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ESCOLA ESTADUAL SANTOS DUMONT – EF
Santa Cruz de Monte Castelo – PR
2008
1 – PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Santos Dumont – Ensino
Fundamental, foi elaborado coletivamente, com o envolvimento de todos que atuam nela
a missão de promover a melhoria de qualidade de ensino levando em consideração
estudos e reflexões do grupo e como finalidade nortear a ação educativa da escola com
adoção de uma postura que leve a transformação da prática educativa visando a
formação de sujeitos ativos, críticos e autônomo. Essa mudança irá exigir de todos,
comprometimento, metas, além de objetivos e ações traçadas no projeto, visto que,
através desta será possibilitado à comunidade escolar vivenciar as transformações
sociais.
A construção do nosso Projeto Político norteia-se em princípios de
igualdade, qualidade, liberdade, autonomia, gestão democrática e valorização do
magistério.
De acordo com Ilma Passos Veiga o Projeto Político Pedagógico tem como
objetivo resgatar a intencionalidade de ação educativa, superar o caráter fragmentado
das práticas educativas, superar as imposições ou disputas de vontades individuais
construindo a participação de todos na gestão democrática, gerando a solidariedade e o
exercício do trabalho coletivo.
A substituição da rigidez, pela flexibilidade e interdisciplinaridade,
promoverá uma formação de sujeitos participativos, levando todos a fazer e pensar de
forma continuada para garantir o direito e o acesso ao saber formando assim cidadãos
não só para a vida, mas capazes de intervir na conquista do ser humano para alcançar
plena e conscientemente sua capacidade de escolha e decisão buscando uma liberdade
efetiva e bem construída tornando-se participativos e críticos.
O processo de elaboração do Projeto Político Pedagógico é coletivo, a fim
de construir a autonomia da escola. E através de um processo permanente de reflexão e
discussão dos problemas buscando alternativas viáveis à formação do sujeito ativo,
crítico, autônomo, capaz de transformar a sociedade, lembramos porém, que a
autonomia de uma determinada comunidade escolar é limitada por parâmetros
regulamentados pelo sistema educacional do Estado.
2 - Introdução
2.1 - Identificação
A Escola Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental, código 00016
está localizada à Rua Santos Dumont - nº 757, no município de Santa Cruz de Monte
Castelo – Paraná, localizada na zona urbana - código 2350, telefone (44) 3452-1377.
Dependência Administrativa Estadual código (41003292). A entidade mantenedora é a
SEED. A escola está jurisdicionada ao Núcleo Regional de Loanda, código 20.
Localiza-se a aproximadamente 20 Km do Núcleo Regional de Educação
de Loanda.
E-mail szosdumont@seed.pr.gov.br
2.2- Aspectos históricos da escola
A história da Escola Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental inicia-
se no ano de 1955, como a primeira escola da comunidade criada pela luta e desejo
coletivo dos primeiros moradores de Santa Cruz de Monte Castelo de colocarem seus
filhos na escola, mesmo que na época ainda não houvesse decreto que a instituísse.
Sua primeira denominação foi Grupo Escolar Monte Castelo.
A 27 de novembro de 1959, criou-se o Decreto 26734, com nome de Grupo
Escolar Santos Dumont.
O Grupo Escolar Santos Dumont passou a denominar-se Escola Santos
Dumont – Ensino de 1º Grau, pela Resolução 423 de 03/05/79 DOE de 07/05/79, o Ato
de Reconhecimento Res. 2049 de 25/07/90 DOE de 08/08/90, e o Ato de Renovação de
Reconhecimento Res. 1586 de 21/05/03 DOE de 18/06/03.
No ano de 1985, com a necessidade e vontade de dar continuidade à
permanência do alunado na mesma escola e também como uma opção a mais se
consegue a autorização para o funcionamento da 5ª a 8ª séries pela Resolução 5.312/85
em 02/12/85 para funcionar a partir do ano de 1986.
O Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar Res. 091 de
30/11/95 foi renovado pela Res: 096 em 20/12/01.
Em 28 de abril de 1993, de acordo com a Resolução 2381/93 passa a
denominar-se Escola Estadual Santos Dumont. Continua a ofertar o ensino de 5ª a 8ª
séries do 1º grau regular, mas as atividades do 1º grau ( 1ª a 4ª séries ) ficam
suspensas, em caráter definitivo. Toda documentação escolar de 1ª a 4ª séries passa
para a guarda e responsabilidade da Escola Municipal Aníbal Israel Liutti – Ensino de 1º
Grau em virtude da municipalização do Ensino de 1ª a 4ª séries.
Constatando-se o número expressivo de adolescentes e jovens que pela
situação econômica têm necessidade de colaborar com o orçamento doméstico, resolve-
se pedir autorização para o funcionamento de 5ª a 8ª séries no período noturno a partir
do ano letivo de 1995, concedido pela Resolução 4695/94.
Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 a Escola Estadual Santos
Dumont – Ensino de 1º Grau passa a denominar-se Escola Estadual Santos Dumont –
Ensino Fundamental em 11/10/98 e permanece com esta denominação até a presente
data.
2.3. Espaço físico
O prédio da Escola Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental, conta
com duas alas, construídas em épocas distintas. A ala um (1) conta com oito (8) salas,
uma (1) utilizada como secretaria e sete (7) como sala de aula. Conta ainda com uma (1)
sala da direção, uma (1) para a Equipe Pedagógica, uma (1) para professores, pátio
coberto, uma (1) cozinha, três (3) banheiros, sendo um (1) para professores e dois (2)
para os alunos – masculino e feminino. A ala dois está organizada da seguinte forma:
uma (1) sala de hora-atividade, uma (1) sala de vídeo//reuniões/palestras, uma (1) sala
de recurso (DM), uma (1) sala CAEDV Centro de Atendimento Educacional ao Deficiente
Visual, uma (1) sala de apoio (português e matemática), duas (1) sala de aula, uma (1)
sala como deposito de bens patrimoniais, um (1) almoxarifado/arquivo morto, 2 (dois)
banheiros com chuveiros de professores (masculino e feminino), uma (1) sala do
programa leite das crianças, dois (2) banheiros de alunos (masculino e feminino), um (1)
laboratório de informática, uma (1) biblioteca com dois ambientes, uma (1) sala de
multiuso, um (1) deposito de merenda, uma (1 ) sala de educação física e dois (2)
chuveiros para alunos, (masculino e feminino). A escola conta ainda com quadra
polesportiva coberta e casa do zelador, totalizando 2.530 metros de construção, mais
6.570 de área livre, num total de 8.100 metros O espaço externo é bem arborizado e
gramado.
2.4 – Oferta de cursos e turmas.
Atualmente a escola está organizada em três turnos: manhã, tarde e noite.
No momento atual a escola possui 15 turmas organizadas e distribuídas
nos 3 turnos, sendo no período da manhã, 7 turmas com 268 alunos e no período da
tarde, 4 turmas com 96 alunos e no período da noite 4 turmas com 74 alunos. Atuam 27
professores em todos os períodos, contamos ainda com 3 zeladoras e 2 merendeiras, 1
secretária, 3 Assistentes Administrativo, 1 Diretor, 1 Diretor-auxiliar e três Professoras da
Equipe Pedagógica.
2.5 - Caracterização da População.
A Escola Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental está constituída
por adolescentes e crianças com faixa etária adequada a idade – série. Grande parte de
seus alunos é proveniente de famílias cujos pais são assalariados, trabalhadores da
lavoura, sem emprego fixo, com baixo grau de escolaridade e com recursos financeiros
escassos.
A maioria dos pais, devido à situação econômica, cultural e afetiva em
que se encontra, transfere para a escola cuidados que deveriam ter com seus filhos
quanto a material escolar, tratamentos odontológico e médico, deixando também para a
escola alguns princípios básicos de educação que irão nortear a formação da cidadania
dos seus filhos.
A escola procura atender a essas questões de forma simples e
democrática, acima de tudo, preocupa-se com um ensino de qualidade e propicia
condições para uma aprendizagem significativa e atualizada, em que o aluno possa ser
preparado para se desenvolver.
O desenvolvimento do potencial de aprendizagem do aluno cria laços de
afetividade, resgata a auto-estima, melhora o emocional.
Esta instituição de ensino possui um quadro próprio de professores, sendo
todos efetivos, com grau de escolaridade superior em áreas distintas e graduação, bem
como a Direção e Equipe Pedagógica.
Os funcionários Técnicos administrativos têm como formação o ensino
superior completo e em curso, quanto à equipe de serviços gerais todas possuem o
ensino fundamental e algumas o ensino médio.
3 - Objetivo Geral
Promover a interação entre os diferentes papéis exercidos pelos agentes
da ação pedagógica, de forma contemplar a unidade aqui instalada.
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,
bem como de outros povos e nações, para agir com perseverança na busca de
conhecimento e no exercício da cidadania.
Assegurar a intencionalidade da prática educativa desenvolvendo na escola
um espaço que possibilite a produção de aprendizagem sendo esse, aberto as
indagações, as curiosidades existentes na vida real dos que frequentam e garantindo a
sistematização de saberes, a luz de conhecimento cientifico cultural já produzido pela
humanidade.
Ao atingir parte deste objetivo a escola estará dando a sua contribuição
para a formação de cidadãos com uma certa parcela de conhecimento, dignidade,
sensibilidade e cooperativismo produzindo um mundo mais humano e justo.
Promover a valorização do ser humano através da aquisição do
conhecimento sistematizado produzido historicamente, bem como da produção deste, do
resgate de valores (amor, solidariedade, amizade, justiça, ética, entre outros) onde todos
os envolvidos no processo (direção, professores, funcionários, equipe pedagógica,
alunos, pais e comunidade) compreendam que são agentes históricos, capazes de
transformar a realidade e juntos construirmos uma escola pública de qualidade é para
todos.
3.2- Objetivos específicos
• Valorizar os alunos de acordo com suas características e especifidades
respeitando sua diversidade histórica, étnica cultural, religiosa, social e
econômica, dando ênfase á importância destes como sujeitos de transformação
do local onde vivem;
• Contemplar os alunos do período noturno com atendimento diferenciado dentro do
processo ensino-aprendizagem, pois são alunos que estão em distorção com o
padrão idade-serie;
• Valorizar os alunos oriundos do campo, que são na sua maioria de
assentamentos, enfatizando a importância dos mesmos como agentes
transformadores de sua comunidade local;
• Valorizar a escola como espaço de apropriação do saber, democrática, visando
diminuir a seletividade social, criando possibilidades de igualdade, conforme prega
na sua essência a escola publica;
• Assumir uma opção consciente e profissional, pelas propostas educacionais
transformadoras, democráticas, críticas e solidárias.
• Guiar ações, metas e objetivos, respeitando os procedimentos administrativos e
pedagógicos, propostos e impostos pelo sistema educacional, com
comprometimento e profissionalismo.
• Garantir aos alunos o atendimento necessário das horas-aulas, dias letivos,
proposto pelo calendário escolar, para sua real necessidade de obter
conhecimentos.
• Garantir a comunidade escolar a construção de pensamentos coletivos visando
criar na instituição uma garantia de decidir autonomamente sobre questões
relativas as características locais
4 – Marco Situacional
Desde os primórdios o ser humano busca explicações para o mundo, sua
evolução e seus fenômenos naturais, e tenta encontrar meios de melhorar a sua vida,
transformando a natureza e adaptando-a às suas necessidades.
O domínio do fogo, a invenção da roda, a manipulação genética, as
descobertas espaciais, tudo é resultado das indagações do homem diante de sua
realidade.
As interpretações variam de povo para povo de acordo com as ideias
produzidas na mente humana assim como explicações e argumentações sobre
fenômenos naturais e sociais.
O pensamento científico é recente se considerada a história da evolução
humana.
O educando chega à escola estruturado por conhecimentos histórico-
cultural, adquirido em convívio social, familiar, com sua comunidade local e com o
mundo.
O Brasil e o mundo estão passando por mudanças econômicas, sociais,
culturais, religiosas e políticas, mudanças estas que influem diretamente na educação,
pois a ideia da globalização é de formar uma grande aldeia internacional de integração
dos povos. E a educação por sua vez deve acompanhar essas mudanças e formar
cidadãos que sejam capazes de se fazer presente e intervir nessa sociedade.
O grande desafio dos professores é promover no educando o
desenvolvimento de suas diferentes capacidades, conscientes de que a apropriação dos
conhecimentos socialmente elaborados é a base para a construção da cidadania e da
sua identidade.
A sociedade, em qualquer tempo, apresenta relações estruturais básicas,
que são as relações entre os homens, resultantes da forma como essa sociedade produz
a vida pelo trabalho. Assim os diferentes modos de produção determinam, em última
instância, as relações sociais, colocando para aquela sociedade, determinadas
necessidades que o conjunto dos homens vai responder. As respostas a uma sociedade
constituem o conhecimento. Nesta perspectiva deve-se mostrar ao educando que o
conhecimento não é uma verdade pronta, acabada, mas que tudo é feito e construído
pelos homens, na dinâmica própria de cada sociedade.
É função da escola e obrigação da escola pública respeitar a diversidade
cultural, social e econômica dos educandos, reconhecer que eles são portadores de
cultura, que trazem especificidades e características que tem implicações de sentidos
que produzem a partir dos conteúdos que lhes são apontados. A ciência disso é
necessário que os alunos sejam reconhecidos como cidadãos e que tenham sua história
de vida conhecida e considerada, sua classe social respeitada, tendo claro que os papéis
desempenhados pelas classes sociais na divisão do trabalho são diferentes e
determinam experiências também diferentes, que refletem no modo de falar e no seu
comportamento. Tudo isso deve ser considerado pela educação escolar numa visão
transformadora não seletiva, não excludente, de forma mais ampla.
Diante disso a Escola Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental tem
definido como metas e objetivos, a realização de ações que visa um trabalho de
integração da comunidade local com a comunidade escolar fazendo do espaço publico
um local não só de alunos e professores, mas de toda a família dos alunos e demais que
entornam a escola. A integração escola-comunidade reflete na de forma positiva criando
uma cumplicidade de comprometimento em relação á educação e principalmente em
relação á escola publica. A realização de eventos extra-calendário escolar, a
manutenção e a criação de projetos a longo prazo e a realização de eventos pontuais em
parceria com outros órgãos públicos, entidades, associações e empresas, faz com que a
comunidade local se aproxime e se interesse mais pelos problemas e necessidades da
escola.
A valorização da importância e o incentivo da participação de alunos e
professores de projetos oficiais como Projeto Fera, projeto Consciência, Jocops, etc, tem
sido uma constante assim como a realização de projetos próprios existentes já a longo
prazo como: projeto ambiental “Eu protejo a vida na terra”, Projeto Musical “Flauta
Mágica”, Projeto de leitura “Tá todo mundo lendo” assim como projeto de parceria com
empresa, “Clube da arvore”.
O Projeto “Eu protejo a vida na terra, desenvolve anualmente atividades de
conscientização ambiental com coleta de lixo, plantio de espécies arbóreas urbanas e
plantio de espécies nativas em mata ciliar e reserva legal. O projeto “Flauta Mágica”
proporciona aos alunos aulas de iniciação musical através de flauta e violão. O Projeto
“Tá todo mundo lendo” visa incentivar de forma trans-disciplinar, proporcionar ao aluno
momentos de leitura sem a de obrigação de ler. O Projeto “Clube da árvore”, em parceria
com a Souza Cruz proporciona aos alunos o estudo das espécies, além de coleta de
espécies locais para troca com sementes de outras regiões do Brasil. Além desses
projetos estamos implantando em parceria com a Paraná Esporte o Projeto “Segundo
Tempo” que visa atender duzentas crianças em contra turno com atividades esportivas,
recreação com fornecimento de material esportivo necessário, camisetas e alimentação.
A importância da Equipe pedagógica escolar, em conhecer, quem são seus
alunos, como vivem e o que fazem é fundamental no sentido de diagnosticar de onde
vem sua clientela escolar e atenção que cada um deve receber visando suas
necessidades, seus problemas, suas preocupações, e desenvolver autoconfiança,
confiança nos outros, e melhorar sua auto-estima ampliando as possibilidades de
melhorar o desempenho escolar.
As situações mais comuns são as crises de adaptação das 5ªs séries, os
problemas com a chegada da puberdade e adolescência, a ociosidade, rebeldia,
indiferença, problemas que ocorrem pela idade ou quando o sistema familiar está
desestruturado. Normalmente a criança, jovem ou adolescente está sinalizando o
problema, quando o mesmo é diagnosticado na escola. Ao elaborar esse Projeto Político
Pedagógico, a escola propõe algo que ainda não existe, mas que é uma possibilidade
real, da qual possa se aproximar gradativamente.
Com o desenvolvimento das ações pretende-se que a escola desempenhe
melhor o seu papel na função dos seus educadores, tendo em vista todas as
transformações que a sociedade vivencia.
A ação pedagógica vem sendo desenvolvida junto aos educandos, pois os
mesmos apresentam resultados de aprendizagem abaixo do desejado. Esse trabalho é
realizado em contra turno, com o objetivo de proporcionar, estimular e efetivar a
aprendizagem dos conteúdos não assimilados.
Essa prática é realizada através das Salas de Apoio, das disciplinas de
Matemática e Língua Portuguesa.
A Sala de Apoio de Matemática tem por objetivo proporcionar aos alunos
da 5ª série com dificuldade de aprendizagem e falta de pré-requisitos, oportunidade de
aprendizagem com atividades diferenciadas de forma a desenvolver o raciocínio lógico e
facilitar assim o desenvolvimento na sala de ensino regular.
Sabendo da dificuldade de aprendizagem quanto aos problemas
relacionados ao ensino da Língua Portuguesa, isto é, o domínio da leitura e da escrita,
decidiu-se criar Salas de Apoio à Aprendizagem para os alunos da 5ª série. Visto que
cabe ao sistema de ensino criar condições possíveis para que o direito à aprendizagem
seja garantido ao aluno.
A prática pedagógica desenvolvida nas aulas de apoio de Língua
Portuguesa atende às necessidades particulares e gerais dos alunos. Isso se dá através
de um material pedagógico diferente do utilizado em sala de aula. Na sala de Apoio o
mais importante é que o professor garanta ao aluno a oportunidade de enfrentar o
desafio da leitura, da escrita para que esse aluno tenha realmente uma aprendizagem
efetiva.
A Sala de Recurso como o próprio nome diz é um serviço especializado de
natureza pedagógica e apoio que complementa o atendimento em classe comum do
ensino fundamental de 5ª a 8ª séries e também como facilitador da inclusão.
Os alunos da Sala de Recurso são aqueles que apresentam problemas de
aprendizagem com atraso intelectual significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou
deficiência mental.
O trabalho desenvolvido na Sala de Recurso parte do interesse,
necessidade e dificuldade de aprendizagem específicas de cada aluno, através da
elaboração de uma programação que contemple as áreas do desenvolvimento cognitivo,
motor, sócio-afetivo e emocional, dando subsídios aos conceitos e conteúdos defasados
por meio de uma metodologia e estratégias diferenciadas.
Essas ações pedagógicas visam melhorar o índice de aprovação, o ensino
aprendizagem e erradicar a evasão escolar.
Os professores procuram ir além da sala de aula e valorizam todo o saber
adquirido pelo educando em sua vida familiar.
Essa é a missão da nossa escola hoje, formar cidadãos que saibam
analisar, decidir, planejar, expor e ouvir ideias que os levem a ter uma participação ativa
na sociedade.
5 - MARCO CONCEITUAL
O homem é antes de mais nada, um ser com necessidade de se agrupar,
de viver em sociedade, pois sozinho não vai a lugar nenhum.
Através dos agrupamentos humanos estabelece-se as relações sociais,
econômicas, políticas e culturais.
Existe ainda a unidade da língua, cultura, tradições comuns, costumes e
leis regem os interesses coletivos, mas que, sempre de alguma forma favorecem as
classes predominantes.
Conforme pensamento de Karl Marx, que revelou a historicidade do
conhecimento e do ser humano e da formação socioeconômica destacando que as
sociedades humanas encontram-se em contínua transformação e que os conflitos e as
contradições existentes entre as classes sociais constituem o motor da história.
No Brasil também passamos por algumas transformações, com isso,
algumas vezes nos encontramos em situações excludentes, seletivas e injustas, mas é
dentro do contexto educacional que devemos criar as bases para uma sociedade justa e
igualitária.
É na escola que se pretende desenvolver projetos para valorização dos
alunos provenientes das mais diversas formas de estruturação familiar trabalhando
valores éticos e os exercícios da cidadania, valorizando-os com ser humano e
resgatando a dignidade e a auto-estima.
HOMEM
O homem é um ser material que faz parte da natureza, o homem diferencia-
se da natureza, que é como Marx diz “o corpo inorgânico do homem” porém para sua
sobrevivência precisa com ela se relacionar, já que dela provém às condições que lhe
permite perpetuar-se enquanto espécie.
O homem também atua sobre a natureza em função de suas necessidades
e o faz para sobreviver enquanto espécie, altera a si próprio através dessa interação, o
homem vai se construindo, vai se diferenciando cada vez mais das outras espécies
animais.
O ser humano não vive isoladamente. As relações de trabalho, a forma de
organizá-lo e o nível técnico dos instrumentos disponíveis para a produção de bens
materiais é que compõem a base da sociedade.
A base de toda relação humana determina e condiciona a vida, o trabalho
objetiva a produção de bens necessários à vida humana. Da sua maneira de viver, da
forma como se relaciona com os outros e das suas próprias necessidades surgem as
ideias que são expressões reais das relações e suas atividades.
A produção de ideias é a linguagem que determina as ações humanas, que
constroem o próprio homem, quer seja no sentido biológico ou espiritual, negando a
concepção de uma natureza pronta, imutável, algo independente do homem.
O homem se apropria de sua essência universal. Cada uma das suas
relações humanas com o mundo são imediatamente coletivos em sua forma, em seu
comportamento objetivo, necessários para fazer o homem corresponder a sua essência
natural. O homem compreende e precisa se relacionar com a natureza uma vez que
precisa dela para sobreviver.
Quanto mais o homem se relaciona com os outros, mais estará
transformando o próprio ser, então produzirá princípios e ideias de acordo com suas
relações sociais. Através do trabalho o homem constrói sua história e transforma a
natureza e a sociedade, sendo assim capaz de intervir no mundo, de comparar, de
ajuizar, de decidir, de romper, de escolher, são capazes de grandes ações, de
dignificantes testemunhos, mas capaz também de impensáveis exemplos de baixeza e
de indignidade, daí provém o grande engajamento da educação tornando-o um ser
social.
EDUCAÇÃO
De acordo com o artigo 2º da LDB nº 9394/96, a educação é dever da
família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana. Em sentido mais amplo a educação diz respeito à existência humana em toda a
sua duração. Portanto é um processo que decorre de um fenômeno no tempo. É
determinada pelo interesse que move a comunidade a integrar todos os seus membros.
Como o individuo não vive isoladamente, sua educação é continua. Não existe
sociedade sem educação. Ainda que nas formas primitivas possa faltar a educação
formalizada institucionalizada, nenhum membro da comunidade é absolutamente
ignorante, do contrário, não poderá viver.
Na verdade a educação está no interesse da sociedade para aproveitar
seus fins coletivos, a força do trabalho de cada um de seus membros, sendo mais uma
função da sociedade e como tal sempre depende de seu grau de desenvolvimento.
A educação enquanto fenômeno se apresenta como uma comunidade
entre pessoas livres em graus diferentes de maturação humana, numa situação histórica
determinada. Por isso se define como papel das instituições educacionais. “Ordenar e
sistematizar as relações homem meio para criar condições ótimas de desenvolvimento
das novas gerações, cuja ação e participação permite a continuidade e a sobrevivência
da cultura e, em última instância, do próprio homem” portanto, o sentido da educação, a
sua finalidade é o próprio homem, quer dizer, a sua promoção. (Saviani, 1985 - p.51).
Nossa escola como instituição educacional visa as informações
necessárias à educação a fim de promover o aluno de acordo com o seu aprendizado.
É preciso que a educação esteja em seu conteúdo, em seus programas e
em seus métodos, ajustados ao fim que se persegue permitindo ao homem chegar a ser
sujeito, construir-se como pessoa transformar o mundo e estabelecer com os outros
homens relações de reciprocidade, fazer a cultura e a história...(Freire).
A escola tem procurado caminhos para dar condições ao aluno, através do
ensino aprendizagem para que ele adquira não só conhecimento dos conteúdos, mas
também valores a fim de formar relações com os outros e realizar a sua história
envolvendo outras histórias...
ESCOLA
A escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber
sistematizado, científico e cultural, elaborando métodos e formas de organização do
conjunto das atividades da escola, isto é, do currículo (organização do conjunto das
atividades nucleares distribuídas no espaço e tempo escolares). Um currículo é, pois
uma escola funcionando, quer dizer, uma escola desempenhando a função que lhe é
própria. Em suma, pela mediação da escola, dá-se a passagem do saber espontâneo ao
saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita.
A valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o
melhor serviço que se presta aos interesses populares, que a própria escola pode
contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la democrática se a escola é a parte
integrante de todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da
sociedade.
A evolução do conhecimento individual ou da humanidade se dá
progressiva e interativamente através do confronto com a realidade.
A aquisição de todo conhecimento parte da ação. É nela que deverá estar
baseado o ensino escolar. Ao invés de memorizar os conhecimentos expostos pelo
professor, o aluno deverá aprender a sentir, perceber, compreender, conceituar,
raciocinar, discutir e transformar o aprendizado.
Sendo a escola parte integrante de um todo social, agir dentro dela é
também agir no rumo da transformação da sociedade.
A atuação da Escola Estadual Santos Dumont – EF, consiste em analisar
os problemas atuais criticamente e criar meios para solucioná-los, de forma que o aluno
esteja preparado para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhes
instrumentos por meio da aquisição de conteúdos e socialização para uma participação
organizada e ativa na democratização da sociedade. Deve responder as necessidades
de assimilar a aprendizagem, socializar, transmitir cultura e valores, de integrar,
promover a cidadania, satisfazendo o desenvolvimento pessoal e a realização do
indivíduo, formando seres humanos felizes e equilibrados, de forma que possam agir na
transformação da sociedade.
Consideramos que para obtermos sucesso na preparação do nosso aluno,
na escola o desenvolvimento da autodisciplina, faz-se necessário uma escola
“disciplinada” e “organizada” de forma que a autoridade nunca possa ser confundida com
o autoritarismo e que os educadores mantenham uma postura ética, coerente e
competente, proporcionando igualdade de oportunidades para todos. Uma escola de
qualidade em todos os sentidos, sem privilégios com espaço aberto para todos sem
discriminação.
Nossa escola deve ser uma escola de qualidade que presta serviços
públicos gratuitos, de qualidade pedagógica, sem privilégios, com espaço aberto para
todos, sem discriminação, ser responsável pelo desenvolvimento cognitivo, afetivo e
moral dos alunos, fazendo com que o aluno seja capaz de saber mais sobre si e que
consiga refletir a realidade que o cerca, que tenha discernimento do justo, que seja
coerente e consequente, que aprenda e se desenvolva, vencendo seus limites e
dificuldades para aprender, podendo atuar no trabalho e na sociedade.
Enfim, o papel de nossa escola consiste em promover a aprendizagem dos
alunos e criar condições para que o conhecimento seja apropriado a todos, buscando
sempre a autonomia na elaboração do seu norteamento pedagógico, respeitando as
diretrizes, mas visualizando as características dessa comunidade escolar como fato
gerador.
AVALIAÇÃO
Como elemento balizador dos caminhos percorridos por esta escola
podemos investir no processo de avaliação como um termômetro a nos indicar a rota
certeira e sinalizar os inevitáveis desvios que o caminhar pode provocar.
Para tanto sentimos a necessidade de, neste documento, definirmos o que
entendemos por avaliação.
A avaliação configura-se como um processo amplo que precisa acontecer
continuamente por meio de um conjunto adequadamente planejado de ações
organizadas que objetivam obter informações.
A avaliação, por ser processo contínuo, visa à correção das possíveis
distorções e ao encaminhamento para a consecução dos objetivos previstos. Trata-se da
continuidade de informações aos alunos e não da continuidade de provas. O processo
de avaliação se coloca como elemento integrador e motivador e não como uma situação
de ameaças, pressão ou terror. A avaliação abrange o desempenho do aluno, do
professor e a adequação do programa.
Nossa escola propõe que a avaliação seja mediadora, formativa e
somativa, pautada na ação-reflexão-ação dos envolvidos no processo educacional.
A avaliação institucional é instrumento valioso para a construção do
conhecimento, num processo dinâmico de competências técnicas e políticas em todos os
campos. Nesta perspectiva, os critérios de qualidade devem incorporar valores culturais,
éticos, filosóficos, sociais, psicológicos enfim, valores humanos.
Em consonância com a concepção de avaliação aqui definida faz-se
necessário redefinirmos a concepção que norteará as relações no estabelecimento de
compromisso nesta caminhada, nos definimos pelos: Princípio da gestão democrática,
acesso, permanência e qualidade do ensino-aprendizagem.
Para a administração democrática de um estabelecimento de ensino em
determinado período, há que se considerar o conhecimento histórico da realidade da
comunidade local e escolar, pois somente com esses dados é que se pode pensar em
construir um plano de ação que venha gerar execuções de projetos e determinar metas
para o coletivo e não somente para alguns alunos. Cada comunidade tem características
únicas que tem que ser trabalhadas de forma especifica, renegando quaisquer práticas
discriminatórias ou excludentes. O primeiro passo para se “construir” uma escola de
qualidade é a integração da família no contexto. O conhecimento da escola pela família e
vice versa, sua afinidade com aqueles que ali trabalham são ponto determinante do
processo ensino-aprendizagem. Para isso é necessário também à integração harmônica
de todos os segmentos dentro da escola.
O Diretor, Diretor-Auxiliar, Equipe Pedagógica, Professores, Agentes
Administrativos, Agentes de Apoio, enfim, todos os envolvidos na escola deverão estar
abraçando esta causa, mas sempre um respeitando a função do outro, dessa forma o
aluno sempre saberá a quem se dirigir de acordo com o seu problema sem confundir a
função de cada um.
Além dos princípios de gestão democrática também serão valorizadas para
um melhor desempenho escolar dos alunos, as propostas de formação continuada,
grupos de estudos e eventos culturais que os educadores participam.
O Diretor e Diretor-Auxiliar, dirigentes articuladores, ao assumir a função
administrativa da escola não podem se limitar a cumprir as leis e normas que regem o
seu estabelecimento têm que ser acima de tudo integrador e participativo passando a
confiança necessária a seus colaboradores e professores para que estes tenham a
liberdade e a certeza de que podem tomar iniciativas próprias no desenvolvimento de
suas ações, criando assim uma cumplicidade positiva com toda a comunidade escolar.
A responsabilidade de funcionamento de uma escola tem a participação de
vários segmentos, além da participação administrativa do diretor: CONSELHO
ESCOLAR, que é órgão de apoio, deliberativo e resolutivo diante as questões mais
espinhosas que possam vir a ocorrer dentro do estabelecimento, além de promover a
articulação entre os segmentos da comunidade escolar a fim de garantir o cumprimento
de sua função pedagógica e o estabelecimento de linhas gerais com relação à política
educacional e organizacionais do estabelecimento; APMF – associação de pais, mestres
e funcionários que busca dar apoio financeiro, e é de certa forma um parceiro importante
que dá fortalecimento na administração e fiscalização quanto á utilização de recursos
financeiros, sejam estes recursos oficiais como fundo rotativo e PDDE ou recursos
absorvidos da comunidade através de promoções, doações ou contribuições
espontâneas. Alem disso há outros instrumentos norteadores importantes dentro desse
contexto: o Projeto Político Pedagógico que normatiza as diretrizes principais de
construção do trabalho pedagógico, com pressupostos metodológicos e metas a serem
cumpridas, baseadas nas características da comunidade a qual está inserida a escola e
na qual têm que ser tomadas ações a partir de sua realidade e não o oposto,
REGIMENTO INTERNO que é o instrumento que regula todo o sistema de
funcionamento dentro do estabelecimento de ensino, sempre de acordo com as leis,
normas e instruções remetidas pela SEED.
5.1 - Plano de formação continuada para professores (proposta
pedagógica)
De acordo com Paulo Freire pensar certo e saber ensinar não é transferir
conhecimento é fundamentalmente pensar certo, é uma postura exigente, difícil, às
vezes penosa, que temos de assumir diante dos outros e com os outros, em face do
mundo e dos fatos, ante nós mesmos.
O professor é consciente de que a Proposta Pedagógica realmente
caminha para uma mudança na Educação. Exige professores comprometidos com a
mesma.
Estando a maioria dos professores comprometidos com essas mudanças
que vem ocorrendo no sistema escolar sabe-se da necessidade de estar em constante
processo de atualização para alcançar e incorporar essas mudanças pretendidas.
A preocupação com isso leva a perceber a necessidade de criar e organizar
grupos de estudos por disciplinas e horas de estudos por temas. Os grupos de estudos
serão criados para que o professor possa estudar e atualizar seus conhecimentos e
trocar experiências para que o ensino-aprendizagem transcorra de forma dinâmica e
efetiva.
Sendo o Estado a entidade mantenedora desta escola, o corpo docente da
mesma participará sempre que possível dos seminários, das capacitações e outros
cursos que serão ofertados pela Secretaria de Educação e outros órgãos estaduais na
Universidade do Professor em Faxinal do Céu ou em outros locais que forem
determinados. Os professores continuarão a participar de cursos à distância fornecidos
pela TV Escola, TV Paulo Freire etc.
Conforme conquistas conquistadas junto ao Governo, a Hora Atividade faz
parte do horário normal do professor, onde em local apropriado com material à
disposição o professor pode desenvolver suas atividades, que é destinada aos estudos
do professor, planejamento, reuniões pedagógicas, atendimento á pais e aos alunos de
forma individual e diferenciada entre outras atividades de caráter pedagógico e que deve
ser cumprida de forma integral pelo professor, na escola, em local de exercício e no
mesmo turno das aulas, conforme instrução normativa 11/2006 – SEED/SUED.
De acordo com a participação e dedicação dos professores é que as
mudanças irão ocorrer.
5.2 - O Currículo da Escola Pública (Proposta pedagógica)
Considerando-se todos os aspectos teóricos que se acredita serem
necessários para efetivação do Projeto Político Pedagógico é importante pensar que ele
está presente na realidade educacional de todos os indivíduos envolvidos no processo
ensino-aprendizagem; sobre os aspectos escolares primar-se-á pelo estímulo à
criatividade, pelo aprimoramento da capacidade inventiva, pela curiosidade, pela
afetividade, pela boa convivência, pela superação das inquietações e principalmente,
pela busca da compreensão do seu próprio potencial (elementos esses que levam ao
conhecimento desejado quando acontece a superação da força física e material).
A pedagogia que se propõe é aquela que deve favorecer a valorização da
diversidade e da qualidade visando a busca do prazer e do fazer bem feito; pois a escola
deve ter como foco à plena realização do ser para que este possa através do ensino
realizado aqui na escola desenvolver suas habilidades cognitivas, afetivas e
psicomotoras.
A Escola Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental, tem como ponto
de partida o respeito dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres, para que
o educando possa exercer plenamente a política da igualdade. As condutas e atitudes de
todos os envolvidos na atividade educacional devem ter por princípio a participação, a
solidariedade e o senso de responsabilidade por aquilo que é de todos.
O currículo deve ser trabalhado como um elo de ligação onde se possa
fornecer elementos para superação das desigualdades, dos preconceitos, da
discriminação, ou seja, ele deve promover a busca do respeito, da solidariedade, da
responsabilidade e promover condições para que a escola seja um espaço de
conhecimentos, de linguagem, de conceitos e principalmente de identidade.
E pensando assim, a escola deve ter um caráter consolidador entre valores
do mundo moral e outros valores, porém dando condições para que o educando possa
desenvolver-se plenamente. A escola deve privilegiar os valores humanos, as atitudes e
a compreensão do momento histórico vivido.
Considerando que o saber deve ser democrático e socializado, o trabalho
da escola deve ser construído e transformado coletivamente, ser dinâmico e produtivo
para que possa garantir a união entre a teoria e a prática, a superação do conhecimento
específico, levando ao conhecimento geral das relações individuais para a coletiva, bem
como, relacionando os saberes adquiridos na prática do dia-a-dia com o conhecimento
adquirido na educação institucional.
Propõe-se então que a construção do conhecimento a ser trabalhado por
esta escola seja desenvolvida de maneira que possa respeitar as fases do
desenvolvimento humano, partindo do conhecimento concreto para o abstrato a fim de
que possa garantir, a compreensão e a assimilação que é exigida no processo ensino-
aprendizagem.
A Escola Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental, considera de
suma importância o envolvimento de todas pessoas que fazem parte do sistema
educacional, e que estas sejam verdadeiramente comprometidas político e
profissionalmente com o processo, para que este possa garantir que se cumpra o
verdadeiro papel da escola, proposto pela identidade ética e política almejado por todos.
Então, para tal, propõe-se uma metodologia que busque a transposição didática.
A postura didático-pedagógica desta escola volta-se para a realização
efetiva do processo ensino-aprendizagem, que seja alavancador das possibilidades do
educando e que possa garantir o desenvolvimento do saber específico, onde se terá por
critério a contextualização e a interdisciplinaridade.
6. Marco Operacional (PPP)
6.1 – Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico.
Entendida a educação como apropriação da cultura humana produzida
historicamente e a escola como instituição que provê a educação sistematizada,
sobressai a importância das medidas, visando à realização eficiente dos objetivos da
instituição escolar, em especial da escola pública, voltada à formação de cidadãos
responsáveis, ávidos ao conhecimento, criativos, autônomos, capazes de produzir novos
saberes e de transformar a sociedade.
Para sanar os problemas apresentados e atingir os objetivos propostos
nossa escola propõe algumas ações:
• Organizar periodicamente oficinas com atividades diversificadas para os alunos que
apresentarem dificuldades de aprendizagem, proporcionando a eles um melhor
aprendizado;
• Realização de reuniões bimestrais com professores, conselho escolar, APMF para
socializar as conquistas, discutir os problemas que surgirem e juntos pensar
possibilidades e traçar metas projetando a construção de uma escola de qualidade
para todos.
• Palestras que poderão contribuir para melhorar a auto-estima dos alunos e
funcionários: auto-estima, motivação, aprimoramento pessoal, leis, etc.
• Participação dos alunos e professores no evento cultural FERA, como
desenvolvimento de habilidades artísticas e elevação da auto-estima.
• Ação participativa dos alunos no JOCOPS, incentivando o seu desenvolvimento no
esporte, socializando-o e valorizando seu esforço e do professor.
• Realizar projetos para apropriação do conhecimento sobre Educação Ambiental,
“Com Ciência”, etc., aulas de informática, visando o desenvolvimento da ética e
cidadania.
• Parceria com a saúde com palestras que promovam a qualidade de vida: Higiene
pessoal, saúde pública, etc.
• Direcionar o trabalho de forma a contribuir com a cultura da paz, criando um clima de
harmonia entre professores, alunos funcionários e direção.
• Analisar os conteúdos de Ensino Religioso de acordo com o planejamento do
professor, de modo que os alunos aprendam o essencial para atuar no convívio com
a sociedade.
• Sala de recursos – destina ao atendimento em contra turno de alunos que
apresentem distúrbios de aprendizagem.
• Sala da apoio de português e matemática – destina a atender alunos de 5º series que
apresentem deficiência de aprendizagem nestas disciplinas.
• Contribuição mensal voluntária dos professores e funcionários para melhoria da
qualidade do processo ensino-aprendizagem.
Nossa escola, conta com a seriedade, responsabilidade e competência de
nossos educadores e funcionários para juntos realizarmos os planos propostos e
promover os alunos preparados para prosseguir nas séries seguintes, sendo esse nosso
principal objetivo.
A avaliação está diretamente ligada aos objetivos estabelecidos. Na maioria
das vezes, inicia o próprio processo de aprendizagem, uma vez que se procura, através
de uma pré-testagem conhecer os comportamentos prévios, a partir dos quais serão
planejadas e executadas as etapas seguintes do processo de ensino aprendizagem.
(Mizukami, 1986 p.34).
Dessa forma a avaliação da aprendizagem dos alunos é determinada pelos
objetivos propostos no início do curso, da disciplina ou da unidade instrucional, pois os
elementos a serem avaliados devem ser os mesmos estabelecidos nos objetivos iniciais,
articulados com o projeto de ensino.
AVALIAÇÃO
Ao se pensar em projeto educativo não podemos deixar de lado o processo
avaliativo. Processo este que deve promover a autonomia e a democracia. Tendo caráter
diagnostico e formativo.
Diante disso, o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Santos
Dumont, será avaliado bimestralmente, pelos representantes de alunos, APMF, Conselho
escolar, professores, direção, funcionários e equipe pedagógica. Estes apontarão os
pontos positivos, o que precisa ser melhorado. (traçando metas, instituindo
procedimentos e instrumentos de ação como também poderão acrescentar aquilo que foi
contemplado no projeto e que acham necessário para a melhoria da educação).
6.2 – Critérios para elaboração do calendário escolar, horário letivo e não
letivo.
O calendário escolar proposto é baseado no que determina a lei 9394/96,
num total de no mínimo 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar, cujas atividades,
todas de cunho pedagógico, são programadas pelo estabelecimento de ensino,
distribuídas com no mínimo 800 horas por ano, 40 semanas com 20 horas aulas cada e
4 horas diárias; com a exigência de 75% de frequência mínima para aprovação.
O mínimo a que se refere para aprovação será de pelo menos a frequência
de 150 dias letivos ou 600 horas de aula.
Ao professor cabe o cumprimento das horas de aula, dos dias letivos dos
programas e planos pedagógicos para maior seriedade e qualificação do ensino.
No mesmo, ainda devem estar previsto dois dias para o projeto
pedagógico, quatro dias para reuniões pedagógicas, quatro dias para conselho de
classe, feriados do calendário civil, possíveis recessos, um dia de feriado próprio para
cada município e ainda garantir 60 dias de férias aos professores. Salientamos ainda que
esses dias não poderão ser computados no mínimo dos 200 dias que a lei determina.
Os eventos comemorativos de cunho pedagógico já estão previstos no
calendário escolar, de acordo com o sistema da escola, onde está incluída também a
semana cultural, a qual está incluída nos 200 dias letivos previstos.
A recuperação não está prevista no calendário escolar, pois a mesma é
feita no sistema de recuperação paralela, pois adotamos uma avaliação contínua,
permanente e cumulativa.
A organização da hora atividade está incluída no horário escolar, onde os
professores dispõem de uma sala especifica para fazer seus planejamentos, corrigir
atividades, preparando avaliações e trabalhos. Nessas horas o professor se propõe a
fazer recuperações de alunos com dificuldades na aprendizagem e prestar atendimento
aos Pais de alunos.
A hora atividade está dividida em horas de estudos, onde os professores
com a equipe pedagógica utilizam os estudos de texto para auxiliar a sua prática. Serão
utilizadas também para, momentos de planejamento, correções de trabalhos, avaliações,
registros de conteúdos, etc.
7 – AVALIAÇÃO (PPP)
A avaliação da aprendizagem é uma dimensão do trabalho pedagógico que
apresenta forte relação com o currículo desenvolvido na escola, com conteúdos
selecionados, com forma de ensino, com as situações de aprendizagem.
O baixo desempenho escolar que atinge grande parte da população
brasileira encontra nos mecanismos de avaliação uma das principais causas. Também
causas socioeconômicas, a reprovação tem grande peso na seletividade do ensino. É
crescente a tomada de consciência a respeito de se estudarem os fatores internos da
escola, reconhecimento que as práticas de ensino e avaliação são aspectos muito
importantes para evitar o abandono escolar por parte dos alunos, pois o que é
considerado mais importante, necessário e enfatizado é o conteúdo a ser repassado.
Nesse sentido pode-se afirmar que a situação da escola é direcionada para a avaliação.
Uma proposta para se formar cidadãos atuantes, esclarecidos e
autônomos, requer interferir sobre a avaliação, mudar de enfoque e agir de maneira a
torná-la favorável ao crescimento dos alunos. Isso significa corrigir os rumos desse
processo, numa direção coerente com a proposta pedagógica que se quer desenvolver,
considerando seus limites e possibilidades no contexto real de cada escola.
Ver a avaliação em uma perspectiva transformadora significa situá-la como
elemento de uma escola democrática, que não favoreça só o acesso das camadas
populares, mas, acima de tudo, a sua permanência no sistema de ensino. Significa
articular a avaliação a uma proposta educacional para a formação do aluno como
cidadão crítico, participante e autônomo, cuja apropriação significativa e crítica do
conhecimento constituiu o objetivo do processo ensino-aprendizagem. Isso significa
reconhecer aluno e professor como sujeitos socioculturais dotados de identidade própria
como gênero, raça, classe social, versões do mundo e padrões culturais próprios a
serem levados em consideração as práticas docentes e avaliativas tendo em vista uma
apropriação efetiva e significativa do conhecimento.
O processo de avaliação que se pretende para esta escola, é que se deixe
de lado a avaliação classificatória, exclusiva e individualista de cada disciplina parta para
a busca de um sistema avaliatório onde seja levado em conta a vocação e o talento
individual do aluno, naquilo em que o mesmo tenha mais interesse e não levando
somente o interesse individual de cada disciplina ou de cada professor, onde seja
superada a visão limitadora e se pense no ensino-aprendizagem como um todo
buscando uma aprendizagem efetiva e significativa.
A avaliação diagnostica é vista como processo de construção permanente,
de acerto de estratégias para mobilizar a aprendizagem, de auxílio a alunos e
professores.
Sendo assim serão usados instrumentos diversos que poderão ser
utilizados de acordo com a criatividade e a sensibilidade dos docentes e recursos
disponíveis em sua realidade. Provas, testes, questionários, roteiros de observação e de
entrevistas com alunos, pais de alunos, trabalho em grupo, teatro, apresentação
individual, seminário produção e escrita, projetos que busquem caracterizar o universo
social daqueles que freqüentam a escola e podem perfeitamente subsidiar o processo de
ensino-aprendizagem em uma perspectiva transformadora.
Para que haja uma análise dos resultados da avaliação devem-se usar
critérios que servirão de base para o julgamento da qualidade do desempenho,
compreendido não apenas como execução de tarefas.
Os critérios deverão estar voltados para a intencionalidades dos conteúdos
e não para os instrumentos de avaliação.
Os critérios deverão ser estabelecidos com clareza, no ato do planejamento
anual e plano de ação do professor, determinado qual é o padrão de qualidade que se
espera da conduta do aluno, após ser submetido a um instrumento de avaliação de um
determinado conteúdo.
Os critérios de avaliação devem favorecer transparência, a orientação do
trabalho dos alunos e a corresponsabilidade no processo de aprendizagem. Portanto,
remete-nos a compreender de critérios, instrumentos, forma e conteúdo caminham na
mesma perspectiva.
“O ser humano é um ser que avalia. Em todos os instantes de sua vida –
dos mais simples ao mais complexo – ele está tomando posição, manifestando-se como
não-neutro” C. C. Luckesi.
PLANO
CURRICULAR
2008
ARTES
ARTES
Apresentação da Disciplina
O Ensino de Arte retoma o seu caráter artístico e estético visando a
formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho
artístico.
Através da Arte, o indivíduo pode tomar conhecimento do mundo.
Na busca de efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa disciplina
ainda exige reflexões que contemplam a Arte como área de conhecimento.
O ensino de Arte deixa a ser coadjuvante no sistema educacional e passa
também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade
construída historicamente e em constante transformação.
A Arte tem em comum com outras áreas de conhecimento um caráter de
busca de sentido, criação, inovação. Essencialmente por seu ato criador, em qualquer
das formas de conhecimento humano.
OBJETIVOS
O estudo da arte, música, dança, teatro e artes plásticas tem como objetivo
principal de assegurar o desenvolvimento da imaginação e autonomia do mesmo. Para
que os alunos sintam-se realizados a partir de atividades de expressão artística que
exploram a imaginação e a criatividade do aluno, partindo do pressuposto de que o
conhecimento é inato, para se construir partindo da realidade a sua transfiguração na
representação artística. O papel da escola ao trabalhar com conhecimentos necessários
ao aluno, para que este reconheça e interprete obras de arte, a realidade humana social.
A arte é uma forma especifica de conhecimento da realidade e do fruto do
seu fazer criativo, impondo domínio determinação e procedimento norteado pelo
conjunto desses campos conceituais a construção de conhecimento em arte se efetiva
na inter-relação de saberes que se concretiza na experimentação e da contextualização
histórica, apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são
interdependentes e articulados entre si, abrangem todos os aspectos do objetivo de
estudo.
A linguagem artística possibilita ao aluno as condições de ver e de sentir,
que são diferentes de traduzir a leitura da realidade, o conhecimento, compreensão do
mundo humano. A arte é um processo de humanização e o ser humano, como criador,
produz novas maneiras de ver e de sentir, que são diferentes em cada momento
histórico e em cada cultura.
Os objetivos de Educação Artística se sustentam sobre três pilares:
• Formação dos sentidos;
• Conhecimento artístico;
• Atividade de apreciação e produção artística
CONTEÚDOS
5ª Série:
Artes Visuais
• Imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura)
• Forma
• Tamanho, espaço, materiais, leitura de imagens, ponto, linha, figura, fundo
• Textura tátil e gráfica
• Movimento: ritmo e equilíbrio
• Cor: pigmento
• Imagens virtuais – vídeo – arte (O estudo da história da África e dos africanos)
Dança
• Movimento: improvisações coreográficas (exploração mais espontânea das
possibilidades de um movimento corporal dentro de um ritmo) ritmo afro-brasileiro
• Espaço: pessoal, níveis e planos
• Ações: saltar, deslocar, encolher, expandir, girar, inclinar, gesticular
• Dinâmica/ritmo
Música
• Som: sons naturais e produzidos; variações do som
• Origem da música
• Improvisações musicais
• Música afro-brasileira
Teatro
• Personagem: processo individual e/ou em conjunto, direta e indireta
• Expressão corporal
• Expressão gestual
• Expressão vocal
• Expressão facial
• Ação cênica: enredo por meio de falas, gestos ou mímica
6ª Série
Artes Visuais
• Imagens bidimensional: desenho, pintura, gravura, fotografia
• Imagens tridimensional: escultura, instalações
• Forma: tamanho, espaço, materiais
• Leitura de imagens: compreender ponto, linha, figura, fundo, semelhança,
contraste e simetria
• Textura: tátil e gráfica
• Movimento: movimento e equilíbrio
• Cor: pigmento, cores quentes e cores frias
• Imagens virtuais: vídeo - arte (movimento contra escravidão)
Dança
• Improvisações coreográficas: movimentos organizados sem planejamento prévio,
exploração mais espontânea das possibilidades de movimento corporal dentro de
um ritmo
Música
• Qualidades do som
• Intensidade: dinâmica
• Duração: pulsação/ritmo
• Altura: grave/agudo
• Timbre: fonte sonora/ instrumentação
Teatro
Personagens
• Expressão corporal: motora e emotivas
• Expressão gestual: gestos isolados ou simultâneos
• Expressão vocal: voz que pode ser falada, cantada ou emitidas por outros sons
vocais.
• Expressão facial: através do semblante
• Ação cênica: improvisação cênica
• Dramatização
7ª Série
Artes Visuais
• Imagens bidimensionais: desenho, pintura, gravura, fotografia, propaganda visual
• Imagens tridimensionais: escultura, instalações, construções arquitetônicas
• Forma
• Leitura de imagens bidimensional, tridimensional (volume real) ponto, linha, figura,
fundo,semelhanças, constantes e simetrias
• Movimento:ritmo e equilíbrio
• Cor: escala de cores (policromáticas, monocromática e isocromáticas)
• Percepção da cor: tons e matizes
• Luz: decomposição da luz branca, espectro solar
• Cultura Afro-brasileira (imagens)
Dança
• Movimento: corpo movimento
• Composição coreográficas
• Improvisações coreográficas
Música
• Composições musicais: melodia, harmonia, ritmo, combinação de diversas
melodias (Afro-brasileira)
• Improvisações musicais
• Interpretação musical
Teatro
• Representação teatral direta e indireta
• Improvisação cênica
• Dramatização
• Improvisação cênica da cultura Afro-brasileira
8ª Série
Artes Visuais
• Imagens bidimensionais: desenho, pintura, gravura, fotografia, propaganda visual
• Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, construções arquitetônicas
• Forma
• Leitura de imagem: ponto, linha, figura/fundo, semelhanças, contraste e simetria
• Movimento: ritmo e equilíbrio
• Luz:sombra
• Cor: pigmento
• Percepção da cor: tons e matizes
• Imagens virtuais: televisão, vídeo-arte (a luta dos negros no Brasil)
• A cultura Afro-brasileira: máscaras, pinturas corporais
Dança
• Movimento
• Corpo
• Espaço
• Tempo: ações
• Dinâmicas/ ritmo
• Composição coreográficas
• Improvisações coreográficas
• Cultura Afro-brasileira: rituais religiosos e não religiosos
Música
• Composições musicais
• Improvisações musicais
• Interpretações musicais
Teatro
• Personagem
• Representação teatral direta e indireta
• Improvisação cênica: diálogo, cenografia, iluminação e sonoplastia
• Ação cênica: enredo, roteiro e texto dramático (rituais religiosos da cultura Afro-
brasileira)
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Consideramos que na Educação o ensino de arte, é a análise dos modos
de compor, tendo como pressuposto as relações sociais de produção. Possibilite o aluno
ampliar o repertório a partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizando,
aproximando-o do universo cultural da humanidade na suas diversas representações.
Nessa proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de
pensamento, aprender e expandir suas potencialidades criativas.
AVALIAÇÃO
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos
caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os
avanços e dificuldades percebidas em suas criações, produções. O professor observará
como o aluno soluciona as problematizações apresentadas e como se relaciona com o
colega nas discussões e consenso de grupo.
O aluno como sujeito desse processo também irá elaborar seus registros
de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, possibilitando
oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir a sua produção e a dos colegas,
sem perder de vista a dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos
conteúdos das linguagens artísticas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
______Educação, Corpo e Arte – IESDE – Isis Moura Tavares, co-autora Consuelo
Alcione Borba Duarte Schlichta
CIÊNCIAS
CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta
e aprender com eles, a ciência já estava presente, embora não apresentasse o caráter
sistematizador do conhecimento. Mesmo antes da descoberta do fogo o homem já
utilizava técnicas para apanhar alimentos, caçar com instrumentos feitos de pedra e usar
outros materiais disponíveis na natureza, procurando satisfazer suas necessidades
cotidianas. Com o passar do tempo, o homem foi assumindo outras condutas frente ao
seu meio, tornando-se observador mais atento da natureza.
Muitos acontecimentos importantes nortearam o pensamento do homem,
o que o levou a uma mudança na sua forma de entender o mundo e transmitir
conhecimentos. Aconteceu então, o desenvolvimento do pensamento científico, que
ganha uma importância considerável, levando a um resgate de todo o conhecimento
científico acumulado até então.
O homem passa a entender que pode por meio da ciência, interferir na
natureza buscando melhores condições de vida. Fica assim, cada vez mais claro que a
ciência é uma construção humana, tem suas aplicações, e está diretamente relacionada
com o avanço da tecnologia e com as relações sociais.
Diante disso, o objetivo da proposta do ensino de ciências é explicitar as
necessidades históricas que levaram o homem a compreender e apropriar-se das leis
que movimentam, produzem e regem os fenômenos naturais.
Portanto, o pressuposto básico para a compreensão do processo de
construção do conhecimento científico é entender a essencialidade, ou o conteúdo da
sociedade, que se expressa sob formas diferentes em diferentes modos de produção.
O homem dominou as ciências da natureza, ou seja, pôs a energia das
forças da natureza (sol, água, ar, solo, minérios, etc) nas máquinas e desenvolveu
condições técnicas para que essas máquinas fizessem desde os trabalhos mais
pesados aos mais delicados. Hoje, o uso da informática e a crescente robotização na
produção, são exemplos concretos que acentuam o nível de desenvolvimento da
indústria tecnificada. Com isso, pode-se dizer que o progresso tecnológico deve ser
interpretado como sendo a materialização técnica das leis da natureza, apropriadas
pelo homem. Tendo clareza disso, evidencia-se a necessidade de pensar a construção
do conhecimento científico, a partir da sua historicidade. Para isso, se faz necessário,
levar o aluno a compreender o processo histórico onde se dá a evolução e a elaboração
dos conceitos científicos, uma vez que estes são elaborados pelo homem, a partir de
suas necessidades concretas de existência. Assim, o ensino de ciências poderá
contribuir para a compreensão da realidade.
Como o conhecimento científico renova-se a cada dia, é importante
incentivar o aluno a acompanhar o que acontece no mundo, pois são variadas e
acessíveis aos meios de comunicação que diariamente trazem novidades científicas.
Assim, pode-se identificar como as ciências de referência orientam a
definição dos conteúdos significativos na formação dos alunos na medida em que
oportunizam o estudo da vida, do ambiente, do corpo humano, do universo, da
tecnologia, da matéria e da energia, dentre outros, fornecendo subsídios para a
compreensão crítica e histórica do mundo natural, do mundo construído e da prática
social.
A disciplina de ciências se constitui num conjunto de conhecimentos
científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas
interferências no mundo. Por isso, estabelece relações entre os diferentes
conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros, e o cotidiano entendido
aqui, como os problemas reais, socialmente importantes, enfim a prática social.
Nesta perspectiva, o ensino de ciências permitirá ao aluno estabelecer
relações entre o mundo natural (conteúdo da ciência),o mundo construído pelo homem
(tecnologia) e seu cotidiano (sociedade). Além disso, essa abordagem potencializará a
função social da disciplina, pois orienta uma tomada de consciência por parte dos
alunos e consequentemente influi na tomada de decisões desses sujeitos como agentes
transformadores.
OBJETIVOS GERAIS
O conjunto de objetivos para o ensino de ciências aponta para uma intenção
geral: pretende-se que a área de ciências gere oportunidades sistemáticas para que o
aluno, ao final do ensino fundamental, tenha adquirido um conjunto de conceitos,
procedimentos e atitudes que operem como instrumento para interpretação do mundo
científico e tecnológico em que vivemos, capacitando-os nas escolhas que faz como
indivíduo e como cidadão. Desse modo, o ensino de ciências deverá se organizar de
forma que o aluno possa desenvolver as seguintes capacidades:
• Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de
homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão de mundo,
valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania competente;
• Valorização progressivamente a aplicação do vocabulário científico como forma
científica e sintética para representar e comunicar os conhecimentos sobre o
mundo natural e tecnológico;
• Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a saúde pessoal,
social ambiental como bens individuais e da coletividade que se devem
conservar, preservar e potenciar;
• Identificar os elementos do ambiente, percebendo-os como parte de processos
de relações, interações e transformações;
• Identificar os elementos do ambiente como recursos naturais que têm um ritmo
de renovação, havendo, portanto, um limite para sua retirada;
• Perceber a profunda interdependência entre os seres vivos e os demais
elementos do ambiente;
• Relacionar a capacidade de interação com o ambiente e a sobrevivência das
espécies;
• Relacionar as características do ambiente natural e cultural com a qualidade de
vida;
• Relacionar descobertas e invenções humanas com mudanças sociais, políticas,
ambientais e vice-versas.
• Compreender a tecnologia com recursos para resolver as necessidades do
homem, diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais ao equilíbrio
da natureza e ao homem;
• Formular perguntas suposições sobre os fenômenos naturais, desenvolvendo
estratégias p0rogressivamente mais sistemáticas de busca e tratamento das
informações;
• Desenvolver flexibilidades para considerar suas ideias, reconhecendo e
selecionando fatos e dados na re-elaboração de seus conhecimentos;
• Desenvolver postura para a aprendizagem: curiosidade, interesse, mobilização
para busca e organização de informações; autonomia e responsabilidade na
realização de suas tarefas como estudante;
• Desenvolver um olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas
respostas para desafios;
• Desenvolver a reflexão sobre as relações entre ciência, sociedade e tecnologia,
considerando as questões éticas envolvidas;
• Perceber a construção histórica do conhecimento científico;
• Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do
cotidiano;
• Coletar dados e buscar informações;
• Discernir conhecimento científico de crendices e superstições.
CONTEÚDOS ESTRURURANTES E ESPECIFICOS
5ª Série
AMBIENTE
1- Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente
1.1 – Conhecimentos físicos : População – taxas, densidade demográfica e fatores que
influenciam; Estados físicos da água; Forças de atração e repulsão entre as
partículas da água; Mudanças de estado físico da água: ciclo da água; Pressão e
temperatura; Densidade; Pressão exercida pelos líquidos; Empuxo; Água como
recurso energético.
1.2 - Conhecimentos químicos: comunidade – transferência de matéria e energia
( ciclos biogeoquímicos, teias e cadeias alimentares); Fotossíntese: importância do
processo de produção e armazenamento de energia química (glicose).
1.3 – Conhecimentos biológicos: Seres vivos- seres vivos: Seres vivos – ambiente:
Biosfera- Ecossistema- Comunidade- População- Indivíduo; Habitat e nicho
ecológico; Teias e cadeias alimentares: produtores, consumidores e decompositores
.Ciclo da água: disponibilidade da água na natureza; Água e os seres vivos; Habitat
aquático; Contaminação da água: doenças – preservação e tratamento; Equilíbrio
ecológico.
MATÉRIA E ENERGIA
1- Ar no ecossistema
1.1 – Conhecimentos físicos: Existência do ar; Ausência do ar: vácuo; Aplicação do
vácuo; Atmosfera: camadas; Propriedades: compressibilidade, expansão, exercer
pressão; Movimentos do ar: formação dos ventos, tipos de vento, brisa terrestre e
marítima; Velocidade e direção dos ventos; Resistência do ar; Pressão atmosférica.
1.2 - Conhecimentos químicos: Composição do ar; Oxigênio e gás carbônico –
fotossíntese, respiração e combustão; Ciclos biogeoquímicos; Outros elementos
presentes no ar.
2 – Solo no ecossistema
2.1 – Conhecimentos químicos - Composição do solo; Tipos d solo: arenoso, argiloso,
calcário e húmus; Agentes de transformação do solo: água, ar, seres vivos; Utilidades
do solo; Processos que contribuem para o empobrecimento do solo: queimadas,
desmatamento e poluição, dentre outros.
2.2 – Conhecimentos biológicos – Combate à erosão: tipos de erosão; Mata ciliar.
3– Transformações da matéria e da energia
3.1 – Conhecimentos químicos – Fotossíntese; Fermentação; Respiração;
Decomposição; Combustão.
4– Astronomia e astronáutica
4.1 – Conhecimentos químicos – Sol: composição química; Sistema solar: composição
da Terra.
4.2 – Conhecimentos biológicos – Planeta Terra: biosfera; Sol: produção de vitamina D;
Movimentos da Terra e suas consequências – ritmos biológicos; A lua como satélite
natural da Terra: influências sobre a biosfera, marés;Estrutura da Terra – atmosfera,
litosfera e hidrosfera.
4.3 – Conhecimentos físicos – Planeta Terra: movimento de rotação (dias e noites) e
movimento de translação ( estações do ano); Inclinação do eixo da Terra em relação ao
plano da órbita; Força gravitacional.
TECNOLOGIA
1 – Ar no ecossistema
1.1 – Conhecimentos físicos – Aparelhos que medem a pressão do ar; Pressão
atmosférica e umidade; Meteorologia e previsão do tempo; Eletricidade atmosférica;
Ar como recurso energético.
2 – Solo no ecossistema
2.1 – Conhecimentos físicos – Tecnologia utilizada para preparar o solo para o cultivo.
2.2 – Conhecimentos biológicos – Condições para manter a fertilidade do solo: curvas de
nível, faixas de retenção, terraceamento, rotação de culturas, culturas associadas.
3– Astronomia e Astronáutica
3.1 – Conhecimentos físicos – Instrumentos construídos para estudar os astros:
astrolábio, lunetas, telescópios, satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio;
Medidas de tempo – instrumentos construídos pelo ser humano para marcar os dias no
tempo e no espaço: relógio de sol, ampulhetas, relógios analógicos, digitais e
calendários; Desenvolvimento da Astronáutica e suas aplicações; Telecomunicações:
satélites, internet, ondas, fibra óptica, dentre outras; Exploração aerofotogramétrica
( monitoramento por imagens de satélites); Utilização dos satélites na meteorologia;
Investigação do espaço sideral por meio de foguetes, sondas espaciais, ônibus espacial
e estação espacial.
6ª Série
AMBIENTE
1 – Biodiversidade – Características básicas dos seres
1.1 – Conhecimentos biológicos – Características básicas que diferenciam os seres vivos
dos não-vivos; Relações de interdependência: seres vivos – seres vivos; seres vivos
– ambiente.
2 – Biodiversidade – classificação e adaptações morfo-fisiológicas
2.1 – Conhecimentos físicos – Capilaridade; Fototropismo; Geotropismo; Movimento e
locomoção: referencial, impulso, velocidade, aceleração.
2.2 - Conhecimentos biológicos – Modos de agrupar os seres vivos; Critérios de
classificação; Cinco reinos dos seres vivos; Biosfera: adaptações dos seres vivos
(animais e vegetais) nos ambientes terrestres e aquáticos; Vegetais: reprodução e
hereditariedade – polinização, fecundação, formação do fruto e semente,
disseminação; Vegetais: raiz, caule, folha, flor, fruto e semente.
MATÉRIA E ENERGIA
1 – Biodiversidade - Características básicas dos seres
1.1 – Conhecimentos químicos - Metabolismo – Transformação da matéria e da energia:
fotossíntese, respiração, fermentação, decomposição, combustão.
2 – Biodiversidade – classificação e adaptações morfo-fisiológicas
2.1 – Conhecimentos químicos - Osmose: absorção; Respiração; Transpiração; Gutação;
Fermentação; Decomposição; Hibridação.
2.2 – Conhecimentos biológicos – Animais: digestão (alimentação), respiração,
circulação, excreção, locomoção, coordenação, relação com o meio ambiente,
reprodução e hereditariedade.
TECNOLOGIA
1 – Biodiversidade – classificação e adaptações morfo-fisiológicas
1.1 – Conhecimentos biológicos – Biotecnologia da utilização industrial de
microorganismos e vegetais: indústria farmacêutica, química e alimentícia
(organismos geneticamente modificados) dentre outras.
CORPO HUMANO E SAÚDE
1 – Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo
1.1 – Conhecimentos biológicos – Doenças causadas por animais: parasitoses, zoonoses
e verminoses; Doenças causadas por micro-organismos: parasitoses, infecções
bacterianas, viroses, protozooses e micoses; Intoxicações causadas por plantas
tóxicas; Diagnósticos: exames clínicos; Prevenção e tratamento: alopatia,
homeopatia, fitoterapia, dentre outros; Efeitos das intoxicações causadas por agentes
físicos e químicos no organismo; Sistema imunológico: imunidade, barreira mecânica,
glóbulos brancos (fagocitose), anticorpos.
7ª Série
AMBIENTE
1 – Biodivbersidade – Características básicas dos seres
1.1 – Conhecimentos biológicos – Adaptações e controle da temperatura corporal nos
organismos; Interações da pele com o meio: proteção do organismo, regulação de
água e temperatura.
2 – Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente
2.1 – Conhecimentos biológicos – Alimentação e saúde: tipos e funções dos alimentos,
nutrientes.
MATÉRIA E ENERGIA
1 – Níveis de organização dos seres vivos – Organização celular
1.1 – Conhecimentos químicos – Unidades de medida; Conceitos básicos: colóides,
osmose, difusão, substâncias orgânicas e inorgânicas.
1.2 - Conhecimentos biológicos – Aspectos morfo-fisiológicos básicos das células;
Células animais e vegetais (membrana, parede celular, citoplasma e núcleo; Divisão
celular: mitose (células somáticas) – Câncer, divisão celular: meiose (gametogênese)
- anomalias cromossômicas; Aspectos morfo-fisiológicos básicos dos tecidos animais
e vegetais; Conceitos básicos: biosfera- ecossistema - comunidade - população -
indivíduo – sistemas – órgãos – tecidos – células – organelas – moléculas – átomos.
2 – Corpo humano como um todo integrado
2.1 – Conhecimentos químicos – Nutrição:necessidades nutricionais, hábitos alimentares;
Alimentos diet e light; Ação química da digestão: transformação dos alimentos;
Aproveitamento dos nutrientes; Reações químicas; Equações químicas;
Transformação energética; Eliminação de resíduos; Hemodiálise; Sabores, odore e
texturas; Ácidos e bases: identificação, nomenclatura e aplicações; Ph de diversos
produtos e substâncias; òxidos e sais; Substâncias tóxicas de uso industrial: soda
caústica, cal e ácido sulfúrico dentre outras; Substâncias tóxicas de uso agrícola:
agrotóxicos, fertilizantes e inseticidas; Substâncias tóxicas de uso doméstico:
detergentes sabões, ceras, solventes, lustra-móveis, tintas e colas, dentre outras;
Composição química do álcool; Teor alcoólico das bebidas; Reações qu ocorrem no
sistema nervoso e no organismo com a liberação de neurormônios, como por
exemplo a adrenalina.
3 – Transformações da matéria e energia
3.1- Conhecimentos biológicos – Energia na célula: produção, transferência, fontes,
armazena,mento, utilização; Nutrientes: tipos e funções.
TECNOLOGIA
1 – Níveis de organização dos seres vivos – Organização celular
1.1 – Conhecimentos físicos – Unidades de medida; Equipamentos para observação e
descrição de células: microscópios e lupas.
2– Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo
1.2 – Conhecimentos físicos – Diagnósticos: exames clínicos por imagens; Tratamento:
radioterapia; Intoxicações por agentes físicos: elementos radioativos, pilhas, baterias,
dentre outros.
1.3 - Conhecimentos químicos – Imunização artificial: soros, vacinas, medicamentos;
Diagnósticos: exames clínicos; Tratamento: quimioterapia; Intoxicações por agentes
químicos: agrotóxicos, inseticidas e metais pesados.
2 – Corpo humano como um todo integrado
2.1 – Conhecimentos físicos – Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial;
Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTs – AIDS; Tecnologias
envolvidas na manipulação genética: clonagem e células tronco; Tecnologias
associadas ao aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação
gênica; Tecnologia envolvida na doação de sangue e de órgãos; A luz e a visão
Propagação retilínea da luz e a formação de sombras; Reflexão da luz e as cores dos
objetos: olho humano como instrumento óptico; Modelo físico do processo de visão;
espelhos, lentes e refração; Poluição visual; Fibras ópticas; Propagação do som no
ar; Velocidade do som; O som e a audição; A qualidade do som; Reflexos sonoros:
eco, poluição sonora; Próteses que substituem parte e funções de alguns órgãos do
corpo; Aparelhos e instrumentos que o homem constrói para corrigir algumas
deficiências físicas; Objetos e aparelhos fabricados para corrigir deficiências dos
órgãos dos sentidos; Tecnologias utilizadas para diagnosticar problemas relacionados
aos sistemas sensorial, nervoso, endócrino, locomotor (esquelético e muscular),
genital, digestório, respiratório, cardiovascular e urinário; Tecnologias que causam
danos ao sistema nervoso central: radiação,metais pesados, drogas, acidentes com
armas de fogo, acidentes de trânsito, automedicação; Correção de lesões ósseas e
musculares: traumatismos, fraturas e lesões.
CORPO HUMANO E SAÚDE
1 – Corpo humano como um todo integrado
– Conhecimentos físicos – Ação mecânica da digestão: mastigação, deglutição,
movimentos peristálticos; Transporte de nutrientes; Pressão arterial; Inspiração e
expiração.
1.1 - Conhecimentos biológicos – Sistema digestório (digestão); Disfunções do sistema
digestório: prevenção; Aspectos preventivos da obesidade, da anorexia, da bulimia,
dentre outros; Sistema cardiovascular; Disfunções do sistema cardiovascular:
prevenção; Aspectos preventivos do Acidente Vascular Cerebral (AVC), do enfarte,
da hipertensão e da arteriosclerose; Sistema respiratório; Disfunções do sistema
respiratório: prevenção; Aspectos preventivos do enfisema pulmonar, da asma e da
bronquite; Sistema urinário; Disfunções do sistema urinário: prevenção; Aspectos
preventivos da nefrite, da cistite e da infecção urinária; Sistema genital feminino;
Disfunções do sistema genital feminino: prevenção; Sistema genital masculino;
Disfunções do sistema genital masculino: prevenção; Métodos anticoncepcionais –
tipos, ação no organismo, eficácia, acesso, causas e consequências do uso; Doação
de sangue e órgãos; Reprodução – hereditariedade; Causas e consequências da
gravidez precoce: prevenção; Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) –
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS): prevenção; Defesa do organismo;
Sistema sensorial: visão, audição, gustação, olfato e tato; Portadores de
Necessidades Educacionais Especiais: deficiência congênita e adquirida (causas,
consequências e prevenção); Sistema nervoso: central, periférico e autônomo;
Disfunções do sistema nervoso: prevenção; Prevenção ao uso de drogas; Sistema
endócrino; Glândulas: exócrinas, endócrinas e mistas; Disfunções do sistema
endócrino: prevenção; Sistema esquelético; Disfunções do sistema esquelético:
prevenção; Sistema muscular; Disfunções do sistema muscular: prevenção.
8ª Série
AMBIENTE
1 – Biodiversidade – Características básicas dos seres
1.1 – Conhecimentos físicos – Temperatura; Calor; Diferenças entre os conceitos de calor
e temperatura; Equilíbrio térmico; Transferência de calor; Transmissão de calor;
Isolamento térmico.
2 – Água no ecossistema
2.1 – Conhecimentos químicos – Composição da água; Potencial de hidrogênio (Ph);
Salinidade; água como solvente universal; Pureza; Soluções e misturas
heterogêneas; Gases nobres: suas propriedades e aplicações; Gases tóxicos;
Resíduos industriais; Metais pesados; Chuva ácida; Elementos radioativos; Causas e
consequências da poluição e contaminação da água, do solo e do ar; Efeitos nocivos
nos seres vivos e no ambiente; Prevenção e tratamento dos efeitos nocivos
resultantes do contato com agentes químicos; Prevenção e recuperação de áreas
degradadas por agentes químicos; Substâncias puras, misturas homogêneas e
heterogêneas; Densidades das substâncias; Separação de misturas; Fase química do
tratamento da água; Fenômenos: superaquecimento do planeta, buraco na camada
de ozônio e poluentes responsáveis.
2.2 - Conhecimentos físicos – Poluição térmica; Poluição sonora; Medidas contra a
poluição; Fontes alternativas de energia: energia eólica, hidrelétrica, solar;
Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de
ozônio (alterações de temperatura e mudanças de estado físico da matéria).
MATÉRIA E ENERGIA
1 – Transformações da matéria e da energia
1.1 – Conhecimentos físicos – Energia: tipos, fontes, aplicações, transformações,
segurança e prevenção; Eletricidade: condutores, fontes, aplicações, transformações,
segurança e prevenção; Magnetismo: imãs, bússolas.
TECNOLOGIA
1 – Ar no ecossistema
1.1 – Conhecimentos físicos – Tecnologia aeroespacial e aeronáutica; Força de atrito;
Aerodinâmica; Deslocamento de veículos automotores; Velocidade; Segurança no
trânsito: prevenção de acidentes.
2 – Segurança no trânsito
2.1 – Conhecimentos físicos – Movimento; Deslocamento: Trajetória; Velocidade média e
aceleração; Equipamentos de segurança nos meios de transporte; A relação entre
força, massa e aceleração; Máquinas simples.
CORPO HUMANO E SAÚDE
1 – Segurança no trânsito
1.1 – Conhecimentos Químicos – Teor alcoólico das bebidas e suas consequências no
trânsito.
1.2 - Conhecimentos biológicos – Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas
(álcool) – causas e consequências; Tempo de reação e reflexo comparado entre um
organismo que não ingeriu drogas (álcool) e um embriagado; Efeitos do álcool e
outras drogas no organismo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Buscando a função social da disciplina de ciências, que por meio do tratamento
crítico e histórico dos conteúdos promova a socialização dos conhecimentos
científicos e tecnológicos e a democratização dos procedimentos de natureza social,
tendo em vista o atendimento de toda população que tem assegurado o direito ao
processo de escolarização.
Dessa forma, o trabalho a ser desenvolvido, será feito através de aulas e
atividades práticas desenvolvidas em diversos ambientes, na escola e fora dela:
• Com a utilização do computador; elaboração de modelos; estudos de
casos; pesquisas bibliográficas; entrevistas, dentre outros.
• Utilizaremos ainda, o trabalho de campo; visitas as indústrias e fazendas;
projetos individuais e grupos; palestras.
• Envolveremos músicas, danças, poesias, jogos, gincanas, etc.
• Recursos pedagógicos como: slides, fitas VHS, DVD′s, CD′s, CD-ROM′s
educativos.
AVALIAÇÃO
Tendo como pressupostos, a definição explicita da concepção de ensino,
de escola e de ciência, compreendemos que a avaliação é um diagnóstico do processo
de trabalho. Pois estes pressupostos devem levar o homem para a compreensão mais
ampla da realidade social que inclui as relações homem-homem e homem-natureza.
Portanto, a avaliação se caracteriza como um processo que objetiva
explicitar o grau de compreensão da realidade, emergente na construção do conceito.
Isto se dará através de confronto de textos, trabalhos em grupos, produção de textos, a
partir de determinados conceitos, elaboração de quadro-mural, experimentações, etc.
O confronto de ideias ou conceitos construídos através das relações
estabelecidas entre homem-homem e homem-natureza, terá como objetivo fazer com
que o aluno compreenda criticamente a realidade e verificar a aprendizagem, a partir
daquilo que é básico e essencial e é fundamental que esta avaliação se processe de
forma contínua.
O trabalho pedagógico desenvolvido na escola tem como função
relacionar o que é domínio do aluno, isto é, o que ele conhece e o conhecimento
histórico produzido pela humanidade.
A apropriação e assimilação dos conceitos se darão com a interação
professor-aluno, aluno-professor. O professor interage, participa do processo e
direciona-o a partir da reflexão e incorporação da Ciência da História.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRUZ,Daniel, São Paulo, Ática, 2002. ( Ciências e Educação Ambiental )
BARROS, Carlos, São Paulo, Ática,2001. ( Coleção Ciências ).
VALLE,Cecília, Curitiba, Nova Didática, 2004. ( Coleção Ciências ).
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná – Curitiba – 1990.
EDUCAÇÃO
FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
EDUCAÇÃO FÍSICA
Desde os primórdios, o ser humano para garantir a sua sobrevivência explorou
os meios naturais, sua diversidade, fauna, flora e relevo, buscando proteger sua família e
a comunidade as quais pertenciam, para isso saltavam,escalavam,caminhavam e/ou
corriam superando muitos obstáculos existentes na natureza, utilizando como ferramenta
o seu corpo, desenvolvendo assim, habilidades físicas para superação de obstáculos. O
corpo é o veículo que o ser humano usa para manifestar sentimentos, a exemplo das
manifestações corporais, nas danças comemorativas, em colheitas, em tempos de
guerras, até mesmo em manifestações religiosas entre outras. Neste sentido sistematizar
a educação Física nos séculos seguintes foi uma priori. Em se tratando da educação
Física escolar, situaremos a educação Física no Brasil a partir do século XIX com ênfase
no século XVIII.
No século XIX, o Brasil passava por transformações sociais, como imigração e o
rápido crescimento das cidades, necessitando assim de moralidade e ordem social. A
nova configuração de sociedade trouxe a necessidade de discussão sobre as instituições
escolares e as práticas políticas educacionais existentes no antigo regime. Entre muitas
conclusões surgiu à importância da ginástica para formação do cidadão, tornando-se
componente obrigatório nos currículos escolares, visando promover saúde do corpo,
pudor, hábitos, condizente com a vida urbana e no campo.
As práticas pedagógicas escolares da Educação Física, sofreram influências da
instituição militar e da medicina emergente do século XVIII e XIX.
Foi atribuindo à educação física a tarefa de construir corpos saudáveis e dóceis
para melhor adaptação dos sujeitos ao processo produtivo tendo como parâmetro o
conhecimento médico científico.
A consideração da educação física no contexto escolar se deu a partir da
Constituição de 1937, utilizava-a como objetivo de doutrinação e dominação, também
para conter os ímpetos da classe popular enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a
ordem.
Em 1942 foi promulgada a lei orgânica do ensino secundário conhecida como
Reforma Capanema, um ciclo denominado ginasial com duração de quatro anos e um
segundo ciclo de três anos, com duas opções, clássico e o científico, com a
obrigatoriedade da Educação física até aos 21 anos de idade tendo como objetivo mão
de obra adestrada, capacitada para o trabalho.
Aos jovens brasileiros foi imposto à obrigação de defesa a pátria e deveres com
a economia, a partir de 1964, o esporte passou a ter ênfase no Brasil, os currículos
passaram a tratá-lo com critério específico, com métodos tecnicista, centrado na
competição e no desempenho cujo objetivo era formar atletas que representassem o
país em competições internacionais.
A lei 5.692/71. Em seu artigo 71, pelo decreto 6940/71, a disciplina passou a ter
legislação específica sendo obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos
sistemas de ensino.
Na área pedagógica a psicomotricidade obteve destaque entre os profissionais,
na busca da legitimação da disciplina na escola, centrada na educação em movimento,
fez com que a educação Física ficasse subordinada a outras disciplinas. O movimento
era usado como meio para ensinar matemática, português etc.
Contribuindo para negação de conteúdos, até então próprios da disciplina.
A partir da década de 80, surgiram várias interrogações a respeito da
legitimidade da educação física como campo de conhecimento. Críticas eram dirigidas
aos paradigmas da Educação Física.
Já no início da década de 90 o Estado do Paraná inicia a elaboração do
currículo básico. Este currículo está embasado na pedagogia histórico-crítica da
educação.
A abordagem desenvolvimentista em base teórica, na psicologia,
desenvolvimentista é influenciada pela psicomotricidade também na psicologia do
desenvolvimento, essas abordagens não se vinculam a uma teoria crítica de educação.
As propostas seguintes são vinculadas à discussão da pedagogia crítica
brasileira passando a incorporar nas ciências humanas com contribuições da sociologia
e filosofia da educação que são: crítico superadora, crítica emancipatória. A crítica
superadora tem como objetivo da área de educação física a cultura corporal em seus
diferentes conteúdos quais sejam: esporte a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O
Conhecimento é sistematizado em ciclos e propõe que esse seja tratado de forma
historicizada e espiralada, considerando o grau de complexidade.
Concomitante a esse período foi re-estruturada o documento da proposta
curricular de ensino de 2ª grau, para a disciplina de educação física, com a perspectiva
de mudança e transformação. Visando uma sociedade fundamentas em valores
individuais na busca de uma sociedade mais igualitária.
OBJETIVOS GERAIS
A Educação física como área de conhecimento, é parte integrante de uma
totalidade, definida por relações que se estabelecem na realidade social e política, busca
novos caminhos para tornar possíveis objetivos esperados, como indivíduos
emancipados com autonomia, consciente que o corpo é um veículo de comunicação e
expressão. Entender que a atividades lúdicas auxiliam no desenvolvimento da cidadania.
Que nas atividades esportivas sejam capazes de analisá-las, criticá-las também sejam
capazes de usar a criatividade pra poder transformá-las.
Reconhecer a recreação e o lazer como práticas educativas.
Elaborar e confeccionar materiais, brinquedos em grupos e/ou individual.
Utilizar vídeos e apresentar seminários, usar a dança como estímulo na busca
do aperfeiçoamento do conhecimento e usa-lo como meio de comunicação e integração
social.
Considerar a dança como ponto de vista cultural à construção para saúde e a
manifestação cultural, também no esporte ter o conhecimento para organizar atividades
entre escola e comunidade.
Saber a sistematização do conhecimento das atividades físicas, sua função
sócio-pedagógica e suas aplicabilidade. Conhecer o xadrez, sua teoria, sua prática e
suas manifestações culturais e possíveis variações, conhecer a teoria do
desenvolvimento motor e o que significa atividades motoras.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para que a educação física atinja seu objetivo proposto como área de
conhecimento ao construir a proposta curricular com a participação de todos os
professores do estado do Paraná, optou-se por contemplar diferentes conteúdos
Estruturantes para o ensino fundamental é para o ensino médio. Respeitando assim as
diferentes experiências com o saber sistematizado.
Assim para o fundamental os conteúdos estruturantes são: Expressividade
corporal, e seus desdobramentos como conteúdos específicos: Manifestações
esportivas, manifestações ginásticas, manifestações estético-corporais na dança e no
teatro.
Os articuladores: O corpo que brinca e aprende. Manifestações lúdicas.
Desenvolvimento corporal e construção da saúde.
Relação do corpo com o mundo do trabalho.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIEJogos com objetivo de conhecer e reconhecer sua complexidade e limitações.Esporte através do lúdico, como reconhecimento do jogar com seus pares.Dança - livre tendo como princípio a realidade social do aluno.
Lutas - significado de lutas e o que significa herança cultural.
6ª SÉRIEJogo e esporte, cujo conteúdo busca desenvolver a capacidade de organizar os próprios jogos que decidam suas regras, entendendo que são necessárias ao coletivo.
Ginástica - Formas ginásticas que impliquem possibilidades de saltar equilibrar, balançar e girar em situações de desafios.
Dança - danças com conteúdos relacionados à realidade social dos alunos e da comunidade.Luta-capoeira como entendimento de luta na sociedade.
Folclore como resgate cultural.
7ª SÉRIEJogos/esporte, como organizar jogos, técnico-tática e entender os valores da arbitragem dos mesmos.
Ginástica utilizar o conhecimento da ginástica para construção da cidadania, visando promover a saúde do corpo.
Danças - utilizá-la como resgate cultural
Lutas – Capoeira como herança cultural
8ª SÉRIEJogo/esporte, mas que o conteúdo possa servir de paramento em decisões de níveis de sucessos.
Ginásticas – visando a saúde do corpo.
Dança-Técnica e expressividade aprimoradas e/ou mímicas com temas que atendam às necessidades e interesses dos alunos criados ou não por eles próprios.
Lutas-capoeira como historicidade.
Folclore resgate cultural.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A Educação Física tem como caminhada uma abordagem biológica,
antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporal,
justamente por sua constituição, interdisciplinar ela faz parte do projeto geral de
escolarização e deve estar articulada ao projeto político pedagógico da escola, seu
comportamento é sempre em favor da formação humana.
É de grande importância que o professor saiba como trabalhar com o
capitalismo. Que dita formas de agir com o corpo, assim teremos o esporte que pode
servir de potencializador das medidas.
As lutas, considerando as concepções e os aspectos voltados a sua história,
dissidência e herança cultural.
A ginástica, utilizar o conteúdo ginástico para a construção da cidadania visando
promover a saúde do corpo, como: pudor, hábitos condizente com a vida urbana e do
campo. Levando o educando a entender que o corpo humano deve se visto como um
todo dinamicamente integrado e articulado, os diferentes aparelhos e sistema que o
compõem devem ser percebidos em suas funções específicas mais ao mesmo tempo
integrado para a manutenção do todo, destacando ainda que as interações com o meio,
respondem pela manutenção da integração do corpo.
Que entenda que as atividades lúdicas auxiliam no desenvolvimento da
cidadania.
Assim utilizar das atividades lúdicas para a conscientização de que os próprios
seres vivos, com sua diversidade e suas inter-ralações, mantêm as condições para sua
própria sustentabilidade, na perspectiva da reversão da crise sócio-ambiental e da
reconstrução da relação homem-natureza. Reconhecer a recreação e lazer como
práticas educativas e utilizar essas atividades de modo a levar o educando, a refletir e
compreender as diversidades que compõem o mundo em que vivemos.
A dança como uma das formas mais primitivas de representação de cultura de
diversos povos, com enfoque nos modismo emergente de toda a natureza.
Motricidade, através de o conhecimento motor, levar os indivíduos a analisar e
compreender o sistema capitalista e como se dá trabalho e consumo.
O jogo que na sociedade capitalista é apropriado como forma de justapor a suas
intencionalidades as regras e preceitos a serem seguidos pelos indivíduos levando-os a
organizar atividades de lazer e recreação dentro da escola. Que enfatizam a importância
do movimento e da expressão corporal de um povo.
Utilizar a disciplina com fins recreativos que impliquem desenvolvimento e
capacidade de organizar seus próprios jogos e suas regras.
AVALIAÇÃO
Este processo deve ser permanente e acumulativo, onde o professor organizará
e reorganizará o seu trabalho, possibilitando que os alunos construam uma perspectiva
positiva em relação ao seu futuro.
Com uma avaliação diagnóstica tanto para o professor como para o aluno onde
possam revisar o desenvolvimento, buscando, identificar os possíveis problemas que
surgirem, bem como buscar novos caminhos que levem a superação destes problemas
existentes, possibilitando assim a reflexão dos alunos e posicionamento crítico na
construção da relação com mundo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MELO Victor Andrade; O Esporte como uma forma de Arte: Dialogo entre (duas) linguagens, Disponível em < http://www.lazer.eefd.ufrj.br/esportearte/docs/producao.html > acesso em 27/07/2006.
MEDINA, João Paulo S., A EDUCAÇÃO FÍSICA CUIDA DO CORPO... E “MENTE”. Campinas SP, Editora Papiros, 2004.
METODOLOGIA do Ensino da Educação Física/ Coletivo de Autores, São Paulo,
Cortez, 1992.
DARIRO, Soraya Cristina, ANDRADE, Irene Conceição. EDUCAÇÃO FÍSICA NA
ESCOLAIMPLICAÇÕES PARA PRÁTICA PEDAGÓGICA. Ed.Guanabara Koogan
s.a.2005.
Kunz, Elenor - Transformação Didático-pedagógica do esporte. Ed.Unijuí,
2003. R.S.
Diretrizes e Bases do Ensino Médio e fundamental do estado Paraná 2006.
ENSINO
RELIGIOSO
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso fundamenta-se na fenomenologia religiosa e objetiva
instrumentalizar o aluno com o conhecimento do fenômeno religioso, tendo como ponto
de partida à realidade sociocultural do mesmo, com enfoque centrado no conhecimento
religioso, historicamente produzido e acumulado pela humanidade, sem perder de vista
as questões que se relacionam ao aprendizado da convivência baseada em valores
éticos.
O Ensino Religioso visa a propiciar aos educandos a oportunidade de
identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às
diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham a
amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve favorecer o
respeito ‘a diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e sociais diante da
sociedade, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e
discriminação e o reconhecimento de que todos nós somos portadores da singularidade.
O Ensino Religioso permite ainda, que os educandos possam refletir e
entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com
o Sagrado. E também, compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço
escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, para que no
entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber, passando a
entender a diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.
OBJETIVOS
• Proporcionar o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso, a partir
das experiências religiosas percebidas no contexto sociocultural do aluno.
• Analisar o papel das Tradições Religiosas na estruturação e manutenção das
diferentes culturas.
• Contribuir para a formação da cidadania e convívio social baseado no respeito
às diferenças.
• Construir por meio da observação, reflexão, informação e vivencia de valores
éticos o diálogo inter-religioso e consequentemente, a superação de
preconceitos.
• Promover a educação para a paz, desenvolvendo atitudes éticas que
qualifiquem as relações do ser humano consigo mesmo, com o outro e com a
natureza.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª SÉRIE
I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA
II LUGARES SAGRADOS
III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
6ª SÉRIE
I UNIVERSO SIMBOLICO RELIGIOSO
II RITOS
III FESTAS RELIGIOSAS
IV VIDA E MORTE
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia do Ensino Religioso é dinâmica, permitindo a interação, o
diálogo e uma postura reflexiva perante a vida e o fenômeno religioso. A abordagem
interdisciplinar do conhecimento é um princípio importante para a estruturação curricular.
Sendo o Ensino Religioso, uma área de conhecimento ele é enfocado em articulação
com os demais aspectos da cidadania e com outras áreas de conhecimento.
AVALIAÇÃO
O caráter da avaliação no Ensino Religioso parte do princípio de inclusão e
não de exclusão. O aluno se auto-avalia e é avaliado para tomar consciência sobre o que
já aprendeu, ou seja, sobre os avanços atingidos na aprendizagem e saber onde deve
investir mais esforços para melhorar e superar as dificuldades.
Ao professor a avaliação permite conhecer o progresso do aluno e objetiva
rever, reorganizar e recriar a sua prática e seus instrumentos utilizados no trabalho
pedagógico.
Para a escola a avaliação possibilita diagnosticar as dificuldades e limites
da ação pedagógica, além de definir prioridades.
Portanto, a avaliação no Ensino Religioso é processual e permeia toda a
prática no cotidiano da sala de aula.
Numa etapa inicial a avaliação tem o caráter investigativo, permite ao
professor conhecer o que os alunos já sabem sobre o conteúdo a ser trabalhado, levanta
dados para que possa conduzir a ação pedagógica de forma adequada, serve para
encaminhar a construção e reconstrução do conhecimento mais elaborado.
O seguinte momento da avaliação deve ser pensado e organizado de forma
sistemática, conforme os conteúdos significativos e selecionados, com a intenção de
construir o conhecimento. Esta etapa avaliativa pode ser efetivada através de registros
em tabelas, gráficos, listas, análises das produções, atividades onde se pretende avaliar
a aprendizagem de conteúdos específicos, auto-avaliação escrita ou oral na qual o aluno
pode conhecer o seu progresso na aprendizagem.
A apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado
pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode se avaliar, por
exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de
classe que têm opções religiosas diferentes da sua, aceita as diferenças e,
principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da
identidade de cada grupo social, emprega conceitos adequados para referir-se às
diferentes manifestações do sagrado.
Este mapeamento de resultados informa se o ensino atingiu as metas
definidas conforme o ciclo ou série e é demonstrado por meio de um parecer descritivo,
sem implicar em aprovação ou reprovação do aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Cleide Rita S. e outros. O Humano, Lugar do Sagrado. São Paulo: Olho d’Água, 2ª. edição, 1995. ALVES, Rubem. O que é Religião. São Paulo: Brasilense, 1981. AZEVEDO, Marcelo de C. Modernidade e Cristianismo. O desafio da inculturação. São Paulo: Loyola, 1981. BOFF, Leonardo. Ecologia Mundialização Espiritualidade A emergência de um novo paradigma. São Paulo, SP: Ática, 1993. BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997. CNBB. O Ensino Religioso – estudos n.49. São Paulo: Paulinas, 1988. CATÃO, Francisco. A Educação no mundo pluralista: por uma educação da liberdade. São Paulo: Paulinas, 1993. FINE, Dorren. O que sabemos sobre o judaísmo. São Paulo: Callis, 1998. GANERI, Anita. O que sabemos sobre o budismo. São Paulo: Callis, 1999. GANERI, Anita. O que sabemos sobre o hinduísmo. São Paulo: Callis, 1998. GRAMSCI, Antônio. Concepção dialética da História. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989. HADDAD, Jamil Almansur. O que é Islamismo. São Paulo: Brasiliense, 1982. HELLERN, V.; NOTAKER, H.; GAARDER, J. O livro das religiões. São Paulo: Cia das Letras, 2000. LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. SCHLESSINGER, Hugo. As religiões ontem e hoje. São Paulo: Paulinas, 1982. STACONE, Giusepe. Filosofia da religião: pensamento do homem ocidental e o problema de Deus. 2ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 1991. WILGES, Irineu. Cultura Religiosa. As Religiões do Mundo. Petrópolis: Vozes, 1984.
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO
Até o séc. XIX, não havia sistematização da produção geográfica. Os
estudos relativos a este campo do conhecimento estavam dispersos em obras diversas
desde literária até relatórios administrativos e por isso, “os temas geográficos estavam
legitimados como questões relevantes, sobre as quais cabiam dirigir indagações
científicas”. (Moraes, 1987, 41)
Já no imperialismo do séc. XIX, foram criadas diversas sociedades
geográficas que tinham apoio dos estados colonizadores como: Inglaterra, França e
Prússia (hoje, atual Alemanha).
As expedições científicas organizadas por estas sociedades subsidiaram o
surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico – destacando e escola
alemã e francesa.
O pensamento geográfico da escola alemã, teve como percursores
Humboldt (1769-1859) e Hitler (1779-1859), mas coube a Ratzel (1844-1904) destaque
como fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica.
O pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como
principal representante Vidal de La Blache (1845-1918).
Na Europa a Geografia já se encontrava presente nas universidades desde
o Sec. XIX, enquanto no Brasil essa disciplina foi inserida no mesmo século de forma
indireta, nas séries iniciais (1ª a 4ª). Já no ensino médio foi introduzida no Colégio Pedro
II no Rio de Janeiro, com o artigo 3º do Decreto de 02/12/1837.
Mas a Geografia só foi institucionalizada no Brasil na década de 1930.
Essa disciplina foi desenvolvida de uma forma decorativa / enciclopedista,
na época dos governos autoritários e conhecida como Geografia Tradicional.
Ao longo da segunda metade do século XX, houve transformações que
originaram novos enfoques para a análise do espaço geográfico. Essas mudanças que
marcaram o período histórico do pós Segunda Guerra Mundial desencadearam tanto
reformulações teóricas na Geografia, quanto o desenvolvimento de novas abordagens
para os campos de estudo desta ciência. No Brasil, o percurso dessas mudanças foi
afetado pelas tensões políticas dos anos 60, que levaram a modificações no ensino de
Geografia e na organização Curricular da escola.
O Golpe Militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os
setores sociais, inclusive no âmbito educacional. Essa adequação implicou em reformas
na educação universitária pela Lei 5540/88 e no ensino fundamental e médio pela Lei
5692/71 (Penteado, 1994). Essas leis tinham por finalidade adequar a educação a
crescente necessidade de formação de mão de obra para suprir a demanda que o surto
industrial brasileiro, conhecido como milagre econômico, geraria tanto no campo quanto
na cidade.
Esta lei afetou principalmente as disciplinas relacionadas as ciências
humanas e instituiu a área de estudo denominada de Estudos Sociais, que no Ensino
Fundamental envolveria os conteúdos de Geografia e História. No Ensino Médio forma
impostas as disciplinas de OSPB (Organização Social e Política do Brasil) e Educação
Moral e Cívica, em prejuízo a Filosofia e Sociologia.
O ensino da área de estudo, transformada em disciplina de estudos
Sociais, não garantia a inter-relação entre os conteúdos de Geografia e História,
tornando essa disciplina meramente ilustrativa e superficial. A disciplina de estudos
Sociais teve um período de vigência de mais de uma década. Nos anos 80, ocorrera
movimentos, visando ao desmembramento da disciplina de estudos Sociais e o retorno
da Geografia e da História.
No Estado do Paraná, esse movimento iniciou-se 1983, quando foi
produzido um documento, enviado a Secretaria de estado da educação, que resultou no
Parecer 332/84 do Conselho Estadual de Educação permitindo às escolas optar por
ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de História e Geografia separadamente.
O desmembramento em disciplinas autônomas só ocorreu após a
Resolução nº 06 de 1986 do Conselho Federal de Educação (PENTEADO, 1994;
MARTINS, 2002).
As discussões teóricas que se sobressaíram do pós Segunda Guerra,
centraram-se em torno do movimento da geografia Crítica.
Esse movimento adotou o método de materialismo histórico-dialético para
os estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da geografia. A
chamada geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico,
deu novas interpretações aos conteúdos geográficos e ao objeto de estudo da geografia,
trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a
compreensão do espaço geográfico.
No Paraná, essas discussões ocorreram no final da década de 80 em
cursos de formação continuada e discussões sobre reformulação Curricular promovidos
pela Secretaria de Estado da educação que publicou em 1990, o “Currículo Básico para
a Escola Pública do Paraná”.
A abordagem teórica crítica proposta para o ensino da geografia que
compreendia o espaço geográfico como social, produzido pela sociedade humana.
Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da geografia em relação a
chamada Geografia Tradicional.
A compreensão e incorporação da Geografia Crítica foi gradativa e
inicialmente vinculada tanto aos programas de formação continuada que aconteceram no
final dos anos 80 e início dos 90, quanto a utilização dos livros didáticos escritos a partir
daquela perspectiva teórico. No entanto, essa incorporação da Geografia Crítica pela
escola sofreu avanços e retrocessos em função do conceito histórico e das condições
políticas dos anos 90, nessa década aconteceram reformas políticas e econômicas
vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação. Com a produção e
aprovação da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem
como a construção a poucas mãos, dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).
Hoje os estudos geográficos abordam a relação sociedade x natureza com
um olhar crítico sobre as relações de produção, as quais levam a degradação dos geo
sistemas e sobre as relações políticas que se estabelecem entre os lugares onde os
recursos naturais são encontradas.
No atual modo capitalista de produção, refletir sobre onde as coisas se
localizam implica em pensar nas relações de poder que envolvem essa localização, bem
como tudo que esteja contido nesse lugar.
Portanto, entender o onde implica em relaciona-lo com o como é o lugar?
Por que esse lugar é assim? Por que as coisas estão dispostas dessa maneira? Qual
significado deste ordenamento espacial? Quais as consequências deste ordenamento
espacial?
As transformações do espaço geográfico ocorridas nos lugares que
participam das relações globais de produção e de mercado, entre outras tem
apresentado hoje, um ritmo mais veloz e impactante do que no passado.
Assim, para entender as questões próprias do campo de estudo da
Geografia, é preciso compreender e interpretar a realidade social, econômica, política,
cultural e ambiental do espaço geográfico de forma integrada.
OBJETIVO GERAL
Analisar e interpretar o espaço geográfico, levando á compreensão de
como, onde, quando e porque deste ordenamento espacial, bem como suas
consequências.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
5ª SERIE
Introdução ao estudo da geografia
O que é Geografia?
Para que serve a Geografia?
Qual a importância da Geografia?
Como se aprende a Geografia?
Os objetivos da Geografia
O homem, as paisagens e o espaço geográfico
O que são paisagens
A modificação da paisagem
Paisagem cultural e geográfica
O lugar e a localização no espaço geográfico
O que é lugar
A orientação no espaço geográfico
Os equipamentos de orientação
Coordenadas geográficas
Representação do espaço geográfico
mapas
Interpretação de mapas- recursos visuais cartográficos
Escalas
Tipos de mapas
Evolução de mapas ao longo da historia
Globo terrestre, plantas e maquetes
População/crescimento e condições socioeconômicas
As pesquisas e as fontes de informações
População absoluta/relativa
População e os setores da economia
Característica da população mundial
Noções dos aspectos naturais do Brasil
Clima
Hidrografia
Relevo
Vegetação
Atividades econômicas no Brasil
Atividade industria
Agricultura
Pecuária
Comércio
Transportes
Comunicações
Turismo
As fontes de energia
Fontes renováveis e não renováveis
6ª SÉRIE
Brasil: extensão territorial e posição geográfica
O Brasil na América do sul
O Paraná na América do Sul
Formação do território brasileiro
Limites, fronteiras e divisão política atual
Limites do município e Paraná
Formação territorial e organização espacial
Regionalização no Brasil
A regionalização
Divisão regional oficial do IBGE
Os três complexos regionais ( centro- sul, nordeste e Amazônia)
A urbanização brasileira
Urbanização
Êxodo Rural e urbanização
O crescimento das cidades
A urbanização no Paraná
As desigualdades sociais no Brasil
Crescimento econômico e concentração de riquezas
Saneamento básico, vacinação, renda e mortalidade infantil
Os indicadores sociais brasileiros
Analfabetismo
Expectativa de vida
7ª SERIE
A Divisão ou Regionalização do Mundo em Continentes e oceanos
A Distribuição dos oceanos e continentes no Globo terrestre, e área por eles ocupada.
Surgimento das terras emersas e das águas.
A teoria da deriva dos continentes e das placas tectônicas
A divisão do mundo em países.
Divisão do Mundo em países capitalistas e socialistas após a II guerra mundial
O Capitalismo e a formação do espaço mundial
O Capitalismo comercial
O capitalismo Industrial
O capitalismo financeiro
A grande crise do Capitalismo
A atual fase do capitalismo
A revolução técnico - cientifica e a globalização
O mundo Globalizado
As novas profissões
Noções de fuso horários
Fusos horários no Brasil
Desenvolvimento / subdesenvolvimento
Divisão Norte e Sul
As origens da dependência
A Divisão Internacional do Trabalho
A Independência Política e dependência Econômica
O Índice de Desenvolvimento Humano ( IDH)
Continente Americano
Aspectos gerais do continente americano
As divisões ou regionalizações da América
A posição das terras no globo terrestre ( América do Norte, Central e Sul)
Divisão histórico-cultural da América ( América Anglo-saxônica e América Latina)
A divisão com base no nível desenvolvimento econômico e no sistema socioeconômico
dos países americanos
Regionalização com base nas características especificas da economia e do nível
tecnológico dos países e colônias
Tipos de colonização implantados na América
Colonização de povoamento
Colonização de exploração
Aspectos físicos do continente americano
Relevo
Hidrografia
Clima
Vegetação
População americana
Os primeiros habitantes da América ( Os Astecas, Maias e Incas)
O crescimento e a distribuição da população na América
População economicamente ativa e inativa
8ª SÉRIE
O século XXI – geopolítica e a economia mundial
O mundo globalizado
As mudanças no mundo após a primeira e segunda guerra mundial
A situação político-econômica do espaço mundial no inicio do século XXI
Geopolítica dos recursos naturais
Os problemas ambientais no Brasil e no Mundo
Os movimentos ambientalistas
Europa- localização
Aspectos naturais da Europa
Relevo
Hidrografia
clima
Vegetação
Europa – sociedade
A População
A imigração e o racismo
A pobreza no Primeiro Mundo
A religião
A composição étnica
Europa – espaço econômico
As atividades econômicas da Europa
Ásia
Os aspectos socioeconômicos
A sociedade
Os aspectos naturais
África
O espaço natural africano
O espaço socioeconômico africano
Oceania
Um continente de contraste socioeconômico
O espaço natural
A população
O espaço econômico
Antártida
Características gerais da Antártida
Bases cientificas da Antártida
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino de geografia deve servir para a compreensão das semelhanças e
diferenças, as permanências e transformações do modo de vida sócio-cultural,
ambiental, político e econômico, no presente, no passado, mediante a leitura de
diferentes obras humanas
As Informações vão se discernir sobre o fato de que épocas precedentes
deixaram, intencionalmente ou não, indícios de sua passagem que foram descobertas,
conservadas e ou modificadas pelas coletividades .
Uma maneira valiosa de se iniciar o estudo do espaço é mediante uma
pesquisa previa dos elementos que o constituem, e esta pode ser apoiada em material
bibliográfico, fotográfico e pela sistematização das observações feitas pelos alunos,
podendo os mesmos problematizarem, formularem questões e levantarem hipóteses que
impliquem investigação mais aprofundadas que demandem novos conhecimentos.
Para ampliar a compreensão do espaço geográfico e suas transformações podem serem
utilizados trabalhos práticos como maquetes, mapas, fotografias áreas, entrevistas,
relatos, músicas, filmes, entre outros, que tragam novas informações e ampliem as que
eles já possuem.
AVALIAÇAO
A avaliação deve ser mais que definir uma nota ou estabelecer um
conceito, devendo ser continua e priorizar a qualidade do processo de aprendizagem e o
desenvolvimento do aluno ao longo do ano letivo.
Desta forma deve ser diagnostica e contínua, considerando que os alunos
possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Sendo Continua e diagnostica
a aponta as dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça sempre.
A avaliação deve ser formativa e somativa, registrada de forma organizada
e criteriosa, não apenas através de avaliação escritas, mas também leituras,
interpretações de fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas e pesquisas bibliográficas. E
ainda a elaboração de relatório, apresentação de seminários, construção de maquetes,
entre outras, de acordo com o conteúdo trabalhado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAS, Melhem. Geografia- O Brasil e suas Regiões Geo-econômicas. Moderna, 1996
ADAS, Melhen. Geografia – O Subdesenvolvimento e o Desenvolvimento Mundial e o
Estudo da América. Moderna, 2000.
LUCCI. Elian. A. e BRANCO A. Lázaro. Geografia . Homem & Espaço- Saraiva, 2004.
HISTÓRIA
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo de História é de muita importância na formação de nossos alunos,
pois o processo de ensino da disciplina tem como objetivo formar cidadãos dotados de
visão crítica da realidade e de espírito participativo.
Entendemos por visão crítica, a capacidade de compreender o significado
dos diversos acontecimentos do mundo contemporâneo e de tudo que se relaciona a ele.
Ao compreender esses significados, o aluno poderá posicionar-se diante das diversas
situações do dia a dia, identificando como elas interferem em sua realidade e, sobretudo,
na do grupo social a que pertence. Entender por exemplo os significados do discurso
político permitem aos cidadãos avaliar adequadamente as consequências de votar nele
ou não.
Outro sentido do ensino de História é formar cidadãos dotados de espírito
participativo. A democracia só se constrói com participações. E participação ocorre tanto
no nível das atividades em sala de aula, quanto em um grêmio estudantil, em uma
associação.
Vale lembrar que visão crítica e espírito participativo são duas faces
diferentes da mesma moeda. Não existe uma sem a outra. O objetivo final é formar
alunos com consciência histórica, cientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas pessoas
que o cercam e pelo futuro que irão legar às novas gerações.
OBJETIVOS GERAIS
Espera-se que ao longo do ensino fundamental, os alunos possam, através do
conhecimento construído, ser capaz de:
• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e
espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,
reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidade e
descontinuidade, conflitos e contradições sociais.
• Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar.
• Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,
conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que
possibilitem modos de atuações.
• Ter iniciativas e autonomia na realização de trabalhos individuais e coletivos.
• Posicionar-se de maneira criativa, responsável e construtiva nas diferentes
criações sociais, utilizando algo como forma de mediar conflitos e tomar decisões
coletivas.
• Refletir sobre as transformações tecnológicas e nas modificações que elas geram
no modo de vida das populações e nas relações de trabalho.
• Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando no dia a dia
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças, respeitando o outro
e exigindo para si mesmo o respeito.
• Analisar atitudes e situações que podem resultar em discriminação e injustiça
social.
• Conhecer mais de perto a cultura afro-brasileira que tem presença marcante: na
música, na língua, na alimentação e na religião da nossa cultura.
CONTEÚDOS
5ª Série
Das origens do homem ao seculo V, diferentes trajetórias, diferentes culturas:
• Produção do Conhecimento Histórico.
• Articulação da Historia com outras áreas do conhecimento.
• A Pré – História – Arqueologia no Brasil.
• O começo da História.
• As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia.
6ª Série
Da Europa medieval á expansão e consolidação do território brasileiro – século V ao
século XVII:
• A Europa Medieval.
• As Grandes Mudanças
• A América antes dos europeus.
• A chegada dos europeus na América.
• Formação da sociedade brasileira e americana.
• Expansão e consolidação do território.
• O escravismo colonial, a civilização do açúcar.
• A América espanhola.
7ª Série
A mudança da velha ordem – política, econômica e social á república no Brasil – séculos
XVII à XIX:
• A revolução Inglesa e o liberalismo.
• O Iluminismo.
• O século do ouro no Brasil.
• A Revolução Francesa.
• As revoltas anticoloniais.
• A Revolução Industrial.
• A Construção da Nação brasileira.
• Emancipação política do Paraná.
• A Guerra do Paraguai.
• O processo de abolição da escravidão.
• A América no século XIX.
• Os primeiros anos da República.
8ª Série
Dos primeiros anos da república ao mundo contemporâneo: do século XX ao XXI:
• A República Velha.
• A primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa.
• A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade.
• A Revolução de 30 e o período Vargas.
• Populismo no Brasil e na América latina.
• Ascensão dos regimes totalitários – A Segunda Guerra Mundial.
• Construção do Paraná Moderno.
• O Regime Militar no Brasil e no Paraná.
• Movimentos de Contestação no Brasil.
• Redemocratização.
• O Brasil e o Paraná no contexto atual – Análise e Reflexão.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Ensinar História implica mudança de comportamento, de atitudes que
sirvam para a vida: na Escola e fora dela. Diversas maneiras podem ser utilizadas para
que os alunos se sintam estimulados a construir seu conhecimento:
• Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação: jornais, livros,
revistas, filmes, fotografias.
• Estimular a pesquisa, a organização das informações coletadas e os
procedimentos para visitas e estudo do meio.
• Promover estudos sobre modo de vida e de costumes que convivam na mesma
localidade.
• Propor a criação de murais e exposições. Estimular a criatividade expressiva.
• A organização das atividades devem priorizar trabalhos em duplas e pequenos
grupos, favorecendo as trocas e interações: professor – aluno, aluno – professor e
conteúdos estudados.
• É importante que o professor deixe bem claro seu plano de trabalho para os
alunos e retome, sempre que necessário à proposta inicial, afim de que eles
possam decidir novos procedimentos no decorrer das atividades.
• O professor deve estar sempre no papel de orientador, facilitador, criador de
desafios para estimular a investigação do aluno.
AVALIAÇÃO
Diante do conceito de que a Escola não é mais o lugar onde uma geração
passa para outra um acervo de conhecimentos e sim o espaço onde as relações
humanas são moldadas, a avaliação deve ser voltada no sentido da constatação do seu
principal objetivo. Assim sendo, a escola deve ser usada para aprimorar valores e
atitudes, além de capacitar o indivíduo na busca de informações, onde quer que elas
estejam para usá-las no seu cotidiano. Para isso serão utilizados problemas complexos e
tarefas contextualizadas onde deve existir o acompanhamento contínuo da
aprendizagem, visando o diagnóstico do que aprenderam e de suas dificuldades no
percurso, indicando a necessidade de novas intervenções, para que todos possam
chegar ao aprendizado.
A avaliação será contínua, somatória e diagnóstica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARNAVI, Élie. História Universal dos Judeus.
BUENO, Eduardo. A Viagem do Desenvolvimento. Ed. Objetiva.
COSTA, Viotti da, Emilia. Da Senzala á Colônia.
PILLETI, Nelson e Claudino. História e Vida. Ed. Ática.
Revista Nossa História. Ed. Vera Cruz.
ROBERTS, J. M. História do mundo.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora M. S. Histórias do Cotidiano Paranaense. Ed. Letraviva.
SCHMIDT, Mario. Nova história Critica. Ed. Nova Fronteira.
LÍNGUA
PORTUGUESA
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os
currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já
há muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do
professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Levando-se em conta o tempo decorrido desde a chegada, aqui, dos
primeiros conquistadores europeus, pode-se tomar os cento e poucos anos da disciplina
e os quase oitenta de preocupação com a formação dos professores como fato recente.
Acrescente-se a isso que a formação da nação brasileira deve à língua muito de sua
identidade. Nesse aspecto, tencionando o uso culto da língua, emergem, no nível
popular, coloquial, práticas de língua que definem muitos aspectos da tradição que, hoje,
correm o risco de desaparecer sob os influxos da industria cultural massiva.
Nos primeiros tempos da colônia, resultante do confronto de culturas, o que
houve foi um movimento, figurado na parte final do poema “Erros de Português” de
Oswald de Andrade, em que o índio começou por despir o português que, afastado da
metrópole, aprendeu a língua geral de origem tupi, falada em grande extensão da costa
brasileira. O isolamento dos primeiros colonos fez com que também adquirissem alguns
hábitos dos indígenas. Nesse período, não havia uma educação em moldes institucionais
e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinadas mais pelo caráter
político, social e de organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Depois
de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se ao
ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais
prolongada.
Em meados do século XVIII, o Marques de Pombal torna obrigatório o
ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua
Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e
Poética, abrangendo, esta ultima, a Literatura. Somente no Século XIX, o conteúdo
gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por
decreto imperial, o cargo de Professor de Português.
O ensino da Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até
meados do século XX, quando iniciou – se, no Brasil, a partir de 1967, “um processo de”
democratização” do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados
exames de admissão, entre outros fatores[...].” ( FREDERICO e OSAKABE, 2004, p. 61).
Como consequência desse processo de “ democratização”, a multiplicação de alunos, as
condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passam a
ser outras bem diferentes.
O ensino da Língua Portuguesa, nesse contexto, não poderia prescindir de
propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por
esses alunos para o espaço escolar, ou seja, a presença de registros linguísticos e
padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. Além disso, cabe lembrar
que no processo brasileiro de industrialização, iniciado já no governo de Getúlio Vargas,
se institucionalizou a vinculação da educação com a industrialização. A Lei 5692/71
amplia e aprofunda esta vinculação dispondo que o ensino devia estar voltado à
qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu, para o ensino, a instituição de uma
pedagogia tecnicista que, na Língua Portuguesa, estava pautada nas teorias da
comunicação, com um viés mais pragmáticos e utilitário do que com o aprimoramento
das capacidades linguísticas do falante.
A disciplina de Português, com a Lei 5692/71 passou a denominar – se, no
primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro últimas séries), baseando – se,
principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação. Em
decorrência disso, a Gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino de Língua e a
teoria da comunicação torna – se o referencial, embora na prática das salas de aula o
normativismo continuasse a ter predominância. Durante a década de 1970 e até os
primeiros anos da década de 1980, o ensino de Língua Portuguesa pautava – se, então,
em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
A necessidade de um quadro de profissionais do magistério, num curto
intervalo de tempo, lançou para um segundo plano a formação pedagógica dos
docentes, transferindo a responsabilidade do planejamento e da preparação das aulas
para o livro didático (produto da indústria cultural), que passa a orientar as atividades dos
professores. A força e a preponderância do livro didático retiraram do professor a
autonomia e a responsabilidade quanto à sua prática pedagógica, desconsiderando seu
conhecimento, experiência e senso crítico em função de um ensino reprodutista e de
uma pedagogia da transmissão. Assim, com base na estrutura dos livros didáticos, tem –
se um ensino de Literatura focado na historiografia literária e no trabalho com fragmentos
de textos, apenas. Ao invés dos textos integrais; no campo do ensino da Língua Materna,
exercícios estruturais, do tipo preenchimento de lacunas, ou questionários de simples
verificação de ocorrência, que desconsiderem as potencialidades que a interação com o
texto propiciaria para a expansão dos sentidos da leitura. Esse quadro, além dos altos
índices de evasão e repetência das classes populares, do arrocho salarial dos
professores e da abertura indiscriminada de faculdades comprometerem ainda mais a
quantidade do ensino.
Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das
práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna
chegaram ao Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente á
pedagogia tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. A dimensão
tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões
de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. No
Brasil, essas ideias tomaram corpo, efetivamente, a partir dos anos 80, com as
contribuições teóricas dos pensadores que integram o Círculo de Bakhtin. Deve – se a
esses teóricos, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos estudos em torno da natureza
sociológica da linguagem, ou seja, a língua configura um espaço de interação entre
sujeitos que se constituem através dessa interação. Ela mesma, a língua, só se constitui
pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Essa concepção diverge das
abordagens de cunho formalista – estruturais que enfocam o caráter normativo da língua.
Desde que a preocupação com a formação dos professores emergiu no
campo do ensino, pôde – se observar um movimento que procurava se libertar do ensino
normativo inicial. Embora tenha ocorrido um avanço teórico considerável nas pesquisas
acerca do ensino da língua, com enfoque nas práticas discursivas, o que se percebe é
que houve uma apropriação, por grande parte dos professores, dos novos conceitos,
sem que isso se refletisse na mudança efetiva de sua prática.
No que tange ao ensino da literatura, vigorou, até meados do século XX, a
predominância do cânone. Para esse ensino, baseado na Antiguidade Clássica, o
principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até as
décadas de 1960 – 70, a leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, tinha por
finalidade transmitir a norma culta da língua, constituindo base para exercícios
gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. Como tentativa
de rompimento com essa prática, a abordagem do texto literário passa a centrar-se numa
análise literária simplificada, a partir de questionários sobre personagens principais e
secundários, tempo e espaço da narrativa.
A partir dos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então 2º grau,
com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto
poético, por exemplo, utilizava – se o método francês de análise literária, ou seja,
propunha- se a análise do texto segundo as estruturas formais: rimas, escansão de
versos, ritmo, estrofes etc. Nesse processo de ensino, cabia ao professor a condução da
análise literária e aos alunos a condição de meros ouvintes. A historiografia literária, que
ainda resiste nas salas de aula, também excluía (e exclui) o aluno de um papel ativo no
processo de leitura, ao colocá-lo em contato com intermináveis listas de autores e
resumos de obras nos quais devem ser encontrados __ à semelhança dos “caça-
palavras” __características de época estabelecidas a priori, sem nenhum estímulo à
reflexão crítica.
Atualmente, os livros didáticos, em grande medida, tendem a perpetuar
essa situação ao priorizar determinados autores para estudos diacrônicos, com base
nos períodos literários, características, biografias, fragmentos de textos, privando o aluno
de uma efetiva prática de leitura do texto literário, o que possibilitaria um real
aprimoramento do leitor e proliferação do pensamento, devido ao pouco tempo para um
ensino que pretende dar conta de uma extensa produção literária, do século XVI ao XX.
A busca da superação desse ensino normativo, historiográfico, tanto com a
quebra do cânone e a crescente valorização do leitor, bem como com a percepção da
impossibilidade de totalização ou centralização referencial, só recentemente tem
alcançado os estudos curriculares e, particularmente, os ensinos de Língua e Literatura,
seja através do impacto dos pensadores contemporâneos como Deleuze, Foucault,
Derrida e Barthes, seja através dos novos campos de saber ou novos espaços teóricos
como a Análise do Discurso, Teoria da Enunciação, Teorias da Leitura, Pensamento da
Desconstrução, etc.
A partir dos anos 80, os estudos linguísticos mobilizaram os professores
para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre
o trabalho realizado nas salas de aula.
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990,
fundamentou – se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da
linguagem, delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para
fazer frente ao ensino tradicional. No entanto, na análise de Barreto (2000, p. 48), a
maioria dos currículos do Brasil, ainda que apresentem uma proposta nessa linha, “ao
explicitar um conteúdo gramatical não consegue traduzi-lo em termos de uma concepção
enunciativa ou dos usos da língua, da competência textual, em situação de
comunicação, recaindo assim, no estigma da gramática tradicional, que trabalha com a
gramática da frase”.
No caso do Currículo do Paraná, pretendia-se uma prática pedagógica que
enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de
análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e
com menos ênfase na conotação moralista. As propostas, ainda segundo Barreto, já
delineavam a diferença entre a opção pelo estudo mnemônico da nomenclatura e a
opção pela nomenclatura enquanto ferramenta de compreensão da prática textual. A
fragilidade da proposta aparece quando, na relação dos conteúdos, ainda seriados, não
se explicita, por exemplo, a relação entre os campos de conhecimento envolvidos na
produção escrita de textos, tais como a estruturação sintática, a ortografia, os recursos
gráficos – visuais, as circunstâncias de produção, a presença do interlocutor. Outro ponto
considerado pela autora é o fato de aspectos da linguística textual, fundamentais na
estruturação do texto escrito, recursos coesivos, conectividade sequencial e estruturação
temática, aparecerem como conteúdo da gramática tradicional.
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os
Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 90, também fundamentaram a
proposta para disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou
discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral ou escrita. No
entanto, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a introdução de conceitos
pouco reconhecidos pelos professores, como por exemplo, habilidades e competências,
termos que desvelam a vinculação do currículo ao mercado de trabalho. Apresentam,
assim, a leitura de forma utilitarista, o ler para subsidiar o que e como escrever, e uma
abordagem meramente conceitual da literatura no Ensino Fundamental ou, mesmo, a
sua desconsideração no Ensino Fundamental. (Suassuna, 1998).
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que estão alicerçados a
discussão sobre o ensino de Língua e Literatura requerem novos posicionamentos em
relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo
envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
Vivemos numa sociedade letrada, imersos em imagens, fotografias,
letreiros, manchetes, jornais, placas de rua, sinais de trânsito, cartões de crédito,
cheques, notas fiscais, documentos, rótulos, revistas..., a habilidade de leitura se torna
indispensável à vida.
Somos leitores em tempo integral, mas não lemos do mesmo jeito um livro
de literatura e um manual de instrução, uma notícia de jornal e um verbete de
enciclopédia. Essas situações de leitura têm cenário, contexto e finalidades peculiares:
divertir-se, emocionar-se, manter-se informado e atualizado, aprender a utilizar um novo
aparelho, preparar um prato especial, executar uma ação... Enquanto lemos, dialogamos
com lembranças, emoções, impressões, informações, que nos ajudam a interagir,
compreender o que dizem os escritores em suas obras.
Cabe ao leitor lançar mão dos conhecimentos armazenados, de suas
experiências anteriores para construir de um jeito bem pessoal um sentido para o texto.
As mudanças propostas para o ensino da Língua Portuguesa têm como
objeto de ensino a linguagem. Os currículos são organizados privilegiando a língua em
uso. Eles vêm atender à crescente exigência de letramento no mundo. Até a década de
1980 era possível focar um trabalho, digamos, em textos mais escolares e literários. Com
as novas tecnologias e as mudanças no mundo do trabalho e das comunicações em
geral, torna-se necessária uma variedade muito maior de conhecimento de gêneros do
que naquelas décadas, pois já não bastam as noções de tipo de texto e a gramática que
tínhamos até então. Hoje é preciso ter conhecimento do gênero, formar os alunos para o
uso da língua.
Diante de tamanha diversidade de gêneros textuais, deve-se pensar num
projeto voltado para a comunidade onde a escola está inserida, levando em conta a
realidade do local. É preciso conhecer a cultura, isso inclui mapear os níveis e tipos de
letramento dessa comunidade: As pessoas leem o quê? Utilizam a leitura para quê?
Assim, é possível aproximar os alunos de outras formas de leitura e ampliar
seu repertório cultural, além disso, o trabalho não fica aborrecido, não provoca
indisciplina, desistência nem resistência.
O repertório faz toda a diferença. Faz-se necessário que o professor tenha
um repertório vasto: lê jornais, revistas, livros de literaturas com regularidade. Isso facilita
o domínio dos gêneros que circulam nesses suportes. É essencial ser usuário frequente
da leitura e da escrita, rever valores e conhecer as peculiaridades da cultura local.
No trabalho de produção textual a situação de produção (o que escrevo,
com que finalidade, para quem ler, para circular em que suporte...) não pode tornar-se
artificial, é preciso, portanto, entender o funcionamento da esfera de circulação da
instituição que o produz, assegurando a condição original do gênero.
OBJETIVOS GERAIS
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio
de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção /leitura;
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo
de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a
construção de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho
com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
• Abordar a cultura afro-brasileira.
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes
supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que por meio da inserção e
participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e escrita, inicia-se na
alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do aluno e não se esgota no
período escolar, mas se estende por toda a sua vida.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo deve assumir características flexíveis, constituídas dentro da
mobilidade histórica. Possibilitando o diálogo com conceitos diversos que, somados,
conseguem abranger toda a complexidade que envolve o processo de uso da língua.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas
diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a língua e
o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso, concebido
como prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.
Domínio da Língua Oral
Objetivo geral: Desenvolver a expressão oral no sentido da adequação da
linguagem ao assunto, ao objetivo e aos interlocutores.
• Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos,
eventos, textos lidos (literários ou informativos, artigos, notas fiscais, documentos,
rótulos, cartões de crédito, cheque, e-mails, charge, história em quadrinhos, textos
legislativos, etc), programas de TV, filmes, entrevistas, etc.);
• Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas,
filmes, programas, etc.);
• Criação (histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, paródias, charges,
poesias, etc.);
a) No que se refere às atividades da fala:
• Clareza, seqüência e objetividade e consistência argumentativa na exposição das
idéias;
• Adequação vocabular
b) No que se refere à fala do outro:
• saber ouvir e respeitar o tempo e o espaço de cada falante;
• reconhecer as intenções e objetivos;
• Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstância, da clareza e
consistência argumentativa.
c)No que se refere ao domínio da norma padrão:
• concordância verbal e nominal
• regência verbal e nominal
• conjugação verbal
• emprego de pronomes, advérbios, conjunções
Domínio da Leitura
Objetivo geral: reconhecer em qualquer atividade da leitura a presença do outro bem
como a sua intenção.
• Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos, obras
literárias, artigos, charges, textos legislativos, e-mails, documentos, imagens,
notas fiscais, verbetes, enciclopédias, etc;
a) No que se refere à interpretação:
• identificar as idéias básicas apresentadas no texto;
• reconhecer nos textos as suas especificidades;
• identificar o processo e o contexto de produção;
• confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;
• atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido;
• Proceder a leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema, o mesmo tema
em linguagens diferentes; tratado em épocas diferentes; sob perspectivas
diferentes.
Obs: Enfatizar a cultura afro-brasileira.
b) No que se refere à análise de textos lidos:
• avaliar o nível argumentativo;
• avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
• avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos
coesivos).
c) No que se refere à mecânica da leitura:
• ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua
relação com os sinais de pontuação;
• saber utilizar estratégias diferenciadas de leitura de acordo com os diferentes
gêneros textuais.
Domínio da Escrita
Objetivo geral: Desenvolver a noção de adequação na produção de textos,
reconhecendo a presença do interlocutor e as circunstâncias da produção.
a) No que se refere à produção de textos:
• Produção de textos ficcionais (narrativos)
• produção de textos informativos;
• produção de textos verbais e não- verbais;
• produção de textos dissertativos na 7ª e 8ª série.
b) No que se refere ao conteúdo:
• clareza, coerência, argumentação.
c) No que se refere à estrutura:
• processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
• Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.);
• a organização de parágrafos e a pontuação.
d) No que se refere à expressão:
• Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e
nominal, conjugação verbal).
e)No que se refere à organização gráfica dos textos:
ortografia;
acentuação;
recursos gráfico-visuais.
f) conteúdos a serem desenvolvidos na 7ª e 8ª série – No que se refere à aspectos da
gramática tradicional:
reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a
conectividade sequencial e a estruturação temática;
• refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto, objeto
indireto e predicativo;
• reconhecer as categorias sintáticas __ os constituintes: sujeito e predicado, núcleo
e especificadores;
• a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto e as possibilidades de inversão;
• a estrutura da oração com os verbos: ser, ter e haver ;
• a sintagma verbal, nominal e sua flexão;
• a complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;
• as sentenças simples e complexas;
• a adjunção;
• a coordenação e subordinação;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Análise Linguística
5ª Série
-discurso direto;
-ilustração;
-entrevista;
-rima;
-estrofe e verso;
-recursos sonoros;
-jogos de palavras;
-polissemia lexical;
-formação de palavras: prefixação;
-concordância verbal: haver x existir;
-coesão referencial;
-sinonímia;
-acentuação gráfica;
-ortografia;
-pronome;
-variação linguística;
-oralidade: formal x informal;
-adjetivo;
-leitura não-verbal em histórias em quadrinhos;
-gírias e expressões regionais;
-síntese;
-emprego dos porquês;
-coesão sequencial;
-paráfrase;
-concordância nominal;
-paragrafação;
-pontuação;
-transformação de período simples em composto;
-uso de estrangeirismo;
-análise de verbete;
-emprego de metáforas;
-onomatopeias;
-informação acessória;
-emprego de maiúscula para nomes próprios;
-estrutura de textos;
-sufixo;
-graus dos adjetivos;
-siglas;
-oralidade.
Produção Textual
Prática da Oralidade
- jogral;
- declaração;
- musicalização;
- entrevista para contação de “causo”;
- identificação dos diferentes falares por meio da audição de músicas regionais;
- relato de pesquisa, dados;
- mímicas, adivinhas;
- canto;
- palestra;
- entrevista coletiva;
- representação de peça teatral.
Prática da Escrita
-retextualização de poesia em prosa;
-produção de quadrinha;
-reescrita de texto de aluno;
-texto narrativo com emprego de gírias;
-texto informativo;
-desenho de palavras associando seu significado à forma gráfica;
-elaboração de paráfrases;
-produção de cartazes;
-organização de roteiro de viagem;
-produção de receita culinária;
-produção de anúncios classificados;
-produção de peça teatral;
-texto publicitário.
Análise Linguística
6ª Série
-lead;
-coesão referencial e sequencial;
-paráfrase;
-concordância: haver x existir;
-sinonímia;
-ortografia;
-discurso direto;
-pontuação;
-verbos;
-substantivo;
-siglas x onomatopeia (formação de palavras);
-emprego dos porquês;
-adjetivo;
-emprego de gírias;
-uso de mais x mais ortografia;
-gênero discursivo;
-crase;
-grau de formalidade na linguagem;
-variação linguística;
-regência;
-acentuação gráfica.
Produções Textuais
Prática da Oralidade
-relato de pesquisa;
-apresentação do produto;
-analisar linguagem de programa de televisão;
-dramatização e entrevista com pessoas convidadas;
-contação de histórias fantásticas;
-simulação/atividade/informal;
-debate;
-declamar poesia;
-protótipos.
Prática da Escrita
-ficha;
-cartas (formal/informal);
-instrução/jogo ou brinquedo;
-propaganda (texto);
-texto informático;
-elaborar narrativa;
-produzir um dicionário humorístico;
-carta argumentativa;
-criar selos.
Análise Linguística
7ª Série
-pronome;
-pontuação;
-coesão sequencial e referencial;
-discurso direto e indireto;
-gíria;
-concordância nominal e termos genéricos;
-concordância verbal;
-sinonímia;
-formas de indicação de estruturas condicionais;
-paráfrase;
-polissemia lexical;
-pesquisa de nomes de línguas;
-análise de verbete;
-grau de adjetivos;
-uso dos porquês.
Produções Textuais
Prática da Oralidade
-dramatização;
-relato de pesquisa;
-entrevista;
-apresentação de paródia;
-conversa informal com convidado da área da saúde;
-debate;
-análise de linguagem humorística;
-análise do uso informal de linguagem.
Prática da Escrita
-texto de opinião;
-elaboração de narrativa;
-criação de paródia;
-sinopse de filme;
-texto informativo;
-elaboração de gráfico e texto normativo;
-retextualização de entrevista em texto informativo;
-retextualização de oralidade em escrita;
-texto narrativo;
-paragração;
-formação de palavras;
-expressão temporal e aspectual;
-acentuação;
-repetição intencional;
-síntese;
-recursos de argumentação;
-uso de estrangeirismo;
-transformação sintática: nominalização;
-período simples e composto;
-informação essencial e acessória;
-prefixos;
-resumo;
-voz ativa e passiva;
-lead;
-crase;
-caracterização de estrutura textual;
-ortografia: para x pára;
-metáfora;
-polissemia lexical;
-passivação de sentenças;
-emprego de algarismos arábicos;
-expressão de qualificação;
-adjetivação;
-sinopse;
-resenha;
-intencionalidade discursiva;
-adequação do título;
-re textualização;
-grau de formalidade na linguagem;
-emprego de estrangeirismo;
-substantivo coletivo;
-plural de substantivo composto;
-citação da fala do outro.
Análise Linguística
8ª Série
-pontuação;
-análise de sujeito e predicado;
-concordância verbal;
-grau de formalidade na linguagem;
-concordância nominal;
-adequação de linguagem;
-adequação de título;
-oralidade: prosódia;
-re textualização: discurso direto de entrevista em discurso indireto;
-ortografia;
-período simples e composto;
-formação de palavras;
-coesão sequencial;
-emprego de estrangeirismo;
-passivação de sentença;
-paráfrase;
-regência;
-sinonímia;
-grau dos adjetivos;
-crase;
-polissemia;
-voz ativa e passiva;
-discurso direto e indireto;
-sigla e abreviatura;
-deslocamento sintático;
-seleção de palavras e ideologia no discurso;
-resumo;
-parônimos (ortografia);
-se como índice de indeterminação do sujeito;
-uso de itálico para destaque;
-acentuação gráfica;
-recursos de argumentação;
-metáfora;
-adequação do título;
-paragrafação;
-jogo de palavras;
-regência;
-lead;
-uso de pronomes de tratamento;
-efeito estilístico;
-emprego de onde x quando;
-seleção de palavras e ideologia no discurso;
-leitura de não verbal;
-uso dos porquês.
Produções Textuais
Prática da Oralidade
-simulação de diálogos em diferentes contextos;
-encenação de peça teatral;
-assembleia para votação;
-apresentação de análise de texto publicitário;
-debate;
-simulação de venda de serviço;
-audição de palestra;
-relato de pesquisa de campo;
-apresentação de pesquisa;
-entrevista;
-declaração.
-
Prática da Escrita
-elaboração de biografia;
-criação de peça teatral;
-elaboração de código de conduta;
-texto de opinião;
-confecção de folder (texto informativo);
-carta, criação de charge;
-criação de narrativa;
-elaboração de cartaz;
-re textualização de texto de instrução oral para forma escrita;
-elaboração de anúncio;
-emprego e anúncio humorístico;
-criação de poesia.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A proposição de encaminhamentos metodológicos no ensino de Língua
nestas diretrizes , segue os princípios de interação , base da concepção adotada para
esta disciplina que atendam a uma perspectiva sócio interacionista , baseada nas teorias
do círculo de Bakhtin.
A linguagem, enquanto produto de uma consciência humana, não pode ser
reduzida, as estruturas desvinculadas a fatores externos que, segundo Bakhtin são
fundamentais na sua composição.
É importante destacar que nenhuma prática é desenvolvida em sala de
aula sem que esteja subjacente a ela uma concepção consistente. A concepção sócio
interacionista pretende uma prática diferenciada, uma vez que considera que a língua só
existe em situações de interação e através das práticas discursivas que assumem a
língua em sua história e funcionamento.
A seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um
processo histórico-social, detentor de um repertório linguístico que precisa ser
considerado na busca de sua competência comunicativa.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o
processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Devemos considerar duas formas de avaliação: a formativa e a somativa,
pois, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor pode utilizar a
observação diária e instrumentos variados selecionados de acordo com cada conteúdo
e/ou objetivo.
A avaliação tem uma função interativa, dialógica ou discursiva da linguagem,
a avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor, pistas
concretas do caminho que o aluno está trilhando para se apropriar, efetivamente das
atividades verbais __a fala, a leitura e a escrita. Logo, por sua característica diagnóstica,
a avaliação formativa é a que mais se presta ao processo de ensino e aprendizagem da
língua, não descartando também a somativa.
• Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a participação dos
alunos nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas
ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele
apresenta ao defender seus pontos de vista, e de modo especial, a sua capacidade
de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.
• Quanto à leitura, serão propostas questões abertas, discussões, debates e outras
atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que empregaram e valorizar a
reflexão que o aluno faz a partir do texto.
• Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase de processo
de produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na proposta de
produção textual, os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem
definidos para o professor e para o aluno. Além disso, o aluno precisa estar em
contextos reais de interação comunicativa, para que os critérios de avaliação que
tomam como base as condições de produção tenham alguma validade.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos,
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados nas
produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e
contextualizada, que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do
texto.
Considera-se que o trabalho com a língua oral e escrita supõe um
processo de formação inicial e continuada que possibilita ao professor estabelecer as
devidas articulações entre teoria e prática, na condição de sujeito que usa o estudo e a
reflexão como alicerces para sua ação pedagógica.
Tal prática requer um professor que, em primeiro lugar, compreenda as
concepções de linguagem que assumem a língua enquanto interação, enquanto
discurso; um professor que tenha os necessários conhecimentos sobre o sistema de
escrita, para orientar com segurança os alunos no processo de aprendizagem desse
sistema; um professor que respeite as diferenças e promova uma ação pedagógica de
qualidade para todos os alunos, desmistificando padrões preestabelecidos e conceitos
tradicionalmente aceitos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-Versão Preliminar das Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o
Ensino Fundamental.
-Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná.
-Almanaque “NA PONTA DO LÀPIS’-ITAÙ CULTURAL; julho/06.
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Os primeiros registros da Matemática apareceram com as Antigas Civilizações,
porém de forma rudimentar. Com os Babilônios por volta de 2000 a C. surgiram os primeiros
registros da matemática, hoje conhecidos como Álgebra Elementar, fato que demarca a
necessidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas. Surge então o nascimento
da matemática, porém é com os Gregos que passa a ser considerada uma ciência com regras,
princípios lógicos e exatidão de resultados.
Inicialmente, a matemática era direcionada à nobreza. As principais
práticas pedagógicas surgiram com os Sofistas, considerados profissionais do ensino,
cujo objetivo era a formação do homem político. A metodologia era baseada em nível
intelectual e científico.
Posteriormente, foi ministrado de forma clássica e enciclopédica baseado
na memorização. A partir do Século I a.C. a matemática foi considerada uma disciplina
básica na formação de cidadãos.
Por volta do Século V d.C. , o ensino teve um caráter estritamente religioso,
sendo a matemática utilizada para o entendimento de cálculos do calendário litúrgico.
Paralelamente, no Oriente ocorreram produções matemáticas entre os Hindus, Árabes,
Persas e Chineses, com papel importante no conhecimento algébrico.
Nos Séculos VIII e IX, com o surgimento de escolas e a organização do
sistema de ensino, a matemática assume um caráter empírico. O avanço das
navegações, das atividades comerciais e industriais, possibilitaram o desenvolvimento de
novas produções matemáticas, como a Geometria Analítica, Cálculo Diferencial e
Integral, Equações Diferenciais que contribuíram para um grande progresso científico e
econômico.
No Século XVII, a matemática desempenhou um importante papel na
explicação de fenômenos de movimento mecânico e manual. Com as Revoluções
Industrial e Francesa, o ensino da matemática tomou um caráter técnico. No Brasil,
ministra-se este caráter técnico, porém com objetivo de formar militares. No final do
Século XIX e começo do Século XX, surgiu a preocupação sobre o ensino da Matemática
em trabalhar uma metodologia voltada ao caráter didático e pedagógico. No Brasil, o
ensino da matemática aconteceu paralelo ao desenvolvimento tecnológico, político e
econômico.
Atualmente diversas abordagens teóricas e práticas têm sido sugeridas
para o estudo de conteúdos matemáticos, todas com o intuito de buscar significados no
estudo desses conteúdos.
A escola, onde vivenciamos um processo educativo não pode ficar à
margem da realidade do educando, por isso, é necessário uma educação crítica,
formadora da cidadania.
A matemática que conhecemos hoje não é um resultado acabado, pronto
para ser utilizado; ela não é um produto finalizado e nem o será enquanto existirem
pessoas capazes de modifica-la, melhorá-la, forçá-la a evoluir.
Para que a matemática na escola torne-se dinâmica, rica, viva é preciso
mudar o conceito que se tem a respeito desta ciência.
O relacionamento dos conteúdos programáticos e suas aplicações têm
provocado uma crescente adesão por parte dos educadores. Não é mais possível
apresentar a matemática aos alunos de forma descontextualizada, sem levar em conta
que a origem e o fim da matemática é o de responder às demandas de situações-
problema da vida diária.
A matemática, por sua universalidade de quantificação e expressão, como
linguagem, portanto, ocupa uma posição singular. Enquanto ciência, torna-se essencial
uma construção abstrata mais elaborada, os instrumentos matemáticos são
especialmente importantes; mas não é só nesse sentido que a matemática é
fundamental. Possivelmente não existe nenhuma atividade da vida contemporânea da
música à informática, do comércio à meteorologia, da medicina à cartografia, das
engenharias às comunicações, em que a matemática não compareça de maneira
insubstituível para codificar, ordenar, quantificar e interpretar compassos, taxas,
dosagens, coordenadas, tensões, frequências e quantas outras variáveis houver.
Ficam assim evidenciados os motivos que levam à formulação de uma
proposta de educação matemática que não seja exclusivamente conservacionista e
informativa de conteúdos. Mas, sobretudo que seja formadora de hábitos, atitudes e
comportamentos que identifiquem, formulem propostas e atuem no sentido de formar o
nosso jovem - futuro cidadão – redescobrindo novos valores que garantam uma
sociedade mais justa.
OBJETIVOS GERAIS
Contribuir para a aquisição de conhecimentos e habilidades matemáticas:
- visando ao desenvolvimento intelectual dos alunos ;
- auxiliando na formação de cidadãos conscientes.
Busca-se o desenvolvimento intelectual dos alunos, promovendo sua
autonomia trabalhando a leitura e interpretação de textos matemáticos, ensinando-os a
expressar-se através da matemática, incentivando-os a expressar-se através da
matemática, incentivando estratégias variadas de resolução de problemas, habituando-
os à procura dos porquês dos fatos matemáticos, estimulando a argumentação, sendo
capaz de selecionar informações, formular hipóteses, discutir ideias e produzir
argumentos convincentes.
CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
• Sistemas de Numeração Decimal e não decimal;
• Números Naturais e suas representações;
• Conjuntos Numéricos (naturais e racionais)
• As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação e radiciação)
• Operações com frações por meio de equivalência.
• Expressões numéricas
MEDIDAS
• Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário.
• Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e
tempo.
GEOMETRIA
• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
• Construções e representações no espaço e no plano;
• Planificação de sólidos geométricos;
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Coleta, organização e descrição de dados.
• Médias
6ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
• Conjuntos Numéricos (naturais, racionais e inteiros);
• As seis operações e suas inversas no conjunto Z;
• Transformações de números fracionários (na forma de razão/quociente) em
números decimais;
• Operações com frações por meio de equivalência no conjunto Z.
• As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da
substituição de letras por valores numéricos;
• Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e
diferença
• Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;
• Ângulos
• Expressões numéricas (conjunto N. z, Q)
MEDIDAS
• Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo;
• Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Talles;
GEOMETRIA
• Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;
• Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas
• Ângulos, polígonos e circunferências;
• Classificação de Triângulos
• Desenho geométrico com uso de régua e compasso;
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Coleta, organização e descrição de dados.
• Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos,
7ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
• Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais)
• Juros e Porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo (razão, proporção,
frações e decimais)
• Equações e sistemas de equações de 1º graus
• Polinômios
MEDIDAS
• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de
problemas algébricos;
• Capacidade, volume e suas relações;
GEOMETRIA
• Cálculo do número de diagonais de um polígono
• Estudos de Polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides;
• Círculo e cilindro
• Condições de paralelismo e perpendicularidade;
• Construção de polígonos inscritos em circunferências.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos.
8ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
• Conjuntos numéricos (N, Q, Z, I, R )
• Potenciação, radiciação e suas propriedades
• Fatoração ( Números Primos)
• Equações
• Funções
• Trigonometria no triângulo retângulo.
MEDIDAS
• Triângulo retângulo – Relações métricas e Teorema de Pitágoras
• Representação cartesiana e confecção de gráficos
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas;
• Moda e mediana
• Noções de probabilidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Ao adotar um método de ensino matemático é importante levar em
consideração a necessidade de atingir a todos, buscando alternativas que visem facilitar
a aprendizagem, desenvolvendo ao máximo o espírito de pesquisa, apreciando tanto o
raciocínio abstrato quanto o lógico – aplicado.
Diante dessa metodologia, o professor deve levar em conta o processo psíquico do
aluno, agarrando seu interesse e apresentando os conteúdos numa forma intuitivamente
compreensível; estimulando-o a construir o seu pensamento através de uma linguagem
clara e objetiva.
Os temas relacionados à cultura afro-brasileira e africana, serão abordados
no tratamento da informação, na realização de levantamento de dados, coleta de
informações, interpretação e construção de gráficos.
AVALIAÇÃO
Por razões que se prendem com as exigências de uma sociedade
competitiva e em constante desenvolvimento tecnológico, cabe à escola o papel de
“lançar” para a sociedade, jovens dotados de determinadas capacidades, como sejam:
reflexão, argumentação, espírito de iniciativa e capacidade de se adaptar a situações
novas e de colaboração em equipe. Esta é, pois uma função da escola que não se pode
deixar de cumprir.
Nesta perspectiva, a disciplina de matemática reúne condições especiais
que a dotam de uma riqueza ímpar, para que os educandos possam desenvolver-se em
todos esses desafios.
Diante deste contexto, entende-se que “a avaliação deve ser uma
orientação para o professor na condução de sua prática docente”. ( D’Ambrósio, 2001,
p.78).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Dione Luchesi de. Metodologia do Ensino da Matemática. São Paulo:
Cortez, 1991.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática: Da Teoria à Prática. 4 ed. São Paulo: Papires, 1996.
REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MATEMÁTICA. Ano 09. nº12- junho de 2002.
L.E.M.
INGLÊS
Língua Estrangeira Moderna - Inglês
Apresentação da Disciplina
Desde o início da nossa colonização o ensino de línguas estrangeiras vem
sofrendo significativas mudanças.
A Abordagem Tradicional concebia a língua como conjunto de regras e
privilegiava a escrita.
Na Europa, Ferdinand Saussure publica “Cour de linguística génerele” que
estabelece a oposição entre langue, o sistema linguístico propriamente dito, e parole, o
uso desse sistema em contextos sociais, tornando-se um marco histórico.
No início do século XX devido a um conjunto de fatores que marcam a
história da Europa, muitos europeus passaram a creditar que no Brasil teriam uma
melhoria na qualidade de vida. Isso se deu também pela propaganda promovida pelo
governo brasileiro de ampliação de trabalho.
Dessa maneira foram criadas colônias de imigrantes por todo território
brasileiro.
No Paraná as colônias maiores foram as de imigrantes italianos, alemães,
ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Esses colonos se organizaram para
preservar suas culturas construindo escolas, já que a escolarização fazia parte dessas
populações em seus países de origem e o Estado brasileiro não ofertava atendimento
escolar a todas as crianças. É por essa razão que ainda é possível encontrar
comunidades bilíngues no Paraná.
O governo federal, em 1917 decide fechar as escolas estrangeiras, que
funcionavam principalmente no sul do país, impedindo, dessa maneira a
desnacionalização da escola e da infância.
Três anos após a legislação admitir a oferta do ensino primário por escolas
particulares, desde que fossem respeitadas as orientações de caráter nacionalista. O
ensino de língua portuguesa, ministrado por professores brasileiros natos; e o de língua
estrangeira era proibido para menores de dez anos. Essa onda nacionalista estendeu-se
durante o primeiro governo de Getúlio Vargas.
Tem-se em 1931, uma reforma intitulada Francisco Campos que atribuía a
escola secundária à responsabilidade pela formação geral e preparação para o ensino
superior. Uma vez que a educação representava um meio pelo qual o Brasil poderia
atingir a modernidade.
Através dessa reforma, pela primeira vez, um método de ensino de língua
estrangeira foi oficialmente estabelecido: o Método Direto que surge na Europa, no fim
do século XlX e início do século XX, em contraposição ao Tradicional. Esse novo método
respondia aos novos anseios sociais, contemplando o ensino das habilidades orais, que
não ocorria no método anterior.
O surgimento desse método apresenta-se como uma primeira tentativa de
se conceber a língua como um fenômeno particular e compartilhado com outros falantes
da mesma língua.
O método é induzir o aprendiz ao acesso direto aos sentidos, sem
intervenção da tradução, de forma que se pensa diretamente na língua estrangeira,
dessa maneira a aprendizagem acontece primeiramente pela fala.
A transmissão acontece através de todo material que facilita a
compreensão. Já a gramática é assimilada de forma indutiva, e dava-se preferência ao
professor nato ou fluente na língua alvo. Ao contrário do método Tradicional que se quer
exigia a necessidade do professor saber falar a língua ensinada.
A solidificação dos ideais nacionalistas aparecem com muita evidência na
Reforma Capanema, em 1942. Nesse período, o prestígio das línguas estrangeiras foi
mantido no ginásio, e ainda mantinha-se o Método Direto. Nessa conjuntura, o Mec
indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado, a metodologia e o
programa curricular.
O ensino de inglês teve seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser
o idioma mais usado nas transações comerciais.
Após a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de aprender inglês
tornou-se cada vez maior, falar inglês passou a ser um anseio das populações urbanas e
o ensino dessa língua ganhou cada vez mais espaço no currículo, em detrimento ao
ensino de francês.
Os linguistas estruturalistas dessa época, Leonardo Bloomfield, Charles
Fries e Robert Lado, apoiavam-se na psicologia da escola Behaviorista de Pavlov e
Skinner para trabalhar a língua, a partir da forma para chegar ao significado. Esses
linguistas sistematizaram os métodos audiovisual e áudio-oral, surgidos nos Estados
Unidos por ocasião da Segunda Guerra Mundial, quando da necessidade de formar
rapidamente pessoas que falassem outras línguas.
A língua então passou a ser vista como um conjunto de hábitos a serem
automatizados e não mais como um conjunto de regras a serem memorizadas.
O linguista Chomsky (1965) re-estruturou a visão de língua e de sua
aquisição, pois sendo a língua dinâmica e criativa, não poderia ser reduzida a um
conjunto de enunciados que pudessem ser memorizados e repetidos de uma forma
automatizadas em qualquer situação.
Já para Saussure (1913) a língua era sistemática objetiva e homogenia, um
conjunto de signos ordenados, dos quais se poderia abstrair sentidos.
De acordo com Krause-Lemke (2004), numa visão estruturalista, a língua é
vista como uma estrutura que fez intermediação entre o indivíduo e o mundo, ou seja, ela
seria um elemento de ligação entre os dois.
Chamsky criou os conceitos de competência e desempenho desenvolvendo
as habilidades linguísticas: falar, ouvir, ler e escrever; dando destaque às atividades em
grupos para interação dos aspectos afetivos.
A partir da década de 50, a preocupação do sistema educacional era a
preparação dos alunos para o mundo do trabalho. Diante das exigências do mercado, o
currículo tornou-se mais técnico e consequentemente houve a diminuição na carga
horária das línguas estrangeiras.
Os conselhos estaduais criados pela LDB nº 4024/61 decidia a inclusão ou
não da língua estrangeira nos currículos e determinou a retirada da obrigatoriedade do
ensino de L.E. no colegial e instituía o ensino profissionalizante. Mesmo assim,
intensificou-se a valorização da língua inglesa, devido às demandas de mercado de
trabalho.
Na década de 70, o pensamento nacionalista tornava o ensino de línguas
estrangeiras como mais um instrumento das classes privilegiadas.
Só em 1976, o ensino de língua estrangeira volta a ser valorizado, quando
a disciplina volta ser obrigatória, mas tendo finalidade estritamente instrumental.
Em meados de 1980, professores organizados em associações lideraram
um amplo movimento pelo retorno da pluralidade de oferta de língua estrangeira, em
decorrência disso, a Secretaria de Estado da Educação criou os CELEMs, como forma
de valorização da diversidade étnica que marca a história do estado.
Após dez anos surge o modelo de competência comunicativa e
performance, no qual a utilização de uma determinada língua envolve tanto o
conhecimento da língua em questão quanto à capacidade de implementação ou de seu
uso.
Nesse contexto, pode se identificar o predomínio da oferta de língua inglesa
que continua a ser prestigiada pelos estabelecimentos de ensino, por corresponder mais
diretamente às demandas da sociedade.
Em 1996, a LDB da Educação Nacional nº 9394, determinou que a oferta
obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino fundamental, a
partir da quinta série, sendo que a escolha do idioma foi atribuída a comunidade escolar,
dentro das possibilidades da instituição.
O MEC publicou os PCNs para o Ensino Fundamental de Língua
Estrangeira 1998. Esse documento pauta-se numa concepção de língua como prática
social privilegiando a Abordagem Comunicativa. No entanto, recomenda um trabalho
pedagógico com ênfase na prática de leitura em detrimento às demais. Afirma ainda que
a prática de leitura atende às necessidades da educação formal, sendo a habilidade que
o aluno poderá usar com mais freqüência no seu contexto social e imediato.
Os estudiosos, influenciados pelo pós-estruturalismo e pelos pressupostos
de uma pedagogia crítica, em especial pelos postulados de Paulo Freire, ampliam as
definições tradicionais de letramento e as utilizam sob um outro aspecto, dando origem a
uma nova abordagem o Letramento Crítico.
Diante dessa trajetória a língua inglesa tem um valioso papel construtivo
como parte integrante da educação formal. Pois envolve um processo de reflexão sobre
a realidade social, política e econômica, com valor intrínseco importante no processo de
capacitação que leva a libertação. Em outras palavras, Língua Estrangeira
principalmente no ensino fundamental, é parte da construção da cidadania.
OBJETIVOS
• Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras que cooperam nos
sistemas de comunicação percebendo-se como parte integrante de um mundo
plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas
desempenham em determinado momento histórico;
• Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua
estrangeira, no que se refere a novas maneiras de agir e interagir e as visões de
seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de
seu próprio papel como cidadão de seu país e do mundo;
• Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o acesso a
bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;
• Construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e
quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os
conhecimentos da língua materna;
• Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem da
língua estrangeira que está aprendendo;
• Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer;
• Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações
diversas.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Na LEM – Inglês, os conteúdos específicos terão como norteadores o
conteúdo estruturante que toma a língua como interação verbal, enquanto espaço de
produção de sentidos marcados por relações contextuais de poder, sendo aquele que a
traz de forma dinâmica – o “discurso” enquanto pratica social que será desenvolvido por
meio das praticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
Partindo desta concepção, será desenvolvido um trabalho no qual os
alunos sujeitos percebam a inter discursividade nas diferentes relações sociais; sendo
necessário que os níveis de organização linguística (fonético-fonológico, léxico-
semântico e de sintaxe) sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção
escrita, oral, verbal e não-verbal.
Conteúdos Específicos – 5ª série
• Apresentar pessoas;• Perguntar e dizer os nomes;• Saudações;• Expressões idiomáticas;• Materiais escolares;• Disciplinas;• Família;• Adjetivo;• O alfabeto;• Verbo to be no presente (singular is);• Pronomes pessoais;• Pronomes possessivos:my, your, his, her;• Pronomes interrogativos: what e who;• Respostas curtas;• Animais;• Pronomes demonstrativos: this e that;• Artigo indefinido: a e an;• Cores;• Verbo to be – presente simples (plural-are);• Forma plural- substantivos;• Partes do corpo;• Artigo: the;• Pronome interrogativo: how;• Festa de aniversário ;• Brinquedos e jogos;• Preposição: in, on, at;• Conjunções: or e and;• Pronome interrogativo: where• Números de 0 a 50;
• Perguntas: how many, what time, how old;• Tempo;• Estações;• Meses;• Dias da semana;• Frutas;• Vegetais;• Transporte e sinalização.
6ª série
• Saudações;• Comandos;• Verbo to be;• Pronomes possessives;• Respostas curtas;• Meses;• Dias da semana;• Feriados;• Why e because;• Preposição: in e on;• Palavras interrogatives: when e what;• Números ordinais;• Presente simples;• Descrever pessoas;• Adjetivos;• Palavras interrogativas: who e what;• And, or, but;• Artigos indefinidos: a e an;• Artigo definido: the;• Roupas;• O tempo;• Nomes: singular e plural;• To be – presente contínuo;• Material escolar;• Partes da casa;• Mobília;• There – to be;• Preposições: Behind, between, next to, far from, in front of, in, on;• Pergunta: how many;• Palavras interrogatives: where, how, many, which;• Esportes;• Datas comemorativas;• Músicas Folclóricas Americanas.
7ª Série
• Adjetivos;• Partes do corpo;• Presente simples;• Caso genitive;• Preposição;• Atividades diárias;• Presente continuo;• Advérbios :always,usually, never…;• Of genitivo;• Pronome interrogativo: whose;• Pronomes possessives;• Ocupaçãoes;• Sicknesses and aches;• Many/Few; much/ little;• Lugares;• Direçãos;• Imperativos: afirmativo e negative;• Verbo to do – interrogativo e negativo;• Food and drinks;• Past tense; • Tempo; • Datas comemorativas;
8ª Série
• Simple present• Simple future• Pronome reflexivo• Datas• Nacionalidades• Países• Smple past (to be)• Past continuous• Simple past (did)• Question tags• Would-condicional• If clauses• Tomar decisões• Must• Can/to be able to• Could• May/ might• Chirstmas• Expressions• Músicas• Future to be + going to• Comparativoe surpelativo• Songs
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O trabalho será realizado através do engajamento dos alunos em
atividades críticas e problematizadores, que se concretizam por meio da língua como
prática social, partindo do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais
do que meros instrumentos de acesso à informação.
Os textos utilizados deverão promover espaço para a discussão de
temáticas fundamentais para o desenvolvimento intercultural. Já que os temas serão
referentes a questões sociais emergentes, como: saúde, meio ambiente, vida familiar e
social, de maneira que desenvolva a consciência cidadã.
Ao trabalhar com textos em sala de aula, terá que haver primeiro uma
interação com o texto, visto que essa interação pode propiciar uma complexa mistura da
linguagem escrita, visual e oral. Será importante a utilização de recursos visuais para
auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula. Tais materiais são importantes, pois
possibilitam que os alunos portadores de necessidades especiais possam participar da
aula.
Assim, o trabalho com a gramática será importante na medida em que
permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas.
Trabalhando dessa maneira, o aluno poderá rejeitar ou reconstruir o texto a partir de
seus universos de sentido.
É interessante também trabalhar com textos, com um grande número de
palavras transparentes e cognatos para que o aluno perceba que é possível ler um texto
de língua estrangeira sem muito conhecimento da língua.
Outro recurso que poderá ser utilizado é o dicionário que pode auxiliar
nessa conscientização.
O professor deverá trabalhar o texto em seu contexto social de produção e
dele selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua.
Cabe ao professor, quando trabalhar com sentidos de textos, valorizar o
conhecimento de mundo e as experiências dos alunos, por meio de discussões
referentes aos temas abordados.
Já na produção escrita, mesmo que seja uma frase ou um parágrafo deverá
ser de forma significativa, buscando leitores efetivos dentro ou fora da escola, isto é,
elaborar pequenos textos direcionados a um público determinado.
O aluno sempre deve ser instigado pelo professor a buscar respostas e
soluções aos seus questionamentos, necessidades e anseios relacionados à
aprendizagem.
Por fim, o docente deve fazer uso da metodologia que melhor atende às
demandas da sociedade contemporânea brasileira e aos propósitos de ensino de Língua
Inglesa preconizados nas Diretrizes. Visto que o aluno deverá desenvolver uma
consciência crítica dos propósitos sociais e dos interesses aos quais os mesmos servem,
considerando que a língua é também poderosa como prática social.
AVALIAÇÃO
A avaliação pode ser realizada durante a própria situação de
aprendizagem, em que o professor identifica a maneira como o aluno interage com os
conteúdos e transforma seus conhecimentos.
Para que isso ocorra, a avaliação não pode ser vista como punição, mas
sim constituída num instrumento facilitador na busca de orientação e intervenções
pedagógicas.
O envolvimento dos sujeitos alunos na construção do significado, nas
práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do
processo de aprendizagem. Ele também já deve estar envolvido no processo de
avaliação, uma vez que é construtor do conhecimento, precisa ser reconhecido pelo seu
esforço por meio de ações como: o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho
e entendimento do “erro” sendo parte integrante da aprendizagem.
É importante considerar que na prática pedagógica o professor lance mão
do uso de outras formas de avaliação como: diagnóstica e formativa, desde que essas se
articulem com os objetivos específicos e conteúdos definidos nas escolas respeitando as
diferenças de natureza tanto individual quanto escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRANDÃO, H. N. Introdução à análise do discurso. 6 ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1997.
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