7/27/2019 Satsang - Questo 10 - 12.10.2013

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Satsang do Coletivo do Um12 de outubro de 2013

Questo 10

Ol Alta,

Foi o testemunho da Sverine (postado hoje no Frum) que eu li apenas as cinco primeiras

linhas ainda, que me fez falar com voc sobre o que eu acabo de viver.

Eu no sei se foi a canalizao da Estrela Preciso, de 30 de agosto, mas depois da sua leitura,

nos dias que se seguiram, eu me encontrei, aos poucos, na Alegria. No A ALEGRIA na Beatitude,

mas eu estava leve e feliz, a alegria estava em mim, eu sempre tinha o sorriso nos lbios, tudo

era fluido e simples.

E depois, bem lentamente, insidiosamente, um questionamento veio a mim cada vez mais

presente, como se fosse preciso que esta alegria estivesse ligada a algo: como que eu estou

com tanta alegria, sem razo aparente, sem evento especfico? ..... Eu estava presa a isso,

completamente governada por esse questionamento. No fundo, havia como resposta: esta

alegria no pode durar, eu sentia em mim um tamanho pavor de perder o meu filho! E,

evidentemente, esta alegria desapareceu. Eu sei agora que foi o mental que assumiu totalmente

o controle, eu o vi funcionar aps o fato.

Est a o que o testemunho da Sverine chamou bruscamente a ateno. Eu tenho uma

lembrana ... muito longe... de uma criana que teria sido separada de mim. Esta experincia me

marcou com ferro quente, como uma ferida que se abre a cada vez (experincia reiniciada, no

tero, quando um gmeo partiu durante um aborto fracassado da minha me). Como sair

disso, como esquecer a lembrana do sofrimento passado? Eu sei que esta lembrana apenas

pura iluso, mas ela me deixa acuada e me deixa chumbada.

Alguns Intervenientes muitas vezes falaram disso, mas eu ainda estou presa a isso.

Voc pode me dar um novo esclarecimento?

Mil vezes obrigada, de todo o meu corao.

Colette P.

Audio:Rponse Alta - Question 10 (12-10-2013)

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Resposta de Alta

Ento, Colette, independentemente das respostas que foram dadas nas perguntas anteriores,

agora, ns entrevemos, se pudermos dizer, pelo olho, do Corao, algo que essencial. Alis,

nas conversas de Maharshi, nos testemunhos de Maharshi durante a sua vida, isso se repete.

Muitas pessoas viviam esta Alegria, esta Beatitude sem objeto, sem sujeito, que natural, que o nosso estado natural e, insidiosamente, como voc diz, h esta apreenso do mental que

assume o controle. A Alegria natural e, enquanto houver esta ideia de passagem, de retorno

realidade, no h estabilizao. Por exemplo, quando essas lembranas voltam, preciso no

viv-las. No preciso, simplesmente, torn-las suas. Elas pertencem ao passado. Elas so

eliminadas deste modo, vendo-as. Agora, quando temos a chance, a oportunidade, a

espontaneidade de viver esses momentos de Alegria sem objeto, isso j est ganho, porque os

processos Vibratrios se instalam. Mesmo se tivermos a impresso de ali no chegar, no

preciso se culpar.

Evidentemente, todos aqueles que vivenciaram momentos de Alegria e de Beatitude, ficam

muito decepcionados, ou questionam muito, de algum modo, quando o mental se instala de

novo e assume o controle. Mas, como Colette disse, ela o viu tomar as rdeas. J, o fato de v-

lo, essencial. Todos ns, nesse momento, temos coisas que chegam: memrias,

acontecimentos, mesmo na vida mais comum, traumas, injustias, vividas como tais pela

personalidade. Tudo isso apenas faz parte do jogo: do j-e-u (jogo) e do j-e (eu). Voc, Colette,

desloque-se, coloque-se, no como uma lembrana desta Alegria passada e vivenciada, mas no

Presente. Isso significa algo que vem golpe-la, este sofrimento que descrito, ele no seu. Ele

pertence ao seu cenrio de vida, sua histria de vida, mas voc no a histria da sua vida.

Voc a Vida, voc a Graa. Portanto, isso um problema, a tambm, que vemos cada vez

mais, de resistncia, mas esta resistncia no tem que ser concebida como uma culpa. Ela estinscrita no crebro reptiliano. Ela faz parte dos mecanismos de sobrevivncia. Isso faz parte de

duas regies extremamente especficas do crebro, que foram identificadas como as Estrelas

Bem e Mal, que esto na frente da testa, que correspondem aos ncleos amigdaloides pr-

frontais, que so o Bem e o Mal. Enquanto o Despertar no for estabilizado, enquanto a

Liberao no estiver inscrita na realidade deste mundo (obviamente, ela est inscrita na

Realidade Eterna que ir se inscrever tambm no coletivo deste mundo), mas, efetivamente, eu

concebo que bem detestvel passar de uma Alegria sem objeto, da Tranquilidade, e at

mesmo da Beatitude, a questionamentos ligados a sofrimentos passados, a tristezas, a vazios

interiores. O que importante de compreender que tudo isso, todas essas idas e vindas,

apenas resultam de resistncias. No podemos combater as prprias resistncias. No podemoscombater a prpria respirao, mesmo se alguns iogues chegam a parar o corao e a parar a

respirao. Essa no a finalidade. O objetivo uma Integrao total desta Alegria que vem

recobrir como um manto de Luz tudo o que est na pessoa. Isso no faz desaparecer a pessoa

at o momento da morte real deste saco ou deste Templo. O que importante de compreender

que a Liberao j est a, a partir do momento em que h uma vivncia que se aproxima de

uma vivncia Vibratria, ou de uma vivncia da Coroa Radiante do Corao, da Kundalini, a

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partir do momento em que aceitamos isso, porque a aceitao j uma integrao, e a

aceitao vai de encontro resistncia por meio de mecanismos neurofisiolgicos

extremamente simples, os quais eu no tenho tempo de explicar.

Portanto, quando surgem de novo as emoes, quando surgem de novo contrariedades na vida

(porque todos ns temos impostos a pagar, obrigaes sociais, morais, afetivas), no questodali se extrair, mas, sim, de integrar tudo isso em meio a esta Paz. No porque vocs so

Absoluto ou Liberado Vivente, ou Liberado condicionado Liberao coletiva, que tudo isso vai

desaparecer. A respirao est presente, a necessidade de se alimentar ainda est um pouco

presente, a necessidade de vida social ainda est presente. Isso faz parte do crebro reptiliano,

mas tambm do crebro dos mamferos, o que nos liga ao grupo social, ao grupo moral, ao

grupo afetivo, ao grupo profissional, ou ao grupo espiritual. Tudo isso so apenas apegos, so

apenas resistncias.

Passar da resistncia ao Abandono no um trabalho, mas olhar as coisas tais como elas so.

Isso deveria, cada vez menos, causar problemas. No enunciado que voc prope, Colette, voc

est perfeitamente lcida de ter vivido esta Alegria sem objeto, assim como voc est

perfeitamente lcida de estar sujeita novamente a esta personalidade, a estas emoes, a esta

histria, ao seu prprio cenrio de vida. O fato de v-lo j essencial. Mas isso no impede a

resistncia. Ento, o que fazer? Justamente, nada fazer. Aceitar totalmente esta emoo. No

para torn-la sua, no para reviver isso, mas para v-la passar. Se, em geral, ns olhamos essas

emoes que nascem (que tnhamos superado, que tinham desaparecido da nossa conscincia

atual), se ns aceitarmos v-las passar, elas iro passar. Elas iro desaparecer sozinhas e jamais

vo voltar a interferir na Alegria e na Paz.

Blog:Satsang do Coletivo do Um Questo 10 (12-10-2013)

Transcrio do texto (em francs) por: Nicole Tremblay

Traduo para o portugus: Zulma Peixinho

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