Reflexões sobre a organização do trabalho - Ed. Campo

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REFLEXÕES SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHOPEDAGÓGICO: OS “TEMPOS”

NA EDUCAÇÃO DOCAMPO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE EDUCAÇÃO

NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO

SEMED/COORDENAÇÃO LOCAL

FORMAÇÃO DE PROESSORES ALFABETIZADORES

Orientador: Noberto de Freitas Gomes

PRÁTICAS SÓCIO- CULTURAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS

Onde as pessoas se educam?

Como elas se educam?Em que relações elas se educam?

OS CONSTRASTES NA EDUCAÇÃO

CAMPO CIDADE

EDUCAÇÃO DO CAMPO EDUCAÇÃO URBANA

?

OBJETIVOS:*É proporcionar algumas reflexões

que possam contribuir para a organização curricular e em

especial para a organização das atividade.

* Indicar aspectos quenos possibilitem pensar a educação de outro modo.

COMO PENSAR A EDUCAÇÃO DE OUTRO

MODO?

Ao destacar os “tempos” na Educação

do Campo, pretendemos problematizar elementos que

organizam os currículos e diferentes práticas

pedagógicas.

Essa “criação” emerge assim como uma trama tecida por

diferentes fios: os conteúdos, os exemplos, os

saberes e as crenças docentes, os objetivos, as

característicasdos alunos, etc.

Diante dessa compreensão, o termo

Educação do Campo refere-se a um espaço

de vida que é multidimensional que

requer políticas e propostas educativas

mais amplas.

. A diversidade que compõe o que estamos denominando

por Educação do Campo explicita diferenças

relacionadas a aspectos políticos, econômicos,morais,

enfim, apresentam-se com especificidades que devem

ser analisadas e consideradas no momento em que organizamos nossas

atividades pedagógicas.

O termo “Campo” será utilizado aqui para designar um lugar abrangente que incorpora espaços: da floresta, da pecuária, das minas e da

agricultura, dos pesqueiros, dos caiçaras, dos ribeirinhos,

dosquilombolas e extrativistas

Por que pensar sobre outros modos

de organizar o tempo das atividades escolares?

O CAMPO É VISTO COMO UMA EXTENSÃO, COMO UM QUINTAL DA CIDADE.CONSEQUENTEMENTE,OS

PROFISSIONAIS URBANOS,MÉDICOS,PROFESSORES

ESTENDERÃO SEUS SERVIÇOS AO CAMPO.

A EDUCAÇÃO DO CAMPO TEM SUA PRÓPRIA CONCEPÇÃO DE ENSINO E SUA TRADIÇÃO,SER INSERIDA NOS CURRÍCULOS

ESCOLARES, QUE GERALMENTE ESTÃO

ATRELADOS AOS CURRÍCULOS CIVILIZADOS DA CIDADE.

MAS A ESCOLA DO CAMPO ASSIM COMO A DA CIDADE TEM A FUNÇÃO DE SER UM

ESPAÇO DE ACESSO AO SABER FORMAL,QUE DEVE

INTRODUZIR AS EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS E

PERSPECTIVAS DO CAMPO,COMO ACONTECE NA

CIDADE.

ALUNOS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

OS ALUNOS DE ESCOLAS DO CAMPO SÃO VISTOS

PELOS EDUCADORES COMO CRIANÇAS COM

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM,LENTAS,

SEM RITMO,ETC

RELATOS DE ALGUMAS PROFESSORAS QUE ATUAM EM ESCOLAS QUE

ATENDEM CRIANÇAS DA ARÉA RURAL.

(...) Olha são crianças ótimas mas, a maioria tem

dificuldades de entender...fazem tudo muito

devagar.(...)Na verdade as crianças são mais educadas mas, têm mais dificuldades, parece que estão sempre com dúvidas, e

por isso são mais lentas.

De acordo com os princípios da Educação do Campo é necessário que pensemos

nossas práticas educacionais, inclusive as que se referem ao conhecimento matemático, a

partir de uma outra lógica “quer seja a lógica da terra, a lógica do campo e,sobretudo, a dos sujeitos que ali vivem.

Não basta que a escola ali esteja, mas é necessário que ela dialogue plenamente

com arealidade do meio onde se encontra. Isso significa dizer que é uma escola

inserida verdadeiramentena realidade desses sujeitos, pronta a

colher e procurar atender às demandas específicas desses homens e mulheres e seus filhos, população que trabalha com

a terra e detém conhecimentos específicos e realidades profundamente

diferentes daquela dos sujeitos inseridos no meio urbano. (FARIA Et alli,

2009, p. 93).

EXPERIÊNCIAS QUE OS PERMITAM SE PERCEBEREM E SE

RECONHECEREM SUJEITOS CAPAZES DE SE TRANSFORMAREM

A EXPERIÊNCIA NÃO É AQUILO PELO QUAL PASSAMOS MAS,É AQUILO QUE NOS PASSA, QUE

NOS ATRAVESSA E NOS PERMITE COMPREENDER AS

COISAS SOBRE PERSPECTIVAS.

Atividades ganham um sentido diferenciado

quandofortemente ligados aos

contextos onde vivem os alunos.

DESSE MODO O QUE AQUI PROPÕE É QUE PENSEMOS NA

POSSIBILIDADE DA “ REINVENÇÃO DA ESCOLA” A PARTIR DE

PEQUENOS ATOS, A COMEÇAR PELA ORGANIZAÇÃO E

PLANEJAMENTO DE NOSSAS AULAS.