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REPLICK

Rede de Pesquisa Clínica Aplicada em Chikungunya

Abordandos os desafiso de uma endemia complexaAndré M. Siqueira

Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas - Fiocruz

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Caso 1

MSF, 31 anos, cabelereira (fora de atividade), residente em município da Baixada

Fluminense, diabetes tipo 1 desde os 3 anos de idade

• Em 1/5/2016 apresentou quadro de febre alta, artralgia e prostração

• Tratada como dengue

• Persiste com dores migratórias e edema em punhos, tornozelos e ombros

• Há 1,5 ano sem trabalhar!!

“Moro no 3º andar e às vezes

penso em me jogar”

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O vírus

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O vírus Chikungunya é um vírus enzootico, encontrado em regiões tropicais e subtropicais da África, nas ilhas do Oceano Índico, no Sul e Sudeste da Ásia.

Pertence a familia Togaviridae do genero Alphavirus.

Os mosquitos Aedes são os principais transmissores.

Foi isolado pela primeira vez em 1952, na Tanzania.

Três linhagens: Africana, Asiática e Índica

Vírus Chikungunya

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Ciclo de transmissão

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O Histórico de expansão

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Introdução no Brasil

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Expansão de Chik

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Caso 2

PL, 25 anos, feminina, do lar

• Há 5 dias início de febre alta, artralgia e cefaleia.

• Depois de 2 dias rash cutâneo maculopapular.

• No 5º dia, artralgia, edema, rubor e calor

• Proteína C reativa = 140 / VHS = 60

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Sinais e sintomas Dengue Chikungunya Zika

Febre ++++ +++ +++

Artralgia +++ ++++ ++

Exantema maculopapular(manchas avermelhadas) ++ ++ +++

Hiperemia conjuntival(olhos vermelhos)

- + +++

Dor retroorbital ++ + ++

ALTA REPENTINA > 38,5°CALTA SÚBITA 39°C a 40°C BAIXA 37,8°C a 38,5°C

Sintomas – Quadro comparativo

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Diagnóstico

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CHIK

DENV

Zika

Situação Epidemiológica 2016

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Evolução da história natural

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Abordagem inicial fase aguda

• Características clínicas difíceis de discernir entre outras causas.

• Necessidade de testes de diagnóstico rápido

• Manejo: tratar como dengue na fase inicial

• Analgesia efetiva

– Analgésico;

– Opióides;

– ?Corticoesteróides

– ? Antivirais

Lacunas:• Como melhorar o manejo na fase aguda?

• Há fatores (clínicos, demográficos, biomarcadores) que predizem o risco de gravidade ou cronificação?

• Que estratégias podem mitigar o risco de gravidade e persistência?

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Evolução de casos – Fiocruz-RJ

21/30 com sintomas crônicos

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SUS / Ministério da SaúdeLucia Mardini | DVAS

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Manejo artropatia cronica

Manejo da dor

1. Analgésicos comuns

2. Medicaçoes neuropáticas

Inflamaçao

AINES

AINES tópicos

Corticóides

Infiltraçao de esteróides

*até 10 diasCasos graves

FisioterapiaAvaliar caso a caso

Nao recomendado na fase aguda

Abordagem fase crônica

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Manejo fase crônica

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Propostas

• Estudo multicêntrico harmonizado– Consórcio de estudos em Aspectos Clínicos Aplicados em

CHIK

• Constituição de biorepositório/biobanco e repositório de protocolos e dados– Protocolo e ferramentas de entrada de dados públicos

• Adesão mediante termo de acordo• Modelo SPRINT-SARI (https://isaric.tghn.org/sprint-sari/)

• Componente de treinamento e capacity building• Financiamento e acompanhamento: DECIT

Abordagem inicial fase aguda

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Seguimento Clínico

• Recrutamento Fase aguda

• Pós-aguda e crônica

Componente translacional

• Biomarcadores

• Resposta imune

Resposta Terapêutica

• Avaliação na coorte

• análise por PSW

• Ensaio clínico de prova de conceito

Epidemiologia

• Fatores associados e impacto no SUS

Operacional/QualidadeGestão de Dados

Gestão de Amostra- Biorepositório

Abordagem inicial fase aguda

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Como avaliar/seguir os pacientes

Impacto de Vida

Qualidade de Vida

Capacidade Funcional

Psicossocial

Impacto Econômico

Sociedade

Indivíduo

Sistema de Saúde

Processos Fisopatológicos

Mecanismos

Fatores associados

Manifestações

Resposta terapêutica

Eficácia/Efetividade

Estratégias adjuvantes

Eventos Adversos!

Impacto Global

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Avaliação reumatológica

Análise de líquido sinovial

Detalhamento por USG

Exame detalhado de estrutura acometida

Membro acometido

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Gestão do projeto

Coordenação do estudo

Comitê de gestão de dados e estudos

ancilares

Comitê de gestão e compartilhamento do biorepositório

Grupos de trabalho

Comitê de acompanhamento

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Multicentre Natural history

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Metas

• Estimar taxas de gravidade e cronificaçõ e fatores

associados

• Constituir biobanco e repositório de dados

• Avaliar estratégias de manejo

• Estimar o impacto socioeconômico e psicossocial da CHIK

Prover evidências de qualidade

para guiar estratégias e

políticas de atenção

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“Ali, na beira do rio Pará, deixaram largado um povoado inteiro: casas, sobradinho, capela; três vendinhas, o chalé e o cemitério; e a rua, sozinha e comprida, que agora nem mais é uma estrada, de tanto que o mato a entupiu. Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz. E o lugar esteve nos mapas, muito antes da malária chegar.Ela veio de longe ... Cada ano avançava um punhado de léguas, mais perto, mais perto, pertinho, fazendo medo no povo, porque era sezão da brava – da "tremedeira que nãodesamontava" – matando muita gente. – Talvez que até aqui ela não chegue....... Então, houve gente tremendo, com os primeiros acessos da sezão. – Talvez que para o ano ela não volte, vá s'embora... Ficou. Quem foi s'embora foram os moradores: osprimeiros para o cemitério, os outros por aí afora, por este mundo de Deus.”

Sagarana, Guimarães Rosa