psicologia da religião

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PSICOLOGIA DA RELIGIÃO

Psicologia da religião é o estudo do fenômeno religioso do ponto de vista psicológico, ou seja, a aplicação dos princípios e métodos da psicologia ao estudo científico do comportamento religioso do homem, quer como indivíduo, quer como membro de uma comunidade religiosa.

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Nessa definição, "comportamento religioso" refere-se a qualquer ato ou atitude, individual ou coletiva, pública ou privada, que tenha específica referência ao divino ou sobrenatural.

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Obviamente, esse divino ou sobrenatural é definido em termos da fé pessoal de cada indivíduo.

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Psicologia da religião, portanto, não é nem a defesa nem a condenação da religião. Não é tampouco o estudo de um credo ou de determinada seita, se bem que tal estudo seja possível e até recomendável.

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Psicologia da religião é o estudo descritivo e, tanto quanto possível, objetivo do fenômeno religioso, onde quer que ele ocorra.

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Gostaríamos de salientar aqui duas implicações da definição acima sugerida.

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Dissemos, em primeiro lugar, que psicologia da religião aplicação dos princípios e métodos da psicologia ao estudo científico do comportamento religioso do homem, quer como indivíduo, quer como parte integrante de um grupo religioso.

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Reconhecemos que religião, especialmente do ponto de vista do seu estudo psicológico, é algo essencialmente individual. Não podemos negar, entretanto, que essa experiência tipicamente pessoal se expressa também coletivamente no comportamento do grupo religioso.

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Assim sendo, o psicólogo da religião não se limita ao estudo dos fenômenos religiosos estritamente pessoais, tais como a experiência mística, a conversão ou a vocação, mas se interessa também por aqueles aspectos da experiência que se refletem no comportamento religioso de uma coletividade, tais como um ato público de adoração ou uma peregrinação coletiva a um lugar sagrado.

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Dissemos, outrossim, que a psicologia da religião é o estudo objetivo do fenômeno religioso, onde quer que ele ocorra. Não se limita, consequentemente, à determinada religião ou a uma seita particular.

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Portanto, quando o psicólogo da religião estuda fenômenos como a oração, a conversão religiosa ou o misticismo, tanto quanto possível, ele procura apresentá-los como experiências religiosas comuns a indivíduos das mais variadas crenças.

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Convém salientar, entretanto, que, na maioria dos casos, o conteúdo deste estudo se aplica quase exclusivamente à descrição e à interpretação do fenômeno tal como se observa no cristianismo, e especialmente dentro da tradição protestante.

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Procuraremos demonstrar, entretanto, que mesmo aqueles aspectos da experiência religiosa que alguém suponha exclusivos do cristianismo são comuns à experiência religiosa de indivíduos de outras religiões.

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Em outras palavras, a dinâmica da experiência religiosa tem aspectos universais e pode ser estudada do ponto de vista psicológico, independentemente de qualquer ideia sectária.

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Por exemplo, a dinâmica da experiência religiosa da conversão, da oração ou do misticismo, para citar apenas três aspectos importantes da experiência religiosa, é essencialmente a mesma, quer se estude o fenômeno no cristianismo, no budismo ou no hinduísmo.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA DA RELIGIÃOÀ semelhança da psicologia científica moderna, a psicologia da religião tem suas raízes históricas na filosofia ou na chamada psicologia racional. Homens como Buda, Sócrates, Platão, Jeremias, Agostinho, Pascal são exemplos típicos de indivíduos que refletiram sobre a vida interior e descreveram suas próprias observações.

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O fruto da observação introspectiva desses grandes vultos da humanidade constitui, por assim dizer, o primeiro esforço rumo ao estudo psicológico da experiência religiosa.

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A história da psicologia da religião está também relacionada com a chamada teologia filosófica. Os escritores dessa linha se preocuparam com extensas discussões de teses, como: monísmo versus dualismo; idealismo versus materialismo e empirismo: aqui também que encontramos o célebre debate da relação entre o espírito e a matéria.

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O dualismo interacionista de Descartes, o paralelismo psicofísico de Leibnitz e o psícomontsmo de Berkeley. Que surgiram ao tempo como solução do problema, ainda hoje são discutidos e sua influência se faz sentir no mundo moderno.

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Por razões didáticas, podemos dizer, com Walter H. Clark, que a história da psicologia da religião, em sua concepção moderna, se desenvolveu a partir de estudos teóricos dos fenômenos relacionados com o comportamento religioso e de preocupações de ordem prática, tal como se refletem especialmente nos grandes movimentos de saúde mental no mundo moderno.

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Estudos Práticos - Os estudos práticos da psicologia da religião produziram vários efeitos de profundas consequências na vida e doutrina da igreja cristã.

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Entre esses resultados, podemos mencionar a crescente relação entre a religião e a medicina, expressa particularmente no movimento de Religião e Saúde Mental, tão em voga em nossos dias.

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A crescente ênfase em psicologia pastoral e principalmente os chamados treinamentos clínicos do ministério refletem a grande influência dos estudos de psicologia da religião. Outra área da educação teológica em que esta influência se faz sentir é a da educação religiosa.

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O movimento de educação religiosa, que é um fenômeno tipicamente norte-americano, foi grandemente influenciado pelo funcionalismo de John Dewey.

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Esse movimento de educação religiosa foi, a nosso ver, um bom antídoto contra o exagerado otimismo daqueles que queriam "salvar" o mundo nos limites cronológicos de sua própria geração.

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A ênfase da educação religiosa não é "salvar" menos, mas admitir que a salvação completa é atingida pelo processo da educação para o cristianismo.

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Ao invés da conversão momentânea requerida no tempo do Grande Avivamento, a ênfase agora é no processo contínuo da redenção do homem.

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Na grande maioria dos seminários do mundo moderno, o treinamento clínico feito em hospitais de clínicas gerais e em hospitais de doenças mentais é parte integrante da educação teológica de ministros e futuros ministros da religião.

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