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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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Distrito de Gonçalves Júnior/ Irati /PR - Fonte: a autora do Caderno Pedagógico.

Colégio Estadual Gonçalves Júnior- Ensino Fundamental e Médio - Fonte: a autora do Caderno Pedagógico.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE/ UNICENTRO

CADERNO PEDAGÓGICO

O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR NO PROCESSO PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO EM ESCOLA DO CAMPO

IRATI

2013

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE/ UNICENTRO

O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR NO PROCESSO PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO EM ESCOLA DO CAMPO

Prof.ª do PDE: IRANICE HELENA BANKERSEN Prof.ª Orientadora: Ms. JUSSARA ISABEL STOCKMANNS

Área: Gestão Escolar

IRATI

2013

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“Precisamos contribuir para criar a

escola que é aventura, que marcha,

que não tem medo do risco, por isso

que recusa o imobilismo. A escola em

que se pensa, em que se atua, em que

se cria, em que se fala, em que se ama,

se advinha, a escola que

apaixonadamente diz sim a vida”.

Paulo Freire

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA – TURMA 2013

Título: O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR NO PROCESSO PEDAGÓGICO E

ADMINISTRATIVO EM ESCOLA DO CAMPO.

Autora: IRANICE HELENA BANKERSEN

Disciplina/Área:

GESTÃO ESCOLAR

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

COLÉGIO ESTADUAL GONÇALVES JÚNIOR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Município da escola: IRATI/PR

Núcleo Regional de Educação: IRATI/PR

Professor Orientador: JUSSARA ISABEL STOCKMANNS

Instituição de Ensino Superior: UNICENTRO

Resumo:

O Projeto de Intervenção Pedagógica do PDE sistematizado no presente Caderno Pedagógico, objetiva refletir sobre a atuação do gestor escolar no processo pedagógico e administrativo da escola do campo e seus desafios. Será implementado no Colégio Estadual Gonçalves Júnior- Ensino Fundamental e Médio, localizado no distrito de Gonçalves Júnior, caracterizado como escola do campo. A fundamentação teórica e as reflexões propostas evidenciam a concepção do gestor escolar pautada pela democracia no âmbito político, cultural e pedagógico. Destacam que o processo administrativo escolar deve estar a serviço da dimensão pedagógica, buscando a formação humana. Os temas abordados discutem a gestão democrática, a educação do campo, o papel da escola na construção do conhecimento, a atuação dos órgãos colegiados e a participação da comunidade no processo administrativo e pedagógico do colégio. Compreendem que a escola de qualidade contribui com a construção do conhecimento, o domínio da ciência, com a formação do estudante, nos aspectos culturais, sociais, éticos econômicos e políticos. Ressaltam que a

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cultura, o saber e o patrimônio histórico da comunidade são partes essenciais, indispensáveis do currículo de uma escola do campo que visa potencializar a qualidade de ensino, a formação integral dos alunos.

Palavras-chave:

GESTÃO DEMOCRÁTICA, EDUCAÇÃO DO CAMPO, CONHECIMENTO, ÓRGÃOS COLEGIADOS.

Formato do Material Didático: CADERNO PEDAGÓGICO.

Público:

PROFESSORES, EQUIPE PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA, FUNCIONÁRIOS, PAIS, ALUNOS E MEMBROS DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS.

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APRESENTAÇÃO

CRONOGRAMA GERAL

UNIDADE I – GESTÃO DEMOCRÁTICA

ENCONTRO I - GESTÃO DEMOCRÁTICA

UNIDADE II – EDUCAÇÃO DO CAMPO

ENCONTRO II- EDUCAÇÃO DO CAMPO

UNIDADE III – O PAPEL DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

ENCONTRO III- O PAPEL DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

ENCONTRO IV- O PAPEL DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

UNIDADE IV – ÓRGÃOS COLEGIADOS

ENCONTRO V – ÓRGÃOS COLEGIADOS

REUNIÕES PEDAGÓGICAS DE PAIS

REUNIÃO 01 - PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO DO

COLÉGIO.

REUNIÃO 02 - PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO DO

COLÉGIO.

REUNIÕES PEDAGÓGICAS DE ALUNOS

REUNIÃO 01- PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO DO

COLÉGIO.

REUNIÃO 02 - PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO DO

COLÉGIO.

REUNIÕES PEDAGÓGICAS DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

REUNIÃO 01 - PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO E

PEDAGÓGICO DO COLÉGIO.

REUNIÃO 02 - PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO E

PEDAGÓGICO DO COLÉGIO.

REFERÊNCIAS

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A produção didática pedagógica faz parte do Programa PDE e objetiva o

estudo teórico metodológico, o aprimoramento dos conhecimentos do professor

participante e a socialização com os demais professores paranaenses para

oportunizar a contínua reflexão da prática pedagógica, das especificidades nas

diferentes funções desempenhadas pelos profissionais da rede pública estadual.

Atendendo aos requisitos exigidos do professor PDE, foi construído o

presente Caderno Pedagógico com o propósito de refletir sobre a atuação da

direção escolar no processo pedagógico e administrativo da escola do campo e seus

desafios para concretizar os princípios educacionais da escola pública.

O atual contexto educacional tem exigido muito tempo do gestor escolar nas

questões de ordem administrativa em detrimento da parte pedagógica. Diante dessa

problemática, o Projeto de Intervenção Pedagógica foi elaborado com a intenção de

contribuir para a superação do problema diagnosticado, ou seja: como é possível o

gestor escolar conciliar o trabalho administrativo e pedagógico tendo consciência da

função social da escola e da relevância do trabalho pedagógico em escola do

campo?

O local da Intervenção Pedagógica será o Colégio Estadual Gonçalves Júnior-

Ensino Fundamental e Médio, caracterizado como escola do campo. Localizado no

distrito de Gonçalves Júnior, município de Irati /PR, atende 116 (cento dezesseis)

alunos matriculados nas séries finais do Ensino Fundamental e 58 (cinquenta e

oito) no Ensino Médio. Os educandos são filhos de pequenos agricultores, com

nível sócio econômico médio e uma diversidade cultural, étnica e religiosa

significativa.

O Caderno Pedagógico está organizado em quatro unidades divididas em

duas etapas, no formato de curso de extensão da UNICENTRO, com certificação de

32 horas aos participantes. A primeira etapa conta com cinco encontros

pedagógicos, com a participação de professores, equipe pedagógica e

administrativa, funcionários, e membros das instâncias colegiadas. A segunda etapa

é composta de seis reuniões pedagógicas e conta com a participação de

professores, equipe pedagógica e administrativa, funcionários, pais e alunos do

Ensino Fundamental, do Ensino Médio e membros das instâncias colegiadas. Os

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encontros têm duração de quatro horas e as reuniões possuem duração de duas

horas e são direcionadas no primeiro momento para os pais dos alunos do Ensino

Fundamental, no segundo para os pais dos alunos do Ensino Médio. Na sequência

são as reuniões para os alunos, sendo a primeira para os alunos do Ensino

Fundamental e a segunda para os alunos do Ensino Médio. Por último, as reuniões

das instâncias colegiadas também divididas em dois momentos de duas horas

voltadas para os órgãos colegiados.

UNIDADE I: GESTÃO DEMOCRÁTICA - objetiva estudar as concepções da

gestão democrática aprofundando os conhecimentos sobre as ações da gestão

administrativa e da gestão pedagógica. A fundamentação teórica da unidade aborda

a relevância da gestão democrática no contexto atual da educação. A legislação, os

autores evidenciados destacam a participação da comunidade escolar, as

especificidades da atuação do diretor enquanto gestor, na consolidação dos

princípios democráticos.

UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de

reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade escolar. A

organização da unidade busca além de apresentar a legislação, os questionamentos

dos diversos autores pesquisados, fomentar discussões sobre a importância da

valorização do campo, do contexto em que o colégio está situado, da necessidade

de engajamento político para que os ideais de educação para todos sejam realmente

cumpridos.

UNIDADE III: O PAPEL DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DO

CONHECIMENTO - pretende aprofundar as discussões sobre o papel da escola na

construção do conhecimento, da formação integral do aluno no âmbito escolar

público. Entendendo o conhecimento com matéria prima, como a principal função

social da escola, a unidade está dividida em dois encontros com a duração de quatro

horas. Os fundamentos teóricos elencados enfatizam o papel da escola enquanto

espaço próprio para a construção do conhecimento, da necessidade de considerar a

cultura, os saberes das diferentes formas de vida campesinas.

UNIDADE IV: ÓRGÃOS COLEGIADOS – almeja discutir sobre a importância

da atuação dos órgãos colegiados no processo administrativo pedagógico da escola,

valorizando a construção do conhecimento no Colégio Estadual Gonçalves Júnior-

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Ensino Fundamental e Médio. A dinâmica do encontro propicia as reflexões

referentes à participação como ato indissociável do fazer pedagógico. A

fundamentação teórica, os documentos legais instituídos são abordados nesta

perspectiva.

Na segunda etapa, as reuniões pedagógicas estão organizadas em seis

momentos visando discutir sobre a importância da atuação dos alunos, dos pais, das

instâncias colegiadas no processo administrativo pedagógico da escola, valorizando

a construção do conhecimento no Colégio Estadual Gonçalves Júnior- Ensino

Fundamental e Médio. O formato das reuniões contempla dentro da fundamentação

teórica estudos e reflexões referentes à relevância da reciprocidade nas relações

estabelecidas entre os órgãos colegiados e o colégio tendo como meta o êxito do

processo educativo.

A educação, numa perspectiva de democratização da escola pública do

campo, é direito de todo cidadão, independentemente de sua condição social,

econômica, étnica, de gênero e cultural. As possibilidades de realização desse

direito, em uma sociedade que se pretende democrática, acontecem com a

liderança positiva do gestor escolar, a efetiva participação da comunidade escolar, o

fortalecimento dos órgãos colegiados que discutindo coletivamente as ações, os

princípios filosóficos e as concepções de homem, sociedade e educação

contribuem de forma direta para sua concretização. A escola faz parte da vida do

homem e mesmo que o tempo passe não será esquecida, pois tem um importante

papel no aprendizado, na formação humana. Precisa despertar em cada pessoa a

consciência da própria dignidade, educar para que cada um exerça a sua

cidadania, conheça e viva os próprios direitos e deveres. É preciso que o saber

adquirido esteja em função de uma sociedade mais humana, solidária igualitária.

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INTERVENÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA

1. ETAPA: ENCONTROS PEDAGÓGICOS ENCONTRO DATA HORÁRIO DESTINATÁRIOS TEMA CARGA

HORÁRIA

1 FEVEREIRO 18 h. E 30m. Às 22h. E 30m.

Professores, equipe pedagógica e administrativa, funcionários e membros

das instâncias colegiadas.

GESTÃO DEMOCRÁTICA

04 horas

2 FEVEREIRO E MARÇO

18 h. E 30m. Às 22h. E 30m.

Professores, equipe pedagógica e administrativa, funcionários e membros

das instâncias colegiadas.

EDUCAÇÃO DO CAMPO

04 horas

3 MARÇO E ABRIL

18 h. E 30m. Às 22h. E 30m.

Professores, equipe pedagógica e administrativa, funcionários e membros

das instâncias colegiadas.

O PAPEL DA ESCOLA NA

CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

04 horas

4 MARÇO E ABRIL

18 h. E 30m. Às 22h. E 30m.

Professores, equipe pedagógica e administrativa, funcionários e

membros das instâncias colegiadas.

O PAPEL DA ESCOLA NA

CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.

04 horas

5 ABRIL

18 h. E 30 m. Às 22h. E 30m.

Professores, equipe pedagógica e administrativa, funcionários e membros

das instâncias colegiadas.

ÓRGÃOS

COLEGIADOS

04 horas

2. ETAPA: REUNIÕES REUNIÃO DATA HORÁRIO DESTINATÁRIOS TEMA CARGA

HORÁRIA

1 ABRIL 08 h. Às 10h. Alunos do Ensino Fundamental, professores, funcionários, equipe

pedagógica e administrativa.

PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS NO

PROCESSO ADMINISTRATIVO

E PEDAGÓGICO DO COLÉGIO.

02 horas

2 ABRIL 19 h. Às 21h. Alunos do Ensino Médio, professores, funcionários, equipe pedagógica e

administrativa.

PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS NO

PROCESSO ADMINISTRATIVO

E PEDAGÓGICO DO COLÉGIO.

02 horas

3 MAIO 08 h. Às 10h. Pais dos alunos do Ensino Fundamental, professores,

funcionários, equipe pedagógica e administrativa.

PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NO

PROCESSO ADMINISTRATIVO

E PEDAGÓGICO DO COLÉGIO.

02 horas

4 MAIO 19 h. Às 21h. Pais dos alunos do Ensino Médio, professores, funcionários, equipe

pedagógica e administrativa.

PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NO

PROCESSO ADMINISTRATIVO

E PEDAGÓGICO DO COLÉGIO.

02 horas

5 MAIO 19 h. Às 21h. Membros das instâncias colegiadas, professores, funcionários, equipe

pedagógica e administrativa.

PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS

COLEGIADAS PROCESSO

ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO DO COLÉGIO.

02 horas

6 MAIO 19 h. Às 21h. Membros das instâncias colegiadas, professores, funcionários, equipe

pedagógica e administrativa.

PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS NO

PROCESSO ADMINISTRATIVO

E PEDAGÓGICO DO COLÉGIO.

02 horas

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A gestão democrática é uma conquista da sociedade e está sendo construída,

vivenciada em muitas unidades escolares comprometidas com os ideais da

educação, da edificação de uma sociedade melhor para todos. Pressupõe o

fortalecimento e a participação da equipe pedagógica, dos pais, professores,

funcionários, alunos, órgãos colegiados na elaboração e realização do projeto da

escola voltado para o acesso ao conhecimento.

A temática aqui abordada sobre a gestão administrativa e pedagógica

aprofunda sobre a tese da gestão democrática, compreendida como processo de

aprendizagem coletiva e o papel da escola na construção do conhecimento,

como disseminadora da ciência. Compreende e enfatiza a conexão entre o

administrativo e o pedagógico, visando uma prática educativa capaz de intervir

criativa e criticamente na formação cidadã dos estudantes.

A Constituição Federal de 1988 e também a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional – Lei 9394/96 consolidam a gestão democrática na organização

da educação. Os artigos 14 e 15 da Lei 9394/96 ampliam o conceito de

democratização ao definirem:

Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público

na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes

princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em

conselhos escolares e equivalentes.

Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação

básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa

e gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público.

(BRASIL, 1996).

A gestão democrática acontece no interior da escola quando são abertos

espaços para a comunidade, são estabelecidos diálogos permanentes, os pais

são envolvidos para que se sintam responsáveis pelo desempenho escolar dos

filhos, são convidados para participar dos momentos decisórios da escola, ou seja,

da organização, construção e avaliação do Projeto Político Pedagógico, bem como

da administração dos recursos financeiros escolares, do desenvolvimento de

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projetos, eventos ações. Incentivando o convívio cidadão, as atitudes de

colaboração, de amizade, de compromisso com o aprendizado, com o estudo são

formas de vivenciar os princípios democráticos, ou seja, a participação, o

envolvimento de todos os integrantes da comunidade escolar nas atividades

desenvolvidas na escola. Estudando sobre a democratização da gestão escolar no contexto

econômico atual, a função social da escola, DOURADO coloca:

[...] a gestão democrática é entendida como processo de aprendizado e de luta política que não se circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizado do jogo democrático e, consequentemente, do repensar das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, as práticas educativas. (DOURADO, 2003, p. 79).

O estabelecimento de ensino é o ponto de encontro dos vários profissionais

envolvidos na ação educativa, o gestor precisa integrar o saber e o saber fazer,

criando espaços coletivos e solidários, possibilitando o entrosamento entre as

pessoas e as diversas áreas de ensino.

Ao garantir na escola espaços de participação através das relações de

cooperação, diálogo, liberdade de expressão, respeito às diferenças, estamos

afirmando princípios democráticos em busca da construção de projetos coletivos. A

gestão democrática participativa exige novas formas de pensar de todos os

membros da comunidade escolar. LUCK postula:

[...] o conceito de gestão escolar, que ultrapassa o de administração escolar, por abranger uma série de concepções não abarcadas por este outro, podendo citar a democratização do processo de construção social da escola e realização de seu trabalho, mediante a organização de seu projeto político-pedagógico, o compartilhamento do poder realizado pela tomada de decisões de forma coletiva, a compreensão da questão dinâmica, conflitiva e contraditória das relações interpessoais da organização, o entendimento dessa organização como uma entidade viva e dinâmica, demandando uma atuação especial de liderança e articulação, a compreensão de que a mudança de processos educacionais envolve mudanças nas relações sociais praticadas na escola e nos sistemas de ensino. (LÜCK, 2000, p. 16).

O trabalho coletivo deve articular os diversos segmentos da comunidade

escolar, pois é fundamental para sustentar as ações em torno de uma proposta

pedagógica, onde todos os segmentos envolvidos dialogam sobre os problemas

comuns, as angústias, e buscam as soluções mais adequadas para tentar

solucioná-las. Essa construção conjunta requer uma nova visão no relacionamento

humano: relação diretor - professor, professor - aluno, professor – pai e mãe, pai

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– filho, despertando para a cooperação, a solidariedade e a partilha dos saberes

diferentes como as diversas experiências, tornando- os companheiros do mesmo

ideal, a educação. Refletindo sobre a importância da escola pública SILVA, enfatiza:

Iniciativas existem, esforços são realizados, recursos são consumidos: todavia há um erro no princípio em todas essas situações quando se imagina que um autêntico trabalho educativo possa acontecer sem que haja pessoas autônomas, portanto livres e responsáveis (...). A persistência de formas administrativas que não levam a uma mobilização da criatividade do pessoal que se envolve diretamente ou que presta apoio, no trabalho de ensino – aprendizagem resulta não só em uma subutilização do potencial humano disponível, mas inviabiliza qualquer ação educativa digna desse nome. (SILVA, 1996, p.37).

Como pontua o autor a socialização supera as estruturas de poder, o

individualismo e possibilitam o envolvimento, a participação coletiva, os sentimentos

de solidariedade. A escola é o lugar que representa a esperança, o desejo humano

de aperfeiçoar-se, de mudar, de fazer-se e promover-se o integralmente, o “lugar

social no qual a expectativa de mudança é o traço mais marcante” (SILVA, 1996,

p.52).

A participação e o comprometimento de todos os envolvidos: equipe

pedagógica, corpo docente, agentes educacionais, membros das instâncias

colegiadas, visa à melhoria da qualidade de ensino e da educação no contexto

desafiante da atual sociedade. Permite a organização do trabalho, lança luzes

sobre as ações de todos os envolvidos no contexto escolar. Conforme Paro:

[...] A escola deveria ser onde efetivamente a democracia não fosse ensinada, mas motivada [...] Assim sendo, se estamos preocupados em formar cidadãos participativos por meio da escola, é preciso dispor as relações e as atividades que aí se dão de modo a “marcar” os sujeitos que por ela passam com os sinais de convivência democrática. [...] (PARO, 2007 p.86, 107).

Como destaca o autor, todos precisam ser chamados a participar, definir

metas, propor os objetivos que nortearão as ações para a construção coletiva da

identidade da escola, garantindo a formação do cidadão atuante, crítico, capaz de

agir e intervir de forma positiva na sociedade. A democratização da escola

pressupõe o entrosamento da direção, da equipe pedagógica, a atuação dos

docentes, o comprometimento dos funcionários. Sobre isso LIMA também enfatiza:

[...] na sociedade do conhecimento em que vivemos que caracteriza pelo processo ensino-aprendizagem permanente e continuado (mundo globalizado e em processo de globalização) não é possível entender a escola e suas relações como se estivessem desvinculadas da totalidade social, materializando seus esforços, simplesmente, como transmissora de conhecimentos cujo dever formal se completa na formação de sujeito

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determinados para uma sociedade impessoalizada e alienante. (LIMA, 2007, p. 45).

A gestão democrática participativa valoriza o envolvimento da comunidade

escolar no processo de tomada de decisão, apostando na construção coletiva dos

objetivos e do funcionamento da escola através do diálogo, do consenso. LIBÂNEO

afirma:

A valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o melhor serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria escola pode contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la democrática. LIBÂNEO (1998, p.39).

Todos devem saber conviver respeitando as diferenças, as posturas,

superando os conflitos, articulando as ações para não se perder de vista a riqueza

das divergências e das diferenças presentes nos relacionamentos pessoais,

profissionais, buscando sempre a formação do cidadão em sua integralidade para

que a escola possa constituir-se enquanto espaço público de exercício de liberdade

e autonomia.

A visão global e abrangente do trabalho, o conhecimento dos aspectos que,

em conjunto, favorecem o desenvolvimento da escola e da qualidade, das ações

específicas da gestão escolar são muito importantes e necessárias. Promovendo a

gestão participativa, a tomada de decisões conjuntas o gestor estará fortalecendo os

princípios democráticos. Para GADOTTI a autonomia,

[...] se refere à criação de novas relações sociais que se opõem às relações autoritárias existentes. Autonomia é o oposto da uniformização. A autonomia admite a diferença e, por isso, admite parceria. Só a igualdade na diferença e parceria são capazes de criar o novo. Por isso, a escola autônoma não significa escola isolada, mas em constante intercâmbio com a sociedade. (GADOTTI, 1994, p.5).

A gestão administrativa e pedagógica, isto é o acompanhamento do

desenvolvimento do trabalho pedagógico dos docentes, podem ser considerados

como um trabalho essencialmente humano-social, voltado para os valores, para a

ética, para o contexto histórico dos educandos, fazendo com que tanto os

docentes, como os educandos, produzam e transformem o meio em que vivem de

modo que possam conquistar realmente seus objetivos com potencial inteiramente

favorável à realidade do processo histórico em todas as dimensões. As ações

devem ser pautadas na ética, nos princípios democráticos, possuir unidade,

respeitando sempre as diferenças, as formas de compreender o mundo, a

sociedade. No dia-a-dia as situações devem ser vividas, resolvidas buscando

sempre o diálogo, o respeito, o direito de cada pessoa. Essa forma de gestão gera

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confiança, amizade, afeto, sentimento de pertença. As atividades propostas no

Projeto Político Pedagógico precisam acontecer de forma natural, participativa,

sem imposições, repreensões. Os conflitos necessitam de diálogos, os

posicionamentos devem ser respeitados, buscando sempre o consenso, o bem

comum.

Educar é uma a ção política que envolve posicionamentos e escolhas

articuladas os modos de compreender e agir no mundo, portanto a produção,

elaboração e disseminação do conhecimento não são neutras. O professor

enquanto gestor pedagógico possui um relevante papel. Ele é o mediador entre os

conhecimentos expressos na proposta pedagógica curricular e os alunos. Se no

espaço da sala de aula a gestão ocorrer de forma democrática, por meio da

socialização dos conhecimentos, da clareza quanto aos objetivos a serem

alcançados, da definição dos critérios avaliativos, do respeito aos “combinados” e

quanto aos regulamentos expressos no Regimento Escolar, o processo ensino-

aprendizagem terá uma probabilidade muito grande de efetivação. Pontuando a

importância da construção do conhecimento, da formação humana, WITTMANN

coloca:

A prática democrática da gestão da escola, na elaboração, execução e avaliação do projeto político pedagógico decorrem da “natureza’ e do caráter fundamental do processo educativo, que é formação humana. Essa formação inclui como objeto da relação pedagógica o conhecimento como processo, como construção, como ampliação do saber e produção de estruturas mentais avançadas, exigidos para a inscrição competente no novo mundo que emerge e para a efetiva emancipação humana. (WITTMANN, 2004, p.43).

Como enfatiza o autor a educação apresenta novos desafios às práticas

existentes, devido a sua exigência de um maior relacionamento entre os sistemas

formais e não formais, além da criatividade e flexibilidade. Os professores são

responsáveis pela concretização dos princípios políticos pedagógicos em ensino-

aprendizagem. Cada um dos demais profissionais também tem um papel

fundamental no processo educativo, cujo resultado não depende apenas da sala

de aula, mas também da vivência e do envolvimento, da participação social e esta

é a escola que buscamos construir. FANK ressalta:

É democrático na escola: uma educação com qualidade; a socialização do saber construído historicamente pela humanidade; a elevação cultural das massas; o tratamento igualitário a todos; a participação ativa dos cidadãos na vida pública (tendo como exercício desta a tomada de decisões dentro da escola); o exercício da cidadania; a participação dos profissionais e da comunidade escolar; a autonomia de gestão administrativa e pedagógica; a mobilização dos segmentos de gestão a partir de suas várias instâncias - Conselhos Escolares, Grêmios Estudantis, Associação de Pais e Professores, enfim, a construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico.

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Ou seja: é também, e essencialmente, na perspectiva do “controle social” que se espraia a concepção de gestão democrática. (FANK, 2010, p. 12).

No quadro a seguir estão elencadas, em seu Marco Conceitual, as

concepções de Sociedade, Homem e Gestão Democrática do Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

São apresentadas de forma objetiva a função social da escola, a importância da

formação integral do aluno para responder aos desafios da sociedade atual. O

compromisso da gestão escolar com o envolvimento da comunidade escolar visando

à construção do conhecimento também é evidenciado.

“A sociedade como um todo necessita de uma educação de qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos participativos, críticos, autônomos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na comunidade em viver buscando sempre o bem comum, onde as necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas sejam atendidas.”’ (IRATI, 2012, p. 26). _________________________________________________________ “O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando- se segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos.” (IRATI, 2012, p.28). _________________________________________________________ “A gestão escolar é o processo que rege o funcionamento da escola compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar, baseada na legislação em vigor e nas diretrizes pedagógico-administrativas fixadas pela SEED.” (IRATI, 2012, p.49).

Como registra o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves

Júnior – Ensino Fundamental e Médio, através da democratização da gestão escolar

é possível potencializar a formação dos educandos incentivando a participação

crítica dos mesmos, valorizar o envolvimento, as contribuições da comunidade

escolar. É o caminho para fazer da escola verdadeiro espaço de diálogo, de

reflexão, de construção do conhecimento, para que realize o seu trabalho

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enquanto instituição social oferecendo um ensino de qualidade, formando cidadãos

políticos, éticos, capazes de julgar e fazer escolhas. A gestão democrática pautada

no respeito ao direito de todos, onde o educando possa se desenvolver como ser

consciente e pensante para atuar na sociedade deve ser o ideal dos educadores, o

princípio norteador das ações.

GESTÃO ESCOLAR

ADMINISTRATIVA PEDAGÓGICA

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1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 04 HORAS

PARTICIPANTES: Professores, equipe pedagógica e administrativa,

funcionários e membros das instâncias colegiadas.

FINALIDADE: Estudar as concepções da gestão democrática

aprofundando as ações da gestão administrativa e gestão

pedagógica.

Momento Tempo Atividade

Inicial 5 min. Mensagem “O presente”.

Segundo 1 hora Apresentação de slides sobre a

fundamentação teórica da Gestão

Democrática.

Terceiro 1 hora Revisão do Marco Conceitual do PPP do

colégio (Sociedade, Homem e Gestão

Democrática).

Quarto 1 hora Projeção de trechos do filme: Nenhum a Menos

Quinto 1 hora Leitura e debate do segundo capitulo do livro:

Pressupostos teóricos e práticos da gestão

educacional’, “A gestão da escola enquanto

prática social, política e pedagógica”. (Maria

Rita Kaminski Ledesma e Sheila Fabiana Quadros).

Final 10 min. Avaliação do encontro.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

MOMENTO INICIAL

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: Mensagem “O Presente.”

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SEGUNDO MOMENTO

01 HORA

Apresentação expositiva de slides abordando os princípios, a

importância da Gestão Democrática no âmbito escolar;

Cochicho em dupla sobre a compreensão das concepções da

Gestão Democrática e posterior socialização.

TERCEIRO MOMENTO

01- Hora

Leitura silenciosa do Marco Conceitual do Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio (Concepção de Sociedade, Mundo, Homem

e Gestão Democrática).

Reflexões em pequenos grupos (setoriais) a respeito das

concepções de Sociedade, Homem e Mundo, destacadas do Projeto

Político Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior –

Ensino Fundamental e Médio.

Questão 01:

Após refletir sobre as concepções de Sociedade, Homem e Mundo elencadas no Projeto Político Pedagógico do colégio, questionamo-nos como o nosso grupo de profissionais da educação busca a efetivação do PPP, de forma a garantir a todos os alunos o acesso, a permanência, o direito de uma escola pública de qualidade?

Questão 02:

De que forma a comunidade escolar tem desenvolvido o trabalho pedagógico visando o aprofundamento sistemático do conhecimento científico, artístico e cultural para que os princípios da função social da escola sejam garantidos?

Questão 03:

Frente às concepções propostas do PPP e a realidade atual, quais aspectos teóricos metodológicos de Educação podem ser inseridos em nosso PPP? Sugerir teóricos/autores e o assunto abordado. (Combinar que o grupo poderá apresentar e discutir as ideias no decorrer dos encontros ou somente na finalização do projeto, ocasião em será construído o quadro de ações a serem implementadas no Projeto Político Pedagógico do colégio).

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QUARTO MOMENTO

01 HORA

Projeção de trechos do filme: “NENHUM A MENOS”.

Reflexão: A partir das cenas do filme, destacar os pontos

significativos conforme questões que seguem:

Questão 01:

A educação enquanto direito social de todos os sujeitos da sociedade brasileira está estabelecida na legislação, art. 205 da Constituição Federal, art. 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, como dever do Estado e da família, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A partir do filme “Nenhum a Menos”, identifique a função do Estado, dos profissionais da educação, da escola e as funções da família?

Questão 02:

A comunidade escolar do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio tem procurado garantir a permanência, o êxito de todos os educandos, a exemplo das cenas destacadas no filme?

Questão 03:

Como são conduzidas as ações da comunidade escolar, visando o acolhimento e incentivo da continuidade nos estudos dos alunos?

Questão 04

O Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio tem

realizado com toda a comunidade escolar práticas voltadas para o acesso e a

permanência do aluno na escola e com qualidade pedagógica. Frente aos desafios

ainda encontrados, quais os mecanismos que podem ainda ser adotados visando

garantir o direito a educação?

QUINTO MOMENTO

01 HORA

Leitura e debate do segundo capitulo do livro: Pressupostos

teóricos e práticos da gestão educacional’, “A gestão da escola

enquanto prática social, política e pedagógica” das autoras

(Maria Rita Kaminski Ledesma e Sheila Fabiana Quadros).

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Atividade em grupos organizados a partir da dinâmica do

sorteio de cartões coloridos:

“Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva,

menos injusta, menos violenta, mais humana, o nosso

testemunho deve ser o de quem, dizendo não a

qualquer possibilidade em face dos fatos, defende a

capacidade do ser humano em avaliar, de

compreender, de escolher, de decidir e, finalmente, de

intervir no mundo.” Paulo Freire

Apresentação em plenária dos tópicos discutidos no texto;

Questão 01-

Segundo LEDESMA e QUADROS: “Ao refletirmos sobre os fins da educação podemos afirmar que a educação é

um direito fundamental, indispensável ao pleno desenvolvimento do ser humano, que só se concretiza pela efetiva inclusão educacional, garantida pelo acesso de todos ao ensino que permita ao sujeito o pleno desenvolvimento de suas potencialidades, não só intelectuais, mas também físicas, afetivas, morais, sociais e éticas.” (LEDESMA; QUADROS, 2012, p.39). Qual a opinião do grupo sobre a função social da escola?

Questão 02-

LEDESMA e QUADROS enfatizam: “Somente uma gestão democrática pode proporcionar a democratização do ensino pela via da garantia do acesso à educação a todos indistintamente, primando pela sua oferta com qualidade e investindo na permanência do educando na escola. Nesse sentido, o papel do gestor é o de assumir e mediar esse processo no âmbito de suas competências, pois é no interior das escolas que se efetivam as reformas e as políticas educacionais.” (LEDESMA; QUADROS, 2012, p. 39). Como o grupo entende a afirmativa colocada?

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

3. Avaliação

A avaliação acontecerá durante o desenvolvimento das

atividades considerando a participação, as contribuições nas

discussões, nos registros solicitados, o espírito de iniciativa e de

equipe.

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Para aprofundar os conhecimentos:

IRATI, Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Projeto Político Pedagógico, 2012. FILME: NENHUM A MENOS http://www.youtube.com/results?search_query=filme+nenhum+a+menos&sm=12. Acesso em 08 set 2013. LEDESMA, M. R.; QUADROS, S. Pressupostos teóricos e práticos da gestão educacional. UNICENTRO, 2012. http://share.pdfonline.com/9a0b2f28cb57495bacf2bf08ffccec22/Pressupostos_teoricos_e_praticos_da_Gestao_educacional_-_livro_da_disciplina.pdf, acesso em 08 set 2013. VÍDEO: FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA ADNILSON JOSÉ DA SILVA http://www.youtube.com/watch?v=0LEgw5nX83o.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Educação do Campo nasce da prática coletiva dos movimentos sociais do

campo, postula o diálogo da teoria pedagógica a partir da realidade específica dos

camponeses. Está voltada para a educação do conjunto da população trabalhadora

do campo, considerando os seus interesses, a produção da existência, visando à

formação humana. Rompe com a concepção de educação rural, não se reduz a

educação escolar, pois possui projeto societário de campo e de país. Como

defendem as atuais políticas públicas é necessário construir uma educação do povo

do campo respeitando e valorizando a identidade cultural camponesa, considerando

os grandes valores humanos e sociais: emancipação, justiça, igualdade, liberdade,

respeito à diversidade, bem como reconstruir nas novas gerações o valor da utopia e

do engajamento pessoal a causas coletivas, humanas. A escola do campo tem uma

grande responsabilidade com o educando, com sua família e com a comunidade

como um todo, auxiliando na luta pela garantia de seus direitos, na promoção da

melhoria da qualidade de vida dos moradores do campo, superando a falsa ideia de

que o campo é lugar de atraso, de acomodação. A vida do camponês, suas crenças,

religiosidade, o respeito pela terra, pela vida são valores que devem ser respeitados,

mantidos, evidenciados.

A Educação do Campo precisa ser entendida por todos como um direito

constitucional conquistado a partir dos movimentos sociais e que por várias

décadas foi negligenciada pelo poder público. Apesar dos avanços, dois

movimentos estão presentes na atualidade, o primeiro defende o campo como

direito, o segundo projeto concebe o campo como expansão do agronegócio através

da política econômica voltada para este setor. Podem ser exemplificados o incentivo

da monocultura em grande escala, o uso de sementes transgênicas, a degradação

do meio ambiente devido ao excesso de produtos químicos, as propagandas na

mídia enfocando a grande produção. Em contrapartida, aos interesses dos grandes

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latifundiários, o projeto social de educação para todos está sendo evidenciada e

defendida pelos educadores como uma modal idade educacional a part i r

dos suje i tos que têm o campo como o seu espaço de vida . Discutindo

sobre sua identidade, sobre a necessidade de construção de um sistema educativo

próprio Arroyo; Caldart; Molina, destacam:

Por onde construir, enraizar positivamente a construção de um sistema de educação do campo e da escola do campo? A escola do campo, o sistema educativo do campo se firmará na medida em que se entrelaçarem com a própria organização dos povos do campo, com relações de proximidade inerentes à produção camponesa – a vizinhança, as família, os grupos, enraizar-se e aproximar as formas de vida centrada no grupo, na articulação entre as formas de produzir a vida. (ARROYO; CALDART; MOLINA, 2006, p. 114).

Os princípios postulados para a Educação do Campo não acontecem na

grande maioria das escolas denominadas escolas do campo. Muitas vezes estão

apenas inseridos em sua nomenclatura, seguindo os critérios estabelecidos em

relação ao número de habitantes, da localização geográfica. São adotadas

praticamente todas as formas de organização do currículo, das metodologias,

avaliação das escolas dos centros urbanos, valorizados os modos de vida da

cidade, incutidos preconceitos quanto à forma de vida, de produção, seus saberes.

Na maioria das vezes, o corpo docente, o quadro de funcionários é composto por

profissionais residentes em espaços urbanos. Arroyo; Caldart e Molina enfatizam

sobre a questão:

Outra realidade que enfraquece a escola do campo são os fracos vínculos que têm o corpo de profissionais do campo com as escolas do campo. Não é um corpo nem do campo, nem para o campo, nem construído por profissionais do campo. É um corpo que está de passagem no campo e quando pode se liberar sai das escolas do campo. Por aí não haverá nunca um sistema de educação do Campo! Isso significa dar prioridade a políticas de formação de educadores. (ARROYO; CALDART; MOLINA, 2006, p.114).

O Artigo 6º. da Resolução 001/02 CNE/CEB coloca a responsabilidade do

poder público em ofertar a educação, sob regime de colaboração entre a

União, os Estados, o distrito Federal e os municípios, às comunidades rurais. A

escola do campo pelas suas potencialidades enquanto espaço social próprio de

construção do conhecimento, de luta pela melhoria das condições, da qualidade de

vida, da garantia do cumprimento dos direitos dos cidadãos camponeses deve

fazer valer o compromisso com os educandos, suas famílias, a comunidade como

um todo. SAPELLI ressalta:

Não existe neutralidade nem falta de intencionalidade nas políticas

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educacionais engendradas no percurso da história brasileira. Quando se trata da educação implementada em escolas do campo isso não é diferente. Interesses econômicos, políticos, religiosos foram fatores determinantes para a educação do campo, tanto no âmbito nacional como

internacional. (SAPELLI, Ano IV. No. 07 jul./dez. 2010).

A Educação do Campo a partir de uma concepção comprometida com

as especificidades do meio rural, postuladas atualmente nas Diretrizes

Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, é muito importante,

necessita de real efetivação. Conectada às Diretrizes Nacionais, a Diretriz

Curricular Estadual da Educação do Campo do Estado do Paraná evidencia a

concepção de campo para além do perímetro rural, as características de cada povo:

[...] essa compreensão de campo vai além de uma definição jurídica. Configura um conceito político ao considerar as particularidades dos sujeitos e não apenas sua localização espacial e geográfica. A perspectiva da educação do campo se articula a um projeto político e econômico de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos que nele vivem. (PARANÁ, 2006, p. 22).

O DECRETO Nº 7.352, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2010 postula:

§ 4º A educação do campo concretizar-se-á mediante a oferta de formação inicial e

continuada de profissionais da educação, a garantia de condições de infraestrutura e transporte escolar, bem como de materiais e livros didáticos, equipamentos, laboratórios, biblioteca e áreas de lazer e desporto adequados ao projeto político pedagógico e em conformidade com a realidade local e a diversidade das populações do campo.

O trabalho na escola deve enfocar a dimensão pedagógica, a construção

efetiva do conhecimento através da articulação e dinamização de todos os

envolvidos no ambiente escolar e demais segmentos da sociedade, para o

planejamento, para execução do currículo, o desenvolvimento das diferentes

atividades, para a avaliação, para a realização de propostas e ações

pedagógicas de qualidade visando à formação integral de todos os educandos,

devem considerar as características, as formas de vida dos camponeses. Na escola

do campo, esses pressupostos são reafirmados por educadores e documentos

específicos. O Caderno 9 do Documento: "Conselho Escolar e Educação do

Campo,” expedido pelo MEC, enfatiza que é necessário respeitar os aspectos do

mundo rural:

Educação no Campo precisa considerar as características e necessidades próprias do estudante campesino, dado seu espaço cultural. No entanto, ela não pode abrir mão de seu sentido de pluralidade, como fonte de conhecimento em diversas áreas, que se transforma em instrumento de reafirmação de cidadania. Assim, no processo formativo do estudante, a Educação do Campo depara-se com a contradição entre o geral, universal e hegemônico, com o específico, particular e contra-hegemônico. (BRASIL, MEC ano, p. 24).

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É possível construir o conhecimento com todos os envolvidos na comunidade

escolar de modo a transformar a realidade, para despertar e afirmar a

aprendizagem, enfatizando as novas descobertas, a participação coletiva, a

autonomia e a iniciativa. É preciso que o coletivo tome a iniciativa de perguntar,

consultar, experimentar, avaliar de modo crítico com todos os envolvidos no

processo. Esta opção educacional precisa ser vivenciada objetivando a

construção de uma educação que contenha esse duplo caráter: o comum a

todos os sujeitos sociais, que lhes confere uma sólida formação humana perante

o mundo, associado ao que é diferente, em respeito à realidade da vida

campesina. (BRASIL, MEC ano, p 24).

As dificuldades encontradas ao longo da história, a falta de identidade

dos camponeses são pontos instigantes. A Educação do Campo aponta alternativas

para desenvolver referências transformar a realidade considerando as

especificidades dos povos campesinos, mostrando que o campo, é um espaço de

próprio, com muitas possibilidades. A escola de campo deve priorizar a

formação integral do aluno do campo levando-o a refletir sobre o trabalho

individual, coletivo, cooperativo, comunitário, valorizar a cultura, as festas, a ajuda

mútua, os vínculos familiares, redefinir as formas de produção, sua diversificação,

a conservação e utilização dos recursos naturais, o desenvolvimento da agricultura

familiar sustentável, da utilização consciente do solo, da natureza, a retomada

cidadã da reforma agrária construída nos movimentos sociais do campo, a

incorporação, compreensão da realidade histórica do campo brasileiro pelos

profissionais da educação visando o desenvolvimento, as condições de vida digna

no campo. Conforme DUARTE:

Aos poucos, são construídas as condições para que a escola aprofunde a sua capacidade de trabalhar com os conhecimentos sistematizados, mas rompendo a orientação preocupada em transmitir os conteúdos do livro didático, e pensando na produção dos bens simbólicos nas sociedades de classes e na centralidade do trabalho como espaço de vivência de determinações diversas. (DUARTE, 2003, p.78).

O gestor a escola do campo precisa investir em estratégias que garantam

a apropriação o conhecimento do educando, estar atento aos resultados obtidos,

estar atendo também ao desenvolvimento da capacidade dos alunos, investindo na

educação com qualidade social, preocupar-se em oferecer condições a todos os

alunos de melhores oportunidades de vida. A busca da educação de qualidade que

oportuniza a permanência, o êxito para todos, a convivência cidadã. A gestão

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democrática das escolas do campo é compreendida como protagonismo propositivo

da população camponesa. FERNANDES coloca:

[...] para o desenvolvimento do território camponês é necessária uma

política educacional que entenda sua diversidade e amplitude e entenda a

população camponesa como protagonista propositiva de políticas e não

como beneficiários e ou usuários. (Fernandes, 2006, p.30).

A gestão escolar e principalmente o acompanhamento do desenvolvimento

e avaliação do trabalho pedagógico dos docentes é considerada com aspectos

essencialmente humano-social, voltado para os valores, para a ética, para o

contexto histórico dos estudantes, fazendo com que tantos os docentes, como os

educandos, produzam e transformem o meio em que vivem de modo que possam

conquistar realmente seus objetivos com potencial inteiramente favorável à

realidade do processo histórico em todas as suas dimensões.

No quadro seguinte estão colocadas, em seu Marco Conceitual, as

concepções de Escola, Educação do Campo, Ciganos e Tecnologia do Projeto

Político Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e

Médio.

Apresentadas de forma objetiva a importância da escola, da educação do

campo, da identidade dos povos ciganos e da tecnologia. Concepções essas que

necessitam de constantes releituras para acompanhar as evoluções da sociedade

atual, não esquecendo a trajetória de lutas dos movimentos sociais que nas últimas

décadas estão questionando a concentração de terras, as características

extremamente agrárias do nosso país, em que a educação dos povos do campo não

foi valorizada ao longo da história.

“Transformar a escola por dentro não é fácil nem rápido, embora seja urgente. Porque trabalhar de um jeito novo, na educação, significa pensar de maneira diferente o ato de ensinar. Isso reflete na postura do professor frente ao aluno, aos colegas, ao conhecimento. Há necessidade de ação, reflexão sobre sua prática, para corresponder aos desafios da sociedade em constante transformação.” (IRATI, 2012, p. 38). ___________________________________________________________________ “A educação de campo deve corresponder à necessidade de formação integral do sujeito do campo capacitando-o a redimensionar a produção a partir da diversificação de produtos, da utilização dos recursos naturais de forma consciente, da agricultura familiar, da reforma agrária, da pesca ecologicamente sustentável, do preparo natural do solo entre outros que pode proporcionar o desenvolvimento do

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campo sem precisar trazer os costumes da cidade e sufocar sua cultura que também foi construída na relação do homem com a natureza e consigo mesmo.” (IRATI, 2012, p. 34).

“O povo cigano é uma raça sofrida, discriminada, excluída do contexto sócio-político-econômico. Esse povo muito engajado com a natureza está a caminho da própria extinção. Os professores do colégio estão buscando resgatar o que resta de sua memória ancestral, cultural e artística, usos e costumes, simbolismos e tradição, visado à inclusão, a transformação do ser humano, da sociedade e do mundo. Não existe cultura superior ou inferior à outra, o que temos é a diversidade cultural que precisa ser aceita valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser humano. O povo do campo tem direito a uma educação vinculada à própria cultura e as próprias necessidades humanas e sociais. É preciso haver um efetivo processo de participação dos sujeitos excluídos para que as diretrizes se efetivem em ações. As práticas pedagógicas inovadoras estão fazendo, questionando e transformando a educação.” (IRATI, 2012, p.20).

“O educador deve ser o criador de ambientes de aprendizagem e o mediador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno. Tal desenvolvimento ocorre em um contexto educacional em que se dá o jogo das inter-relações sociais entre os sujeitos históricos. O educador terá papéis diferentes a desempenhar, o que torna necessários novos modos de formação que possam prepará-lo para o uso pedagógico do computador, das diferentes tecnologias, assim como refletir sobre a sua prática durante a sua prática acerca do desenvolvimento, da aprendizagem e de seu papel de agente transformador de si mesmo e de seus alunos. (IRATI, 2012, p.42).

As concepções enfatizadas no Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio consideram a escola

como local de apropriação dos conhecimentos científicos, construídos

historicamente pela humanidade e especificamente como local de produção de

conhecimentos mediante o estabelecimento de relação entre o conhecimento

científico e o conhecimento local, do mundo, da vida. A educação do campo

defendida no documento do colégio, parte do paradigma que defende o campo como

o espaço de vida, de resistência, de respeito à natureza, ao trabalho, à cultura, às

relações sociais dos sujeitos do campo. Destaca a valorização da diversidade,

considerando os costumes, o modo de vida próprio dos ciganos residentes no

distrito. Em relação à incorporação das tecnologias, o documento evidencia a

importância da democratização dos conhecimentos tecnológicos, visando garantir os

princípios de formação integral dos educandos para que possam usufruir dos

benefícios advindos da tecnologia atual.

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Educação do Campo

Desafios

Limites

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1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 04 HORAS

PARTICIPANTES: Professores, equipe pedagógica e administrativa,

funcionários e membros das instâncias colegiadas.

FINALIDADE: Desencadear o processo de reflexões sobre o papel

da Educação do Campo junto à comunidade escolar.

Momento Tempo Atividade

Inicial 5 min. Mensagem: “As sete verdades do bambu”.

Segundo 1 1 hora Apresentação expositiva de slides abordando

a trajetória da Educação do Campo em nível

nacional.

Apresentação e debate de slides do PARECER

CEE/CEB N.º 1011/10

Terceiro 1 hora Leitura silenciosa dos tópicos organizados

para os grupos do texto: “O Campo de

Educação do Campo” (Bernardo Mançano

Fernandes, Monica Castagna Molina)

Elaboração e apresentação de mapas

conceituais dos itens discutidos nos grupos.

Quarto 1 hora Apresentação do livro Vozes de resistência:

sobre práticas educativas nos tempos e espaços

ocupados pelo MST.

Socialização através de slides do artigo:

Currículo e escola itinerante: pressupostos,

conteúdo, vivências geradoras e avaliação.

QUINTO 1 hora Revisão do Marco Conceitual do PPP do

Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio (Concepção de Escola,

Educação do Campo e Tecnologia).

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Elaboração de tópicos para acrescentar no

Projeto Político Pedagógico Colégio Estadual

Gonçalves Júnior- Ensino Fundamental e

Médio.

FINAL 10 min. Avaliação do encontro.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

MOMENTO INICIAL

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: Mensagem “As sete verdades do bambu” e

dinâmica da constituição dos grupos através da distribuição de

cartões coloridos.

SEGUNDO MOMENTO

01-Hora

Apresentação expositiva de slides abordando a trajetória da

Educação do Campo em nível nacional.

Apresentação em slides do PARECER CEE/CEB N.º 1011/10

APROVADO EM 06/10/10 (Consulta sobre as Normas e princípios

para a implementação da Educação Básica do Campo no Sistema

Estadual de Ensino do Paraná, bem como do processo de

definição da identidade das escolas do Campo).

TERCEIRO MOMENTO

01 HORA

Leitura silenciosa dos tópicos organizados para os grupos do

texto: “O Campo de Educação do Campo” (Bernardo Mançano Fernandes,

Monica Castagna Molina).

Elaboração e apresentação de mapas conceituais sobre a

diferença entre o paradigma de campo da educação rural e o da

educação do campo.

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QUARTO MOMENTO

01 HORA

Apresentação do livro Vozes de resistência: sobre práticas

educativas nos tempos e espaços ocupados pelo MST.

Socialização através de slides do artigo: Currículo e escola

itinerante: pressupostos, conteúdo, vivências geradoras e

avaliação (Antonio Marcos Gehrke, Clésio Acilino e Marlene Lucia Siebert Sapelli).

QUINTO MOMENTO

01 HORA

Leitura silenciosa do Marco Conceitual do Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio. (Concepção de Escola, Educação do Campo

e Tecnologia).

Reflexões a respeito das concepções destacadas do PPP do

colégio: Para responder as questões propostas, considere os

seguintes trechos retirados do texto base:

Questão 01:

A partir da leitura dos textos, qual a importância de se trabalhar as especificidades da escola, enquanto espaço próprio para a elevação cultural dos educandos?

Questão 02:

De que forma retratamos em nossas ações o paradigma da educação do campo?

Questão 03:

Consideramos as especificidades dos camponeses diante dos recursos tecnológicos, a importância do conhecimento dessas inovações enquanto formação humana, formação integral?

Questão 04:

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O que nós em nosso PPP privilegiamos na educação do campo? Consideramos as características da educação do campo? Destacamos a ação reflexiva, a relação da teoria com a realidade escolar?

Elaboração de tópicos para acrescentar no Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior- Ensino

Fundamental e Médio.

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

3. AVALIAÇÃO

A avaliação do encontro será realizada durante o

desenvolvimento das atividades. A participação, as contribuições

nas discussões, nos registros solicitados, o espírito de iniciativa e

de equipe serão os pontos considerados.

Para aprofundar os conhecimentos:

BRASIL. Conselho Nacional da Educação. Diretrizes operacionais para a educação básica das escolas do campo. Parecer n.º 36/2001 e Resolução 01/2002 do Conselho Nacional da Educação. Brasília, 2002.

BRASIL. Nº 7.352/2020. Brasília, 2010.

BRASIL. Resolução CNE/CEB 1/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de abril de

2002. Seção 1, p.32.

BRASIL. Resolução Nº 02/2008. Diretrizes complementares. 2008.

FERNANDES, B. M. MOLINA, M. C. O campo da educação do campo. In: MOLINA,

M. C.; JESUS, S. M. S. A. (Orgs.). Por uma educação do campo: contribuições para

a construção de um projeto de educação do campo. Brasília: Articulação Nacional

por uma Educação do Campo, 2004.

IRATI, Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Projeto Político Pedagógico, 2012. http:// www.salves.com.br

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MELO, Alessandro de. Ariel José Pires, Itamar Adriano Tagliari, Siqueira de Guimarães. Práticas pedagógicas para a diversidade e cidadania. (org.); et al.––Guarapuava: Ed. da UNICENTRO, 2009.

MOLINA, M. C.; JESUS, S. M. S. A. (Orgs.). Por uma educação do campo: contribuições para a construção de um projeto de educação do campo. Brasília: Articulação Nacional por uma Educação do Campo, 2004.

PARANÁ. SEED. Carta de Consulta – CEEC – Escola do Campo, 2012.

PARANÁ. SEED. Conselho Estadual de Educação. PARECER CEB N.º 1011/10.

PARANÁ. SEED. Diretrizes curriculares para a educação do campo. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação, 2006. SAPELLI, Marlene L. S. (org.). Vozes da resistência: sobre práticas educativas nos tempos e espaços ocupados pelo MST. Guarapuava, PR: Ed. da UNICENTRO, 2010.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O conhecimento é o foco, a matéria prima do trabalho escolar. É intencional e

não ocorre individualmente, acontece no social gerando mudanças internas e

externas tanto no sujeito, quanto na sociedade. O estudante aprende e se

desenvolve na escola como um todo, no interior da sala de aula pela forma como

está organizada, nas diferentes ações que a escola desenvolve, na interação entre

as pessoas do ambiente escolar e da comunidade, nas atitudes expressas diante

das inúmeras situações vivenciadas socialmente. O conhecimento trazido pelo aluno

precisa ser valorizado, relacionado com os novos conhecimentos. Deve ser

construído e transformado coletivamente de forma dinâmica, participativa,

contextualizada, interdisciplinar, globalizada onde o trabalho específico avança para

a compreensão das relações sociais visando a autonomia do aluno do ponto de vista

intelectual, social e político favorecendo a cidadania. BEHRENS, evidencia:

Acredita-se que a chance de alterar um paradigma pedagógico vem aliada à criação de espaços coletivos para discussão dos pressupostos teóricos e práticos que caracterizam uma opção metodológica. Um professor não altera sua prática pedagógica, se não estiver convencido de que será um ato significativo na sua relação ensino/aprendizagem. (Behrens, 1999, p.383).

Os novos paradigmas educacionais têm como pressupostos inovadores as

práticas pedagógicas conscientes, reflexivas que possibilitam a produção do

conhecimento visando à formação de alunos éticos, autônomos, reflexivos, críticos

para que possam viver num mundo globalizado e sejam agentes de transformação

social. DELORS coloca:

Um dos principais papéis reservados à educação consiste, antes de mais, em dotar a humanidade da capacidade de dominar o seu próprio desenvolvimento. Ela deve, de fato, fazer com que cada um tome o seu destino nas mãos e contribua para o progresso da sociedade em que vive, baseando o desenvolvimento na participação responsável dos indivíduos e

das comunidades. (DELORS, 2003, p. 82).

Pensar e agir com autonomia são resultados da educação de boa qualidade,

de projetos de ensino que valorizam e incentivam a construção do conhecimento, de

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sentidos de vida. O conhecimento necessário para tomar parte da vida social, do

mundo do trabalho, para se comunicar, para compreender o passado, o futuro, para

continuar aprendendo ao longo da vida. Segundo WITTMANN:

No confronto entre o saber do educando e o saber da humanidade, o educando amplia seu saber e constrói condições subjetivas para trabalhar, produzir o conhecimento. O importante é que o aluno compreenda, construa o seu dizer, a sua própria palavra e desenvolva a sua competência para exercer o direito de se pronunciar. O ato pedagógico centrado no conhecimento como construção é interativo, interpessoal, participante e democrático. Ele exige uma gestão compartilhada, por exigência intrínseca ao próprio ato pedagógico. (WITTMANN, 2004, p.42).

A incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação está se

concretizando nas instituições de ensino do campo, ampliando as possibilidades

de construção do conhecimento, como enfatiza o autor. A articulação da escola

com outros espaços produtores do conhecimento resultará em mudanças

significativas em seu interior, redimensionando seu espaço, tornando-a

aberta e flexível, proporcionando a gestão participativa, o ensino e a

aprendizagem em um processo colaborativo. O êxito dessa incorporação está

diretamente relacionado com a mobilização de toda a comunidade escolar, no

compromisso com as mudanças envolvidas nesse processo, não se limitando

apenas ao âmbito pedagógico da sala de aula, mas também nas esferas

administrativa e pedagógica.

Neste contexto, o papel do gestor não é apenas o de prover condições para

o uso efetivo das TICs em sala de aula, na escola como um todo. A gestão das

TICs implica a gestão pedagógica e administrativa do sistema tecnológico e

informacional. O diretor tem um papel decisivo como agente mobilizador e

líder da escola. Fortalece-se, assim o ambiente de formação continuada para

incorporação das TICs nas práticas administrativas e pedagógicas.

A integração de novas tecnologias e metodologias de trabalho,

contemplando conteúdos curriculares abordando todos os níveis do conhecimento

científico, artístico e filosófico devem ser considerados no desenvolvimento do

trabalho educativo, fazendo com que a escola cumpra sua função social, ou seja,

propiciar uma educação de qualidade, visando à emancipação dos sujeitos sociais,

tornando-os capazes de intervir no mundo de forma crítica, responsável, humana,

solidária. FREIRE enfatiza:

O progresso científico e tecnológico que não responde fundamentalmente

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aos interesses humanos, às necessidades de nossa existência, perde, para mim, a sua significação. A todo avanço tecnológico haveria de corresponder o empenho real de resposta imediata a qualquer desfio que pusesse em risco a alegria de viver dos homens e das mulheres. (FREIRE,1996, p.130).

O conhecimento não pode ser diretamente transmitido, mas construído

ativamente pelo aprendiz. Para que a construção do conhecimento aconteça, a

aprendizagem seja significativa o aluno precisa ter uma disposição para aprender, o

conteúdo escolar a ser aprendido precisa ser potencialmente significativo. Nessa

perspectiva, a aprendizagem em sala de aula, precisa ser entendida é vista como

algo que requer atividades práticas bem elaboradas que desafiem as concepções

prévias do aluno, encorajando-o reorganizar seus pensamentos, buscar, pesquisar.

Paro evidencia:

[...] Quando se fala em educação para a formação do cidadão, é esse pressuposto que deve estar por trás: o de que, como condição para elevar- se a um nível humano de liberdade, diferenciando-se da mera necessidade natural, o indivíduo precisa “atualizar-se” historicamente pela apropriação de um mínimo do saber alcançado pela sociedade da qual faz parte. [...] (PARO, 2007, p.12).

O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações

entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas

relações sociais mediadas pelo trabalho. O ser humano adquire diferentes formas de

conhecimento: senso comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes

concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e

sobre o conhecimento. A realidade campesina, sua cultura, formas de produção, de

cuidados com o meio ambiente, tecnologias, equipamentos que viabilizam o trabalho

no campo precisam ser discutidos criticamente no interior da sala de aula, da escola

como um todo. As indagações sobre a atuação da escola na construção do

conhecimento contextualizado do campo, suas implicações devem ser constantes.

FERREIRA destaca:

Quando se fala em pedagógico pode-se, paradoxalmente, falar de tudo e de quase nada. Pedagógico é todo o pensar-agir da escola com o intuito de produzir conhecimento. Porém, não é pedagógico o pensar-agir, embora muito bem organizado, incoerente com a expectativa de produção do conhecimento dos sujeitos da aula. Percebe-se, então, não haver como dissociar uma concepção de pedagógico do espaço, do tempo e do trabalho realizado pela escola. Pedagógico é a articulação desses fatores, objetivando a produção do conhecimento. Afinal, se os sujeitos estudantes ingressam na escola é porque intencionam aprender. E aprender é um complexo movimento de linguagens em interlocução, subjetividades em interação e historicidades que se entrelaçam, no intuito de ampliar as compreensões de mundo, inserirem-se, cada vez mais, na cultura e

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“genteificar-se” ainda mais. (FELDFEBER E IMEN, in FERREIRA, 2008, p.178).

A administração e acompanhamento do desenvolvimento, avaliação do

trabalho pedagógico dos docentes, deve ter a perspectiva de um trabalho com

aspecto essencialmente humano-social, voltado para os valores, para a ética, para

o contexto histórico dos alunos, fazendo com que tantos os docentes, como

os educandos, produzam e transformem o meio em que vivem de modo que

possam conquistar realmente seus objetivos com potencial inteiramente favorável à

realidade do processo histórico em todas as dimensões.

O diretor é o articulador, a peça-chave para incentivar a participação de todos

os envolvidos no processo educacional, numa gestão democrática. Enquanto

gestor deve coordenar o trabalho da equipe administrativa e pedagógica, bem

como dos docentes, com o objetivo de incentivar mudanças metodológicas e

pedagógicas, para a qualidade de ensino, em benefício da efetiva aprendizagem dos

educandos. SOUZA postula:

A gestão democrática é compreendida então como um processo político através do

qual as pessoas que atuam na/sobre a escola identificam problemas, discutem,

deliberam e planejam, encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto

das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola na busca da solução

daqueles problemas. Esse processo, sustentado no diálogo, na alteridade e no

reconhecimento às especificidades técnicas das diversas funções presentes na escola,

tem como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar,

o respeito às normas coletivamente construídas para os processos de tomada de

decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.

(SOUZA, 2006, p. 144).

As questões relacionadas ao planejamento, currículo e avaliação devem

estar bem articuladas na escola e com o gerenciamento do gestor, dando prioridade

para ações pedagógicas, implementação de projetos educacionais voltados para

as diferentes áreas do conhecimento, pois são as bases de todo o trabalho

escolar. O diretor enquanto líder precisa acompanhar de perto as discussões do

planejamento, do currículo, a opção dos docentes por determinados recortes do

conhecimento nas especificidades de cada disciplina, a elaboração do Plano de

Trabalho Docente, o processo avaliativo adotado pelos professores para que o

trabalho da escola como um todo tenha unidade, reflita na prática, a opção

teórica do estabelecimento de ensino. LUCKESI pontua:

Em termos de ensino e aprendizagem, não há porque privilegiar uma ou outra coisa. Na prática da sala de aula, às vezes temos que partir da experiência cotidiana dos nossos alunos para elevá-la a um patamar mais crítico e complexo de entendimento. Outras vezes, temos que partir do

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próprio conhecimento acumulado pela humanidade através do método da exposição. Em ambas as perspectivas de ensino e de aprendizagem, o objetivo deverá permitir ao educando a apropriação de formas e modos de entendimentos que lhe possibilitem um nível novo, mais coerente, consistente e universal de análise e compreensão do mundo. O que não se pode – sob de conservantismo - é fazer com que os educandos permaneçam exclusivamente presos aos seus entendimentos limitados, espontâneos, do cotidiano existencial. (LUCKESI, 1992, p.140).

O zelo pela aprendizagem, a linha pedagógica adotada, os objetivos

postulados no Projeto Político Pedagógico do colégio devem ser consideradas

por toda a equipe no desenvolvimento do trabalho.

A Lei 9394/96 que prevê uma escola autônoma, eficiente, capaz de responder

aos desafios da sociedade, onde o exercício pleno da cidadania deve passar a

acontecer no interior da escola, da sala de aula. O professor é o mediador do

conhecimento socialmente produzido, o gestor pedagógico que desempenha um

papel fundamental na construção da escola de qualidade, de uma sociedade mais

justa. No espaço da sala de aula a gestão precisa ocorrer de forma democrática, por

meio da socialização dos conhecimentos, metodologias inovadoras que realmente

despertem o desenvolvimento do conhecimento, da clareza quanto aos objetivos a

serem alcançados dos instrumentos e critérios avaliativos, conforme as

especificidades do Projeto Político Pedagógico, da realidade da escola do campo.

No primeiro quadro a seguir estão coladas as concepções de Conhecimento

Educação e Currículo do Marco Conceitual do Projeto Político Pedagógico do

Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Concepções

essas que visam à formação dos educandos conforme os atuais paradigmas

inovadores da educação.

O segundo quadro traz as concepções de Aprendizagem e Avaliação também

sob os prismas dos atuais paradigmas educacionais. Nessas concepções estão

implícitos os ideais formação dos educandos para o amor ao saber, para a

construção do conhecimento. Buscam fazer com que os alunos sejam felizes,

pessoas capazes de contribuir para melhorar a vida, atuando na sociedade como

cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, capazes de fazer coisas novas.

“A vivência escolar é um momento indispensável de constituição da

cidadania. O saber e o conhecer não são exclusivamente da escola, dos professores, dos livros. O saber e o conhecer são um grande e visível patrimônio que a pessoa assimila no dia-a-dia através do intelecto e dos sentidos. Essas

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aprendizagens são adquiridas, muitas vezes de uma forma desorganizada, incompleta. Por isso, cabe à escola estruturar esses conhecimentos aprendidos fora da escola pelos alunos, possibilitando assim um saber mais elevado. Não há conhecimento verdadeiro que não se referencie na realidade, não há conhecimento se o que for aprendido não enriquece o olhar sobre a realidade, se não capacita o indivíduo para que diante da complexidade do mundo real, possa se posicionar e orientar suas opções e ações. O conhecimento escolar precisa ser um processo vivo, dinâmico, significativo, construído na interação entre sujeitos e entre estes e o objeto do conhecimento e não apenas a simplificação do conhecimento científico. A educação deve permitir que o homem seja sujeito do seu desenvolvimento e participe da transformação da sociedade, pois o objetivo da educação é dar condições para que o educando desenvolva suas capacidades como um ser pensante, capaz de construir conhecimentos.”( IRATI, 2012, p. 36). ___________________________________________________________________

“A educação se constrói nos espaços de convivência humana. A escola é um

processo que dura a vida toda. Tem um papel fundamental no aprendizado, deve despertar em cada pessoa a consciência de sua própria dignidade. Educar para que cada um exerça a sua cidadania, conheça e viva os próprios direitos e deveres. Não basta saber. É preciso que este saber esteja em função de uma sociedade mais humana. Educar-se para saber viver em qualquer realidade.’’ (IRATI, 2012, p.31).

__________________________________________________________

“O currículo é o orientador das práticas educativas na escola e por isso está em constante mudança devido a fatores de ordem epistemológica – social (mudanças que ocorrem no campo das ciências) e de também de ordem sistêmica. A relação entre conteúdo, método, contexto sociocultural e fins da educação. Os conteúdos devem ser selecionados visando o aprendizado eficiente dos alunos em todos os aspectos, isso exige embasamento teórico do professor, comprometimento político, social, ético da escola, da equipe como um todo. O foco na aprendizagem, a aquisição dos conhecimentos científicos e culturais, o desenvolvimento dos valores cívicos dos alunos, a vivência e atitudes positivas para a edificação de uma nova sociedade são metas do colégio.’’ (IRATI, 2012, p.40).

“A aprendizagem não é um processo diretivo, pronto, acabado ou uma mera

educação bancária, como nos ensinou Paulo Freire. Mas sim, algo a ser construído de acordo com a realidade do educando, isto é, sua vivência para estudo e compreensão dos conhecimentos acumulados pela humanidade, respeitando seus erros e valorizando seus acertos. O ensino deve ser contextualizado, desenvolvido de forma interativa, interdisciplinar, acentuando-se sempre os princípios de cidadania com o intuito de atingir a relevância social da educação.” (IRATI, 2012, p.41).

__________________________________________________________ “A avaliação é parte integrante e intrínseca ao processo educacional. Tem a

função de alimentar e orientar a ação pedagógica, não apenas constatar o nível de aprendizagem do aluno. Quando utilizada de forma mais ampla, torna-se iluminadora

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e alimentadora do processo de ensino e aprendizagem, uma vez que dá retorno ao professor sobre como retomar, possibilitando correções no percurso, como também permite ao aluno o conhecimento do seu desenvolvimento. Neste sentido, a avaliação deve levar em conta a participação efetiva do aluno em todas as atividades desenvolvidas, tanto nas discussões, pesquisas, produções coletivas e individuais, valorizando sempre o progresso do educando durante o processo.” (IRATI, 2012, p.43).

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio, evidencia a razão de ser da escola, afirma seu compromisso

social enquanto espaço propício para a construção do conhecimento, sua

responsabilidade diante aos desafios atuais, da luta pela escola do campo com

qualidade.

CONHECIMENTO

CIENTÍFICO

ÉTICO TECNOLÓGICO

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1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 04 HORAS

PARTICIPANTES: Professores, equipe pedagógica e

administrativa, funcionários, membros das instâncias

colegiadas.

FINALIDADE: Aprofundar a temática d o papel da escola na

construção do conhecimento, da formação integral do aluno no

âmbito escolar público.

Momento Tempo Atividade

Inicial 5 min. Mensagem “Oração da escola”

Segundo 1 hora Apresentação e discussão de slides: dos

fundamentos teóricos do terceiro e quarto

encontros do Projeto de Intervenção

Pedagógica da Escola.

Apresentação de trecho do vídeo: “Função da

Escola”— (José Carlos Libâneo).

Terceiro 2 horas Leitura silenciosa dos tópicos organizados

para os trabalhos em grupos, do Capítulo 1 “As

funções sociais da escola: da reprodução a

reconstrução critica do conhecimento e da

experiência. (J. Gimeno Sacristán e A. I. Pérez Gómez).

Socialização e reflexão dos tópicos elencados

no texto.

Apresentação de trechos do filme “O espelho

tem duas faces’’ visando oportunizar a

reflexão acerca da relação professor-aluno, a

autoridade do professor e a metodologia

aplicada nas aulas.

Apresentação e debate de slides sobre o artigo: “A prática pedagógica e o desafio do

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paradigma emergente” (Marilda Aparecida

Behrens).

Quarto 1 hora o Reflexões a respeito das concepções de

conhecimento, educação e currículo

postuladas no Projeto Político Pedagógico do

Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio.

o

Construção coletiva de tópicos a serem

considerados na condução do trabalho

pedagógico. (Quadro de ações do PPP,

apresentado no primeiro encontro do Projeto

de Intervenção na Escola).

Final 10min. Avaliação do encontro.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

MOMENTO INICIAL

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: Mensagem “Oração da escola”.

SEGUNDO MOMENTO

01- Hora

Apresentação e discussão de slides dos fundamentos teóricos

do terceiro e quarto encontros do Projeto de Intervenção

Pedagógica da Escola.

Apresentação de trecho do vídeo: “Função da Escola”— José

Carlos Libâneo focando os seguintes aspectos:

Função social da escola;

Importância do papel do professor na construção do conhecimento do

aluno;

Necessidade do trabalho contextualizado do professor considerando as

características individuais, sociais, culturais dos alunos.

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TERCEIRO MOMENTO

02 HORAS

Leitura silenciosa dos tópicos organizados para os trabalhos

em grupos, do Capítulo 1 “As funções sociais da escola: da

reprodução a reconstrução critica do conhecimento e da

experiência”. (J. Gimeno Sacristán e A. I. Pérez Gómez).

EDUCAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO

CARÁTER PLURAL E COMPLEXO DO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO NA

ESCOLA

OS MECANISMOS DE SOCIALIZAÇÃO NA ESCOLA

CONTRADIÇÕES NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO NA ESCOLA

SOCIALIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO: FUNÇÃO EDUCATIVA DA ESCOLA

Formação de grupos através da dinâmica do sorteio dos

cartões coloridos contendo um pensamento do autor Paulo Freire:

Nada disso é fácil, mas isso tudo constitui uma das

frentes da luta maior de transformação profunda da

sociedade brasileira. Os educadores (...) precisam

convencer-se de que não são puros ensinantes - isso não

existe - puros especialistas da docência. Nós somos

militantes políticos porque somos professores e

professoras. Nossa tarefa não se esgota no ensino da

matemática, da geografia, da sintaxe, da história.

“Implicando a seriedade e a competência com que

ensinemos esses conteúdos, nossa tarefa exige o nosso

compromisso e engajamento em favor da superação das

injustiças sociais.” FREIRE (1997)

Socialização e reflexão dos tópicos elencados no texto:

EDUCAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO

CARÁTER PLURAL E COMPLEXO DO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO NA

ESCOLA

OS MECANISMOS DE SOCIALIZAÇÃO NA ESCOLA

CONTRADIÇÕES NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO NA ESCOLA

SOCIALIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO: A FUNÇÃO EDUCATIVA DA ESCOLA

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Apresentação de trechos do filme “O espelho tem duas faces’’

visando oportunizar a reflexão acerca da relação professor-aluno, a

autoridade do professor e a metodologia aplicada nas aulas.

Apresentação e debate de slides sobre o artigo: “A prática

pedagógica e o desafio do paradigma emergente” (Marilda

Aparecida Behrens).

Retomar pontos discutidos na fundamentação teórica do

encontro anterior “Educação do Campo”.

“A escola d o campo deve priorizar a formação integral do aluno do campo levando-o a refletir sobre o trabalho individual, coletivo, cooperativo, comunitário, valorizar a cultura, a ajuda mútua, os vínculos familiares, redefinir as formas de produção, sua diversificação, a conservação e utilização dos recursos naturais, o desenvolvimento da agricultura familiar sustentável, da utilização consciente do solo, da natureza, a retomada cidadã da reforma agrária construída nos movimentos sociais do campo, a incorporação, compreensão da realidade histórica do campo brasileiro pelos profissionais da educação visando o desenvolvimento, as condições de vida digna no campo”.

a) Como o grupo entende a construção do conhecimento voltada para os estudantes do campo?

b) Quais as possibilidades, os desafios encontrados pelo grupo para concretizar os ideais postulados constitucionalmente da educação como direito de todos?

c) Qual o significado de qualidade social da educação do campo?

QUARTO MOMENTO

01 HORA

Apresentação e reflexões do Marco Conceitual do Projeto

Político Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior –

Ensino Fundamental e Médio (Concepção de Conhecimento,

Educação e Currículo).

Questão 01:

Como o coletivo compreende a função social da escola?

Questão 02:

O que a escola representa no contexto local, regional e nacional?

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Questão 03:

Na ação pedagógica o conhecimento, especificidade máxima da escola, os saberes, as contribuições, a cultura do aluno do campo são considerados pelo coletivo do colégio?

Questão 04:

Quais são as dificuldades, os desafios encontrados para que a construção efetiva dos conhecimentos aconteça no desenvolvimento do trabalho?

Discussão de tópicos a serem considerados no quadro de

ações do Projeto Político Pedagógico do colégio, na condução do

trabalho pedagógico. (Quadro de ações do PPP, apresentado no primeiro

encontro do Projeto de Intervenção na Escola).

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

3. AVALIAÇÃO

A avaliação do encontro acontecerá em momentos diversos

considerando as contribuições nas discussões, realizadas, no

desenvolvimento das atividades, a participação, as iniciativas, a

cooperação, o espírito de equipe.

Para aprofundar os conhecimentos:

MARILDA, Aparecida Behrens. A prática pedagógica e o desafio do paradigma

emergente. R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 80, n. 196, p. 383-403, set./dez. 1999.

FILME: O ESPELHO TEM DUAS FACES

http://www.youtube.com/results?search_query=filme+o+espelho+tem+duas+faces&s

m=3. Acesso em 08 set. 2013.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Projeto

Político Pedagógico, 2012.

SACRISTÁN, J. Gimeno. Compreender e transformar o ensino/ J. Gimeno Sacristán

e A. I. Pérez Gómez; trad. Ernani F. da Fonseca Rosa – 4. Ed. – Art Med,1998.

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VÍDEO: FUNÇÃO DA ESCOLA - JOSÉ CARLOS LIBÂNEO

http://www.youtube.com/results?search_query=funcao+social+da+escola+Jose+Carl

os+Libaneo&sm=3. Acesso em 08 set. 2013.

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1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 04 HORAS

PARTICIPANTES: Professores, equipe pedagógica e administrativa,

funcionários e membros das instâncias colegiadas.

FINALIDADE: Aprofundar as discussões sobre o papel da escola

na construção do conhecimento, da formação integral do aluno

no âmbito escolar público.

Momento Tempo Atividade

Inicial 5 min. Mensagem “A professora”.

Segundo 1 hora Leitura e discussão do Capítulo 4: ‘‘Avaliação

e Mudanças Institucionais e Sociais”, do livro:

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: PRÁTICAS DE

MUDANÇA. POR UMA PRÁXIS

TRANSFORMADORA – (Celso dos S. Vasconcellos).

Terceiro 1 hora Apresentação de slides do artigo: CONDUTA

ÉTICA DO PROFESSOR COM BASE NA

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA DE PAULO FREIRE

(Albino Gabriel Turbay Junior, Gedson Cavinatti Rubio,

Fernanda Garcia Velasquez Matumoto).

Leitura silenciosa dos tópicos organizados

para os grupos, elaboração e apresentação de

mapas conceituais dos itens discutidos.

Apresentação da segunda parte da última

entrevista de Paulo Freire (17/04/1997), “O ser

humano em evolução”.

Debate sobre as idéias postuladas pelo autor.

Quarto 1 hora Apresentação de slides sobre o livro:

“Educação: um tesouro a descobrir“ - Jacques

Delors.

Elaboração de sínteses orais e individuais

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sobre o tema abordado.

Apresentação e debate sobre a entrevista da

professora Maria Esther Cristina Pereira “Os

novos papéis e funções do professor na

atualidade”.

Quinto 1 hora o Reflexões a respeito das concepções de

aprendizagem e avaliação consideradas no

Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio.

o

Construção coletiva de tópicos a serem

considerados na condução do trabalho

pedagógico. (Quadro de ações do PPP,

apresentado no primeiro encontro do Projeto

de Intervenção na Escola).

Final 10 min. Avaliação do encontro.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

MOMENTO INICIAL

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: Mensagem “A professora”.

SEGUNDO MOMENTO

02-Horas

Leitura e discussão do Capítulo 4: ‘‘Avaliação e Mudanças

Institucionais e Sociais” do livro: AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM:

PRÁTICAS DE MUDANÇA. POR UMA PRÁXIS TRANSFORMADORA –

Celso dos S. Vasconcellos.

Leitura silenciosa dos tópicos organizados para os grupos,

elaboração e apresentação de mapas conceituais dos itens

discutidos.

REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS RELATIVAS À INSTITUIÇÃO

ORGANIZAÇÃO GERAL DA ESCOLA

O TRABALHO DA EQUIPE DIRETIVA NO PROCESSO DE MUDANÇA

ARTICULAÇÃO DAS MUDANÇAS COM O CONTEXTO DA AVALIAÇÃO

MUDANÇA DO SISTEMA

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TERCEIRO MOMENTO

01 HORA

Apresentação de slides do artigo: CONDUTA ÉTICA DO

PROFESSOR COM BASE NA PEDAGOGIA DA AUTONOMIA DE PAULO

FREIRE (Albino Gabriel Turbay Junior, Gedson Cavinatti Rubio, Fernanda

Garcia Velasquez Matumoto).

Leitura silenciosa dos tópicos organizados para os grupos,

elaboração e apresentação de mapas conceituais dos itens

discutidos.

Um sentido para a ética

A ética profissional

A ética do profissional da Educação

Os saberes da pedagogia da autonomia de Paulo Freire como construção da conduta ética docente

Apresentação da segunda parte da última entrevista de

Paulo Freire (17/04/1997), “O ser humano em evolução”.

Debate sobre as idéias postuladas pelo autor.

QUARTO MOMENTO

01 HORA

Apresentação de slides sobre o livro: “Educação: um tesouro a

descobrir“ - Jacques Delors.

Elaboração de sínteses orais e individuais sobre o tema

abordado.

Apresentação e debate sobre a entrevista da professora Maria

Esther Cristina Pereira “Os novos papéis e funções do professor na

atualidade”.

QUINTO MOMENTO

01 HORA

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Leitura nos grupos do Marco Conceitual do Projeto Político

Pedagógico do colégio (Concepção de Aprendizagem e

Avaliação);

Reflexões a respeito das concepções destacadas, visando à

realimentação do PPP do colégio.

Discussão sobre os seguintes tópicos da fundamentação

teórica do encontro:

“O conhecimento é o foco, a matéria prima do trabalho escolar. É intencional e

não ocorre individualmente, acontece no social gerando mudanças internas e

externas tanto no sujeito, quanto na sociedade. ’’

“O conhecimento trazido pelo aluno precisa ser valorizado, relacionado com

os novos conhecimentos. Deve ser construído e transformado coletivamente de

forma dinâmica, participativa, contextualizada, interdisciplinar, globalizada onde o

trabalho específico avança para a compreensão das relações sociais visando a

autonomia do aluno do ponto de vista intelectual, social e político favorecendo a

cidadania.”

O foco na construção do conhecimento permeia as práticas da gestão escolar

dentro do nosso colégio? A prática da gestão docente dos professores nas salas de

aula?

Quais são as práticas desenvolvidas para concretizar os ideais da qualidade

social da educação, da construção do conhecimento de todos os educandos?

As especificidades da escola do campo, a preservação e revitalização de

saberes, a cultura local, a aquisição de conhecimentos voltados para a dinamização

da economia, a diversidade da produção, o uso das novas tecnologias são

considerados no trabalho da gestão escolar e da sala de aula? Quais são as

sugestões do grupo?

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

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3. AVALIAÇÃO

A avaliação do encontro será realizada durante o

desenvolvimento das atividades. A participação, as contribuições

nas discussões, nos registros solicitados, o espírito de iniciativa e

de equipe serão os pontos considerados.

Para aprofundar os conhecimentos:

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 8. Ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2003.

ENTREVISTA: MARIA ESTHER CRISTINA PEREIRA “OS NOVOS PAPÉIS E

FUNÇÕES DO PROFESSOR NA ATUALIDADE.” http://www.youtube.com/results?search_query=%22Os+novos+pap%C3%A9is+e+fun%C3%A7%C3%B5es+do+professor+na+atualidade%22.entrevista+Maria+Cristina+Pereira&sm=12. Acesso em 08 set. 2013.

ENTREVISTA DE PAULO FREIRE (17/04/1997), “O SER HUMANO EM

EVOLUÇÃO.” 1° PARTE http://www.youtube.com/watch?v=Ul90heSRYfE

2° PARTE http://www.youtube.com/watch?v=fBXFV4Jx6Y8. Acesso em 08 set. 2013.

FILME: O TRIUNFO

http://www.youtube.com/results?search_query=O+Triunfo+&sm=3. Acesso em 08

set. 2013.

JUNOR, A. G. T; RUBIO, G. C; MATUMOTO, F. G. V. A conduta ética do professor com base na pedagogia da autonomia de Paulo Freire. Akrópolis. Umuarama, v. 17, n. 3, p. 149-158, jul./set. 2009.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio Projeto

Político Pedagógico, 2012.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem - Práticas de

Mudança: por uma práxis transformadora. São Paulo: Libertad, 2003.

VÍDEO: AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM – CIPRIANO LUCKESI

http://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc. Acesso em 08 set. 2013.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A escola é, por excelência, um espaço privilegiado de construção de

relacionamentos e de convivência entre indivíduos de diferentes grupos. A função

que lhes é atribuída: a de proporcionar a educação emancipadora, formar

educandos autônomos, críticos, capazes de intervir para a transformação da

sociedade. As instâncias colegiadas são organismos constituídos de representação

dos segmentos da escola: discentes, docentes, pais e comunidade. É pelo

fortalecimento desses órgãos, fruto da conquista da própria comunidade, que a

gestão democrática se consolida e pode transformar a realidade escolar.

A gestão democrática é responsável pela administração, elaboração e

acompanhamento do projeto de educação, o qual, por sua vez, deve ser

fundamentado em um paradigma de homem e de sociedade. A gestão deve ser

entendida como um fazer coletivo que leva em consideração a sociedade em que

vivemos e suas constantes mudanças, às quais irão influenciar a qualidade e a

finalidade da educação abrindo espaço para que os colegiados, legítimos

representantes da comunidade escolar, tomem parte nas decisões e na gestão

da escola.

No decorrer das últimas décadas os estabelecimentos de ensino estão

buscando construir essa nova forma de administração que aos poucos está se

consolidando através do esforço coletivo dos envolvidos no processo. A formação

das instâncias colegiadas com a participação da comunidade passou a ser

amplamente incentivada visando atender os princípios postulados nos Artigos 14 e

15 da Lei 9394/96.

As instâncias colegiadas são por excelência os espaços de participação,

representação dos segmentos da escola: professores, alunos, equipe

pedagógica e administrativa, pais e comunidade. Através desses órgãos se

consolida a gestão democrática. Veiga coloca:

Podemos considerar que a escola é uma instituição na medida em que a concebemos como a organização das relações sociais entre os indivíduos dos diferentes segmentos, ou então como o conjunto de normas e orientações que regem essa organização. (...) Por isso torna-se relevante

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as discussões sobre a estrutura organizacional da escola, geralmente composta por Conselho Escolar e pelos conselhos de Classe que condicionam tanto sua configuração interna, como o estilo de interações que estabelece com a comunidade. (VEIGA 1998, p.113).

Da mesma forma a APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) e o

Grêmio Estudantil institucionalizadas ou não, são instâncias colegiadas muito

importantes. São ferramentas valiosas para o aprimoramento da ação educativa,

para o exercício da democracia no interior dos estabelecimentos de ensino.

Enfatizando a importância dos órgãos colegiados para a consolidação do

processo democrático, ABRANCHES postula:

Os órgãos colegiados têm possibilitado a implementação de novas formas de gestão por meio de um modelo de administração coletiva, em que todos participam dos processos decisórios e do acompanhamento, execução e avaliação das ações nas unidades escolares, envolvendo as questões administrativas, financeiras e pedagógicas. (ABRANCHES 2003, p.14).

A autora explica sobre a atuação e responsabilidades do diretor enquanto

líder das ações desenvolvidas, do importante apoio dos diferentes segmentos. A

constituição dos órgãos colegiados possui espaços de participação bem definidos

conforme suas especificidades, em seus estatutos, além do Projeto Político

Pedagógico e do Regimento Escolar. Os mesmos têm a finalidade de promover a

participação dos vários segmentos sociais e profissionais envolvidos no processo

ensino e aprendizagem. É de suma importância que essas participações

aconteçam de fato dentro da escola, nas tomadas de decisões sobre todos os

aspectos da ação escolar. De forma sintética abordamos sobre essas instâncias:

a) Conselho Escolar

O Conselho Escolar tem por finalidade consolidar a Gestão Escolar, na forma

de colegiado. Promove a articulação entre os diversos segmentos da comunidade

escolar e constitui-se no órgão máximo de direção, sendo de natureza

deliberativa, consultiva e fiscal. GOHN enfatiza:

O Conselho Escolar é o Órgão máximo na instituição em relação a decisões colegiadas, ou seja, Conselhos Escolares “constituem, no início deste novo milênio, a principal novidade em termos de políticas públicas” (GOHN, 2001, p.7).

b) APMF

A APMF, entidade civil, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,

amparada pela Constituição Federal como um instituição auxiliar às atividades

escolares. Possui autonomia para exercer direitos estatutários e apoiar

financeiramente as necessidades dos estabelecimentos de ensino. A

representatividade da APMF é destacada por Hora quando afirma:

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Na medida em que se consegue a participação de todos os setores da escola – educadores, alunos, pais e funcionários – nas decisões a respeito de seus objetivos e de seu funcionamento, a escola tem melhores condições para pressionar os escalões superiores, no sentido de apropriar-se de autonomia e recursos. Será muito mais difícil dizer não quando a solicitação não for de uma pessoa, mas de um grupo, que representa todos os segmentos e que esteja instrumentalizado pela conscientização que sua própria organização proporciona. ( Hora, 2000 p.136).

c) O Conselho de Classe

Órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

didáticos pedagógicos. Fundamentado no Projeto Político-Pedagógico e no

Regimento Escolar, pode ser constituído pela direção, equipe pedagógica,

docentes, representantes dos alunos, dos pais e das instâncias colegiadas com a

responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que

busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem. É o espaço

que oportuniza a avaliação diagnóstica dos alunos, da ação pedagógica dos

professores e do estabelecimento de ensino. Realizado bimestralmente, tem como

finalidade analisar o perfil das turmas e buscar junto ao coletivo as soluções para os

problemas detectados, propor intervenções pedagógicas, a retomada das ações.

PIZOLI argumenta:

O Conselho de classe deve suscitar as decisões a respeito da recondução do processo ensino-aprendizagem. Como processo auxiliar de aprendizagem, ele deve refletir a ação pedagógica e não apenas se ater a notas ou problemas comportamentais de determinados alunos. Deve ser encarado como um momento e um espaço privilegiado para a realização de uma avaliação diagnóstica da ação pedagógico-educativa, onde professores, alunos e equipe pedagógica participem ativamente. O Conselho verifica se os objetivos, processos, conteúdos e relações estão coerentes com a Proposta Pedagógica da escola, sendo também um instrumento de avaliação da mesma. (PIZOLI, 2009, p. 6913).

d) Grêmio Estudantil

O grêmio estudantil é um espaço propício para despertar novas lideranças,

garantir a integração do aluno nas práticas sociais democráticas. Desempenha um

papel estratégico na participação dos estudantes no interior da escola. VEIGA

destaca:

É preciso que cada grêmio construa sua própria identidade. Uma característica que nos chama a atenção é o aspecto relacionado à importância do intercâmbio entre as diferentes organizações estudantis de várias escolas. Essa troca de conhecimento, experiências e sugestões favorece a participação do aluno na construção do projeto político-pedagógico da escola. É importante lembrar que o grêmio é o reflexo dos alunos, pois os representa e serve de elo de ligação com a direção e a equipe técnica da escola e a comunidade onde está inserida a instituição

educativa.(VEIGA, 1998, p.123).

A concretização da escola democrática acontece na medida em que os

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espaços são abertos para a comunidade, onde a participação dos membros dos

conselhos escolares, das associações de pais mestres e funcionários, organização

dos estudantes em grêmios estudantis são evidenciados e valorizados.

A construção do processo de participação na escola precisa estar pautada

nas relações de cooperação, no trabalho coletivo e no compartilhamento do poder.

A pedagogia do diálogo precisa ser exercitada visando à vivência de processo de

convivência democrática, o respeito às diferenças, a liberdade de expressão, o

desenvolvimento de projetos inovadores, cidadãos.

Através desses segmentos, considerados atualmente como imprescindíveis

é possível a manutenção de espaço de diálogo permanente com a comunidade,

estabelecer um processo coletivo de tomada de decisões, como por exemplo, a

definição dos objetivos da aprendizagem, os processos de avaliação, decisões

sobre currículo, calendário escolar, grade curricular, estratégias de ensino, utilização

dos espaços escolares, dos equipamentos e recursos financeiros.

O esforço de todos os envolvidos é que fundamenta a participação coletiva,

que é de vital importância para a instalação de um ambiente democrático na

escola. Sendo assim a escola deve se perceber como exemplo de ambiente

democrático, assegurando a participação dos envolvidos, partilhando as decisões e

responsabilidades sobre elas. O processo de gestão da escola deve estar

pautado no seu projeto pedagógico, pois este implica na participação da

comunidade escolar, na definição de suas políticas e seus projetos educacionais.

A escola não é democrática só por sua prática administrativa. Ela torna-se

democrática por toda a sua ação pedagógica e, essencialmente, educativa.

Portanto, através da gestão participativa, a implementação de mecanismos de

distribuição do poder, da consolidação da atuação dos órgãos colegiados é possível

implementar formas de organização da educação e da escola, garantindo uma

educação emancipatória e democrática. Sendo assim, o diretor deve administrar

tendo como horizonte a dimensão pedagógica, colocando a dimensão

administrativa a serviço da dimensão pedagógica, para que ambas sejam mais

democráticas, para fins de potencializar a qualidade de ensino, focando a

construção do conhecimento.

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio em seu Marco Operacional coloca que a dinâmica da gestão

democrática se estabelece a partir do trabalho, do envolvimento, da participação

ativa dos órgãos representativos, ou seja, o Conselho Escolar, APMF, Grêmio

Estudantil e o Conselho de Classe voltados para a realidade da escola do campo,

enquanto espaço de construção do conhecimento, de valorização da realidade,das

formas de vida das pequenas comunidades do interior. As instâncias colegiadas

são constituídas a exemplo da organização camponesa, onde são vivenciadas

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práticas de solidariedade, cooperativismo, associações comunitárias visando o

desenvolvimento sustentável, a integração, a qualidade de vida.

“Quando se busca construir na escola um processo de participação baseado em relações de cooperação, no trabalho coletivo e é preciso exercitar a pedagogia do diálogo, do respeito às diferenças, garantindo a todos a liberdade de expressão, a vivência de processos de convivência democrática, que devem ser efetivados no cotidiano escolar, visando à construção de projetos coletivos, de administração colegiada.” (IRATI, 2012, p. 60). ___________________________________________________________________ “Conselho Escolar- O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a Gestão Escolar, na forma de colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores da escola, constituindo-se no órgão máximo de direção, sendo ele de natureza deliberativa, consultiva e fiscal.” (IRATI, 2012, p.62). ___________________________________________________________________

“APMF - É uma entidade civil, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos. É amparada pela Constituição Federal/88 como uma instituição auxiliar as atividades do colégio, tendo autonomia para exercer direitos estatutários e apoiar financeiramente as necessidades do estabelecimento de ensino.” (IRATI, 2012, p.62). ___________________________________________________________________ “Conselho de Classe - O Conselho de Classe um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, é constituído pelo diretor, pedagogo e pelos professores que atuam na escola. É o espaço que oportuniza a avaliação diagnóstica dos alunos e da ação pedagógica do professor e do colégio, devendo refletir sobre a ação pedagógica educativa, e não apenas se prender a notas ou problemas de determinados alunos, ou no processo burocrático de entrega de notas à secretaria. Realizado bimestralmente, tem como finalidade analisar o perfil das turmas e buscar junto a coletivo, possíveis soluções para problemas apresentados. É parte do processo de avaliação desenvolvido pelo colégio, permite a reflexão sobre a ação para a transformação da realidade, a retomada das ações.” (IRATI, 2012, p.62). ___________________________________________________________________ “Grêmio Estudantil - O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes no colégio. Tem por objetivos: Representar condignamente o corpo discente; Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do colégio; Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros; Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos; Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a filiação às entidades gerais UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas); Lutar pela democracia permanente no colégio, através do direito de participação nos fóruns internos de deliberação do estabelecimento.” (IRATI, 2012, p.63).

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No documento do colégio, ou seja, no Marco Operacional, estão delineadas

as ações, o fazer pedagógico pautado na democracia onde toda a comunidade

escolar está representada nos órgãos colegiados. Por excelência, a escola deve ser

espaço de discussão, interação entre alunos, professores, funcionários, órgãos

colegiados, comunidade interligados pelo mesmo ideal.

Conselho Escolar Grêmio Estudantil

Conselho de Classe APMF

Órgãos Colegiados

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1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 04 HORAS

PARTICIPANTES: Professores, equipe pedagógica e administrativa,

funcionários e membros das instâncias colegiadas, pais e alunos.

FINALIDADE: Discutir sobre a importância da atuação dos

órgãos colegiados no processo administrativo pedagógico da

escola, valorizando a construção do conhecimento no Colégio

Estadual Gonçalves Júnior- Ensino Fundamental e Médio.

Momento Tempo Atividade

Inicial 5 min. Mensagem “Flores para você”.

Segundo 1 hora Apresentação e discussão de slides da

fundamentação teórica do encontro.

Leitura e debate de tópicos destacados do

Estatuto do Conselho do Colégio Estadual

Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e

Médio em grupos organizados a partir da

dinâmica do sorteio de cartões coloridos

contendo o pensamento da autora Ilma

Passos A. Veiga.

Apresentação em slides do histórico e atuação

do Conselho Escolar no colégio (implantação,

composição e períodos de atuação, principais

ações, fotos, apresentação de atas dos

momentos, eventos marcantes).

Terceiro 1 hora Leitura e discussão de texto do Regimento

Escolar Colégio Estadual Gonçalves Júnior –

Ensino Fundamental e Médio sobre as

especificidades do Conselho de Classe.

Page 62: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

Apresentação e debate de trechos do filme:

“Entre os Muros da Escola”.

Quarto 1 hora Apresentação e discussão de slides dos

Estatutos da APMF e Grêmio Estudantil do

Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio.

Apresentação em slides do histórico e atuação

da APMF e do Grêmio Estudantil no colégio

(implantação, composição e períodos de

atuação, principais ações, fotos, apresentação

de atas dos momentos, eventos marcantes).

Quinto 1 hora Leitura do Marco Operacional do Projeto

Político Pedagógico do colégio (Órgãos

Colegiados: Conselho Escolar, APMF, Conselho

de Classe e Grêmio Estudantil).

Reflexões a respeito das colocações do PPP do

colégio: Para responder as questões propostas,

considere os seguintes trechos retirados do

texto base:

Elaboração do quadro de ações com a coleta

de sugestões a serem acrescentadas no Projeto

Político Pedagógico do Colégio Estadual

Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e

Médio.

Final 10 min. Avaliação do encontro.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

MOMENTO INICIAL

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: Mensagem “Flores para você”.

SEGUNDO MOMENTO

01 HORA

Apresentação e discussão de slides da fundamentação

teórica do encontro.

Leitura e debate de tópicos destacados do Estatuto do

Conselho Escolar do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

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Fundamental e Médio em grupos organizados a partir da

dinâmica do sorteio de cartões coloridos contendo o pensamento

da autora Ilma Passos A. Veiga:

A principal possibilidade de construção do projeto político

pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de

sua capacidade de delinear sua própria identidade. Isto

significa resgatar a escola como espaço público, lugar de

debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva.

Veiga 2004

Questão – 01

Conforme estabelece o Estatuto do Conselho Escolar: “Art. 9º - A atuação e representação de qualquer um dos integrantes do Conselho Escolar visarão ao interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades e objetivos da educação pública, definidos no seu Projeto Político-Pedagógico, para assegurar o cumprimento da função social e específica da escola que é ensinar.”, como esses pressupostos são vivenciados no âmbito do nosso colégio?

Questão – 02

O Estatuto do Conselho Escolar: Art. 11 - Os objetivos do Conselho Escolar são: I - realizar a gestão escolar, numa perspectiva democrática e coletiva, de acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político-Pedagógico da escola; II - constituir-se em instrumento de democratização das relações no interior da escola, assegurando os espaços de efetiva participação da comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a especificidade do trabalho pedagógico escolar; III - promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na construção de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita e universal; IV - estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho pedagógico na escola a partir dos interesses e expectativas histórico-sociais, em consonância com as orientações da Secretaria de Estado da Educação e a legislação vigente; V - acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como pressuposto o Projeto Político-Pedagógico da escola;

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VI - garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho pedagógico da escola, de modo que as organizações das atividades educativas escolares estejam pautadas nos princípios da gestão democrática.

Como o grupo avalia o cumprimento dos objetivos desse importante órgão colegiado na gestão do colégio?

Questão – 03

Art. 28 - O Conselho Escolar será um fórum permanente de debates e de articulação entre os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das necessidades educacionais e os encaminhamentos necessários à solução de questões pedagógicas, administrativas e financeiras, que possam interferir no funcionamento do estabelecimento de ensino. Na opinião do grupo o Conselho Escolar do colégio possui esse perfil?

Apresentação em slides do histórico e atuação do Conselho

Escolar no colégio (implantação, composição e períodos de

atuação, principais ações, fotos, apresentação de atas dos

momentos, eventos marcantes).

TERCEIRO MOMENTO

01-Hora

Leitura e discussão de texto do Regimento Escolar Colégio

Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio sobre

as especificidades do Conselho de Classe.

Apresentação e debate de trechos do filme: “ Entre os Muros

da Escola”.

QUARTO MOMENTO

01 HORA

Apresentação e discussão de slides dos Estatutos da APMF e

Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio.

Apresentação em slides do histórico e atuação da APMF e do

Grêmio Estudantil no colégio (implantação, composição e

Page 65: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

períodos de atuação, principais ações, fotos, apresentação de atas

dos momentos, eventos marcantes).

QUINTO MOMENTO

01 HORA

Leitura do Marco Operacional do Projeto Político

Pedagógico do colégio (Órgãos Colegiados: Conselho Escolar,

APMF, Conselho de Classe e Grêmio Estudantil).

Reflexões a respeito das colocações do PPP do colégio: Para

responder as questões propostas, considere os seguintes trechos

retirados do texto base:

Questão – 01

Um dos objetivos postulados no Projeto Político Pedagógico do colégio: “Fortalecer a gestão democrática legitimando a participação dos órgãos colegiados nos processos de decisão, envolvendo a comunidade escolar na vida educacional, incentivando o efetivo envolvimento de todos.” Como o grupo percebe sua concretização na atual gestão escolar?

Questão – 02

Segundo o Projeto Político Pedagógico do colégio “O principal instrumento da gestão democrática é o planejamento participativo, que pressupõe uma deliberada construção do futuro, do qual participam os diferentes segmentos de uma instituição, cada um com sua ótica, seus valores e seus anseios, que, com o poder de decisão, estabelecerão uma política, que deve estar em permanente debate reflexão, problematização, estudo, aplicação, avaliação e reformulação, em função das próprias mudanças sociais e institucionais.” De que forma esse princípio é colocado em prática? Quais as sugestões do grupo para dinamizar a efetiva participação de toda a comunidade escolar?

Questão – 03

Conforme o Projeto Político Pedagógico do colégio: “o trabalho coletivo articula os diversos segmentos da comunidade escolar e é fundamental para sustentar a ação do colégio em torno de uma proposta pedagógica”, esse pressuposto precisa continuar muito firme para que os ideais da gestão democrática, da construção da escola de qualidade social permaneçam. Quais são as ações desenvolvidas que devem continuar e quais ainda podem ser implementadas?

Elaboração do quadro de ações com a coleta de sugestões a

serem acrescentadas no Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio,

considerando as especificidades do CALEDÁRIO ESCOLAR 2014.

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Projeto Político-Pedagógico Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio

Ações previstas para o primeiro semestre de 2014

Projeto Político-Pedagógico Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio

Ações previstas no para o segundo semestre de 2014

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

3. AVALIAÇÃO

A avaliação do encontro será realizada durante a

realização dos trabalhos, considerando a participação, o espírito

de iniciativa e de equipe, as contribuições nas discussões, na

elaboração do quadro de ações do Projeto Político Pedagógico do

colégio.

“Os órgãos colegiados têm possibilitado a

implementação de novas formas de gestão por

meio de um modelo de administração

coletiva, em que todos participam dos processos

decisórios e do acompanhamento, execução e

avaliação das ações nas unidades escolares,

envolvendo as questões administrativas,

financeiras e pedagógicas.”

Mônica Abranches

FEVEREIRO/

JULHO

O quê? Quem? Quando? Financeiro? Observação

PROJETOS

REUNIÃO

FORMAÇÃO

PROFISSIONAL

EVENTOS

ATIVIDADES

ROTINEIRAS

AGOSTO/

DEZEMBRO

O quê? Quem? Quando? Financeiro? Observação

PROJETOS

REUNIÃO

FORMAÇÃO

PROFISSIONAL

EVENTOS

ATIVIDADES

ROTINEIRAS

Page 67: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

Para aprofundar os conhecimentos:

ABRANCHES, Mônica. Colegiado Escolar: Espaço de participação da comunidade.

São Paulo: Cortez, 2003.

FILME: ENTRE OS MUROS DA ESCOLA

http://www.youtube.com/results?search_query=ENTRE+OS+MUROS+DA+ESCOL

A+&sm=. Acesso em 08 set. 2013.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

da APMF, 1991.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

do Conselho Escolar, 1995.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

do Grêmio Estudantil, 1995.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Projeto

Político Pedagógico, 2012.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Regimento Escolar, 2007.

VEIGA, Zilah de Passos Alencastro. As instâncias colegiadas da escola. In: Veiga

Ilma P. e RESENDE, Lucia M. G. de (orgs). Escola: espaço do projeto político

pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

Page 68: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

R

EUNIAORE

1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 02 HORAS (período da manhã).

PARTICIPANTES: Pais dos alunos do Ensino Fundamental,

professores, funcionários, equipe pedagógica e administrativa.

FINALIDADE: Discutir sobre a importância da atuação dos pais

no processo administrativo pedagógico da escola, valorizando a

construção do conhecimento no Colégio Estadual Gonçalves

Júnior- Ensino Fundamental e Médio.

Momento Tempo Atividade

Inicial 10 min. Mensagem “Família”

Segundo 30 min. Apresentação e debate de slides sobre a

importância e necessidade da participação

dos pais, da família no ambiente escolar.

Terceiro 30 min. Discussão em grupos sobre os principais tópicos

da realidade do colégio

Quarto 20 min. Apresentação de trechos do filme “Mãos

Talentosas”.

Quinto 20 min. Coleta de opiniões dadas a partir das questões

abordadas para a inclusão no Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves

Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Final 10 min. Avaliação da reunião.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

MOMENTO INICIAL

Page 69: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: “Mensagem Família”.

SEGUNDO MOMENTO

30 MINUTOS

Apresentação e debate de slides sobre a importância e

necessidade da participação dos pais, da família no ambiente

escolar.

TERCEIRO MOMENTO

30 MINUTOS

Discussão em grupos sobre os principais tópicos da realidade

do colégio, (Escola do campo, pequenas propriedades rurais,

economia, cultura, religiosidade, resultados obtidos nas

avaliações externas nos últimos anos, conquistas obtidas, projetos

desenvolvidos e ações, eventos previstos para o ano letivo e

próximos anos).

Questão – 01 Enquanto escola do campo, todas as ações

desenvolvidas em nosso colégio estão voltadas para a formação

integral dos alunos, da construção do conhecimento a partir da

realidade do nosso distrito. Na opinião do grupo quais ações

ainda podem ser desenvolvidas considerando as características

econômicas, sociais, culturais, religiosas da nossa comunidade?

Como as famílias, os pais auxiliam os filhos em relação ao estudo,

realização de tarefas escolares, pesquisas? Quais são as formas de

incentivo, de cobranças dos resultados obtidos?

Questão – 02 A presença dos pais, das famílias sempre fez parte do

cotidiano do colégio. Como fazer com que essa prática continue e

principalmente que envolva um número sempre maior de efetiva

participação?

Questão – 03

Page 70: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

A valorização da vida, da natureza, da cultura, dos

conhecimentos próprios dos moradores do campo são primordiais,

fazem parte do currículo, dos conteúdos desenvolvidos nas

diferentes disciplinas. Quais saberes, conhecimentos ainda devem

fazer parte das propostas de ensino em nosso colégio?

Questão – 04

Em relação às políticas públicas para o homem do campo, a

permanência dos jovens no campo com oportunidades e

qualidade de vida, quais são os principais problemas

enfrentados?

Responder individualmente o quadro a seguir:

Responda as questões: SIM NAO ÀS VEZES

01-Como pai ou responsável procuro acompanhar o desempenho escolar do meu(s) filho(s) ou aluno(s) sob minha responsabilidade?

02- Procuro saber a respeito das avaliações, das notas obtidas, dos

trabalhos realizados?

03-Tenho o hábito de conversar em família a respeito da escola, demonstrando interesse, afetividade e amor pelo estudo, pela vida escolar do (s) meu(s) filho(s) ou aluno(s) sob minha responsabilidade?

04- Conheço os professores, os profissionais que atuam no colégio?

05- Participo das reuniões pedagógicas e administrativas realizadas?

06- Participo das atividades desenvolvidas, eventos, projetos?

07- Valorizo as ações do colégio voltadas para a construção do

conhecimento, a vivência cidadã?

08- Tenho consciência a respeito da importância da educação, do papel

da família na formação integral dos estudantes?

QUARTO MOMENTO

30 MINUTOS

Coleta de opiniões dadas a partir das questões abordadas

para a inclusão no quadro de ações do Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino

Fundamental e Médio.

MOMENTO FINAL

Page 71: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

10 MINUTOS

3. AVALIAÇÃO

Os principais tópicos a serem considerados na reunião de

pais serão a participação, a responsabilidade perante questões

diretamente ligadas ao desempenho escolar de seus filhos ou

dependentes, a definição das ações que visam construir a escola

de qualidade, a garantia dos direitos, o cumprimento dos deveres

enquanto alunos cidadãos.

Para aprofundar os conhecimentos:

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

da APMF, 1991.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Projeto

Político Pedagógico, 2012.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Regimento Escolar, 2007.

FILME: MÃOS TALENTOSAS

http://www.youtube.com/results?search_query=MAOS+TALENTOSAS+&sm=3.

Acesso em 08 set. 2013.

Page 72: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 02 HORAS (período da noite)

PARTICIPANTES: Pais dos alunos do Ensino Médio, professores,

funcionários, equipe pedagógica e administrativa.

FINALIDADE: Discutir sobre a importância da atuação dos pais

no processo administrativo pedagógico da escola, valorizando a

construção do conhecimento no Colégio Estadual Gonçalves

Júnior- Ensino Fundamental e Médio.

Momento Tempo Atividade

Inicial 10 min. Mensagem “Família”.

Segundo 30 min. Apresentação e debate de slides sobre a

importância e necessidade da participação

dos pais, da família no ambiente escolar.

Terceiro 30 min. Discussão em grupos sobre os principais tópicos

da realidade do colégio.

Quarto 20 min. Apresentação de trechos do filme “Mãos

Talentosas”.

Quinto 20 min. Coleta de opiniões dadas a partir das questões

abordadas para a inclusão no Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves

Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Final 10 min. Avaliação da reunião.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

MOMENTO INICIAL

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: “Mensagem Família”.

Page 73: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

SEGUNDO MOMENTO

30 MINUTOS

Apresentação e debate de slides sobre a importância e

necessidade da participação dos pais, da família no ambiente

escolar.

TERCEIRO MOMENTO

30 MINUTOS

Discussão em grupos sobre os principais tópicos da realidade

do colégio, (Escola do campo, pequenas propriedades rurais,

economia, cultura, religiosidade, resultados obtidos nas

avaliações externas nos últimos anos, conquistas obtidas, projetos

desenvolvidos e ações, eventos previstos para o ano letivo e

próximos anos).

Questão – 01

Enquanto escola do campo, todas as ações desenvolvidas em

nosso colégio estão voltadas para a formação integral dos alunos,

da construção do conhecimento a partir da realidade do nosso

distrito. Na opinião do grupo quais ações ainda podem ser

desenvolvidas considerando as características econômicas,

sociais, culturais, religiosas da nossa comunidade? Como as

famílias, os pais auxiliam os filhos em relação ao estudo,

realização de tarefas escolares, pesquisas? Quais são as formas de

incentivo, de cobranças dos resultados obtidos?

Questão – 02

A presença dos pais, das famílias sempre fez parte do

cotidiano do colégio. Como fazer com que essa prática continue e

principalmente que envolva um número sempre maior de efetiva

participação?

Questão – 03

A valorização da vida, da natureza, da cultura, dos

conhecimentos próprios dos moradores do campo são primordiais,

Page 74: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

fazem parte do currículo, dos conteúdos desenvolvidos nas

diferentes disciplinas. Quais saberes, conhecimentos ainda devem

fazer parte das propostas de ensino em nosso colégio?

Questão – 04

Em relação às políticas públicas para o homem do campo, a

permanência dos jovens no campo com oportunidades e

qualidade de vida, quais são os principais problemas

enfrentados?

Responder individualmente o quadro a seguir:

Responda as questões: SIM NAO ÀS VEZES

01-Como pai ou responsável procuro acompanhar o desempenho escolar do meu(s) filho(s) ou aluno(s) sob minha responsabilidade?

02- Procuro saber a respeito das avaliações, das notas obtidas, dos

trabalhos realizados?

03- Tenho o hábito de conversar em família a respeito da escola, demonstrando interesse, afetividade e amor pelo estudo, pela vida escolar do (s) meu(s) filho(s) ou aluno(s) sob minha responsabilidade?

04- Conheço os professores, os profissionais que atuam no colégio?

05- Participo das reuniões pedagógicas e administrativas realizadas?

06- Participo das atividades desenvolvidas, eventos, projetos?

07- Valorizo as ações do colégio voltadas para a construção do

conhecimento, a vivência cidadã?

08- Tenho consciência a respeito da importância da educação, do papel

da família na formação integral dos estudantes?

QUARTO MOMENTO

30 MINUTOS

Coleta de opiniões dadas a partir das questões abordadas

para a inclusão no quadro de ações do Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior–Ensino

Fundamental e Médio.

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

3. AVALIAÇÃO

Page 75: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

Os principais tópicos a serem considerados na reunião de

pais serão a participação, a responsabilidade perante questões

diretamente ligadas ao desempenho escolar de seus filhos ou

dependentes, a definição das ações que visam construir a escola

de qualidade, a garantia dos direitos, o cumprimento dos deveres

enquanto alunos cidadãos.

Para aprofundar os conhecimentos:

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

da APMF, 1991.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Projeto

Político Pedagógico, 2012.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Regimento Escolar, 2007.

FILME: MÃOS TALENTOSAS

http://www.youtube.com/results?search_query=MAOS+TALENTOSAS+&sm=3.

Acesso em 08 set. 2013.

Page 76: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 02 HORAS no período da manhã.

PARTICIPANTES: Alunos do Ensino Fundamental, professores,

funcionários e equipe pedagógica e administrativa.

FINALIDADE: Discutir sobre a importância da atuação dos

alunos no processo administrativo pedagógico da escola,

valorizando a construção do conhecimento no Colégio Estadual

Gonçalves Júnior- Ensino Fundamental e Médio.

Momento Tempo Atividade

Inicial 5 min. Mensagem: “Entrevista”.

Segundo 30 min. Apresentação e debate de slides sobre a

importância da escola, da família na

formação intelectual, humana e social dos

educandos.

Apresentação e discussão de trechos do filme

“O Líder da Classe”. (Obs.: Os alunos assistirão

ao filme na integra antes da reunião

pedagógica).

Terceiro 1 hora Discussão em grupos, formados através da

dinâmica dos cartões coloridos, sobre os

principais tópicos da realidade do colégio;

Coleta de opiniões dadas a partir das questões

elencadas para a inclusão no Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves

Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Quarto 30 min. Apresentação e discussão do clipe de filme “O

Grande Ditador”.

Socialização da mensagem: ‘Feliz olhar novo’.

Final 10min. Avaliação da reunião.

Page 77: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

MOMENTO INICIAL

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: Mensagem “Entrevista”.

SEGUNDO MOMENTO

30 MINUTOS

Apresentação e debate de slides sobre a importância da

escola, da família na formação intelectual, humana e social dos

educandos.

Apresentação e discussão de trechos do filme “O Líder da

Classe”. (Obs.: Os alunos assistirão ao filme na integra antes da

reunião pedagógica).

TERCEIRO MOMENTO

1 HORA

Discussão em grupos, formados através da dinâmica dos

cartões coloridos, sobre os principais tópicos da realidade do

colégio;

Aceitai o meu ensino e não a prata, e o

conhecimento, antes do que o ouro

escolhido. Porque melhor é a sabedoria do

que jóias, e de tudo o que se deseja nada se

pode comparar com ela. Provérbios 8-10,11

Questão – 01

A construção do conhecimento é função social da escola. É propriedade intelectual que se compartilha livremente ou não. Como o grupo entende compartilhamento aberto do conhecimento na escola, nas bibliotecas, no acesso livre em páginas da WEB sem senhas na atual sociedade da informação?

Questão – 02

Page 78: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

Segundo o Projeto Político do Pedagógico do colégio: ”O saber e o conhecer são um grande e visível patrimônio que a pessoa assimila no dia-a-dia através do intelecto e dos sentidos. Essas aprendizagens são adquiridas, muitas vezes de uma forma desorganizada, incompleta. Por isso, cabe à escola estruturar esses conhecimentos aprendidos fora da escola pelos alunos, possibilitando assim um saber mais elevado. Não há conhecimento verdadeiro que não se referencie na realidade, não há conhecimento se o que for aprendido não enriquece o olhar sobre a realidade, se não capacita o indivíduo para que diante da complexidade do mundo real, possa se posicionar e orientar suas opções e ações. Qual é a opinião do grupo a respeito da concepção do colégio?

Questão – 03

As escolas do campo estão buscando construir uma educação voltada para os alunos do campo, valorizando as diferentes realidades, as formas de vida, de trabalho, de cultura, de relações sociais. Como o grupo tem sentido no trabalho desenvolvido o esforço de toda a equipe em lutar por uma educação que expresse os interesses e necessidades de desenvolvimento dos sujeitos que vivem, trabalham e são do campo, e não apenas reproduzir a cultura e forma de vida das pessoas moradoras das grandes cidades?

Questão – 04

A gestão democrática pressupõe espaços de participação como os colegiados, associações e agremiações. É pela utilização desses espaços: Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe fruto da conquista da própria comunidade, que a gestão democrática ganha força e pode transformar a realidade escolar. Na opinião do grupo o grêmio do colégio, “Grêmio Estudantil Professor José

Maria Orreda”, tem alcançado os objetivos propostos, tem sido o canal de

comunicação de participação dos estudantes do colégio? o olhar sobre a que d mundo real, possa se posicionar e orientar suas opções e ações.

Coleta de opiniões dadas a partir das questões elencadas

para a inclusão no Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

QUARTO MOMENTO

1 HORA

Apresentação e discussão do clipe de filme “O Grande

Ditador”.

Socialização da mensagem: ‘Feliz olhar novo’.

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

Page 79: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

3. AVALIAÇÃO

Na avaliação da reunião a participação, o interesse em

contribuir, o espírito coletivo serão considerados requisitos

importantes, norteadores das ações a serem implementadas,

tendo como protagonistas os educandos.

Para aprofundar os conhecimentos:

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

do Grêmio Estudantil, 1995.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Projeto

Político Pedagógico, 2012.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Regimento Escolar, 2007.

FILME: O GRANDE DITADOR

http://www.youtube.com/results?search_query=o+grande+ditador&sm=3. Acesso em

08 set. 2013.

FILME: O LÍDER DA CLASSE http://www.filmesonlinehd.com/o-lider-da-classe-

legendado-online/. Acesso em 08 set. 2013.

Page 80: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 02 HORAS (no período da noite)

PARTICIPANTES: Alunos do Ensino Médio, professores, funcionários

e equipe pedagógica e administrativa.

FINALIDADE: Discutir sobre a importância da atuação dos

alunos no processo administrativo pedagógico da escola,

valorizando a construção do conhecimento no Colégio Estadual

Gonçalves Júnior- Ensino Fundamental e Médio.

Momento Tempo Atividade

Inicial 5 min. Mensagem: “Entrevista”.

Segundo 30 min. Apresentação e debate de slides sobre a

importância da escola, da família na

formação intelectual, humana e social dos

educandos.

Apresentação e discussão de trechos do filme

“O Líder da Classe”. (Obs.: Os alunos assistirão

ao filme na integra antes da reunião

pedagógica).

Terceiro 1hora Discussão em grupos, formados através da

dinâmica dos cartões coloridos, sobre os

principais tópicos da realidade do colégio;

Coleta de opiniões dadas a partir das questões

elencadas para a inclusão no Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves

Júnior – Ensino Fundamental e Médio

Quarto 30min. Apresentação e discussão do clipe de filme “O

Grande Ditador”.

Socialização da mensagem: ‘Feliz olhar novo’.

Final 10mi. Avaliação da reunião.

Page 81: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

MOMENTO INICIAL

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: Mensagem: “Entrevista”.

SEGUNDO MOMENTO

30 MINUTOS

Apresentação e debate de slides sobre a importância da

escola, da família na formação intelectual, humana e social dos

educandos.

Apresentação e discussão de trechos do filme “O Líder da

Classe”. (Obs.: Os alunos assistirão ao filme na integra antes da

reunião pedagógica).

TERCEIRO MOMENTO

1 HORA

Discussão em grupos, formados através da dinâmica dos

cartões coloridos, sobre os principais tópicos da realidade do

colégio;

Aceitai o meu ensino e não a prata, e o

conhecimento, antes do que o ouro

escolhido. Porque melhor é a sabedoria do

que jóias, e de tudo o que se deseja nada se

pode comparar com ela. Provérbios 8-10,11

Questão – 01

A construção do conhecimento é função social da escola. É propriedade intelectual que se compartilha livremente ou não. Como o grupo entende compartilhamento aberto do conhecimento na escola, nas bibliotecas, no acesso livre em páginas da WEB sem senhas na atual sociedade da informação?

Page 82: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

Questão – 02

Segundo o Projeto Político do Pedagógico do colégio: “O saber e o conhecer são um grande e visível patrimônio que a pessoa assimila no dia-a-dia através do intelecto e dos sentidos. Essas aprendizagens são adquiridas, muitas vezes de uma forma desorganizada, incompleta. Por isso, cabe à escola estruturar esses conhecimentos aprendidos fora da escola pelos alunos, possibilitando assim um saber mais elevado. Não há conhecimento verdadeiro que não se referencie na realidade, não há conhecimento se o que for aprendido não enriquece o olhar sobre a realidade, se não capacita o indivíduo para que diante da complexidade do mundo real, possa se posicionar e orientar suas opções e ações. Qual é a opinião do grupo a respeito da concepção do colégio?

Questão – 03

As escolas do campo estão buscando construir uma educação voltada para os alunos do campo, valorizando as diferentes realidades, as formas de vida, de trabalho, de cultura, de relações sociais. Como o grupo tem sentido no trabalho desenvolvido o esforço de toda a equipe em lutar por uma educação que expresse os interesses e necessidades de desenvolvimento dos sujeitos que vivem, trabalham e são do campo, e não apenas reproduzir a cultura e forma de vida das pessoas moradoras das grandes cidades?

Questão – 04

A gestão democrática pressupõe espaços de participação, como os colegiados, associações e agremiações. É pela utilização desses espaços: Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe fruto da conquista da própria comunidade, que a gestão democrática ganha força e pode transformar a realidade

escolar. Na opinião do grupo o grêmio do colégio, “Grêmio Estudantil

Professor José Maria Orreda”, tem alcançado os objetivos propostos, tem

sido o canal de comunicação de participação dos estudantes do colégio?

Coleta de opiniões dadas a partir das questões elencadas

para a inclusão no Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

QUARTO MOMENTO

30 MINUTOS

Apresentação e discussão do clipe de filme “O Grande

Ditador”.

Socialização da mensagem: ‘Feliz olhar novo’.

Page 83: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

3. AVALIAÇÃO

Na avaliação da reunião a participação, o interesse em

contribuir, o espírito coletivo serão considerados requisitos

importantes, norteadores das ações a serem implementadas,

tendo como protagonistas os educandos.

Para aprofundar os conhecimentos:

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

do Grêmio Estudantil, 1995.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Projeto

Político Pedagógico, 2012.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Regimento Escolar, 2007.

FILME: O GRANDE DITADOR

http://www.youtube.com/results?search_query=o+grande+ditador&sm=3.

Acesso em 08 set. 2013.

FILME: O LÍDER DA CLASSE

http://www.filmesonlinehd.com/o-lider-da-classe-legendado-online

Acesso em 08 set. 2013.

Page 84: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 02 HORAS

PARTICIPANTES: Membros das instâncias colegiadas, professores,

funcionários e equipe pedagógica e administrativa.

FINALIDADE: Discutir sobre os estatutos, a importância da

atuação dos órgãos colegiados no processo administrativo

pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior- Ensino

Fundamental e Médio.

Momento Tempo Atividade

Inicial 5 min. Mensagem: “Aprendiz da vida”.

Segundo 30 min. Apresentação e debate de slides sobre os

Estatutos; Conselho Escolar, APMF, Grêmio

Estudantil e o capítulo do Regimento Escolar

sobre o Conselho de Classe.

Terceiro 1 hora Discussão sobre os principais tópicos da

realidade do colégio e atuação dos órgãos

colegiados;

Coleta de opiniões dadas a partir das questões

elencadas e elaboração de tópicos sobre as

contribuições para a inclusão no Projeto

Político Pedagógico do Colégio Estadual

Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e

Médio.

Quarto 30min. Apresentação e discussão de trechos do filme

‘Além da sala de aula’.

Final 10 min. Avaliação da reunião.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

Page 85: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

MOMENTO INICIAL

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: Mensagem “Aprendiz da Vida”.

SEGUNDO MOMENTO

30 MINUTOS

Apresentação e debate de slides sobre os Estatutos; Conselho

Escolar, APMF, Grêmio Estudantil e o capítulo do Regimento

Escolar sobre o Conselho de Classe.

TERCEIRO MOMENTO

1 HORA

Discussão sobre os principais tópicos da realidade do colégio

e atuação dos órgãos colegiados.

Coleta de opiniões dadas a partir das questões elencadas e

elaboração de tópicos sobre as contribuições para a inclusão no

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior-

Ensino Fundamental e Médio.

QUARTO MOMENTO

30 MINUTOS

Apresentação e discussão de trechos do filme: “O Homem sem

Rosto”.

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

3. AVALIAÇÃO

Serão considerados os níveis de envolvimento, as

contribuições dadas, o compromisso assumido perante as

Page 86: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

especificidades de suas funções, enquanto membros dos órgãos

colegiados.

Para aprofundar os conhecimentos:

ABRANCHES, Mônica. Colegiado Escolar: Espaço de participação da comunidade.

São Paulo: Cortez, 2003..

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

da APMF, 1991.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

do Conselho Escolar, 1995.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

do Grêmio Estudantil, 1995.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Regimento Escolar, 2007.

FILME: O HOMEM SEM ROSTO

http://www.youtube.com/watch?v=Ul5mIC6OQas. Acesso em 08 set. 2013.

VEIGA, Zilah de Passos Alencastro. As instâncias colegiadas da escola. In: Veiga Ilma P. e RESENDE, Lucia M. G. de (orgs). Escola: espaço do projeto político pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

Page 87: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

1. IDENTIFICAÇÃO

TEMPO PREVISTO: 02 HORAS

PARTICIPANTES: Membros das instâncias colegiadas (APMF,

Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Conselho de Classe),

professores, funcionários, equipe pedagógica e administrativa.

FINALIDADE: Planejar ações a serem implementadas no Projeto

Político Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior-

Ensino Fundamental e Médio.

Momento Tempo Atividade

Inicial 5 min. Mensagem: “Deus está no controle”.

Segundo 30 min. Apresentação em slides das contribuições

coletadas nas reuniões de pais e alunos sobre

a realidade escolar, as metas a serem

atingidas pela comunidade escolar;

Apresentação em slides das sínteses da

primeira reunião.

Terceiro 1hora Elaboração do quadro de ações a serem

implementadas, além das concepções a serem

incorporadas no Projeto Político Pedagógico

do Colégio Estadual Gonçalves Júnior-

Ensino Fundamental e Médio.

Quarto 30 i. Apresentação e discussão de trechos do filme:

“Além da Sala de Aula”.

Final 10 min. Avaliação da reunião.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

MOMENTO INICIAL

Page 88: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

05 MINUTOS

ACOLHIMENTO: Mensagem: “Deus está no controle”.

SEGUNDO MOMENTO

30 MINUTOS

Apresentação em slides das contribuições coletadas nas

reuniões de pais e alunos sobre a realidade escolar, as metas a

serem atingidas pela comunidade escolar;

Apresentação em slides das sínteses da primeira reunião das

instâncias colegiadas;

TERCEIRO MOMENTO

1 HORA

Elaboração do quadro de ações a serem implementadas,

além das concepções a serem incorporadas no Projeto Político

Pedagógico do Colégio Estadual Gonçalves Júnior- Ensino

Fundamental e Médio.

QUARTO MOMENTO

30 MINUTOS

Apresentação e discussão de trechos do filme: “Além da Sala

de Aula”.

MOMENTO FINAL

10 MINUTOS

3. AVALIAÇÃO

Serão considerados os níveis de envolvimento, as

contribuições dadas, o compromisso assumido perante as

Page 89: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · UNIDADE II: EDUCAÇÃO DO CAMPO – visa desencadear o processo de reflexões sobre o papel da educação do campo junto à comunidade

especificidades de suas funções, enquanto membros dos órgãos

colegiados.

Para aprofundar os conhecimentos:

ABRANCHES, Mônica. Colegiado Escolar: Espaço de participação da comunidade.

São Paulo: Cortez, 2003..

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

da APMF, 1991.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

do Conselho Escolar, 1995.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Estatuto

do Grêmio Estudantil, 1995.

IRATI. Colégio Estadual Gonçalves Júnior – Ensino Fundamental e Médio.

Regimento Escolar, 2007.

FILME: ALÉM DA SALA DE AULA

http://www.youtube.com/watch?v=4BUOV6-L8Mo. Acesso em 08 set. 2013.

VEIGA, Zilah de Passos Alencastro. As instâncias colegiadas da escola. In: Veiga Ilma P. e RESENDE, Lucia M. G. de (orgs). Escola: espaço do projeto político pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

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REFERÊNCIAS

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VÍDEO: FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA JOSÉ CARLOS LIBANEO http://www.youtube.com/results?search_query=funcao+social+da+escola+Jose+Carlos+Libaneo&sm=3.Acesso em 08 set. 2013.VÍDEO: O GRANDE DITADOR http://www.youtube.com/results?search_query=o+grande+ditador&sm=3. Acesso em 08 set. 2013.