Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios Tabela PerióDica Q. Geral 2007

Post on 29-Dec-2014

3.998 views 19 download

description

 

Transcript of Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios Tabela PerióDica Q. Geral 2007

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO

Departamento de Engenharia e Ciências Exatas

Centro Universitário Norte do Espírito Santo - Rua Humberto de Almeida Francklin, 257 Bairro Universitário, CEP 29.933-415, São Mateus - ES (Sede Provisória) Sítio Eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br, Tel.: +55 (27) 3763-8650

LISTA DE EXERCÍCIOS Química Geral – Professor Sandro Greco

Tabela Periódica

1ª Questão (8.36-Kotz): Usando os seus conhecimentos sobre as tendências periódicas dos elementos ao longo

da tabela periódica, explique por que a densidade dos elementos aumenta gradativamente quando se vai do

potássio ao vanádio no quarto período.

Solução – Ao passar do potássio ao vanádio no quarto período da tabela periódica, verifica-se uma diminuição

do raio atômico, pois os elétrons são adicionados na mesma camada e estão tão próximos do núcleo como os

demais elétrons da mesma camada. Como eles estão espalhados, a blindagem da carga nuclear sobre um elétron

pelos demais não é muito eficiente e a carga nuclear efetiva cresce ao longo do período. Com a diminuição do

raio, ocorre uma diminuição do volume e ao mesmo tempo um aumento da massa. Como a densidade é

diretamente proporcional a massa e inversamente proporcional ao volume, o aumento da massa e a diminuição

do volume favorece o aumento da densidade ao longo do período, como mostrado na tabela.

2ª Questão (7.80-Brown): Explique a variação nas energias de ionização do carbono, como mostrado no

seguinte gráfico:

1 2 3 4 5 6

10.000

20.000

30.000

40.000

kJ/m

ol

Número de ionização

Energia de ionização do carbono

Solução – C: 1s2 2s

2 2p

2. A seqüência das energias de ionização I1 até I4 representa a perda de elétrons dos

orbitais 2p e 2s, da camada externa do átomo. Os valores de I1- I4 aumenta como esperado. A carga nuclear é

constante, mas a remoção de cada elétron reduz as interações repulsivas entre os elétrons remanescentes,

aumentando a carga nuclear efetiva, o que aumenta a energia de ionização. I5 e I6 representam a perda de elétrons

do orbital 1s interno. Esses elétrons 1s estão muito mais próximos do núcleo e experimentam uma carga nuclear

total (não são blindados), então os valores de I5 e I6 são significativamente maiores do que I1- I4. I6 é maior do

que I5 pois todas as interações repulsivas foram eliminadas.

3ª Questão (SJG): Observando a tabela periódica mostrada a seguir, verificam-se algumas anomalias nas

primeiras energias de ionização dos elementos químicos no segundo período. Explique.

Elemento químico

Densidade (g/cm3)

Número atômico

K 0,86 19

Ca 1,53 20

Sc 2,99 21

Ti 4,55 22

V 6,11 23

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO

Departamento de Engenharia e Ciências Exatas

Centro Universitário Norte do Espírito Santo - Rua Humberto de Almeida Francklin, 257 Bairro Universitário, CEP 29.933-415, São Mateus - ES (Sede Provisória) Sítio Eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br, Tel.: +55 (27) 3763-8650

Solução – A diminuição na energia de ionização do berílio ([He]2s2) ao boro ([He]2s2 2p1) ocorre porque os

elétrons no orbital preenchido 2s são mais eficientes em blindar os elétrons no subnível 2p de átomos

polieletrônicos apresentam energia mais alta que o 2s. A diminuição na energia de ionização ao passar do

nitrogênio ([He]2s2 2p

3) para o oxigênio ([He]2s

2 2p

4) é relativa à diminuição na repulsão dos elétrons

emparelhados na configuração p4.

4ª Questão (1.99-Atkins): O tálio é o mais pesado dos elementos do grupo 13/III. O alumínio é também um

membro desse grupo e sua química é dominada pelo estado de oxidação +3. O tálio, porém, é encontrado mais

usualmente no estado de oxidação +1. Explique estas tendências observadas.

Solução – A tendência em formar íons com carga duas unidades mais baixa do que a esperada para o número do

grupo é conhecida como efeito do par inerte. O efeito do par inerte deve-se, simplificadamente, às energias

relativas dos elétrons de valência s e p. Nos átomos mais pesados, os elétrons de valência s têm energia muito

baixa por causa da boa penetração e da baixa capacidade de blindagem dos elétrons d. Os elétrons de valência s

podem, então, permanecer ligados ao átomo durante a formação do íon.

5ª Questão (7.86-Brown): A tabela mostrada a seguir fornece as afinidades eletrônicas, em kj/mol, para os

metais do grupo 1A e do grupo 1B. Explique as tendências opostas nos valores das afinidades eletrônicas destes

dois grupos.

1A 1B Li (-60) Cu (-119)

Na (-53) Ag (-126)

K (-48) Au (-223)

Rb (-47)

Solução – No grupo 1A há um decréscimo da afinidade eletrônica ao se descer no grupo, pois o elétron é

adicionado cada vez mais distante do núcleo, ocupando um subnível mais energético o que faz diminuir a

interação com o núcleo, consequentemente a afinidade eletrônica. Os elétrons de valência nos elementos do

grupo 1B apresentam uma carga nuclear efetiva alta devido ao aumento do número atômico com os elétrons

ocupando os subníveis (n-1)d. Portanto as afinidades eletrônicas são maiores e mais negativas. Os elementos do

grupo 1B são exceções na distribuição eletrônica, possuindo uma configuração eletrônica genérica ns1(n-1)d

10. O

elétron adicional deverá completar o subnível ns, experimentando uma repulsão com o outro elétron ns. Ao

descer no grupo, o tamanho do subnível ns aumenta, minimizando o efeito de repulsão. Isto é, a carga nuclear

efetiva é maior descendo no grupo porque ocorre uma diminuição na repulsão, tornando a afinidade mais

negativa.

6ª Questão (SJG): Em geral, as primeiras energias de ionização (energias necessárias para remover um elétron

do átomo neutro) aumentam ao longo do segundo período (veja a seqüência abaixo), por quê? Entretanto, o boro

e o oxigênio exibem um comportamento anômalo; as suas energias de ionização são menores que as esperadas.

Explique esta alternativa.

Li Be B C N O F Ne

I1

(ev)

5,4 9,3 8,3 11,3 14,5 13,6 17,6 21,6

Solução – Ocorre um aumento na energia de ionização dos átomos ao longo de um período, como mostrado na

tabela anterior, pois, concomitantemente ocorre um aumento um aumento da carga nuclear efetiva e uma

diminuição do raio atômico. A diminuição na energia de ionização do boro ([He]2s2 2p

1) ocorre porque os

elétrons no orbital preenchido 2s são mais eficientes em blindar os elétrons no subnível 2p de átomos

polieletrônicos apresentam energia mais alta que o 2s. Já a diminuição na energia de ionização do o oxigênio

([He]2s2 2p4) é relativa à diminuição na repulsão dos elétrons emparelhados na configuração p4.

7ª Questão (7.81-Brown): Os raios atômicos e iônicos (2+) para o cálcio (Ca) e para o zinco (Zn) estão

relacionados a seguir. Sugira uma razão para a diferença nos raios iônicos ser bem menor que a diferença nos

raios atômicos.

Raios atômicos (A) Ca 1,74 Ca

2+ 0,99

Zn 1,31 Zn2+ 0,74

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO

Departamento de Engenharia e Ciências Exatas

Centro Universitário Norte do Espírito Santo - Rua Humberto de Almeida Francklin, 257 Bairro Universitário, CEP 29.933-415, São Mateus - ES (Sede Provisória) Sítio Eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br, Tel.: +55 (27) 3763-8650

Solução – Ca: [Ar]4s2; Ca2+: [Ar] – Zn: [Ar] 4s2 3d10; Zn2+: [Ar] 3d10. Nos dois casos, os íons formados

envolvem a perda de elétrons da camada n=4. A distância média dos elétrons na camada n=3 ao núcleo é menor

e por isso o raio dos íons é menor. O raio atômico do Ca é maior do que o do Zn, pois o Zn tem um número

atômico e uma carga nuclear efetiva significativamente maior. Em ambos os átomos Ca e Zn os elétrons de

valência estão na camada n=4. O maior Z e Zef do Zn tornam o seu raio muito menor. Nos íons 2+, ambos

perdem os seus elétrons 4s. Os elétrons de valência no Zn estão no subnível 3d e são significativamente

blindados pelos elétrons do cerne [Ar]. Portanto, o raio do Zn2+

aproxima-se muito mais do raio do Ca2+

do que

os raios dos átomos neutros.

8ª Questão (8.95-Chang): A um aluno são dadas amostras de três elementos, X, Y e Z, que poderiam ser um

metal alcalino, um membro do grupo 14 e um membro do grupo 15. Ele faz as seguintes observações: O

elemento X tem um brilho metálico e conduz eletricidade. Reage lentamente com o ácido clorídrico para

produzir hidrogênio gasoso. O elemento Y é um sólido amarelo-claro que não conduz a eletricidade. O elemento

Z tem um brilho metálico e conduz eletricidade. Quando exposto ao ar, o elemento Z forma lentamente um pó

branco. Uma solução do pó branco em água é básica. Dessas observações, o que se pode se concluir acerca

desses elementos?

Solução – X deve pertencer ao grupo 4A; ele é provavelmente o Sn ou o Pb, pois ele não é um metal muito

reativo (ele certamente não é reativo como um metal alcalino); Y é um não-metal visto que não conduz

eletricidade. Como ele é um sólido amarelo, provavelmente é o átomo de fósforo (grupo 5A); Z é um metal

alcalino, pois ele reage com o ar para formar um óxido básico ou peróxido.

9ª Questão (Ex.1.3-Shriver): Aponte uma razão para o aumento do Zef ser menor para um elétron 2p entre os

átomos de nitrogênio e oxigênio do que entre os átomos de carbono e nitrogênio, dado que as configurações dos

três átomos são: C – [He]2s2 2p2, N – [He]2s2 2p3 e O – [He]2s2 2p4.

Solução – Seguindo do C ao N, o elétron adicional ocupa um orbital vazio 2p. Seguindo do N ao O, o elétron

adicional deve ocupar um orbital 2p que já está ocupado por um elétron. Deste modo, o elétron experimenta uma

repulsão mais forte e o aumento na carga nuclear é mais completamente cancelada do que entre C e N.

10ª Questão (Ex.1.6- Shriver): Justifique o grande decréscimo na afinidade eletrônica entre o lítio e o berílio,

apesar do aumento da carga nuclear efetiva.

Solução – As configurações eletrônicas dos dois átomos são [He]2s1 e [He]2s

2. O elétron adicional entra no

orbital 2s do lítio, mas ele deve entrar no orbital 2p do berílio, e deste modo está muito menos ligado. De fato, a

carga nuclear está tão bem blindada no berílio que o ganho de elétron é endotérmico.