRIE
Gêneros discursivos
Leitura Escrita Oralidade Literatura
Adivinhas Finalidade do texto Conteúdo temático
Conteúdo temático
Literatura: conceitos e características
Álbum de famíliaContos de fadasFábulasFábulas ContemporâneasHistórias em quadrinhos
Intencionalidade Interlocutor Finalidade Recursos da linguagem poética
Resumos Argumentos do texto Finalidade do texto
Intencionalidade Denotação e conotação
Bilhetes Contexto de produção Informativida-de
Argumentos Funções da linguagem
Cantigas de roda Elementos composicionais do texto Contexto de produção
Turnos da fala
ParlendasPiadasProvérbiosTrava-línguas Debate regrado
Marcas lingüísticas:coesão,coerência,função das classes gramaticais gramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos como aspas,travessão, negrito.
IntertextualidadeElementos composicionais do gêneroSemânticaFiguras de linguagemMarcas lingüísticas
Variações linguísticas
Gêneros literáriosEstilo individual e de épocaTrovadorismoHumanismo
MúsicasCartazese-mailPoemasNotícias
Partículas conectivas do textoSemântica Figuras de linguagem
Referência textualFunções das classes gramaticaisRecursos gráficos e pontuação
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
ClassicismoLiteratura informativa do BrasilBarrocoArcadismo
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2ª SÉRIE
Gêneros discursivos
Leitura Escrita Oralidade Literatura
Curriculum vitae
Intertextualidade Intencionalidade Elementos extralinguísticos
O Romantismo na literatura
Exposição oral
Vozes sociais presentes no texto
Intertextualidade Adequação do discurso ao gênero
Prosa e poesia Românticas
Relatórios de experiências vividas
Discurso ideológico presente no texto
Vozes sociais presentes no texto
Intencionalidade
Realismo/Naturalismo no Brasil
Autobiografia Contexto de produção da obra literária
Ideologia presente no texto
Variações linguísticas
Parnasianismo e seus principais poetas
Artigo de opinião
Marcas linguísticas
Operadores argumentativos
Simbolismo
Letras de músicasPublicidadeFolderSloganNarrativas: humor, terror e policial
Progressão referencial
Marcas lingüísticas:coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas,travessão,negrito.
Contextualização de obras literárias
Carta ao leitorCarta do leitorCharge
Operadores argumentativos
Sintaxe de concordância
Comparação de épocas literárias
Narrativas com riqueza de detalhesTexto de opiniãoTexto argumentativoMancheteParódia
Sintaxe de regência Apresentação de trabalhos de literatura
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3ª SÉRIE
Encaminhamento metodológico
Gêneros Discursivos
Leitura Escrita Oralidade Literatura
ComunicadoDiárioMemóriasPoemasMesa redonda
Marcas lingüísticas:coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto,pontuação, recursos gráficos
Referência textual
Intencionalidade Versificação poética
Narração de ficção científicaNarrativas fantásticas
Operadores argumentativos
Ideologia presente no texto
Elementos extralingüísticos:entonação,expressões facial, corporal e gestual,pausas...
Pré-modernismo
Romances Intertextualidade Sintaxe de concordância
Adequação do discurso ao gênero Movimentos da vanguarda européia
ResenhasResenhas críticasBulasRótulos
Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto
Sintaxe de regência
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)
Modernismo Brasileiro
Publicidade OficialAbaixo assinadoAtaCarta de empregoProcuração
Modalizadores Marcas lingüísticas
Elementos semânticos Semana da Arte Moderna
BlogChatHome pageVídeo Clip
IntertextualidadeIdeologia presente no texto
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
Produções contemporâneas
144
Na sala de aula e nos espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua
Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da
oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas
relações de poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslisar o signo-verdade-poder
em direção a outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e
a autonomia em relação ao pensamento e as práticas de linguagem imprescindíveis ao
convívio social. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique,
aprimore, reelabore sua visão de um mundo e tenha voz na sociedade.
4.1 Prática da oralidade
As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em
situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstancias (interlocutores, assunto,
intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e
aprender a convivência democrática que supõe a falar e ouvir.
Na prática da oralidade, as Diretrizes reconhecem as variantes linguísticas como
legítimas, uma vez que são expressões de grupos sociais marginalizadas em relação à
centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta.
A prática da oralidade será avaliada em funções da adequação do discurso/ texto aos
diferentes interlocutores e situações.
4.2 Prática da Escrita
O exercício da escrita, leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua,
sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são
construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo.
Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc. o reconhecimento,
pelo aluno, das relações de poder no discurso potencializa a possibilidade de resistência a
esses valores socioculturais.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz a
parir de elementos como organização temática, coerência, coesão, intenções, interlocutores,
dentre outros.
145
É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo interlocutiva, que eles
possam relacionar o dizer escrito as circunstâncias e sua produção. Isso implica o produtor do
texto assumir-se como locutor, conforme propõe Gerald (1997) e, dessa forma ter o que dizer,
razão para dizer, como dizer, interlocutores.
4.3 Prática da Leitura
A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor tem um papel ativo no
processo de leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e
reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu
conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivencia sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais:
Jornalísticos, artísticas, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática,
literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens
não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e
virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve
contemplar os multiiletramentos mencionados nas Diretrizes Curriculares da Educação
Básica.
4.3.1 Literatura
Partindo dos pressupostos teóricos apresentados na ESTÉTICA DA RECEPÇÃO e na
TEORIA DO EFEITO, as professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira Aguiar
elaboram O MÉTODO RECEPCIONAL como proposta para o trabalho de Literatura que
consiste em atribuir ao leitor o papel de sujeito ativo no processo de leitura, tendo voz em seu
contexto, proporcionando momentos de debates, reflexões sobre a obra lida, possibilitando ao
aluno a ampliação dos seus horizontes de expectativas.
4.4 Análise Lingüística
A análise lingüística é uma pratica didática complementar às práticas de leitura,
oralidade e escrita faz parte do letramento escolar visto que possibilita “a reflexão consciente
sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no
146
momento de LER/ESCUTAR, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da
língua”. (MENDONÇA, 2006, p.204)
5.Avaliação
A lei nº9394/96, de Diretrizes e bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a
chamada avaliação formativa (capitulo 11, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação continua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre as dos eventuais provas finais”),
vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em relação à
avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório.
Assim a avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando
que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa ao professor e aluno acerca
do ponto em que se encontrem e contribui com a busca de estratégias para que os alunos
aprendam e participem mais das aulas.
Sob estas perspectivas, estas diretrizes recomendam:
Oralidade : será avaliada em funções da adequação do discurso/ texto aos
diferentes interlocutores e situações, observando se o aluno:
Participa de debates, expondo suas idéias com clareza, coerência, atendendo aos
objetivos do texto e aos do interlocutor.
Progride na argumentação (consistência argumentativa).
Observa a concordância de gênero e número.
Utiliza adequadamente os tempos verbais.
Observa a concordância verbal, nos casos mais comuns.
Está gradativamente fazendo reflexão sobre a função dos usos de variedades
lingüísticas em diferentes situações de interlocução.
É capaz de recortar o que leu ou ouviu.
Tem seqüência na exposição das idéias.
Tem adequação vocabular.
Participa dos debates, de forma organizada.
147
Percebe a diferença entre a oralidade e a escrita (marcas lingüísticas, gestos,
expressão facial, pontuação, entonação).
• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor
em textos variáveis, a localização das informações tanto explícitas quanto
implícitos, o argumento principal, as inferências, entre outras, avaliando se, ao ler,
o aluno ativa os conhecimentos prévios, se compreende o significado das palavras a
partir do contexto se faz inferências corretas, se reconhece o gênero e o suporte
textual. Assim, é preciso observar se o aluno:
• Lê com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor fonético (relação
fonema/grafema) e valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de
pontuação.
• Localiza informações explicitas no texto.
• Percebe informações implícitas no texto.
• Reconhece o efeito de sentido do uso da linguagem figurada e /ou de sinais de
pontuação e outras notações.
• Reconhece a idéia central de um texto.
• Identifica a finalidade do texto, reconhecendo suas especificidade.
• (narração, poética, jornalístico, informativo, etc...).
• Reconhece os objetivos e intenções do autor do texto.
• Extrapola o texto em estudo, associando-o com outros textos lidos, discutidos,
etc...
• Reconhece as condições de produção do texto de forma mais simples: quando o
texto foi produzido, quem o produziu, para quem, para que, onde foi publicado.
• É capaz de dialogar com novos textos e/ou textos já lidos posicionando
criticamente diante deles.
• Manipula o dicionário com autonomia para elucidar dúvidas ortográficas.
148
• Consulta o manual de gramática com autonomia nas reestruturações dos textos.
• Interpreta a linguagem não exclusivamente verbal.
Escrita: o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a
adequação à proposta e aos gêneros solicitados, se a linguagem está de acordo com o contexto
exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização
de parágrafo.É preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção e o
resultado dessa ação. Dessa forma observa-se se o aluno:
• Reestrutura textos revisando os desvios do uso convencional da língua, dando maior
coerência, coesão e capacidade argumentativa na sua produção escrita.
• Escreve com clareza, coerência e argumentação consistente.
• Adequa à norma padrão.
• Possui melhora na argumentação, isto é procura dar sustentação argumentativa nos textos
que desenvolve, evitando o senso comum.
• Utiliza os sinais de pontuação.
• Utiliza os tempos verbais de forma adequada.
• Acentua as palavras devidamente.
• Reconhece maiúsculas e minúsculas, empregando-as na escrita.
• Faz concordância verbal e nominal.
• Sabe transformar discurso direto em discurso indireto e vice-versa.
• Elimina marcas da oralidade no texto.
• Utiliza adequadamente os elementos coesivos (pronomes, conjugações, etc.), substituindo
palavras no texto.
• Manipula o dicionário com autonomia para elucidar duvidas ortográfica.
• Consulta o manual de gramática com autonomia nas reestruturações dos textos.
- Análise Lingüística : avaliar o uso da linguagem formal e informal, a ampliação
lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos lingüísticos e
estilísticos, bem como as relações semânticas entre as partes do texto.
149
REFERENCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro versos interação. São Paulo: Parábola Editorial., 2003
BAKTHTIN, Michail (Volochinov). Marxicismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Fratechi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília, 1998.
PARANÀ, SEED. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba, 1997.
PARANÀ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Portuguesa. Curitiba, Pr, 2008.
SCHNEWLY, B. DOLZ, J. Gêneros Orais e Escritos na Escola. Campinas, Sp: Mercado Aberto, 2004.
150
11.8. PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA:
As antigas civilizações ( babilônicos ), por volta de 2 000 a.C. desenvolveram através de
observações, rudimentos de conhecimentos matemáticos, demarcando assim o nascimento da
Matemática.
Porém, somente nos séculos V e VI a.C na Grécia, a Matemática é vista como ciência
e passa a ter um papel importante no ensino e na formação das pessoas.
Com os sofistas surgem as primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em
práticas pedagógicas, seu valor formativo e a sua inclusão de forma regular nos círculos de
estudos, que com suas metodologias introduziram uma educação com caráter de
intelectualidade e valor científico.
Com o surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino, entre os
séculos VII e IX o ensino passa por mudanças significativas surgindo as primeiras idéias do
aspecto empírico da Matemática.
Após o século XV com o avanço das navegações e as atividades comerciais e
industriais, o ensino matemático é voltado para as atividades práticas para atender as
demandas das produções exigidas pela navegação, comércio e indústria.
As produções matemáticas, fizeram com que tal conhecimento alcançasse um novo
período de sistematização denominado matemática das grandezas variáveis.
As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande
progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de
máquinas e equipamentos, armas de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e
embarcações, sendo estes estudos concentrados na Matemática Pura e Matemática Aplicada,
refletindo na manufatura da modernização e às necessidades técnico-militares.
O ensino da Matemática preparava os jovens para o comércio, arquitetura, música,
geografia, astronomia, artes da navegação, da medicina e da guerra.
151
No século XVII a Matemática desempenha papel fundamental para a comprovação e
generalização de resultados, incorporando novos elementos aos estudos da Matemática em
virtude das relações quantitativas que se estabeleciam para explicar os fenômenos de
movimento mecânico e manual.
O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial, crescendo a
importância de colocar à prova as teorias matemáticas criadas, ou seja, havia a necessidade
do rigor dos métodos, pois as leis matemáticas não poderiam falhar nos diferentes ramos da
atividade humana.
A Matemática escolar demarcava os programas de ensino do século XIX, por ser a
ciência que daria a base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática,
sendo este período denominado das matemáticas contemporâneas, e no final deste
levantaram-se as preocupações voltadas para o ensino da Matemática, sendo as mesmas
traduzidas em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros internacionais
promovidos por matemáticos preocupados com propostas de ensino da Matemática.
Com o aumento da população urbana e novas classes de trabalhadores, os
matemáticos, antes pesquisadores, passaram a ser também professores, preocupados com as
questões de ensino, observando, estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos. Essa
renovação aconteceu com propostas mais amplas de reformulação dos sistemas nacionais,
abrangendo os vários níveis de ensino.
No início do século XX, educadores matemáticos já discutiam a necessidade de se
compreender como acontecia o ensino da Matemática, de forma que, demarcasse nos
currículos escolares uma postura que possibilitasse aos estudantes realizar análises,
discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias.
Dessa forma a Educação Matemática surge no intuito de abordar estes aspectos da
Matemática, e embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se em
processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da
Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático.
Os objetivos básicos da Educação Matemática prevê a formação de um estudante
crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais e, para isso, é necessário que
se aproprie de conhecimentos, dentre eles, o matemático, por meio de uma visão histórica em
152
que os conceitos foram apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando
na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das idéias e
das tecnologias.
A Educação Matemática dá condições ao professor de Matemática de desenvolver-se
intelectual e profissionalmente, refletindo sobre sua prática, além de tornar-se um educador
matemático e pesquisador, que vivencia sua própria formação continuada, sendo assim a ele
interessa analisar criticamente os pressupostos ou as idéias centrais que articulam a pesquisa,
o currículo e a proposta pedagógica, no sentido de potencializar meios para a superação de
desafios, tendo a oportunidade de refletir sobre a sua ação docente e sobre a Matemática
como ciência.
Esta proposta permite ao professor de Matemática balizar sua ação docente,
fundamentada numa ação reflexiva que concebe a ciência matemática como uma atividade
humana que se encontra em construção, envolvida na busca de transformações que
intencionar minimizar problemas de ordem social, pensando nos aspectos pedagógicos e
cognitivos da produção do conhecimento matemático, mas também nos aspectos sociais
envolvidos, constituindo-se assim, o ato de ensinar numa ação reflexiva e política.
Portanto é necessário que o processo de ensino e aprendizagem contribua para que o
estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriar-se de
linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e a outras
áreas do conhecimento, sendo capaz de criticar questões sociais, políticas, econômicas e
históricas.
Um outro aspecto a ser observado infere sobre a história da ciência da Matemática
que demarca a construção histórica do objeto matemático composto pelas formas espaciais e
as quantidades, onde o objetivo da disciplina Matemática é transpor, para a prática docente, o
objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao aluno ser um conhecedor desse
objeto.
Ainda o respeito à diversidade, efetivado no respeito às diferenças impulsiona ações
da cidadania voltadas ao reconhecimento de sujeitos de direitos, simplesmente por serem
seres humanos. Suas especificidades não devem ser elemento para a construção de
desigualdades, discriminações ou exclusões, mas sim, devem ser norteadoras de políticas
afirmativas de respeito à diversidade, voltadas para a construção de contextos sociais
inclusivos.
153
A idéia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e
valoriza a diversidade como característica inerente à constituição de qualquer sociedade.
Partindo desse princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos,
sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as
oportunidades, independente das peculiaridades de cada grupo social e ou indivíduo.
A disciplina de Matemática tem como objetivos gerais, compreender conceitos e
procedimentos matemáticos a fim de tirar conclusões e fazer argumentações, para que o
cidadão possa agir como consumidor prudente ou tomar decisões em sua vida pessoal e
profissional, desenvolvendo a autonomia e a capacidade de pesquisa confiando assim em seu
próprio conhecimento, tendo iniciativa e segurança para adaptar a Matemática a diferentes
contextos, utilizando-a adequadamente.
Aprender continuamente para a produção e transmissão de conhecimentos
tecnológicos, reconhecendo-se e orientando-se nesse mundo em constante movimento, onde
possa selecionar e analisar informações obtidas e a partir disso tomar decisões avaliando
limites, possibilidades adequando as tecnologias em diferentes situações.
Perceber a Matemática como bem cultural de leitura e interpretação da realidade
lendo, interpretando, construindo gráficos e linguagens matemáticas, analisando fenômenos
tanto no cotidiano como em outras áreas do conhecimento.
Valorizar a diversidade humana, que respeita a dignidade de cada indivíduo, a
igualdade de direitos, a oportunidade e o exercício da cidadania com liberdade de expressão
do pensamento colaborando na transformação de uma sociedade injusta e excludente, para
uma sociedade igualitária.
Interligar os quatro eixos matemáticos, substituindo o tratamento linear dos
conteúdos pela abordagem articulada, entendendo a História da Matemática, vinculada as
descobertas matemáticas e os fatos sociais e políticos da época aos da atualidade,
compreendendo assim o porquê da matemática de hoje, potencializando a aprendizagem
matemática, utilizando a etnomatemática e a modelagem matemática como meios de
contextualização e investigação do saber matemático.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
154
O objetivo geral de ensino e aprendizagem pelos parâmetros curriculares é aproximação
progressiva dos alunos da compreensão do nosso sistema de numeração. Também tem como
objetivo dar sequência numérica oral: descoberta da relação entre a numeração falada e a
numeração escrita; descoberta da relação de ordem, regularidade e leis do sistema de
numeração.
Avançar na construção de propostas para os anos iniciais em que a matemática possa ser
usada pelos alunos como instrumento da construção de sua cidadania. Fazendo uso
das resoluções de problemas. O significado da matemática para o aluno resulta das relações
que ele estabelece entre ela e o seu cotidiano, entre outras áreas de conhecimentos e entre
diferentes temas matemáticos (números, operações, geometria, medidas, noções estatísticas
etc.).
Na busca de nova prática, é preciso considerar como princípio que:
A matemática é um componente importante na construção da cidadania, na medida em que a
sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos
quais o cidadão tem o direito de se apropriar.
A atividade matemática tem como base a análise e a reflexão visando às capacidades dos
alunos de resolver problemas, compreender e transformar sua realidade. O conhecimento
matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente construído e em
permanente transformação. O contexto histórico lhes permitirá compreender a matemática em
sua prática filosófica, científica e social e contribuir para a compreensão do lugar que ela tem
no mundo.
A matemática contribui na compreensão das informações, pois a sua aprendizagem vai
além de contar, calcular, ela nos permite analisar, medir dados estatísticos e ampliar cálculos
de probabilidades, os quais representam relações importantes com outras áreas do
conhecimento.
Cabe aos educadores envolvidos na formação continuada, colaborar para um melhor
entendimento e, consequentemente, para o uso adequado das orientações contidas nos
mesmos, evitando assim uma proposta que traga inovações importantes para não cair ao
fracasso, por ser mal interpretado ou mal utilizado em sala de aula. Para ensinar matemática é
fundamental que, além de outros conhecimentos profissionais, o professor tenha:
conhecimentos dos conteúdos matemáticos que vai trabalhar; conhecimentos didáticos dos
155
conteúdos ( ensinar e aprender matemática, transposição didática, contrato didático, hipóteses
dos alunos), o conhecimento curricular ( formas de seleção e organização dos conteúdos, os
aspectos metodológicos, formas de avaliação.
No ensino tradicional, era considerado bom professor, aquele que conseguia transmitir
com clareza uma série de tópicos, sem grandes preocupações com justificativas sobre o “por
que” se fazia desta ou daquela maneira. Ensinar matemática hoje significa apresentar boas
situações de aprendizagem para que os alunos, orientados e desafiados pelo professor
construam seus conhecimentos de forma a que compreendam o significado de conceitos e de
procedimentos matemáticos.
O ensino de matemática deve preocupar-se não apenas com a memorização de
técnicas e regras, mas com o desenvolvimento de capacidades de observar relacionar,
comunicar, argumentar e com estímulo permanente as diferentes formas de raciocínio.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1a SÉRIE
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
- Números Reais
-Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares
GRANDEZAS E
MEDIDAS
- Medidas de Grandezas Vetoriais
FUNÇÕES - Função Afim
- Função Quadrática
- Função Polinomial
- Função Exponencial
- Função Exponencial
- Função Logarítmica
- Função Modular
- Progressão Aritmética
- Progressão Geométrica
GEOMETRIAS - Geometria Plana
156
TRATAMENTO
DA INFORMAÇÃO
– Matemática Financeira
– Estatística
2ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA - Matrizes e Determinantes
- Sistemas Lineares
GRANDEZAS E MEDIDAS - Trigonometria
- Medidas de Área
- Medidas de VolumeFUNÇÕES - Função e Razão Trigonométrica
GEOMETRIAS – Geometria EspacialTRATAMENTO DA INFORMAÇÃO - Análise Combinatória
- Binômio de Newton
3a SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA - Números Complexos
- Polinômios GRANDEZAS E MEDIDAS - Medidas de Informática
- Medidas de EnergiaFUNÇÕES - Função TrigonométricaGEOMETRIAS - Geometria Analítica
- Geometrias não-euclidianasTRATAMENTO DA INFORMAÇÃO - Estudo das Probabilidades
METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA:
No Ensino Médio a Matemática tem valor formativo e desempenha um papel
instrumental, além de possuir a sua dimensão própria de investigação e invenção.
157
O conhecimento matemático deve estar ao alcance de todos, garantindo que todos os
alunos aprendam.
A articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturante é
realizada na medida em que os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e,
quando situações de aprendizagem possibilitam, podem ser retomados e aprofundados
Nessa área o aprendizado deve contribuir não somente para o conhecimento técnico,
mas também para uma cultura mais ampla, desenvolvendo meios para que os alunos possam
estabelecer conexões entre as idéias matemáticas e entre a Matemática e as demais áreas do
conhecimento.
Portanto, busca-se, direcionar o trabalho docente de forma que o mesmo se paute de
abordagens a partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de cada
conteúdo específico.
Deve-se haver uma ordem necessária para a apresentação dos assuntos. Se a postura
para uma prática docente for, de forma que expresse desarticulação, é possível que se
estabeleça ruptura entre os conteúdos e iniba os inter-relacionamentos entre os conceitos.
Ao inserir o estudo dos conteúdos função afim e progressão aritmética, ambos do
conteúdo estruturante funções, pode-se buscar na Matemática financeira, mais precisamente
nos conceitos de juros simples, elementos para abordá-los. Para os conteúdos função
exponencial e progressão geométrica, os conceitos de juros compostos também serão
elementos básicos.
Tem-se como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da Matemática possam ser
potencializados quando se problematizam situações do cotidiano, ao mesmo tempo em que se
propõe a valorização do aluno no contexto social, procurando levantar problemas que
sugerem questionamentos sobre situações de vida.
Esta tendência contribui para a formação do estudante ao possibilitar maneiras pelas
quais os conteúdos de Matemática sejam abordados na prática docente, cujo resultado será
um aprendizado significativo.
É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas são
metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes dispõem e
utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata à solução, na resolução de problemas,
isto não ocorre de forma imediata, pois, muitas vezes, é preciso levantar hipóteses e testá-las.
158
Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício para alguns e um problema para
outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.
Deve-se usar a etnomatemática, pois esta tendência leva em consideração que não
existe um único saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que outro.
As manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e práticas, das
mais diversas áreas, que emergem dos ambientes culturais.
A abordagem Matemática, por meio da modelagem Matemática, em fenômenos
diários, sejam eles, físicos, biológicos e sociais, contribuem para análises críticas e
compreensões diversas de mundo.
Os ambientes de aprendizagem gerados por aplicativos informáticos, dinamizam os
conteúdos curriculares e potencializam o processo de ensino e da aprendizagem.
Os recursos didáticos e tecnológicos sejam eles os livros, vídeos, jornais, o software, a
televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet entre outros, tem favorecido as
experimentações matemática potencializando formas de resolução de problemas, sendo sua
utilização considerada parte integrante do ensino - aprendizagem da Matemática.
Portanto, o trabalho realizado com as mídias tecnológicas, insere formas diferenciadas
de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de conhecimentos.
Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na elaboração
de atividades, na criação de situações problema, na fonte de busca, na compreensão e como
elemento esclarecedor de conceitos matemáticos, possibilitando o levantamento e a discussão
das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e procedimentos por parte do
estudante.
Elaborar problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao aluno
conhecer a Matemática como campo de conhecimento que se encontra em construção e
pensar em um ensino, não apenas de resolver exercícios repetitivos e padronizados, sem
nenhuma relação com os outros campos do conhecimento é também, uma possibilidade de
dividir com eles as dúvidas e questionamentos que levam à construção da Ciência
Matemática.
O professor ao organizar seu trabalho deverá convencer-se de que o conhecimento
matemático precisa estar ao alcance de todos, e que a garantia de que todos os alunos
aprendam, deve ser uma de suas metas prioritárias.
159
Devem-se valorizar a utilização de atividades de grupo que favoreçam a discussão, a
confrontação e a reflexão sobre as experiências matemáticas.
Estimular a leitura e pesquisa, como processo e confrontação de idéias e de registros.
Com essas relações pretende-se que os alunos alarguem suas perspectivas vendo a
Matemática como um todo integrado e não como uma sucessão de temas isolados e estanques
e percebam sua relevância e utilidade dentro e fora do contexto escolar.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA DE
MATEMÁTICA:
As práticas pedagógicas têm se expandido em relação aos conteúdos e às propostas
das tendências metodológicas (modelagem, etnomatemática, resolução de problemas, uso das
tecnologias e história da Matemática), percebendo-se um crescimento das possibilidades do
ensino e da aprendizagem em Matemática, onde a avaliação merece uma atenção especial por
parte dos professores da disciplina.
A finalidade da Avaliação no processo escolar é garantir a construção do
conhecimento, ou, seja, a aprendizagem eficaz por parte do educando.
Antes de iniciar o processo ensino-aprendizagem a avaliação será diagnóstica para
constatar se o aluno possui os pré-requisitos para aquilo que será ensinado, ou se já pode ir
adiante por já ter atingido certo nível de conhecimento, dessa forma localizando cada aluno
no ponto adequado para iniciar sua aprendizagem.
A Avaliação dentro da Matemática será contínua, realizada no processo, quando o
professor pode acompanhar a construção do conhecimento pelo educando, verificando os
vários estágios de desenvolvimento e não os julgando apenas num determinado momento,
avaliando assim o produto no processo e oportunizando seqüências entre o trabalho de sala de
aula e a avaliação, pois fazem parte de um mesmo processo.
É importante ao propor atividades em suas aulas, que o professor sempre insista com
os alunos para que explicitem quais os procedimentos adotados e que tenham a oportunidade
de explicar oralmente ou por escrito as suas afirmações, quando estiverem tratando
algoritmos, resolvendo problemas, entre outras.
As verificações serão informais como trabalhos, exercícios, participação em debates,
soluções de problemas, aplicação do conhecimento; ou formais como provas e testes
160
propriamente ditos, sendo que será proporcionada oportunidade de recuperação imediata
quando houver bloqueios no processo ensino-aprendizagem.
Dentro da Matemática a avaliação é vista sobre uma perspectiva transformadora onde
os resultados constituem parte de um diagnóstico e a partir dessa análise da realidade, são
tomadas decisões sobre o que fazer para superar os problemas constatados.
Serão avaliadas estruturas fundamentais na aplicação da Matemática como a comparação
de situações, a capacidade de resolver problemas, a compreensão crítica, o raciocínio e a
criatividade, a capacidade de trabalhar de forma coletiva e cooperada, hábitos de investigação
com confiança e desprendimento para enfrentar novas situações, contribuindo para que
educadores se comprometam com o processo de transformação da realidade alimentando um
novo projeto de escola e sociedade.
Para que haja uma avaliação mais eficiente dentro da Matemática todo processo
educacional e social será constantemente avaliado, como professor, livro didático, currículo,
direção, escola, etc., na busca de verificar as falhas e contribuir para a melhoria da qualidade
da aprendizagem e ensino.
À medida que o aluno se torna ativo no seu processo de aprendizagem, torna-se também
ativo no processo de sua avaliação, redundando ênfase nas técnicas de auto avaliação e nos
instrumentos que levam ao controle objetivo de seus próprios progressos.
Por fim, no ensino médio não estamos lidando com a produção de objetos, mas com a
formação de seres humanos, por isso nenhum aluno deve ser excluído. Sendo assim, a
avaliação dentro da Matemática não deve excluir aquele que não se adapta mas saber
promover o aluno ajudando-o a descobrir suas potencialidades e favorecendo o seu
desenvolvimento pessoal e social.
REFERÊNCIAS:
1 – MARCONDES, S. G. Matemática - Volume Único. São Paulo: Ática, 2002.
2 – STOCCO, K. C. & KIYUKAWA, S. R. Matemática – Ensino Médio – Volume I, II,
III. 1ª edição, São Paulo: Saraiva, 1998
3 – GIOVANNI, J. R.; BONJORNO, J. R. & GIOVANNI JR, J. R. Matemática Completa
– Volume Único. São Paulo: FTD, 2000.
161
4 – BARRETO FILHO, B. & SILVA, C. X. Matemática – Volume Único. São Paulo: FTD,
2000.
5 – CASTRUCCI, B.; PERETTI, R. G. & GIOVANNI, J. R. Pelos Caminhos da
Matemática – 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Séries. São Paulo: FTD, 2000.
6 – BIGODE, A. J. L. Matemática hoje é feita assim – 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Séries. São Paulo:
FTD, 2000.
7 – GIOVANNI & GIOVANI JR. Matemática – Pensar e Descobrir – 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Séries.
São Paulo: FTD, 2000.
8 – CARMO, J. C. D. Psicotestes – Desenvolvimento do Raciocínio – Volume I, II, III. 3ª
edição, São Paulo: Iracema, 1980.
9 – SERATES, J. Vivendo e Aprendendo GALILEU – Desafios. São Paulo: Globo, 2001.
10 – Coquetel – Criptogênio – Cruzada de Números – Dominox – Problemas de Lógica .
São Paulo: Ediouro, 1999.
11 – BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN -
Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999.
12 – PAIVA, M. Matemática – Volume Único. São Paulo: Moderna, 2001.
13 – Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio – SEED, 2008.
11.9. PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Química está presente em todo processo de desenvolvimento das civilizações, a
partir das primeiras necessidades humanas, participa do desenvolvimento científico-
tecnológico com importantes contribuições específicas, cujas decorrências tem alcance
econômico, social e político.
A Química busca novos conceitos e interpretações da natureza, norteada pela
construção e reconstrução de significados do conhecimento cientifico, através de leis,
observações das experiências e transformações produzidas pela natureza ou pela ação do
162
homem que todos os dias lançam novos produtos no mercado, pois o processo de elaboração
e transformação do conhecimento ocorre em função das necessidades humanas. Essa busca de
conhecimento e interpretação da natureza, da procura de novas fontes de energia , do
entendimento dos mecanismos da vida, tem levado o homem a compreender o seu meio e as
grandes forças que o dominam. Utilizando-as para melhor compreender as transformações
que ocorrem com o crescimento de animais e plantas, de onde se extraem alimento para o
homem e a deterioração destes alimentos. Bem como sua interferência na transformação e
equilíbrio ambiental. Formando indivíduos pensantes e produtivos em busca de melhoria da
qualidade de vida, posicionando junto a problemas que vem da evolução da Ciência Química
em seus aspectos econômicos, industriais, sanitários e ambientais.
No entanto conhecer Química significa compreender as transformações químicas que
ocorrem no mundo físico e assim julgar as informações advindas da tradição cultural, da
mídia e da escola e tomar suas próprias decisões, enquanto indivíduo e cidadão, entendendo
as dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele, de acordo com sua faixa etária e
grupo social.
A Química é uma ciência multidisciplinar tanto pelo tema que aborda, como pelas
atividades problemas com os quais trabalha, onde se contrapõem as atividades manuais e
intelectuais baseando-se na observação de fatos (fenômenos) da natureza.
A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com importantes
contribuições específicas, que devem ser colocadas dentro de um contexto onde os alunos
terão possibilidade de compreendê-los e analisar criticamente sua aplicação e serviço da
melhoria da qualidade de vida do homem. Apropriando dos conceitos da Química e do
conhecimento científico para que o aluno desenvolva atitudes de comprometimento com a
vida do planeta. E assim suas decorrências têm alcance econômico, social e político. A
sociedade e seus cidadãos interagem, com o conhecimento químico por diferentes meios.
Essa busca de conhecimento e interpretação da natureza, da procura de novas fontes de
energia, do entendimento dos mecanismos da vida, tem levado o homem a compreender o seu
meio e as grandes forças que o dominam.
Deve se fazer com que o aluno entenda as idéias fundamentais dessa ciência levando a
utilizá-las para melhor compreender as manifestações da Química na nossa vida, tais como as
que ocorrem com o crescimento de animais e plantas, de onde se extraem alimento para o
163
homem e a deterioração destes alimentos. Bem como sua interferência na transformação e
equilíbrio ambiental
Atualmente a Química passa uma idéia de destruição , onde é necessário levar essas
idéias errôneas a sala de aula, resgatando a imagem pública da Química, promovendo o
entendimento das funções da ciência Química e tecnológica no desenvolvimento atual.
Ao desenvolver conteúdos integrados a vida do aluno, dá-se oportunidades ao
desenvolvimento de sua capacidade, investigação o espírito crítico, e pensamento científico,
formando indivíduos pensantes e produtivos em busca de melhoria da qualidade de vida,
posicionando junto a problemas que vem da evolução da Ciência Química em seus aspectos
econômicos, industriais, sanitários e ambientais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZAO estudo dos conteúdos Matéria e sua
natureza é o que da inicio ao trabalho
pedagógico da disciplina de Química por
se tratar de ser objetivo de estudo. E
portanto teremos: compreensão das teorias
químicas, Elementos radioativos para fins
medicinais, Adubação alternativa no meio
rural, correção da acidez do solo, reações
de oxido-redução na formação de
ferrugem, visualização de comportamento
macroscópico da matéria entre outros.
Tendo como conteúdos específicos a
abordagem da História da Química sendo
necessária para compreensão das teorias.
MATÉRIA- Constituição da matéria;- Estados de agregação;- Natureza elétrica da matéria; - Modelos atômicos;- Estudos dos metais;- Tabela periódica;
SOLUÇÃO- Substâncias: simples e compostas;- Misturas;- Métodos de separação;- Solubilidade;- Concentração;- Forças intermoleculares;- Temperatura e pressão;- Densidade;- Dispersão e suspensão;- Tabela periódica;
LIGAÇÃO QUÍMICAS -Tabela periódica;- Propriedades dos materiais;- Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;- Solubilidade e as ligações químicas;- Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;
164
BIOGEOQUÍMICA
Os conteúdos de Biogeoquímica estuda a
influencia dos seres vivos sobre a
composição química da Terra, caracteriza-
se pelas interações existentes entre
hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser
bem explorada a partir dos ciclos
biogeoquímicos. E no entanto teremos:
uso de fertilizantes, combate a pragas,
utilização de pesticidas e herbicidas,
bioacumulação em sistemas biológicos,
produtos agroindustriais, ciclos globais do
carbono/enxofre/oxigênio/nitrogênio,
interação na hidrosfera, atmosfera e
litosfera entre outros.
QUÍMICA SINTÉTICA
A Química Sintética tem origem na síntese
de novos produtos, e materiais químicos,
que permite o estudo de produtos
- Ligações de hidrogênio;- Ligação metálica;- Ligações sigma e pi;- Ligações polares e apolares;- Alotropia;
REAÇÕES QUÍMICAS- Reação de oxi-redução;- Reações exotérmicas e endotérmicas;- Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;- Variação de entalpia;- Calorias;-Equações termoquímicas;- Principio da Termodinâmica;- Lei de Hess;- Entropia e energia livre;- Calorimetria;- Tabela periódica;
VELOCIDADE DAS REAÇÕES- Reações químicas;- Lei das reações químicas;- Representação das reações químicas;- Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas;- Fatores que interferem na velocidade das reações;- Lei da velocidade das reações químicas;- Tabela periódica;
EQUILIBRIO QUÍMICO - Reações químicas reversíveis;- Concentração;- Relações matemáticas e o equilíbrio químico;- Deslocamento de equilíbrio;- Equilíbrio químico em meio aquoso;- Tabela periódica;
RADIOATIVIDADE- Modelos atômicos (Rutherford);- Elementos químicos radioativos;-Reações químicas;- Velocidade das reações;- Emissões radioativas;- Leis da radioatividades;- Cinéticas das reações químicas;
165
farmacêuticos, indústria alimentícia,
conservantes, acidulantes, aromatizantes,
edulcorantes, fertilizantes, agrotóxicos,
desenvolvimento da fibra óptica entre
outros.
- Fenômenos radioativos;
GASES- Estados físicos da matéria;- Propriedades dos gases;- Modelo de partículas para os materiais gasosos;- Misturas gasosas;- Diferença entre gás e vapor;- Lei dos gases;
FUNÇÕES QUÍMICAS- Funções Orgânicas;- Funções Inorgânicas;- Tabela Periódica;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
O processo ensino-aprendizagem, em Química, numa abordagem teorico-
metodológico mobilizará para o estudo da Química presente no cotidiano dos alunos,
partindo do conhecimento prévio destes, concepções alternativas ou espontâneas, a partir das
quais será elaborado um conceito científico, fazendo referencia a História e Cultura Afro, a
História do Paraná e Meio Ambiente.
Ao tratar do conteúdo estruturante de Biogeoquímica é preciso relacioná-lo com a
atmosfera, hidrosfera e litosfera. O conteúdo estruturante de Química Sintética será a
produção de novos materiais e a transformação de outros, na formação de compostos
artificiais. O conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza será por meio de modelos e
representações.
A química no Ensino Médio possibilita ao aluno condições de formar conceitos a
respeito dos conhecimentos químicos; E assim estreitando relação com as aplicações
tecnológicas, enfocando concomitantemente suas implicações ambientais (Lei 9.795/99
“Meio Ambiente”), sociais, políticas e econômicas (Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro” e
Lei 13.381/01 “História do Paraná”).
A Química Sintética tem origem na síntese de novos produtos, e materiais químicos,
que permite o estudo de produtos farmacêuticos, indústria alimentícia, conservantes,
166
acidulantes, aromatizantes, edulcorantes, fertilizantes, agrotóxicos, desenvolvimento da fibra
óptica entre outros.
Sendo que para Biogeoquímica e Química Sintética a significação dos conceitos
ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental, representacional e
experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém, para o conteúdo estruturante Matéria e
sua Natureza, tais abordagens são limitadas, sendo exploradas por meio das suas
representações como as fórmulas químicas e modelos.
A aprendizagem é um processo ativo, este deve priorizar a atividade intelectual com
base em experiências reais, utilizando a vivência do educando, os fatos do dia-a-dia e a mídia,
utilizando os livros didáticos tanto da Secretaria de Educação do Estado quanto o livro
fornecido pelo MEC, os paradidáticos, pesquisas virtuais no laboratório de informática do
Paraná Digital, apresentações dos temas, pesquisas e outros na TV pendrive. Alcançando um
saber científico, contrapondo-se à imparcialidade e à unilateralidade do empírico.
AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino da Química estará de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação n.9394/96, sendo formativa e processual com métodos mais adequado para o
processo educativo.
Esta avaliação leva em conta todo o conhecimento prévio do aluno e como ele supera
suas concepções espontâneas, orientando e facilitando a aprendizagem. Subsidiando e mesmo
redirecionando o curso da ação do professor no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista
garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no coletivo da escola.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos, e
a construção e reconstrução de significado destes conceitos.
A avaliação também deverá ter características diagnósticas, contínua e cumulativa
contemplando também a recuperação paralela assumida como um instrumento de
compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar
decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem.
Por isso é de importante valia o uso de instrumentos de avaliação nas três séries do
Ensino Médio que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e
interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação de tabela periódica,
167
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários,
provocação de debates e discussões a cerca de conceitos químicos, interpretação, raciocínio,
reflexão, cálculo e resolução de situações problemas, apresentações de pesquisas utilizando de
recursos tecnológicos entre outros. Sendo que através das atividades citadas anteriormente,
espera-se que o aluno da 1ª série do ensino médio faça relação do modelo que representa a
estrutura microscópica da matéria com seu comportamento macroscópico, explorando suas
representações como as fórmulas químicas e modelos. O aluno da 2ª série do ensino médio
deverá relacionar os conteúdos com a atmosfera, hidrosfera e litosfera numa abordagem
histórica, sociológica, ambiental e experimental. O aluno da 3ª série do ensino médio deverá
estar focado no conhecimento da produção de novos materiais e transformação de outros, na
fabricação de compostos artificiais, também numa abordagem histórica, sociológica,
ambiental, representacional e experimental.
A avaliação não deve ser vista como um fim em si mesma, mas um meio pelo qual
professor e aluno, deverão retomar o processo ensino-aprendizagem, quando detectadas as
falhas no mesmo, sempre tendo em mente, o aperfeiçoamento e a melhoria da qualidade de
ensino.
É necessário que estes critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para os
alunos, de modo que se apropriem efetivamente de conhecimentos que contribuam para uma
compreensão ampla do mundo em que vivem, como direito que tem de acompanhar todo o
processo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, Marcos. Química Completa para o Vestibular. 1. Ed. Vol. Único. São Paulo: FTD.
S.A, 1997.
CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna. Vol. Único. São Paulo:
Scipione, 1997.
FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. 2ª Ed. Vol. Único. São Paulo: Moderna, 1997.
PERUZZO, Tito Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do
cotidiano. São Paulo: Moderna, 1996.
168
USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química. 1. Ed. Vol. Único. São Paulo: 1997.
MACEDO, Magno Urbano de; CARVALHO, Antônio. 1. Ed. Vol. Único. Col. Horizontes. São Paulo: Ibep, 1999.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Química do Paraná, 2008.
169
11.10. PROPOSTA CURRICULAR DE L.E.M. – INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Após a segunda guerra mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil em
relação aos Estados Unidos, ainda que eminente após o final da Guerra Fria, mas que já
acompanhava o Brasil desde a Independência intensificou-se, e com isso, a necessidade de
aprender inglês tornou se cada vez maior.
Falar inglês passou a ser um anseio das populações urbanas na década de 40 com a
vinda de professores universitários, militares, cientistas, imbuídos por missões de boa vontade
americana.
Desde a década de 50, o sistema educacional brasileiro viu-se responsável pela
formação de seus alunos para o mundo do trabalho, identificando a valorização da língua
inglesa como necessária, devido as demandas de mercado de trabalho que então se expandiam
no período.
A partir da década de 1970, surge na Europa, a abordagem comunificativa em
decorrência de uma demanda política do ensino-social, provocada pela abertura do Mercado
Comum Europeu que exigiu a oferta do ensino da Língua Estrangeira para os imigrantes. Em
tal abordagem a língua é concebida como um instrumento de comunicação ou de interação
social.
Em meados de 1980 a redemocratização do país era cenário propício para que os
professores se organizassem em associações e liderasem um amplo movimento pelo retorno
da pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência de tais
mobilizações, a SEED criou oficialmente, o CELEM NO ESTADO DO PARANÁ, em 15 de
agosto de 1986, como forma de valorização da diversidade ética que marca a história do
estado.
Em 1986, a LDB da educação Nacional número 9.394/96, determinou a oferta
obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira no ensino fundamental, a partir da 5ª série,
sendo que a escolha do idioma foi atribuída a comunidade escolar, dentro das possibilidades
da instituição.
Como desdobramento da LDBN/96, em 1998 o MEC publicou os PCNS para o ensino
Fundamental de Língua Estrangeira. Este documento pauta-se numa concepção de língua
170
como prática social privilegiando a Abordagem Comunicatica, no entanto, recomenda-se um
trabalho pedagógico com ênfase na prática de leitura em detrimento as demais práticas –
oralidade e escrita.
Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua
Estrangeira para Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e
escrita,buscando desta forma atender as demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e
profissional. Esta diferença entre as concepções de língua observadas nos dois níveis de
ensino influencia os resultados da aprendizagem desta disciplina na Educação Básica.
Em contraposição a isso, lingüistas aplicados têm estudado e pesquisado novos
referenciais teóricos que atendam às demandas da sociedade brasileira e contribua para uma
consciência crítica da aprendizagem, mais especificamente, da língua estrangeira. Muitos
desses trabalhos analisam a função da Língua Estrangeira com vistas a um ensino que
contribua para reduzir desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apóiam .
Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua
Estrangeira no contexto educacional brasileiro.
O Brasil hoje segue novos rumos na Educação, o que muda também a perspectiva do
ensino de língua estrangeiro no país. O professor deve proporcionar durante a aula de língua
estrangeiras possibilidades para que o aluno conheça e compreenda e diversidade lingüística e
cultural e passe a perceber as possibilidades de construção de significados em relação ao
mundo em que vive. Isso quer dizer que o aluno poderá compreender que os significados são
sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformações na prática social.
Para que isso se torne possível é fundamental que o ensino de Língua Estrangeira, seja
delimitado pela função social desse conhecimento na sociedade brasileira.
Essa função relaciona-se, principalmente, ao uso que se faz da Língua Estrangeira via
leitura, também podendo considerar outras possibilidades comunicativas, em função de
especificidades de algumas línguas estrangeiras e das condições existentes no contexto
escolar. Esses conteúdos se articulam com os temas transversais, pela possibilidade que a
aprendizagem de língua traz para a compreensão de várias maneiras de se viver a experiência
humana.
É preciso considerar aspectos da história dos alunos, da comunidade e da cultura local
como critério para orientar a inclusão de uma determinada língua estrangeira no currículo,
para que haja uma política de pluralismo linguístico, de forma que contribua para a formação
171
de um sujeito crítico, conduzindo-o a uma nova análise de ordem global e de suas implicações
para que desenvolva, uma consciência a respeito do papel das línguas na sociedade,
possibilitando práticas ao educando para que ele seja capaz de perceber as diferenças, valores
e convenções de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira,
objetivando se então:
• Relacionar o ensino da língua estrangeira às demais discuplinas do currículo,
interligando os vários conhecimentos.
• Proporcionar ao educando elementos necessários ao registro escrito, tais como
conhecimentos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais.
• Possibilitar aos alunos uma comunicação que atravessa fronteiras geopolíticas
e culturais, pois as sociedades contemporâneas não podem sobreviver isoladas.
• Proporcionar a consciência sobre o que são línguas e suas potencialidades na
interação humana, alargando horizontes e expandindo suas capacidades inter-
pretativas e cognitivas.
• Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais língua lhe possibilita o acesso a
bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo.
• Ler e valorizar a leitura côo fonte de informação e prazer, utilizando-a como
meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados
Levando-se em conta todas estas propostas citadas e de acordo com o Projeto Político
Pedagógico deste estabelecimento o ensino será ministrado nos princípios de igualdade e
condições para o acesso e permanência do aluno, com liberdade de aprender, ensinar,
pesquisar, divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber, respeitando o pluralismo de
idéias e de concepções pedagógicas.
Adotamos uma proposta onde conhecer não é simplesmente ansiar ser alguém na vida,
mas ajudar a necessária transformação estrutural da sociedade, pois o conhecimento é o
resultado do processo de construção, modificação e reorganização utilizados pelos alunos para
assimilar e interpretar os conteúdos escolares, para que haja uma verdadeira ação educativa,
conquistando um melhor desenvolvimento das potencialidades e capacidades humanas.
172
Este estabelecimento de ensino adota para o processo de aprendizagem nesta nova
visão de educação os seguintes pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a
conviver e aprender a ser.
O processo de avaliação incorporado por esta escola tem como objetivo garantir a
construção do conhecimento.
Com o movimento pela inclusão almeja-se a construção de uma sociedade
compromissada, que valorize a diversidade humana, que respeite a dignidade de cada
indivíduo, a igualdade de direitos e oportunidades, e por fim, o exercício efetivo da cidadania
com liberdade e igualdade de expressão e pensamento.
OBJETIVOS GERAIS
• Contribuir para a formação de um sujeito crítico, conduzindo-o a uma nova análise de or-
dem global e de suas implicações para que desenvolva , uma consciência a respeito do pa-
pel das línguas na sociedade.
• Possibilitar práticas ao educando para que ele seja capaz de perceber as diferenças, valores
e convenções de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira.
• Relacionar o ensino da língua estrangeira às demais disciplinas do currículo, interligando
os vários conhecimentos.
• Proporcionar ao educando elementos necessários ao registro escrito, tais como conheci-
mentos discursivos, lingüísticos, sócio pragmáticos e culturais.
• Possibilitar aos alunos uma comunicação que atravessa fronteiras geopolíticas e culturais,
pois as sociedades contemporâneas não podem sobreviver isoladas.
173
• Proporcionar a consciência sobre o que são línguas e suas potencialidades na interação
humana, alargando horizontes e expandindo suas capacidades interpretativas e cogniti-
vas.
• Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais língua lhe possibilita o acesso a bens
culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo.
• Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados.
CONTEÚDOS
— PRÁTICA DE ORALIDADE
Conteúdos/Séries 2ª 3ªExposição oral √ √músicas √
Ralatos de esxperiências √ √
Debates √
Entrevistas √ √
Músicas √ √
Provérbios √ √
Filmes √ √ Piadas √ √
Crônica jornalística √
— PRÁTICA DA LEITURA
Conteúdos/Séries 2ª 3ªCartão Postal √ √
Convites √ √
Diário √ √
Piadas √ √
Provérbios √ √
Biografia √ √
Contos √Fábulas √Poemas √Carta ao leitor √ √
174
Sinopse de filmes √ √Artigos √ Letras de músicas √ √
Manual técnico √ Tiras √ √
Anúncios √ √Bulas √ √Folders √ √Placas √ √Textos não verbais √ √
PRÁTICA DE ESCRITA
Conteúdos/Séries 2ª 3ªBilhetes √ √Carta pessoal √
Cartão √ √
Convites √ √
Curriculum Vitae √
Quadrinhas √ √
Receitas √ √
Autobiografia √Carta doi leitor √ √
Charge √ √ Notícias √ √
Tiras √ √E-mail √ √Entrevista √ √Torpedos √ √
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula deve partir do entendimento do
papel das línguas nas sociedades, mais do que meros instrumentos de acesso à informação,
pois, essas também nos dão á oportunidade de conhecer, expressar e transformar modos de
entender o mundo e de construir significados.
É importante que sejam trabalhados temas referentes às questões sociais emergentes,
utilizando textos que abordem assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional
ou no mundo editorial.
175
Serão explorados diversos tipos de textos, comparando as unidades temáticas,
lingüísticas e composicionais de um texto com os outros, construindo a sua estrutura a partir
das reflexões da sala de aula.
O aluno será estimulado para o assunto a ser tratado através de leitura, gravuras e
outras fontes que conduzam o mesmo a aprimorarem seus conhecimentos em relação a língua
a ser estudada . Ele deverá expor suas idéias com liberdade, estando o professor atento a cada
uma delas.
É importante ressaltar que o professor deve proporcionar aos educandos durante as
aulas, a oportunidade dos mesmos estarem aprendendo uma língua estrangeira, utilizando as
três habilidades (leitura, escrita, oralidade). Faz-se necessário então a busca por materiais
diferenciados e que chamem a atenção, facilitando assim a interação entre professor e aluno.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir
para a construção de saberes. Esta não é estática, na realidade instrumento que determina não
somente os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio pragmáticos ou culturais do
educando, mas também a prática do educador, oportunizando, desta forma, condições para
que este reveja sua metodologia e planejamento.
Para que isso aconteça a avaliação não deve ser utilizada como um recurso de
autoridade que decide sobre o destino do aprendiz, mas que assume o papel de auxiliar do
crescimento, não sendo punitiva e de controle, pois a avaliação se constitui num instrumento
facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas. A verificação se refere não
apenas ao conteúdo desenvolvido no momento, mas aos vivenciados ao longo do processo.
A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira precisa superar a concepção de
mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, passando a ser processual e
objetivando subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos educandos , a partir de
sua produções , no processo de ensino aprendizagem, com o professor verificando a
construção dos significados na interação com textos e produções textuais dos alunos,
incluindo comentários sobre pontos fortes e fracos de cada atividade ou bloco de atividades,
permitindo que desenvolvam uma melhor percepção dos seus avanços.
176
Por fim, a avaliação não deve ser somente processual, mas também de natureza
diagnóstica e formativa, desde que articuladas com objetivos e conteúdos definidos nas
escolas a partir de concepções e encaminhamentos metodológicos apresentados, respeitando
as diferenças individuais e escolares.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F. J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 1993.
BAKHTIN, M. Marximismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.
BELSEY, G. Critical practice. Nova York: Methuen, 1980.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais de Inglês. Brasília: MEC, 1998.
BRUMFIT, C. Communicative methodology in language teaching. Cambridge Univertity Press, 1984.
CANDLIN, C. E; MURPHY, D. (EDS). Language learning tasks. Englewoods Cliffs N. J.: Prentice Hall, 1987.
CELANI, M. A. A Ensino de segunda língua: redescobrindo as origens. São Pulo: EDUC, 1997.PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna – Versão Definitiva. Curitiba: SEED, 2008.
177
11.11. PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Diante das conquistas da modernidade e do perigo da desumanização, o Ensino Médio
vem atender à sociedade no que diz respeito às transformações que vem sofrendo em suas
estruturas, atendendo as necessidades atuais e adotando metodologias ousadas, transformando
os conteúdos escolares em meios para a construção de valores, formando cidadãos capazes de
lutar pelos seus direitos e colaboradores dos projetos da sociedade. O desafio é ampliar a
cobertura do Ensino Médio em relação à cidadania para que se possa exercer direitos que vão
além do emprego, da qualidade de vida, meio ambiente saudável, igualdade humanitária,
através de suas disciplinas específicas. Juntamente com História, Geografia e Filosofia, a
Sociologia vai colaborar para o cumprimento deste objetivo.
A Sociologia, como disciplina, se torna necessária pois o mundo contemporâneo se
mostra como a escola planetária, levando todos ao questionamento em relação ao problemas
sociais, econômicos, políticos, demográficos, raciais éticos, religiosos e ecológicos. Ela
focaliza os problemas, questiona-os em diferentes sentidos e de diversas formas, dando
respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva.
A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abre novas
perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez dita no art. 36,
§1º, inciso III, a importância do “domínio da Filosofia e Sociologia como necessários ao
exercício da cidadania”. Desde então esforços são promovidos para a conscientização da
comunidade escolar da importância do conhecimento sociológico para o aluno do Ensino
Médio. Em 2008 se torna obrigatória em todas as séries do Ensino Médio.
A Sociologia reflete as grandes transformações sociais trazendo a necessidade de a
sociedade e a ciência serem pensadas. Uma ciência disposta a dar conta das questões sociais e
os acontecimentos históricos da sociedade.
Disciplina científica, a Sociologia é pautada na lógica positivista que foi o berço
metodológico também para as demais Ciências Sociais e Humanas – Antropologia, Economia
Política, História e Psicologia.
O contexto do nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas
conseqüências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma
178
social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o iluminismo, se
estende à democracia com suas evoluções até nos dias de hoje.
Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz emergir
diferentes faces de um mesmo problema colocado para a reflexão e busca de solução pelos
primeiros pensadores sociais: Comte, Durkheim, Weber e Marx.
A Sociologia estuda o comportamento social como também as melhores formas de
convivência humana. Através da sociologia tenta-se educar, aplicar e entender
comportamentos.
Estudar Sociologia é muito importante, porque a mesma oferece ferramentas para
identificar mudanças nos comportamentos sociais humanos, assim como para apontar as
causas das mudanças.
A sociologia torna os fenômenos sociais modelos compreensivos ou explicativos, de
forma que possibilita, através de teorias e conceitos, compreender um fato social dentro do
contexto histórico no qual ele se insere.
A Sociologia ganhou corpo teórico com a obra de Durkheim, o primeiro a lecionar a
disciplina na Universidade de Bordeaux em 1887, além de provar que os fenômenos sociais
eram passíveis de serem investigados cientificamente. A Sociologia como uma disciplina no
conjunto dos demais ramos da ciência, especialmente das Ciências Sociais, não se produz de
forma independente do trabalho pedagógico que a traduz como parte curricular nas escolas de
níveis médio e superior.
A Sociologia no Brasil repica os primeiros acordes de análise positiva, Florestan
Fernandes traçou épocas de desenvolvimento da reflexão sociológica na sociedade brasileira
caracterizada pelo pensamento racional como forma de consciência social das condições da
sociedade, nas primeiras décadas do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos
fenômenos sociais aos padrões de cientificidade do trabalho intelectual com influência das
tendências metodológicas em países europeus e nos Estados Unidos.
A Sociologia crítica procura separar-se de uma Sociologia positiva onde o senso
comum e a rotina diária são fontes de informação e medida última da verdade, constituindo
seu desafio fazer oposições e desenvolver o espírito crítico, capaz de observar dialeticamente
a realiade em seus movimentos contraditórios e paradoxais.
Quando o aluno compreende que os cheiros, os gestos, as gírias, as tensões e conflitos,
as lágrimas e alegrias, enfim, o drama concreto dos seus pares, é em grande medida resultante
179
de uma configuração específica de seu mundo, então a sociologia cumpriu sua finalidade
pedagógica.
A afirmação da sociologia na grade curricular em escolas do ensino médio é uma
grande conquista, pois há pouco tempo sociólogos eram perseguidos pela ditadura militar,
também e um grande salto se levarmos em conta que a sociedade brasileira está
“engatinhando” em busca de uma real democracia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS/ESPECÍFICOS 1ª SÉRIE ANUAL
1- O surgimento da Sociologia
A Ciência Social e sua divisão
Os primeiros sociólogos: Augusto Comte e Émile Durkheim nasce a Sociologia
Com o Capitalismo os novos desafios da Sociologia
A Sociologia na sociedade contemporânea
2- Teorias Sociológicas clássicas:
Augusto Comte(1798-1857)
David Émile Durkheim(1858-1917)
Friedrich Engels
Karl Marx(1818-1883)
Max Weber(1864-1920)
3- A Sociologia no Brasil
Gilberto Freire(1900-1987)
Florestan Fernandes(1920-1995)
4- O processo de socialização e as instituições sociais:
Instituições familiares
Instituições escolares
Instituições religiosas
Instituições de reinserção(prisões, manicômios, educandários, asilos).
5- Trabalho, produção e classes sociais
• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
• Desigualdades sociais: Estamentos, castas e classes sociais
180
• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições
• Globalização e Neoliberalismo
• Trabalho no Brasil
• Relações de Trabalho
6- Cultura Afro-Brasileira e Africana:
• As organizações sociais dos grandes reinos africanos;
• Consequências sociais da Diáspora Africana
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS/ESPECÍFICOS 2ª SÉRIE ANUAL
1- O surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
Formação e consolidação da sociedade e o desenvolvimento do pensamento social
2- Poder, política e ideologia
Formação e Desenvolvimento do Estado Moderno
As teorias sociológicas clássicas e os diversos:
Conceitos de poder
Conceitos de ideologia
Conceitos de dominação e legitimidade
- Estado no Brasil
- Desenvolvimento da Sociologia no Brasil
- Democracia, autoritarismo, totalitarismo
- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
3- Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
• Conceitos de Cidadania
• Direitos Civis, políticos e Sociais
• Direitos Humanos
• Movimentos Sociais
• Movimentos Sociais no Brasil
• Questões ambientais e Movimentos Ambientalistas
• Questão das ONGs
181
4- Cultura Afro-Brasileira:
• Consequências sociais dos movimentos dos negros no Brasil;
• Impacto das ideologias de branqueamento/embranqueamento da imigração européia
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS/ESPECÍFICOS 3ª SÉRIE ANUAL
1- O surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento
social
2- Cultura e Indústria Cultural
• Os conceitos de Cultura e as Escolas Antropológicas
• Antropologia Brasileira
• Diversidade e Diferença Cultural
• Relativismo, etnocentrismo, alteridade
• Culturas Indígenas
• Roteiro para pesquisa de campo
• Identidades como projetos e/ou processo, sociabilidades e globalização
• Minorias, Preconceito, Hierarquia e desigualdades
• Questões de gênero e a construção social do gênero
• Cultura Afro-Brasileira e a construção social da cor. Identidades e Movimentos
sociais – dominação, hegemonia e contramovimentos. O significado do 20 de
novembro
• Indústria Cultural
• Meios de comunicação de massa
• Sociedade de Consumo, Indústria Cultural no Brasil
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO PARA OS CONTEÚDOS
BÁSICOS/ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA, CULTURA AFRO-BRASILEIRA (Lei
10.693/03) – HISTÓRIA DO PARANÁ(Lei 13.381/01) – MEIO AMBIENTE (Lei
9.795/99)
182
Para o bom desenvolvimento da disciplina os Conteúdos Estruturantes, os Conteúdos
Básicos e os Conteúdos Específicos devem ser tratados de forma articulada.
Sendo adotada a Sociologia crítica que vai contrastar as diversas tradições de
pensamento, avaliando os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje,
tratando pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias com rigor
metodológico.
A Sociologia, para chegar ao ambicionado estatuto científico trouxe para si a tarefa de
definição do seu objeto de estudo expresso na forma genérica da sociedade, com o objetivo do
conhecimento científico dar aos homens o controle da sociedade, assim como o conhecimento
das leis da natureza possibilita o controle de suas forças, sendo assim o ensino da Sociologia
apresentará metodologias que irão transformar o aluno em sujeito de seu aprendizado,
provocando a relação entre a teoria e o vivido, revendo conhecimentos prévios e
reconstruindo saberes.
O aluno será considerado em sua especificidade etária e sua diversidade cultural no
trabalho dos conteúdos e metodologias. Todos os conteúdos trabalhados na disciplina de
Sociologia, serão contextualizados historicamente e politicamente e farão uma relação entre o
contexto histórico dos autores clássicos e o foco de estudo na realidade empírica, fazendo uma
ponte entre o local e o global, o individual e o coletivo, a teoria e a realidade empírica,
mantendo a ideia de totalidade e das inter-relçaões que constituem a sociedade, possibilitando
uma ação transformadora do real.
A dimensão prática da disciplina ficará a cargo da execução das técnicas de inquérito
social e da entrevista na própria escola e na família. Professores e alunos se tornarão
pesquisadores, buscando fontes seguras em relação à desigualdades sociais, políticas e
culturais, contemplando a dinâmica dos fenômenos sociais, produzindo diálogo contínuo com
as transformações contemporâneas.
Será retomado a todo momento o contexto histórico dos autores clássicos, a
construção de suas teorias e o conteúdo específico trabalhado para mostrar que o
conhecimento sociológico não é estático e possibilitar a compreensão de fenômenos que
fazem parte da prática social do educando, debatendo limites e possibilidades das teorias
clássicas frente a temas atuais.
183
O aluno será estimulado a fazer perguntas e buscar respostas no seu entorno, sendo
despertado o sentimento de estar integrado à realidade que o cerca, desenvolvendo certa
sensibilidade aos problemas e cogitando soluções para os mesmos.
Serão encaminhamentos metodológicos básicos:
Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus;
Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
Leituras de textos: clássicos teóricos, teóricos contemporâneos, temáticos,
didáticos, literários, jornalísticos;
Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa:
pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
Análise crítica: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV;análise
crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidades ).
AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de Sociologia deve ser pautada numa percepção diagnóstica,
formativa e continuada, que identifique aprendizagens satisfatórias e insatisfatórias,
reorientando o trabalho docente. A avaliação se tornará um mecanismo de transformação
social desnaturalizando conceitos historicamente irrefutáveis, melhorando o senso crítico
conquistando maior participação na sociedade.
Através das leituras históricas e ilustradas se dará o crescimento do processo contínuo
de crescimento da percepção da realidade.
O aluno será avaliado de acordo com suas posições teóricas e práticas adquiridas em
relação às problemáticas sociais, bem como sua possibilidade de ação transformadora do real.
Seu comportamento será acompanhado, sendo observado sua prática social se alterada
qualitativamente.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos
e filmes: participação nas pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem
capacidade de articulação entre a teoria e a prática. As colocações dos alunos em debates
184
sobre textos ou filmes será avaliada gradativamente de acordo com a autonomia da fala
demonstrando suas próprias práticas de ensino e aprendizagem .
A cada bimestre serão duas avaliações em forma escrita e oral sendo
complementadas com atividades individuais e em grupo.
Professores e alunos se aproximarão da realidade, cabendo à Sociologia, juntamente
com as demais disciplinas despertar a consciência da força para mudanças.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba, Paraná. Secretaria de
Estado da educação do Paraná. 2008.
DURKHEIM, É. Educação e Sociologia. 6 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1965.
_____. As regras do método sociológico. 14 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1990.
FERNANDES, F. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo: Livraria Pioneira,
1960.
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. PCN + Orientações
Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências
Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC – Secretaria de Educação Média e Tecnológica
(Semtec), 2002.
WEBER, M. Sobre a teoria das Ciências Sociais. Lisboa: Editorial Presença, 1974.
185
11.12. PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A dimensão histórica apresentada destaca alguns marcos do desenvolvimento da
Filosofia no âmbito escolar. Conhecer, tanto quanto possível essa historia permitira
aprofundar a compreensão sobre a posição atual de ensino de Filosofia.
No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares
desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio
Studiorum − documento publicado em 1599, que segundo Ribeiro (1978)
objetivava a organização e o planejamento do ensino dos jesuítas, com
base em elementos da cultura europeia, ignorando a realidade, as
necessidades e interesses do índio, do negro e do colono.Nessa
perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a Filosofia, eram
entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os
cânones da Igreja Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder
cartorial local
Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos
oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. A nova política educacional da era Vargas,
especialmente após a constituição de 1937, previa o desenvolvimento da educação técnica
profissional, de nível secundário e superior, como base da economia nacional, com a
necessária variedade de tipos de escola. Esse padrão predominou até 1961. A LDB n.
4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei n. 5.692/71, durante
a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares do Segundo Grau, sobretudo por
não servir aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período.
Na Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um
movimento que contava com articulações políticas e organização de eventos na defesa da
retomada do espaço da Filosofia, em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei
n. 5.692/71. A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a
ser discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais fosse a de manter a
Filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do currículo. Essa posição está
expressa no veto de 2001 do então presidente Fernando Henrique Cardoso ao projeto de lei
186
que propunha o retorno da Filosofia e da Sociologia como disciplinas obrigatórias no Ensino
Médio.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava que, ao
final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e de
Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. O caráter transversal dos conteúdos
filosóficos aparecia com clareza nos documentos oficiais, cumprindo a exigência da Lei
quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, mas, sem a exigência da
introdução efetiva da disciplina na matriz curricular das escolas de Ensino Médio.
A Resolução n. 03/98 do Conselho Nacional de Educação apresentava de forma
equivocada a Filosofia na transversalidade do currículo, porque omitia seu caráter
historicamente disciplinar. Tal posição foi revista nas Orientações Curriculares do Ensino
Médio - MEC (2004), que analisa os Parâmetros Curriculares Nacionais de Filosofia do
Ensino Médio. Esse documento teve a colaboração da Associação Nacional de Pós-Graduação
em Filosofia (Anpof), a pedido do Departamento de Políticas do Ensino Médio do Ministério
da Educação. O coletivo de professores sugeriu diversas mudanças na legislação, que foram
acatadas pelo MEC e enviadas ao Conselho Nacional de Educação, em fins de 2005, com o
objetivo de subsidiar discussões sobre a alteração da Resolução n. 03/98. A proposta de
mudança da Resolução CNE/CEB n. 03/98, no seu artigo 10º, § 2º, enviada ao CNE, foi
discutida em fevereiro e junho de 2006, sendo aprovada por unanimidade pelo Conselho
Nacional de Educação em julho do mesmo ano. Em agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n.
38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi
homologado pelo Ministério da Educação pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.
No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, em julho de 2006, tornando a
Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio. O cumprimento da
exigência intrínseca a qualquer disciplina de figurar na matriz curricular faz surgir uma série
de questões e problemas a serem discutidos. Ao pensar o ensino de Filosofia, estas Diretrizes
fazem ver, a partir da compreensão expressa por Appel (1999), que não há propriamente
ofício filosófico sem sujeitos democráticos e não há como atuar no campo político e cultural,
avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade de
discernimento e o uso autônomo da razão. Quem pensa opõe resistência.
Uma Filosofia sem compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si
só uma contradição insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a
187
Filosofia desenvolve as potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica;
qualidades de sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma
de dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para repensar,
imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do
pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação.
[...] ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas [...] Consideramos que a atividade filosófica – que não deixa de discutir livremente nenhuma idéia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os argumentos dos outros – permite a cada um aprender e pensar por si mesmo [...] (UNESCO, 1995).
No mundo de hoje, em que o conhecimento manifesta-se de forma fragmentada, torna-
se importante para o aluno saber operar com questionamentos, conceitos e categorias de
pensamento, buscando articular na totalidade espaço-temporal e sócio-histórica as formas
como se processa o pensamento e a experiência humana. A Filosofia também pode viabilizar
as interfaces com outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da
Literatura, da História, das Ciências e da Arte.
Assim o ensino de Filosofia abre um espaço para que o aluno dê um novo significado
a seus conceitos. Consequentemente assimilará e entenderá os conceitos da tradição filosófica
concomitantemente, aceitará a lógica da confrontação, ou seja, que existem pensamentos
divergentes e que é necessário ultrapassar os limites das posições pessoais para que possa
compreender o mundo e o outro, facilitando o exercício da cidadania.
Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio é
entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a ela
indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os homens, em cada
época. A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e deve
sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do problema,
isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a disciplina de Filosofia no
Ensino Médio, a busca pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os alunos para
estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade.
188
1.1.2-OBJETIVOS GERAIS
Através da leitura e reflexão de textos filosóficos, e leitura filosófica de textos de
literatura, artigos, jornais e gibis, fazer com que o educando recrie seus conceitos
desenvolvendo a criticidade para o pleno exercício da cidadania para estarem aptos a
compreender e atuar em sua realidade;
Estimular o interesse do educando no que concerne à compreensão do homem e sua
existência e consequentemente, à compreensão do mundo;
Fazer com que o educando, após leituras, atividades e discussões, consiga explicitar
racionalmente sua posição no que concerne a conceitos e valores (ou o próprio conceito),
ou seja, expressar seu pensamento na forma oral e escrita.
1.1.3-CONTEÚDOS PARA O ENSINO MÉDIO
De acordo com DCE os conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma
disciplina, que se constituíram historicamente, em contextos e sociedades diferentes, mas que
neste momento ganham sentido político, social e educacional, tendo em vista o estudante de
Ensino Médio. Estas Diretrizes Curriculares propõem a organização do ensino de Filosofia
por meio dos seguintes conteúdos estruturantes:
SERIAÇÃO DOS CONTEÚDOS PARA AS TRÊS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª SÉRIEMito e Filosofia Saber mítico
Saber filosóficoRelação Mito e FilosofiaAtualidade do mito O que é Filosofia
Teoria do Conhecimento • Possibilidade do conhecimento • As formas de conhecimento
189
• O problema da verdade• A questão do método• Conhecimento e lógica
2ª SÉRIE
Ética • Ética e moral• Pluralidade ética• Ética e violência• Razão, desejo e vontade• Liberdade: autonomia do sujeito e a
necessidade das normas
Filosofia Política • Relações entre comunidade e poder • Liberdade e igualdade política • Política e Ideologia• Esfera pública e privada• Cidadania formal e/ou participativa
3ª SÉRIE
Filosofia da Ciência - Concepções de ciência - A questão do método científico- Contribuições e limites da ciência- Ciência e ideologia- Ciência e ética
Estética • Natureza da arte; • Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio,
belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.• Estética e sociedade.
1.1.4-ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as aulas
serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir,
planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as de outrem configurando um sujeito
crítico e criativo.
Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: a
sensibilização propriamente dita (através de um problema, questionamentos dos próprios
alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas e dialogadas (com abertura ao
debate), estudo e reflexão de textos de caráter filosófico - ou que possam dar margem à
190
reflexão de cunho filosófico. Através do diálogo os alunos desenvolvem as habilidades de
raciocínio e isso suscita o questionamento, a argumentação e a construção de novos
conhecimentos. Redação e apresentação de trabalhos, em que os alunos demonstrarão ou não
a apreensão dos temas e problemas investigados através da criação de conceitos.
Dessa forma, estamos caminhando em direção ao desenvolvimento de valores
importantes para a formação do estudante do ensino médio: solidariedade, responsabilidade,
compromisso pessoal e cidadania.
1.1.5-AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua
função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância
individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante
assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a
examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.
Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade que deve ser
levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática, como discussão com o
outro e como construção de conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento
filosófico. Desta forma, a proposta de trabalho para os alunos e a avaliação ocorrerá no
sentido de contribuir tanto para o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para
o desenvolvimento do aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua
contribuição para a coletividade.
Será, portanto, de caráter diagnóstico e ativo, em caráter de zero a dez, sendo valor 4,0
(quatro) referente às atividades desenvolvidas em sala, trabalhos extra-classe, pesquisa,
seminários, participação, debates, diálogos e duas avaliações (3,0+3,0) = valor 6,0 (seis),
conforme o desempenho individual e/ou coletivo.
Serão adotados como instrumentos, além da auto-avaliação: textos produzidos pelos
alunos; participação em sala de aula; atividades e exercícios realizados em classe ou extra-
classe; atividades de pesquisa através do laboratório de informática (Paraná Digital); debates;
diálogos; testes escritos; apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo e registro das
aulas conforme a necessidade.
191
REFERÊNCIAS
APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. CADERNOS PET-FILOSOFIA 2, CURITIBA, 1999.
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio como experiência filosófica. CADERNOS CEDES. CAMPINAS. N. 64, 2004.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993.
__________. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 2005.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
____ . História da Filosofia. Lisboa: Editorial Presença, 1970.
BRASIL. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA. ORIENTAÇÕES CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO. [S.N.T.].
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares do ensino médio. Brasília: MEC/SEB, 2008.
BRASIL. Ministério de Educação. Orientações curriculares do ensino médio.
CORDI, Cassiano e outros. Para Filosofar. São Paulo: Spicione, 1995.
DIRETRIZ CURRICULAR DE FILOSOFIA. Secretaria de Estado da Educação. Departamento do Ensino Moderno. Paraná, Curitiba: junho, 2008.
KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: FÁVERO, A; Kohan, W.O.; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Ijuí: Ed. Da UNUJUÍ, 2002.
192
11.13. PROPOSTA CURRICULAR DE CIENCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Ciências tem sofrido nos últimos anos inúmeras propostas de
transformação. Em geral, estas mudanças têm o objetivo de melhorar as condições da
formação do espírito científico tendo em vista as circunstâncias histórico-culturais da
sociedade, pois é uma das áreas em que se pode reconstruir a relação ser humano/natureza,
contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência social e planetária.
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos a sua volta e aprender
com eles, a ciência já estava presente embora não apresentasse o caráter sistematizador do
conhecimento.
Pode-se considerar a ciência, sob duas concepções: Uma dogmática, neutra infalível,
pronta e acabada, que não admite críticas, onde a escola é reduzida a um espaço de
reprodução do modelo econômico vigente e dos conhecimentos produzidos, em detrimento de
um espaço de discussão, reflexão, análise e ação sobre os conteúdos específicos da disciplina;
outra como processo de construção humana, que convive com a dúvida, é falível e intencional
e, utiliza-se de métodos numa constante busca por explicações dos fenômenos naturais:
físicos, químicos, biológicos, geológicos, dentre outros. Tal processo fundamenta-se nas
idéias da psicologia cognitiva. A partir dessa concepção, os conhecimentos prévios dos alunos
passam a ser considerados no processo de ensino e de aprendizagem, de forma mais articulada
nos aspectos sociais e históricos, priorizando-se o estudo dos fenômenos em detrimento da
abordagem restrita a noções e conceitos dos outros modelos. Os alunos são construtores do
conhecimento e co-responsáveis pela sua aprendizagem. O professor marginalizado, nas
concepções anteriores, do processo de elaboração dos currículos passa a ser anunciado como
construtor do currículo e autônomo para a sua implementação (Amaral, 2000, p. 219).
Cabendo citar que a disciplina de ciências está em concordância com os princípios da
inclusão, contidos no PPP (projeto político pedagógico da escola) onde, o respeito a
diversidade efetivado no respeito as diferenças, impulsiona ações da cidadania, voltadas ao
reconhecimento de sujeitos de direitos, simplesmente por serem seres humanos. Suas
especificidades não devem ser elemento para construção de desigualdades, discriminações ou
193
exclusões, mas sim, devem ser norteadoras de políticas afirmativas, de respeito à diversidade
voltadas para a construção de contextos sociais inclusivos.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino e Aprendizagem de Ciências, estão
organizadas a partir dos conteúdos estruturantes que se desdobram nos conteúdos específicos
da disciplina e serão abordados de forma consciente, crítica, histórica, considerando as
relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade. Sob este ponto de vista o currículo de
Ciências poderá propiciar condições para que os educandos discutam, analisem, argumentem
e avancem na compreensão do seu papel frente às demandas sociais.
Assim os conteúdos específicos deixam de ser compreendidos como elementos
fragmentados e neutros, passando a ser analisados em meio a um dinamismo social, sendo
para isto, necessário delinear um caminho para que o processo educativo cumpra essa meta na
escola.
Nesse contexto, a disciplina de Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos
científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas
interferências no mundo. Por isso estabelece relações entre os diferentes conhecimentos
físicos, químicos e biológicos, dentre outros, e o cotidiano.
A partir de uma abordagem pedagógica crítica e histórica para a definição do currículo
de Ciências no Ensino Fundamental, “corrente teórica” denominada “Movimento Ciência,
Tecnologia e Sociedade” – CTS contribui, juntamente com os conhecimentos físicos,químicos
e biológicos, como um instrumental propositivo que favorece a reflexão, a contextualização e
a articulação dos conteúdos específicos propiciando uma análise crítica sobre a relação entre a
Ciência, a tecnologia e a sociedade, por considerar os elementos do movimento CTS. Nesta
perspectiva, o currículo de Ciências permitirá aos alunos estabelecer relações entre o mundo
natural (conteúdo de Ciência), o mundo construído pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano
(sociedade). Além disso, essa abordagem do currículo potencializará a função social da
disciplina pois, orienta uma tomada de consciência por parte dos alunos e, conseqüentemente
influi na tomada de decisões desses sujeitos como agentes transformadores .
A integração de elementos do ensino das Ciências com outros elementos do currículo além de levar à análise de suas implicações sociais, dá significado aos conceitos apresentados, aos valores discutidos e às habilidades necessárias para um trabalho rigoroso e produtivo. (Krasilchik e Marandino, 2004, p. 43)
194
Tendo em vista um currículo de Ciências articulado, os conteúdos estruturantes e seus
desdobramentos precisam ser abordados numa perspectiva crítica e histórica, que leve em
conta a prática social do sujeito e, as implicações e limitações das relações entre a ciência, a
tecnologia e a sociedade. Ao tratar os conteúdos específicos considerando os elementos do
Movimento CTS, os aspectos sociais, políticos, econômicos e éticos, serão abordados por
meio da historicidade, da intencionalidade, da provisoriedade, da aplicabilidade das relações e
inter-relações.
A historicidade da produção do conhecimento científico, permite compreender esse
processo nos diferentes tempos da história da humanidade a fim de estabelecer relações e
interações entre as exigências que culminaram na produção desses conhecimentos e a
contemporaneidade ;
A intencionalidade, inerente ao processo de produção dos conhecimentos científicos,
pode determinar relações de poder e ser determinada por elas. Expressam muitas vezes uma
intencionalidade implícita ou explícita de interesses dos grupos dominantes;
A provisoriedade dos conhecimentos científicos, tratada no processo de ensino e de
aprendizagem, resgata o caráter problematizador e a possibilidade da dúvida, no currículo de
Ciências, superando a compreensão desses conhecimentos como verdadeiros, prontos e
acabados. É importante considerar que alguns conhecimentos científicos são legitimados ao
longo da história, pois continuam a atender demandas específicas da contemporaneidade. O
processo de produção do conhecimento científico é rígido, segue um método e, exige anos de
pesquisa científica para sua validação. Nesse sentido, a provisoriedade da ciência remete a
idéia de que nem todos os conhecimentos científicos podem ser descartados, pois alguns
permanecem em função da sua importância e da sua utilidade para a humanidade.
Os conhecimentos científicos poderão ser utilizados pelos sujeitos do processo de
ensino e de aprendizagem no seu cotidiano, adequando-os às suas necessidades e interesses.
Dessa forma por meio da aplicabilidade desses conhecimentos na prática social, pretende-se
que os sujeitos analisem de forma crítica o seu dia-a-dia. Cabe ressaltar que determinados
conteúdos não tem aplicação imediata/direta no cotidiano, porém são imprescindíveis na
medida em que permitem ao aluno posicionar-se e estabelecer relações entre o conhecimento
historicamente produzido e os novos conhecimentos.
195
A disciplina de Ciências poderá estabelecer relações e inter-relações, não só entre os
conteúdos estruturantes, mas também entre esses e os específicos e com as diversas áreas do
conhecimento, proporcionando um ambiente favorável a uma abordagem articulada.
OBJETIVOS
Na disciplina de Ciências destaca-se como objetivo geral, compreender a natureza
como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformação do
mundo em que vive, respeitando os demais seres vivos e outros componentes do ambiente,
bem como, buscando na tecnologia um meio para suprir necessidades humanas, distinguindo
usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e do homem.
Subdividido nos objetivos específicos,
• Conhecer e compreender as transformações e principalmente a integração entre os
sistemas que compõem o corpo humano, bem como as questões relacionadas a sua
manutenção.
• Priorizar o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independente das
peculiaridades de cada grupo social e ou indivíduos.
• Reconhecer a existência de discriminações e injustiças em situações de trabalho e
consumo.
• Fornecer indicativos históricos para compreensão dos processos de degradação,
preservação e recuperação de áreas degredadas.
• Elaborar individualmente e em grupo relatos orais, escritos, questionamentos e suposições
acerca do tema em estudo, estabelecendo relações entre as informações obtidas por meio
de trabalhos práticos e de textos, registrando suas próprias sínteses mediante tabelas,
gráficos, esquemas, textos ou maquetes.
• Compreender que o ser humano para satisfazer suas condições básicas de sobrevivência
precisa que a interação entre a matéria e a energia, aconteça de forma equilibrada,
determinando o equilíbrio do ecossistema na relação de interdependência entre ele, os
demais seres vivos e o ambiente.
CONTEÚDOS
196
Na seleção dos conteúdos de ensino de Ciências será considerada a relevância dos
mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da
identidade da disciplina e compreensão e compreensão do seu objeto de estudo, bem como
facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Sendo assim, os conteúdos
de Ciências valorizarão conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referência -
Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia , entre outras. A metodologia de ensino
deverá promover inter-relações entre os conteúdos selecionados, de modo a promover o
entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências. Essas inter-relações devem se
fundamentar nos conteúdos esruturantes.
Ao apresentar os conteúdos estruturantes Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos,
Energia e Biodiversidades dos quais desdobram-se os conteúdos específicos, tem como
objetivo retomar a função social da disciplina de ciências, que por meio do tratamento crítico
e histórico dos conteúdos promova a socialização dos conhecimentos científicos e
tecnológicos e a democratização dos procedimentos de natureza social.
Para que isso se efetive, alguns conceitos científicos são fundamentais e precisam ser
constantemente retomados, para que os alunos compreendam que o objeto de estudo da
disciplina, permeia sua prática social.
ASTRONOMIA
• O UNIVERSO
- Estrelas
- Constelações
- Galáxias
• SISTEMA SOLAR
- Geocentrismo
- Heleocentrismo
- Astros do Sistema Solar
•ASTROS
-Estrelas
-Planetas
-Planetas anões
-Satélites naturais
197
-Anéis
-Meteoros
-Meteoritos
-Cometas
-Constituição físico – químico dos astros.
• A ORIGEM E EVOLUÇÃO DO UNIVERSO
- Galáxia
- Aglomerados
- Nebulosas
- Buracos negros
- Lei de Hubble
- Formação do universo
• MOVIMENTOS TERRESTRES
-Estações do ano
-Dias e noites
-A esfera terrestre e seu sistema de coordenadas
• MOVIMENTOS CELESTES
-Eclipse do Sol
- Eclipse da Lua
- Constelação
- A esfera Celeste e seu sistema de coordenadores
• MOVIMENTOS CELESTES E TERRESTRES
- Rotação
- Translação
- Fazes da lua
• ASTROS
- Leis de Kepler para órbitas dos planestas
• GRANITAÇÃO UNIVERSAL
- Leis de Newton na gravitação Universal
- Fenômenos terrestres relacionados a gravidade, como as marés
198
MATÉRIA
• CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
- Formação da Terra
- Crosta terrestre
- Interior da Terra
- Solos
- Rochas
- Água
• PROPRIEDADES DA MATÉRIA
- Massa
- Volume
- Densidade
•CONSTITUIÇÃO DA MATERIA
-Compostos orgânicos
-Composição do planeta terra primitivo
-A terra antes do surgimento da vida
-Atmosfera terrestre primitiva
PROPRIEDADES DA MATÉRIA
-Massa.
-Volume.
-Densidade.
-Compressibilidade.
-Elasticidade.
-Divisibilidade.
-Indestrutibilidade
-Impenetrabilidade.
-Maleabilidade.
-Ductibilidade.
-Flexibilidade.
-Permeabilidade.
-Condutibilidade
-Dureza.
199
-Tenacidade.
-Cor, Brilho, Sabor, Textura e Calor.
• CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
- Conceito e constituição da matéria
- Conceito de átomo, íons e elementos químicos
- Substâncias e reações químicas
- Compostos orgânicos e suas relações com a constituição dos organismos
SISTEMAS BIOLÓGICOS
• NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO
- Características gerais dos seres vivos
- Células
- Seres unicelulares
- Seres pluricelulare
• CÉLULA
- Fotossíntese
- Seres autótrofos
- Seres heterótrofos
• ENERGIA
- Formas de energia (básica)
- Conversão de energia (básico)
- Transmissão de energia (básico)
•CÉLULAS
-Teoria celular
-Tipos celulares
-Mecanismos celulares
-Estruturas celulares
-Respiração celular
-Fotossíntese
-Reserva energética
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS
-Características gerais dos seres vivos
200
- Órgãos e sistemas animais e vegetais
- Estrutura e funcionamento dos tecidos
• VISÃO GERAL SOBRE A CÉLULA
- A sociedade celular
- As estruturas celulares
- O núcleo e a informação hereditária
- Divisão celular
• MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS
- Tecidos
- Órgãos
- Sistemas (digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário)
• MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS
Sistema Nervoso.
-Sistema Sensorial.
- Sistema Reprodutor.
- Sistema Endócrino.
-MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA
-Cromossomos.
-Gene.
-DNA
-RNA
-Mitose e Meiose.
BIODIVERSIDADE
• ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
- Distinção entre ecossistema, comunidade e população
- Extinção das espécies
- Fósseis
• ECOSSISTEMAS
- Conceito de biodiversidade
- Característica dos ecossistemas
- Conceito de biodiversidade
201
- Efeito estufa
- Atmosfera
- Composição do ar
ORIGEM DA VIDA
- Conceito de biodiversidade
- Biogênese
- Teorias sobre o surgimento da vida
- Geração espontânea
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
- Diversidade das espécies
- Comunidade
- População
SISTEMÁTICA
-Classificação dos seres vivos
- Categorias Toxonômicas
- Filogenia
ECOSSISTEMAS
- Conceito de Biodiversidade
- Ecossistemas - Dinâmicas
- Ecossistemas – Características
- Eras geológicas
- Efeito Estufa
INTERAÇÕES ECOLÓGICAS
- Interações e sucessões ecológicas
- Cadeia alimentar
- Seres autótrofos e heterótrofos
• EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
- Teorias evolutivas
• RESÍDUOS DA ATIVIDADE JUMANA/DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
- Poluição do ar
- Poluição da água
- Poluição do solo
202
ENERGIA
Energia dos alimentos
• FORMAS DE ENERGIA
- Energia térmica
- Energia Luminosa
• TRANSMISSÃO DE ENERGIA
- A interferência da energia luminosa nos seres vivos
- A luz e as cores
- A radiação ultravioleta e infravermelha
- Sistemas endotérmicos e ectotérmicos
• FONTES DE ENERGIA
- Energia química e suas fontes (transmissão e armazenamento)
- Energia mecânica e suas fontes (modos de transmissão e armazenamento)
- Energia nuclear e suas fontes (modos de transmissão e armazenamento)
• ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
- Necessidades nutricionais
- Aproveitamento dos nutrientes
- Hábitos Alimentares
- Dieta adequada
FORMAS DE ENERGIA
-Energia Mecânica.
-Energia Térmica.
-Energia Luminosa.
-Energia Nuclear.
-Energia Elétrica.
-Energia Química.
-Energia Eólica.
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
- Sistemas semi-conservativos
- Ciclos de matéria·
-Fontes de Energia.
203
-Eletromagnetismo.
-Movimentos.
-Velocidade.
-Aceleração.
-Trabalho.
-Potência.
-Fontes de energias renováveis e não renováveis.
TRANSMISSÃO DE ENERGIA
-Irradiação
-Convecção
-Condução
-Sistemas de transmissão de energia
-Leis de Newton
-Máquinas Simples
-Sistema mecânico
-Equilíbrio de força
METODOLOGIA
Os conteúdos específicos elencados, nessa proposta serão tratados ao longo dos quatro
anos do Ensino Fundamental, abordando conteúdos estruturantes (Astronomia, Matéria,
Sistemas Biológicos,Energia e Biodiversidade) e específicos de 5ª a 8ª séries. Desde que se
respeite o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes
formas de apropriação dos conteúdos específicos por parte dos alunos adotando uma
linguagem coerente com a faixa etária, aumentando gradativamente o aprofundamento da
abordagem desses conteúdos, oportunizando assim a inclusão de todos.
Os conteúdos serão trabalhados e desenvolvidos estabelecendo relações entre os
mesmos com a ciência, a tecnologia e a sociedade e considerando, no tratamento desses
desdobramentos, que o progresso industrial e tecnológico trazem conseqüências para a
sociedade, podendo gerar graves problemas para os seres vivos e para o ambiente.
Para tanto o tratamento dos conteúdos específicos será efetivado por meio de uma
metodologia que problematize a prática social do aluno, dando preferência a problemas locais
204
que possam ser ampliados para problemáticas mais abrangentes,de modo que o processo
ensino aprendizagem em ciências resulte de uma rede de interações sociais entre estudantes,
professores e o conhecimento científico escolar selecionado para o trabalho do ano letivo.
O encaminhamento metodológico para os conteúdos de ciências não ficarão restritos a
um único método. Nesse sentido, os conteúdos específicos serão trabalhados através da
observação, pesquisa de campo, visitas a indústrias, fazendas, museus, projetos, palestrantes
convidados, dentre outros.
O tratamento dialógico dos conteúdos das ciências naturais (física, química e
biologia) visa integrar o processo de ensino e de aprendizagem, permitindo a compreensão de
que os fenômenos naturais não ocorrem isoladamente na natureza e no cotidiano.
A partir desses encaminhamentos metodológicos, a disciplina de ciências poderá
resgatar na escola, a sua função: o estudo dos fenômenos naturais por meio do tratamento dos
conteúdos específicos, de forma critica e histórica.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo será de forma sistemática e cumulativa a partir de critérios
avaliativos estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos
que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o
confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos as relações e interações
estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e de
aprendizagem e no seu cotidiano.
Nesse sentido, é imprescindível a coerência entre o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo. Portanto,
a avaliação ira assumir a função de diagnosticar o acompanhamento do processo pedagógico,
será contínua, avaliando assim o produto no processo e oportunizando seqüências entre o
trabalho de sala de aula e a avaliação, pois fazem parte de um mesmo processo, quando
necessário se retomara o conteúdo embasando a recuperação paralela.
Será adotado uma variedade de recursos avaliativos como: trabalhos de pesquisa
individuais ou em grupos, relatos, debates, testes, confrontos de texto, experiências, atividades
que envolvam a elaboração de relatórios como as experiências praticas e aulas de campo,
montagem de painéis e murais explicativos.
205
REFERÊNCIAS
BARROS, Carlos. Ciências. Edição Reformulada - São Paulo: Ática, 2006.
JÚNIOR, C. S.; SASSON, S.; SANCHES, P. S. B. Coleção Ciências. São Paulo: Saraiva,
1999.
PARANÁ – Diretrizes Curriculares de Ciências – Versão Definitiva. Curitiba: SEED,
2008.
CANTO, Eduardo Leite do, Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. 2ª edição –
São Paulo: Moderna, 2004.
KRASILCHIK, M. e MARANDINO, M. Ensino de ciências e cidadania. São Paulo:
Moderna, 2004.
Projeto Araribá: ciências / obra coletiva. 1ª Edição – São Paulo: Moderna, 2006.
206
11.12. PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso em boa parte da história da educação brasileira foi desenvolvido
de forma confessional e catequética, mas a partir da Constituição Federal de 1988, em seu
artigo 210, estabelece os conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, incluindo os
conteúdos de Ensino Religioso, este sendo de matrícula facultativa para o aluno, a ser
ofertado, obrigatoriamente, nos horários normais de funcionamento das escolas públicas. Em
decorrência dos princípios e fins para a organização da educação nacional, estabelecidos na
Constituição Federal de 1988, foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
nº 9.394/96, desencadeando a organização e a aprovação de uma série de regulamentações,
como as estabelecidas no artigo 33:
Art. 33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
O Conselho Nacional de Educação (CNE), por meio da Resolução nº. 2 de 7 de abril
de 1998, da Câmara de Educação Básica (CEB), instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental, incluindo o Ensino Religioso.
No Estado do Paraná, a Constituição Estadual, aprovada em 1989, delimitou o caráter
interconfessional do Ensino Religioso e o Conselho Estadual de Educação normatizou,
amparado nas legislações nacionais e estaduais, a oferta do ensino religioso nas instituições de
ensino, aprovando as deliberações nº 03/02 e nº 07/02. No texto aprovado, o Ensino Religioso
a ser ministrado nas instituições de Ensino Fundamental do Sistema Educacional deixa de ser
específico da esfera pública, ampliando sua abrangência para todas as instituições públicas e
privadas.
A Deliberação nº 01/06, de 10 de fevereiro do ano de 2006, aprova novas normas para
o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino e o Ensino Religioso, no Estado do Paraná,
207
passa a apresentar, de acordo com a legislação, os seguintes pressupostos para sua
organização:
• A concepção interdisciplinar do conhecimento, sendo a interdisciplinaridade um dos
princípios de estruturação curricular e da avaliação;
• A necessária contextualização do conhecimento, que leve em consideração a relação
essencial entre informação e realidade;
• A convivência solidária, o respeito às diferenças e o compromisso moral e ético;
• O reconhecimento de que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade
de um grupo social, cujo conhecimento deve promover o sentido da tolerância e do
convívio respeitoso com o diferente;
• E que o Ensino Religioso deve ser enfocado como área do conhecimento em articula-
ção com os demais aspectos da cidadania, garantindo uma leitura pedagógica, superan-
do uma visão relacionada à religião, acentuando o olhar da escola.
Um aspecto fundamental a ser considerado neste ensino é o de que as sociedades são
permeadas por diferentes concepções religiosas (elemento da cultura) que em suas
especificidades possuem princípios e práticas comuns que as norteiam, assim, o conhecimento
religioso não deve ser um aglomerado de conteúdos que visem a evangelizar ou a procurar
seguidores de doutrinas, nem a associar-se à imposição de dogmas, rituais ou orações, mas
sim constituir-se em um caminho a mais para o saber sobre as sociedades humanas e sobre si
mesmo. Dessa forma, objetiva atender ao que preconiza a Lei 9.475/97, a qual dá nova
redação ao art. 33 da LDBEN n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que não nega, em
momento algum, a fé nas tradições religiosas, mas que procura visar o pluralismo e a
diversidade cultural presentes em nossa sociedade.
A concepção do Ensino Religioso, enquanto disciplina, tem, como pressuposto,
contribuir para a formação de pessoas que tenham como uma de suas intencionalidades a
busca de qualidade de vida em sociedade, constituindo-se num dos princípios do processo
educativo, de forma a contrapor-se à sociedade de exclusão, permeada pelos preconceitos e
pela alienação na qual encontramo-nos inseridos. Nesse aspecto, a leitura dialética da
realidade efetiva-se como uma possibilidade de compreender os elementos contraditórios
presentes na sociedade, a diversidade de relações e, principalmente, os elementos de unidade
208
possíveis à construção de uma sociedade justa, fraterna, igualitária, solidária, digna, em que o
respeito ao princípio de liberdade seja considerado como busca e decisão coletiva.
“Etimologicamente, o termo Sagrado se origina do termo latim sacrátus e do ato sagrar. Como adjetivo, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime inviolável e puro”. (DCE, 2008 p. 48).
Portanto, os princípios norteadores das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso do
Estado do Paraná centram-se numa reflexão coletiva, que tem como fundamento do estudo da
disciplina de ensino Religioso a aceitação, o conhecimento e o respeito das diversas religiões
que compõe a comunidade escolar.contribuindo para a relação com os saberes escolares e
tendo como objeto de estudos o Sagrado.
OBJETIVOS
A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e
análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos
significados. E subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo
religioso e na forma como as sociedades são influenciadas pelas tradições religiosas, tanto na
afirmação quanto na negação do Sagrado.
Para tanto destaca-se os objetivos específicos do processo ensino-aprendizagem do
Ensino Religioso como, possibilitar a compreensão das relações
homem/natureza/conhecimento/fé, como processos que compõem o ser em sociedade;
compreender as diferentes manifestações que exprimem o fenômeno religioso no interior do
processo histórico da humanidade; analisar a diversidade social e cultural presente nas
sociedades enquanto formas de identificação e pertencimento dos sujeitos a um dado grupo
social e valorizar o ser humano, considerando-se a diferença enquanto lugar de crescimento e
aprendizado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO RELIGIOSO
São três os conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso:
209
Paisagem Religiosa: referindo-se à materialidade fenomênica do sagrado, a qual é
apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua concretu-
de.
O Símbolo: que é a apreensão conceitual através da razão, pela qual concebe-se o sa-
grado pelos seus predicados e se reconhece a sua lógica simbólica, sendo assim enten-
de-se como sistema simbólico e projeção cultural.
O Texto Sagrado: que é a tradição e a natureza do sagrado enquanto fenômeno, pode
ser manifestado de forma material ou imaterial. É reconhecido através Escrituras Sa-
gradas, das tradições orais Sagradas e dos mitos.
CONTEÚDOS BASICOS E ESPECIFICOS DO ENSINO RELIGIOSO
1- O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA
• Orientações legais
• Objetivos
• Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como disciplina
Escolar.
2- RESPEITO A DIVERSIDADE RELIGIOSA
Reconhecer os grupos sociais em sua diversidade cultural através:
• Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa
• Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liber-
dade religiosa
• Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão
• Direito à liberdade de reunião e associação pacífica
• Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
3- LUGARES SAGRADOS
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência,
de culto, de identidade, princípios, práticas de expressão do sagrado nestes locais.
• Lugares na natureza: Rios , lagos, montanhas , grutas, cachoeiras, etc.
210
• Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
4- TEXTOS ORAIS E ESCRITOS - SAGRADOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas
religiosas.: vedas(hinduísmo), escrituras bahá is, fé Bahá I, tradições orais africanas, afro-
brasileiras e ameríndias, alcorão(Islamismo).
• Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
5- ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se nas aulas principais
características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que
expressam as diferentes formas de compreensão e de relação com o sagrado.
• Fundadores e/ou Líderes Religiosos: Budismo, Cristianismo, Confucionismo, Espiri-
tismo, Taoísmo.
• Estruturas Hierárquicas.
6- O UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
Os Significados simbólicos dos gestos , sons, formas, cores e textos, conforme os
seguintes aspectos:
• Nos Ritos
• Nos Mitos
• No Cotidiano
Exemplos a serem apontados: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos.
7- RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um
conjunto de rituais. Podem ser compreendidas como a recapitulação de um acontecimento
sagrado anterior, é imitação, serve à memória, à preservação da identidade de diferentes
tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir
de transformações presentes.
• Ritos de passagem
211
• Mortuários
• Propiciatórios
São exemplos a dança(Xire), o Candomblé, o Kiki,(Kaingang, ritual fúnebre) a via
sacra, o festejo indígena de colheita.
8- FESTAS RELIGIOSAS
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:
confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
• Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. São
exemplos: Festa do Dente sagrado(budista), Ramada(islamismo), Kuarup (indíge-
na), Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach (judaica), Natal (cristã).
9- VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/ manifestações
religiosas e sua relação com o sagrado.
• O sentido da vida nas tradições / manifestações religiosas
• Reencarnação
• Ressurreição – ação de voltar à vida
• Além Morte
• Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam
presentes
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A liberdade é a verdadeira força e fonte de felicidade e criatividade humana. Independente de você ser: crente ou descrente, budista ou cristão, ou judeu, ou indígena. Não importa ... O importante é que seja um bom ser humano! (Dalai Lama)
No Ensino Religioso os conteúdos estruturantes serão inter-relacionados, garantindo
uma totalidade de abordagem dos conhecimentos, que estarão dispostos em diferentes tipos de
212
materiais didáticos, o encaminhamento metodológico utilizara a linguagem científica e não a
religiosa, a fim de superar as tradicionais aulas de religião, conforme orientação das Diretrizes
Curriculares do Ensino Religioso elaborada pela SEED em 2006.
As aulas serão dialogadas, com base no debate que proporciona o confronto de idéias,
de informações discordantes e, da exposição competente de conteúdos necessários entre os
educandos e para enriquecer esta aula dialogada serão utilizados os recursos didático-
pedagógicos e tecnológicos como a TV multimídia, o laboratório de informática, vários tipos
de imagens, textos diversos, filmes e músicas.
As atividades serão aplicadas em diferentes momentos e situações das aulas
dialogadas, podendo ser desenvolvidas individualmente ou em equipes de estudo, estando
entre elas as seguintes: leitura e interpretação de textos diversos; análise e interpretação de
filmes, danças, fotos, figuras; elaboração de quadros comparativos e desenvolvimento de tema
discutido em sala de aula, envolvendo o conteúdo específico e o posicionamento pessoal.
AVALIAÇÃO
A avaliação no Ensino Religioso tem um sentido amplo pois, além de alimentar,
sustentar e orientar a intervenção pedagógica como parte integrante e intrínseca ao processo
educativo, envolve outros aspectos como a sociabilidade, a postura, o compromisso, a
integração, a participação na aprendizagem do aluno e de na sua transformação.
Especificamente no Ensino Religioso se observa as atitudes de reverência para com o
transcendente do outro e ao direito do outro de ser diferente, o desenvolvimento da
capacidade de tolerância, assumindo a identidade pessoal com segurança e liberdade.
A aula dialogada e o debate, e uma excelente forma de se avaliar, pois cria condições
para o professor observar as atitudes e o crescimento do educando, bem como as
transformações e as relações criadas dentro da própria sala de aula, portando a avaliação será
continua e diagnostica permitindo o acompanhamento do processo de apropriação de
conhecimentos, mesmo tendo em vista que o Ensino Religioso não se constitui como objeto
de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar.
213
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Religioso. Brasília, MEC, 1998.
CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione Ltda. 1994.
DURKHEIM, É. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989.
ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes,
1992.
HINNELS, J. R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.
MACEDO, C. C. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: Moderna Ltda., 1989.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso – Versão definitiva. Curitiba: SEED, 2006.
214
12. E-TEC BRASIL
ESCOLA TÉCNICA ABERTA DO BRASIL
Este programa efetiva a formação profissional técnica de nível Médio à distância,
tendo por objetivo levar cursos técnicos de Ensino Técnico “na modalidade à distância”.
Espera-se assim oferecer aos jovens oportunidades de melhores condições de inserção no
mundo do trabalho e, desta forma com elevado potencial para o desenvolvimento regional.
O Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Fundamental e Médio, passou a ofertar
esta modalidade no final do ano letivo de 2008, quando de sua aprovação. Tendo como
diretora neste ano a professora Jamile Saade Said.
O curso E-Tec Brasil é ofertado em parceria com o Instituto Federal do Paraná,
principalmente para alunos que já concluíram o Ensino Médio, não possuem condições
financeiras para dar continuidade aos estudos.
Assim o Colégio ofertou inicialmente os seguintes cursos: Técnico em Secretariado e
Técnico em Serviços Públicos, com duração de dois anos, sendo que o de Secretariado e o de
Gestão tiveram início em 2008, contando cada um com quarenta alunos matriculados em cada
turma e, tendo como Professores Tutores a professora Valdilene de Oliveira Silva Vieira e a
professora Mara Lucinéia Dolphine Grenier que ficou responsável pela turma até 11/05/09
quando se afastou para o PDE, ficando a professora Valdilene responsável pelas duas turmas.
No segundo semestre do ano letivo de 2010 foi autorizado o Curso Técnico em
Administração que se encontra em processo de adequação e matrículas no mês de setembro.
Para ingresso nos cursos o aluno tem que apresentar certificado de conclusão do Ensino
Médio.
Cada turma conta com um número de 40 alunos matriculados, que assistem às aulas ao
vivo via satélite, no turno da noite, além de comparecerem no Laboratório de Informática, em
outro dia, para fazerem atividades e tirarem dúvidas.
A tutoria é uma ferramenta fundamental, é através dela que se garante a inter-relação
com os alunos no curso e também, através do 0800, discagem direta e internet, são serviços
disponibilizados durante as tele aulas. Como mediador neste processo o professor tutor, são os
215
próprios professores do curso, tendo papel relevante junto ao aluno, no sentido de acompanhar
e avaliar o processo ensino aprendizagem, no decorrer das atividades e na tele sala.
A estrutura física das tele salas propostas para o curso são montadas pelas instituições
públicas e, os materiais usados no curso, tais como apostilas, vídeos, são disponibilizados pelo
Instituto Federal do Paraná.
Perfil dos Cursos Técnicos – Modalidade à Distância
• Técnico em Serviços Públicos – 800 horas
Executa as operações decorrentes de programa s e de projetos de políticas publicas.
Executa as funções de apoio administrativo. Auxilia no controle dos procedimentos
organizacionais. Auxilia na organização dos recursos humanos e materiais. Utiliza
ferramentas de informática básica como suporte às operações.
• Técnico em Secretariado – 800 horas
Organiza a rotina diária e mensal da chefia ou direção, para o cumprimento dos
compromissos agendados. Estabelece os canais de comunicação da chefia ou direção com
interlocutores, internos e externos, em língua nacional e estrangeira. Organiza tarefas
relacionadas com o expediente geral do secretariado da chefia ou direção. Controla e arquiva
documentos. Preenche e confere documentação de apoio à gestão organizacional. Utiliza
aplicativos e a internet na elaboração, organização e pesquisa de informação.
• Técnico em Administração – 800 horas
Executa as funções de apoio administrativo: protocolo e arquivo, confecção e
expedição de documentos administrativos e controle de estoques. Opera sistemas de
operações gerenciais de pessoal e de material. Utiliza ferramentas da informática básica como
suporte às operações organizacionais.
216
13. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A Educação é fator de desenvolvimento da cidadania que fundamenta e amplia a
vivencia da democracia em um país tão cheio de contrastes, ambigüidades e contradições.
Ao se pensar assim nos questionamos: como educar jovens e adultos que possuem
graus distintos aos jovens que estudam na faixa etária correspondente, e em processo de
educação? Como trabalhar com estes jovens e adultos? Que estratégias seriam adequadas?
Como caminhar nessa direção?
A consolidação da idéia de que a educação de jovens e adultos é hoje o mais
importante mecanismo na sistematização dos avanços teóricos e práticos, de forma a
contribuir para a erradicação do analfabetismo, ainda elevado em nosso país.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem sido um desafio no sentido de superar as
desigualdades, na superação das condições precárias de ensino, desigualdades de
oportunidades, salários baixos devido à falta de preparação para a inserção no mercado de
trabalho e das transformações do mundo moderno.
Assim, a Educação de Jovens e Adultos na modalidade Ensino Fundamental Fase II,
visa o encaminhamento para a conclusão do ensino fundamental, possibilitando ao educando
dar continuidade aos estudos para ingresso no Ensino Médio.
A educação de jovens e adultos na modalidade Ensino Médio, etapa final da Educação
Básica, possibilitando assim o término da Educação Básica, dando ao aluno chances de
ingresso em Curso Superior, principalmente para aqueles que não tiveram oportunidades de
término desse grau de escolaridade.
FINS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Os objetivos da oferta da Educação de Jovens e Adultos estão embasados na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996,
principalmente em seu artigo 37, § 1º:
Art. 37 A Educação de Jovens e Adultos será destinada aqueles que não tiveram
acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Ensino Médio em idade própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos, que não
puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas,
217
consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho,
mediante cursos e exames.
A oferta da Educação Básica, na modalidade EJA, baseia-se, também nos seguintes
fins e objetivos:
I. Assegurar o direito a escolarização, àqueles que não tiveram acesso ou continuidade
de estudo na idade própria;
II. Garantir a igualdade de condições para acesso e permanência na escola, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação.
III. Garantir a gratuidade do ensino com isenção de taxas e contribuições de
qualquer natureza vinculadas à matrícula;
IV. Oferecer Educação Básica igualitária e de qualidade, numa perspectiva
processual, formativa e emancipatória;
V. Assegurar oportunidades educacionais apropriadas considerando as
características do aluno, seus interesses, condições de vida e de trabalho;
VI. Respeitar o ritmo próprio de cada aluno no processo de ensino aprendizagem;
VII. Organizar o tempo escolar a partir do tempo disponível do aluno trabalhador;
VIII. Assegurar a prática da gestão pedagógica e administrativa, voltada a formação
humana.
PERFIL DO EDUCANDO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
O educando desse estabelecimento de ensino para a educação de jovens e adultos
apresenta um perfil sócio-econômico diferenciado, onde a maioria das famílias são de baixa
renda, ou seja, recebem de 1 a 3 salários mínimos por mês.
Os pais geralmente não possuem estudo ou possuem apenas o ensino fundamental.
A grande parte desses educandos trabalham como bóia fria geralmente cortando cana e
não tem condições de freqüentar um curso regular.
CARACTERIZAÇÃO DO CURSO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no
Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas
218
suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-
pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –
Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos
níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a
viabilizar processos pedagógicos, tais como:
1. pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
2. desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
3. registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
4. vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem
como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de estudos e
atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de Estudos aos
educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre a organização da
modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma
que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada
disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica
ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação
professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada
educando.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade
de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido.
Organização Individual
219
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários
alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação,
aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no
momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua
inserção.
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma
que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas
condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
Nível de Ensino
Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais,
que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo de formação
humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais,
sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita
a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os
princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas
Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica.
Educação Especial
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas
especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual,
220
priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço
escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos,
desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas,
fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de
atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades
educativas especiais decorrentes de:
1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
3. superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as
estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem
e participação de todos os alunos.1
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do
especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características
diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócio-
culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios
diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à
igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos,
mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda,
resguardando-se suas singularidades.
FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA EJA
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como
1 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.
221
perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende
a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação
humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar
política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso
político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os
educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com
responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se
de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas
novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização
metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-
aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com
α) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os
levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
β) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e
justiça;
χ) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos –
cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,
conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a
partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e
garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar
2 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
222
o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a
produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e
que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos
pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do
trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes
tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes
adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de
suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e
Adultos no Estado do Paraná:
I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado
de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos
possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos
formais;
II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de
caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação
qualitativa com o conhecimento;
III. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade,
considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às
novas tecnologias, dentre outros;
IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de
pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da
escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile
estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social;
V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que
fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como
uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão
articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador
223
dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do
conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento
de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da
educação de jovens e adultos, a saber:
- Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu
processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos
e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;
- Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
- O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade
das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens
desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos,
tecnológicos e sócio-históricos;
- Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos
interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do
trabalho;
- Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e
democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não refere-se
exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a
diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo,
em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam
uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
PERFIL DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
O docente necessita de uma cultura ampla, domínio de conteúdos fundamentais e de
uma metodologia de trabalho adequada à educação de jovens e adultos, levando sempre em
224
consideração os saberes que o aluno traz de casa e a partir deles, ajudar os alunos a produzir
novos conhecimentos.
Além disso o educador deve ter consciência do coletivo, possibilitando a elaboração e
a difusão de uma educação voltada aos interesses das camadas populares.
Aos docentes cabe também:
- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste Estabelecimento
Escolar.
- Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,
tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo de
aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas ações
pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar em todas as
formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.
225
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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aluno, do professor e da escola. In: Veiga, Ilma P. A.; Fonseca, Marilia. (org.) As dimensões
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CEE. Deliberação 014/99 – Proposta Pedagógica
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Curitiba: 2006.
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio.
Curitiba: 2006.
226
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino
Médio. Curitiba: 2006.
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio.
Curitiba: 2006.
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio.
Curitiba: 2006.
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio.
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GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino
Médio. Curitiba: 2006.
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio.
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GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio.
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Médio. Curitiba: 2006.
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VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus,
1995.
229
15.ANEXOS
15.1. PROJETO DE MATEMÁTICA, FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA
MARATONA DAS CIÊNCIAS EXATAS E BIOLÓGICAS.
JUSTIFICATIVA:
Retomar os conteúdos básicos que são pré-requisitos nas disciplinas de Física,
Química, Matemática e Biologia desenvolvendo meios para que os alunos possam estabelecer
conexões entre as idéias matemáticas e entre a Matemática e as demais disciplinas da mesma
área de conhecimento.
OBJETIVO:
Compreender conceitos e procedimentos matemáticos, procurando generalizar
propriedades das operações aritméticas, traduzindo situações, problema na linguagem
matemática, resolvendo equações de 1º e 2º graus, regra de três simples e potências de base
10.
METODOLOGIA:
Os conteúdos serão trabalhados partindo do pressuposto que o ensino e a
aprendizagem possam ser potencializados quando se problematizam situações do cotidiano,
levando-os de forma imediata à solução na resolução de problemas e exercícios, onde possam
entender a Matemática como um todo integrado e não como uma sucessão de temas isolados
e estanques, percebendo sua relevância e utilidade dentro e fora do contexto escolar.
RECURSOS:
Livros didáticos que abordem os conteúdos propostos, atividades extras abordando os
itens de forma criativa com paródias, brincadeiras de passa-ou-repassa, rodada de perguntas,
vídeos, palestras.
AVALIAÇÃO:
230
A avaliação será feita das atividades propostas pelo professor, e desempenho das
atividades extras realizadas individualmente e em equipe.
15.2. PROJETO DE LÍNGUA PORTUGUESA
NOITE DA POESIA
JUSTIFICATIVA:
Com tantas facilidades proporcionadas pela tecnologia, percebe-se um distanciamento
e estranhamento por parte do educando em relação aos textos literários. Por este motivo houve
a necessidade de propor um trabalho diferenciado através de um concurso de poesias, onde o
educando possa através do contato com textos literários diversos, produzir o seu próprio texto
e ser reconhecido por isso.
OBJETIVO:
O objetivo maior é fazer com que o educando possa acreditar em si próprio como,
também, um produtor de textos literários e não somente um mero espectador de textos já
produzidos.
METODOLOGIA:
O concurso será aberto no mês de maio e os alunos terão um prazo de dois meses para
entregarem suas produções.
Por volta o mês de agosto as poesias selecionadas por uma comissão julgadora entram
para o Anais do concurso, sendo digitadas e encadernadas para ser declamadas na noite de
“Gala”, sendo os três primeiros lugares escolhidos por jurados compostos de professores de
Língua e Literatura e aclamados com premiações.
RECURSOS:
• Textos literários de autores diferentes e de épocas diferentes para se estudar o
estilo individual e de época de cada um;
• Internet para pesquisas;
AVALIAÇÃO:
231
Ocorrerá durante todo o processo desde o início do concurso até a noite de gala, que
termina com apresentações de valores artísticos e culturais de nossa comunidade.
15.3. PROJETO DE GEOGRAFIA E FÍSICA
CONSCIENTIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO NO REFLORESTAMENTO DA MATA CILIAR DE ITAMBÉ
JUSTIFICATIVA
O município de Itambé é essencialmente agrícola e com o passar dos anos não foi
tomados os devidos cuidados no trato do solo e da vegetação nativa, essa desatenção gerou
problemas como o desmatamento das florestas, principalmente a da mata ciliar causando
efeitos devastadores sobre os recursos hídricos extinguindo várias espécies da fauna e da
flora
Calcula-se, que se perdem dez quilos de solo por grão produzido pelo setor agrícola,
com as chuvas o solo é levado para os rios acarretando o assoreamento deles por milhões de
toneladas de terra ao ano, tendo entre as conseqüências a redução da capacidade produtiva dos
solos, aumentando os custos da produção agrícola e culminando com a menor oferta e altos
preços dos alimentos, prejudicando a alimentação das camadas mais pobres da população,
agravando ainda mais o problema da fome no país sem deixar de mencionar o problema da
água que fica poluída e gerando a morte de muitos seres e peixes que nela habitam.
Como este não é um problema só do município, mas sim de todo o estado do Paraná e
em síntese do Brasil, o governo estadual do Paraná montou vários projetos como o de uso
adequado do solo fértil, e o de preservação ambiental onde serão formados três corredores da
biodiversidade, adotando assim novas práticas agrícolas, trazendo um modelo de agricultura
sustentável que mostra que desenvolvimento econômico e preservação ambiental podem
caminhar juntos.
Itambé está nesta luta para reflorestar com mata ciliar e formar o corredor da
biodiversidade dos rios Keller, Ivaí e ribeirão Marialva que compõe a bacia hidrográfica
Iguaçu-Paraná, possibilitando o trânsito de espécies de fauna e flora, garantindo a diversidade
de seres vivos na região.
Frente a estas informações, o papel da disciplina de geografia e de física é o de
capacitar, informar e orientar os alunos que são filhos de produtores e trabalhadores rurais
232
para que eles possam auxiliar a multiplicação das informações de conscientização de seus pais
sobre o meio ambiente contribuindo no processo de recuperação e manutenção da qualidade
de vida e dos ecossistemas.
O papel deste projeto também será de estimular atitudes de respeito ao ambiente, a
partir de atividades práticas e reflexivas, que é uma das melhores formas de desenvolvermos
valores e sentimentos preservacionistas.
Essa interação com o ambiente e com a comunidade, compõe um conjunto de
experiências que permanecerão além do período de escolarização.
A possibilidade de observar um ambiente recuperado e reconhecer-se como
participante desse processo permite ao aluno o desenvolvimento de um sentimento de respeito
e amorosidade com o ambiente.
DESCRIÇÃO DO PROJETO
O projeto “Conscientização e participação no reflorestamento da Mata Ciliar de
Itambé” consiste na participação ativa de estudantes do Colégio Estadual Olavo Bilac -
Ensino Médio, na preservação do solo e na recuperação da cobertura vegetal das margens dos
rios, riachos, ribeirões e nascentes no município de Itambé, PR.
OBJETIVOS
1. Promover a participação individual e coletiva em problemas reais relacionados ao
meio ambiente;
2. Fazer com que os alunos sejam capazes de identificar as causas e conseqüências do
desmatamento e do aquecimento global e reconhecer a importância das matas
ciliares na conservação do solo, dos mananciais e ar atmosférico;
3. Contribuir para o desenvolvimento de uma postura preservacionista por parte dos
alunos, professores, proprietários e a comunidade em geral.
PARCERIAS
O projeto conta com a parceria da Emater nas palestras, na orientação técnica para as
práticas relacionadas ao plantio, no fornecimento das mudas e conservação das áreas
reflorestadas.
233
CRONOGRAMA
1º Bimestre – pesquisa e palestras
Junho – Semana do meio Ambiente – plantio de mudas
Setembro – Dia da árvore – retorno para fotografar e acompanhar o crescimento das mudas.
METODOLOGIA
O projeto tem cunho interdisciplinar, envolvendo professores de Geografia e de Física,
sendo dividido em vários momentos, no primeiro momento os alunos serão orientados a
pesquisarem e aprofundam sobre o assunto na biblioteca e no laboratório de informática,
trazendo estas informações sobre a obrigatoriedade do reflorestamento por parte dos
agricultores baseados na Lei Federal de 1961 e sobre o tipo e classificação do solo de Itambé
bem como os cuidados necessários para mantê-lo fértil, para um debate em sala de aula,
também recolherão solo de vários pontos do município para uma análise de seu PH e de seus
componentes, para posterior comparação se todos tem a mesma fertilidade e que cuidados
cada local necessita para recuperar o solo.
No segundo momento a Emater irá promover palestras informativas sobre o solo e a
Lei Federal, conscientizando sobre a defesa do meio ambiente por parte dos alunos, fornecerá
as orientações técnica ao plantio e cuidados necessários para que após o plantio as mudas
realmente cresçam e se transformem novamente em mata e atuará como articuladora junto aos
proprietários de terra, efetuando as intervenções necessárias no sentido da garantia do
cumprimento da Lei Ambiental das APP (Áreas de Preservação Permanente) e na colaboração
e permissão destes proprietários para que os alunos possam atuar no reflorestamento das
margens de rios.
No terceiro momento será o plantio propriamente dito com as mudas nativas (ipê roxo,
pau d'alho, ipê amarelo, peroba rosa, cedro, entre outras) fornecidas pelo viveiro municipal
sob a orientação da Emater, na semana do meio ambiente.
Após o plantio os alunos irão acompanhar o crescimento das mudas com o passar do
tempo e no dia da árvore voltarão para tirar fotos de suas mudas provando que realmente elas
estão crescendo virando num futuro muito próximo uma mata ciliar novamente.
RECURSOS UTILIZADOS
234
De uma forma geral não haverá um incremento no orçamento da escola, pois o projeto
será feito em parceria com a Emater não gerando ônus para nossa instituição.
AVALIAÇÃO
As informações obtidas neste projeto serão cumulativas para os alunos com o decorrer
do tempo, trazendo em seu bojo uma nova mentalidade de cuidados e preservação do meio
ambiente resultando numa produção de texto em forma de relato bem elaborado, o plantio das
mudas não finaliza o projeto, mas dará um novo começo, pois os alunos terão que cuidar de
suas mudas com o passar do tempo, dando a elas a oportunidade de crescer.
Será exposto em painéis este acompanhamento feito através de material fotográfico e
as amostras de solo com sua análises, também será produzido uma maquete para apresentar a
comunidade os tipos de solo encontrados no município e os benefícios da mata ciliar e do
corredor ecológico Iguaçu-Paraná.
15.4. PROJETOS DE BIOLOGIA
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST)
JUSTIFICATIVA
Este tema será abordado como projeto na disciplina de Biologia tendo em vista a
proliferação das doenças sexualmente transmissíveis entre os jovens. A falta de informações
segura sobre as DST, o pouco esclarecimento que os pais passam aos filhos (muitas vezes por
ignorância ao assunto) e a iniciação sexual cada vez mais cedo, são causas que nos levam a
desenvolver este projeto com os educandos para que percebam seu perigo eminente e os
complicações que podem trazer para a saúde.
OBJETIVO
Usar a educação como meio de conscientizar, informar e prevenir a clientela escolar
sobre o perigo do contagio das doenças sexualmente transmissíveis e suas conseqüências à
saúde.
235
METODOLOGIA
- Prevenção através de trabalhos esclarecedores aos pais, alunos e comunidade escolar,
visando um melhor relacionamento familiar.
- Valorização da saúde como meio de prevenção, para que o jovem fique alerta aos
perigos das DST.
- Palestras com médicos da Saúde Publica.
- Relatórios, debates, filmes, vídeos, etc.
RECURSOS
- Palestras
- Livros, revistas, textos informativos.
- Vídeo
AVALIAÇÃO
Os educandos estarão constantemente sendo avaliados pelas participações nas
palestras, nos trabalhos e relatórios apresentados.
No final de cada tema abordado será realizado debate onde o educando mostrará sua
compreensão do assunto.
15.5. COMBATE AO MOSQUITO DA DENGUE
JUSTIFICATIVA
Combate ao mosquito da dengue foi o tema escolhido como projeto na disciplina de
biologia visto a incidência de casos de dengue em nosso município, estado e país.
A comunidade escolar do Colégio Estadual “Olavo Bilac” – Ensino Médio, em busca
da excelência da educação e supremacia do exercício da cidadania, voltando-se para a
formação intelectual dentro de um processo de globalização do mundo em que vivemos e a
necessidade de mudanças culturais no momento presente, requer tomadas de decisões, que
contribuam para as questões da solidariedade humana cada vez mais complexas e mais
amplas.
236
Através de conhecimentos básicos de saúde, meio ambiente, direitos e deveres do
cidadão, conhecimentos sobre os bens produzidos pelo homem, pretende-se com esta
perspectiva de conhecimento, instrumentalizar o educado para buscar uma vida mais
igualitária, digna e justa.
OBJETIVO
Conscientizar a comunidade quanto a necessidade de controle e combate ao mosquito
transmissor de dengue.
METODOLOGIA
- Conscientização do problema.
- Pesquisa de dados oficiais, textos informativos.
- Palestra com técnicos da área da saúde.
- Elaboração de cartazes e colocação dos mesmos em pontos estratégicos da cidade.
- Elaboração de relatório pelos alunos referente ao tema em questão.
- Debates.
RECURSOS
Livros didáticos, revistas, jornais, estatísticas, vídeos.
AVALIAÇÃO
Será feita no decorrer de todo o desenvolvimento do projeto, levando em consideração
o envolvimento e participação dos alunos nas atividades desenvolvidas.
15.6. COMBATE AO USO DE DROGAS
JUSTIFICATIVA
A escolha deste tema para trabalhar com os alunos deste estabelecimento de ensino
justifica-se pela grande disseminação de substancias consideradas “drogas” entre os jovens de
nossa sociedade.
237
Este, muitas vezes prescindindo de uma referência familiar, tendo pais ausentes,
sentem-se desestruturados, marginalizados e buscam nas drogas uma força de realidade.
Outrossim, apenas para serem aceitos em certos grupos, serem “legais”, acabam
fazendo uso destas substancias, sem ter consciência das conseqüências e malefícios que trará
a sua saúde física, mental e social.
OBJETIVO
Conscientizar a clientela escolar sobre o perigo do consumo de drogas.
METODOLOGIA
- Prevenção através de trabalhos esclarecedores aos pais, alunos e comunidade escolar,
visando um melhor relacionamento familiar.
- Concurso de trabalhos diversos tais como: painéis de cartazes que serão distribuídos
pela cidade.
- Palestras
- Relatórios, debates, filmes, vídeo etc.
Recursos
- Palestras
- Livros, revistas, textos informativos.
- Vídeos
- Cartazes
AVALIAÇÃO
Os educandos estarão constantemente sendo avaliados através dos trabalhos e
relatórios apresentados e pela participação nos debates e palestras.
15.7. PROJETO ÉTNICO – CULTURAL E DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
NA ESCOLA
01 – TIPO DE ATIVIDADES:
238
Leitura e contextualização de textos diversos (reportagens, entrevistas, depoimentos,
fotos, mapas, músicas, danças, etc).
Peça Teatral “AFRICA: HISTORIA E MOVIMENTO” - Programa Viva Escola Teatro
Filmes: Mãos Talentosas e Mandella.
Mostra de Cartazes e Vídeos confeccionados pelos alunos.
02 - CARACTERIZAÇÃO:
2.1 – Período de Realização:
De Junho a Novembro 2010.
2.2 – Turno
(x) Manhã ( ) Tarde (x) Noite
2.3 – Alunos Beneficiados:
330 Alunos.
03 – EQUIPE:
Os professores de História, Sociologia, Geografia, Língua Portuguesa e Educação Física,
todos os alunos do Colégio e os alunos do Grupo de Teatro do Programa Viva Escola.
04 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Ao desenvolver o projeto, a intenção é de reforçar a aprendizagem em suas habilidades de
interpretação e comunicação e a intenção inter-racial motivando a busca independente de
conhecimentos que contribuam para a formação de alunos mais capazes, conscientes de seu
papel de cidadãos no mundo em que vivem, tendo como ênfase sanar dificuldades de se
relacionar com as diferentes etnias existentes no País, principalmente os afro-descendentes,
derrubando barreiras e preconceitos despertando a criatividade de forma prazerosa e a
melhoria na qualidade do processo ensino aprendizagem.
05 - OBJETIVOS:
• É necessário que a escola resgate a identidade dos afro-descendentes.
239
Negar qualquer etnia, além de esconder uma parte da história, leva os indivíduos a sua
própria negação.
Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos para a aquisição e construção de
um conhecimento universal.
Desenvolver atitudes de respeito em relação às diferenças, e as opiniões alheias com uma
troca construtiva de ideias e cooperação.
Contribuir com a criatividade na apropriação de informações e conceitos sociais para a sua
inserção efetiva como cidadão.
06 - METODOLOGIA A SER UTILIZADA:
A escola deve se oportunizar outras formas de ver e compreender o mundo, abrindo
novas possibilidades de mudanças na ação cotidiana das pessoas, promovendo debates e busca
de informações em fontes variadas, contribuindo assim para a formação de alunos com
personalidades fortes capazes de suportar, a inquietação, convivendo com o incerto, o
imprevisível e o diferente.
A metodologia utilizada vai ser de forma variada, com apresentação de textos e
pequenos filmes que serão contextualizados, produção de pequenos vídeos, aula dialogada,
orientação para cartazes, pesquisas.
O Projeto Viva Escola Teatro, pesquisará uma coletânea de dados sobre a História e
Cultura da África e a Trajetória do Negro no Brasil desde a chegada como escravos até a
situação atual. Montagem do roteiro para apresentação da Peça Teatral intitulada: África
História e Movimento. No terceiro momento, será o laboratório dos personagens, onde cada
aluno (artista) pesquisará sobre o personagem que irá representar e também sobre figuras
relacionadas com a Trajetória da Abolição da Escravidão no Brasil, como exemplo: Visconde
do Rio Branco, Joaquim Nabuco, Castro Alves, Rui Barbosa, Princesa Isabel, entre outros.
Seguindo por vários ensaios da Peça Teatral e culminando na apresentação na Casa da
Cultura.
07 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO:
O projeto será iniciado no estabelecimento de ensino a partir do mês de junho do
corrente ano.
240
A tarefa primordial para a execução do projeto está no papel do professor líder de
turma em motivar o aluno a pesquisar a cultura afro-brasileira, resgatando valores individuais
e coletivos.
Feito esse trabalho, o professor começará a estimular a produção do aluno,
desenvolvendo atividades tais como: debates, trabalhos em equipe e o preparo das
apresentações a serem realizadas na apresentação étnico-cultural que será realizada no dia 19
de novembro na Casa da Cultura.
Assim os alunos poderão demonstrar sua própria forma de pensar, assimilando uma
nova atitude étnico-racial.
8- AVALIAÇÃO:
8.1- Resultados Esperados:
Aproximação com a cultura afro-brasileira, para que os alunos aprendam a conviver com
culturas e costumes diferentes com respeito.
8.2- Procedimentos de Avaliação:
Será diagnóstica, contínua, dinâmica e somativa através de:
• Avaliação diagnóstica inicial.
• Registros no caderno do professor, com as dificuldades, mudanças e avanços
observados nos alunos.
• Atividades de produção dos alunos devidamente datadas e comprovadas em foto e
vídeo.
• Ensaios das atividades a serem apresentadas.
• Montagem e apresentação da Peça Teatral intitulada: África História e Movimento.
09 - RECURSOS NECESSÁRIOS:
Materiais a serem utilizado:
- Materiais didáticos pedagógicos.
- Instrumentos de apoio como: jornais, revistas, livros, fotografias, dicionários,
discos, DVDs, CDs, aparelho de som, computadores, internet, retro-projetor, TV,
vídeo cassete, cartazes, tintas, data show, confecção de roupas e cenários, etc.
241
10- CRONOGRAMA:
AtividadesExecução
Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Pesquisa e literatura dos temas escolhidos a serem apresentados X X
Montagem dos cartazes e jornal mural
X
Projeção dos Filmes: Mãos Talentosas e Mandella
X X
Ensaio das danças, musicas e peça Teatral.
X X
Apresentação das danças, musicas, cartazes, pequenos filmes e peça Teatral “AFRICA: HISTÓRIA E MOVIMENTO” - Programa Viva Escola Teatro
X
11- BIBLIOGRAFIA:
Caderno Temático – Educação para as Relações étnico-raciais SEED.
242
15.8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
Projeto Político PedagógicoProblemas Levantados
Acrescentar ao PPP os programas: VIVA Escola, E-Tec Brasil, EJA e CELEM.
Ações da Escola em 2010
Complementação do P.P.P. com os programas: VIVA Escola, E-Tec Brasil, EJA e CELEM.;Reunião com a Direção, Equipe Pedagógica e Técnica, Professores, Instâncias Colegiadas para aprovação.
Período Até o final de agosto.
Responsável
Direção;Equipe Pedagógica;Professores;Funcionários;Instâncias Colegiadas.
Regimento EscolarProblemas Levantados
Acrescentar: Conselho preventivo com a presença dos pais dos alunos de cada turma, do professor representante de turma e do pedagogo;
Ações da Escola em 2010
Fazer cumprir o Regimento Escolar.
Período Até o final de agosto.
Responsável
Direção;Equipe Pedagógica;Professores;Funcionários;Instâncias Colegiadas.
Instâncias Colegiadas: Grêmio Estudantil/ APMF/ Conselho EscolarProblemas Levantados
Dificuldade em reunir todos os membros das Instâncias Colegiadas.
Ações da Escola em 2010
Reuniões mensais com as Instâncias Colegiadas para envolvimento e desenvolvimento de projetos comuns.
Período Mensais ou quando se fizer necessário.
ResponsávelDireção;Equipe Pedagógica;Professores.
Entidades ExternasProblemas Levantados
Pouca participação das famílias e da comunidade.
Ações da Escola em 2010
Palestras com profissionais de diversas áreas para pais e alunos;Conscientização por parte do Conselho Tutelar sobre o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Período Durante o ano letivo quando solicitados.
243
ResponsávelDireção;Equipe Pedagógica;Professores.
Planejamento Participativo
Problemas Levantados
Em algumas disciplinas não houve a presença de professores, haja visto que os mesmos participam em outro estabelecimento na semana pedagógica.
Ações da Escola em 2010
A escola pretende organizar democraticamente suas atividades quanto à execução de objetivos e metas, com a participação da comunidade escolar, órgãos colegiados para a concretização de todas as ações estabelecidas no P.P.P.
Período Durante o ano letivo.
Responsável
Direção;Equipe Pedagógica;Professores;Funcionários;Instâncias Colegiadas.
Cumprimento do Calendário Escolar em dias letivos e horas-aulaProblemas Levantados
Não apresenta problemas;
Ações da Escola em 2010
Cumprir o que determina a lei, assegurando ao aluno o direito aos duzentos dias letivos;As aulas para complementação de carga horária do calendário serão por meio de atividades extra-classe: Maratona da Matemática, Noite da Poesia, Semana da Consciência Negra.
Período Ano letivo de 2010
Responsável
Direção;Equipe Pedagógica;Professores;Funcionários.
Relação Escola-Comunidade
Problemas Levantados
A comunidade comparece sempre que solicitada nas reuniões de pais e eventos que a escola promove, mas ainda não são todos, a escola necessita da participação efetiva de toda comunidade, sendo indispensável o espírito de equipe;Pouco envolvimento dos pais nas diferentes Instâncias Colegiadas do sistema educativo, criando mecanismos que favoreçam o desenvolvimento dos Projetos da Escola.
Ações da Escola em 2010
Reuniões para entrega de livros;Reuniões para entrega de boletins e também para a resolução de problemas relacionados à aprendizagem escolar de seus filhos;Integração Escola-comunidade através de palestras e eventos como: dia das mães, Gincana Cultural, Feira de Ciências, Jogos Escolares, Grupos de Estudo para Pais, Campanha contra a Dengue; Campanha Anti-Drogas, Prevenção a Gravidez na Adolescência, entre outros.
244
PeríodoInicio do ano letivo;Bimestralmente;Durante todo o ano letivo nas atividades extra-classe.
Responsável
Direção;Equipe Pedagógica;Professores;Funcionários;Instâncias Colegiadas.
Paraná AlfabetizadoProblemas Levantados
Não participamos diretamente.
Ações da Escola em 2010
Divulgação do programa Paraná Alfabetizado por meio dos alunos do Ensino Fundamental e Médio e fixação de faixas e cartazes.
Período Durante todo o ano de 2010.
ResponsávelDireção;Equipe Pedagógica.
Proposta Pedagógica Curricular/ Plano de Trabalho Docente
Problemas Levantados
A leitura das Diretrizes Curriculares de cada disciplina se constituirá num momento de troca de experiências, de aprendizado e de enriquecimento de cada plano de trabalho docente, no entanto, nos dias de planejamento (Plano de Trabalho) não são todos os professores que participam, pois temos professores que se dividem em duas ou mais escolas, tendo que optar por uma delas, por norma da SEED, sendo assim não participam das decisões, pois o planejamento coletivo permite discussão sobre metodologias, procedimentos didáticos, avaliação e seus instrumentos entre outros.
Ações da Escola em 2010
Reuniões bimestrais para reavaliação do Plano de Trabalho Docente e interdisciplinaridade;O momento para troca de opiniões e planejamento de atividades por disciplinas acontece nas horas atividades.
Período Durante todo o ano letivo.
ResponsávelEquipe Pedagógica;Professores.
Avaliação Escolar
Problemas Levantados
Alunos faltosos, principalmente do período noturno, por motivo de trabalho o que implica em desinteresse, defasagem de conteúdos, causando evasão escolar e retenção.
Ações da Escola em 2010
Prevalecer o Regimento Escolar, assegurando ao aluno o direito à recuperação paralela;Hora Atividade dos professores para a preparação de atividades, avaliações e módulos;Reuniões com os pais e instâncias colegiadas.
Período Continuamente durante o ano letivo.Responsável Professores;
245
Equipe Pedagógica.
Conselho de Classe
Problemas Levantados
O momento do conselho de classe vem acontecendo nas datas propostas, mas o tempo está sendo insuficiente, para discutir detalhadamente todos os problemas levantados.
Ações da Escola em 2010
Conselho preventivo e diagnóstico;Pós-Conselho: chamar os alunos e pais dos alunos com problemas de aprendizagem para conscientização;Plano de trabalho elaborado pelo professor para recuperação dos alunos, através de módulos e outros;Aproveitamento da Hora Atividade para discussão com outros professores e Equipe Pedagógica para planejamento de atividades;Divulgação em reuniões de pais dos dias de Hora Atividade de cada disciplina, para sanar dúvidas relacionadas à aprendizagem.
PeríodoBimestral;Conselho Geral;Quando se fizer necessário.
ResponsávelDireção;Equipe Pedagógica;Professores que atuam na turma.
Hora AtividadeProblemas Levantados
Tempo insuficiente para troca de experiências, conversa com os pais, alunos, planejamento e correção de atividades.
Ações da Escola em 2010
Planejar ações conjuntas que sanem problemas de aprendizagem;Atendimento aos pais conscientizando-os da responsabilidade de colaborarem na educação dos filhos;Correção de atividade avaliativas como provas, trabalhos e outros;Planejamento de aulas;Analisar continuamente as Diretrizes Curriculares das disciplinas;Pesquisas diversas;Preenchimento do diário de sala;Revisão de planejamento;Elaboração de projetos interdisciplinares;Obs: As ações acima citadas, nem sempre são realizadas na escola e sim extra-classe, como: finais de semana em casa.
Período Semanal
ResponsávelDireção;Equipe Pedagógica;Professores
Recuperação de EstudosProblemas Levantados
Alunos que trabalham (noturno) que não podem vir em horários diversos;Alunos faltosos.
Ações da Escola em 2010
Recuperação paralela para alunos com a nota abaixo de seis;Monitoria dada pelos alunos, com orientação do professor;
246
Acompanhamento ao aluno no H.A. em período diverso;Através de módulos.
Período Durante todo o ano letivo, continuamente.
ResponsávelProfessores;Direção;Equipe Pedagógica.
Sala de Apoio / Sala de RecursosProblemas Levantados
Não temos sala de apoio / sala de recursos.
Ações da Escola em 2010PeríodoResponsável
Registro e acompanhamento de alunos incluídosProblemas Levantados
Falta de programas para atendimentos dos alunos incluídos.
Ações da Escola em 2010
Foi solicitado ao NRE programas para atendimento dos alunos incluídos, no entanto não há programas específicos para o Ensino Médio.;Atendimento diferenciado na medida do possível.
Período Durante o ano letivo.
ResponsávelDiretor;Equipe Pedagógica;Professor.
Reuniões Pedagógicas/ Semanas PedagógicasProblemas Levantados
Excesso de atividades propostas pela SEED, faltando tempo para concluir os problemas internos da escola.
Ações da Escola em 2010
Início do ano –capacitação e planejamento – onde são trabalhados textos enviados pelo NRE e pela CADEP,e esse ano escolhidos pelo coletivo da Escola, Regimento Escolar, P.P.P., Plano de Ação da Escola, Diretrizes Curriculares das disciplinas e Plano de Trabalho Docente;Em abril, julho, setembro e dezembro - Conselho de Classe onde serão discutidos problemas referentes a aprendizagem escolar e problemas levantados sobre a mesma;Em março, junho, setembro – Reunião Pedagógica - onde são repassadas informações recebidas nas Jornadas Pedagógicas, discutidos problemas relativos a aprendizagem, evasão escolar, indisciplina, práticas pedagógicas, avaliação, rendimento escolar, promoção de eventos, questões internas, entre outros;Em maio – Replanejamento – revisão do planejamento com a proposta de mudanças, se necessárias;
Período Durante o ano letivo
Responsável
Direção;Equipe Pedagógica;Professor;Representante das Instâncias Colegiadas.
247
Enfrentamento à evasão
Problemas Levantados
Falta de interesse por parte do aluno;Falta de perspectivas para o futuro;Baixa estima;Falta de acompanhamento dos pais que estão deixando de cumprir esta tarefa;Necessidade de trabalhar – arrimo de família.
Ações da Escola em 2010
Acompanhar diariamente a presença – ausência dos alunos sobretudo daqueles em situação de risco e/ou abandono;Preenchimento, pelo professor, da ficha do FICA do aluno que tiver cinco faltas consecutivas ou sete alternadas;A Direção e Equipe Pedagógica devem tomar conhecimento das causas da evasão;Criar mecanismos para a permanência do aluno na escola, junto ao coletivo da escola e conselho escolar;Chamar e visitar as famílias para juntos tomar providências quanto ao problema;Após tentativas junto às famílias, sem resultados, informar o problema a outras instâncias através da ficha do FICA, sistema em rede;Encaminhamento da ficha do FICA aos órgãos competentes: Conselho Tutelar, Rede de Proteção à criança e adolescente.
Período Durante o ano letivo, assim que o problema for detectado.
Responsável
Direção;Equipe Pedagógica;Professores;Pais ou responsáveis;Conselho Escolar;Conselho Tutelar;Sistema em Rede.
Jornada Pedagógica
Problemas Levantados
Dificuldades de locomoção, por morar distante não havendo opções de horários de ônibus;Ausência da Equipe Administrativa e Pedagógica na escola.
Ações da Escola em 2010
Através de reuniões pedagógicas, repasse das informações obtidas;Trabalho com textos referentes a pratica pedagógica e planejamento;Leitura coletiva de textos referentes à avaliação de acordo com a concepção apresentada;No que se refere ao Conselho de Classe procuramos realizar um conselho mais democrático e participativo, buscando encaminhamentos que visem colaborar na superação das dificuldades encontradas pelos alunos, sendo esses assumidos pelo coletivo da escola na tentativa de diminuir a evasão e repetência.
Período Durante o ano letivo.
ResponsávelSEED;NRE;CADEP.
248
Grupos de Estudo
Problemas Levantados
Dificuldade na formação de grupos devido ao número exigido de professores e/ou instâncias colegiadas;Ter a mesma pontuação na elevação de nível, mesmo que realizado em áreas diversificada (disciplina que não é padrão).
Ações da Escola em 2010
Grupo de estudos para pais e comunidade escolar para discussão e definição de ações para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao P.P.P. Realização em conjunto com outra escola, e até mesmo em município vizinho;Grupo de estudos com o Conselho Escolar e APMF.
Período Mensal.
Responsável
Pais;Equipe Pedagógica;Professores;Instâncias Colegiadas;Direção.
Simpósios/ Seminários/ Encontros/ Cursos
Problemas Levantados
Número de vagas existentes;Transporte;Demora no reembolso de Bolsas / custeios.
Ações da Escola em 2010
A escola participa enviando professores, instâncias colegiadas, funcionários, para participarem de simpósios oferecidos pela SEED e NRE em Faxinal do Céu, Curitiba e outros;Os professores participam por disciplina quando são informados e ou conseguem vagas.
Período Durante o ano letivo.
Responsável
SEED;NRE;Direção;Equipe Pedagógica;Professores;APMF;Equipe Administrativa;Grêmio Estudantil.
PDEProblemas Levantados
Vagas insuficientes.
Ações da Escola em 2010
Grupo de Trabalho em rede através da internet;Participação em Cursos oferecidos pela SEED.
Período Agosto de 2010 – 4ª turma.
ResponsávelProfessores Tutores PDE;Professores da disciplina.
249
Produção de material (Folhas/ OAC)Problemas Levantados
Não houve participação em 2010.
Ações da Escola em 2010PeríodoResponsável
Projetos Específicos da Escola
Problemas Levantados
Verbas para desenvolvimento dos projetos;Participação mais ativa do Conselho Tutelar, APMF e Conselho escolar no sentido de tomar medidas mais eficazes no que diz respeito à evasão e indisciplina promovendo assim uma aprendizagem de qualidade, a qual todos almejamos;
Ações da Escola em 2010
Reuniões com os alunos para orientá-los a respeito de suas responsabilidades, direitos e deveres, traçando metas claras que envolvam toda a comunidade escolar e, exigindo o cumprimento das mesmas.Reuniões com os Pais, APMF, Conselho Escolar, Corpo Docente no sentido de orientá-los quanto ao Regimento Escolar;Firmar termo de compromisso com os pais no ato da matrícula, de que os mesmos não serão omissos e que toda vez que a escola os solicitar, os mesmos se farão presentes.Reuniões bimestrais com Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Pais, Conselho Escolar, APMF, com o objetivo de refletir a prática pedagógica, reavaliar, realimentar, planejar e trocar experiências.Livro de anotações por sala de aula, onde serão registradas todas as irregularidades para serem discutidas e solucionadas pelos conselhos, e também os pais tomarão conhecimento, quando ocorrer problemas relacionados aos filhos e assim tomar medidas cabíveis; Palestras com os pais e alunos sobre a convivência em grupo, abordando temas como: auto-estima, valorização do ser humano, ética, cidadania, direitos e deveres, disciplina, bem como qualidade de vida, adolescência e o papel da família.Hora Atividade no mesmo horário das aulas para planejar ações conjuntas que sanem problemas de aprendizagem.No caso de alunos faltosos, tomar providências no sentido de trazê-los de volta a escola para evitar a evasão escolar e reprova.Palestras com pessoal qualificado – médicos, psicólogos, nutricionistas, entre outros – temas escolhidos pelos alunos através de questionários;Atividades extra-classe (visitas a usinas, parques florestais, indústrias, exposições, Fazendinha da EMATER no Parque de Exposições, Show da Física – UEM, Mostra de Profissões – CESUMAR, etc.).Reunião com os pais, conscientizando-os da responsabilidade de colaborarem na educação de seus filhos.Projetos Especiais Permanentes desenvolvidos pelas disciplinas:Realizar a Maratona de Ciências Exatas e Biológicas;Realizar o Concurso de Poesias;
250
Palestras sobre: Sexualidade HumanaD.S.T – Doenças Sexualmente Transmissíveis Gravidez na Adolescência Auto-estima Água – Palestras e RelatóriosPalestra sobre “Orientação Profissional”, buscando apoio junto a UEM,
CESUMAR e entrevistas profissionais com habilitações específicas;Campanha Anti-drogas, com Palestras, concursos de cartazes e frases pertinentes, divulgação e fixação dos mesmos nos principais pontos (comércio, bancos e outros) da cidade;Conscientização e participação dos alunos em atividades de conservação e proteção do Meio Ambiente, com palestras de técnicos da EMATER/COCARÍ e Secretaria do meio Ambiente de Maringá. Temas: Saúde e meio Ambiente;
Campanha contra a Dengue – distribuição de panfletosConservação do solo e matas ciliares.Participação nos Projetos FERA COM CIÊNCIA (SEED);Preservação do Prédio Escolar – recorrer a FUNDEPAR quando necessário;Conservação contínua dos meios, isto é, recursos pedagógicos da escola, livros, TVs, Vídeos, retro-projetores, computadores, e outros (responsabilidade da Direção e APMF). Feira de Ciências;Dia das Mães (homenagem);Participação no FERA ComCiência, JOCOP’s.
Período Durante todo o ano letivo dependendo do evento em pauta.
Responsável
Direção;Equipe Pedagógica;Professores de todas as disciplinas;Técnicos da EMATER;Médicos especializados nos diferentes temas sugeridos;UEM;CESUMAR;Paraná Esportes;Outros.
Semana Cultural e Esportiva
Problemas Levantados
Problemas financeiros para aquisição de material: bolas, jogos (dama, dominó, xadrez) e outros;Quadra descoberta e fora dos padrões.
Ações da Escola em 2010
Jogos e atividades diversificadas.
Período Outubro.
ResponsávelProfessores de Educação Física com o envolvimento de professores de outras disciplinas.
251
Programas Institucionais da SEED: FERA ComCiência/ JOCOP’s/ CELEM
Problemas Levantados
Verbas para desenvolver os trabalhos científicos;Professores para acompanhar os alunos;Autorização dos pais para deixar os filhos participarem.
Ações da Escola em 2010
Feira de Ciências a Escola;Escolha do melhor trabalho pela equipe de jurados;Participação no FERA ComCiência e JOCOP’s.
PeríodoA Escola segue o Calendário do NRE para Projetos Permanentes da SEED.
Responsável
Direção;Equipe Pedagógica;Professores;Alunos;Pais;Prefeitura Municipal.
Educação do CampoProblemas Levantados
Dificuldades para locomoção/ transporte desses alunos nos dias chuvosos.
Ações da Escola em 2010
Repasse dos conteúdos ministrados.
Período Durante o ano letivo.
ResponsávelProfessores;Equipe Pedagógica.
Desafios educacionais contemporâneos: educação ambiental, sexualidade, enfrentamento à violência nas escolas, prevenção ao uso indevido de drogas, educação fiscal, Educação e
Cultura Afro-brasileira e Africana.
Problemas Levantados
Verba para trazer pessoas qualificadas para palestras, entre outros;Poucos funcionários para cuidar da Escola como: porteiro, inspetor de alunos, Patrulha Escolar.
Ações da Escola em 2010
Estão sendo realizadas os desafios educacionais contemporâneos no decorrer do ano letivo através das diversas disciplinas da grade curricular da escola.
Período Durante todo o ano letivo.
Responsável
Direção;Equipe pedagógica;Professores;Profissionais convidados.
Materiais e Ambientes Didáticos-Pedagógicos: Laboratório de Ciências e de Informática, Tv Paulo Freire, Tv Pendrive, acervo da biblioteca, Livro Didático Público
Problemas Levantados
Verbas;Treinamento de professores e funcionários;Pessoas qualificadas para atendimento;Laboratório de Informática utilizado somente pelos professores (falta de conclusão e treinamento para uso com os alunos);
252
Tv Paulo Freire – falta funcionários para realizar as gravações;Acervo da biblioteca – defasagem em algumas disciplinas;Falta auxiliar de laboratório, sendo que o espaço físico é insuficiente para o número de alunos.
Ações da Escola em 2010
Livro Didático Público – utilizado como apoio pelos professores;Observações: utilização desses equipamentos assim que tiver pessoas qualificadas e/ou treinadas para o bom funcionamento do Laboratório de Informática e Ciência.
Período Durante o ano letivo.
Responsável
Equipe Pedagógica;Equipe Administrativo da Escola, pois a Escola se encontra sem pessoal de apoio necessário para estas funções do Laboratório de Informática e Ciência.
Recursos Financeiros: Fundo RotativoProblemas Os recursos destinados à manutenção e outras despesas são insuficientes,
tendo a escola que complementar e adquirir mais recursos durante o ano letivo;Os recursos destinados ao Estabelecimento de Ensino através da cota normal do Programa, somente poderão ser aplicados em despesas de manutenção e os valores adquiridos em promoções são insuficientes para efetuar despesas em investimentos.
Ações Promover através e em conjunto com os órgãos colegiados eventos para aquisição de recursos financeiros;Solicitar à SUED recursos, através da cota suplementar;Os planos de aplicação dos recursos recebidos são colocados em edital.
Período Mensalmente.Responsável SUED (Fundo Rotativo e Verba Suplementar);
Direção;APMF;Conselho Escolar.
253
15.9. MODELO PLANO DE TRABALHO DOCENTE
COLÉGIO ESTADUAL “OLAVO BILAC” - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROFESSOR: ______________________________________________________________
DISCIPLINA: ________________________________ SÉRIE:____ ANO LETIVO:_____
PERÍODO: _________________________________________________________________
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
A) JUSTIFICATIVA: Justificar a importância da disciplina e dos conteúdos a serem trabalhar
na formação do educando.
B) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Devem ser
indicados com base na Proposta Curricular apresentada para a disciplina (fazer o
planejamento anual dividido em 4 bimestres).
C) OBJETIVO GERAL: O que se espera (amplitude).
D) OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Quais os objetivos pelos quais os conteúdos específicos
foram selecionados.
E) METODOLOGIA: Explicar os encaminhamentos metodológicos empregados no
desenvolvimento dos conteúdos.
F) RECURSOS DIDÁTICOS: Relacionar os recursos didáticos como livros e ou materiais a
serem utilizados, bem como as tecnologias a serem utilizados para o desenvolvimento do
conteúdo.
254
G) AVALIAÇÃO: A partir da concepção de avaliação posta no PPP, Nas Diretrizes
Curriculares Nacionais, relacionar os critérios e instrumentos (meios) na efetivação do
conteúdo.
H) REFERÊNCIA: Relacionar as referências bibliográficas, materiais didáticos impressos ou
eletrônicos, a serem utilizados.
255
15.10. PLANOS DE CURSO DO E-TEC BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁESCOLA TÉCNICA
PLANO DO CURSO DE HABILITAÇÃO TÉCNICO EM GESTÃO PÚBLICA
MODALIDADE A DISTÂNCIA
256
SUMÁRIO
Página
1. JUSTIFICATIVA............................................ 03
2. OBJETIVOS................................................ 06
3. REQUISITOS DE ACESSO..................................... 06
4. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO......................... 07
5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR................................... 08
6. CRITÉRIOS E APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES.....................................
39
7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO................................... 40
8. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS............................... 46
9. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO ENVOLVIDOS NO CURSO............ 51
10. CERTIFICADOS E DIPLOMAS................................. 51
257
1. JUSTIFICATIVA
A necessidade da difusão de conhecimentos inerentes à área de gestão faz-se cada vez
mais presente nos setores privados e públicos. A velocidade das mudanças da economia
requer cursos na área de gestão que preparem os futuros profissionais para compreenderem os
avanços científicos e tecnológicos e atuarem conforme as novas exigências do mercado.
Atualmente os cursos de gestão ofertados para a comunidade atingem na sua maioria as
necessidades da área privada.
A gestão pública está inserida em todos os segmentos da atividade econômica privada
e pública, sendo que no Estado do Paraná, assim como em todo o Brasil, o mercado é cada
vez mais exigente e carente de profissionais em gestão pública.
Saímos da Era da Produção e estamos em plena Era da Informação com um
vertiginoso crescimento da Internet. Pode-se afirmar que, guardadas as devidas proporções, o
mercado virtual está trazendo mudanças tão profundas quanto a Revolução Industrial trouxe.
As maiores economias do mundo estão crescendo nos últimos anos só em função da
tecnologia, sem desempregar. Isso porque as pessoas menos qualificadas estão sendo
rapidamente capacitadas e atuando com tecnologia.
Devido a estes fatores, a necessidade de implementar um curso de gestão voltada
diretamente aos profissionais que poderão desenvolver suas atividades na área pública, com a
finalidade de equiparar as características de uma Gestão Privada qualificada às necessidades
de uma Gestão Pública eficiente.
Somado a tudo isso, percebemos a grande dificuldade que o servidor público, em
especial o municipal, encontra para sua qualificação profissional, quer pela falta de cursos
voltados a sua realidade, quer pelo alto custo para a realização desses cursos, sempre
ofertados em grandes centros urbanos e fragmentados em áreas específicas, que não
possibilitam uma visão global da administração pública.
Tendo em vista o seu compromisso institucional de habilitar, capacitar, qualificar e
desenvolver trabalhadores nas diversas áreas profissionais, em níveis básico e médio, a
Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná - ETUFPR, em consonância com
pesquisas e estudos do mercado de trabalho local e regional, decidiu-se pela implantação do
Curso Técnico em Gestão Pública após as seguintes constatações:
1. Visível crescimento do setor de serviços na oferta de trabalho no Estado do
Paraná, notadamente na área de Gestão e seus segmentos, resultado dos avanços tecnológicos
que vêm transformando os processos produtivos;
2. crescimento dos setores de comércio, produção e de serviços em geral, e nas
transformações da economia mundial na qual se insere a economia nacional e,
conseqüentemente, a do Estado do Paraná, é que se configura o avanço de determinadas áreas
como a de Gestão, intensificando a busca por profissionais que apresentem um perfil capaz
de atender aos avanços de uma sociedade e de cidadãos cada vez mais exigentes, conscientes
de seus direitos e apoiados por um mercado de tecnologias e produtos cada vez mais
sofisticados e dinâmicos;
3. neste contexto Pesquisas e Estudos realizados, no âmbito do Estado do Paraná,
apontam para uma demanda por profissionais qualificados nesta área, especialmente em
cidades de pequeno e médio porte do interior do Estado, cujo atendimento atual além de
insuficiente em termos quantitativos, também não atende em qualidade às exigências de
sofisticação tecnológica requeridas pelo processo produtivo dos diferentes setores
econômicos, principalmente o moderno setor empresarial, até mesmo o setor da
Administração pública;
4. a realidade mostra uma demanda urgente pela qualificação dos servidores
públicos para atender às necessidades impostas pela moderna administração pública;
5. estes estudos apontam também para uma perspectiva de incremento na demanda
futura de profissionais nesta área, considerando:
• a valorização econômica e social da gestão moderna, hoje mais do que nunca
inseridas em um amplo contexto econômico-social e político, contribuindo
significativamente para elevar o nível sócio-econômico-cultural e a auto-estima do
indivíduo de hoje, participante ativo em uma comunidade moderna, na qual a
sociedade paranaense também está inserida;
• o estudo mostra, ainda, uma distribuição percentual de trabalhadores por
setores econômicos muito significativa, todos em franca expansão que demandam
mão-de-obra qualificada no campo gerencial, especialmente em nível médio, o
que virá atender ao crescente incremento neste segmento da administração
pública, em diversos setores e nas diferentes regiões do Estado;
• maior conscientização por parte de toda a população sobre o papel do
administrador, de sua criatividade e responsabilidade trazendo um misto de
ciência e tecnologia a serviço da melhoria da produtividade e da qualidade dos
serviços ofertados;
• embora visível à necessidade de demanda em termos quantitativos de
profissionais no segmento da Gestão Pública, mesmo havendo dificuldades de
quantificação, ressalta-se nesses estudos a questão da qualidade na qualificação
dos profissionais deste segmento e o crescimento do mercado atual e potencial.
O mercado de trabalho apresenta rápidas mudanças, atingindo segmentos
diversificados, influenciado pela variedade de oferta de modelos de possibilidades de gestão
empresarial e pública, exigindo dos profissionais com versatilidade para incorporar as
inovações no processo de trabalho, de forma a intervir e produzir com criatividade,
introduzindo novos conceitos; absorvendo e aprofundando conhecimentos.
Os Profissionais desta área devem interagir completamente numa relação de
interlocução e harmonia. A esfera de atuação poderá ser determinada pelos modelos
gerenciais em uso, pelos estilos avançados de administrar e gerenciar no campo produtivo e
pela permanente incorporação de novos conhecimentos científicos e aparatos tecnológicos.
Mas, a autonomia será sempre condicionada ao processo integrado de Gestão da produção e
dos serviços; do bem-estar econômico e sócio-cultural da sociedade, assim como dos
aspectos físico e emocional dos indivíduos.
Sintonizado com este contexto, a Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná
- ETUFPR - compromete-se, mediante a utilização de metodologias próprias da modalidade
de educação à distância, a habilitar com competências gerencial, tecnológica, humanística,
ética e de cidadania. Para tanto, assume o desafio de habilitar profissionais para a área de
Gestão Pública, fornecendo ferramentas úteis para que o aluno possa aplicar em seu
município os ensinamentos recebidos nas disciplinas que fazem parte da grade curricular do
curso.
O plano foi elaborado para manter a instituição em consonância com as novas
diretrizes educacionais estabelecidas pelo Ministério da Educação. Desta forma, alinhando-se
aos princípios norteadores do Ministério da Educação e aos novos horizontes
mercadológicos, a Escola Técnica da Universidade Federal do PR busca firmar-se como um
referencial em seu segmento.
• OBJETIVOS
O Curso Técnico de Gestão Pública enfatizará a formação do futuro profissional de
nível técnico, permitindo que atue eficientemente no setor público.
O Curso Técnico em Gestão Pública da Escola Técnica da UFPR está determinado no
sentido de contribuir na preparação e lapidação dos profissionais de gestão pública, de forma
tal que eles estejam aptos a preencher os requisitos exigidos por um cenário tão complexo
como se apresenta e se projeta para o futuro. No entanto, pretende não apenas prepará-lo para
tal, mas também contribuir na sua formação profissional, de forma que possa o aluno vir a
tornar-se um profissional versátil, inovador e ciente de seu contexto de atuação. Desta forma,
terá condições não somente de se posicionar pragmaticamente no mercado, mas poderá
também, delinear conscientemente sua própria rota.
3. REQUISITOS DE ACESSO
1. o ingresso de alunos dar-se-á mediante seleção tendo em vista tratar-se de
formação de servidores inseridos no processo de trabalho.
2. as matrículas serão feitas a cada início de módulos, no entanto os alunos poderão
solicitar o aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores, em
qualquer. Neste caso deverá submeter-se a avaliação das competências e
habilidades; e
3. para efetivação da matrícula e conseqüentemente para a conclusão do curso a
Técnico em Gestão Pública, o aluno deverá apresentar o comprovante de
conclusão do Ensino Médio.
4. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO
O curso possibilita que o aluno, ao concluí-lo, esteja capacitado para atuar
desenvolvendo as competências profissionais gerais do Técnico do segmento de Gestão
Pública pertencente à área de Gestão, determinadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Profissional de Nível Técnico, são as seguintes:
− Identificar e interpretar as diretrizes do planejamento estratégico, do planejamento
tático e do plano diretor aplicáveis à gestão pública organizacional.
− Identificar as estruturas orçamentárias e societárias das organizações e relacioná-
las com os processos de gestão específicos.
− Interpretar resultados de estudos de mercado, econômicos ou tecnológicos,
utilizando-os no processo de gestão.
− Utilizar os instrumentos de planejamento, bem como executar, controlar e avaliar
os procedimentos dos ciclos:
◦ De Pessoal;
◦ De recursos materiais;
◦ Tributário.
◦ Financeiro.
◦ Contábil.
◦ Do patrimônio.
◦ Dos sistemas de informações.
− Empregar o vocabulário técnico específico na comunicação com os diferentes
profissionais da área.
− Utilizar os diversos tipos de equipamentos, de instrumentos de trabalho, de
materiais e suas possibilidades gerenciais.
− Identificar características, possibilidades e limites na área de atuação profissional.
− Utilizar a tecnologia disponível na pesquisa de produtos e no desenvolvimento das
atividades da área.
− Executar atividades relacionadas à administração pública, nas esferas federal,
estadual e municipal, utilizando aplicativos de informáticas e outros dispositivos
tecnológicos.
• Realizar atividades relacionadas com a gestão de recursos humanos, de benefícios
e de folha de pagamento e outras, da área.
• Executar atividades relacionadas ao planejamento e suas funções na área de
gestão.
• Executar atividades relacionadas com a avaliação e o desempenho de pessoal, com
base nos princípios da administração pública.
Partindo do pressuposto da necessidade de formação dos profissionais para atuarem
em instituições públicas em que as dimensões do conhecimento necessitam ser desenvolvidas,
ao mesmo tempo em que será realiza a capacitação técnica, apresentamos as seguintes
dimensões e metas da aprendizagem:
▪ ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
O desenho curricular do Curso Técnico em Gestão Pública está organizado de forma
modular, agregando funções correspondentes ao agrupamento de competências e habilidades
da área.
As competências serão trabalhadas por docentes das diversas especialidades ou
formação, em áreas de ensino, possibilitando o intercâmbio entre os professores dos diversos
Colegiados da Escola e do mercado trabalhado da área de Gestão Pública.
O planejamento modular ensejará uma relação dialógica permanente entre as
competências das diversas funções inerentes aos serviços municipais, podendo ser de
questionamento, de negação, de complementação, de ampliação e iluminação de aspectos não
evidenciados.
Os módulos de ensino articularão os fundamentos teóricos que embasam a relação
entre o conhecimento e sua aplicabilidade na vida profissional, devendo reconhecer as
aprendizagens múltiplas construídas ao longo do contexto da escola e das experiências
trazidas pelos alunos, que serão trabalhadas metodologicamente em competências e
habilidades e não em forma de disciplinas ou matérias com conteúdos isolados.
Os Curso terá a carga horária de 960 horas distribuídas da seguinte maneira:
- Módulo I e II o aluno construíra as competências específicas para Iniciação
Profissional em Gestão Pública com a duração de 480 horas;
- Módulo III aluno construíra as competências específicas para Qualificação
Profissional em Gestão Pública com a duração de 240 horas;
- Módulo IV o aluno construíra as competências específicas de Técnico em Gestão
Pública com a duração de 240 horas.
5.1 Detalhamento da Organização Curricular
Módulo I
Noções de Administração Pública
Competências
• Entender o histórico de evolução da Administração Pública;
• Compreender o conceito de Administração Pública e suas principais características;
• Conhecer as principais teorias da administração e suas características;
• Compreender a aplicação das funções da administração no setor público;
• Compreender as formas de administração pública patrimonialista, burocrática e
gerencial.
• Conhecer a evolução histórica das reformas administrativas no Brasil;
• Entender a importância e os limites de atuação da administração pública.
Habilidades
• Identificar o processo de evolução histórica da Administração Pública;
• Identificar o conceito e as principais da características da Administração Pública;
• Identificar as Teorias de Administração, bem como os principais precursores das
teorias;
• Identificar a aplicação das funções e formas de administração pública na atualidade;
• Identificar a atuação e importância da Administração Pública na atualidade.
Bases Tecnológicas
• Evolução da Administração Pública ao longo da história;
• Elementos fundamentais do Estado;
• Formas e Sistemas de Governo;
• Definição de Administração Pública e suas características;
• Principais Teorias da administração e suas características;
• Funções e Formas de Administração Pública;
• Evolução histórica das reformas administrativas no Brasil;
• Importância e limites de atuação da administração pública.
Noções de Direito Administrativo
Competências
• Compreender as noções básicas do direito público e privado;
• Compreender as determinações do constitucional;
• Compreender as determinações do Estatuto do Servidor Público;
Habilidades
• Identificar as noções básicas do direito público e privado;
• Identificar as determinações do direito constitucional;
• Identificar as determinações do Estatuto do Servidor Público;
Bases Tecnológicas
• Noção Conceitual de direito público e privado;
• Definição de Estado Democrático de Direito;
• Poderes do Estado e sua divisão;
• Estatuto do Servidor Público
• Princípios constitucionais básicos da Administração;
• Poderes e deveres do administrador público;
• Atos Administrativos e suas características;
• Servidores, cargos e funções Públicas.
Ética no Setor Público
Competências
δ) Compreender os princípios éticos aceitos;
ε) Compreender a ética profissional;
φ) Compreender a ética profissional no setor público.
Habilidades
Identificar os princípios éticos aceitos;
Identificar os princípios de ética profissional do funcionalismo público;
Identificar os princípios Éticos transcritos na Constituição Federal de 1988;
Identificar a ética no Estatuto do Servidor público;
Bases Tecnológicas
d) Objetivo da Ética
e) O Conceito de Ética
f) O Campo da Ética
g) Fontes da Regras Éticas
h) Comportamento Ético
- Conceitos, teorias éticas e morais
A Ética e a Qualidade
A Ética e a Lei
4. A Ética e o Trabalho
5. A Ética e a Corrupção
6. A Ética e o Meio Ambiente
7. A Ética e a Liderança
A Ética e a Política
A Ética e a Responsabilidade Social
Conduta no atendimento da população
Estatística Aplicada
Competências
• Compreender as principais características da matemática;
• Compreender as distribuições de medidas;
• Compreender a distribuição de probabilidade;
• Compreender os dados estatísticos para o Setor Público.
Habilidades
• Identificar as principais características da matemática;
• Executar os cálculos de distribuição de medidas;
• Executar os cálculos de distribuição de probabilidade;
• Montar gráficos estatísticos;
• Utilizar os dados estatísticos para relatórios de administração.
Bases Tecnológicas
d) Conceitos básicos;
e) Universo e amostra;
f) Fases de um trabalho estatístico;
• Seqüências numéricas;
• Somatórias e anotação associada;
5. Representação tabular: Tipos de tabelas, partes de uma tabela, normas e representação
tabular;
6. Representação gráfica: Sistema cartesiano ortogonal, normas para construção de gráficos,
gráficos de linha, colunas, barras, de setores;
- Distribuição de freqüências;
- Histograma e distribuição de freqüências;
- Medidas de tendência central;
- Medidas de dispersão;
- Medidas de ordenamento.
Noções de Direito Tributário
Competências
• Definir tributação.
• Relacionar o direito do Estado ao impor tributos e o direito do cidadão ao receber
benefícios do Estado.
• Relacionar a organização e ação administrativa da união, estados e municípios aos
proventos oriundos de tributos.
• Inferir a lisura na arrecadação de impostos e taxas
• Classificar dos tributos.
• Classificar os princípios Constitucionais do Direito Tributário e os tributos federais,
estaduais e municipais.
Habilidades
VI. Aplicar conhecimentos de Direito Tributário.
VII. Dominar o regime jurídico-tributário nacional.
VIII. Reconhecer as esferas tributárias nacionais.
IX. Aplicar os princípios do Código Tributário Nacional.
X. Identificar as etapas de constituição do crédito tributário.
XI. Compreender o processo de extinção do crédito tributário.
Bases Tecnológicas
Princípios do Direito Tributário;
Sistema Constitucional tributário;
O Código Tributário Nacional;
Espécies Tributárias;
Órgãos nacionais para arrecadação de receitas;
Planejamento tributário de Municípios, Estados e União;
Crédito tributário;
Imunidade e Isenção tributária;
Extinção e Exclusão do Crédito tributário.
Gestão de Documentos e Arquivística
Competências
• Compreender a importância da gestão de documentos;
• Identificar os métodos de classificação dos documentos;
• Compreender a importância da arquivística;
• Identificar os sistemas e métodos de arquivamento;
Habilidades
XII. Aplicar os conhecimentos adquiridos de gestão de documentos;
XIII. Dominar os métodos de classificação de documentos;
XIV. Aplicar os conhecimentos adquiridos sobre os sistemas de arquivamento;
XV. Aplicar os conhecimentos adquiridos sobre os métodos de arquivamento.
Bases Tecnológicas
Definição de Gestão de Documentos e seus objetivos;
Classificação de documentos e seus métodos;
Características e classificação de correspondências;
Definição e conceitos de arquivística;
Sistemas e métodos de arquivamento;
Dicas de conservação de documentos;
Módulo II
Informática Básica
Competências
• Compreender o conceito de Tecnologia de Informação e Comunicação;
• Identificar a composição do Computador e seus principais periféricos;
• Conhecer os principais Sistemas Operacionais e suas características;
• Adquirir conceitos básicos de acesso à internet;
• Adquirir informações sobre o editor de textos;
• Adquirir informações sobre o uso de Mala Direta;
• Adquirir informações sobre a planilha eletrônica;
• Adquirir informações sobre a preparação de slides para apresentações.
Habilidades
• Utilizar a tecnologia de informação para melhorar o processo da comunicação;
• Diferenciar os componentes do computador e seus periféricos;
• Capacidade de utilizar a internet;
• Preparar textos no computador;
• Utilizar a mala direta;
• Executar cálculos na planilha eletrônica;
• Preparar slides para apresentação.
Bases Tecnológicas
• Introdução a Tecnologia de Informação e Comunicação;
• Computador: Composição e periféricos;
• Sistema Operacional;
• Internet;
• Editor de textos;
• Planilha Eletrônica;
Preparação de telas para apresentação.
Redação de Documentos Oficiais
Competências
• Compreender a importância da língua escrita e da língua falada;
• Compreender a importância da pontuação e acentuação da língua portuguesa;
• Interpretar textos do cotidiano econômico e político brasileiro;
• Compreender os tipos de comunicação oficial;
• Compreender a utilização de linguagem técnico-comercial e oficial;
Habilidades
• Exercitar a língua escrita e a língua falada;
• Identificar as principais características da pontuação e acentuação da língua
portuguesa;
• Interpretar textos do cotidiano econômico e político brasileiro;
• Utilizar os tipos de comunicação oficial;
• Utilizar a linguagem técnico-comercial e oficial;
Bases Tecnológicas
• A comunicação escrita e suas formalidades;
• Formas de discurso;
• Formas de tratamento;
• Frases e expressões usuais na linguagem técnico-comercial e oficial;
• Competência do signatário e destinatário nas principais correspondências;
• Paradigmas de registros da linguagem técnico-comercial e oficial;
Vantagens da língua escrita sobre a língua falada;
Aspectos que diferenciam a língua escrita da falada;
• Pontuação (ponto, ponto - e - vírgula, vírgula e aspas);
• Concordância verbal (sujeito após o verbo);
• Lógica textual (coerência e coesão);
• Convites
• Declarações
• Atestados
• Avisos
• Cartas comerciais
• Requerimentos
• Abaixo-assinados
• Ofícios
• Memorandos
• Ordens de serviço
• Editais
• Boletins
• Circulares
• Atas
• Malas-diretas
• Contratos
• Convênios
• Estatutos
• Relatórios
• Procurações
Recursos Humanos na Administração Pública
Competências
• Compreender o processo de provimento de vagas do funcionalismo público;
• Compreender o processo de Posse do funcionário público;
• Compreender o processo de Terceirização das atividades públicas.
• Compreender os motivos de exoneração do servidor público;
• Reconhecer a importância dos ativos intangíveis para as organizações públicas.
• Conceituar o plano de cargos e salários
• Reconhecer a lógica da folha de pagamentos
Habilidades
• Entender o processo de provimento de vagas do funcionalismo público;
• Identificar o processo de Posse do funcionário público;
• Identificar o processo de Terceirização das atividades públicas.
• Entender os motivos de exoneração do servidor público;
• Selecionar pessoal
• Elaborar plano de cargos e salários
• Elaborar folhas de pagamento
Bases Tecnológicas
• Serviço Público;
• Servidor Público;
• Concurso público;
• Termo de Posse;
• Estatuto do Servidor Público;
• Exoneração do Serviço público;
• Plano de Carreira do Funcionalismo público;
• A legislação trabalhista: CLT e ESTATUTOS
• Seleção pública de pessoal
• Concursos públicos
• Plano de Cargos e Salários
• Folha de pagamento
• Direitos trabalhistas na esfera pública
Licitações
Competências
• Compreender o conceito de licitação
• Compreender o processo de licitação
Habilidades
• Identificar as modalidades de licitação
• Identificar o processo de licitação
Bases Tecnológicas
• Conceito de Licitação
• Modalidades de licitação
• Lei 8.666/93 e 10.520/02, Decretos federais n° 3.555/00 e 5.450/05, e
alterações legais.
• Edital de convocação
Protocolo, Cerimonial e Eventos
Competências
Saber planejar, organizar e executar eventos.
Conhecer Cerimonial e Protocolo no âmbito organizacional.
Saber estratégias de comunicação.
Conhecer um breve histórico do Cerimonial, Protocolo e Etiqueta.
Conhecer o protocolo oficial.
Conhecer diferentes formas de etiqueta.
Saber delegar ao pessoal de apoio, tarefas inerentes ao evento.
Identificar locais com infra-estrutura adequadas à organização do evento.
Conhecer e dominar aplicativos tecnológicos na área de organização de
eventos.
Identificar e planejar visitas a pontos turísticos, a serem oferecidos aos
participantes do evento.
Conhecer e oferecer serviços de agências de turismo.
Identificar e selecionar fornecedores de produtos e serviços, conforme
planejamento.
Interar-se das atividades ligadas ao mesmo segmento do evento a ser planejado.
Organizar eventos a entidades Públicas.
Ajudar no planejamento do programa do evento.
Identificar o tipo de evento bem como o público alvo.
Conhecer e organizar a secretaria do evento, assim como o assessoramento em
geral.
Habilidades
Saber identificar as diferenças entre Cerimonial, Etiqueta e Protocolo.
Dominar os princípios de Organização de Eventos.
Utilizar e obedecer aos critérios de precedência previstos em Lei.
Desempenhar a atividade de recepcionista do evento.
Desenvolver critérios para avaliação do evento.
Conhecer o protocolo oficial.
Empregar as técnicas de etiqueta e cerimonial
Conhecer o perfil do Profissional de Cerimonial.
Bases Tecnológicas
Uso das técnicas de cerimonial e protocolo.
Uso das técnicas de recepção.
Utilização de recursos de informática.
Uso de técnicas de organização de eventos.
Psicologia das Relações Humanas
Competências
Identificar as diferenças comportamentais de cada fase do desenvolvimento humano.
Estabelecer a comunicação e o inter-relacionamento satisfatório com seus pares e
superiores.
Habilidades
Aplicar os conhecimentos da Psicologia na área de gestão.
Descrever os processos de desenvolvimento da personalidade e sua
constituição.
Reconhecer as sensações e emoções e compreender suas manifestações
Reconhecer a motivação como propulsora das atitudes.
Utilizar atitudes adequadas frente ao cliente, fornecedor, superiores e pares.
Buscar a compreensão de si próprio e dos outros.
Comunicar-se adequadamente.
Bases Tecnológicas
Definição de psicologia e campos de atuação.
Fases do desenvolvimento humano: infância; adolescência; maturidade;
velhice.
Bases do relacionamento interpessoal.
Técnicas de comunicação.
Tributos e Contribuições
Competências
• Compreender as conceituações e classificações dos tributos
• Compreender a conceituação e classificação das contribuições
• Conhecer as etapas necessárias para constituição do crédito tributário
• Conhecer os mecanismos utilizados na administração pública para exigir a cobrança
dos tributos
Habilidades
• Identificar o conceito de tributo;
• Identificar as classificações de tributos;
• Diferenciar as modalidades de tributos: Impostos, taxas e contribuições;
• Identificar a seqüência e os papéis de trabalho necessários para a constituição do
crédito tributário;
• Elaborar documento para cobrança do crédito tributário;
Bases Tecnológicas
• Conceituação de tributo
• Imposto
• Taxa
• Contribuição de Melhoria
• Competência tributária
• Etapas de constituição do crédito tributário
• Documentos para cobrança do crédito tributário
Lei de Responsabilidade Fiscal
Competência
• Compreender o processo de gestão responsável baseado na lei de responsabilidade
fiscal
Habilidade
• Identificar o processo de gestão pública responsável
Bases Tecnológicas
• Lei Complementar nº 101 de 05 de maio de 2000
• Transparência administrativa
• Limitação de gastos
• Relatórios de controle de execução orçamentária.
Módulo III
Noções de Contabilidade Pública
Competências
• Compreender a contabilidade governamental
• Compreender o processo de registro dos fatos administrativos
• Compreender os balanços públicos
• Compreender o processo de escrituração na administração pública
• Relacionar a contabilidade à gestão pública
• Reconhecer a importância da Lei 4320/64 e Lei Complementar 101/2000.
• Diferenciar relatórios e demonstrações contábeis
Habilidades
• Identificar a contabilidade governamental em relação à contabilidade empresarial
• Identificar o processo de registro dos fatos administrativos
• Manusear os balanços públicos
• Identificar o processo de escrituração na administração pública
• Apontar a aplicabilidade da Lei 4320/64 e Lei Complementar 101/2000
• Elaborar relatórios e demonstrações contábeis
• Analisar relatórios e demonstrações contábeis
Bases Tecnológicas
• Lei nº 4.320 de 17 de março de 1964
• Classificações da contabilidade governamental
• Normas de contabilidade
• Sistemas de contabilidade governamental
• Normas de escrituração
• Sistema de contas – Plano de contas
• Balanços Públicos
• Princípios gerais da Contabilidade
• Regime contábil aplicado ao País
• Campo de Aplicação Lei 4320/64 e Lei Complementar 101/2000.
• Plano de contas.
• Relatórios e demonstrações contábeis.
• Análise de relatórios e demonstrações
Plano Diretor
Competências
- Entender o funcionamento de um Plano Diretor
- Conceituar qualidade de vida
- Reconhecer ações de urbanização
- Diferenciar políticas públicas para o meio urbano e o rural
- Conceituar sustentabilidade
- Relacionar sustentabilidade a qualidade de vida
- Reconhecer a importância da preservação ambiental
- Entender os mecanismos sistêmicos de sustentabilidade
Habilidades
• Elaborar e revisar o Plano Diretor
• Associar qualidade de vida a ações de urbanização
• Planejar ações de urbanização
• Planejar ações de desenvolvimento rural
• Propor políticas públicas ambientais auto-sustentáveis
• Discutir empreendimentos do ponto de vista da sustentabilidade
• Analisar alternativas sustentáveis de políticas públicas
• Analisar alternativas econômicas de sustentabilidade
Bases Tecnológicas
Plano Diretor
Urbanização de cidades
Urbanização e qualidade de vida das populações
Problemas urbanos atuais: superpopulação, lixo, transporte, violência e exclusão social
Desenvolvimento rural
A) Sustentabilidade e meio ambiente
B) Sistemas interdependentes
C) Qualidade de vida das populações e processos não sustentáveis
D) Sustentabilidade X Degradação
Gestão de Projetos
Competências
• Reconhecer a importância do planejamento e da elaboração de projetos para as
organizações
• Relatar os conceitos fundamentais da gestão de projetos.
• Associar técnicas e metodologias de elaboração e execução de projetos.
• Delimitar as etapas de elaboração e implementação de projetos.
Habilidades
• Aplicar os princípios de planejamento e da gestão de projetos.
• Trabalhar técnicas e metodologia de elaboração e execução de projetos.
• Aplicar as etapas de elaboração e implementação de projetos.
• Elaborar projetos
• Gerenciar projetos
Bases Tecnológicas
O processo de planejamento e elaboração de projetos
Tipos de projetos
Etapas na formulação e execução de projetos
Construção de cenários na elaboração de projetos
Análise da viabilidade de projetos
Delimitação de responsabilidade e deveres na execução de projetos
Técnicas e métodos de elaboração de projetos
Gestão pública e de projetos: possibilidade e riscos
Contratos e Convênios na Administração Pública
Competências
Reconhecer os princípios de idoneidade em contratos públicos
Estabelecer as formas e características de elaboração de Contratos Públicos.
Evocar as normas da Lei 8.666/93.
Determinar o funcionamento do Pregão Eletrônico.
Habilidades
IX. Opinar sobre a lisura de contratos públicos.
X. Identificar as formas e características de Licitações públicas.
XI. Aplicar as normas da Lei 8.666/93 da redação de contratos peculiares à esfera
pública.
XII. Domínio sobre Pregão Eletrônico.
1. Redigir de contratos peculiares à esfera pública.
Bases Tecnológicas
2. Princípios legais em contratos públicos para o fornecimento de bens e serviços
3. Equívocos e falhas recorrentes na elaboração de contratos públicos para o
fornecimento de bens e serviços
4. A lei 8.666/93 e o fornecimento de bens e serviços
5. Elaboração de editais de fornecimento de bens e serviços
6. O pregão eletrônico
7. Princípios legais na elaboração de contratos públicos
Patrimônio Público, materiais e logística
Competências
- Reconhecer administração de estoques e do almoxarifado
- Conceituar bens patrimoniais e sistemas de controle do patrimônio.
- Reconhecer a gestão do patrimônio na esfera pública.
- Elencar princípios de distribuição e de cadeia de suprimentos.
Habilidades
• Organizar o funcionamento de estoques e almoxarifados
• Gerenciar o patrimônio público
• Controlar o patrimônio público
• Sugerir meios de distribuição
• Sugerir rotas de distribuição
• Sugerir meios de suprimentos
• Sugerir fornecedores
Bases Tecnológicas
Organização de almoxarifados
Controle de estoques
Controle do patrimônio público
Gerenciamento do patrimônio público
Canais e rotas de distribuição
Canais e meios de suprimentos
Formação de fornecedores
Gestão Participativa
Competências
• Conhecer o sistema político de Gestão Participativa.
• Conhecer as etapas e características da Gestão Participativa.
• Conhecer a aplicabilidade da Gestão Participativa.
Habilidades
• Identificar o sistema político de Gestão Participativa.
• Identificar as etapas e características da Gestão Participativa.
• Identificar a aplicabilidade da Gestão Participativa.
Bases Tecnológicas
• Regionais Comunitárias
• Escolha dos representantes de regionais
• Reuniões de Regionais
• Estabelecimento de Prioridades
• Implementação e votação de prioridades
• Acompanhamento da Gestão.
• Participação na verificação de prestação de contas.
Módulo IV
Orçamento Público
Competências
• Compreender o processo de planejamento das atividades governamentais
• Compreender o processo de elaboração do orçamento público
• Estabelecer a importância do orçamento na esfera do Estado
• Elencar as vantagens da elaboração de orçamento participativo
• Relacionar as diretrizes orçamentárias à legislação pertinente
Habilidades
• Identificar as principais características do planejamento econômico e político
• Identificar as particularidades do orçamento público
• Classificar as etapas do ciclo orçamentário
• Participar da elaboração do orçamento
• Articular interesses na viabilização do orçamento
• Respeitar a legislação e as diretrizes orçamentárias
Bases Tecnológicas
• Orçamento como instrumento de planejamento
• Princípios orçamentários
• Ciclo orçamentário
• Exercício financeiro
• Plano plurianual
• Lei de Diretrizes orçamentárias
• Leis orçamentárias anuais
• Créditos adicionais
• Receita pública
• Despesa publica
A legislação orçamentária nacional: princípios e normas
Constituição estadual e orçamento
Lei orgânica municipal e orçamento
Plano plurianual
Orçamento participativo
Articulação de interesses na execução de orçamentos
Comportamento Organizacional
Competências
Identificar princípios éticos necessários ao exercício profissional, dentro da
legislação vigente.
Compreender eticamente os procedimentos e técnicas profissionais que regem
a conduta e postura, no ambiente de trabalho.
Operar sistemas informatizados, utilizando recursos de novas tecnologias no
exercício profissional.
Aplicar técnicas de atendimento ao público em geral, atendimento telefônico,
apresentação pessoal e organização do ambiente de trabalho.
Habilidades
Executar procedimentos de rotina nos atendimentos: telefônico, recepção e
público interno e externo.
Utilizar atitudes adequadas frente ao cliente, fornecedor, superiores e pares.
Explorar os recursos de informática, utilizando softwares específicos da área de
gestão.
Organizar o ambiente de trabalho.
Utilizar estratégias de relacionamento interpessoal, para a realização de
trabalho em equipe.
Bases Tecnológicas
Técnicas de atendimento a clientes internos e externos.
Técnicas de organização do ambiente de trabalho.
Técnicas de comunicação aplicada na linguagem verbal e não-verbal.
Equipamentos ligados ao trabalho, aplicativos na área da informatização.
Organização e planejamento de ações rotineiras.
Uso correto do telefone, fax, microcomputador, e outros aparelhos correlatos.
Técnicas de assessoramento.
Gestão da Qualidade
Competências
• Atuar nas diversas áreas da administração pública com qualidade.
• Executar projetos com parâmetros aceitáveis de qualidade.
• Planejar rotinas abordando aspectos de qualidade.
• Organizar, executar e controlar questões administrativas com padrão de qualidade.
Habilidades
• Compreender a importância da qualidade na prestação do serviço público.
• Prestar serviços públicos com padrão de qualidade aceitável para o em exercício de
suas funções.
Bases Tecnológicas
• Concepção moderna da qualidade;
• Conceitos, métodos e estruturas da gestão da qualidade;
• Processos e agentes da gestão da qualidade;
• Ambientes de atuação da gestão da qualidade;
• Gerenciamento da qualidade.
Prestação de contas
Competências
• Compreender o processo de prestação de contas da administração pública federal.
• Compreender o processo de prestação de contas da administração pública estadual.
• Compreender o processo de prestação de contas da administração pública municipal.
Habilidades
• Identificar o processo de prestação de contas da administração pública federal.
• Identificar o processo de prestação de contas da administração pública estadual.
• Identificar o processo de prestação de contas da administração pública municipal.
Bases Tecnológicas
• Tribunais de contas
• Responsáveis
• Processos
• Tipos
• Documentação
• Prazos para encaminhamento e julgamento das contas
• Tomadas de contas especiais
5.3 METODOLOGIA DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
5.3.1 Momentos Presenciais
Os momentos presenciais serão desenvolvidos por meio da tecnologia de transmissão
via satélite e outras atividades desenvolvidas nas tele-salas. Os alunos assistem às tele-aulas,
ao vivo, em tele-salas e podem interagir ao vivo pelo telefone DDG (0800) e através de e-
mails. Estas aulas serão produzidas no estúdio localizado na Escola técnica da Universidade
Federal do Paraná e acontecem sempre ao vivo com o objetivo de promover a maior
interatividade possível, para que o aluno tenha condições de intervir na aula, sanando suas
dúvidas em tempo real.
O projeto pedagógico prevê para o curso Técnico em Gestão Pública a produção de 03
(três) tele-aulas com a duração de 33 (trinta e três) minutos diárias. Conforme estabelecido as
tele-aulas acontecerão no período noturno das com início às 19 (dezenove) horas e final às 22
(vinte e duas) horas e 28(vinte e oito) minutos
As tele-aulas estarão centradas na exposição e discussão dos conteúdos, a partir dos
textos de referências indicadas no livro didático. Serão ministradas por professores
especialistas da Escola Técnica e da Universidade Federal do Paraná com amplo
conhecimento teórico e prático, com o objetivo de conduzir e orientar os alunos nesse
processo, para que atinjam o objetivo principal que é a formação superior. Durante as tele-
aulas os professores especialistas darão orientações, para o desenvolvimento dos estudos que
deverão ser desenvolvidos a distância posteriormente.
5.3.2 Interatividade
A participação do aluno durante a tele-aula chega até o professor por meio de uma
equipe especializada que atende o call center. Estes questionamentos poderão ser efetuados
através do 0800, fax, ou on-line.l As principais dúvidas serão encaminhadas ao professor nos
últimos 10 (dez) minutos da tele-aulas como se ele estivesse presente na unidade escolar.
Os questionamentos que não foram respondidos durante o tempo da tele-aulas, serão
encaminhados ao espaço de perguntas e respostas disponibilizado no ambiente on-line
previsto para o curso. Estas dúvidas por sua vez serão respondidas pelo tutor durante o
plantão de dúvidas e ficarão a disposição dos alunos posteriormente as tele-aulas.
5.3.3 Estudos a Distância
Os estudos à distância estão apoiados em atividades complementares, atividades auto-
instrutivas e atividades supervisionadas. Nos momentos de estudos à distância os alunos são
levados a fazer uma série de reflexões sobre pontos apresentados nos livros didáticos,
orientações para o desenvolvimento de pesquisas, leituras complementares e trabalhos em
grupos, em que a construção integradora do conhecimento se coloca como princípio
norteador, buscando-se o reconhecimento da autonomia relativa a cada unidade temática e o
diálogo necessário na busca do conhecimento da realidade educacional.
Após as tele-aulas os alunos continuam nas tele-salas para o desenvolvimento das
atividades supervisionadas, serão propostos exercícios com o objetivo de aprofundar e
complementar o conteúdo estudado com base no livro didático e as explicações dadas pelos
professores durante as tele-aulas. É uma atividade em grupo, cuja metodologia será
determinada de forma multidisciplinar, a fim de que seja estipulado um único trabalho que
contemple as diferentes ênfases e enfoques ministrados nas unidades curriculares. Esta
atividade deve primar à pesquisa, a autonomia intelectual e a relação prática do que está sendo
estudado nas tele-aulas, no livro e na prática profissional do aluno.
Esta atividade será coordenada pelo orientador educacional3 durante os momentos
presenciais, e estará disponível na internet logo que determinado pela coordenação do curso.
As atividades supervisionadas deverão ser entregue ao orientador educacional, no máximo até
o último dia de unidade didática.
Para ambas as atividades, o aluno contará ainda com o apoio, mediação e orientação
do Professor-tutor.
As atividades auto-instrutivas se encontram no final do livro didático do aluno. São
atividades de revisão para fixação do conteúdo proposto no livro didático. Após cada aula
ministrada deverá ser destacada e entregue ao orientador educacional da tele-sala para envio a
coordenação do respectivo curso.
5.3.4 Tutoria
Nos sistemas de educação à distância a tutoria é uma ferramenta fundamental, é
através dela, que se garante a inter-relação personalizada e contínua do aluno com o curso,
bem como se viabiliza a articulação entre os envolvidos no processo para a consecução dos
objetivos propostos atendendo as especificidades da clientela incorporando como
complemento as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação - NITC.
Para cada unidade didática do Curso serão disponibilizadas 02 (duas) horas semanais
para atendimento das atividades desenvolvidas a distância. Este atendimento acontecerá no
dia seguinte ao das tele-aulas, conforme cronograma da coordenação de curso e previamente
informado aos alunos. A comunicação com a tutoria poderá acontecer através do telefone
DDG (0800) e do ambiente on-line.
5.3.5 DDG 0800
3 Terminologia utilizada pelo Ministério da Educação – Secretaria de Educação a Distância para designar o profissional com formação superior adequada para o atendimento de alunos nas tele-salas.
O telefone DDG (Discagem Direta Grátis) 0800 é um serviço disponibilizado para os
alunos durante as tele-aulas e as tutorias. Os alunos poderão entrar em contato gratuitamente
com a Escola Técnica, através de um número único e de fácil memorização.
5.3.6 Ambiente on-line
É uma ferramenta disponibilizada para os alunos, acessada com senha individual, que
funcionará como ambiente de apoio pedagógico. Além de um sistema de perguntas e
respostas que serão respondidas pelo tutor o aluno terá como ferramentas disponíveis o acesso
aos serviços de:
Informações Acadêmicas
Notas
Calendários
Informações Pedagógicas
Cronogramas
Arquivos Disponíveis
Slides das tele-aulas
Textos Complementares
Contatos
5.4 Livro Didático
Na educação presencial o livro didático tem o papel de apoio bastante evidenciado
para que o professor possa dinamizar suas intervenções. Isso ocorre em paralelo à
comunicação direta entre o professor e o aluno e as intervenções são feitas em tempo real
entre as partes. No caso da educação à distância, o livro didático assume o papel de mediador
entre as partes. O aluno passa a ter no livro didático o elemento instigador de interação entre
os conteúdos propostos e o professor. Deve cumprir as funções de informar, motivar,
controlar além de avaliar. Ele deve, ainda: atender aos objetivos do curso; ser coerente com a
linha pedagógica a qual está inserido; ter conteúdo claro e bem definido; ter vocabulário de
acordo com o nível do público que se pretende interagir; utilizar recursos de imagens (sempre
que possível) para tornar o visual mais atraente e agradável; conter testes de auto-avaliação,
possibilitando ao aluno verificar seu nível de aprendizado e sugerir fontes bibliográficas
complementares.
A elaboração dos livros didáticos utilizados no curso será realizada por professores da
Escola Técnica da UFPR. Será um recurso estratégico para facilitar tanto as atividades de
ensino quanto às de aprendizagem. Estarão situados numa dimensão estratégica, em que a
escolha e o planejamento de atividades contribuam efetivamente para que o aluno interaja de
modo dinâmico com que lhe é proposto. O aluno será incentivado a avançar sempre na
direção da reutilização dos conhecimentos adquiridos, ou seja, na transferência de uma
situação cotidiana para outra científica.
5.5 Desenvolvimento da Ação Pedagógica
Ao analisarmos os modelos de ensino desenvolvidos na modalidade à distância, ficam
evidenciadas as figuras professor especialista e professor-tutor. No modelo adotado por este
projeto, devido as suas características e particularidades, surge a necessidade institucional de
incorporar ao processo de ensino-aprendizagem uma nova figura que é a do orientador
educacional.
Neste projeto as atribuições do professor, do professor-tutor e do monitor são bem
distintas, no entanto interligadas. Cada uma delas tem um papel imprescindível e para exercer
suas responsabilidades dentro de todo o processo deve possuir um perfil profissional com as
habilidades e competências inerentes à função.
5.5.1. professores especialistas
Para atender as especificidades do curso de Técnico em Gestão Pública nas
modalidades à distância e educação de jovens e adultos, contará com os professores da Escola
Técnica e da UFPR capacitados para atender as exigências do processo pedagógico. A
docência na Educação à distância utiliza-se de recursos tecnológicos e da intervenção
constante de uma equipe multidisciplinar, integrada por profissionais da área pedagógica, da
área de produção e transmissão, da área de logística e da área administrativa. Neste contexto,
são funções do professor especialista:
• Elaborar do livro didático utilizado na tele-aula;
• Dominar determinadas técnicas e habilidades para tratar de forma específica os
conteúdos das unidades didáticas;
• Orientar o aluno em seus estudos, explicando durante as tele-aulas as questões
relativas aos objetivos e conteúdos da unidade didática;
• Destacar durante as tele-aulas a importância do estudo independente, familiarizando o
aluno com a metodologia e utilização do livro didático;
• Ensinar ao aluno a adquirir técnicas de estudos e métodos de aprendizagem na
modalidade à distância;
• Elaborar diferentes técnicas e procedimentos de avaliação;
• Favorecer a possibilidade de que o aluno avalie seu próprio processo de
aprendizagem;
• Elaborar dos slides utilizados na tele-aulas;
• Estruturar as atividades auto-instrutivas e supervisionadas;
• Elaborar e corrigir os instrumentos de avaliação de sua unidade didática.
5.5.2. professores tutores4
Como mediador nesse processo o professor tutor, em sua grande maioria serão os
próprios professores dos cursos. Tem um papel relevante atuando como mediador do curso
junto ao aluno, ao professor e ao orientador educacional, são profissionais capacitados para
facilitar o processo de ensino-aprendizagem, devem estimular e ao mesmo tempo participar
do processo de avaliação da aprendizagem dos alunos. Dentre suas atribuições estão:
Facilitar ao aluno e ao orientador educacional a integração e o uso dos diferentes recursos;
Estabelecer uma relação compreensiva durante as explicações;
Manter diálogo permanente com a coordenação de tutoria do projeto, para formular plano de
ação, análise de resultados e conhecimento das rotinas e encaminhamentos;
Coordenar, acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas sob sua orientação;
Prestar informações ao aluno sobre o curso;
Obedecer ao cronograma de horário para realização da tutoria;
Orientar os alunos nos cumprimentos de todas as atividades do curso;
4 Os tutores serão selecionados em conjunto Coordenação Geral de Ensino, Coordenação Pedagogia em EAD e Coordenação do Curso.
Esclarecer de forma clara as dúvidas relativas à resolução das atividades auto-instrutivas e
supervisionadas;
Acompanhar e avaliar o processo de ensino aprendizagem
O trabalho pedagógico da tutoria estará sob a supervisão e orientação da coordenação do
curso.
5.5.3. orientadores educacionais
O orientador educacional é um profissional da educação com formação
superior adequada para o atendimento dos alunos nas tele-salas. As atividades deste
profissional são de suma importância para o sucesso do curso, pois não há tecnologia que
substitua a competência e o calor humano nas relações de aprendizagem. A capacidade de
incentivo, a interatividade com o grupo de alunos e o espírito de liderança, garantirá o
compartilhamento do conhecimento e o intercâmbio de experiências, pois o orientador
educacional será o elo de ligação entre a turma e a Escola Técnica.
Para o cumprimento de suas atividades o orientador educacional deve realizar
basicamente três ações: orientadoras, acadêmicas e instrucionais.
As ações orientadoras estão relacionadas ao lado afetivo e emocional dos alunos. No
desempenho de suas atribuições o orientador educacional deve:
Visualizar o aluno na sua integralidade, ou seja, como cidadão nos aspectos
biológicos, psicológicos, sociais e acadêmicos. Todos esses aspectos devem ser
levados em conta, unidos ou separados, durante todo processo de ensino-
aprendizagem;
Dedicar-se a todos os alunos, observando e respeitando os diferentes ritmos de
aprendizagem;
Orientar com paciência os alunos durante todo o curso;
Evitar, sempre que possível que o aluno se sinta só, motivando-o e orientando-o nas
dificuldades que surjam durante o processo de ensino;
Destacar a importância do estudo independente ou em grupo, pois isso fará com que o
aluno se familiarize com a metodologia do curso;
Despertar a interação do grupo, favorecendo a comunicação entre os seus membros na
realização dos trabalhos;
Comunicar-se pessoalmente com cada aluno, estabelecendo uma relação compreensiva
e de aceitação, evitando tanto as atitudes autoritárias ou muito permissivas;
Verificar se existe problemas pessoais entre os alunos que possam dificultar a
aprendizagem, propondo, se possível, soluções.
As ações acadêmicas estão centradas na atuação como facilitador do processo de
ensino-aprendizagem, portanto deve:
• Organizar-se pela programação do curso;
• Informar aos alunos sobre os aspectos significativos propostos pelos cursos, é
importante ressaltar que os alunos sempre recebam as mesmas orientações.
• Garantir o recebimento perfeito das transmissões de cada tele-aula;
• Manipular com segurança o equipamento instalado (televisor e antena parabólica) em
cada tele-aula com o apoio da equipe técnica;
• Testar o sinal sempre com antecedência do início das tele-aulas;
• Encarregar-se da organização e envio das perguntas durante as tele-aulas;
• Controlar a freqüência dos alunos;
• Controlar a entrega das atividades auto-instrutivas e supervisionadas;
• Aplicar as avaliações finais e de segunda chamada;
• Remeter a Escola Técnica todas as atividades realizadas pelos alunos.
As ações institucionais caracterizam-se pelo desempenho de atividades administrativas
e institucionais. Para tanto é necessário:
• Conhecer os fundamentos, estrutura e metodologia de EAD desenvolvidos pelo
projeto;
• Prestar informações ao aluno sobre inscrições, matrículas, rematrículas e
particularidades do curso;
• Zelar pelo cumprimento do calendário escolar;
• Prestar informações dos alunos sempre que solicitados;
• Cumprir rigorosamente os prazos de envio de documentos e atividades
determinados pelas coordenações dos cursos;
• Participar sempre que solicitado de cursos, treinamentos, reuniões, viagens e
outros;
Para o desenvolvimento da ação pedagógica do projeto, o aluno contará ainda com um
efetivo apoio técnico, administrativo e pedagógico desenvolvido pelas coordenações
administrativa, pedagógica e de curso e administrativa.
5.6. Sistema de apoio e de comunicação ao processo ensino-aprendizagem
Inclui os serviços de tutoria e os de comunicação. O aluno terá a sua disposição um
professor-tutor que será o mediador entre ele, o professor, o orientador educacional e o curso.
Para esta comunicação estará à disposição do aluno o 0800 e e-mail, onde o professor-tutor
estará, conforme cronograma de tutoria previamente estabelecido pela coordenação do curso,
para sanar dúvidas.
O serviço de comunicação tem dois propósitos básicos. Por um lado, viabiliza o
funcionamento da tutoria, fornecendo contato entre aluno/tutor e orientador educacional/tutor.
Por outro lado, facilita o fluxo de informações indispensáveis para que a coordenação do
curso possa exercer suas funções com eficiência.
6. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E
EXPERIÊNCIAS ANTERIORES
As competências anteriores adquiridas pelos alunos, relacionadas com o perfil de
conclusão do Técnico em Gestão Pública poderão ser avaliadas para aproveitamento de
estudos, no todo ou em parte, nos termos preconizado pela legislação vigente (art.8º inciso
VII e art. 9º parágrafos 1º e 2º, da Resolução CNE/CP Nº. 03 /2002):
10. Em cursos regulares, mediante análise detalhada dos programas desenvolvidos desde
que sejam inerentes ao perfil de conclusão do curso;
11. No trabalho, mediante avaliação individual do aluno.
Em qualquer condição, o aproveitamento deverá ser requerido antes do inicio do
desenvolvimento do Módulo, de acordo com o previsto no calendário escolar do curso, para
que haja tempo hábil para a devida análise e avaliação de competências, a indicações de
eventuais complementações e o deferimento pelo Colegiado do Curso. O manual do aluno
conterá as informações pertinentes à avaliação de conhecimentos e experiências anteriores.
Os processos de avaliação para aproveitamento de competências serão registrados em
relatórios, memoriais descritivos ou provas. Os relatórios e memoriais descritivos serão
avaliados por uma comissão de avaliação dos conhecimentos e das experiências anteriores,
composta por professores especialistas que atuam no colegiado do curso. A referida comissão
de avaliação será nomeada, por portaria da direção da escola.
Os relatórios, os memoriais descritivos, as provas e os pareceres da comissão de
avaliação serão arquivados no prontuário individual do aluno, juntamente com os documentos
que instituirão esse processo na forma como dispõe o Regimento da Escola Técnica.
7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Um dos pontos de maior relevância na educação à distância diz respeito aos processos
avaliativos, é a partir deles que será possível fazer as devidas adequações tanto nos processos
de ensino-aprendizagem quanto no sistema e na modalidade. Por meio desses indicadores
serão avaliados aspectos da qualidade na execução da proposta político-pedagógica dos
cursos. A avaliação deve ser vista como um processo global, onde todos os seus componentes
devem ser avaliados, permitindo verificar como está o andamento do curso, possibilitando
agilidade na resolução dos problemas surgidos.
A avaliação para este curso será na forma disposta no Regimento da Escola Técnica e
na legislação de ensino vigente. A preferência será pela avaliação do consenso, com critérios
e práticas negociadas na própria elaboração do contrato de aprendizagem com espaço para a
auto-avaliação.
7.1. Perspectiva da avaliação
A avaliação será contínua e cumulativa, possibilitando o diagnóstico sistemático do
processo de ensino/aprendizagem, prevalecendo os aspectos qualitativos e os resultados
obtidos ao longo do processo.
Os critérios de avaliação para cada unidade curricular serão estabelecidos nos
respectivos planos, que serão elaborados e aprovados pelo colegiado do curso, antes do início
das atividades didáticas relativas ao módulo.
A avaliação levará em conta o desempenho do aluno e assimilação dos conhecimentos
da ciência e das tecnologias apropriadas para cada situação. As avaliações serão periódicas e
específicas de acordo com os objetivos do plano de ensino de cada unidade curricular através
da:
• Compreensão – entendimento, interpretação de idéias, informações, conceitos textos;
• Relacionamento – capacidade de perceber as ligações existentes entre as idéias, fatos,
processo, estilos, causalidade e efeito;
• Construção de conceitos - conceituação adequada verificada em trabalhos escritos e
apresentações orais feitas com originalidade e não como reprodução de conceitos
memorizados;
• Redação – clareza, originalidade, vocabulário, argumentação, citação de referências;
• Comunicação interpessoal – clareza e empatia ao fazer apresentações para o grupo em
seminários;
• Disciplina – pontualidade, preocupação em trazer para as aulas o material de apoio,
organização na apresentação de trabalhos;
• Cooperação – prestação de auxílio aos colegas e ao monitor, socialização das
informações, experiências e conhecimentos que possam beneficiar o grupo e demais
servidores públicos;
• Interesse – iniciativa em pesquisar, buscar informações e ilustra o que se discute ou
pesquisa, além do solicitado pelo professor ou coordenação do curso, participação em
debates e em tele-aulas;
• Liderança – capacidade de motivar, estimular, organizar e orientar ações de grupo.
A recuperação será contínua, realizando-se concomitantemente ao desenvolvimento das
unidades curriculares, com a utilização de aulas gravadas, atendimento realizado pelo
orientador educacional, tutoria e professor especialista (correio eletrônico). Após os estudos
de recuperação aquele que obtiver a nota mínima exigida pelo regimento interno da Escola
Técnica.
Os alunos receberão um manual do curso contendo: critérios e procedimentos a serem
adotados para o desenvolvimento do curso bem como sobre as normas regimentais, de
avaliação, recuperação, freqüência e promoção.
7.2. Sistemas de avaliação
As experiências de avaliação fazem parte do nosso cotidiano. Ainda que estejamos
recorrendo a procedimentos formais, estamos sempre emitindo julgamentos sobre uma série de
atividades humanas.
Um dos grandes desafios para implementação de propostas e projetos inovadores é a
avaliação, isto é, seus procedimentos de articulação permanente entre avaliadores e os
profissionais que tomam decisões para a consecução dos objetivos a serem alcançados.
Vários processos de avaliação da aprendizagem em diferentes níveis estão sendo
disseminados em diversos países, já que a educação e o conhecimento constituem prioridades
fundamentais para uma sociedade em permanente transformação.
Como prática educativa à avaliação deve ser pensada no contexto de uma visão política,
cujas ações possam expressar as decisões educacionais de seu aprimoramento, permanente
realimentação crítica do curso proposto e das expectativas e necessidades dos alunos no
processo de aprendizagem.
A intenção é, portanto, refletir criticamente sobre a avaliação do sistema de educação,
sob a responsabilidade da Coordenação Geral de Ensino em conjunto com Coordenação
Pedagógica dos Cursos de Educação à Distância e a Coordenação do Curso de Graduação -
Tecnologia em Gestão Pública, bem como sobre seu impacto nas políticas propostas pela
Direção da Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná.
O Curso de Técnico em Gestão Pública nas modalidades de educação à distância e de
jovens e adultos privilegia, sob a dimensão didático-pedagógica, os seguintes aspectos:
4. Avaliação da aprendizagem;
5. Avaliação do material didático;
6. Avaliação do sistema de tutoria; e
7. Avaliação da modalidade de educação à distância.
7.2.1. avaliação da aprendizagem
É na pedagógica que se inscreve a avaliação da aprendizagem. Num sistema de
educação à distância uma aluno não conta com a presença física do professor. Daí a
importância de se utilizar um método de trabalho que desenvolva um grau elevado de
confiança, e ao mesmo tempo proporcione aos alunos a possibilidade de também se auto-
avaliarem.
O trabalho dos professores ao selecionar os conteúdos e organizar o material didático
básico para orientar as atividades discentes dever ser, principalmente e, sobretudo, o de
contribuir para que todos possam questionar o que já sabem, bem como os conhecimentos
novos que estão sendo apresentados nas unidades curriculares.
Esse processo de conquista da aprendizagem é dinâmico, entre as pessoas que têm alvos
comuns de ação adicionados às estratégias individuais para atingi-los.
Nesse sentido cabe evidenciar a diferença entre critérios de produto e critérios de
processo: no primeiro caso se aplicam critérios extrínsecos às questões a serem avaliadas e ao
segundo, critérios intrínsecos. Não é tarefa simples, estabelecer a distinção entre a avaliação
feita durante o processo educacional e a avaliação realizada após o mesmo, os papéis são
diferentes. Enquanto a avaliação realizada durante o processo tem a finalidade de aprimorar o
ensino e a aprendizagem (função formativa) a avaliação realizada ao final, tem a finalidade de
emitir parecer de julgamento e tomar decisão.
A avaliação da aprendizagem é considerada, portanto, como um processo continuado e
compreensivo e descritivo que permite analisar criticamente em que dimensão os objetivos
dos alunos foram atingidos, mediante atitudes individuais de desafios, no processo de
cognição do sistema, tanto de educação à distância como no ensino presencial.
A experiência a ser realizada neste curso envolverá três níveis. No primeiro nível o
acompanhamento do processo de aprendizagem far-se-á nos encontros presenciais que serão
realizados em cada unidade curricular, num percentual de 40% em que o professor
responsável pelos encontros irá conferir:
Se os alunos estão captando e compreendendo os conteúdos propostos nas unidades
didáticas e os graus de dificuldades existentes;
Se os alunos têm condições de desenvolver ou não tarefas propostas no percurso das
diferentes unidades didáticas;
Se os alunos estão em condições de estabelecer articulações contínuas entre os
conhecimentos propostos e sua prática pedagógica.
Durante os referidos encontros o orientador educacional fará anotações acerca das
possibilidades e das dificuldades que os alunos estão encontrando nas unidades didáticas
trabalhadas.
O segundo nível caracteriza-se pelo estudo à distância, contato dos alunos com as
tutorias pelos diversos meios de comunicação e a realização das atividades e trabalhos finais
escritos para atender os critérios de avaliação de cada unidade didática. A tutoria receberá as
consultas telefônicas, e-mail, fax, correspondências e entrará em contato com os professores
para mediar os impasses relativos à consecução das atividades.
O terceiro nível é o da avaliação final individual, escrita e sem consulta. Após a análise
e interpretação dos resultados registrados nas fases anteriores, será realizada a avaliação final,
que consiste na aplicação de provas escritas, presenciais, individuais, contendo questões,
resoluções de problemas, simulações de casos e exercícios, envolvendo o conteúdo
programático proposto em cada unidade didática.
A duração máxima de cada avaliação final será de três horas e aplicada pelo orientador
educacional, nas tele-salas.
6.2.2. avaliação do material didático
O material didático do Curso Técnico em Gestão Pública nas modalidades de educação à
distância e de jovens e adultos será analisada sob as seguintes perspectivas:
- Pelos alunos, para conferir em que medida os conteúdos selecionados e a
linguagem utilizada são por eles compreendidos, permitindo ao mesmo situar-se como
protagonista da construção do conhecimento. Serão considerados, como elementos de análise
da qualidade, a diagramação e apresentação gráfica, a organização e disposição dos conteúdos
programáticos, fatores estes que possibilitarão uma melhor assimilação por parte dos alunos;
- Pelo tutor e orientador educacional, em relação à clareza do material, a seqüências
em que os conteúdos são apresentados e de como ocorre à relação teoria-prática bem como a
disposição e apresentação dos aspectos gráficos e, sobretudo da comunicação dialógica do
autor;
- Pelo autor, responsável pela construção do material didático e pela seleção e
organização do significado e da importância dos conhecimentos que compõem os textos. Essa
avaliação é complementada pelos resultados da avaliação dos alunos e tutores;
- Pela Coordenação Geral de Ensino em conjunto com a Coordenação Pedagógica
em EAD, Conselho Editoral do Programa de Educação a Distância e a Coordenação do curso,
que após a análise e interpretação das avaliações dos alunos, tutores e autores, viabilizarão as
alterações nos livros didáticos sempre que necessário.
6.2.3. avaliação sistema de tutoria e orientação educacional
O trabalho da tutoria e da orientação educacional é de fundamental importância em
programas educacionais á distância. A análise e a avaliação destes da tutoria e da orientação
educacional dar-se-á através das seguintes atividades:
• Avaliação do material didático utilizado no curso levando em consideração as
unidades didáticas, propostas no projeto pedagógico do curso;
• Informações sobre a necessidade de implementação de atividades de apoios solicitados
pelos alunos que não estavam previstas no projeto pedagógico do curso;
• Registro dos problemas relativos aos conteúdos, ao material didático e a metodologia
utilizada, a partir das observações e reivindicações dos alunos;
• Participação efetiva no processo de avaliação dos alunos e do curso;
• Solução das deficiências encontradas no material impresso;
• Auxílio aos alunos para a superação das dificuldades encontradas;
• Apoio aos alunos na compreensão dos textos e na resolução das dificuldades,
motivando-os a encontrar no material didático e nas referencias completares as
respostas às suas dúvidas;
• Auxílio aos alunos no desenvolvimento da responsabilidade pela auto-avaliação do
processo de ensino-aprendizagem.
Em virtude das exigências acima citadas ao trabalho da tutoria e da orientação
educacional é imprescindível que os profissionais selecionados para exerce essas funções,
tenham um período de qualificação que possibilite:
O aprofundamento e a apropriação das referências teóricas sobre os sistemas de
educação à distância;
Conhecimento do projeto pedagógico do curso;
Estudo sistemático dos sistemas de orientação denominados de tutoria em educação à
distância;
Intercâmbio de experiências nas diversas modalidades de tutoria e orientação
educacional;
Atualização dos conhecimentos específicos da Gestão Pública relativos à unidade
didática que cada tutor e educacional será responsável.
As referidas condições são indispensáveis para assegurar a dedicação e o sucesso da
modalidade de educação à distância a curto, médio e longo prazo.
Na avaliação do processo de aprendizagem na modalidade de educação à distância sob o
ponto de vista pedagógico é fundamental que se tenha em mente que a avaliação: do material
didático, do sistema de tutoria e orientação educacional, dos recursos tecnológicos
selecionados e colocados à disposição dos alunos para auxiliar o processo ensino-
aprendizagem servem de parâmetros para avaliação desta modalidade de ensino.
Todas as inter-relações propostas e estabelecidas no processo, às dimensões previstas a
serem trabalhadas antes e durante a execução do curso, permitirão a construção de uma rede
significativa que possibilitará a reestruturação o projeto pedagógico do curso e o projeto
pedagógico da Escola Técnica, articulando o sistema de educação presencial com o sistema de
educação à distância.
8. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
8.1. Tele-salas
A estrutura física das tele-salas propostas pelo Curso de Graduação - Tecnologia em
Gestão Pública serão montadas pelas instituições públicas parceiras da Escola Técnica na
execução do curso.
O ambiente da tele-sala terá obrigatoriamente 50 (cinqüenta) carteiras, um kit
tecnológico, composto de um televisor de 29 polegadas, um aparelho de DVD, uma antena
parabólica para satélite digital com seu respectivo sintonizador, para o serviço RTV Digital
Plus, uma linha telefônica, um micro computador com a configuração mínima de: Tipo 486,
com 100 MHZ de "clock", memória RAM de 4 Mbytes, Windows 3.1; winchester de 20
Mbytes livres, modem (interno ou externo) com velocidade mínima de 9.600 Bps, e uma
impressora jato de tinta ou laser.
8.2. Central de Atendimento
A central de atendimento tem a finalidade de assegurar o intercâmbio de informações e
de experiências dos alunos, bem como de subsidiar o trabalho dos tutores e orientadores
educacionais.
Esta Central terá como função:
• Receber quaisquer manifestações dos alunos e dos orientadores educacionais a
respeito do processo de ensino-aprendizagem dentre elas, informações, críticas,
reclamações, sugestões e elogios;
• Receber e encaminhar à Coordenação as dúvidas e questões propostas por
orientadores educacionais e alunos;
• De acordo com instruções da Coordenação, encaminhar as respostas dadas
pelos alunos e pelos orientadores educacionais às questões recebidas (via fax,
correio eletrônico, material escrito).
8.3. Sistema de Produção das Tele-Aulas
As aulas serão produzidas em um estúdio localizado na Escola Técnica. O corte é feito
direto das câmeras no estúdio, formando uma aula pré-editada, a qual é inserida em uma ilha
de edição não linear (Real Time) para a finalização, onde são inseridas as matérias captadas
em externas, imagens de cobertura, caracteres, computação gráfica e efeitos necessários para a
completa ilustração da tele-aula.
As tele-aulas são transmitidas diretamente do estúdio, através de Up-link direto com o
satélite e Brasilsat B3.
8.4. Transmissão Via Satélite
O serviço RTV Digital Plus consiste na transmissão de sinais digitais de rádio com canal
de dados de coordenação e controle e de sinais digitais de vídeo com áudios associados com a
Norma de Compreensão MPEG-2, via satélite, em âmbito nacional, com diversos níveis de
qualidade (contribuição, distribuição primária e secundária, etc). Consiste na transmissão e
recepção de sinais digitais de rádio e de sinais digitais de vídeo, via satélite, com e sem o
segmento espacial. As transmissões desses sinais poderão ser realizadas diretamente do
Estúdio da Escola Técnica, ou através de compartilhamento de qualquer estação terrena.
Os equipamentos de transmissão e recepção de sinal digital de vídeo e áudio
associados (“Equipamentos”) e de segmentação espacial de satélite são compatíveis com a
Norma de compreensão MPEG-2 e DVB (Digital Vídeo Broadcasting) para transmissão e
recepção. Com uma portadora SCPC digital de televisão, com taxa de informação de 2,5
Mbps e modulação QPSK, com e sem redundância nos sistemas de vídeo e áudio, com e sem
redundância nos sistemas de RF e com e sem sistema de acesso condicional para os sistemas
de transmissão e não incluindo redundância nos sistemas de vídeo /áudio e de RF para os
sistemas de recepção. As recepções das tele-aulas pelas tele-salas emitidas via satélite serão
recebidas através de parabólicas sintonizadas na freqüência e satélite determinada e
homologada pela Anatel.
8.5.Produção das Tele-aulas
8.5.1. recepção estúdio
01 computador
01 impressora
01 telefone
01 fax
01 bancada
01 cadeira
8.5.2. estúdio
02 câmeras
01 computador auxiliar
02 tripés de câmera
02 multicabos
01 monitor colorido 19 polegadas.
02 visores 4 polegadas para câmera
02 intercomunicadores de câmera
01 microfone de mão
02 caixas de áudio amplificadas
8.5.3. captação da produção
01 maleta para transporte da câmera
01 fonte de alimentação
01 carregador de baterias
04 baterias
01 tripé
01 capa protetora de câmera
01 microfone de mão
Diversas fitas magnéticas
8.5.4. sala de controle
01 monitor preview
01 monitor programa
01 mesa de controle de corte
02 controles de câmera
01 vídeo tape
01 gerador de caracteres
01 distribuidor de vídeo componente
01 distribuidor de vídeo
01 gerador de sincretismo
01 distribuidor de áudio estéreo
01 distribuidor de áudio monoaural
01 conjunto com 04 monitores P& 4 polegadas
02 intercomunicadores de câmaras
01 conversor SGA componente
02 monitores 19 polegadas
01 caixa de áudio amplificada estéreo
01 reprodutor/gravador de CD
01 analisador de sinais de vídeo
01 transmissor
01 conversor de componente SDI
01 modulador
01HPA
01 receptor de satélite
8.5.5. ilha de edição
01 monitor colorido
01 estação de edição não linear
01 vídeo tape
01 comutador componente
02 caixas amplificadas estéreo
8.5.6. call center
06 computadores
01 televisor LG 20 polegadas
01 impressora colorida
08 telefones
08 bancadas
08 cadeiras
8.5.7. camarim
01 sofá
03 bancadas
01 frigobar
12 armários com chaves
03 cadeiras
01 televisor LG 20 polegadas
8.5.8. biblioteca
s alunos poderão fazer uso do acervo bibliográfico da biblioteca da Escola Técnica e
de todos os setores da Universidade Federal do Paraná. Portanto o aluno do Curso de
Graduação Tecnologia em Gestão Pública poderá efetuar:
• Empréstimo domiciliar de livros, folhetos, seriados, teses, dissertações, monografias e
materiais especiais;
• Consulta local ao material bibliográfico;
• Empréstimo domiciliar de periódicos;
• Empréstimo entre bibliotecas;
• Levantamento Bibliográfico;
• Cursos e ou palestras sobre o uso da biblioteca e suas fontes;
• Referência;
• Comutação Bibliográfica;
• Exposição de livros novos e periódicos correntes.
9. DOCENTES E TÉCNICO ENVOLVIDOS NO CURSO
O corpo docente do curso será composto por professores e técnicos da Escola Técnica
e professores convidados, qualificados para o exercício do magistério na modalidade
Educação à Distância e de Jovens e Adultos.
10. CERTIFICADOS E DIPLOMAS
Os alunos que concluírem os 04 módulos do curso com aproveitamento igual ou
superior a 60 e freqüência igual ou superior a 75% em todas as unidades curriculares
atingindo a condição de APROVADO receberão o Diploma de Técnico em Gestão Pública.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁPRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO E ENSINO PROFISSIONALIZANTE
SETOR ESCOLA TÉCNICA
PLANO DO CURSO DE HABILITAÇÃO TÉCNICO EM SECRETARIADO
MODALIDADE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Curitiba – Pr
SUMÁRIO
Justificativa...........................................
Objetivo do curso.......................................
Requisitos de acesso ao curso...........................
Perfil profissional de conclusão dos egressos do
curso...................................................
Organização curricular do curso.........................
Critérios de aproveitamento de conhecimento e experiências
anteriores.................................
Critérios de avaliação da aprendizagem..................
Instalações e equipamentos..............................
Pessoal docente e técnico envolvido no curso...................................................
Diplomas expedidos aos concluintes do curso.............
03
05
05
07
07
42
43
50
55
55
1. JUSTIFICATIVA
Curso Técnico em Secretariado a distância na Escola Técnica da Universidade
Federal do Paraná, baseado nas necessidades e particularidades do mercado de trabalho das
regiões conveniadas ao projeto Universidade Federal do Paraná Instituto Tecnológico de
Desenvolvimento Educacional e Municípios do Estado do Paraná e Santa Catarina, visando a
formação de um profissional que atuem como agente facilitador, consultor e empreendedor
para a empresa, conhecendo sua cadeia produtiva, sua razão de ser e seus objetivos,
oferecendo dessa maneira melhoria contínua da qualidade, por meio de um assessoramento
inovador e pró-ativo praticado dentro dos princípios da ética profissional. E ainda, deve ser
capaz de desenvolver uma gestão competente de controle e cooperação entre os setores e as
pessoas, acompanhando as mudanças de paradigmas organizacionais na busca de
aperfeiçoamento e agregação de valores, sob uma visão holística e criativa, auxiliando assim a
administração executiva na organização do fluxo da informação e do tempo, para a
consecução eficaz dos objetivos e metas da empresa, praticando com dinamismo e
comprometimento, seu papel multifuncional, dentro de um ambiente cordial e agradável.
A partir da regulamentação da profissão, a classe se fortaleceu, auxiliando no
surgimento dos sindicatos dos profissionais de secretariado. Em 1987, a Portaria do
Ministério do Trabalho nº 3.103 de 29 de abril, cria a categoria denominada – Secretárias. Em
1988 foi criada a Federação Nacional de Secretárias e Secretários (Fenassec) com sede em
Curitiba – Paraná. E em 7 de julho de 1989 é publicado o Código de Ética Profissional, criado
pela União dos Sindicatos.
Em janeiro de 1996 foi publicada a Lei Federal nº 9.261 que regulamenta e diferencia
as funções do Secretario Executivo e do Técnico em Secretariado.
Assim, conforme o artigo 5º da Lei n.º 9.261, são atribuições do Técnico em
Secretariado:
I – organização e manutenção dos arquivos de secretaria;
II – classificação, registro e distribuição de correspondência;
III – redação e datilografia de correspondência ou documentos de rotina, inclusive em
idioma estrangeiro;
IV – execução de serviços típicos de escritório, tais como recepção, registro de
compromissos, informações e atendimento telefônico.
E ainda, no artigo 6º da mesma Lei, temos:
O exercício da profissão de Secretário requer prévio registro na Delegacia Regional do
Trabalho do Ministério do Trabalho e far-se-á mediante a apresentação de documento
comprobatório de conclusão dos cursos previstos nos incisos I e II do Art. 2º desta Lei e da
Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS.
O mercado de trabalho tem sofrido constantes alterações administrativas, decorrentes
de fatores como a concorrência no segmento de negócio da empresa e competitividade em
gestão.
Em análise do perfil de profissionais qualificados nessa área de atuação nas regiões
envolvidas no projeto de Educação à distância, a exigência por trabalhadores que atendam não
só as tarefas rotineiras de um escritório, mas principalmente, que supram a necessidade
secretarial, por meio de tarefas e perfis mais abrangentes, em diferentes áreas de atuação tais
como empresarial, jurídica, social e humanística, foi à mola propulsora para a implantação do
Curso Técnico em Secretariado à distância na Escola Técnica da UFPR.
Com este referencial, a matriz curricular do Curso Técnico em Secretariado à distância
foi construída visando formar profissionais que atendam as expectativas do mercado de
trabalho com as seguintes competências:
• ser ético: ter responsabilidade social e profissional;
• ser competente nas relações interpessoais: saber trabalhar em equipe;
• ter espírito empreendedor da própria carreira: buscar cultura geral e aperfeiçoamento
através da formação continuada;
• ser inovador, criativo e dinâmico;
• ter iniciativa: ser pró – ativo e participativo;
• ser usuário de novas tecnologias: principalmente na área de informática;
• saber expressar-se eficientemente (oral e escrita) na língua materna;
• ter bons conhecimentos nos idiomas estrangeiros na área organizacional e no ambiente
social.
Este perfil é o mínimo esperado deste profissional, que tem a consciência do seu
importante papel como agente de vanguarda, na atuação como facilitador no âmbito
empresarial.
2. OBJETIVO
Formar profissionais com conhecimentos que possibilitem a execução de atividades de
assessoramento ao processo decisório, além de responder às demandas do mercado de
trabalho no Estado do Paraná e Santa Catarina, e posteriormente outras regiões carentes deste
tipo de profissional.
3. REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO
Para o ingresso à Habilitação de Técnico em Secretariado o aluno deverá:
a) Apresentar certificado de conclusão de Ensino Fundamental e declaração de
matrícula em Ensino Médio para os candidatos que cursarão o ensino Médio
concomitante com o Curso Técnico;
b) Apresentar certificado de conclusão do Ensino Médio para os candidatos que
cursarão o pós-médio;
O ingresso de alunos à Habilitação de Técnico em Secretariado na modalidade EAD,
ofertado pela Escola Técnica da UFPR, acontecerá após a aprovação do mesmo no teste
seletivo, conforme calendário estabelecido pela Escola e Universidade Federal do Paraná.
Com vistas à crescente demanda pelo profissional Técnico em Secretariado.
Observada por meio das análises realizadas em entrevistas e questionários aplicados quando
do estudo sobre o mercado, a oferta de vagas permanecerá constante em curto prazo com
perspectiva de aumento em longo prazo.
• PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DOS EGRESSOS DO CURSO
O Técnico em Secretariado é um profissional habilitado para atuar em nível de
assistência e assessoria junto a chefias, gerentes, diretores de empresas (privadas), órgãos e
instituições públicas, buscando auxilia-los nos serviços e atividades inerentes a área
secretarial assim como atuar nos processo decisório e ações organizacionais.
Nos relacionamentos interpessoais o Técnico deverá, apresentar facilidade e
comunicação, iniciativa e compreender a natureza humana, quanto às interações sociais. Além
disso, deve ter espírito empreendedor e ser um profissional capaz de:
• atuar de forma participativa com o todo organizacional, colaborando no alcance dos
objetivos da empresa;
• planejar e administrar seu tempo e tarefas, buscando a qualidade no desenvolvimento
do trabalho com sua chefia ou departamento;
• atender e recepcionar pessoas, inclusive utilizando os idiomas espanhol e inglês;
• selecionar, direcionar e acompanhar o fluxo de correspondência e agilizar a
informação;
• organizar arquivos e informações departamentais;
• preparar e assessorar viagens e reuniões empresariais;
• redigir textos e documentos administrativos;
• digitar, de forma qualitativa e funcional, instrumentos de comunicação, usando
processadores de textos, agenda, planilhas eletrônicas e bancos de dados em
microcomputadores;
• assessorar na organização de eventos de pequeno e médio porte na empresa;
• mediar conflitos nas relações interpessoais no ambiente de trabalho;
• atuar segundo os princípios do código de ética da categoria;
• ser conhecedor de técnicas secretariais com excelência;
• aprender a atualiza-se constantemente de acordo com as exigências de mercado
buscando o aperfeiçoamento.
• e informação e técnicas de elaboração de documentos.
• ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO
A organização curricular da Habilitação de Técnico em Secretariado na modalidade
EAD da Escola Técnica da UFPR deverá garantir um ensino que articule a teoria e a prática,
de forma a permitir a formação de um profissional com o perfil proposto, através de uma
construção de conhecimento que permita ao profissional atuar no mundo do trabalho. Esta
estrutura deverá garantir os princípios de autonomia institucional, flexibilidade, integração
entre estudo e trabalho e pluralidade no currículo, garantindo o aproveitamento de
conhecimentos adquiridos em outras instituições. Em síntese este currículo deverá garantir a
formação de perfis profissionais dotados de competências (conhecimentos, habilidades e
atitudes) que possibilitem ao profissional a compreensão global do progresso de trabalho em
gestão, a autonomia, a iniciativa, a capacidade de resolver problemas, trabalhar em equipe
multi-profissional, aprender continuamente e pautar-se por princípios éticos.
A fundamentação teórica e prática serão utilizadas com a metodologia para o
desenvolvimento das competências e habilidades relacionadas à área de gestão. O professor,
como orientador da construção do conhecimento e incentivador da prática do aprender,
mediará a condução de práticas da pesquisa, da elaboração de trabalhos e de seminários, o que
tornará o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico e consistente.
O desenvolvimento dos módulos terá como base os princípios que fundamentam as
atividades da contabilidade de modo que o aluno possa utilizar os conhecimentos adquiridos
na sua prática no campo de atuação profissional.
As seguintes categorias de análise foram utilizadas como referencial para o processo de
elaboração do currículo do curso Técnico em Secretariado, durante a organização modular:
Competências: categoria que está articulada ao processo de aquisição do
conhecimento, abrangendo operações mentais básicas até as mais complexas, necessárias ao
exercício de determinação função – o “o saber”.
Habilidades: categoria referida mais diretamente a aplicação prática de uma competência
adquirida, ou seja: “o saber fazer”.
A partir destas categorias básicas estabelecidas as bases tecnológicas – conteúdos -
essenciais para que o aluno venha a dominar as competências e habilidades necessárias ao
exercício da profissão. As bases tecnológicas foram agrupadas em Áreas de Conhecimento
em função de suas finalidades.
A Habilitação de Técnico em Secretariado na modalidade EAD terá organização
modular, sendo composta por quatro módulos semestrais: o primeiro sem terminalidade, o
segundo sem terminalidade, obtendo a certificação de Assistente em Recepção e diplomação
do aluno como Técnico em Secretariado ao término do quarto módulo.
Os Cursos terá a carga horária de 1020 horas distribuídas da seguinte maneira:
Módulo I – 300 horas Módulo II – 240 horas
Módulo III – 240 horas Módulo IV – 240 horas
5.1 Detalhamento da organização Curricular
Módulo I – Áreas de Conhecimento
• Inglês Instrumental
Competências
• Comunicar-se por escrito e oralmente nas diversas situações, em inglês. Ler e entender
textos escritos na língua inglesa em nível básico.
Habilidades
• Aplicar adequadamente as estruturas gramaticais na linguagem falada e escrita;
• Desenvolver as habilidades de leitura para o entendimento de textos;
• Pedir e dar informações;
• Redigir correspondências e material relativo ao trabalho.
Bases Tecnológicas
− Procedimentos básicos em transações comerciais: apresentar-se, cumprimentar,
despedir, pedir ou solicitar informações e agradecer;
− Trabalhar com números e com o alfabeto;
− Uso correto do dicionário;
− Entendimento de estatísticas, questionários e pesquisas;
− Perguntar e informar as horas;
− Revisão e desenvolvimento de conteúdos gramaticais;
− Ampliação de vocabulário específico da área;
− Introdução à correspondência comercial;
− Identificação das partes de uma carta, endereçamento e postagem, etc;
− Convidar, aceitar e recusar convites educadamente;
− Leitura e compreensão de textos da área específica e outros.
b) Sociologia
Competências
• Identificar as estruturas societárias e organizacionais historicamente e relacioná-las
com as estruturas contemporâneas;
• Conhecer a natureza da sociedade humana, o significado e o âmbito da Sociologia
inserindo-os contextos de suas atividades profissionais.
Habilidades
Compreender o sentido e o campo das Ciências Sociais;
Compreender a necessidade humana de conviver e interagir com outras pessoas;
Conhecer a organização e estrutura dos grupos sociais;
Conhecer o processo de produção e distribuição de bens e serviços;
Identificar as principais Instituições Sociais;
Compreender e analisar as transformações sociais e suas conseqüências;
Identificar as diferentes Teorias de Liderança;
Desenvolver junta aos funcionários, trabalho em grupo, objetivando a inter-relação
pessoal satisfatória;
Comunicar-se adequadamente, evitando dualidades comportamentais;
Compreender as exigências que cercam a formação profissional;
Analisar a lógica do mercado;
Identificar os modelos de desenvolvimento e seus impactos;
Analisar a cultura enquanto espaço de expressão dos vários sujeitos sociais.
Bases Tecnológicas
• Conceito de Ciências Sociais;
• O indivíduo e a sociedade;
• Bases da vida em sociedade;
• Conceitos básicos para a compreensão da vida social;
• Os agrupamentos sociais;
• Desigualdades sociais;
• Fundamentos econômicos da sociedade;
• Instituições sociais;
• Cultura e sociedade;
• Processos de produção;
• A revolução científico-tecnológica e globalização;
• A cultura e as organizações;
• O poder nas organizações;
• Reestruturação produtiva;
• Desenvolvimento de Recursos Humanos.
c) Contabilidade Básica
Competências
Conhecer as aplicações das demonstrações contábeis e financeiras utilizadas pelas
empresas.
Habilidades
Saber utilizar as informações contábeis como ferramentas administrativas úteis
e objetivas, para auxiliar na tomada de decisões dentro da empresa;
Acompanhar a evolução histórica da Contabilidade, e saber seus conceitos
fundamentais e seu campo de atuação;
Conceituar e definir patrimônio, diferenciando seus aspectos e situações, composição,
origem e aplicações.
Estruturar balancete e Balanço Patrimonial;
Conceituar e classificar as contas, diferenciar débito e crédito e conhecer o plano de
contas;
Diferenciar atos e fatos.
Bases Tecnológicas
- Utilizar os conceitos básicos da área contábil;
- Contabilidade (histórico, conceito, campos de atuação);
- Principais documentos Contábeis (notas fiscais, recibos, faturas, duplicatas,
contratos, requisição de materiais);
- Patrimônio (conceito e definição: bens, direitos e obrigações, aspectos qualitativos
e quantitativos, representação gráfica do patrimônio, situações líquidas patrimoniais,
patrimônio líquido, formação do patrimônio e suas variações);
- Elementos Patrimoniais – Contas (conceito, classificação das contas patrimoniais
e de resultado, noções de débito e crédito, plano de contas);
- Caracterizar Atos e Fatos Administrativos;
- Caracterização dos livros de Escrituração;
- Utilização de Balancete e Razonetes;
- Identificação das demonstrações contábeis;
- Identificar dos tipos de análise das demonstrações contábeis.
d) Língua Portuguesa
Competências
- Reconhecer as múltiplas possibilidades de leitura e escrita de documentos oficiais e
empresariais;
- Desenvolver senso de detalhes, sutilezas, nuances das partes do texto para o todo, do
todo às partes do texto; do texto ao contexto e do contexto ao texto;
- Trabalhar os diferentes tipos de textos presentes na rotina e extra-rotina do ambiente
de trabalho com discernimento e depuração a fim de construir textos claros, concisos,
coerentes e coesos;
- Comunicar-se por escrito e oralmente em situações sociais e de trabalho, em língua
portuguesa;
- Distinguir linguagem oral da linguagem escrita;
- Desenvolver a capacidade de ler e escrever textos nos contextos do trabalho.
Habilidades
Desenvolver a capacidade de comunicação com palavras da língua culta;
Utilizar adequadamente as regras ortográficas e gramaticais da língua portuguesa.
Bases Tecnológicas
Fonologia;
Morfologia;
Sintaxe.
• Introdução ao Direito
Competências
- Compreender a importância do Direito e ordenamento jurídico para o equilíbrio da
vida em sociedade;
- Conhecer os direitos e deveres de cidadania;
- Entender a aplicação do Direito e asa relações jurídicas existentes nos múltiplos
segmentos da vida em sociedade.
Habilidades
• Conscientizar-se de que o Direito é o resultado de um processo histórico-cultural e que
no regime democrático o Direito é construído através da participação do povo;
i) Entender o processo de organização da sociedade e a responsabilidade que cabe aos
cidadãos como reais detentores/destinatários de todo o poder e ação do Estado;
j) Identificar os princípios fundamentais da República e os direitos / deveres e garantias
individuais e coletivas.
Bases Tecnológicas
• Histórico e conceito de Direito;
• Fontes do Direito;
• Ramos do Direito;
• Normas morais, sociais, jurídicas;
• Constituição Federal;
• Hierarquia das leis;
• Ordenamento jurídico;
• Direitos e garantias individuais e coletivas.
• Técnicas Secretariais I
Competências
- Identificar e interpretar as diretrizes do planejamento estratégico da empresa;
- Identificar princípios éticos necessários ao exercício profissional, dentro da legislação
vigente;
- Compreender eticamente os procedimentos e técnicas profissionais que regem a
conduta e postura, no ambiente de trabalho;
- Identificar a estrutura organizacional da empresa;
- Saber operar sistemas informatizados, utilizando recursos de novas tecnologias no
exercício profissional;
- Conhecer e aplicar técnicas de atendimento ao público em geral, atendimento
telefônico, apresentação pessoal e organização do ambiente de trabalho;
- Conhecer a importância do papel do profissional de secretariado como agente
facilitador e integrador no ambiente organizacional.
Habilidades
• Conhecer e executar técnicas secretariais de: documentação, agenda, organização de
viagens e reuniões;
• Auxiliar na organização das atividades diárias para o cumprimento dos objetivos e
metas da empresa;
• Executar procedimentos de rotina nos atendimentos: telefônico, recepção e público
interno e externo;
• Ter consciência profissional, conhecendo as tendências do mercado voltadas à
profissão;
• Conhecer a Lei que regulamenta a profissão;
• Utilizar atitudes adequadas frente ao cliente, fornecedor, superiores e pares;
• Explorar os recursos de informática, utilizando softwares específicos da área de
gestão;
• Organizar o ambiente de trabalho, utilizando etiqueta profissional;
• Utilizar estratégias de relacionamento interpessoal, para a realização de trabalho em
equipe.
Bases Tecnológicas
• Histórico e evolução da profissão;
• Código de Ética Profissional;
• Técnicas de atendimento a clientes internos e externos;
• Técnicas de apresentação pessoal;
• Técnicas de organização do ambiente de trabalho;
• Técnicas de planejamento de viagens de negócio, reuniões e agenda;
• Técnicas de comunicação aplicada na linguagem verbal e não-verbal;
• Equipamentos ligados ao trabalho, aplicativos na área da informatização;
• Organização e planejamento de ações rotineiras;
• Uso correto do telefone, fax, microcomputador, e outros aparelhos correlatos;
• Técnicas de assessoramento.
Módulo II – Área de Conhecimento
2. Língua Espanhola
Competências
2.4. Comunicar-se oralmente em língua espanhola em situações sociais e de trabalho;
2.5. Comunicar-se em espanhol por escrito em nível básico.
Habilidades
A) Utilizar a gramática para expressar-se com correção;
B) Distinguir diferentes situações comunicativas e exercitar técnicas de conversação que
exijam: cumprimentar, despedir-se, informar ou solicitar informação, fornecer e
requisitar quantidades, agradecer, comprar ou vender, descrever pequenos objetos,
aceitar ou rejeitar, etc.
C) Pesquisar, comparar e refletir sobre diferentes culturas e costumes;
D) Trabalhar em equipe.
Bases Tecnológicas
• Fonologia da língua espanhola;
• Funções comunicativas;
• Verbos regulares e irregulares no Presente do Indicativo;
• Advérbios de tempo e lugar;
• Pronomes interrogativos;
• Ortografia;
• Numerais cardinais e ordinais até 100;
• Vocabulário: objetos da aula e do trabalho, dias da semana, meses do ano, etc.
3. Matemática Financeira
Competências
a) Aprimorar a capacidade de interpretação da linguagem matemática nas
aplicações financeiras.
Habilidades
b) Demonstrar conhecimento da linguagem matemática e da notação empregada
para a utilização de conceitos básicos;
c) Aplicar a matemática como instrumento fundamental para o estudo de:
porcentagem, juros e descontos simples, juros e descontos compostos, taxas, séries de
pagamentos, taxa interna de retorno e valor presente líquido.
Bases Tecnológicas
• Regra de Sociedade;
• Regra de Três;
• Porcentagem;
• Juros Simples;
• Descontos simples;
• Juros compostos;
• Taxa Proporcional, Equivalente, Nominal e Efetiva;
• Desconto Composto;
• Séries de Pagamentos: postecipado, antecipado e diferido;
• Taxa Interna de Retorno (TIR) e Valor Presente Líquido (VPL).
4. Inglês Instrumental
Competências
• Comunicar-se por escrito e oralmente nas diversas situações, em inglês;
• Ler e entender textos escritos na língua inglesa em nível básico.
Habilidades
Aplicar adequadamente as estruturas gramaticais na linguagem falada e escrita;
Desenvolver as habilidades de leitura para o entendimento de textos;
Pedir e dar informações;
Redigir correspondências e material relativo ao trabalho.
Bases Tecnológicas
• Desenvolvimento de conteúdos gramaticais;
• Identificação de “falsos cognatos”;
• Ampliação do vocabulário específico, itens de escritório, e vocabulário geral;
• Apresentação de linguagem básica de informática;
• Uso de estratégias de leitura para a compreensão de textos na área;
• Conselhos e boas maneiras;
• Informações sobre países e nacionalidades;
• Uso de datas, dias da semana e meses do ano;
• Preenchimento de formulários e pedidos;
• Comunicação telefônica, correspondência comercial e eletrônica;
• Informações e opiniões sobre trabalho e profissões;
• Entendimento de anúncios de emprego e entrevistas;
• Descrição de qualidade e habilidades pessoais, cartas de apresentação,
referência, curriculum vitae;
• Leitura e compreensão de textos da área específica e outros.
5. Filosofia e Ética
Competências
• Conhecer as normas que regem a vida em sociedade;
• Analisar os aspectos da Moral e Ética;
• Conhecer a natureza humana, o significado dos problemas sociais, inserindo-os
no contexto da atividade profissional;
• Reconhecer a importância da Legislação que regulamenta a profissão, bem
como o Código de Ética que rege a profissão de Técnico em Secretariado, avaliando
seu conteúdo e aplicação no desempenho da função.
Habilidades
• Compreender a aplicabilidade dos conhecimentos do Código de Ética profissional;
• Identificar as Leis que regulamentam a profissão;
• Aplicar os conceitos de Moral e Ética;
• Analisar os conceitos: consciência, liberdade, responsabilidade, questão de ética,
relacionando-os com o desenvolvimento do ser humano e o processo de
aprendizagem;
• Definir o que são valores: morais e não morais, a objetividade dos valores, valores
econômicos;
• Analisar os problemas éticos e morais no contexto profissional;
• Desenvolver a capacidade de indagação como fator averiguativo e como abertura de
novas reflexões.
Bases Tecnológicas
• Homem e seus aspectos: racional, social e espiritual;
• Ética e Moral;
• Valores;
• Legislação: Lei 7.377 de 30/09/85 e Lei 9.261 de 11/11/96;
• Código de Ética do Técnico em Secretariado;
• Regulamentação da profissão de Secretário;
• Importância das associações sindicais;
• Sigilo profissional.
6. Língua Portuguesa
Competências
• Reconhecer as múltiplas possibilidades de leitura e escrita de documentos
oficiais e empresariais;
• Desenvolver senso de detalhes, sutilezas, nuance das partes do texto para o
todo, do todo às partes do texto; do texto ao contexto e do contexto ao texto;
• Trabalhar os diferentes tipos de textos presentes na rotina e extra-rotina do
ambiente de trabalho com discernimento e depuração a fim de construir textos claros,
concisos, coerentes e coesos;
• Comunicar-se oralmente e por escrito em situações sociais e de trabalho, em
língua materna;
• Conhecer os princípios básicos da língua materna, aplicáveis à redação oficial
e empresarial;
• Identificar as características e diferentes estilos de documentos;
• Conhecer e Utilizar vocabulário técnico na área de comunicação.
Habilidades
• Conhecer e aplicar as características próprias na elaboração de textos técnico-
comerciais e administrativos;
• Ler, interpretar, dar respostas e emitir: recibo, telegrama, fax, e-mail, etc;
• Produzir textos técnicos atentando para a norma padrão, organização,
coerência, clareza e concisão de idéias;
• Aplicar as relações lingüísticas nos textos;
• Ler, aplicar e redigir textos técnicos, observando as formalidades próprias de
cada tipo de texto.
Bases Tecnológicas
Tipos de textos comerciais;
Aspectos técnicos da redação, aspectos visuais;
Adequação da linguagem ao contexto (clareza, coerência e concisão);
Produção textual de currículo, requerimento, abaixo-assinado, memorando, circular,
aviso, declaração, ofício, procuração, ata, edital, relatório, contrato e diferentes tipos
de cartas comerciais;
Características gerais da língua oral;
7. Eventos
Competências
• Saber planejar, organizar e executar eventos;
• Saber delegar ao pessoal de apoio tarefas inerentes ao evento;
• Identificar locais com infra-estrutura adequadas a organização do evento;
• Conhecer, conceber e programar produtos e serviços a serem oferecidos aos
participantes do evento;
• Conhecer e saber usar aplicativos tecnológicos na área de organização de eventos;
• Identificar e planejar visitas a pontos turísticos, a serem oferecidos aos participantes
do evento;
• Conhecer e oferecer serviços de agências de turismo;
• Identificar e selecionar fornecedores de produtos e serviços, conforme planejamento;
• Interar-se das atividades ligadas ao mesmo segmento do evento a ser planejado;
• Organizar eventos a entidades Públicas e Privadas;
• Ajudar no planejamento do programa do evento;
• Identificar o tipo de evento bem como o público alvo;
• Conhecer e organizar a secretaria do evento, assim como o assessoramento em geral;
• Planejar o uso de materiais, serviços e equipamentos.
Habilidades
2. Dominar os princípios de Organização de Eventos;
3. Utilizar e obedecer aos critérios de precedência previstos em Lei;
4. Saber preparar um Check-list do evento como um todo;
5. Identificar e buscar apoio e patrocínio para a realização do evento;
6. Desempenhar a atividade de recepcionista do evento;
7. Desenvolver critérios para avaliação do evento;
8. Coordenar o planejamento do evento;
9. Fazer levantamento de custos de fornecedores de material de apoio, agências de
turismo, buscando o melhor preço.
Bases Tecnológicas
• Uso das técnicas de cerimonial e protocolo;
• Uso das técnicas de recepção;
• Utilização de recursos de informática;
• Uso de técnicas de organização de eventos.
Módulo III – Áreas de Conhecimento
• Língua Espanhola
Competências
1. Comunicar-se oralmente em língua espanhola em situações sociais e de trabalho;
2. Comunicar-se em espanhol por escrito em nível básico.
Habilidades
• Utilizar a gramática para expressar-se com correção;
• Distinguir diferentes situações comunicativas e exercitar técnicas de conversação que
exijam: expressar gostos e preferências, informar as horas, descrever lugares,
expressar ações habituais, conversar por telefone, etc.
• Entender e produzir correspondências informais familiares e amistosas;
• Pesquisar, comparar e refletir sobre diferentes culturas e costumes;
• Trabalhar em equipe.
Bases Tecnológicas
• Fonologia da língua espanhola;
• Funções comunicativas;
• Verbos regulares e irregulares no Presente do Indicativo, no Gerúndio e no
Imperativo;
• Pronomes possessivos;
• Ortografia;
• Numerais cardinais acima de 100;
• Vocabulário: comidas, bebidas, etc;
• Coesão e coerência;
• Inglês Instrumental
XIII. Comunicar-se por escrito e oralmente nas diversas situações, em inglês;
XIV. Ler e entender textos escritos na língua inglesa em nível básico.
Habilidades
A) Aplicar adequadamente as estruturas gramaticais na linguagem falada e escrita;
B) Desenvolver as habilidades de leitura para o entendimento de textos;
C) Pedir e dar informações;
D) Redigir correspondência e material relativo ao trabalho.
Bases Tecnológicas
6. Desenvolvimento de conteúdos gramaticais;
7. Ampliação de vocabulário específico e geral;
8. Pedir e dar informações sobre locais e direções;
9. Descrição de estrutura de empresa, recepção de visitante;
10. Conhecimento de faturas;
11. Processo de produção, seqüência de eventos;
12. Descrição de tarefas e instruções;
13. Uso de linguagem formal e informal em chamadas telefônicas;
14. Memorandos, fax e mensagem;
15. Viagens: reserva de passagens, hospedagem e documentação;
16. Leitura de código de barras, gráficos, agendas, tabelas, diagramas, fluxogramas;
17. Referência contextual;
18. Leitura de textos da área específica e outros.
• Protocolo e Cerimonial
Competências
7. Saber planejar, organizar e executar eventos;
8. Conhecer Cerimonial e Protocolo no âmbito organizacional;
9. Saber estratégias de comunicação;
10. Conhecer um breve histórico do Cerimonial, Protocolo e Etiqueta;
11. Conhecer Cerimonial para formaturas;
12. Conhecer o protocolo oficial;
13. Conhecer diferentes formas de etiqueta;
14. Saber delegar ao pessoal de apoio, tarefas inerentes ao evento;
15. Conhecer, conceber e programar produtos e serviços a serem oferecidos aos participantes
do evento;
16. Conhecer e dominar aplicativos tecnológicos na área de organização de eventos;
17. Identificar e planejar visitas a pontos turísticos, a serem oferecidos aos participantes do
evento;
18. Conhecer e oferecer serviços de agências de turismo;
19. Identificar e selecionar fornecedores de produtos e serviços, conforme planejamento;
20. Interar-se das atividades ligadas ao mesmo segmento do evento a ser planejado;
21. Organizar eventos a entidades Públicas e Privadas;
22. Ajudar no planejamento do programa do evento;
23. Identificar o tipo de evento bem como o público alvo;
24. Conhecer e organizar a secretaria do evento, assim como o assessoramento em gera.
Habilidades
- Saber identificar as diferenças entre Cerimonial, Etiqueta e Protocolo;
- Dominar os princípios de Organização de Eventos;
- Utilizar e obedecer aos critérios de precedência previstos em Lei;
- Desempenhar a atividade de recepcionistas do evento;
- Desenvolver critérios para avaliação do evento;
- Conhecer o protocolo oficial;
- Empregar as técnicas de etiqueta e cerimonial;
- Conhecer o perfil do Profissional de Cerimonial.
Bases Tecnológicas
Uso das técnicas de cerimonial e protocolo;
Uso das técnicas de recepção;
Utilização de recursos de informática;
Uso de técnicas de organização de eventos.
• Introdução em Economia
Competências
- Compreender o sistema financeiro nacional e internacional;
- Identificar o processo produtivo;
- Identificar a relação existente entre a economia e as demais ciências.
Habilidades
• Reconhecer a Economia como ciência;
• Compreender os termos econômicos e seus significados;
• Verificar e acompanhar o processo produtivo, a geração do produto e de renda;
• Identificar os documentos utilizados no processo de registro das variações
patrimoniais das entidades;
• Compreender o sistema financeiro;
• Detectar as atividades do setor público;
• Reconhecer os diversos modelos econômicos contemporâneos;
• Identificar os diferentes estágios de desenvolvimento das nações;
• Avaliar as causas do subdesenvolvimento e do desenvolvimento.
Bases Tecnológicas
- Economia e Sociedade (conceitos fundamentais, significados das relações
econômicas, necessidades econômicas, teoria e políticas econômicas, enfoque
multidisciplinar).
Processo de Produção (os fatores de produção, a combinação dos fatores no
processo produtivo, setores produtivos, a produção, preço, custos, fluxo).
Renda e Distribuição (repartição da renda, distribuição do produto,
concentração de renda, excedente econômico);
Sistema Monetário e Financeiro (funções da moeda: origens, inflação, banco,
crédito, sistema monetário);
Setor público (atividades do setor, setor público como produtor de bens e
serviços, financiamento das atividades públicas);
Sistemas Econômicos Contemporâneos (organização das atividades econômica
– principais sistemas: capitalista, socialista, liberal);
Teoria do Desenvolvimento Econômico (indicadores e subdesenvolvimento:
sociais e políticos, origem do subdesenvolvimento, crescimento econômico e
desenvolvimento).
• Introdução em Administração
Competências
• Reconhecer as atividades empresariais e informações sobre estrutura funcional das
empresas ligadas aos setores secretariais.
Habilidades
• Reconhecer a Administração de Empresas como ciência que estuda as organizações;
• Identificar os precursores da administração científica;
• Compreender o organograma funcional da empresa e as áreas secretariais;
• Conhecer os princípios administrativos para secretários;
• Diferenciar as sociedades formais e constituições.
Bases Tecnológicas
8. História da Administração;
9. Principais precursores da Administração
10. Distribuição de órgãos empresariais;
11. Criação de atividades e constituições de sociedade;
12. Fluxograma e funcionamento;
13. Visão secretarial.
• Psicologia das Relações Humanas
Competências
Identificar as diferenças comportamentais de cada fase do desenvolvimento humano;
Estabelecer a comunicação e o inter-relacionamento satisfatório com seus pares e
superiores.
Habilidades
• Aplicar os conhecimentos da Psicologia na área de gestão;
• Descrever os processos de desenvolvimento da personalidade e sua
constituição;
• Reconhecer as sensações e emoções e compreender suas manifestações;
• Reconhecer a motivação como propulsora das atitudes;
• Utilizar atitudes adequadas frente ao cliente, fornecedor, superiores e pares;
• Buscar a compreensão de si próprio e dos outros;
• Comunicar-se adequadamente.
Bases Tecnológicas
Definição de psicologia e campos de atuação;
Fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, maturidade,
velhice;
Bases do relacionamento interpessoal;
Técnicas de comunicação.
Módulo IV – Áreas de Conhecimento
• Língua Espanhola
Competências
1. Comunicar-se oralmente em língua espanhola em situações sociais e de trabalho;
2. Comunicar-se em espanhol por escrito em nível básico.
Habilidades
Utilizar a gramática para expressa-se com correção;
Distinguir diferentes situações comunicativas e exercitar técnicas de conversação que
exijam: relatar e descrever fatos do passado, expressar pretensões futuras, dar ordens,
argumentar, resumir idéias, defender uma opinião, etc.
Bases Tecnológicas
Fonologia da língua espanhola;
Funções comunicativas;
Verbos regulares e irregulares no Pretérito e no Futuro;
Ortografia;
Vocabulário: termos comerciais, falsos cognatos, etc;
Coesão e coerência.
b) Psicologia Organizacional
Competências
8. Conhecer as aplicações dos estudos comportamentais nas organizações;
9. Conhecer as principais Teorias Motivacionais e sua importância para os estudos
organizacionais;
10. Compreender a liderança no contexto organizacional;
11. Conhecer o conceito de ergonomia e sua importância para o desenvolvimento das
organizações.
Habilidades
Utilizar as contribuições dos estudos comportamentais para compreender como o
homem opera e produz numa organização;
Identificar os determinantes motivacionais que influenciam o comportamento
organizacional;
Identificar os diferentes estilos de liderança;
Conhecer as contribuições da aplicação dos conhecimentos de ergonomia para
segurança, conforto e eficiência do trabalhador.
Bases Tecnológicas
E) A psicologia e o comportamento organizacional;
F) Teorias de Liderança;
G) Teorias de Motivação;
H) Conceito de ergonomia e suas aplicações práticas.
Informática Básica
Competências
• Saber usar os recursos tecnológicos para uso na área de gestão;
• Utilizar as ferramentas básicas de informática e programas de apoio;
• Saber usar os recursos disponíveis da máquina dentro da área comercial, financeira,
estatística e científica;
• Conhecer os softwares aplicativos.
Habilidades
XVI. Utilizar adequadamente os recursos da máquina;
XVII. Manusear os recursos tecnológicos;
XVIII. Aplicar os conhecimentos relativos ao uso de softwares aplicativos;
XIX. Executar as normas referentes ao editor de texto;
XX. Empregar técnicas relacionadas ao editor de texto;
XXI. Empregar os procedimentos e concepções relativas ao editor de texto;
XXII. Utilizar os equipamentos e as ferramentas mais utilizadas;
XXIII. Preparar a célula para receber dos dados;
XXIV. Aplicar fórmulas e funções estatísticas, financeira, trigonométrica e
matemática;
XXV. Elaborar, classificar e filtrar gráficos;
XXVI. Criar formulários.
Bases Tecnológicas
Apresentação e aspectos básicos de Windows;
Gerenciador de arquivos;
Grupos de programas;
Grupo principal;
Alteração de tarefas;
Grupo acessório.
Técnicas Secretarias
Competências
2. Conhecer as metodologias utilizadas na gestão secretarial.
Habilidades
3. Organizar documentos e registrar informações necessárias à empresa;
4. Ter visão geral dos negócios da empresa;
5. Ajustar a agenda executiva, marcar entrevistas;
6. Cuidar dos compromissos do executivo, roteiro de viagem de negócios, etc;
7. Responder/ expedir as correspondências recebidas;
8. Fazer correspondência interna;
9. Organizar e zelar pelos arquivos e equipamentos da empresa;
10. Organizar os eventos da empresa;
11. Recepcionar os clientes / fornecedores da empresa;
12. Resolver problemas inerentes aos seus trabalhos diários;
13. Empregar as técnicas de etiqueta e cerimonial;
14. Classificar os assuntos a serem despachados;
15. Conhecer os equipamentos e mobiliário ergonômico adequado ao trabalho.
Bases Tecnológicas
Técnicas de arquivismo;
Utilizar os procedimentos para organização de recepção, protocolos e reuniões;
Normas de atendimento aos clientes e visitantes;
Técnicas de organização e controle;
Estrutura organizacional;
Usar as técnicas secretariais.
Marketing Empresarial e Pessoal
Competências
Conhecer as estratégias de Marketing Empresarial;
Ter consciência da importância do Marketing Pessoal;
Reconhecer e analisar os fatos relevantes da atualidade, para o aprimoramento no
âmbito pessoal e profissional.
Habilidades
• Identificar as estratégias de Marketing;
• Diferenciar Marketing e Propaganda;
• Realizar plano de carreira;
• Saber redigir curriculum vitae;
• Ter coerência no comportamento social e profissional.
Bases Tecnológicas
Conceitos e áreas de utilização de Marketing, Propaganda e Publicidade.
Redação e organização de curriculum vitae;
Redação de cartão pessoal de visita;
Oportunidades de Mercado;
Produto e novos Produtos.
Língua Portuguesa
Competências
Compreender e fazer uso de informações contidas em diferentes tipos de textos e meios de
comunicação, para produzir esquemas, resumos, roteiros, relatos e relatórios;
Comunicar-se através de textos orais e escritos em língua portuguesa, levando em conta o
contexto da produção (sujeito enunciador, interlocutor, finalidade da interação, lugar e
momento da produção) e reconhecendo, nos textos orais, o significado complementar dos
elementos não lingüísticos;
Entender o papel da comunicação nas organizações;
Conhecer como funciona o processo de comunicação;
Identificar a comunicação não-verbal e a informal;
Desenvolver a competência pessoal;
Diferenciar as formas de comunicação empresarial.
Habilidades
8. Refletir sobre as barreiras à comunicação;
9. Agentes do processo de comunicação: emissor, receptor, mensagem;
10. Perceber como aumentar a eficácia da comunicação.
Bases Tecnológicas
• Expressão oral;
• Expressão por escrito;
• Teorias de comunicação;
• Dinâmicas de grupo;
• Expressão corporal.
5.3 METODOLOGIA DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
5.3.1 Momentos Presenciais
Os momentos presenciais serão desenvolvidos por meio da tecnologia de transmissão
via satélite e outras atividades desenvolvidas nas tele-salas. Os alunos assistem às tele-aulas,
ao vivo, em tele-salas e podem interagir ao vivo pelo telefone DDG (0800) e através de e-
mails. Estas aulas serão produzidas no estúdio localizado na Escola técnica da Universidade
Federal do Paraná e acontecem sempre ao vivo com o objetivo de promover a maior
interatividade possível, para que o aluno tenha condições de intervir na aula, sanando suas
dúvidas em tempo real.
O projeto pedagógico prevê a produção de 03 (três) tele-aulas com a duração de 33
(trinta e três) minutos diárias. Conforme estabelecido as tele-aulas acontecerão no período
noturno das com início às 19 (dezenove) horas e final às 22 (vinte e duas) horas e 28(vinte e
oito) minutos.
As tele-aulas estarão centradas na exposição e discussão dos conteúdos, a partir dos
textos de referências indicadas no livro didático. Serão ministradas por professores
especialistas da Escola Técnica e da Universidade Federal do Paraná com amplo
conhecimento teórico e prático, com o objetivo de conduzir e orientar os alunos nesse
processo, para que atinjam o objetivo principal que é a formação superior. Durante as tele-
aulas os professores especialistas darão orientações, para o desenvolvimento dos estudos que
deverão ser desenvolvidos a distância posteriormente.
5.3.2 Interatividade
A participação do aluno durante a tele-aula chega até o professor por meio de uma
equipe especializada que atende o call center. Estes questionamentos poderão ser efetuados
através do 0800, fax, ou on-line. As principais dúvidas serão encaminhadas ao professor nos
últimos 10 (dez) minutos da tele-aulas como se ele estivesse presente na unidade escolar.
Os questionamentos que não foram respondidos durante o tempo da tele-aulas, serão
encaminhados ao espaço de perguntas e respostas disponibilizado no ambiente on-line
previsto para o curso. Estas dúvidas por sua vez serão respondidas pelo tutor durante o
plantão de dúvidas e ficarão a disposição dos alunos posteriormente as tele-aulas.
5.3.3 Estudos a Distância
Os estudos à distância estão apoiados em atividades complementares, atividades auto-
instrutivas e atividades supervisionadas. Nos momentos de estudos à distância os alunos são
levados a fazer uma série de reflexões sobre pontos apresentados nos livros didáticos,
orientações para o desenvolvimento de pesquisas, leituras complementares e trabalhos em
grupos, em que a construção integradora do conhecimento se coloca como princípio
norteador, buscando-se o reconhecimento da autonomia relativa a cada unidade temática e o
diálogo necessário na busca do conhecimento da realidade educacional.
Após as tele-aulas os alunos continuam nas tele-salas para o desenvolvimento das
atividades supervisionadas, serão propostos exercícios com o objetivo de aprofundar e
complementar o conteúdo estudado com base no livro didático e as explicações dadas pelos
professores durante as tele-aulas. É uma atividade em grupo, cuja metodologia será
determinada de forma multidisciplinar, a fim de que seja estipulado um único trabalho que
contemple as diferentes ênfases e enfoques ministrados nas unidades curriculares. Esta
atividade deve primar à pesquisa, a autonomia intelectual e a relação prática do que está sendo
estudado nas tele-aulas, no livro e na prática profissional do aluno.
Esta atividade será coordenada pelo orientador educacional durante os momentos
presenciais, e estará disponível na internet logo que determinado pela coordenação do curso.
Para ambas as atividades, o aluno contará ainda com o apoio, mediação e orientação
do Professor-tutor.
As atividades auto-instrutivas se encontram no final do livro didático do aluno. São
atividades de revisão para fixação do conteúdo proposto no livro didático. Após cada aula
ministrada deverá ser destacada e entregue ao orientador educacional da tele-sala para envio a
coordenação do respectivo curso.
5.3.4 Tutoria
Nos sistemas de educação à distância a tutoria é uma ferramenta fundamental, é
através dela, que se garante a inter-relação personalizada e contínua do aluno com o curso,
bem como se viabiliza a articulação entre os envolvidos no processo para a consecução dos
objetivos propostos atendendo as especificidades da clientela incorporando como
complemento as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação - NITC.
Será disponibilizada 02 (duas) horas semanais para atendimento das atividades
desenvolvidas a distância. Este atendimento acontecerá no dia seguinte ao das tele-aulas,
conforme cronograma da coordenação de curso e previamente informado aos alunos. A
comunicação com a tutoria poderá acontecer através do telefone Discagem Direta Grátis 0800
e do ambiente on-line.
5.3.5 Discagem Direta Grátis 0800
O telefone Discagem Direta Grátis 0800 é um serviço disponibilizado para os alunos
durante as tele-aulas e as tutorias. Os alunos poderão entrar em contato gratuitamente com a
Escola Técnica, através de um número único e de fácil memorização.
5.3.6 Ambiente on-line
É uma ferramenta disponibilizada para os alunos, acessada com senha individual, que
funcionará como ambiente de apoio pedagógico. Além de um sistema de perguntas e
respostas que serão respondidas pelo tutor o aluno terá como ferramentas disponíveis o acesso
aos serviços de:
Informações Acadêmicas
Notas
Calendários
Informações Pedagógicas
Cronogramas
Arquivos Disponíveis
Slides das tele-aulas
Textos Complementares
Contatos
5.4 Livro Didático
Na educação presencial o livro didático tem o papel de apoio bastante evidenciado
para que o professor possa dinamizar suas intervenções. Isso ocorre em paralelo à
comunicação direta entre o professor e o aluno e as intervenções são feitas em tempo real
entre as partes. No caso da educação à distância, o livro didático assume o papel de mediador
entre as partes. O aluno passa a ter no livro didático o elemento instigador de interação entre
os conteúdos propostos e o professor. Deve cumprir as funções de informar, motivar,
controlar além de avaliar. Ele deve, ainda: atender aos objetivos do curso; ser coerente com a
linha pedagógica a qual está inserido; ter conteúdo claro e bem definido; ter vocabulário de
acordo com o nível do público que se pretende interagir; utilizar recursos de imagens, sempre
que possível, para tornar o visual mais atraente e agradável; conter testes de auto-avaliação,
possibilitando ao aluno verificar seu nível de aprendizado e sugerir fontes bibliográficas
complementares.
A elaboração dos livros didáticos utilizados no curso será realizada por professores da
Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná. Será um recurso estratégico para facilitar
tanto as atividades de ensino quanto às de aprendizagem. Estarão situados numa dimensão
estratégica, em que a escolha e o planejamento de atividades contribuam efetivamente para
que o aluno interaja de modo dinâmico com que lhe é proposto. O aluno será incentivado a
avançar sempre na direção da reutilização dos conhecimentos adquiridos, ou seja, na
transferência de uma situação cotidiana para outra científica.
5.5 Desenvolvimento da Ação Pedagógica
Ao analisarmos os modelos de ensino desenvolvidos na modalidade à distância, ficam
evidenciadas as figuras professor especialista, professor-tutor e orientador educacional. No
modelo adotado por este projeto, devido as suas características e particularidades, surge a
necessidade institucional de incorporar ao processo de ensino-aprendizagem uma nova figura
que é a do orientador educacional.
Neste projeto as atribuições do professor, do professor-tutor e do orientador
educacional são bem distintas, no entanto interligadas. Cada uma delas tem um papel
imprescindível e para exercer suas responsabilidades dentro de todo o processo deve possuir
um perfil profissional com as habilidades e competências inerentes à função.
5.5.1. professores especialistas
Para atender as especificidades do curso de Técnico em Secretariado na modalidades à
distância, contará com os professores da Escola Técnica e de outros setores da Universidade
Federal do Paraná, capacitados para atender as exigências do processo pedagógico. A
docência na Educação à distância utiliza-se de recursos tecnológicos e da intervenção
constante de uma equipe multidisciplinar, integrada por profissionais da área pedagógica, da
área de produção e transmissão, da área de logística e da área administrativa. Neste contexto,
são funções do professor especialista:
• Elaborar do livro didático utilizado na tele-aula;
• Dominar determinadas técnicas e habilidades para tratar de forma específica os
conteúdos das unidades didáticas;
• Orientar o aluno em seus estudos, explicando durante as tele-aulas as questões
relativas aos objetivos e conteúdos da unidade didática;
• Destacar durante as tele-aulas a importância do estudo independente, familiarizando o
aluno com a metodologia e utilização do livro didático;
• Ensinar ao aluno a adquirir técnicas de estudos e métodos de aprendizagem na
modalidade à distância;
• Elaborar diferentes técnicas e procedimentos de avaliação;
• Favorecer a possibilidade de que o aluno avalie seu próprio processo de
aprendizagem;
• Elaborar dos slides utilizados na tele-aulas;
• Estruturar as atividades auto-instrutivas e supervisionadas;
• Elaborar e corrigir os instrumentos de avaliação de sua unidade didática.
5.5.2. professores tutores5
Como mediador nesse processo o professor tutor, em sua grande maioria serão os
próprios professores dos cursos. Tem um papel relevante atuando como mediador do curso
junto ao aluno, ao professor e ao orientador educacional, são profissionais capacitados para
facilitar o processo de ensino-aprendizagem, devem estimular e ao mesmo tempo participar
do processo de avaliação da aprendizagem dos alunos. Dentre suas atribuições estão:
• Facilitar ao aluno e ao orientador educacional a integração e o uso dos diferentes
recursos;
• Estabelecer uma relação compreensiva durante as explicações;
5 Os tutores serão selecionados em conjunto Coordenação Geral de Ensino, Coordenação Pedagogia em EAD e Coordenação do Curso.
• Manter diálogo permanente com a coordenação de tutoria do projeto, para formular
plano de ação, análise de resultados e conhecimento das rotinas e encaminhamentos;
• Coordenar, acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas sob sua orientação;
• Prestar informações ao aluno sobre o curso;
• Obedecer ao cronograma de horário para realização da tutoria;
• Orientar os alunos nos cumprimentos de todas as atividades do curso;
• Esclarecer de forma clara as dúvidas relativas à resolução das atividades auto-
instrutivas e supervisionadas;
• Acompanhar e avaliar o processo de ensino aprendizagem
O trabalho pedagógico da tutoria estará sob a supervisão e orientação da coordenação do
curso.
5.5.3. orientadores educacionais
O orientador educacional é um profissional da educação com formação superior
adequada para o atendimento dos alunos nas tele-salas. As atividades deste profissional são de
suma importância para o sucesso do curso, pois não há tecnologia que substitua a competência
e o calor humano nas relações de aprendizagem. A capacidade de incentivo, a interatividade
com o grupo de alunos e o espírito de liderança, garantirá o compartilhamento do
conhecimento e o intercâmbio de experiências, pois o orientador educacional será o elo de
ligação entre a turma e a Escola Técnica.
Para o cumprimento de suas atividades o orientador educacional deve realizar
basicamente três ações: orientadoras, acadêmicas e instrucionais.
As ações orientadoras estão relacionadas ao lado afetivo e emocional dos alunos. No
desempenho de suas atribuições o orientador educacional deve:
• Visualizar o aluno na sua integralidade, ou seja, como cidadão nos aspectos
biológicos, psicológicos, sociais e acadêmicos. Todos esses aspectos devem ser
levados em conta, unidos ou separados, durante todo processo de ensino-
aprendizagem;
• Dedicar-se a todos os alunos, observando e respeitando os diferentes ritmos de
aprendizagem;
• Orientar com paciência os alunos durante todo o curso;
• Evitar, sempre que possível que o aluno se sinta só, motivando-o e orientando-o nas
dificuldades que surjam durante o processo de ensino;
• Destacar a importância do estudo independente ou em grupo, pois isso fará com que o
aluno se familiarize com a metodologia do curso;
• Despertar a interação do grupo, favorecendo a comunicação entre os seus membros na
realização dos trabalhos;
• Comunicar-se pessoalmente com cada aluno, estabelecendo uma relação compreensiva
e de aceitação, evitando tanto as atitudes autoritárias ou muito permissivas;
• Verificar se existe problemas pessoais entre os alunos que possam dificultar a
aprendizagem, propondo, se possível, soluções.
As ações acadêmicas estão centradas na atuação como facilitador do processo de
ensino-aprendizagem, portanto deve:
• Organizar-se pela programação do curso;
• Informar aos alunos sobre os aspectos significativos propostos pelos cursos, é
importante ressaltar que os alunos sempre recebam as mesmas orientações.
• Garantir o recebimento perfeito das transmissões de cada tele-aula;
• Manipular com segurança o equipamento instalado (televisor e antena parabólica) em
cada tele-aula com o apoio da equipe técnica;
• Testar o sinal sempre com antecedência do início das tele-aulas;
• Encarregar-se da organização e envio das perguntas durante as tele-aulas;
• Controlar a freqüência dos alunos;
• Controlar a entrega das atividades auto-instrutivas e supervisionadas;
• Aplicar as avaliações finais e de segunda chamada;
• Remeter a Escola Técnica todas as atividades realizadas pelos alunos.
As ações institucionais caracterizam-se pelo desempenho de atividades administrativas
e institucionais. Para tanto é necessário:
• Conhecer os fundamentos, estrutura e metodologia de EAD desenvolvidos pelo
projeto;
• Prestar informações ao aluno sobre inscrições, matrículas, rematrículas e
particularidades do curso;
• Zelar pelo cumprimento do calendário escolar;
• Prestar informações dos alunos sempre que solicitados;
• Cumprir rigorosamente os prazos de envio de documentos e atividades determinados
pelas coordenações dos cursos;
• Participar sempre que solicitado de cursos, treinamentos, reuniões, viagens e outros;
Para o desenvolvimento da ação pedagógica do projeto, o aluno contará ainda com um
efetivo apoio técnico, administrativo e pedagógico desenvolvido pelas coordenações
administrativa, pedagógica e de curso e administrativa.
5.6. Sistema de apoio e de comunicação ao processo ensino-aprendizagem
Inclui os serviços de tutoria e os de comunicação. O aluno terá a sua disposição um
professor-tutor que será o mediador entre ele, o professor, o orientador educacional e o curso.
Para esta comunicação estará à disposição do aluno o 0800 e e-mail, onde o professor-tutor
estará, conforme cronograma de tutoria previamente estabelecido pela coordenação do curso,
para sanar dúvidas.
O serviço de comunicação tem dois propósitos básicos. Por um lado, viabiliza o
funcionamento da tutoria, fornecendo contato entre aluno/tutor e orientador educacional/tutor.
Por outro lado, facilita o fluxo de informações indispensáveis para que a coordenação do
curso possa exercer suas funções com eficiência.
6. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E
EXPERIÊNCIAS ANTERIORES
As competências anteriores adquiridas pelos alunos, relacionadas com o perfil de
conclusão do Técnico em Secretariado poderão ser avaliadas para aproveitamento de estudos,
no todo ou em parte, nos termos preconizado pela legislação vigente (art.8º inciso VII e art. 9º
parágrafos 1º e 2º, da Resolução CNE/CP Nº. 03 /2002):
g) Em cursos regulares, mediante análise detalhada dos programas desenvolvidos
desde que sejam inerentes ao perfil de conclusão do curso;
h) No trabalho, mediante avaliação individual do aluno.
Em qualquer condição, o aproveitamento deverá ser requerido antes do inicio do
desenvolvimento do módulo, de acordo com o previsto no calendário escolar do curso, para
que haja tempo hábil para a devida análise e avaliação de competências, a indicações de
eventuais complementações e o deferimento pelo Colegiado do Curso. O manual do aluno
conterá as informações pertinentes à avaliação de conhecimentos e experiências anteriores.
Os processos de avaliação para aproveitamento de competências serão registrados em
relatórios, memoriais descritivos ou provas. Os relatórios e memoriais descritivos serão
avaliados por uma comissão de avaliação dos conhecimentos e das experiências anteriores,
composta por professores especialistas que atuam no colegiado do curso. A referida comissão
de avaliação será nomeada, por portaria da direção da escola.
Os relatórios, os memoriais descritivos, as provas e os pareceres da comissão de
avaliação serão arquivados no prontuário individual do aluno, juntamente com os documentos
que instituirão esse processo na forma como dispõe o Regimento da Escola Técnica.
7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Um dos pontos de maior relevância na educação à distância diz respeito aos processos
avaliativos, é a partir deles que será possível fazer as devidas adequações tanto nos processos
de ensino-aprendizagem quanto no sistema e na modalidade. Por meio desses indicadores
serão avaliados aspectos da qualidade na execução da proposta político-pedagógica dos
cursos. A avaliação deve ser vista como um processo global, onde todos os seus componentes
devem ser avaliados, permitindo verificar como está o andamento do curso, possibilitando
agilidade na resolução dos problemas surgidos.
A avaliação para este curso será na forma disposta no Regimento da Escola Técnica e
na legislação de ensino vigente. A preferência será pela avaliação do consenso, com critérios
e práticas negociadas na própria elaboração do contrato de aprendizagem com espaço para a
auto-avaliação.
7.1. Perspectiva da avaliação
A avaliação será contínua e cumulativa, possibilitando o diagnóstico sistemático do
processo de ensino/aprendizagem, prevalecendo os aspectos qualitativos e os resultados
obtidos ao longo do processo.
Os critérios de avaliação para cada unidade curricular serão estabelecidos nos
respectivos planos, que serão elaborados e aprovados pelo colegiado do curso, antes do início
das atividades didáticas relativas ao módulo.
A avaliação levará em conta o desempenho do aluno e assimilação dos conhecimentos
da ciência e das tecnologias apropriadas para cada situação. As avaliações serão periódicas e
específicas de acordo com os objetivos do plano de ensino de cada unidade curricular através
da:
• Compreensão – entendimento, interpretação de idéias, informações, conceitos textos;
• Relacionamento – capacidade de perceber as ligações existentes entre as idéias, fatos,
processo, estilos, causalidade e efeito;
• Construção de conceitos - conceituação adequada verificada em trabalhos escritos e
apresentações orais feitas com originalidade e não como reprodução de conceitos
memorizados;
• Redação – clareza, originalidade, vocabulário, argumentação, citação de referências;
• Comunicação interpessoal – clareza e empatia ao fazer apresentações para o grupo em
seminários;
• Disciplina – pontualidade, preocupação em trazer para as aulas o material de apoio,
organização na apresentação de trabalhos;
A recuperação será contínua, realizando-se concomitantemente ao desenvolvimento das
unidades curriculares, com a utilização de aulas gravadas, atendimento realizado pelo
orientador educacional, tutoria e professor especialista (correio eletrônico). Após os estudos
de recuperação aquele que obtiver a nota mínima exigida pelo regimento interno da Escola
Técnica.
Os alunos receberão um manual do curso contendo: critérios e procedimentos a serem
adotados para o desenvolvimento do curso bem como sobre as normas regimentais, de
avaliação, recuperação, freqüência e promoção.
7.2. Sistemas de avaliação
As experiências de avaliação fazem parte do nosso cotidiano. Ainda que não estejamos
recorrendo a procedimentos formais, estamos sempre emitindo julgamentos sobre uma série de
atividades humanas.
Um dos grandes desafios para implementação de propostas e projetos inovadores é a
avaliação, isto é, seus procedimentos de articulação permanente entre avaliadores e os
profissionais que tomam decisões para a consecução dos objetivos a serem alcançados.
Vários processos de avaliação da aprendizagem em diferentes níveis estão sendo
disseminados em diversos países, já que a educação e o conhecimento constituem prioridades
fundamentais para uma sociedade em permanente transformação.
Como prática educativa à avaliação deve ser pensada no contexto de uma visão política,
cujas ações possam expressar as decisões educacionais de seu aprimoramento, permanente
realimentação crítica do curso proposto e das expectativas e necessidades dos alunos no
processo de aprendizagem.
A intenção é portanto, refletir criticamente sobre a avaliação do sistema de educação, sob
a responsabilidade da Coordenação Geral de Ensino em conjunto com Coordenação
Pedagógica dos Cursos de Educação à Distância e a Coordenação do Curso Técnico em
Secretariado na modalidade de educação à distância, bem como sobre seu impacto nas
políticas propostas pela Direção da Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná.
O Curso de Técnico em Secretariado na modalidade de educação à distância privilegia,
sob a dimensão didático-pedagógica, os seguintes aspectos:
Avaliação da aprendizagem;
Avaliação do material didático;
Avaliação do sistema de tutoria; e
Avaliação da modalidade de educação à distância.
7.2.1. avaliação da aprendizagem
É na ação pedagógica que se inscreve a avaliação da aprendizagem. Num sistema de
educação à distância uma aluno não conta com a presença física do professor. Daí a
importância de se utilizar um método de trabalho que desenvolva um grau elevado de
confiança, e ao mesmo tempo proporcione aos alunos a possibilidade de também se auto-
avaliarem.
O trabalho dos professores ao selecionar os conteúdos e organizar o material didático
básico para orientar as atividades discentes dever ser, principalmente e, sobretudo, o de
contribuir para que todos possam questionar o que já sabem, bem como os conhecimentos
novos que estão sendo apresentados nas unidades curriculares.
Esse processo de conquista da aprendizagem é dinâmico, entre as pessoas que têm alvos
comuns de ação adicionados às estratégias individuais para atingi-los.
Nesse sentido cabe evidenciar a diferença entre critérios de produto e critérios de
processo: no primeiro caso se aplicam critérios extrínsecos às questões a serem avaliadas e ao
segundo, critérios intrínsecos. Não é tarefa simples, estabelecer a distinção entre a avaliação
feita durante o processo educacional e a avaliação realizada após o mesmo, os papéis são
diferentes. Enquanto a avaliação realizada durante o processo tem a finalidade de aprimorar o
ensino e a aprendizagem (função formativa) a avaliação realizada ao final, tem a finalidade de
emitir parecer de julgamento e tomar decisão.
A avaliação da aprendizagem é considerada, portanto, como um processo continuado e
compreensivo e descritivo que permite analisar criticamente em que dimensão os objetivos
dos alunos foram atingidos, mediante atitudes individuais de desafios, no processo de
cognição do sistema, tanto de educação à distância como no ensino presencial.
A experiência a ser realizada neste curso envolverá três níveis. No primeiro nível o
acompanhamento do processo de aprendizagem far-se-á nos encontros presenciais que serão
realizados em cada unidade curricular, num percentual de 40% em que o orientador
educacional responsável pelos encontros irá conferir:
• Se os alunos estão captando e compreendendo os conteúdos propostos nas unidades
didáticas e os graus de dificuldades existentes;
• Se os alunos têm condições de desenvolver ou não tarefas propostas no percurso das
diferentes unidades didáticas;
• Se os alunos estão em condições de estabelecer articulações contínuas entre os
conhecimentos propostos e sua prática pedagógica.
Durante os referidos encontros o orientador educacional fará anotações acerca das
possibilidades e das dificuldades que os alunos estão encontrando nas unidades didáticas
trabalhadas.
O segundo nível caracteriza-se pelo estudo à distância, contato dos alunos com as
tutorias pelos diversos meios de comunicação e a realização das atividades e trabalhos finais
escritos para atender os critérios de avaliação de cada unidade didática. A tutoria receberá as
consultas telefônicas, e-mail, fax, correspondências e entrará em contato com os professores
para mediar os impasses relativos à consecução das atividades.
O terceiro nível é o da avaliação final individual, escrita e sem consulta. Após a análise
e interpretação dos resultados registrados nas fases anteriores, será realizada a avaliação final,
que consiste na aplicação de provas escritas, presenciais, individuais, contendo questões,
resoluções de problemas, simulações de casos e exercícios, envolvendo o conteúdo
programático proposto em cada unidade didática.
A duração máxima de cada avaliação final será de três horas e aplicada pelo orientador
educacional, nas tele-salas.
6.2.2. avaliação do material didático
O material didático do Curso Técnico Secretariado na modalidade de educação à
distância será analisada sob as seguintes perspectivas:
• Pelos alunos, para conferir em que medida os conteúdos selecionados e a linguagem
utilizada são por eles compreendidos, permitindo ao mesmo situar-se como
protagonista da construção do conhecimento. Serão considerados, como elementos de
análise da qualidade, a diagramação e apresentação gráfica, a organização e disposição
dos conteúdos programáticos, fatores estes que possibilitarão uma melhor assimilação
por parte dos alunos;
• Pelo tutor e orientador educacional, em relação à clareza do material, a seqüências em
que os conteúdos são apresentados e de como ocorre à relação teoria-prática bem
como a disposição e apresentação dos aspectos gráficos e, sobretudo da comunicação
dialógica do autor;
• Pelo autor, responsável pela construção do material didático e pela seleção e
organização do significado e da importância dos conhecimentos que compõem os
textos. Essa avaliação é complementada pelos resultados da avaliação dos alunos e
tutores;
• Pela Coordenação Geral de Ensino em conjunto com a Coordenação Pedagógica em
EAD, Conselho Editoral do Programa de Educação a Distância e a Coordenação do
curso, que após a análise e interpretação das avaliações dos alunos, tutores e autores,
viabilizarão as alterações nos livros didáticos sempre que necessário.
6.2.3. avaliação sistema de tutoria e orientação educacional
O trabalho da tutoria e da orientação educacional é de fundamental importância em
programas educacionais á distância. A análise e a avaliação destes da tutoria e da orientação
educacional dar-se-á através das seguintes atividades:
γ) Avaliação do material didático utilizado no curso levando em consideração as unidades
didáticas, propostas no projeto pedagógico do curso;
η) Informações sobre a necessidade de implementação de atividades de apoios solicitados
pelos alunos que não estavam previstas no projeto pedagógico do curso;
ι) Registro dos problemas relativos aos conteúdos, ao material didático e a metodologia
utilizada, a partir das observações e reivindicações dos alunos;
ϕ) Participação efetiva no processo de avaliação dos alunos e do curso;
κ) Solução das deficiências encontradas no material impresso;
λ) Auxílio aos alunos para a superação das dificuldades encontradas;
µ) Apoio aos alunos na compreensão dos textos e na resolução das dificuldades, motivando-
os a encontrar no material didático e nas referencias completares as respostas às suas dúvidas;
ν) Auxílio aos alunos no desenvolvimento da responsabilidade pela auto-avaliação do
processo de ensino-aprendizagem.
Em virtude das exigências acima citadas ao trabalho da tutoria e da orientação
educacional é imprescindível que os profissionais selecionados para exerce essas funções,
tenham um período de qualificação que possibilite:
• O aprofundamento e a apropriação das referências teóricas sobre os sistemas de
educação à distância;
• Conhecimento do projeto pedagógico do curso;
• Estudo sistemático dos sistemas de orientação denominados de tutoria em educação à
distância;
• Intercâmbio de experiências nas diversas modalidades de tutoria e orientação
educacional;
• Atualização dos conhecimentos específicos da Gestão Pública e do Ensino Médio
relativos à unidade didática que cada tutor e orientador educacional serão
responsáveis.
As referidas condições são indispensáveis para assegurar a dedicação e o sucesso da
modalidade de educação à distância a curto, médio e longo prazo.
Na avaliação do processo de aprendizagem na modalidade de educação à distância sob o
ponto de vista pedagógico é fundamental que se tenha em mente que a avaliação: do material
didático, do sistema de tutoria e orientação educacional, dos recursos tecnológicos
selecionados e colocados à disposição dos alunos para auxiliar o processo ensino-
aprendizagem servem de parâmetros para avaliação desta modalidade de ensino.
Todas as inter-relações propostas e estabelecidas no processo, às dimensões previstas a
serem trabalhadas antes e durante a execução do curso, permitirão a construção de uma rede
significativa que possibilitará a reestruturação o projeto pedagógico do curso e o projeto
pedagógico da Escola Técnica, articulando o sistema de educação presencial com o sistema de
educação à distância.
8. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
8.1. Tele-salas
A estrutura física das tele-salas propostas para o curso serão montadas pelas instituições
públicas parceiras da Escola Técnica na execução do curso.
O ambiente da tele-sala terá obrigatoriamente 50 (cinqüenta) carteiras, um kit
tecnológico, composto de um televisor de 29 polegadas, um aparelho de DVD, uma antena
parabólica para satélite digital com seu respectivo sintonizador, para o serviço RTV Digital
Plus, uma linha telefônica, um micro computador com a configuração mínima de: Tipo 486,
com 100 MHZ de "clock", memória RAM de 4 Mbytes, Windows 3.1; winchester de 20
Mbytes livres, modem (interno ou externo) com velocidade mínima de 9.600 Bps, e uma
impressora jato de tinta ou laser.
8.2. Central de Atendimento
A central de atendimento tem a finalidade de assegurar o intercâmbio de informações e
de experiências dos alunos, bem como de subsidiar o trabalho dos tutores e orientadores
educacionais.
Esta Central terá como função:
• Receber quaisquer manifestações dos alunos e dos orientadores educacionais a respeito
do processo de ensino-aprendizagem dentre elas, informações, críticas, reclamações,
sugestões e elogios;
• Receber e encaminhar à coordenação as dúvidas e questões propostas por orientadores
educacionais e alunos;
• De acordo com instruções da coordenação, encaminhar as respostas dadas pelos alunos e
pelos orientadores educacionais às questões recebidas (via fax, correio eletrônico,
material escrito).
8.3. Sistema de Produção das Tele-Aulas
As aulas serão produzidas em um estúdio localizado na Escola Técnica. O corte é feito
direto das câmeras no estúdio, formando uma aula pré-editada, a qual é inserida em uma ilha
de edição não linear (Real Time) para a finalização, onde são inseridas as matérias captadas
em externas, imagens de cobertura, caracteres, computação gráfica e efeitos necessários para a
completa ilustração da tele-aula.
As tele-aulas são transmitidas diretamente do estúdio, através de Up-link direto com o
satélite e Brasilsat B3.
8.4. Transmissão Via Satélite
O serviço RTV Digital Plus consiste na transmissão de sinais digitais de rádio com
canal de dados de coordenação e controle e de sinais digitais de vídeo com áudios associados
com a Norma de Compreensão MPEG-2, via satélite, em âmbito nacional, com diversos
níveis de qualidade (contribuição, distribuição primária e secundária, etc). Consiste na
transmissão e recepção de sinais digitais de rádio e de sinais digitais de vídeo, via satélite,
com e sem o segmento espacial. As transmissões desses sinais poderão ser realizadas
diretamente do Estúdio da Escola Técnica, ou através de compartilhamento de qualquer
estação terrena.
Os equipamentos de transmissão e recepção de sinal digital de vídeo e áudio
associados (“Equipamentos”) e de segmentação espacial de satélite são compatíveis com a
Norma de compreensão MPEG-2 e DVB (Digital Vídeo Broadcasting) para transmissão e
recepção. Com uma portadora SCPC digital de televisão, com taxa de informação de 2,5
Mbps e modulação QPSK, com e sem redundância nos sistemas de vídeo e áudio, com e sem
redundância nos sistemas de RF e com e sem sistema de acesso condicional para os sistemas
de transmissão e não incluindo redundância nos sistemas de vídeo /áudio e de RF para os
sistemas de recepção. As recepções das tele-aulas pelas tele-salas emitidas via satélite serão
recebidas através de parabólicas sintonizadas na freqüência e satélite determinada e
homologada pela Anatel.
8.5.Produção das Tele-aulas
8.5.1. recepção estúdio
01 computador
01 impressora
01 telefone
01 fax
01 bancada
01 cadeira
8.5.2. estúdio
02 câmeras
01 computador auxiliar
02 tripés de câmera
02 multicabos
01 monitor colorido 19 polegadas.
02 visores 4 polegadas para câmera
02 intercomunicadores de câmera
01 microfone de mão
02 caixas de áudio amplificadas
8.5.3. captação da produção
01 maleta para transporte da câmera
01 fonte de alimentação
01 carregador de baterias
04 baterias
01 tripé
01 capa protetora de câmera
01 microfone de mão
Diversas fitas magnéticas
8.5.4. sala de controle
01 monitor preview
01 monitor programa
01 mesa de controle de corte
02 controles de câmera
01 vídeo tape
01 gerador de caracteres
01 distribuidor de vídeo componente
01 distribuidor de vídeo
01 gerador de sincretismo
01 distribuidor de áudio estéreo
01 distribuidor de áudio monoaural
01 conjunto com 04 monitores P& 4 polegadas
02 intercomunicadores de câmaras
01 conversor SGA componente
02 monitores 19 polegadas
01 caixa de áudio amplificada estéreo
01 reprodutor/gravador de CD
01 analisador de sinais de vídeo
01 transmissor
01 conversor de componente SDI
01 modulador
01HPA
01 receptor de satélite
8.5.5. ilha de edição
01 monitor colorido
01 estação de edição não linear
01 vídeo tape
01 comutador componente
02 caixas amplificadas estéreo
8.5.6. call center
06 computadores
01 televisor LG 20 polegadas
01 impressora colorida
08 telefones
08 bancadas
08 cadeiras
8.5.7. camarim
01 sofá
03 bancadas
01 frigobar
12 armários com chaves
03 cadeiras
01 televisor LG 20 polegadas
8.5.8. biblioteca
Os alunos poderão fazer uso do acervo bibliográfico da biblioteca da Escola Técnica e
de todos os setores da Universidade Federal do Paraná, podendo efetuar:
• Empréstimo domiciliar de livros, folhetos, seriados, teses, dissertações, monografias e
materiais especiais;
• Consulta local ao material bibliográfico;
• Empréstimo domiciliar de periódicos;
• Empréstimo entre bibliotecas;
• Levantamento Bibliográfico;
• Cursos e ou palestras sobre o uso da biblioteca e suas fontes;
• Referência;
• Comutação Bibliográfica;
• Exposição de livros novos e periódicos correntes.
9. DOCENTES E TÉCNICO ENVOLVIDOS NO CURSO
O corpo docente do curso será composto por professores e técnicos da Escola Técnica
e professores convidados, qualificados para o exercício do magistério nas modalidades de
Educação à Distância e de Jovens e Adultos.
10. CERTIFICADOS E DIPLOMAS
Os alunos que de acordo com os critérios de avaliação e Regimento Geral da Escola
Técnica, atingirem o nível necessário nas competências do Ensino Médio e do Ensino
Profissionalizante receberão de diploma Técnico em Secretariado.