Relevo e movimentos de massa geisa e jeferson

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“O homem é como o agressor e vítima do meio ambiente “ Ivette Veyret

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RELEVO E SOCIEDADE

Professores: Geisa Andrade

Jeferson Silva

OBJETIVOS DA AULA • Levantamento da concepção do conceitos de:

hazards natural; risco ambiental e perigo.

• Compreender e caracterizar os movimentos de massas que resultam na modelagem do relevo e implicação sobre atividades da vida humana.

• Relacionar os eventos naturais de alagamento, inundação, enchentes, enxurradas, deslizamentos e outros com a perspectiva de influência das distintas compartimentação geomorfológica e suas característica topografias e as distintas

ocupações humanas.

A relação homem-meio/sociedade-natureza é colocada no centro do processo de ocupação humana de um território, estando sua compreensão no cerne dos mecanismos de intervenção e gestão deste território. (MARANDOLA JR;HOGAN, 2004).

HAZARDS

Eventos, não raro, eventos extremos, que rompem um ciclo ou um ritmo de ocorrência dos fenômenos naturais, sejam estes geológicos, atmosféricos ou na interface destes. (MARANDOLA JR; HOGAN, 2004).

HAZARDS

TEREMOTOS

FURAÇÕES

INUNDAÇÕES

MOVIMENTO DE MASSAS

MAS TODOS ESSES EVENTOS SÃO HAZZARDS POR SI MESMO?

Mas para que esses eventos sejam caracterizados como hazards,

deve a haver a relação com áreas ocupadas pelo homem,

caracterizando assim, o perigo, para determinada população que

reside nesses locais

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RISCO / PERIGO

RISCO

Risco é a possibilidade da ocorrência de um evento atingir determinada área e população (ou seja, pode ocorrer ou nunca ocorrer um evento mas a região é suscetível a tal ocorrência)

PERIGO

Perigo é a iminência desse ocorrência, quando um evento já está ocorrendo e está pra ocorrer, como a chegada de um furacão

O que é evidente é a ligação desses riscos e perigos à forma como as sociedades ocupam e usam o território, como elas se distribuem por este espaço

MOVIMENTO DE MASSAS

Os movimentos de massa de ordem gravitacional representam um importante agente externo modelador do relevo e são processos ligados ao quadro evolutivo das

encostas.

MOVIMENTO DE MASSAS

•Segundo Guerra e Marçal (2006, p. 75-76) os movimentos de massa se caracterizam-nos como sendo “o transporte coletivo de material rochoso e/ou de solo, onde a ação da gravidade tem papel preponderante, podendo ser potencializado, ou não, pela ação da água”. •Para Drew (1986, p. 132) “ele varia em função da natureza do material, da topografia, do clima e da vegetação, mas pode ser tão lento que se torna imperceptível (creep ou reptação) ou brusco (desabamento ou desmoronamento)”.

CONDIÇÕES QUE FAVORECEM O MOVIMENTO DE MASSAS.

Estrutura geológica;

Declividade da vertente (forma topográfica);

Regime de chuvas (em especial de episódios pluviais intensos);

Perda de vegetação e da atividade antrópica;

Existência de espessos mantos de intemperismo;

Presença de níveis ou faixas impermeáveis que atuam como planos de deslizamentos;

TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSAS

ESCORREGAMENTOS

MOVIMENTO DE BLOCOS

RASTEJOS

CORRIDAS

Consiste em movimento descendente, lento e contínuo da massa de solo de um talude, caracterizando uma deformação plástica, sem geometria e superfície de ruptura definidas. Ocorrem geralmente em horizontes superficiais de solo e de transição solo/rocha, como também em rochas alteradas e fraturadas.

RASTEJOS

O IPT (1991, p. 19) classifica os escorregamentos de acordo com sua “geometria em circular, planar ou em cunha, em função da existência ou não de estruturas ou plano de fraqueza nos materiais movimentados, que condicionem a formação de superfícies de ruptura”

ESCORREGAMENTO

PLANARES CIRCULARES

EM CUNHA

Escorregamentos planares podem ocorrer em maciços rochosos, sendo condicionado pela xistosidade, fraturamento, foliação, etc. Nas encostas serranas brasileiras são comuns escorregamentos planares de solo, com ruptura podendo ocorrer no contato com a rocha subjacente.

ESCORREGAMENTOS PLANARES

Os escorregamentos planares de solo são bastante comuns nas regiões serranas brasileiras. Nas fotos a seguir, pode-se observar exemplos do processo em questão, nota-se que a ruptura ocorreu segundo uma superfície plana (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).

Apresenta superfície de deslizamento encurvada, correspondendo a movimento rotacional, segundo um eixo. Ocorre geralmente em aterros, pacotes de solo ou depósitos mais espessos, rochas sedimentares ou cristalinas intensamente fraturadas.

ESCORREGAMENTOS CIRCULARES

Esse tipo de processo é muito comum ao longo de estradas e rodovias, devido a construção de taludes artificiais, principalmente durante as épocas chuvosas, onde a saturação de água no solo é grande, fazendo com que a resistência do mesmo diminua.

A foto ao lado ilustra um escorregamento circular ocorrido em 1995, em La Conchita, California, Estados Unidos da América (geohazards.cr.usgs.gov).

Movimento ao longo de um eixo formado pela intersecção de estruturas planares em maciços rochosos, que desloca o material na forma de um prisma. São comuns em taludes de corte ou encostas que sofreram algum tipo de desconfinamento, natural ou antrópico.

ESCORREGAMENTOS EM CUNHA

O escorregamento em cunha é condicionado por estruturas planares de maciços rochosos, apresentando sua direção de movimento ao longo da linha de intersecção das superfícies de ruptura

deslocamentos, por gravidade, de blocos de rocha, sendo divididos em 4 tipos básicos

MOVIMENTOS DE BLOCOS

QUEDA

TOMBAMENTO

DESPLACAMENTO

DESPLACAMENTO

Consiste no movimento de blocos de rochas que se desprendem do maciço e se deslocam em queda livre encosta abaixo, podendo ocorrer em volumes e litologias diversas

QUEDA DE BLOCOS

Em geral, quedas de blocos ocorrem em encostas verticais, em maciço fraturado, ou seja, locais como: pedreiras basalto, granito e regiões serranas. A foto ao lado mostra uma área sujeita ao processo em questão, trata-se de uma pedreira abandonada em zona urbana, caso muito comum nas cidades brasileiras (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).

consiste no movimento de rotação de blocos rochosos, condicionado por estruturas geológicas sub-verticais no maciço rochoso.

TOMBAMENTO DE BLOCOS

Movimento de blocos rochosos ao longo de encostas, que ocorre geralmente pela perda de apoio (descalçamento).

ROLAMENTOS DE BLOCOS

Movimento ocasionado pelo desprendimento de fragmentos ou placas de rochas, ao longo da superfície de estruturas geológicas (xistosidade, acamamento, fraturamento), devido principalmente às variações térmicas ou à alívios de tensão

DESPLACAMENTO DE BLOCOS

Movimentos gravitacionais na forma de escoamento rápido, envolvendo grandes volumes de materiais. Caracterizados pelas dinâmicas da mecânica dos sólidos e dos fluidos, pelo volume de material envolvido e pelo extenso raio de alcance que possuem, chegando até alguns quilômetros, apresentando alto potencial destrutivo.

CORRIDAS

DE TERRA

DE LAMA

DE DETRITOS

• Primária: corresponde as corridas de massa envolvendo somente os materiais provenientes das encostas.

• Secundária: corridas de massa nas drenagens principais, formadas pela remobilização de detritos acumulados no leito e por barramentos naturais, envolvendo ainda o material de escorregamentos das encostas e grandes volumes de água das cheias das drenagens.

MECANISMOS DE GERAÇÃO DE CORRIDAS

Estas ocorrem geralmente sob determinadas condições topográficas, adaptando-se às condições do relevo, são geralmente provocadas por encharcamento do solo por pesadas chuvas ou longos períodos de chuva de menor intensidade. Ocorrem em formas topográficas menos abruptas, pois são muito influenciados pelas características de resistência do material

CORRIDA DE TERRA

constituem um exemplo de corrida de extrema fluidez e são geralmente produzidas pela ação de lavagem e remoção de solos por cursos de água durante enchentes e tempestades.

CORRIDA DE LAMA

CORRIDA DE LAMA. ROMPIMENTO DA BARRAGEM DA SAMARCO

CORRIDA DE DETRITOS

São movimentos rápidos e de alta energia, nos quais fragmentos, detritos e blocos de rochas escoam encosta abaixo em conjunto com restos vegetais. São geralmente associados a uma sequência de escorregamentos consecutivos, que juntam-se com blocos de rochas do canal principal da drenagem, mobilizando uma grande quantidade de material, com energia e poder destrutivo muito elevados.

MOVIMENTO DE MASSAS

FATORES CONDICIONANTES

CONDICIONADOS PELA FORÇA DA GRAVIDADE

CARACTERISTICAS GEOMORFOLOGICAS DO LOCAL CONDICIONAM O MOVIMENTO DE MASSA

TIPOS DE ROCHA

ORIENTAÇÃO DA INCLINAÇÃO DA VERTENTE

GRAU DE ALTERAÇÃO E DA FRATURA DA VERTENTE

FATORES DESENCADEANTES

PRECIPITAÇÃO

AÇÕES ANTRÓPICOS

ESCAVAÇÃO DA BASE DA VERTENTE

SOBRECARGA DO TOPO DA VERTENTE

DESMATAMENTO SISMOS

TEMPESTADES

REVISANDO