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7/27/2019 Resumos Portugues Exame
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Lngua Portuguesa
O Tesouro Ea de Queirs
ESTRUTURA DA AO Introduo (dois primeiros pargrafos) Apresentao das personagens e
descrio do ambiente em que vivem; Desenvolvimento(at ao penltimo pargrafo) Descoberta do tesouro,
deciso de partilha e esforos para eliminar os concorrentes; Concluso(dois ltimos pargrafos) Situao final.
Da concluso infere-se que, se considerarmos a histria dos "trs irmos deMedranhos", estamos perante umanarrativa fechada ; ao invs, se nos centrarmossobre o "tesouro", teremos de considerar anarrativa aberta , dado que ele continua por descobrir ("...ainda l est, na mata de Roquelanes.").
Por sua vez, odesenvolvimentotem tambm uma estrutura tripartida:
Descoberta do tesouro e deciso de o partilhar; Rui e Rostabal decidem matar Guanes; morte de Guanes; morte de Rostabal; Rui apodera-se do cofre e morre envenenado.
A articulao das sequncias narrativas (momentos de avano) faz-se por encadeamento. Osmomentos de pausaabrem e fecham a narrativa e interrompemregularmente a narrao com descries (espao, objetos, personagens) e reflexes.
PERSONAGENS
CARACTERIZAO FSICA CARACTERIZAOPSICOLGICARUI gordo e ruivo avisado, calculista, traioeiro
GUANES pele negra, pescoo de grou,enrugado desconfiado, calculista, traioeiro
ROSTABAL alto, cabelo comprido, barba longa,
olhos raiados de sangueingnuo, impulsivo
Predomina o processo decaracterizao direta , visto que a maior parte dasinformaes so-nos dadas pelo narrador. No entanto, os traos de traio e premeditao de Rui e Guanes so deduzidos a partir do seu comportamento (caracterizao indireta ).
As personagens comeam por ser apresentadas coletivamente ("Os trs irmos deMedranhos..."), mas, medida que a ao progride, a sua caracterizao vai-seindividualizando, como que sublinhando o predomnio do egosmo individual sobre aaparente fraternidade.
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TEMPO
Tempo histrico A referncia ao "Reino das Astrias" permite localizar a ao por volta do sculo IX, j que os rabes invadiram a pennsula ibrica no sculo VIII (aocupao iniciou-se em 711 e prolongou-se por vrios anos, sem nunca ter sidoconcluda); por outro lado, no sculo X encontramos j constitudo o Reino de Leo,que sucedeu ao das Astrias.
Tempo da histria A ao decorre entre o inverno e a primavera, mas concentra-senum domingo de primavera, estendendo-se de manh at noite.
O inverno est conotado com a escurido, a noite, o sono, a morte. E no inverno quenos so apresentadas as personagens, envoltas na decadncia econmica, noisolamento social e na degradao moral ("E a misria tornara estes senhores mais bravios que lobos."). Por sua vez, a primavera tem uma conotao positiva, associa-se luz, cor, ao renascimento da natureza, sugere uma vida nova, enquanto o domingo um dia santo, favorvel ao renascimento espiritual.
A ao central inicia-se na manh de domingo e progride durante o dia. medida quea noite se aproxima a tragdia vai-se preparando. Quando tudo termina, com a mortesucessiva dos irmos, a noite est a surgir ("Anoiteceu.").
Tempo do discurso A ao estende-se do inverno primavera e o seu ncleocentral concentra-se num dia, desde a manh at noite. A condensao de um tempoda histria to longo (presumivelmente trs ou quatro meses) numa narrativa curta(conto) implica a utilizao sistemtica desumrios ou resumos (processo pelo qual
o tempo do discurso menor do que o tempo da histria). Nos momentos maissignificativos da ao (deciso de repartir o tesouro e partilha das chaves, bem como aargumentao de Rui para excluir Guanes da partilha) o tempo do discurso tende paraa isocronia(igual durao do tempo da histria e do tempo do discurso), sem noentanto a atingir.
possvel tambm identificar no texto um outro processo de reduo do tempo dahistria, que aelipse(eliminao, do discurso, de perodos mais ou menos longos dahistria). A parte inicial da ao localizada no inverno ("...passavam eles as tardesdesse inverno...") e logo a seguir o narrador remete-nos para a primavera ("Ora, na primavera, por uma silenciosa manh de domingo...").
Quanta ordenao dos acontecimentos, predomina o respeito pela sequnciacronolgica. S na parte final nos surge umaanalepse(recuo no tempo), quando onarrador abandona a postura deobservador e adota umafocalizao omnisciente, para revelar o modo como Guanes tinha planeado o envenenamento dos irmos,manifestando dessa forma a natureza traioeira do seu carter.
Frequentemente, a analepse permite esconder do narratrio pormenores importantes para a compreenso dos acontecimentos, mantendo assim um suspense favorvel tenso dramtica.
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ESPAO
A ao localizada nas Astrias e decorre, a parte inicial, nos "Paos de Medranhos"e, a parte central, na mata de Roquelanes. Somente o episdio do envenenamento dovinho situado num local um pouco mais longnquo, na vila de Retorquilho.
O pao dos Medranhos descrito negativamente, por excluso ("...a que o vento daserra levara vidraa e telha..."), e os trs irmos circulam entre a cozinha (sem lume,nem comida) e a estrebaria, onde dormem, "para aproveitar o calor das trs guaslazarentas".
O facto de trs fidalgos passarem os seus dias entre a cozinha e a estrebaria, oslugares menos nobres de um palcio, significativo: caracteriza bem o grau dedecadncia econmica em que vivem. A misria em que vivem acompanhada por uma degradao moral que o narrador no esconde ("E a misria tornara estessenhores mais bravios que lobos.").
De igual modo, o espao exterior, a mata de Roquelanes, no um simples cenrioonde decorre a ao. As descries da natureza tm tambm um carter significativo.A "relva nova de abril", manifestao visvel do renascimento da natureza, sugere orenascimento espiritual que as personagens, como veremos, no so capazes deconcretizar. Do mesmo modo, a "moita de espinheiros" e a "cova de rocha"simbolizam as dificuldades, os sacrifcios, que necessrio enfrentar para alcanar oobjeto pretendido so obstculos que necessrio ultrapassar.
A natureza, calma, pacfica, renascente ("...um fio de gua, brotando entre rochas,
caa sobre uma vasta laje escavada, onde fazia como um tanque, claro e quieto, antesde se escoar para as relvas altas."), contrasta com o espao interior das personagens,que facilmente imaginamos inquietas, agitadas, perturbadas pela viso do ouro eansiosas por dele se apoderarem, com excluso dos demais. Enquanto isso "as duasguas retouavam a boa erva pintalgada de papoulas e botes-de-ouro". Esse contrastetinha j sido posto em evidncia antes, depois dos trs terem contemplado o ouro("...estalaram a rir, num riso de to larga rajada que as folhas tenras dos olmos, emroda, tremiam..."). E, quando Rui e Rostabal esperam, emboscados, o irmo, "umvento leve arrepiou na encosta as folhas dos lamos", como se a natureza sentisse ohorror do crime que estava para ser cometido. Depois de assassinado Guanes, os doisregressam "clareira onde o sol j no dourava as folhas".
SIMBOLOGIA
leitura do conto ressalta de imediato a referncia insistente ao nmerotrs , detodos os nmeros aquele que carrega maior carga simblica.
Desde logo, so trs os irmos; e o trs tambm um smbolo da famlia pai, me,filho(s). Mas aqui encontramos uma famlia truncada, imperfeita nem pais, nemfilhos, apenas trs irmos. No h, alis, a mais leve referncia aos progenitores dosfidalgos de Medranhos, como se eles nunca tivessem existido. Essa ausncia danarrao , de certo modo, um smbolo da sua ausncia na educao dos filhos. Sem a
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presena modeladora dos pais (ou algum que os substitusse), Rui, Guanes eRostabal dificilmente poderiam desenvolver sentimentos humanos: vivem como"lobos", porque imaginamos ns cresceram como lobos.
Eles prprios no foram capazes de constituir uma famlia verdadeira, do mesmomodo que os trs, apesar dos laos de sangue e de viverem juntos, no formam umafamlia e sempre pela mesma razo: porque so incapazes de sentir o amor.
O tesouro est guardado numcofre . Um cofre protege, preserva, permite que o seucontedo permanea intocado ao longo do tempo. A sua utilizao significativa docarter precioso do contedo. Igualmente significativo o facto de o cofre ser deferro, material resistente, simultaneamente, fora e corrupo.
Trs fechaduras novamente o nmero "trs"! preservam o contedo do cofre(Da curiosidade? Da cobia? Da apropriao indevida?...), mas trschaves permitemabri-lo sem dificuldade. Note-se: nenhuma delas, s por si, mas as trs em conjunto. Osimbolismo aqui evidente. S a cooperao dos trs proprietrios permite aceder aotesouro. pela solidariedade, pela cooperao, pela convergncia de interesses eesforos que possvel alcanar o "tesouro" por todos almejado. Foi apenas porque,momentaneamente, os trs cooperaram, que lhes foi permitido contemplar o"tesouro". E porque no souberam manter esse esprito de cooperao, no lhes foi permitido possuir o "tesouro".
E quando Rui expe a estratgia a seguir, o nmero "trs" volta a aparecer insistentemente ("...trs alforges de couro, trs maquias de cevada, trs empades decarne e trs botelhas de vinho."), como que a sublinhar o irredutvel individualismoque os vai conduzir tragdia.
Por outro lado, oouro , material precioso e incorruptvel, ele prprio smbolo de perfeio. Obviamente, para alm do seu valor material, simboliza a salvao, aelevao a uma forma superior de vida, mais espiritual, menos animal. esse overdadeiro bem, o verdadeiro tesouro. Os fidalgos de Medranhos vivem mergulhadosna decadncia material e na degradao moral. No se lhes conhece uma atividadetil, um sentimento mais elevado, um afeto. Vivem com os animais e como animais.Mas para eles, como para todo o ser humano, h uma possibilidade de redeno. O"tesouro" est ali, sua frente, possvel alcan-lo; mas, para isso, necessrioenfrentar dificuldades, largar a cobia, vencer o egosmo, criar laos de solidariedade
e verdadeira fraternidade. possvel encontrar no conto outros smbolos. Vimos j o significado que oinverno ,a primavera , o domingoassumem neste contexto. Mas h tambm agua , smbolode vida (vemo-la na clareira, escoando-se por entre a relva que cresce e Rui procuracombater o veneno com ela) e de purificao (com a gua, Rostabal pretende livrar-sedo sangue do irmo que assassinou). O dstico emletras rabes mal legvel, remete para um passado distante, mtico, um tempo de paz, equilbrio e perfeio, uma idadede ouro que poder ser recuperada por quem conseguir encontrar o "tesouro.
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INDCIOS TRGICOS
Frequentemente, na narrativa, a tragdia anunciada antecipadamente por indcios,que as personagens ignoram, mas no passam despercebidos ao leitor atento. o casoda cantiga que Guanes entoa ao dirigir-se vila e continua a cantarolar quandoregressa.
Ol! Ol!Sale la cruz de la iglesia,Vestida de negro luto...
A "cruz" e o "negro luto" so referncias claras morte que Guanes planeia para osirmos. Mas ironicamente prenuncia tambm a sua prpria morte. Como se v,nenhuma das trs personagens capaz de reconhecer esse sinal.
Outro indcio trgico so asduas garrafas que Guanes trouxe de Retorquilho. Ruiestranha o facto, mas no suspeita da traio. Se as personagens fossem capazes deinterpretar esses indcios poderiam fugir ao destino. Mas so incapazes disso e desselento aproximar do desenlace e da incapacidade das personagens para o evitar queresulta a dimenso trgica da narrativa.
Os Lusadas-Luis de CamesLus de Cames
No existem dados concretos sobre a data e o local do seu nascimento. Filho deSimo Vaz de Cames e de Ana de S e Macedo, Lus Vaz de Cames ter feitoos estudos literrios e filosficos em Coimbra, tendo como protetor o seu tiopaterno, D. Bento de Cames, frade de Santa Cruz e chanceler da Universidade.Tudo parece indicar que pertencia pequena nobreza. Atribuem-se-lhe vriosdesterros, sendo um para Ceuta, onde se bateu como soldado e em combateperdeu o olho direito. A tal perda se refere na Cano Lembrana da LongaSaudade.De regresso a Lisboa, preso, em 1552, em consequncia de uma rixa com umfuncionrio da Corte, e metido na cadeia do Tronco. Em 1553, saiu, inteiramenteperdoado pelo agredido e pelo rei, conforme se l numa carta enviada da ndia,para onde partiu nesse mesmo ano, quer para mais facilmente obter perdo,quer para se libertar da vida lisboeta, que o no contentava.Segundo alguns leitores, ter composto por essa altura o primeiro canto de OsLusadas.Na ndia no foi feliz. Goa dececionou-o, como se pode ler no soneto C nestaBabilnia donde mana.Tomou parte em vrias expedies militares e, numa delas, no Cabo Guardafui,escreve uma das mais belas canes: Junto dum seco, fero e estril monte.Vai depois para Macau, onde exerce o cargo de provedor-mor de defuntos eausentes, e escreve, na gruta hoje reconhecida pelo seu nome, mais seis Cantos dofamoso poema pico. Volta a Goa, naufraga na viagem na foz do Rio Mecom,mas salva-se, nadando com um brao e erguendo com o outro, acima das vagas, omanuscrito da imortal epopeia, facto documentado no Canto X, 128. Nesse
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naufrgio viu morrer a sua "Dinamene", rapariga chinesa que se lhe tinhaafeioado. A esta fatdica morte dedicou os famosos sonetos do ciclo Dinamene,entre os quais se destaca Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste.Em Goa sofre caluniosas acusaes, dolorosas perseguies e duros trabalhos,vindo Diogo do Couto a encontr-lo em Moambique, em 1568, "to pobre quecomia de amigos", trabalhando n'Os Lusadase no seu Parnaso,"livro de muita erudio, doutrina e filosofia", segundo o mesmo autor.Em 1569, aps 16 anos de desterro, regressa a Lisboa, tendo os seus amigos pagoas dvidas e comprado o passaporte. S trs anos mais tarde consegue obter apublicao da primeira edio de Os Lusadas,que lhe valeu de D. Sebastio, a quem era dedicado, uma tena anual de 15 000ris pelo prazo de trs anos e renovado pela ltima vez em 1582 a favor de suame, que lhe sobreviveu. Os ltimos anos de Cames foram amargurados peladoena e pela misria. Reza a tradio que se no morreu de fome foi devido solicitude de um escravo Jau, trazido da ndia, que ia de noite, sem o poetasaber, mendigar de porta em porta o po do dia seguinte. O certo que morreu a10 de Junho de 1580, sendo o seu enterro feito a expensas de uma instituio debeneficncia, a Companhia dos Cortesos. Um fidalgo letrado seu amigo mandouinscrever-lhe na campa rasa um epitfio significativo: "Aqui jaz Lus deCames, prncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, eassim morreu."Se a escassez de documentos e os registos autobiogrficos da sua obra ajudarama construir uma imagem lendria de poeta miservel, exilado e infeliz no amor,que foi exaltada pelos romnticos (Cames, o poeta maldito, vtima do destino,incompreendido, abandonado pelo amor e solitrio), uma outra faceta ressaltada sua vida. , de facto, Cames um homem determinado, humanista, pensador,viajado, aventureiro, experiente, que se deslumbra com a descoberta de novosmundos e de "Outro ser civilizacional". Por isso, diz Jorge de Sena: "Se poucosabemos de Cames, biograficamente falando, tudo sabemos da sua personapotica, j que no muitos poetas em qualquer tempo transformaram a suaprpria experincia e pensamento numa tal reveladora obra de arte como apoesia de Cames."Bibliografia: Composies em medida velha; Composies em medida nova;Epstolas; Os Lusadas, 1572; Anfitries, 1587; Filomeno, 1587; El-Rei Seleuco,1645
Caractersticas da epopeia
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Estrutura Externa
-Preposio canto I, estrofes 1, 3-Invocao canto I, estrofes 4, 5-Dedicatria canto I, estrofes 6, 18-Conslio dos Deuses canto I, estrofes 19, 41-Formosssima Maria canto III, estrofes 102, 106
-Ins de Castro canto III, estrofes 118, 135-Batalha de Aljubarrota canto IV, estrofes 28, 45-Despedidas Em Belm canto IV, estrofes 83, 93-Velho Do Restelo canto IV, estrofes 94, 104-O Adamastor canto V, estrofes 37, 60-A Tempestade canto VI, estrofes 70, 93
Estrutura Interna
-Preposio-Invocao-Dedicatria
-Narrao
EstruturaInterna:-
Proposio-Invocao
-Dedicatria-Narrao
EstruturaExterna:-Narrativaem Verso
Insero deconsiderae
s do poetano texto
Interveno do
Maravilhoso/
Supernatural
Narrao In media
Res
Ao-Unidade
-Variedade-Verdade
-Integridade
Protagonista=
Heri
Epopeia
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Planos narrativos da Narrao:
-Histria de Portugal (plano encaixado)-Viagem de Vasco Da Gama (plano fulcral)-Interveno dos Deuses (plano paralelo)-Intervenes do Poeta
Estrutura formal das estrofes:
-Versos decassilbicos-Oito versos (oitavas)-Esquema rimtico (abababcc), com rima cruzada nos seis primeiros versos eemparelhada nos dois ltimos
Conslio dos Deuses-Estrutura
1)Convocatria,objetivo e constituio da assembleia (estncias 20-23)
-Os deuses so convocados por Mercrio, o mensageiro de JpiterConvocados da parte do Tonante(Jpiter) pelo neto gentil do velho atlante
-e dirigem-se ao Olimpo, onde se situa o governo da humana gente. Quando osDeuses no Olimpo Luminoso, Onde o governo est da humana gente se ajuntam emconslio glorioso-Vindos dos quatro cantos do mundo para decidirem se iro ajudar e valorizar o queos portugueses batalharam pelo seu futuro no Oriente.-A atitude de Jpiter est de acordo com o seu papel de responsabilidade,sublime,dino,alto,severo e soberano.
2) Assembleia
Discurso de Jpiter
Jpiter comea a dizer que o destino tornar os Portugueses superiores aos povos daantiguidade.Depois de se referir ao passado glorioso contra Mouros e Castelhanos, enuncia algunsherois da histria do passado, como Viriato e o astuto Sertrio, que lutaram contra osRomanos e refere o presente de ousadia e persistncia, aventurando-se pelo mar desconhecido para chegar ao Oriente
Intervenes de Baco,Vnus e Marte
Os deuses foram intervindo ora contra ora a favor dos portugueses.Baco manifesta-se contra, com receio de que a sua fama fosse esquecida no Oriente
depois dos portugueses.
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Vnus pronuncia-se contra Baco, pois gostava muito dos portugueses: Pelasemelhana com os romanos no s na coragem e xito contra os Mouros, mas tambem pela semelhana da lngua que falam.Existem apoiantes dos dois lados e instala-se a confuso no Olimpo.Marte intervm a favor de Vnus,interpelando para que Jupiter fizesse cumprir asdeterminaes j tomadas.
3) Concluso
Jpiter concorda com as palavras de Marte, pelo que fica decidido que os Portuguesessero ajudados a chegar India
Morte de Ins-Estrutura
1) Consideraes iniciais
Vasco da Gama relata ao rei de Melinde o episdio trgico de Ins de Castro, cujoresponsvel o amor, o causador da sua morte.
2) A felicidade de Ins
Ins vivia tranquilamente nos campos do Mondengo, rodeada por uma natureza alegree amena, recordando a felicidade vivida com D.Pedro o seu amor.
O narrador, vai introduzindo indcios de que essa felicidade no ser duradoira e terum fim cruel.Naquele engano da alma,ledo e cegoQue a fortuna no deixa durar muitoDe noite, em doces sonhos que mentiam
3) Condenao de Ins
D.Afonso IV vendo que no conseguia casar o filho em conformidade com asnecessidades do Reino, decide pela morte de Ins.
Os algozes trazem-na perante o rei.
O rei vacila,apiedado, mas as razes do Reino levam-no a prosseguir
4) Discurso de Ins
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Ins inicia a sua defesa apelando piedade do rei atravs:
-do apelo ao desterro-da afirmao da sua inocncia-do respeito devido s crianas-das feras e das aves de rapina que se humanizaram ao cuidarem de crianas indefesas
5) Sentena e execuo de morte
O rei mostra-se sensibilizado mas, uma vez mais, as razes do Reino e os murmuriosdo Povo so mais fortes e a sua inocncia e a sua determinao mantm-se.
Ins executada
6) Consideraes finais
O narrador repudia a morte de Ins que compara da prpia natureza. As lgrimas dasninfas do Mondego fazem nascer a fonte dos amores,eternizando esta tragdia.
7) Vingana de D.PedroQuando sobe ao trono,vinga-se mandando matar os carrascos de Ins
Batalha de AljubarrotaA trombeta castelhana d o sinal para a guerra, e este ecoa por toda a pennsulaibrica. Desde o cabo finisterra ao Guadiana, do Douro ao Alentejo. As mes apertamos filhos contra os peitos. H rostos sem cor e o terror grande, muitas vezes maior do que o prpio perigo.Durante o combate as pessoas com furos de vencer,esquecem-se do perigo e da possibilidade de ficarem feridas ou mesmo de perderem a prpiavida.
A guerra comeou uns so movidos pela defesa da sua prpia terra e outros pelodesejo da guerra.Os inimigos so muito numeroso, mas os portugueses defendem-secom bravura D.Nuno lvares Pereira destaca-se na luta.D.Diogo e D.Pedro Pereirairmos de Nuno lvares esto a combater contra ele.No primeiro esquadro h portugueses que renegaram a ptria e combatem contra seus irmos.D.Joo I sabendoque Nuno lvares corria perigo,acudiu a linha da frente para apoiar os guerreiros coma sua presena e palavras de encorojamento e com um nico tiro,matou muitosadversrios depois desta situao, os portugueses mais entusiasmados lutam semrecearem perder a vida.Muitos so feridos,muitos morrem mas a bandeira castelhana derrubada aos ps da lusitana.
Com a queda da bandeira castelhana, a batalha tornou-se ainda mais cruel.Sem foras para combaterem, os castelhanos comeam a fugir e o rei de Castela v-se derrotado eimpedido de atingir o seu propsito. Os vencidos encobrem a dor das mortes, amgoa, a desonra, maldizendo e blasfemando de quem inventou a guerra ou
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atribuindo a culpa sede de poder e cobia. D.Joo I passa alguns dias no campo de batalhar para comemorar e agradecer a deus a vitria com ofertas e romarias, masD.Nuno lvares Pereira que s quer que seja recordado pelos seus feitos blicos,desloca-se para o Alentejo
Despedidas em Belm
chegado o momento de Vasco da Gama narrar ao rei de Melinde a partida daarmada para a viagem de descoberta do caminho martimo para a ndia. Recorda queesta parte da ao s agora narrada em analepse, atravs da retrospetiva que onarrador faz, visto ser obrigatrio que a narrao da epopeia pica clssica se iniciassein media res.
Nas estrofes 84 e 85 descrito o ambiente festivo que se vivia no dia da partida,contrapondo-se aos momentos apresentados nas estrofes seguintes, quando osnavegadores, preparando a viagemAparelhmos a alma pera a morte, imploram afavor do divino e escutam os lamentos e o choro das muitas pessoas que acorreram praia (88 92) e at da prpria natureza que participa nestes sentimentos (92)
Dentre essas muitas pessoas, destaca-se a figura de uma me (90) e de uma esposa(91),que, transmitindo a dor de todas as outras, revelam a sua tristeza pela incertezado regresso dos seus familiares. O discurso de ambas apresenta vrias interrogaes,as chamadas interrogaes retricas, para as quais no se espera uma resposta direta,mas que pretendem realar, neste caso, os sentimentos de dvida e aflio destas pessoas.
Mas o propsito de partir era firme, por isso Vasco da Gama diz ao rei de Melindeque, apesar de estar Cheio dentro de dvida e receio (87) embarcam Sem odespedimento costumado (93) antes que se arrependessem. notria nesta estrofe aemotividade.
A partida fez-se na praia de Belm Que o nome tem da terra pera exemplo, dondeDeus foi em carne ao mundo dado esta perfrase poderia substituir-se por umasimples palavra, Belm mas perder-se-ia toda a beleza da comparao entre o lugar onde Cristo nasceu e o lugar onde partiram as naus portuguesas.
Velho Restelo
Este episdio insere-se na narrativa feita por Vasco da Gama ao rei de Melinde. Nomomento em que a armada do Gama est prestes a largar de Lisboa para a grandeviagem, uma figura destaca-se da multido e levanta a voz, para condenar aexpedio.
O texto constitudo por duas partes: a apresentao da personagem feita pelonarrador (est. 94) e o discurso do Velho do Restelo (est. 95 a 104).
A caracterizao destaca a idade ("velho"), o aspeto respeitvel ("aspeito venerando"), a atitude de descontentamento ("meneando / Trs vezes a cabea, descontente "), a
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voz solene e audvel (" A voz pesada um pouco alevantando "), e a sabedoriaresultante da experincia de vida ("Cum saber s de experincias feito"; "experto
peito ").
No foi certamente por acaso queCamesoptou por esta figura e no outra. A figurado Velho do Restelo ressuma uma autoridade, uma respeitabilidade, que lhe permitemfalar e ser ouvido sem contestao. As suas palavras tm o peso da idade e daexperincia que da resulta. E a autoridade provm exatamente dessa vivida e longaexperincia.
No seu discurso possvel identificar trs partes.
Na primeira (est. 95-97), condena o envolvimento do pas na aventura dosdescobrimentos, a que se refere de forma claramente negativa ("v cobia", "vaidade","fraudulento gosto", "dina de infames vituprios"). Denuncia de forma inequvoca ocarter ilusrio das justificaes de carter heroico que eram apresentadas para esseempreendimento ("Fama", "honra", "Chamam-te ilustre, chamam-tesubida","Chamam-te Fama e Glria soberana"), sendo certo que tudo isso so apenas"nomes com quem se o povo nscio engana". E apresenta um rol extenso deconsequncias negativas dessa aventura: mortes, perigos tormentas, crueldades,desamparo das famlias adultrios, empobrecimento material e destruio
Esta primeira parte introduzida por uma srie de apstrofes (" glria de mandar"," v cobia". " fraudulento gosto"), com as quais revela que o que ele condena defacto a ambio desmedida do ser humano, neste caso materializada na expansoultramarina. O sentimento de exaltada indignao manifesta-se, sobretudo, pelautilizao insistente de exclamaes e interrogaes retricas
A segunda parte abrande as estrofes 98 a 101. introduzida por uma nova apstrofe,desta vez dirigida, no a um sentimento, mas aos prprios seres humanos (" tu,grao daquele insano"). Se na primeira parte manifestou a sua oposio s aventurasinsensatas que lanam o ser humano na inquietao e no sofrimento, agora propeuma alternativa menos m, sugerindo que a ambio seja canalizada para um objetivomais prximo - o Norte de frica
A estncia 99 toda ela preenchida com oraes subordinadas concessivas,anaforicamente introduzidas por "j que", antecedendo a sua proposta de forma
reiterada e cobrindo todas as variantes dessa ambio: religiosa ("Se tu pola [Lei] deCristo s pelejas?"), material ("Se terras e riquezas mais desejas?"), militar ("Sequeres por vitrias ser louvado?"). E aproveita para apresentar novas consequnciasmalficas da expanso martima: fortalecimento do inimigo tradicional ("Deixas criar s portas o inimigo"), despovoamento e enfraquecimento do reino. E mais uma vezrecorre s interrogaes retricas como recurso estilstico dominante.
Vem depois a terceira parte (est. 102-104). O poeta recorda figuras mticas do passado, que, de certo modo, representam casos paradigmticos de ambio, comconsequncias dramticas. Comea por condenar o inventor da navegao vela - "o primeiro que, no mundo, / Nas ondas vela ps em seco lenho!". Faz depois referncia
a Prometeu, que, segundo a mitologia grega, teria criado a espcie humana, dandoassim origem a todas as desgraas consequentes - "Fogo que o mundo em armas
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acendeu, / Em mortes, em desonras (grande engano!". Logo a seguir, narra os casosde Faetonte e caro, que, pela sua ambio, foram punidos. E os quatro versos finaisda fala do Velho do Restelo sintetizam bem esse desejo desmedido de ultrapassar oslimites:
Nenhum cometimento alto e nefando Por fogo, ferro, gua, calma e frio, Deixa intentado a humana grao. Msera sorte! Estranha condio!
Simbologia do episdio do "Velho do Restelo"
Naturalmente, o "Velho do Restelo" no uma personagem histrica, mas umacriao de Cames com um profundo significado simblico.
Por um lado, representa aquela corrente de opinio que via com desagrado oenvolvimento de Portugal nos Descobrimentos, considerando que a tentativa decriao de um imprio colonial no Oriente era demasiado custosa e de resultadosduvidosos. Preferiam que a expanso do pas se fizesse pela ampliao das conquistasmilitares no Norte de frica.
Essa ideia era, sobretudo, defendida pela nobreza, que assim encontravam possibilidades de mostrarem o seu valor no combate com os mouros e, ao mesmotempo, encontravam nele justificao para as benesses que a Coroa lhes concedia. A burguesia, por seu lado, inclinava-se mais para a expanso martima, vendo a maiores
oportunidades de comrcio frutuosoPor outro lado, se ignorarmos o contexto histrico em que o episdio situado, podemos ver na figura do Velho o smbolo daqueles que, em nome do bom senso,recusam as aventuras incertas, defendendo que prefervel a tranquilidade duma vidamediana promessa de riquezas que, geralmente, se traduzem em desgraas.Encontramos aqui um eco de uma ideia cara aos humanistas: a nostalgia da idade deouro, tempo de paz e tranquilidade, de que o homem se viu afastado e a que podevoltar , reduzindo as suas ambies a uma sbia mediania ("aurea mediocritas", na expressodos latinos), j que foi a desmedida ambio que lanou o ser humano na idade de
ferro, em que agora vive (cf. est. 98). Neste sentido o episdio pode ser entendidocomo a manifestao do esprito humanista, favorvel paz e tranquilidade, contrrioao esprito guerreiro da Idade Mdia
Assim, o episdio do "Velho do Restelo" est de certo modo em contradio comaquilo mesmo queOs Lusadas , no seu conjunto, procuram exaltar - o esforoguerreiro e expansionista dos portugueses. Essa contradio real e traduz, de formatalvez inconsciente, as contradies da sociedade portuguesa da poca e do prprio poeta. De facto,Camessoube interpretar, melhor que ningum, o sentimento deorgulho nacional resultante da conscincia de que durante algum tempo Portugal foicapaz de se destacar das demais naes europeias. MasCamesera tambm umhomem de slida formao cultural, atento aos valores estticos do classicismoliterrio e imbudo de ideais humanistas. Se, ao cantar os feitos dos portugueses, ele
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http://pwp.netcabo.pt/0511134301/camoes.htmhttp://pwp.netcabo.pt/0511134301/camoes.htmhttp://pwp.netcabo.pt/0511134301/camoes.htmhttp://pwp.netcabo.pt/0511134301/camoes.htm7/27/2019 Resumos Portugues Exame
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d voz a esse orgulho nacional, que sentia tambm como seu, na fala do "Velho doRestelo" e em outras intervenes disseminadas ao longo do poema, exprime as suasideias de humanista.
Adamastor
J no meio da viagem, os portugueses deparam-se com o maior dos perigos e dosmedos: o gigante Adamastor. Vasco da Gama narra tambm este episdio ao rei deMelinde , revelando toda a sua experincia e sentimentos.
Antes de mais, importante considerar que se trata de um episdio simblico. A
Adamastor o smbolo dos perigos e das dificuldades que se apresentam ao Homemque sente o impulso de conecer, de descobrir. S superando o medo, o Homem podervencer (Humanismo). O Adamastor portanto, uma figura mitolgica criada por Cames como forma de nele concentrar todos os perigos e dificuldades que os portugueses tiveram que transpor.
No por acaso que o episdio do Adamastor ocupa o lugar central no poema pico.O canto V marca o meio da obra, e com ele que termina o primeiro ciclo pico danarrao. Marca tambm a passagem do mundo conhecido para o desconhecido, a passagem do Ocidente para o Oriente.
A viagem decorria calmamente quando, de repente surge a figura gigantesca etremenda do Adamastor, num contraste entre a atmosfera amena inicial e o terror quelogo de seguida apresentado, levando o capito a invocar a proteo divina.
Nas estrofes 39 e 40 feita a descrio do gigante, realando-se, sobretudo, aadjetivao utilizada: figura robusta e vlida De disforme e grandssima estaturarosto carregado e barba esqulida olhos encovados Postura medonha e m acor terrena e plida Cheios de terra e crespos os cabelos boca negra dentesamarelos tom de voz horrendo e grosso. Como se isso no bastasse, este giganteainda profetiza num discurso assustador, a partir da estrofe 41, graves perigos emortes para os navegadores. Uma profecia diz respeito a um acontecimento futuro. Ogigante comea por se dirigir aos navegadores com a apstrofe gente ousadarevelando conhecer bem a coragem daqueles a quem se dirige e procurando, aointimid-los com o seu discurso ameaador e castigador, lev-los a desanimar e adesistir da viagem.
Na estrofe 49, Vasco da Gama d mais um prova de ousadia da gente Lusitana,mesmo mediante as trgicas profecias, interpelando o gigante e perguntando-lhe quemera. A simples pergunta Quem s tu? provoca uma brutal mudana na intenso, na postura e at no tom de voz do Adamastor que, da estrofe50 59, narra a histria dasua vida, destacando de forma lastimosa e magoada o amor frustado comttis(narrativa secundria)
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Finda a narrao, o Adamastor retira-se, tal como tinha surgido, deixando o caminholivre para os navegadores passarem (estrofe 60), o que leva Vasco da Gama ainterceder pela sua vida e pela dos marinheiros, dirigindo-se a Deus e pedindo-lheque removesse os duros/casos que Adamastor contou futuros. A ousadia de Vascoda Gama abriu a passagem para a ndia. O medo estava vencido, passando o cabo dasTormentas a designar-se cabo da Boa Esperana.Depois de relatar este episdio, Vasco da Gama termina a narrao ao rei de Melinde.Agora o momento de prosseguir viagem e continuar a fazer Histria
A tempestade -Canto VI (estrofes 70 a 91)
Surge, depois, um episdio naturalista por envolver elementos da Natureza. a ltimagrande dificuldade que surge aos navegadores antes da chegada ndia. Baco rene osdeuses do mar para um novo conslio onde procura destruir os navegadores antes daconquista do Oriente. Dando razo a Baco, os deus marinhos decidem ajud-lo,ordenando a olo, deus do vento, que Solte as frias dos ventos repugnantes, queno haja no mar mais navegantes Mais uma vez, podes comprovar o entrelaar do plano narrativo da viagem com o plano mitolgico.
A tempestade por isso, mais uma tentativa de destruio da glria dos portugueses,mas novamente se assistir vitria dos humanos sobre todos os elementos que osafligem.
Este episdio pode ser dividido em trs partes:-o desenrolar da tempestade (70-79)-a splica de Vasco da Gama por proteo divina (80-84)-a interveno de Vnus e das ninfas (85-91)
Na descrio da tempestade h a realar:-a abundncia de frases de tipo exclamativo, reforando os sentimentos de aflio dosnavegadores e a necessidade urgente de agir.-o recurso aos verbos de movimento que fazem desta descrio uma descriodinmica, impondo um ritmo muito acelerado, quer na progresso da tempestade, quer
na aproximao iminente da morte-as vrias sensaes apresentadas: visuais, auditivas e sobretudo cinticas(movimentos fsicos)
O clmax desta descrio atingido quando, diante da perspetiva de naufrgio, Vascoda Gama, em nome de todos os marinheiros, suplica novamente a proteo da Divinaguarda, anglica, celeste (81) utilizando no seu discurso, argumentos poderosos quese prendem sobretudo com a dilatao da F crist. Vnus que, confirmando a sua admirao pelos portugueses, surge juntamente comas suas ninfas para salv-los das obras de Baco.
A chegada dos portugueses ndia (Canto VI a partir da estrofe 92)
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Vencidos todos os medos e perigos, os portugueses avistam, finalmente, a terradesejada, a ndia. A sua luta coroada de xito e de vitria.
Texto Potico
O texto potico muito diferente dos modos literrios anteriormente estudados. A poesia uma revelao do mundo interior, dos sentimentos, das emoes, dos pensamentos, dos anseios Por isso o texto potico , fundamentalmente, umdiscurso de 1 pessoa, logo, um discurso do eu. Uma das marcas deste discurso asubjetividade, uma vez que o sujeito potico transmite a sua representao pessoal domundo.
Verso
Conjunto de palavras, de sentido completo ou no, com determinadas caractersticasrtmicas. Numa composio potica escrita ocupa uma linha, mesmo que tenha umanica palavra.
Estrofe
Verso ou conjunto de versos, geralmente com uma unidade de sentido. Cada conjunto,ao ser escrito demarcado de outro por um espao. Cada estrofe recebe umadesignao, segundo o nmero de versos que apresenta
1 verso Monstico2 versos Dstico
3 versos Terceto4 versos Quadra5 versos Quintilha6 versos Sextilha7 versos Stima8 versos Oitava9 versos Nona10 versos dcima
Soneto
uma composio de 14 versos agrupados em duas quadras e dois tercetos. a forma potica mais conhecida, sendo usada desde o sxulo XVI.
Esquemas Rimticos
Abab- rima cruzadaAabbcc- emparelhadaAbba- interpoladaRima final de um verso encontra correspondncia no meio do verso seguinte-encadeada
Classificao quanto ao nmero de slabas mtricas
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1-monossilabo2-dissilabo3-trissilabo4-tetrassilabo5-redondilha menor 6-hexassilabo7- redondilha maior 8-octossilabo9-eneassilabo10-decassilabo11-hendecassilabo12- alexandrino
Recursos Fnicos
Recurso ExpressivoConceito
Exemplo
Aliterao Repetio dos mesmossons consonnticos (sonsconsoantes)
Muitos Ss numa frase
Anfora Repetio intensional deuma palavra ou palavrasno incio de frases ouversos seguintes, paradestacar o que se repete
barca, barcacavaleiros, barca, entraina Barca do alm
Assonncia Repetio intensional dos
mesmos sons voclicos(sons vogais)
Muitos As numa frase
Eufemismo Transmisso de formaatenuada, de uma ideiadesagradvel, cruel
Tirar Ins ao mundo(matar)
Perfrase Expresso por vrias palavras, do que se diriaem poucas ou apenas numa
Aquele que a salvar omundo veio (Cristo)
Sindoque Consiste em tomar o todo pela parte ou vice-versa: o plural pelo singular ouvice-versa, a matria peloobjeto ou vice-versa, aespcie pelo gnero ouvice-versa
Ocidental Praia Lusitana(Portugal)
Texto Dramtico
Emissor Dramaturgo Emissor Encenador AtoresCengrafoTcnico de Luz ede som
Recetor Pblico Leitor Recetor Pblico espectador
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Estrutura Interna Texto principal(dilogos,monlogos eapartes)
Estrutura Interna Interligao dasfalas e mmica dosatores, com o jogoda luz e som
Estrutura Externa Atos e Cena Estrutura Externa AtosCenasOutras
CaracteristicasApresentao,desenvolvimento edesenlace de umconflito
OutrasCaracteristicas
Exige espaocnicoOs atoresconcretizam o texto pela representaoImplica a presenareal de atores eespectadores
Funcionamento da Lngua
Organizao do texto
Frase
Simples e Complexa
Sistematizao: Podemos definir uma frase como um conjunto de palavras queformam uma unidade de sentido.
Uma frase pode ser constituda apenas por uma orao (estrutura com um s sujeito eum s predicado) frase simples.Ou por duas ou mais oraes frase complexa.
Nota: No identificar frase simples com frase de um s verbo, mas sim de um s predicado, pois o predicado pode ser expresso por dois ou mais verbos, como o casodos tempos compostos, da voz passiva e da conjugao perifrstica.
Exemplos de Frases Simples e Complexas
Simples:
-Eu acompanho sempre as minhas tias nos passeios de Domingo-Posso vir a querer fazer outras coisas
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-Estou a tentar estudar o mais possvel
Complexa:
-Eu acompanho sempre as minhas tias quando passeiam aos Domingos
Tipos de Frase
Os tipos de frase traduzem a atitude do emissor relativamente quilo que transmite e aquem transmite.
Tipos de Frase ExemplosDeclarativo (apresenta um facto, umasituao)
Eu no vou hoje ao cinema.
Interrogativo (coloca uma questo, pedeinformaes)
Vais hoje ao cinema?
Exclamativo (expressa uma emoo,apresenta uma reao)
Hoje vais ao cinema!
Imperativo (d uma ordem, umasugesto)
Vai ao cinema!
Formas de Frase
A cada tipo de frase associa-se sempre uma forma de cada um dos pares que a seguir se apresenta. Assim o tipo declarativo, por exemplo, pode parecer simultaneamentenas formas afirmativa, ativa e enftica ou pode aparecer simultaneamente nas formasnegativa, passiva e neutra. As possibilidades de combinaes so variadas.
Formas de FraseExemplos
Afirmativa
Negativa
Gosto de tomar o pequeno-almoo No gosto de tomar o pequeno-almoo
Ativa
Passiva
A Maria lava sempre a fruta com guacorrenteA fruta sempre lavada com guacorrente pela Maria
Neutra
Enftica
Os meninos do jardim-escola usam uns bibes lindos!Os meninos do jardim-escola so queusam uns bibes lindos!
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Perodo e Pargrafo
Sistematizao
O perodo
O perodo a frase ou conjunto de frases que se encontram entre dois pontos finaisPode conter uma s orao (frase simples) mas, normalmente contm duas ou maisoraes (frase complexa)
O pargrafo
Quando necessitamos de fazer uma pausa mais longa porque dentro do mesmoassunto vamos falar de um outro aspeto, ou pretendemos demarcar uma ideia de outra,ou ainda porque mudamos de assunto, embora dentro da mesma temtica -mudamosde linha, deixando, normalmente, um espao em branco.
Estamos a abrir um novo pargrafo
Coerncia e coeso textual
Sistematizao
Para que um conjunto de frases se possa chamar texto e necessrio que as frases seestruturem de uma determinada maneira e se relacionem entre si de modo a formar um todo coerente e coeso
A coerncia Textual
A coerncia textual implica que as diferentes partes de um texto estejam articuladas
entre si ao nvel do sentido, estruturando-se de acordo com a tipologia em questo.
A coeso textual
A coeso textual resulta da utilizao dos elementos lingusticos que fazem a ligaodas vrias partes de um texto, pode ser conseguida atravs de diferentes processos.
Conectores
So os elementos que contribuem para uma maior coeso textual: conjunes elocues conjuncionais, advrbios e locues adverbiais
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Pontuao
Sistematizao
A pontuao um fator fundamental para clarificar o sentido de um texto. Outroelemento fundamental que contribui para a coeso textual e a pontuao
Existem vrios sinais de pontuao.
Vrgula,
A vrgula usa-se normalmente para ExemplosSeparar elementos de uma enumerao Naquele mercado as mangas, os
pssegos, as ameixas, as mas, ascerejas atraam pelos seus tons alegres eluminosos.
Demarcar o aposto do sujeito Joo, o padeiro, e tambm um grande pasteleiro.
Demarcar complementos circunstanciais Nesse dia, apareceram todos os amigosdo Rui.
Separar o vocativo Ana, anda c depressa!Separar repetio de palavras Ele comia, comia, e nunca ficoumaldisposto
Demarcar um adjetivo em inicio de frase Atencioso, como ele nao havia!Demarcar um substantivo O pedro, esse era o eleito.Destacar elementos (normalmente maisextensos) numa enumeracao
Ele gostava de doces e a Joana desalgadosEle gostava de doces, a Joana de salgados
Nota: A virgula nunca pode separar o sujeito do seu predicado ou o predicado do seucomplemento direto e/ou indireto. No caso de se intercalar uma expressao ou orao entre um sujeito e um predicado,ela deve figurar entre vrgulas, para no separar-mos o sujeito do predicado.
Ex.: Os homens, obcecados pelo progresso, nem sempre pensam no futuro dahumanidade.
Ponto e Virgula
Ponto.
O ponto usa-se normalmente para marcar o fim de uma frase simples ou complexa.
Ex.:
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O que ela dizia, embora fosse sempre diferente, soava sempre da mesma maneira. Eramontono. E a maioria dos alunos estava a ouvi-la...sem a ouvir.Era o caso do Jorge, que estava interessado no rapaz com o carrinho de bebe e se foiafastando do grupo. Alem deles, s andava ali dentro um grupo de velhinhos ingleses.E o rapaz com o bebe, claro, que percorreu a igreja toda com os auscultadores nosouvidos, sempre a empurrar o carrinho. De vez em quando parava a um canto,levantava o cobertor e dava duas mexidelas no bebe que, por sua vez, no dava sinalde si.
Dois pontos:
Usam-se normalmente para:
-Introduzir o discurso direto
Ex.:
Arranjo uma voz de falsete e imito o dos filmes americanos:Antpode homem?
-Introduzir uma enumerao
Ex.: Acho que foram emoes a mais para a Lusa: o sto que no havia, o Ablioque eu no era, o Lus que ela no sabia que era eu.
-Iniciar uma concluso ou dar uma explicao
Ex.: E no tardei a colar o Sem Pavor ao Joo: Joo Sem Pavor
Reticencias...
Usam-se normalmente para marcar a suspenso de uma ideia ou frase.
Ex.: Nada...H seis dias e seis noites que estou aqui escondido a tremer com medo doslobos, dos morcegos, das bruxas e dos fantasmas, a espera da minha irm...
Ponto de Interrogao?Usa-se normalmente para assinalar uma frase do tipo interrogativo.Ex.: Que dizes, meu palerma?
O ponto de exclamao marca uma frase do tipo exclamativo, pode tambm utilizar-se nas frases do tipo imperativo.
Ex.: Anda c!
Aspas
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Usam-se normalmente para
-Transcrever uma palavra ou expresso ou fazer uma citao
Exumareis Luther King disse Eu tenho um sonho, que todos os negros tenham osmesmos direitos- Utilizar uma palavra que no pertence ao lxico portugus
Ex:Anybody Home
-Utilizar uma palavra menos apropriada, mas expressiva no contexto
Ex: Ja anda a namorar este vestido h muito tempo
-Destacar um titulo
Ex.: O jornal Expresso e um semanrio
Parnteses ()
Usam-se normalmente para:
-Marcar o discurso direto
Ex: Arranjo uma voz de falsete e imito os dos filmes americanos Anybody Home
-Indicar corte em texto citado
Ex: Discurso Vasco da Gama Meu povo vamos partir (...) que deus vos abenoe!
Travesso
Usa-se normalmente para:
-Marcar discurso direto
Ex.: Visto-me a macaco e imito os seus sons-Eu sou o Artur
-Demarcar uma frase intercalar, que poderia surgir entre virgulas
Ex.: Os homens obcecados pelo progresso nem sempre pensam no futuro dahumanidade
Nota: Quase todos os sinais de pontuao podem ser usados para conferir maior expressividade a um texto
Lxico
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Sistematizao
A principal influncia na formao da lngua portuguesa e o latim.Mas se muitos termos chegaram ate nos atravs do latim clssico, o latim culto, olatim dos escritores (via erudita), muitos outros chegaram atravs do latim vulgar, olatim falado sobretudo por soldados e comerciantes fixados nos territriosconquistados (via popular)
Palavras Convergentes e Divergentes
Exemplo de palavras divergentes
Latim Via popular Via eruditaCathedra Cadeira CtedraCogitare Cuidar Cogitar Integru Inteiro IntegroMatre Me madreOculu Olho culoSuperare Sobrar Superar
Exemplo de palavras convergentes:
Rio-nome (do latim rivu)Rio-verbo rir (do latim rideo)
Evoluo Fontica
Processos de queda ou supresso
Afrese
Supresso de um fonema no inicio da palavra
Exemplo: ainda > inda / atonitu > tonto
Sncope
Supresso de um fonema no meio da palavraExemplo: calidu > caldo / viride > verdeApcope
Supresso de um fonema no fim da palavra
Exemplo: Amore > amor / sic > si
Processos de adio
Prtese
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Acrescentamento de um fonema no inicio da palavra
Exemplo: lembrar > alembrar / thunu > atum
Epntese
Acrescentamento de um fonema no interior da palavra
Exemplo: humile > humilde / creo > creio
Paragoge
Acrescentamento de um fonema no final da palavra
Exemplo: flor > flore / ante > antes
Processos de alterao
Assimilao
Fonemas prximos tornam-se iguais (assimilao completa) ou semelhantes(assimilao incompleta)
Exemplo: Persicu > pssego / Ipse > esse
Dissimilao
um processo de certo modo contrrio assimilao. Consiste em evitar dois sonsiguais ou semelhantes na mesma palavra, por isso um deles torna-se diferente oudesaparece
Exemplo: rostru > rosto / liliu > lrio
Nasalao
Um fonema oral torna-se nasal por influncia de um fonema nasal
Exemplo: canes > ces / fine > fim
Desnasalao
Consiste na perda da ressonncia nasal de algumas vogais
Exemplo: Bona > ba > boa / cena > cea > ceia
Vocalizao
As consoantes passam a vogais
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Exemplo: Multu > muito / octo > oito
Sonorizao
As consoantes surdas entre vogais transformam-se nas consoantes sonorascorrespondentes.Exemplo: amicu > amigo / totu > todo
Palatizao
Um som ou grupo de sons torna-se palatal
Exemplo: planu > cho / flama > chama
Metfese
Consiste em os fonemas mudarem de lugar, dentro da palavra. um processo muitoimportante, que ainda hoje se verifica com a frequncia, nomeadamente na linguagem popular.
Exemplo: semper > sempre / primariu > primeiro
Formao de Palavras
Derivao
Em que existe um radical e um ou mais afixos:
Chuvoso- chuv (radical) oso (sufixo)
Renovar- re (prefixo) nov (radical) ar (sufixo)
Composio
Em que existe mais de um radical ou palavra:
Amor-perfeito amor (nome) perfeito (adjetivo)Telecomunicao tele (radical) comunicao (nome)Palavras Primitivas e Derivadas
Palavras Primitivas
Chamam-se primitivas as palavras que no so formadas a partir de nenhuma outra
Exemplo: gua, fazer, etc
Palavras Derivadas
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Chamam-se derivadas aquelas palavras que se formam a partir de outra gua, fazer a qual se juntou um ou vrios prefixos ou sufixos:
Exemplo: aguadeiro, aguar, desaguar, desfazer, refazer
DerivaoExistem trs processos de derivao propriamente dita:
-por prefixao-por sufixao-regressiva
Afixo: So os morfemas derivativos (prefixos e sufixos) que se juntam palavra primitiva, acrescentando uma nova tonalidade significao primitiva
Prefixo:
o afixo que se junta antes:
Exemplo: desfazer (des+fazer)
Sufixo
o afixo que se junta depois:
Exemplo: aguar (gua+ar)
Exemplos de Sufixos
Parassintese
Quando o prefixo e sufixo se aglutinam ao mesmo tempo ao radical, sem se poder conceber uma palavra intermdia:
Exemplo: repatriar (re+pat+riar)
Composio
Aglutinao
uma das formas de ligao de duas palavras primitivas.Quando da ligao de duas palavras resulta uma palavra nova com apenas uma slabaacentuada, a palavra resultante diz-se composta por aglutinao
Exemplo: filho de algo > fidalgo / perna + alta > pernalta
Justaposio
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a outra forma de ligao de duas palavras primitivas.Quando as duas palavras mantm a sua acentuao, dizemos que a nova palavra composta por justaposio.
Exemplo: arroz-doce / passatempoCompostos eruditos
Existem, ainda na nossa lngua, muitas palavras formadas por radicais gregos elatinos, designadas por compostos eruditos.
Exemplo: termo-metro > termmetro
Relaes Grficas e Fonticas
Homonmia
Quando temos duas palavras graficamente iguais, mas com origem e significadosdiferentes, estamos perante palavras homnimas
Exemplo: O rio continuava a correr pelo leito / Rio sempre que ouo uma boa piada
Homofonia
Quando temos duas palavras com significados e grafia diferentes mas foneticamenteiguais, estamos perante palavras homfonas
Exemplo: Quando soar o sinal samos / O esforo que fizemos fez-nos suar bastante
Homografia
Quando temos duas palavras com significados e pronncias diferentes mas grafiasidnticas, estamos perante palavras homgrafas.
Exemplo: A PSP policia o bairro de Chelas / Toda a polcia tem farda azul
ParonmiaQuando temos duas palavras com significados diferentes mas foneticamente muito prximas estamos perante palavras parnimas
Exemplo: Levo quatro livros / o meu quarto grande
Hipernimos e Hipnimos
Hipernimos fruta roupa VertebradosHipnimos Ma
CerejaCenoura
VestidoCasacoLuvas
CrocodiloTartarugaRato
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melancia saia Pssaro
Sintaxe
Coordenao e Subordinao
Sistematizao
Quando as palavras se organizam em frases obedecem a regras especificas (deconcordncia, de ligao de frases, etc) e assumem determinadas funes (sujeito, predicado, etc)
Os estudos dessas regras e funes designa-se por sintaxe
Quando a frase complexa, as oraes esto ligadas entre si atravs de um processode coordenao ou de subordinao.
Coordenao
um processo de ligao de frases independentes que podemos associar de diversasmaneiras.
As frases assumem a designao de coordenadas, as conjunes designam-se por coordenativas
Conjunes Coordenativas
Copulativas Adversativas Disjuntivas ConclusivasE Nem No smastambm
MasPormTodaviaContudo
OuOra..oraQuerQuer Sejaseja Nemnem
LogoPoisPortantoPor conseguinte
Conjunes Subordinativas
Temporais Quando, apenas, enquanto, antes que,
depois que, desde que, medida queCausais Porque, pois, como, visto que, j que, pois que
Concessivas Embora, ainda que, mesmo que, postoque, se bem que, por mais que, nemque
Condicionais Se, caso, salvo se, desde que, a menosque, a no ser que
Finais Para que, a fim de queConsecutivas (tal) que, (tanto) que, (to) queComparativas (mais, menos, maior, menor, melhor,
pior) do que, (tal) qual, como, assimcomo, bem como, como se
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Integrantes Que, se (quando introduzem 1 oraoque sujeito ou complemento direto daorao anterior)
Preposio
uma palavra invarivel que liga dois termos (palavras ou conjunto de palavras)normalmente pertencentes mesma orao, assinalando que o sentido do primeirotermo explicado ou completado pelo segundo.
Preposies
A Com Durante Perante SemAnte Contra Em Por SobAps De Entre Salvo SobreAt desde para segundo trs
Locues Prepositivas
Abaixo deAcerca deAcima de
A fim deAo lado deAo redor de
A par dePor entrePor sobre
Funes Sintticas
Sistematizao
Sujeito
a entidade a qual se diz algo
Exemplo: ELE meu amigo
ou que realiza uma ao
Exemplo: ELE fez o trabalho.
sempre expresso atravs de:-um substantivo-pronome-numeral (eventualmente)-uma orao
Variedades de Sujeito
Simples O CAVALO partiu a galopeComposto O BURRO E O GALO eram cantoresSubentendido (NS) fomos ao cinemaIndeterminado Contam-se histrias estranhas (no se
sabe quem conta)
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Inexistente Hoje choveu! H que no o via. Era Natal!
Funes Sintticas associadas ao sujeito
Atributo
Exemplo: O cavalo BRANCO partiu a galope
Complemento determinativo
Exemplo: O cavalo de D.QUIXOTE tinha um grande nariz
Aposto
Exemplo: O cavalo, ROCINANTE, partiu a galope
Predicado
Engloba tudo aquilo que se diz sobre o sujeito
Variedades do Predicado
Nominal (verbos copulativos) Ele PARECIA uma fantasmaVerbal (verbos transitivos diretos eindiretos e intransitivos)
A Mariana DESCEU agora mesmo
Funes Sintticas Associadas ao predicado
Complemento Direto
Exemplo: A Joana comeu UM BOLO
Complemento Indireto
Exemplo: A joan deu um bolo MARIANA
Nome Predicativo do SujeitoExemplo: A Joana ficou SATISFEITA com o bolo
Nome Predicativo do Complemento Direto
Exemplo: A Joana considera a Mariana UMA AMIGA
Complemento agente da Passiva
Exemplo: O bolo foi comido PELA JOANA
Complementos Circunstanciais
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De lugar (onde)
Exemplo: A Joana mora em LISBOA
De CompanhiaExemplo: A Joana mora em Lisboa COM OS AVS
De Fim
Exemplo: A Joana mora em Lisboa PARA ESTUDAR
De Meio
Exemplo: A Joana vai DE COMBOIO
De Lugar (donde)
Exemplo: A Joana partiu de Coimbra
De Lugar (por onde)
Exemplo: A Joana passa por Santarm
Funes Sintticas Associadas a toda a frase
Vocativo
Exemplo: JOANA, tu comeste o bolo?
Complementos Circunstanciais
De tempo
Exemplo: ONTEM a Joana comeu de bar
De Lugar Exemplo: A Joana fez compras NO CENTRO COMERCIAL
De Causa
Exemplo: A Joana por DISTRAO no viu o Artur
De Modo
Exemplo: Infelizmente o Artur est doente
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Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre
Discurso Direto
a transcrio fiel das falas das personagens, num texto. Formalmente escrito, surgedepois dois pontos, antecedidos ou no de um verbo declarativo (dizer, perguntar,responder, etc) , pargrafo e travesso
Discurso Indireto
a reproduo da fala das personagens, por outra entidade- narrador ou outra personagem, o que implica algumas transformaes, sobretudo ao nvel dosindicadores de tempo e de espao, bem como de pessoa verbal
Transformao de Discurso Direto em IndiretoElementos do Discurso Discurso Direto Discurso IndiretoSujeito da enunciao(todos os determinantes e pronomes associados aosujeito da enunciao, bemcomo a pessoa verbal
1 e 2 pessoas 3 pessoa
Tempo e modo verbal Presente, PretritoPerfeito, Futuro eImperativo
Imperfeito, Condicional,Pretrito mais-que- perfeito, Imperfeito doconjuntivoElementos definidores de
espao e tempo (advrbiosde tempo e lugar)
Maior proximidade (aqui,agora)
Maior afastamento (acol,naquele lugar, nesse dia)
Discurso Indireto Livre
o discurso que, parecendo direto, no apresenta as marcas grficas caractersticas, eo discurso que, sendo indireto, no utiliza o verbo declarativo e a conjuno
Pronomes
Pronomes Pessoais Funes Sintticas
Pessoa Sujeito C.D C.I sem preposio C.I com preposio Compl. circunstacial
1 S eu me me mim mim migo
2 S tu te te ti ti, tigo
3 S ele, ela se, o ,a lhe si ele, ela si sigo ele, ela
1 P ns nos nos ns ns vosco
2 P vs vos vos vs vs vosco
3 P eles, elas se, os, as lhes si, eles , elas si, sigo eles elas
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PronomesPossessivos
PessoaSingualMasculino
Singular Feminino
PluralMasculino
PluralFeminino
1 S meu minha meus minhas
2 S teu tua teus tuas
3 S seu sua seus suas
1 P nosso nossa nossos nossas
2 P vosso vossa vossos vossas
3 P seu sua seus suas
Pronomes Demonstrativos Variveis Invariveis
Singular Plural
Masculino Feminno Masculino Feminnoeste esta estes estas isto
esse essa esses essas isso
aquele aquela aqueles aquelas aquilo
o outro a outra os outros as outras
o mesmo a mesma os mesmosasmesmas
tal tal tais tais
o a os as
PronomesIndefinidos
Variveis Invariveis
Singular Plural
Masculino Feminno Masculino Feminno
algum alguma alguns algumas algum, algo
nenhum nenhuma nenhuns nenhumas ningum
todo toda todos todas tudo
muito muita muitos muitas
pouco pouca poucos poucas
tanto tanta tantos tantas
outro outra outros outras outrem
certo certa certos certasqualquer qualquer quaisquer quaisquer
cada
nada
PronomesInterrogativos
Variveis Invariveis
Singular Plural
Masculino Feminno Masculino Feminnoqual? qual? quais? quais? que? O qu?
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quanto? quanta? quantos? quantas? quem?
onde?
Graus dos Adjetivos
Graus dos
AdjetivosComparativo Superioridade maisdo que
Igualdade toquanto (ou como) osInferioridade menosdo que
Superlativo Relativo Superioridademais...de
Inferioridade menosdeAbsoluto Analtico muito
Sinttico ssimo
Morfologia
Nome
Sistematizao
Nome ou Substantivo a designao que damos classe de palavras que indica pessoas, animais, ou coisas nomes concretos. Ou que indica aes, estados ouqualidades nomes abstratos
Quando determinado ser se individualiza, designa-se por nome prprio, quandorepresenta todos os seres da sua espcie, sem individualizao, designa-se por nomecomum
H determinados substantivos que, apesar de se encontrarem no singular, referem umconjunto de seres ou coisas so os coletivos como matilha (ces) alcateia (lobos),etc
Advrbios e Locues Adverbiais
SistematizaoO advrbio uma palavra invarivel (no possui gnero nem nmero) que tem comofuno modificar o sentido da palavra que est associado, geralmente a um verbo.
Exemplos:
Tipo Locues Adverbiais
Modoassim, bem, mal, depressa, devagar, como, vagamente, vontadede propsito, com efeito, em vo, sem mais, alerta, alis,dignamente, felizmente, etc
Tempohoje, ontem, antes, agora, j, sempre, nunca, tarde, cedo,quando
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antigamente, depois de amanh, por ora, quase sempre, embreveanteontem, jamais, depois, atualmente, entretanto, ento, aindalogo, etc
Lugar aqui, ali, acol, alm, perto, longe, dentro, fora, abaixo, acimaadiante, atrs, onde, aonde, de lado, em cima, direita, de lsa ls, por onde, at onde, alm, aqum, abaixo, acima, defrontedetrs, algures, nenhures, etc
Quantidade muito, pouco, mais, menos, demais, bastante, quase, tanto, to/Intensida- excessivamente, quanto, por demais, pouco mais, pouco menosde nadaNegao no, de modo algum, nem pensar, nem, nunca jamais, to pouco
Afirmao sim, mesmo, certamente, realmente, efetivamente, exatamenteindubitavelmente, decerto, com certeza, nem mais, nem menos
Dvida talvez, provavelmente, possivelmente, eventualmente, se, por ventura, decerto, acaso, naturalmente
Incluso at, ainda, tambm, mesmo, inclusive, inclusivamente
Excluso s, apenas, seno, exclusive, somente, exclusivamente, nica-mente, simplesmente
Designa-eis, c est, aquiest
o