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PROGRAMA DE ARBORIZAÇÃO URBANA
NITERÓI
Niterói, 2014
Rio de Janeiro
Programa de Arborização Urbana de Niterói
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade
PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI
Rodrigo Neves
Prefeito de Niterói
Daniel Marques Frederico
Secretario de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade.
Equipe Técnica – Setor de Áreas verdes
Rafael Giusti – Biólogo Esp. Engª. Ambiental
Thomeson de Souza Nascimento – Eng° Agrônomo
Fernanda Moura- Engª Agrônoma
Raquel Santos-Bióloga e Gestora Ambiental
Kayo Vinicius Machado Romay – Engº Agrícola e Ambiental
Colaboração
Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle - SMUC
Secretaria Municipal de Acessibilidade e Cidadania – SMAC
Conselho Municipal de Meio Ambiente de Niterói - COMAN
Programa de Arborização Urbana de Niterói
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade
SUMÁRIO
Apresentação ................................................................................................................................... 5
Introdução ....................................................................................................................................... 6
Impactos ambientais da arborização urbana ............................................................................... 8
Impactos positivos ....................................................................................................................... 8
Impactos negativos ...................................................................................................................... 9
Princípios básicos para o projeto de arborização urbana ........................................................ 10
Planejamento da arborização urbana ........................................................................................ 11
Análise da vegetação ................................................................................................................. 11
Análise do local ......................................................................................................................... 11
Envolvimento com a comunidade .............................................................................................. 11
Compatibilização com ruas e o calçamento ............................................................................... 11
Compatibilização com áreas residenciais .................................................................................. 18
Compatibilização com a rede elétrica ........................................................................................ 19
Implantação da arborização em vias públicas ........................................................................... 21
Adequação das espécies ............................................................................................................. 21
Características biológicas das espécies ...................................................................................... 21
Quanto ao comportamento da copa e o espaço físico ................................................................ 26
Espécies recomendadas à arborização urbana .......................................................................... 27
Pequeno porte ............................................................................................................................ 28
Médio porte ................................................................................................................................ 33
Grande porte .............................................................................................................................. 37
Espécies inadequadas à arborização urbana ............................................................................. 39
Plano de manejo da arborização urbana .................................................................................... 45
Escolha das mudas ..................................................................................................................... 45
Plantio ........................................................................................................................................ 46
Espaçamento .............................................................................................................................. 46
Coveamento ............................................................................................................................... 47
Tutoramento ............................................................................................................................... 47
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Grade de proteção da muda ....................................................................................................... 49
Podas .......................................................................................................................................... 50
Tipos e técnicas de podas ................................................................................................... 52
Época de podas ................................................................................................................... 56
Equipamento de proteção individual - EPI ................................................................................ 60
Ferramentas adequadas para o serviço de poda .................................................................. 61
Corte ou poda de árvores urbanas .............................................................................................. 64
Medidas para minimizar a necessidade de poda ....................................................................... 65
Legislação aplicada á arborização urbana em Niterói .............................................................. 66
Credenciamento na secretaria de Meio Ambiente..................................................................... 67
Avifauna e arborização urbana ................................................................................................... 69
Análise da arborização de ruas e avenidas ................................................................................. 70
Bibliografia .................................................................................................................................... 75
Programa de Arborização Urbana de Niterói
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APRESENTAÇÃO
Entende-se por Programa de Arborização Urbana, o conjunto de métodos e medidas
adotados para a preservação, o manejo e a expansão das árvores nas cidades, de acordo com as
demandas técnicas pertinentes e as manifestações de interesse das comunidades locais.
A arborização urbana consiste em toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente nas
cidades, permitindo que o espaço construído se integre com o jardim e o parque, principalmente
nas regiões de climas tropicais e subtropicais úmidos. Para constituir a paisagem da cidade, a
vegetação urbana ocupa, fundamentalmente, três espaços distintos: as áreas livres de uso público
e potencialmente coletivas, as áreas livres particulares, e aquelas que acompanham o sistema
viário.
Como na maioria das cidades brasileiras, a implantação da arborização urbana de Niterói,
originalmente, não passou por um planejamento prévio. Como resultados, sobrevivem exemplos
desastrosos, representados por árvores de grande porte limitadas por pavimentações, casas,
edifícios, redes de esgoto, água, energia, telefone, gás, galerias de águas pluviais e etc. No
entanto, essa mentalidade em nível de Brasil aos poucos está se modificando, com a população e
o poder público dando maior importância a este assunto dentro dos planos diretores das cidades.
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INTRODUÇÃO
O município de Niterói conta com uma população estimada de 487.384 habitantes e uma
área de 133, 916 km² (IBGE, 2010), com aproximadamente 48 bairros e 2.767 logradouros
públicos (SMUC Niterói, 2012). Dentro desse contexto está inserida a arborização viária do
município, tornando-se essencial à qualidade de vida da população.
O Programa de Arborização Urbana contemplará todos os métodos, diretrizes e políticas a
serem desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Niterói, através da Secretaria de Meio
Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade - SMARHS, com a parceria do Departamento de
Parques e Jardins da EMUSA - Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento,
visando uma arborização planejada e adequada para as vias públicas, de forma que essa
arborização traga benefícios diretos no meio urbano. O Programa de Arborização Urbana de
Niterói conterá as espécies arbóreas mais adequadas para nossa cidade, além de orientações
técnicas sobre plantios, podas e extirpações seguido das diretrizes e normas para os novos
plantios a serem realizados na cidade.
Esses novos plantios serão realizados dentro de uma nova concepção, de se fazer uma
arborização planejada, colocando espécies adequadas a cada local, verificando a largura de rua e
calçada, existência de fiação aérea de distribuição de energia elétrica, de telefonia e multi-
serviços, rede subterrânea de água e esgoto e existência de outros equipamentos públicos, como:
semáforos, iluminação pública, postes, pontos de ônibus, totem, entrada de garagem, dentre
outros.
Não queremos cometer o mesmo erro dos plantios anteriores, onde espécies foram
plantadas nas vias públicas, sob condições estressantes aos seus desenvolvimentos, apresentando:
solos pobres e compactados, em geral, compostos por entulhos e/ou restos de construção, alto
índice de impermeabilização, concreto e asfalto, poluição atmosférica e grande quantidade de
podas, devido às mesmas terem sido plantadas em vários logradouros debaixo de fiação aérea de
energia elétrica.
O presente Programa é uma ampliação do Guia de Arborização de Niterói, elaborado pela
antiga Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente em 2002, em detrimento da Lei Municipal n°
1.042 de 06 de abril de 2002. Pretendemos, com as diretrizes e procedimentos apontados neste
Plano, assegurar que cada árvore existente e aquelas que serão plantadas tenham condições
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adequadas para desenvolver plenamente o seu ciclo de vida. O ponto de partida para orientar a
ação de todos deve ser o entendimento de que a arborização é um serviço público tão essencial
quanto o abastecimento de água, o sistema de esgotos, a distribuição de energia elétrica, e outros,
com a diferença de que se trata de um ser vivo.
Pretendemos com este trabalho, expandir a arborização de Niterói de forma planejada para
qualificar o manejo da mesma. Respeitando os valores culturais, ambientais e de memória da
cidade.
Para um melhor entendimento do tema, apresentaremos alguns conceitos importantes, tais
como:
- Calçada: É parte da via, geralmente segregada e em um nível superior, indisponível à
circulação de veículos, reservada apenas aos transeuntes, e quando possível, à implantação de
elementos de urbanização, tais como: árvores e elementos de jardinagem, pontos de parada de
ônibus, lixeiras e elementos da rede elétrica.
- Meio ambiente: Segundo o código ambiental do município de Niterói, o meio ambiente é o
conjunto de atributos dos elementos naturais e criados, socioeconômicos e culturais, que permite
abriga e rege a vida em todas as suas formas.
- Arborização: É a ação de implantar indivíduos arbóreos de forma planejada. A arborização tem
uma função de vital importância para a qualidade de vida nos centros urbanos. A árvore urbana
age diretamente sobre o clima, influenciando a qualidade do ar e garantindo um conforto térmico
produzido pela sombra da sua copa durante o período de sol. Age também sobre o nível de ruídos
e sobre a paisagem, além de constituir um refúgio natural indispensável à fauna remanescente nas
cidades.
- Poda: O ato de se retirar parte de plantas, arbustos, árvores, cortando-se ramificações ou
galhos, o que pode ser periódico e de forma antrópica ou natural, favorecendo o crescimento,
renovando, formando e tratando o indivíduo vegetal a ser podado.
- Supressão: É a retirada de um ou mais indivíduos arbóreos do ambiente no qual estão
inseridos. É importante ressaltar que qualquer atividade que envolva a supressão de vegetação
nativa requer autorização, independente do tipo da vegetação em qualquer estágio de
desenvolvimento.
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IMPACTOS AMBIENTAIS DA ARBORIZAÇÃO URBANA
Impactos Positivos
A arborização é essencial na composição do verde urbano, desempenhando importante
papel na manutenção da qualidade ambiental das cidades e, portanto, da qualidade de vida dos
cidadãos. Dentre os impactos ambientais positivos decorrentes da implantação adequada
arborização no meio urbano, pode-se citar:
- Estabilização microclimática e redução das ilhas de calor;
- Redução da poluição atmosférica, através da retenção de material particulado em suspensão -
ruas bem arborizadas pode reter até 70% da poeira em suspensão (SATTLER, 1992);
- Redução da poluição sonora;
- Sombreamento;
- Proteção contra a ação dos ventos;
- Criação de alimento, abrigo e local de nidificação para as diversas espécies da fauna silvestre;
- Criação de corredores ecológicos para a avifauna em geral;
- Aprimoramento a paisagem urbana;
- Contribuição para o controle de enchentes e inundações à medida que melhora as condições de
drenagem das águas pluviais por meio da aberturas de áreas permeáveis adequadas;
- Redução dos problemas de erosão e assoreamento;
- Valorização de imóveis, através da sua qualificação ambiental e paisagística;
- Contribuição para o equilíbrio mental e físico do homem, através da aproximação e contato com
o meio natural;
- Melhoria do ciclo hidrológico;
O plantio de árvores para a criação de florestas e bosques urbanos, em áreas livres e/ou
degradadas, contribui ainda para o seqüestro de carbono, consistindo em medida mitigadora do
aquecimento global. Além disso, a composição das espécies utilizadas para arborização urbana
também é decisiva para a atração e o estabelecimento de uma fauna diversificada, e deve ser
considerada como uma estratégia para o aumento da biodiversidade.
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Impactos Negativos
Uma árvore concorre pelo espaço da calçada podendo causar conflitos com os
equipamentos urbanos: no subsolo, com as redes de distribuição de água, gás e coleta de esgoto;
na superfície com os postes, placas e guias rebaixadas e no nível da copa, com a fiação telefônica,
elétrica, edificações, etc. Isso limita as possibilidades na escolha de espécies, dificultando a
arborização urbana e provocando interferências diversas.
O plantio de espécies com características inadequadas ao espaço existente, ou a mudança
de uso ocorrida nesse espaço ao longo do tempo, fazem com que muitas vezes a árvore seja
percebida como um elemento negativo na cidade, uma vez que causa danos às edificações,
atrapalha o trânsito de pedestres e/ou veículos, interfere na extensa rede de serviços públicos,
entre outros.
Os impactos negativos decorrem principalmente da implantação e do manejo inadequados
e da mudança de uso ocorrida no espaço urbano, como o caso da nossa arborização, que
antigamente foi implantada com espécies inadequadas em relação ao local onde as árvores foram
plantadas, como os flamboyants (Delonix regia), amendoeiras (Teminalia catappa), fícus (Ficsus
sp.), dentre outras.
Dentre alguns impactos negativos, pode-se citar:
- Danos físicos e financeiros causados pelas quedas naturais de árvores;
- Interferências com a rede de distribuição de energia elétrica, causando prejuízos à população;
- Interferências com iluminação de logradouros, causando problemas de segurança pública;
- Danos às edificações comerciais e residenciais provocados pela queda de galhos e folhas;
- Disseminação de pragas urbanas (cupins e brocas);
- Aspecto visual negativo, com deformação de suas copas, em função das podas realizadas para
desobstrução da fiação aérea de energia elétrica, de telefonia e de multi-serviços;
- Aumentos dos custos de manutenção da arborização, em virtude do grande quantitativo de
podas a serem executadas.
A escolha da espécie a ser plantada no ambiente urbano é o aspecto mais importante a ser
considerado. Para isso é extremamente importante que seja considerado o espaço disponível que
se tem, considerando a presença ou ausência de fiação aérea e de outros equipamentos urbanos,
largura da calçada e recuo predial. Dependendo desse espaço, a escolha ficará vinculada ao
conhecimento do porte da espécie a ser utilizada.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O PROJETO DE ARBORIZAÇÃO URBANA
O projeto de arborização deve, por princípio, respeitar os valores culturais, ambientais e
de memória da cidade. Deve, ainda, considerar sua ação potencial de proporcionar conforto para
as moradias, “sombreamento”, abrigo e alimento para avifauna, diversidade biológica,
diminuição da poluição, condições de permeabilidade do solo e paisagem, contribuindo para a
melhoria das condições urbanísticas.
Em vias públicas, para que não haja ocupação conflitante no mesmo espaço, é necessário,
antes da elaboração do projeto:
- Consultar os órgãos responsáveis pelo licenciamento de obras e instalação de equipamentos em
vias públicas, como por exemplo:
- Secretaria de Urbanismo e Controle;
- Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento – EMUSA;
- Departamento de Parques e Jardins;
- Secretaria de Acessibilidade e Cidadania;
- Secretarias Municipais das Subprefeituras (SMSP);
- ONG’s
- Levantar a situação existente nos logradouros envolvidos, incluindo informações como a
vegetação arbórea, as características da via (expressa, local, secundária, principal), as instalações,
equipamentos e mobiliários urbanos subterrâneos e aéreos (como rede de água, de esgoto, de
eletricidade, cabos, fibras óticas, telefones públicos, placas de sinalização viária/trânsito entre
outros), e o recuo das edificações.
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PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
Ao se planejar a arborização no meio urbano, é preciso que alguns aspectos sejam
analisados, tais como:
Análise da vegetação
É importante conhecer a vegetação que ocorre na região, tanto nos arredores da cidade
como no próprio meio urbano, pois as espécies da vegetação nativa já estão adaptadas às
condições de clima e solo, que favorecem o seu desenvolvimento. Sua utilização permite
preservar os referenciais ecológicos e paisagísticos de cada região.
Análise do local
Deve-se realizar um levantamento das áreas a serem arborizadas, com o objetivo de
caracterizar o local quanto ao tipo de tráfego, largura das ruas, tipo de serviço público
(saneamento, sistema viário, etc.), sinalização, edificações, tipo de solo e demais características
ambientais. Com isso, será possível compatibilizar a prática da arborização urbana com os demais
componentes do meio urbano.
Envolvimento com a comunidade
Para obter um bom resultado sobre o projeto de arborização urbana, é essencial a
participação da comunidade. Dessa forma, devem-se elaborar programas ou outras atividades de
conscientização sobre a preservação, proteção e importância das árvores, tais como: campanhas
de reflorestamento e passeios ecológicos.
Compatibilização com ruas e o calçamento
Rua estreita (com menos de 7 metros) x calçada estreita (com menos de 2 metros)
Não é aconselhável a arborizar neste caso, principalmente quando for inexistente ao
espaçamento entre a edificação e a calçada ou se a rede de energia elétrica for aérea. Caso ocorra
o espaçamento entre os componentes citados, pode-se plantar, na calçada do lado oposto à rede
de energia, utilizando árvores de pequeno porte com copa estreita (colunar ou flabeliforme).
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Rua estreita (com menos de 7,0 m) x calçada larga (com mais de 2,0 m)
Plantar espécies de pequeno e médio porte do lado onde não houver fios. Sob a fiação,
plantar espécies de pequeno porte, em posição alternada com as do outro lado da rua. A copa das
arvores sob a fiação deve ser estreita, podendo ser do tipo cônica, elíptica vertical, globosa ou
flabeliforme.
Calçada estreita (com menos de 2,0 m) x rua larga (com mais de 7,0 m)
Plantar somente nas calçadas do lado aonde não houver fios. Caso não haja espaçamento
entre a edificação e a calçada, o plantio poderá ser feito 50 cm fora da calçada. As espécies a
serem utilizadas são de pequeno e médio porte, podendo ser as copas de formas colunas, cônica,
elíptica, globosa, flabeliforme ou caliciforme.
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Se houver recuo da calçada e a edificação, o plantio poderá ser feito na própria calçada,
porém com espécies de pequeno porte. O plantio sob a fiação deverá ser feito com árvores de
pequeno porte, alternando a posição com o outro lado da rua.
Calçada larga (com mais de 2,0 m) x rua larga (com mais de 7,0 m)
No lado sem fiação elétrica recomenda-se o plantio de espécies de médio porte. No lado
com fios, plantar espécies de pequeno porte. O plantio poderá ser eqüidistante do meio-fio e da
edificação.
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A Tabela 01 especifica a compatibilização do tamanho da rua com o porte das árvores a
serem implantadas.
Tabela 01 - Indicação do porte das árvores baseado na largura das ruas e calçadas
Largura da rua Largura da calçada Recuo das edificações
(4m)
Porte de árvore
recomendado
Rua estreita
(< 7m) <3m
sem recuo
com recuo
-
pequeno
Rua Larga
(> 7m) < 3m
sem recuo
com recuo
pequeno
médio
> 3m sem recuo
com recuo
médio
grande
As distâncias mínimas em relação aos diversos elementos de referência existentes nas vias
públicas deverão obedecer às correspondências especificadas na Tabela 02.
Tabela 02 - Distâncias mínimas para plantio
Distancia mínima em relação à:
Características máximas da espécie
Pequeno
porte
Médio
porte
Grande
porte
Esquina (referenciada ao ponto de encontro dos alinhamentos dos lotes
da quadra em que se situa) 5,00 m 5,00 m 5,00 m
Iluminação pública (1) (1) (1) e (2)
Postes 3,00m 4,00m 5,00m
(2)
Placas de identificação e sinalizações (3) (3) (3)
Equipamentos de segurança (hidrantes) 1,00m 2,00m 3,00m
Instalações subterrâneas (gás, água, energia, telecomunicações, esgoto,
drenagem,...) 1,00m 1,00m 1,00m
Ramais de ligações subterrâneas 1,00m 3,00m 3,00m
Mobiliário urbano (bancas, cabines, guaritas, telefones) 2,00m 2,00m 3,00m
Galerias 1,00m 1,00m 1,00m
Caixas de inspeção (boca de lobo, boca de leão, poço de visita, bueiros,
caixas de passagem) 2,00m 2,00m 3,00m
Fachadas de edificação 2,40m 2,40m 3,00m
Guia rebaixada, gárgula, borda de faixa de pedestre 1,00m 2,00m 1,5R (5)
Transformadores 5,00m 8,00m 12,00m
Espécies arbóreas 5,00 (4) 8,00 (4) 12,00 (4)
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Notas:
(1) Evitar interferências com cone de iluminação.
(2) Sempre que necessário, a copa de árvores de grande porte deverá ser conduzida (precocemente), através do trato
cultural adequado, acima das fiações aéreas e da iluminação pública.
(3) A visão dos usuários não deverá ser obstruída.
(4) Caso as espécies arbóreas sejam diferentes, poderá ser adotada a média aritmética.
(5) Uma vez e meia o raio da circunferência circunscrita à base do tronco da árvore, quando adulta, medida em
metros.
Distâncias recomendadas das árvores em relação ao meio-fio, boca-de-lobo e a guias rebaixadas.
Parâmetros para a arborização de áreas livres públicas
Para efeito de aplicação dessas normas, são caracterizadas como áreas livres públicas,
praças, áreas remanescentes de desapropriação, parques e demais áreas verdes destinadas à
utilização pública.
A distância mínima em relação aos diversos elementos de referência existentes em áreas
livres públicas deverá obedecer à correspondência especificada na Tabela 03.
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Tabela 03 - distâncias mínimas em relação aos elementos de referência em áreas livres públicas
Distancias mínima (m) para árvores de:
Pequeno porte Médio porte Grande porte
Instalações subterrâneas 1,0 1,0 1,0
Mobiliário urbano 2,0 2,0 3,0
Galerias 1,0 1,0 1,0
Caixas de inspeção 2,0 2,0 3,0
Guia rebaixada, faixas de travessia 1,0 2,0 3,0
Transformadores 5,0 8,0 12,0
Vias públicas - - 5,0
Em relação a eventuais edificações vizinhas, deverá ser obedecido o afastamento mínimo
correspondente à altura da árvore quando adulta, ou o raio de projeção da copa, devendo ser
adotado o maior valor. Junto às áreas destinadas à permanência humana ao ar livre, deverá ser
evitado o plantio de árvores cuja incidência de copas possa apresentar perigo de derrama ou de
queda de frutos pesados e volumosos.
Canteiro central
Nas avenidas de canteiro central, onde, obrigatoriamente, a rede de energia elétrica deve
ser implantada nas calçadas laterais, sob as mesmas, devem-se utilizar espécies vegetais de
pequeno porte. No canteiro central, deve ser arborizado com árvores de médio e grande porte,
porém com um estudo prévio de suas condições de sobrevivência. Assim recomenda-se que
sejam utilizadas espécies da vegetação nativa da região.
As palmeiras e árvores colunares são adequadas em avenidas com canteiros centrais,
podendo, no caso de canteiros com mais de três metros, serem plantadas em duas fileiras, em
ziguezague e mantendo, preferencialmente a mesma espécie.
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Visualização do canteiro central, entre as duas pistas, pouco arborizado, onde é recomendado o plantio de
espécies de grande porte e palmeiras
Acessibilidade
É a forma de garantir a mobilidade para todos os transeuntes, assegurando o acesso,
principalmente, de idosos e pessoas portadoras de algum tipo de deficiência física ou visual,
possibilitando rotas acessíveis, com pisos táteis de alerta e direcional, onde a utilização for
autorizada, implantadas de forma contínua e integradas por convenientes conexões entre
diferentes destinos, incluindo as habitações, os meios de transportes, os espaços públicos, o
comércio e o lazer, entre outros.
Dessa maneira, a arborização urbana deve ser muito bem planejada para que não dificulte
a acessibilidade dos cidadãos que dela dependem. A implantação de projetos de calçadas deve
seguir as Diretrizes básicas do Manual de Calçadas, da Secretaria de Urbanismo. Na Figura
abaixo pode ser observado a implantação de pisos táteis nas calçadas.
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Calçamento com pisos táteis para orientar pessoas com alguma deficiência visual
De acordo com diagnóstico realizado pela Secretaria de Urbanismo, as dimensões e
larguras das calçadas de Niterói são variadas. Os valores definidos como parâmetro para
determinação da faixa livre e de serviço, as distâncias mínimas para o plantio e a indicação do
porte das árvores estão apresentados nas tabelas 01, 02 e no quadro 01, respectivamente.
Tabela 04 - Larguras mínimas para as faixas de acordo com a largura das calçadas
Diretrizes
Municipais
Largura do
Passeio (m)
Faixa
Livre (m)
Faixa de
Serviços (m)
Faixa de
Acesso (m)
CASO 01 < 2.00 1,50 (aceitável 1,20) 0 0
CASO 02 ≤ 2 < 3,00 1,20 (aceitável) 0,70* 0
CASO 03 = 3,00 1,85 1,15 0
CASO 04 ≥3,00 > 1,85 1,15 (mínimo) Seguir as diretrizes
municipais para o local
Nos casos de faixa de serviços menores que 1,00 m NÃO é recomendada a implantação
de árvores de qualquer tamanho, como também jardinagem e canteiros.
Compatibilização com áreas residências
Levar em consideração a posição do sol e a queda das folhas com a mudança das estações,
de maneira a permitir sombra no verão e aquecimento no inverno ou com a finalidade desejada,
como estacionamento, por exemplo. As árvores devem permitir a incidência do sol, necessário
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nos jardins residenciais. Evitar espécies geradoras de sombreamentos excessivos e os plantios
muito próximos as casas.
Algumas espécies sofrem quedas de folhas ou ramos, especialmente durante o outono.
Isto pode causar entupimento de calhas e canalizações ou danificar coberturas e telhados.
A copa das árvores, quando adultas, não deve sobrepor-se aos telhados. Observar a
proximidade da árvore a casa, se poderá causar interferências em futuras ampliações das
construções.
Representação da compatibilização da arborização com áreas residenciais.
Compatibilização com sistemas elétricos
No planejamento da arborização, visando à segurança e bem-estar da população e a
manutenção da qualidade dos serviços públicos prestados pelas concessionárias de energia
elétrica, devem-se adotar as seguintes recomendações:
- Observar distâncias mínimas entre as árvores e a rede elétrica;
- Observar distâncias mínimas entre placas indicativas e sinais de trânsito, garantindo visão
permanente e clara dos mesmos;
- Observar distâncias mínimas de redes telefônicas aéreas.
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Tabela 05 - Altura dos serviços públicos em metros (m)
Altura do poste Baixa tensão Alta tensão Telefone Placa de ônibus
9 a 12 7,20 8,20 a 9,40 5,4 3,50
A Figura abaixo representa como funciona e o que é cada componente existente no poste,
assim como suas distancias mínimas.
A recomendação é que a rede de energia elétrica aérea seja implantada, referencialmente,
nas calçadas oeste e norte, e sob elas, árvores de pequeno porte e nas calçadas leste e sul, árvores
de porte médio.
Quando a rede elétrica for subterrânea deve-se atentar antes de abrir as covas, a
localização das mesmas, pois as raízes, na maioria das vezes, podem obstruir canalizações.
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IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO EM VIAS PÚBLICAS
ADEQUAÇÃO DAS ESPÉCIES
A situação mais freqüente em áreas urbanas é a presença de espécies arbóreas
inadequadas para a convivência com as redes elétricas e impróprias para o passeio urbano,
exigindo do município e das concessionárias de energia dedicação especial na realização de
podas periódicas, pois estas, quando conduzidas de forma inadequada, podem comprometer a
sanidade, o vigor e a estética das árvores.
Existe alternativas para evitar situações de conflito com a arborização, uma delas é
realizar a substituição gradativa das árvores inadequadas ou que estejam com sua vitalidade
comprometida. Essa substituição deve ser realizada a partir de estudo e executado por
profissionais habilitados.
É bom lembrar que nem todas as espécies exuberantes pela formação da sua copa ou pela
ocorrência de flores podem ser plantadas em praças, jardins, canteiros centrais e parques,
observando sempre a compatibilização com o sistema elétrico e outros serviços públicos. As
espécies adequadas para a arborização urbana devem ser escolhidas baseadas em critérios
técnicos.
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DAS ESPÉCIES
A escolha da espécie é de fundamental importância no planejamento da arborização
urbana. O primeiro passo é conhecer as características locais e, em seguida, escolher as espécies a
serem plantadas. Para cada local, existe uma espécie mais adequada, não podendo ser
generalizado, correndo o risco de cometer erros, caso não seja observado esta premissa. Para não
errar na escolha das espécies precisa-se conhecer a fisiologia da mesma, destacando:
Definição da espécie
A partir da análise do local, serão escolhidas as espécies adequadas para o plantio no
logradouro público, bem como será definido o seu espaçamento. As espécies recomendadas para
a implantação da arborização de Niterói estão listadas a frente. Para efeito da aplicação destas
normas, as espécies são caracterizadas como:
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- nativas ou exóticas de pequeno porte (até 5,0m de altura) ou arbustivas conduzidas:
- nativas ou exóticas de médio porte (5 a 10 m de altura):
- nativas ou exóticas de grande porte (> que 10 m de altura):
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Sistema radicular
Deve-se dar preferência a espécies com sistema radicular pivotante e profundo, as raízes
devem possuir um sistema de enraizamento profundo para evitar o levantamento e a destruição de
calçadas, asfaltos, muros de alicerces profundos. As espécies com sistema radicular superficial
devem ser plantadas em áreas amplas, como parques, praças e canteiros centrais de, pelo menos,
20 metros de largura. Exemplo: Amendoeira, Figueira, Flamboyant.
Tronco
Deve-se evitar o plantio de espécies com espinhos ou acúleos, ou com troncos de pouca
resistência e volumosos. Exemplo: Paineira, caracterizada com o tronco espinhoso (Figura
abaixo).
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24
Copa
A copa deve ter formato, dimensão e engalhamento adequado, convém utilizar árvores
com copas densas e perenifólias (que não soltam folhas). A dimensão deve ser compatível com o
espaço físico, permitindo o livre trânsito de veículos e pedestres, evitando danos às fachadas e
conflito com a sinalização, iluminação e placas indicativas. No caso de árvores de médio porte
próximas às redes elétricas, recomenda-se dar a preferência às copas que poderão retornar sua
arquitetura original após podas de condução, necessárias até a ultrapassagem dos condutores da
rede.
A dimensão da copa das árvores deve ser sempre compatível com o espaço físico
existente, procurando conciliar também os diferentes tipos de copas com as redes de energia
elétrica.
Folhas
Priorizar espécies de folhagem permanente (perenifólias). Quando a espécies forem
caducifólias, verificar o tamanho e a textura das folhas para evitar que venham causar o
entupimento de calhas e bueiros. A folhagem das árvores que caem durante o outono e o inverno
Colunar Cônica Elíptica
vertical Elíptica
horizontal
Umbeliforme
Globosa Flabeliforme Calciforme Pendente Figueira
Adaptado: Milano, M.S.
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devem ser coletadas e usadas como adubo orgânico (compostagem). O excesso de folhas causa o
entupimento de calhas e bueiros.
Flores e Frutos
Dar preferência às espécies que produzam inflorescências grandes e densas, com flores
pequenas.
Evitar a utilização em vias públicas, de espécies que produzam frutos grandes e carnosos,
pois estes atraem muitos insetos, causam acidentes com pedestres e danos aos veículos. O uso de
espécies de árvores frutíferas, com frutos comestíveis pelo homem, deve ser objeto de projeto
específico. Ex: Sapucaia, Mangueira, Abacateiro, entre outros.
Crescimento
Nos passeios, devem ser utilizadas espécies que tenham crescimento médio. As espécies
de crescimento muito lento são mais suscetíveis à depredação. No caso de plantio de espécies de
grande porte próximo às redes, deve-se dar preferência às espécies de crescimento rápido.
Resistência a pragas e doenças (rusticidade)
Utilizar espécies resistentes ao ataque de pragas e doenças, que dispensem o uso de
fungicidas e inseticidas em meio urbano, pois esses produtos podem comprometer a saúde da
população.
A rusticidade apesar de não ser considerada uma característica biológica, é um importante
fator para a arborização urbana. Essa característica define a capacidade de adaptação aos solos
compactados e modificados, considerando-se aspectos químicos e físicos do solo onde ela vai ser
plantada. As espécies escolhidas devem ser suficientemente fortes para suportar as condições do
ambiente urbano, onde a disputa entre uma árvore e as diferentes estruturas e equipamentos
urbanos por um espaço é intensa, além das limitações de ordens diversas impostas pelo próprio
homem.
Clima
Devem ser utilizadas espécies que se adaptem ao clima e às condições ambientais do
local.
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Princípios tóxicos
As espécies alergênicas e tóxicas não devem ser utilizadas em arborização urbana. Estes
princípios podem estar relacionados com a casca, com o látex, e com as flores e as folhas das
espécies. Exemplo: Espirradeira.
Quanto ao comportamento da copa e o espaço físico
O formato da copa deve ser adequado ao espaço físico determinado a ela, não interferindo
na iluminação, ofuscando ou ocultando prédios ou fachadas que apresentam valor artístico ou
cultural. A figura abaixo demonstra a projeção da luz do poste e a interferência da copa da árvore
sobre essa iluminação.
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ESPÉCIES RECOMENDADAS À ARBORIZAÇÃO URBANA
O plantio de espécies de árvores em ruas, avenidas, parques e praças públicas de nossa
cidade é uma prática insignificante, a despeito da riqueza de nossa flora. Isso ocorre
exclusivamente por desconhecimento de nossas espécies. Desde o início de nossa colonização
foram trazidas de outros países as espécies para arborizar nossas ruas e praças. Esse fato foi um
dos responsáveis para arborização pela quase intenção de muitas espécies de pássaros em nossas
cidades devido a não adaptação ao consumo dos frutos exóticos. Das espécies nativas, apenas
algumas espécies de ipês, o oiti e o coqueiro-jerivá são relativamente plantadas em nossas
cidades. Acredita-se que mais de 80% das árvores cultivadas nas ruas das cidades brasileiras são
da flora exótica.
Nem toda espécie de árvores da nossa flora presta-se para plantio em áreas urbanas.
Muitas apresentam porte muito elevado ou raízes muito volumosas, outras possuem frutos muito
grandes ou quebram galhos facilmente com o vento oferecendo risco à população. A grande
maioria, entretanto, pode ser plantada em praças, parques e grandes avenidas.
Para o plantio nas calçadas de ruas, principalmente sob redes elétricas, deve-se tomar
muito cuidado na escolha da espécie correta para evitar problemas futuros. Mesmo nessas
condições extremas existem espécies nativas que podem ser plantadas. Sua principal restrição
está na altura máxima quando adulta, a qual não deve ultrapassar 10m.
As espécies preferencialmente devem:
- Dar frutos pequenos;
- Ter flores pequenas;
- Ter folhas coriáceas ou pouco suculentas;
- Não apresentar princípios tóxicos perigosos;
- Apresentar rusticidade;
- Ter sistema radicular que não prejudique o calçamento;
- Não ter espinhos.
Evitar espécies que:
- Tornem necessária a poda freqüente;
- Tenham cerne frágil ou caule e ramos quebradiços;
- Sejam suscetíveis ao ataque de cupins e brocas, como ao ataque de agentes patogênicos.
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PEQUENO PORTE
Algumas espécies consideradas indicadas para plantio em calçadas sob fiação aérea
Nome científico: Malpighia glabra
Família: Malpighiacea
Nome popular: Aceroleira
Ocorrência: Antilhas, América Central
e norte da América do Sul.
Altura/Porte: 3 a 5 Metros
Floração: Primavera e verão
Cor: violáceas ou rosas
Reprodução: Propagação por estaquia
Nome científico: Eugenia uniflora
Família: Myrtaceae
Nome popular: Pitangueira
Ocorrência: Bahia até o Rio Grande do
Sul.
Altura/Porte: 4-6m
Floração: Agosto a novembro
Cor: branca
Frutificação: Outubro a Janeiro
Copa/Forma: arredondada
Época de poda: início da primavera
Nome científico: Myrciaria cauliflora
Família: Myrtaceae
Nome popular: Jabuticaba
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 4 a 6 Metros
Floração: Junho a agosto
Cor: Branca
Reprodução: sementes, estaquia,
enxertia
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Nome cientifico: Duranta repens
Família: Verbenaceae
Nome popular: Pingo-de-ouro
Ocorrência: Do México até o Brasil
Altura/Porte: 3 a 5 Metros
Floração: Primavera e verão
Cor: Azuladas ou brancas
Reprodução: Reproduz-se normalmente por
sementes.
Nome cientifico: Callistemon “Imperialis”
Família: Myrtaceae
Nome popular: escova-de-garrafa
Ocorrência: Oceania
Altura/Porte: 4-5m
Floração: primavera-verão
Cor: vermelho-carmim
Frutificação:
Copa/Forma: globosa
Diâmetro:
Folha/Persistência:
Época de poda:
Desenvolvimento:
Nome científico: Tibouchina mutabilis
Família: Melastomataceae
Nome popular: Manacá-da-serra
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 2 a 4 Metros
Floração: Inverno
Cor: Branca e roxo
Reprodução: Reproduz-se normalmente por
sementes.
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Nome cientifico: Casearia sylvestris SW
Família: Flacourtiaceae
Nome popular: São-Gonçalinho, guaçatonga,
cafezeiro-do-mato, camnboré,
Ocorrência: Mata Atlântica
Altura/Porte: 4 a 5 metros
Floração: Junho a Agosto
Cor: Branca
Frutificação: Setembro a Novembro
Tipo de fruto:
Copa/Forma: Globosa
Diâmetro: 4 a 6 metros
Folha/Persistência: Persistente
Época de poda: Dezembro
Desenvolvimento: Rápido
Nome cientifico: Bauhinia purpúrea
Família: Leguminosae/Caesalpinioidea
Nome popular: Unha-de-vaca
Ocorrência natural: Índia e China
Porte: 5-6m
Copa: arredondada e larga; 4m
Características das: médias; caducas
Floração: branca ou lilás; julho a outubro
Frutificação: vagem; outubro a dezembro
Propagação: sementes
Desenvolvimento da planta: rápido
Nome cientifico: Erytrina speciosa Andrews
Família: Leguminosae
Nome popular: Suinã
Ocorrência: Mata Atlântica
Altura/Porte: 4 metros
Floração: Junho a setembro
Cor: Vermelha
Frutificação: Agosto a Novembro
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 3 metros
Folha/Persistência: Caducas
Época de poda: Outubro
Desenvolvimento: Rápido
Observações: Apresentam espinhos, flores
atraem pássaros.
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Nome cientifico: Stiffia crysantha Mikan
Família: Compositae
Nome popular: Diadema
Ocorrência: Mata Atlântica
Altura/Porte: 3 a 5 metros
Floração: Setembro a Dezembro
Cor: Amarela
Frutificação: Setembro a Novembro
Tipo de fruto: Síliqua
Copa/Forma: Piramidal
Diâmetro: 3 metros
Folha/Persistência: Perene
Época de poda: Dezembro
Desenvolvimento: Lento
Observações: Possui sementes aladas que são
disseminadas pelo vento.
Nome cientifico: Hibiscus pernambucensis
var. pernambucense (Arruda) Fryxel
Família: Malvaceae
Nome popular: Algodão da praia
Ocorrência: Mata Atlântica
Altura/Porte: 3 a 5 metros
Floração: Agosto a Janeiro
Cor: Amarelo enxofre
Frutificação: Cápsula
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 4 metros
Folha/Persistência: Permanentes, grandes
Época de poda: Fevereiro
Desenvolvimento: Rápido
Nome cientifico: Metrodoream nigra St. H il
Família: Rutaceae
Nome popular: Quebra-machado
Ocorrência: Mata Atlântica
Altura/Porte: 4 a 5 metros
Floração: Setembro a Novembro
Cor: Lilás
Frutificação: Março a Abril
Tipo de fruto: Cápsula
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 4 metros
Folha/Persistência: Perene
Época de poda: Maio
Desenvolvimento: Lento
Observações: Produz anualmente baixa
quantidade de sementes viáveis.
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Nome cientifico: Caesalpinia pulcherrima
Nome popular: Flamboyanzinho
Família: Leguminosae/Caesalpinioidea
Ocorrência natural: Brasil
Porte: 3m
Copa: Arredondada; 3m
Características das folhas: Pequenas
Floração: Setembro a Abril
Cor: Vermelha, alaranjada ou amarela;
Frutificação: Maio a Junho
Tipo de fruto: Vagem
Propagação: Sementes
Desenvolvimento da planta: Rápido
Observações: Susceptível à broca, possui seiva
tóxica.
Nome cientifico: Cassia bicapsularis
Nome popular: Canudo de pito
Família: Leguminosae/Caesalp.
Ocorrência natural: Brasil
Porte: 3m
Copa: arredondada; 2m
Características das folhas: Pequenas; caducas
Floração: Janeiro a Junho
Cor: Amarela
Frutificação: Junho a Agosto
Tipo de fruto: Vagem
Desenvolvimento da planta: Rápido
Observações: Susceptível a broca.
Nome cientifico: Bombacopsis glabra
Nome popular: Castanha do maranhão
Família: Malvaceae
Ocorrência natural: Brasil
Porte: 4-6m
Copa: rala e alongada;
Características das folhas: Pequenas; caducas
Floração: Janeiro a Junho
Cor: Amarela
Frutificação: Junho a Agosto
Tipo de fruto: Vagem
Desenvolvimento da planta: Rápido
Observações: Susceptível a broca.
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Nome cientifico: Connarus regnelli
Nome popular: Caboatã-da-sera
Família: Connaraceae
Ocorrência natural: Brasil
Porte: 4-7m
Características das folhas: compostas trifoliar
Floração: setembro- outubro
Cor: Amarela
Frutificação: Agosto
Tipo de fruto: folículos elipsóides
Desenvolvimento da planta: moderado
Nome cientifico: Myrcia selloi
Nome popular: Cambuí
Família: Myrtaceae
Ocorrência natural: Brasil
Porte: 4-6m
Copa: elíptica
Características das folhas: folhas simples
Floração: outubro-dezembro
Cor: branca
Frutificação: novembro-dezembro
Tipo de fruto: baga globosa
Desenvolvimento da planta: rápido
Nome cientifico: Euphorbia leucocephala
Nome popular: neve-da montanha, cabeleira-
de-velho, flor-de-criança
Família: Euphorbiaceae
Ocorrência natural: África
Porte: 3-4m
Copa: globosa
Características das folhas: caducifólia
Floração: inverno
Cor: branca
Frutificação:
Tipo de fruto: cápsulas
Desenvolvimento da planta: moderado
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Outras Espécies Recomendadas:
“Quaresmeira” (Tibouchina granulosa)
“Aroeira” (Schinus terebinthifolius)
“Acerola” (Malpighia glabra)
“Pitanga” (Eugenia uniflora)
“Murta” (Allophylus edulis)
“Manacá-de-cheiro” (Brunfelsia uniflora)
“Limão galego” (Citrus aurantifolia)
“Ipê – amarelo” (Tabebuia chrysotricha)
“Resedá” (Lagerstroemia indica)
“Romã” (Punica granatum)
“Tangerina” (Citrus reticulata blanco)
“Carambola” (Averrhoa carambola)
MÉDIO PORTE
Nome cientifico: Allophylus edulis
Família: Angiospermae-Sapindaceae
Nome popular: Murta branca, chal-chal
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 6 a 20 m
Floração: setembro-novembro
Cor: Esbranquiçadas
Frutificação:
Tipo de fruto: Drupa globosa
Copa/Forma:
Diâmetro: 15 a 30cm
Folha/Persistência: semidecídua
Época de poda:
Desenvolvimento:
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Nome cientifico: Tabebuia chrysotricha (Mart.
Ex DC.) Standl
Família: Bignoniaceae
Nome popular: Ipê-Amarelo
Ocorrência: Brasil (Ceará a Santa Catarina)
Altura/Porte: 4 a 10 metros
Raiz: Pivotante
Floração: Agosto a Setembro
Cor: Amarela
Frutificação: Setembro a Outubro
Tipo de fruto: Síliqua/Alada
Copa/Forma: Globosa
Diâmetro: 1,5 metros
Folha/Persistência: Caduca
Época de poda: Outubro
Desenvolvimento: Médio a rápido
Nome cientifico: Tabebuia roseo-alba
Família: Bignoniaceae
Nome popular: Ipê Branco
Ocorrência: Brasil (MG, MG, MS, GO, SP)
Altura/Porte: 7-16m
Raiz: Pivotante
Floração: Agosto a Outubro
Cor: Branca Frutificação: Outubro a Dezembro
Tipo de fruto: Síliqua
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 6,00 metros
Folha/Persistência: Caducas, grandes
Época de poda: Novembro
Desenvolvimento: Médio
Nome cientifico: Tabebuia impetiginosa Família: Bignoniaceae
Nome popular: Ipê Roxo
Ocorrência: Brasil, Noroeste do México até o
Noroeste da Argentina
Altura/Porte: 8 a 12 metros
Raiz: Pivotante
Floração: Maio a Agosto
Cor: roxa
Frutificação: Agosto a Setembro
Tipo de fruto: Síliqua/Alada
Copa/Forma: Globosa
Diâmetro:
Folha/Persistência: Perene
Época de poda: Setembro
Desenvolvimento: Lento
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Nome cientifico: Família:
Nome popular: Aroeira
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 6 a 10 metros
Raiz:
Floração:
Cor:
Frutificação:
Tipo de fruto:
Copa/Forma:
Diâmetro:
Folha/Persistência:
Época de poda:
Desenvolvimento: rápido
Nome cientifico: Caesalpinia echinata Lam.
Família: Caesalpinaceae
Nome popular: Pau Brasil
Ocorrência: Mata Atlântica
Altura/Porte: 8 a 10 metros
Raiz: Pivotante
Floração: Setembro a Outubro
Cor: Amarela
Frutificação: Novembro a Janeiro
Tipo de fruto: Vagem
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 1,5 metros
Folha/Persistência: Perene
Época de poda: Outubro
Desenvolvimento: Lento
Observações:Tronco, ramos e vagem com
espinhos.
Nome cientifico: Tibouchina granulosa
Família: Melastomataceae
Nome popular: Quaresmeira
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 6 metros
Raiz: Pivotante
Floração: Dezembro a Janeiro
Cor: Roxa, rosa
Frutificação: Abril a Maio
Tipo de fruto: Pixídio
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 4 metros
Folha/Persistência: Permanentes, grandes
Época de poda: Fevereiro
Desenvolvimento: Rápido
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Nome cientifico: Aegiphila sellowiana Cham.
Família: Verbenaceae
Nome popular: Tamanqueiro
Ocorrência: MG, RJ e SP
Altura/Porte: 4 a 7 metros
Floração: Dezembro a Janeiro
Cor: Creme
Frutificação: Fevereiro a Abril
Tipo de fruto: Baga vermelha
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 4 metros
Folha/Persistência:
Época de poda: Fevereiro
Desenvolvimento: Rápido
Observações: Atrai a avifauna.
Nome cientifico: Cassia fistula
Família: Leguminosae
Nome popular: Canafístula
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 5 a 8 metros
Floração: Dezembro a abril
Cor: amarela
Frutificação: Setembro a Novembro
Tipo de fruto: Vagem
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 4 metros
Folha/Persistência: Pequenas e caducas
Época de poda: Maio
Desenvolvimento: Rápido
Nome cientifico: Cassia leptophylla Vogel Família: Fabaceae-Caesalpinioideae
Nome popular: Falso barbatimão
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 08 a 14 metros
Floração: novembro a janeiro
Cor: amarela
Frutificação: junho-julho
Tipo de fruto: Vagem
Copa/Forma: Globosa
Diâmetro:
Folha/Persistência: perenifólias
Época de poda: Junho
Desenvolvimento: Moderado
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Nome cientifico: Chloroleucon tortum Família: Fabaceae-Mimosoideae
Nome popular: Tataré, Jurema
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 06 a 12 metros
Floração: outubro a novembro
Cor: branca
Frutificação: agosto - setembro
Tipo de fruto: legume helicoidal retorcido
Copa/Forma: Umbeliforme Folha/Persistência: decídua
Época de poda: Junho
Nome cientifico: Jacaranda cuspidifolia Mart. Família: Bignomiaceae
Nome popular: Jacaranda
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 05-10 metros
Floração: setembro
Cor: roxa
Frutificação: agosto-setembro
Tipo de fruto: cápsula
Copa/Forma: elíptica horizontal Folha/Persistência: decídua
Época de poda: setembro
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GRANDE PORTE
Nome cientifico: Licania tomentosa
Família: Chrysobalanaceae
Nome popular: Oiti, oiti-da-praia
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 10 a 15 mestros
Floração: Julho a Setembro
Cor: Branca
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 6 metros
Folha/Persistência: Médias e permanentes
Época de poda: Outubro
Desenvolvimento: lento a médio
Nome cientifico: Pterygota brasiliensis
Família: Malvaceae
Nome popular: Pau rei
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 20-35m
Floração: julho-outubro
Cor: amareço escuro
Copa/Forma: Elíptica vertical Tipo de fruto: cápsulas
Folha/Persistência: perenifólia
Época de poda: juho-agosto
Desenvolvimento: rápido
Observações: a árvore é muito exuberante, podendo
ser implantada em praças e grandes jardins.
Nome cientifico: Caesalpinia férrea Família: Leguminosae
Nome popular: Pau-ferro
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 12 metros
Floração: Outubro a Janeiro
Cor: Amarela
Frutificação: Agosto a Outubro
Tipo de fruto: Vagem
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 6 metros
Folha/Persistência: Pequenas, caducas
Época de poda: Fevereiro
Desenvolvimento: Rápido
Observações: Tronco marmorizado.
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Nome cientifico: Dalbergia nigra Família: Papillionaceae
Nome popular: Jacarandá, Jacarandá da Bahia
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 15 a 25 metros
Floração: Setembro a Novembro
Cor: Verde
Frutificação: Agosto e Setembro
Tipo de fruto: Vagem
Copa/Forma: Globosa
Diâmetro: 5 metros
Folha/Persistência: Caducas
Época de poda: Junho
Desenvolvimento: Moderado
Nome cientifico: Calycophyllum spruceanum
Nome popular: Pau-mulato
Família: Rubiaceae
Ocorrência natural: Brasil
Porte: 14m
Copa: colunar; 4m
Características das folhas: grandes; semi-caducas
Floração: branca; maio a junho
Frutificação:
Desenvolvimento da planta: lento
Observações: tronco retilíneo, com casca lisa e
brilhante de cor bronzeada
Nome cientifico: Jacaranda mimosaefolia D. Don
Nome popular: Jacarandá mimoso
Família: Bignoniaceae
Ocorrência natural: Argentina e Bolívia
Porte: até 15m
Copa: arredondada e larga; 6m
Características das folhas: pequenas; caducas
Floração: roxa escura; setembro a dezembro
Frutificação: cápsula; maio a julho
Desenvolvimento da planta: rápido
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Nome científico: Jacaranda crassifolia
Família: Bignoniaceae
Nome popular: Jacarandá
Ocorrência: Rio de Janeiro.
Altura/Porte: 15 Metros
Floração: Primavera
Cor: violáceas ou rosas
Reprodução: Propagação por estaquia e
sementes
Nome científico: Melanoxylon brauna
Família: Fabaceae
Nome popular: Braúna
Ocorrência: Rio de Janeiro
Altura/Porte: 15 a 25 metros
Floração: maio
Cor: amarela
Frutificação: Outubro a Janeiro
Reprodução: Sementes, estaquia
Nome científico: Cedrela fissilis
Família: Meliaceae.
Nome popular: Cedro Rosa
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: ate 25 Metros
Floração: Maio a junho
Cor: Branca e amarelada
Reprodução: sementes
Outras espécies recomendadas:
“Pau ferro” (Caesalpinia ferrea)
“Ipê – roxo” (Tabebuia impetiginosa)
“Ipê – rosa” (Tabebuia avellanedae)
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“Ipê branco” (Tabebuia roseoalba)
“Goiabeira” (Psidium guajava)
“Pata-de-vaca” (Bauhinia purpurea)
“Ipê-branco” (Tabebuia roseo-alba)
“Pau-brasil” (Caesalpinia echinata)
“Oiti” (Licania tomentosa)
“Manacá-da-serra” (Tibouchina mutabilis)
“Albízia” (Albizia lebbek)
“Espatódea” (Spathodea campanulata)
“Goiabeira” (Psidium guajava)
“Cajazeiro” (Spondias lutea)
“Sibipiruna” (Caesalpinia peltophoroides)
“Mogno” (Swietenia macrophylla)
“Peroba rosa” (Aspidosperma polyneuron)
“Pau d’alho” (Gallesia integrifolia)
”Jequitibá” (Myrciaria cauliflora)
“Canela” (Cinnamomum zeylanicum)
“Abiu” (Pouteria caimito)
ESPÉCIES INADEQUADAS
As espécies utilizadas na arborização de ruas devem ser muito bem selecionadas, devido
às condições adversas a que são submetidas. Em condições de mata natural, fatores como porte,
tipo e diâmetro de copa, hábito de crescimento das raízes e altura da primeira bifurcação se
comportam diferentemente em comparação ao meio urbano. Na seleção de espécies, deve-se
considerar também fatores como adaptabilidade, sobrevivência e desenvolvimento no local de
plantio.
O quadro abaixo apresenta algumas espécies que não são recomendadas para o plantio em
logradouros públicos (calçadas e canteiros centrais). São espécies que possuem frutos grandes e
carnosos, com raízes superficiais e agressivas e espécies com princípios tóxicos.
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Nome cientifico: Triplaris americana L.
Família: Polygonaceae
Nome popular: Pau formiga
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 10-20 m
Floração: Agosto-outubro
Cor: Róseo
Frutificação: novembro-janeiro
Copa: Colunar
Diâmetro: 6 metros
Folhas/Persistência: perenifólia
Desenvolvimento da planta: Rápido
Observações: Plantas masculinas com inflorescência
branca.
Nome cientifico: Terminalia catappa
Família: Combretaceae
Nome popular: Amendoeira, Sete copas
Ocorrência: Ásia tropical
Altura/Porte: 10 m
Floração: Setembro a Novembro
Cor: Esverdeada
Frutificação: Julho a Agosto
Tipo de fruto: Drupa
Copa: Irregular
Diâmetro: 6 metros
Folhas/Persistência: Grandes e caducas
Desenvolvimento da planta: Rápido
Observações: As raízes são agressivas e superficiais.
Nome cientifico: Spathodea campanulata
Família: Bignoniaceae
Nome popular: Espatódea
Ocorrência: África
Altura/Porte: 25 m
Floração: Abril a Maio
Cor: Vermelha-alaranjada
Frutificação: Julho a Setembro
Tipo de fruto: Síliqua
Copa: Arredondada
Diâmetro: 6 metros
Folhas/Persistência: Grandes e semi-caducas
Desenvolvimento da planta: Rápido
Observações: Possui princípios tóxicos.
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Nome cientifico: Nerium oleander
Família: Apocynaceae
Nome popular: Espirradeira ou Oleandro
Ocorrência: África e Ásia Menor
Altura/Porte: 4 a 6 m
Floração: Outubro a Abril
Cor: Branca, rosa ou vermelha
Frutificação: Maio a Junho
Tipo de fruto: Folículo
Copa: Arredondada
Diâmetro: 3 metros
Folhas/Persistência: Grandes e permanentes
Desenvolvimento da planta: O líquido secretado por
esta planta é tóxico.
Nome cientifico: Lecythis pisonis Família: Lecythidaceae
Nome popular: Sapucaia
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 20 m
Floração: Agosto a Outubro
Cor: Branca
Frutificação: Julho a Agosto
Tipo de fruto: Pixídio
Copa: Arredondada
Diâmetro: 8 metros
Folhas/Persistência: Médias e caducas
Desenvolvimento da planta: Médio a rápido
Observações: Possui frutos grandes e carnosos.
Nome cientifico: Ficcus benjamina Família: Moraceae
Nome popular: Figueira
Ocorrência: Asia
Altura/Porte: 10-15m
Floração: Primavera
Cor:
Frutificação: Tipo de fruto: sésseis globosos
Copa: figueira
Folhas/Persistência: perenifólia
Desenvolvimento da planta: rápido
Observações: possui raízes muito agressivas e
superficiais. Pode ser implantadas em praças.
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Nome cientifico: Araucaria columnaris Família: Araraucariaceae
Nome popular: Pinheiro
Ocorrência: Oceania
Altura/Porte: 40 a 60m
Floração: não possui
Tipo de fruto: globosa
Copa: piramidal estreita
Folhas/Persistência: perenifólia
Observações: não recomendado para ruas, mas podem
ser implantados em praças, jardins.
Nome cientifico: Persea americana
Família: Lauraceae
Nome popular: Abacateiro
Ocorrência: América Central
Altura/Porte: até 20 m de altura
Floração: Agosto - Novembro
Cor: branco-esverdeadas
Tipo de fruto: baga
Folhas/Persistência: sempre verde Desenvolvimento da planta:
Observações: possui frutos grandes e pesados
Nome cientifico: Mangifera indica Família: Anacardiaceae
Nome popular: Mangueira
Ocorrência: Ásia
Altura/Porte: pode atingir 45 m
Floração: janeiro a março
Cor: amarelo-esverdeadas
Frutificação: abril a julho
Tipo de fruto: carnoso
Copa: globosa
Folhas/Persistência: Desenvolvimento da planta:
Observações: Possui frutos grandes e carnosos.
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Nome cientifico: Artocarpus heterophyllus
Família: Moraceae
Nome popular: Jaqueira
Ocorrência: Ásia tropical
Altura/Porte: até 20 m de altura
Tipo de fruto: sincarpo
Copa: globosa
Folhas/Persistência: Desenvolvimento da planta:
Observações: Possui frutos grandes e carnosos.
Nome cientifico: Delonix regia
Família: Leguminosae
Nome popular: Flamboyant
Ocorrência: Madagascar
Altura/Porte: 10 m
Floração: Outubro a Dezembro
Cor: Vermelha-alaranjada; amarela
Tipo de fruto: Vagem
Copa: Larga
Diâmetro: 7 metros
Folhas/Persistência: Desenvolvimento da planta: Rápido
Observações: As raízes são agressivas e superficiais.
Pode ser implantadas em praças.
Nome cientifico: Chorisia speciosa
Família: Bombacaceae
Nome popular: Paineira
Ocorrência: Paraíba ao Rio Grande do Sul
Altura/Porte: 15 a 30 m
Floração: Dezembro a Maio
Cor: Rosa
Frutificação: Agosto a Outubro
Tipo de fruto: Cápsula
Copa: Arredondada
Diâmetro: 8 metros
Folhas/Persistência: Médias e caducas
Desenvolvimento da planta: Rápido
Observações: As raízes são agressivas e superficiais e
seu tronco possui espinhos.
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Nome cientifico: Casuarina equisetifolia Família: Casuarinaceae
Nome popular: Casuarina
Ocorrência: Austrália
Altura/Porte: 10-20m
Floração: Abril - Setembro
Tipo de fruto: cilíndrico-elipsóide
Copa: piramidal
Folhas/Persistência: Desenvolvimento da planta:
Observações: queda de galhos. Podem ser plantadas em
jardins e praças.
Nome cientifico: Eucalyptus propinqua Família: Myrtaceae
Nome popular: Eucalipto
Ocorrência: Austrália
Altura/Porte: 20-30m
Floração: Novembro - Março
Cor: brancas
Tipo de fruto: cápsulas
Copa: Colunar
Desenvolvimento da planta: rápido
Observações:
Nome cientifico: Schizolobium parahyba
Família: Fabaceae
Nome popular: Gupuruvu
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 20 a 30 m
Floração: final de agosto
Cor: amarela
Frutificação: abril-julho
Tipo de fruto: vagem
Copa: Umbeliforme Diâmetro:
Folhas/Persistência: caduca
Desenvolvimento da planta: rápido
Observações: apresenta queda fácil de ramos em dias de
vento.
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Nome cientifico: Pachia aquática Aubl
Família: Malvaceae
Nome popular: Monguba
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 6-14m
Floração: setembro-novembro
Cor: branca e vermelha
Frutificação: abril-junho
Tipo de fruto: drupa
Copa: globosa
Folhas/Persistência: perenifólia
Desenvolvimento da planta: rápido
Observações: Frutos grande; pode ser implantadas em
praças.
Nome cientifico: Caesalpinia peltophoroides
Família: Leguminosae
Nome popular: Sibipiruna
Ocorrência: Brasil
Altura/Porte: 10 metros
Floração: Setembro a Novembro
Cor: Amarela
Frutificação: Julho e Agosto
Tipo de fruto: Vagem
Copa/Forma: Arredondada
Diâmetro: 7 metros
Folha/Persistência: Pequenas e caducas
Época de poda: Dezembro
Desenvolvimento: Rápido
Observações: susceptível ao ataque de cupim
MANEJO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
Escolha das mudas
As mudas que serão plantadas em ruas e avenidas, de uma maneira geral, devem
apresentar algumas características básicas:
- serem sadias e vigorosas;
- apresentarem tronco reto, sem ramificações laterais até uma altura mínima de 1,80;
- apresentarem ramificações principais (pernadas), em número de 3 a 4 dispostas de forma
equilibrada;
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49
Atualmente tem sido dada grande importância para a produção de mudas de grande porte.
As mudas de grande porte de espécies arbóreas, normalmente são formadas em recipientes
grandes como sacolas de 100 litros, vasos ou caixas d’água e as palmeiras em recipientes grandes
ou plantadas no solo para serem posteriormente transplantadas para o local definitivo.
Mudas de grande porte de espécies arbóreas prontas para serem replantadas.
Local
Escolha a espécie e o local de plantio, de acordo com as orientações das páginas
anteriores.
O canteiro ou área livre de impermeabilização ao redor da muda é importante para que as
raízes da árvore respirem e retirem água e nutrientes do solo. A dimensão recomendada
dessas áreas é, no mínimo:
- 1 m² para árvores pequenas e médias;
- 2 m² para árvores grandes.
Plantio
O plantio deve ser feito, preferencialmente, na estação chuvosa (dia nublado e úmido) ou
qualquer época do ano desde que se irrigue na época seca.
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50
A questão fitossanitária é de extrema importância, devendo ser o plantio das mudas
orientado por profissionais habilitados e de modo a buscar a diversidade das espécies a serem
usadas. Desta forma, os riscos de ocorrerem ataques de pragas e doenças serão minimizados,
levando à redução da mortalidade das árvores.
Representação como deve ser feito o plantio de forma correta.
Espaçamento
O espaçamento varia em função do porte das árvores. Normalmente recomenda-se o
diâmetro aproximado da copa da espécie mais 1,00 (um) metro ou, quando se deseja uma sombra
continua, o espaçamento recomendado é igual ao diâmetro da árvore no seu máximo
desenvolvimento.
Algumas literaturas recomendam espaçamentos predeterminados em função apenas do
porte, conforme o Tabela 06.
Tabela 06 - Especificação do espaçamento de acordo com as espécies
Porte Espaçamento sugerido (metros)
Pequeno 5,0 – 6,0
Médio 7,0 – 10,0
Grande 10,0 – 15,0
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Coveamento
A cova deve ter dimensões mínimas de 0,60 m x 0,60 m x 0,60 m, ou seja, 60 cm³
(sessenta centímetros cúbicos), devendo conter, com folga, o torrão. Deve ser aberta de modo que
a muda fique centralizada, prevendo a manutenção da faixa de passagem de 1,20 m (um metro e
vinte).
Todo entulho decorrente da quebra de passeio para abertura de cova deve ser recolhido, e
o perímetro da cova deve receber acabamento após o término do plantio.
O solo de preenchimento da cova deve estar livre de entulho e lixo, sendo que o solo
inadequado - compactado, subsolo, ou com excesso de entulho, deve ser substituído por outro
solo com constituição, porosidade, estrutura e permeabilidade adequadas ao bom
desenvolvimento da muda plantada.
O solo ao redor da muda deve ser preparado de forma a criar condições para a captação de
água, e sempre que as características do passeio público permitirem, deve ser mantida uma área
não impermeabilizada em torno das árvores na forma de canteiro, faixa ou soluções similares.
Porém, em qualquer situação deve ser mantida uma área permeável de, no mínimo, 0,60 m
(sessenta centímetros) de diâmetro ao redor da muda.
Tutoramento
Os tutores, normalmente são feitos utilizando-se estacas de madeira ou bambu, não devem
prejudicar o torrão onde estão as raízes, devendo para tanto serem fincados no fundo da cova ao
lado do torrão. Esses tutores devem apresentar altura total maior ou igual a 2,30 m (dois metros e
trinta) ficando, no mínimo, 0,60 cm (sessenta centímetros) enterrado. Deve ter largura e espessura
de 0,04m x 0,04m ± 0,01 m (quatro por quatro centímetros podendo variar de um centímetro),
podendo a secção ser retangular ou circular, com a extremidade inferior pontiaguda para melhor
fixação ao solo. As palmeiras e mudas com altura superior a 4,00 m (quatro metros) devem ser
amparadas por 03 (três) tutores.
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Espaçamento entre plantas de pequeno porte e a aplicação do tutoramento.
Canteiro ideal
O canteiro considerado ideal para um bom desenvolvimento das árvores situadas em vias
públicas é de 1,00 m2
(um metro quadrado).
Muitas vezes, de forma errônea, são plantadas mudas menores do que o recomendado e
estas mudas ficam desproporcionais ao canteiro de 1m2; buscando a proporção, o canteiro, muitas
vezes, é reduzido consideravelmente. Porém, à medida que a árvore vai crescendo, o tronco vai
naturalmente engrossando e quebrando a calçada por absoluta falta de espaço e não porque a
espécie tem a característica de raízes superficiais.
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Para evitar acidentes, pode ser feita uma grade de ferro colocada no nível da calçada, que
é substituída gradativamente de acordo com o engrossamento do tronco; esta grade, no entanto,
apresenta um custo elevado. No entanto, pode-se pensar em materiais alternativos que diminuam
o custo do equipamento.
Para não deixar o canteiro com terra exposta, sujeito ao crescimento desordenado de
plantas daninhas, acúmulo de lixo e pisoteio, é muito comum plantar grama ou forração; o
inconveniente da grama é que, freqüentemente, são encontradas fezes de cachorro e o manejo
torna-se difícil.
Grade de proteção da muda
Os protetores, cuja utilização é preconizada em áreas urbanas para evitar danos
mecânicos, principalmente ao tronco das árvores até sua completa consolidação, devem atender
às seguintes especificações:
1 - altura mínima, acima do nível do solo, de 1,60 m;
2 - a área interna deve permitir inscrever um círculo com diâmetro maior ou igual a 0,38 m;
3 - as laterais devem permitir os tratos culturais;
4 - os protetores devem permanecer, no mínimo, por 02 (dois) anos, sendo conservados em
perfeitas condições;
5 - projetos de veiculação de propaganda nos protetores devem ser submetidos à apreciação dos
órgãos competentes.
Grade de proteção da muda
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Podas
Há vários tipos de poda que são feitas em árvores no meio urbano, algumas necessárias
como a poda de formação da muda e as podas de limpeza, para retirada de ramos doentes,
quebrados ou mal formados. Há também a poda que é feita para solucionar problemas
decorrentes do plantio inadequado, neste caso, embora seja inconveniente, também é necessária,
pois, não é possível retirar de uma só vez todas as árvores que foram plantadas de forma
inadequada, esta medida deve ser realizada gradativamente e enquanto isto não acontece, devem
ser feitas podas de adequação e rebaixamento, tomando-se o cuidado de manter o máximo
possível o formato original da árvore. Quando é realizada de maneira incorreta, pode causar
danos irreparáveis às árvores e afetar definitivamente a sua estética.
A poda é uma prática antiga, utilizada em jardins clássicos europeus ou em frutíferas
visando uniformizar a produção de frutas. Devido a esta cultura, no meio urbano ainda há muitas
pessoas que fazem a poda com fins estéticos ou por acreditarem que a poda poderá revigorar a
árvore, entretanto, esteticamente, esta poda se insere somente em ambientes clássicos e ao
contrário, causam estresse e deixam áreas expostas passíveis de entrada de patógenos. Há muitas
espécies que não se prestam à poda.
A poda, além de interferir na estética e na fisiologia da planta, é uma operação onerosa e
perigosa, podendo causar diferentes acidentes; portanto, é uma operação que deve ser minimizada
e, o mais eficiente procedimento é a criteriosa escolha das espécies a serem plantadas.
Muitas vezes a espécie é escolhida pelo efeito ornamental do formato da sua copa, porém
a poda descaracteriza totalmente sua arquitetura original, como ocorre com as coníferas e outras
espécies. Alguns exemplos encontram-se na Tabela 07.
Tabela 07 - Exemplos de espécies cuja poda interfere no formato ornamental da copa
Nome cientifico Nome popular Formato da copa
Delonix regia Flamboyant Horizontal
Eugenia malaccensis Jambo vermelho Piramidal
Lophantera lactescens Lofântera Piramidal
Michelia champaca Magnólia Piramidal
Schinus molle Aroeira da babilônia Pendente
Swietenia macrophylla Mogno Piramidal
Terminalia catappa Sete-copas Em camadas
Triplaris brasiliensis Pau formiga Alongado
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“Quando a poda é inevitável, é necessário tomar algumas precauções. Dependendo do
local, será necessária a realização de manobras na rede elétrica, que devem ser feitas em dias de
pouco movimento, envolvendo a participação da concessionária de energia, prefeitura municipal
e órgãos responsáveis pelo trânsito. A eficiência é obtida aperfeiçoando-se a mão-de-obra
responsável pela execução dos serviços e a utilização de ferramentas e equipamentos apropriados,
que devem estar em boas condições de uso.” (MANUAL, 1996)
Representação da correta aplicação de poda para desobstrução da fiação elétrica aérea.
Tipos e técnicas de poda
A aplicação da poda deve respeitar as seguintes regras fundamentais que regem sua
atividade:
- a arquitetura da copa das árvores;
- a fisiologia da compartimentalização;
- as técnicas de poda;
- as ferramentas e equipamentos mais apropriados para cada atividade.
Poda de formação
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Desde a fase inicial da produção de mudas de espécies arbóreas em viveiros, até o
momento em que a árvore possa desenvolver livremente seu modelo arquitetônico de copa,
utilizamos a poda de formação ou educação. Esta poda é aplicada para direcionar o
desenvolvimento da copa contra a tendência natural do modelo arquitetônico da espécie,
compatibilizando assim a árvore com os espaços e equipamentos urbanos.
A futura árvore deverá ter os galhos situados sempre acima de 2,0 m. Assim, evitaremos
que seus galhos atrapalhem a passagem de veículos e de pedestres e, além disso, posteriormente
serão desnecessárias podas drásticas para corrigir a sua forma.
Poda de limpeza e manutenção
É empregada para evitar que a queda de ramos mortos coloque em risco a integridade
física das pessoas e do patrimônio público e particular, bem como para impedir o emprego de
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agrotóxicos no meio urbano e evitar que a permanência de ramos danificados comprometa o
desenvolvimento sadio das árvores.
A poda dos ramos ladrões, dos ramos epicórmicos e dos brotos de raiz deve ser realizada
precocemente, prioritariamente na época em que esses brotos/ramos estiverem com pequenas
dimensões para possibilitar a utilização de tesoura de poda.
Poda de emergência
A mais traumática para a árvore e para a vida urbana, é empregada para remover partes da
árvore que colocam em risco a integridade física das pessoas e do patrimônio público ou
particular. como ramos que se quebraram durante chuva ou vento forte.
A queda livre dos ramos podados deve ser evitada, pois pode causar acidente e danos ao
pavimento da rua e do passeio, bem como às redes aéreas, à sinalização e outros equipamentos
urbanos. Para amortecer a queda, devem ser utilizadas cordas amarradas ao tronco da árvore e aos
ramos cortados que, guiadas por operadores em terra, conduzirão com segurança esses ramos até
o solo.
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A poda aplicada a um ramo vital, de dimensão superior a 5cm, que não está preparado
pela planta para a remoção, deve ser realizada sempre que possível em duas etapas.
Na primeira etapa, o ramo é cortado à distância de 0,5m a 1,0m do tronco. Esse primeiro
corte debilitará o ramo e ativará os mecanismos de defesa. Na segunda, um ou dois períodos
vegetativos após o primeiro corte, é concluída a remoção do ramo cortando-o junto ao tronco,
sempre mantendo intactos a crista de casca e o colar da base do ramo.
Poda de adequação
É empregada para solucionar ou amenizar conflitos entre equipamentos urbanos e a
arborização, como rede aérea no interior de copa de árvores ou obstrução de sinalização de
trânsito. É empregada, também, para remover partes da árvore que impedem a livre circulação de
pessoas e veículos, bem como para remover partes da árvore que causam dano ao patrimônio
público ou particular, como ramos baixos ou que cresceram sobre edificações.
Deve-se observar sempre que possível, o padrão de repouso da espécie à qual está sendo
aplicada a poda.
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Antes Depois
Poda drástica
A poda drástica ocorre quando há o corte total da copa, restando apenas o tronco da
árvore; quando há o corte de grandes galhos deixando a árvore em desequilíbrio; e ainda, quando
há a retirada de mais de 50% da copa.
Esse tipo de poda não é recomendado e só será efetuado em condições de emergência. A
poda drástica é crime ambiental, constitui infração média a grave.
A substituição do uso residencial do solo com recuo da edificação pelo uso comercial sem
recuo da edificação, assim com o alargamento do leito carroçável com redução da largura do
passeio público e/ou do canteiro central, causou e tem causado conflitos entre a nova situação e a
arborização pré-existente. Conflitos semelhantes são estabelecidos com a instalação de redes
aéreas e subterrâneas em áreas já arborizadas, mudando assim o uso do subsolo e do espaço
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aéreo. Assim, a prevenção da poda de emergência somente em parte pode ser atingida com o
plantio adequado. Para maior alcance, é necessário um amplo planejamento da arborização,
envolvendo a observação das normas existentes e o adequado uso do solo, do subsolo e do espaço
aéreo.
Época de Poda
A época ideal de poda varia com o padrão de repouso de cada espécie. Nas espécies
utilizadas na arborização urbana, podem ser reconhecidos três diferentes padrões de repouso:
Espécies com repouso real
São espécies caducifólias que entram em repouso após a perda das folhas. Para essas
espécies, a melhor época para a poda é a compreendida entre o início do período vegetativo e o
início do florescimento. A época em que a poda mostra-se mais prejudicial à planta é
compreendida entre o período de pleno florescimento e o de frutificação.
Ex.: Terminalia catappa L. (Amendoeira)
Espécies com repouso falso
São espécies caducifólias que não entram em repouso após a perda das folhas. Para essas
espécies, a melhor época para a poda é a compreendida entre o final do florescimento e o início
do período vegetativo. A época em que a poda mostra-se mais prejudicial à planta é a
compreendida entre o período de repouso e o de pleno florescimento. Nas situações em que se
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queira coletar frutos ou sementes, a poda pode ser postergada para o final da frutificação, sem
grandes prejuízos para as espécies que apresentam este padrão de repouso.
Ex.: Tabebuia spp (diferentes espécies de ipê)
Espécies sem repouso aparente (ou de folhagem permanente)
São espécies perenifólias, que apresentam manifestações externas de repouso de difícil
observação. Para essas espécies, a melhor época para a poda é a compreendida entre o final do
florescimento e o início da frutificação. A época em que a poda mostra-se mais prejudicial à
planta é a compreendida entre o período de repouso e o início do período vegetativo.
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Ex.: Licania tomentosa (oiti), Fícus spp (diferentes espécies de figueiras)
Poda de raiz
O afloramento de raízes, nas situações em que não é uma característica da espécie, é
motivado pela redução da aeração da camada superficial do solo, quer pela impermeabilização ou
compactação do solo, quer pela existência de lençol freático alto, entre outros motivos.
A poda de raiz tem sido empregada para solucionar os transtornos causados pelo
afloramento de raízes. No entanto, esta prática deve ser evitada na arborização urbana,
principalmente por comprometer a estabilidade da árvore, além de diminuir a absorção de água e
sais minerais e criar uma área de contaminação que poderá, mais tarde, comprometer toda a
estrutura da base da árvore.
O emprego de espécies adequadas ao local de plantio, a criação de áreas de canteiro de 2 a
3 m2 (de acordo com o porte da árvore) e a preparação de uma cova de plantio ampla (0,60 x 0,60
x 0,60 cm), que permita à árvore um bom enraizamento, são medidas que evitam a poda de raiz.
Quando inevitável, a poda de raiz, pelo risco que representa, deve ser aplicada com muito
critério, sempre acompanhada por um profissional habilitado e observando algumas
recomendações básicas:
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- Evitar o corte de raízes grossas (com diâmetro entre 10 mm e 20 mm) e raízes fortes (com
diâmetro superior a 20mm). Quanto maior o diâmetro da raiz, mais lenta a regeneração e maior o
comprometimento da estabilidade;
- Não eliminar raízes ao redor de toda árvore. Quanto maior a quantidade de raízes eliminadas,
maior o comprometimento da estabilidade;
- Não realizar corte de raízes próximo ao tronco. O corte deve ser realizado a uma distância
mínima de 50 cm do tronco da árvore;
- Expor a raiz que será cortada. Antes de realizar o corte, deve ser aberta uma valeta, manual e
cuidadosamente, para expor a raiz e permitir a realização de um corte liso, sem danos a quaisquer
de suas partes;
- Não realizar o corte de raízes com ferramentas de impacto (facão, machado, etc.). O corte de
raízes deve ser realizado com serra bem afiada, sendo o primeiro corte na extremidade
próxima à árvore e o segundo na outra extremidade;
- Proteger as raízes e o solo do ressecamento.
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EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
Em primeiro lugar, deve-se garantir a segurança por meio da utilização dos equipamentos
de proteção individual (EPIs), devem ser usados por todos os operadores que estiverem
trabalhando na manutenção da árvore para evitar acidentes. Os equipamentos mínimos são:
- Capacete de segurança com fixação no queixo;
- Roupas apropriadas;
- Óculos de proteção;
- Luvas de couro;
- Sapatos de solado reforçado e rígido;
- Cinto de segurança com alça de comprimento variável, para subir em árvores;
- Coletes refletores, principalmente em local onde houver trânsito de veículos;
- Quando houver motosserra, é necessário protetor auricular.
Equipamentos acessórios
Escada: é necessária para o acesso à copa da árvore. Devem ser:
- De madeira ou alumínio
- De dois corpos
- Altura de 6 a 9 metros
- Antiderrapantes
- Base larga
- Apoio único na árvore
- Flexível
- Antideslizante
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Cordas: é indispensável em qualquer operação na copa das árvores.
- Auxilia no transporte de ferramentas
- Atua na segurança do operador.
- Usada no direcionamento do galho cortado.
O mais importante equipamento/acessório e de grande utilização é a corda. A de sisal
(confeccionada em fibras naturais) é considerada a melhor, por ser pouco elástica e menos
escorregadia, proporcionando maior segurança ao podador. É imprescindível em operações nas
copas das árvores e na segurança pessoal.
Para isolamento da área de trabalho: devem ser usados
- Cones de sinalização
- Cavaletes
- Fitas plásticas zebradas ou coloridas
- Placas de sinalização
FERRAMENTAS ADEQUADAS PARA O SERVIÇO DE PODA
As ferramentas e equipamentos utilizados na poda das árvores urbanas devem ser
produtos de qualidade, estar em bom estado de conservação e dentro das normas técnicas. Essas
características são vitais para o sucesso da poda.
Cada ferramenta tem suas características próprias, servindo para realização de operações
específicas. Algumas ferramentas, como as tesouras de poda, são utilizadas para o corte de ramos
ainda ligados às árvores, sendo específicas para os ramos pequenos de até 15 mm de diâmetro.
Para ramos de até 25 mm, recomenda-se a utilização do podão. Este último pode ser
utilizado para podar ramos de até 6 metros de altura. Para os ramos com diâmetros de 2,5 a 15
cm, podem-se utilizar as serras manuais; para ramos com diâmetro superior a 15 cm, recomenda-
se a utilização da moto-serra por operadores capacitados. Ferramentas de impacto como
machado, foice e facão só devem ser utilizadas para o corte dos ramos que foram podados e já
estão no solo, visando diminuir o volume a ser transportado.
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Serras manuais:
a) Serra lâmina rígida
b) Serra de arco
Tesouras de poda
Tesouras de poda de cabo longo e podão
Motosserra
Jamais deverão ser usados facões, foices, machados, pois além dos cortes com essas
ferramentas serem imprecisos, existe um risco maior de acidente envolvendo o podador,
constituindo infração leve.
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A forma de utilização dessas ferramentas é de fundamental importância para garantir a
segurança dos funcionários envolvidos na poda, bem como dos pedestres, carros e todos que
estão em volta.
Aspectos fitossanitários
São características relacionadas a sanidades dos vegetais, ou seja, considera-se
principalmente, a presença de pragas e doenças afetando o desenvolvimento da espécie vegetal. É
comum, na arborização urbana, o uso de defensivos para garantir uma defesa contra esses agentes
externos que interferem nos aspectos fitossanitários da cultura. Há também, uma forma de
controle biológico para manter a sanidade do vegetal.
Fatores estéticos
Não se recomenda, em nenhuma circunstância, a caiação ou pintura das árvores. É
proibida a fixação de publicidade em árvores, pois além de ser antiestética, tal prática prejudica a
vegetação, conforme define a legislação vigente. No caso do uso de “placas de identificação” de
mudas de árvores, essas deverão ser amarradas com material extensível, em altura acessível à
leitura, devendo ser substituída conforme necessário.
Não se recomenda, sob o ponto de vista fitossanitário, a utilização de enfeites e
iluminação, como por ocasião de festas natalinas. Recomendando-se, porém, enquanto não
regulamentado, que quando dessa prática, sejam tomados os devidos cuidados para evitar
ferimentos à árvore, bem como a imediata remoção desses enfeites ao término dos festejos.
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CORTE OU PODA DE ÁRVORES URBANAS
Os transtornos causados à população niteroiense são muitos, em decorrência de quedas de
árvores sob veículos, muros, residências, ou provocando o desabastecimento no fornecimento de
energia elétrica, de telefonia e/ou de multi-serviços. Será permitido o corte de árvores em
logradouros públicos com a prévia autorização expedida pela Secretaria do Meio Ambiente -
SMARHS e devidamente referendada pelo Departamento de Parques e Jardins - DPJ, somente
quando:
- o estado fitossanitário da árvore justificar;
- a árvore, ou parte dela, apresentar risco de queda;
- a árvore constituir risco à segurança das edificações, sem que haja outra solução para o
problema;
- a árvore estiver causando danos comprovados ao patrimônio público ou privado, não
havendo alternativa para solução;
- o plantio irregular ou a propagação espontânea de espécies impossibilitarem o
desenvolvimento adequado de árvores vizinhas;
- se tratar de espécie invasora, tóxica e/ou com princípio alergênico, com propagação
prejudicial comprovada;
- da implantação de empreendimentos públicos ou privados, não havendo solução técnica
comprovada que evite a necessidade da supressão ou corte, implicando no transplante ou
reposição;
- a árvore constituir obstáculo fisicamente incontornável ao acesso de veículos e pessoas.
Atualmente, a Prefeitura de Niterói, através da SMARHS e EMUSA/DPJ, faz a supressão
de árvores somente em casos de substituição, após a avaliação técnica verificando as condições
biológicas debilitadas das mesmas. A autorização para a supressão é concedida somente após a
assinatura de um Termo de Compromisso Ambiental feito com a SMARHS e o requerente, que
visa o comprometimento pelo plantio de uma espécie adequada ao local, essa medida é realizada
em virtude da necessidade de manejar a arborização do município e também pela função
ambiental benéfica das árvores no meio urbano.
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MEDIDAS PARA MINIMIZAR A NECESSIDADE DE PODA
A fim de minimizar a necessidade de poda nas árvores urbanas, é necessário o
planejamento adequado da arborização, assim como das intervenções nos espaços aéreos ou
terrestres das vias públicas. No planejamento da arborização, uma das propostas mais defendidas
é a utilização de árvores pequenas. Esta é uma solução polêmica, considerando-se que as árvores
de grande porte apresentam um maior potencial para influenciar positivamente as características
climáticas do ambiente urbano.
Desta forma, o Manual Técnico de Arborização da Secretaria de Meio Ambiente,
Recursos Hídricos e Sustentabilidade, é recomendado o uso de árvores de médio ou grande porte,
desde que a muda não seja plantada no alinhamento da rede elétrica e que a copa das árvores seja
conduzida precocemente, através de tratos culturais adequados, acima desta rede.
Respeitar as distâncias mínimas dos elementos presentes nas vias públicas. Quanto à
iluminação pública, é importante levar em conta a posição das copas das árvores em relação ao
cone de luz, de forma que a folhagem não interfira na área iluminada.
Onde existir arborização, o projeto luminotécnico deve respeitar as árvores, adequando
postes e luminárias às condições locais. Já onde não existir arborização nem iluminação, o
projeto deve ser elaborado de forma integrada entre os órgãos envolvidos.
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LEGISLAÇÃO APLICADA A ARBORIZAÇÃO URBANA EM NITERÓI
Qualquer poda e supressão de árvore no município de Niterói necessita de autorização do
Poder Executivo Municipal, de competência da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos
e Sustentabilidade (Lei 2602/08 e Resolução nº 01/03).
O serviço de supressão ou poda de árvores em logradouros públicos é de responsabilidade
da Prefeitura Municipal, representada pela Empresa de Moradia, Urbanização e Saneamento –
EMUSA, com seu Departamento de Parques e Jardins - DPJ. Já em área particular, a intervenção
é de responsabilidade do proprietário, com prévia vistoria técnica dos técnicos da SMARHS.
A poda ou a supressão poderá ser autorizada nas seguintes circunstâncias:
- em terreno a ser edificado, quando a poda for indispensável à realização da obra;
- quando o estado fitossanitário da árvore a justificar;
- quando a árvore ou parte dela apresentar risco iminente de queda;
- nos casos em que a árvore esteja causando comprováveis danos permanentes ao patrimônio
público ou privado;
- nos casos em que a árvore constitua obstáculo fisicamente incontornável a acessibilidade de
portadores de necessidades especiais.
A poda e/ou supressão poderão ser executadas por terceiros, pessoa física ou jurídica,
desde que credenciados pela Secretaria do Meio Ambiente. As reposições são de cumprimento
obrigatório. As despesas decorrentes da reposição de espécimes suprimidos irregularmente,
inclusive decorrentes de acidentes de trânsito, correrão por conta do responsável pela infração ou
fato, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis.
Em situações emergenciais que envolvam segurança pública, onde são necessárias poda
ou supressão, dispensa-se a autorização referida anteriormente ao corpo de bombeiros e às
concessionárias de serviços públicos credenciadas, devendo estes comunicar a intervenção
devidamente justificada, posteriormente, à Secretaria do Meio Ambiente.
A supressão ou poda irregular é considerada crime ambiental de acordo com
legislação federal.
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CREDENCIAMENTO NA SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
Os serviços de plantio, poda e remoção por supressão ou transplante de espécies vegetais
em áreas públicas só podem ser realizados por empresas ou profissionais das áreas de engenharia
agronômica, florestal e de biologia, engenheiro agrícola e ambiental (com especialidade em
botânica), credenciados na Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade,
conforme Resolução especifica.
Os serviços de plantio, poda e remoção por supressão ou transplante de espécies vegetais
em áreas particulares, quando exigidos por parecer técnico da fiscalização do Município de
Niterói, devem ser realizados por empresas ou profissionais das áreas de engenharia agronômica
ou florestal e de biólogos, engenheiro agrícola e ambiental (com especialidade em botânica),
credenciados na Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, conforme
Resolução especifica.
Para obterem o credenciamento ou a renovação deverá ser solicitada pelo credenciado
através do requerimento padronizado a ser obtido no protocolo da SMARHS e deverão apresentar
a seguinte documentação:
Pessoas Físicas:
a) Cópias da Identidade do CREA ou do CRBio (habilitação e regularidade junto ao Conselho ou
Órgão Profissional competente) com CPF (a simples indicação do número de inscrição no CPF
em documento pessoal de identificação válido em território nacional supre as exigências deste
artigo);
b) Certidão de Registro no CREA ou no CRBio atualizada, em que conste o ramo de atividade do
profissional, nos termos do artigo 1º desta Portaria;
c) Comprovante de Residência atualizado (conta de luz, água, telefone ou gás);
d) Curriculum Vitae atualizado e carta de apresentação de serviços realizados anteriormente.
Pessoas Jurídicas:
a) Ato Constitutivo, Estatuto ou Contrato Social atualizado, registrado na Junta Comercial ou no
Cartório de Pessoas Jurídicas do Estado do Rio de Janeiro;
b) Cartão do CNPJ atualizado, cópias da Identidade do CREA ou do CRBio do responsável
técnico, bem como da Carteira de Identidade e CPF do representante legal da empresa interessada
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no credenciamento (a simples indicação do número de inscrição no CPF em documento pessoal
de identificação válido em território nacional supre as exigências deste artigo);
c) Certidão de Registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) ou no
Conselho Regional de Biologia (CRBio), atualizada, em que conste o ramo de atividade e o
responsável técnico da área (engenheiro agrônomo ou florestal e biólogo);
d) Comprovante de endereço (conta de luz, água, gás, telefone);
e) Para os profissionais da área de engenharia, no caso de “Dupla Responsabilidade Técnica”, a
mesma deverá ser comunicada e aceita pelo CREA (Resolução 336/89 – CREA);
f) As Cooperativas deverão ser registradas no CREA ou no CRBio, com seus respectivos
responsáveis técnicos, além de estarem registradas na Organização das Cooperativas do Estado
do Rio de Janeiro (OCERJ) e na Junta Comercial ou no Cartório de Pessoas Jurídicas do Estado
do Rio de Janeiro, ou apresentarem publicação no Diário Oficial do Estado – DORJ;
g) Atestados, apresentados em vias originais, de serviços anteriormente prestados, na qualidade
de credenciado ou não, à pessoas físicas ou jurídicas integrantes da Administração Pública ou da
iniciativa privada, inclusive daqueles cuja execução esteja em curso (atestados de capacitação
técnica);
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AVIFAUNA E ARBORIZAÇÃO URBANA
Muitas vezes a nidificação das aves não é equacionada durante o processo de poda das
árvores. É importante lembrar que pela Lei de Crimes Ambientais (lei 9605/98, art.29, x 1°
incisos I e II), tanto as aves silvestres quanto seus ninhos estão protegidos e, portanto, não podem
ser removidos. Dessa forma, o correto seria evitar a poda das árvores que estiverem sendo
utilizadas para a reprodução das aves, salvo os casos de poda emergencial, onde o manejo não
pode ser adiado e seria plenamente justificado.
O período de reprodução das aves, no Brasil, é variável entre as espécies sendo difícil
fazer uma associação entre as estações do ano e o ciclo reprodutivo. O fator preponderante que
condiciona a reprodução é a fartura de alimentação.
Para as aves insetívoras o início do período de chuvas é favorável, pois aumenta muito a
quantidade de insetos. O final da estação seca favorece os frugívoros. O período de floração é
ideal para os beija-flores. Granívoros são dependentes da maturação das sementes. A adaptação
das aves às espécies vegetais faz com que seus ciclos reprodutivos tenham um cronograma
correspondente, isto é, o período de floração, frutificação e amadurecimento dos frutos, irá
coincidir com o período reprodutivo de muitas espécies de aves que se utilizam dos produtos da
espécie vegetal em questão.
O material para a construção dos ninhos também será importante para algumas espécies.
A paina, conseguida apenas em determinada época do ano, é um material utilizado por beija-
flores na construção do ninho. A lama úmida é necessária na construção dos ninhos de João-de-
barro (Furnarius rufus), e esse material estará disponível após as chuvas.
Considerando a escassez de áreas verdes na cidade onde a avifauna possa se abrigar,
alimentar e reproduzir, assim como, a preocupação crescente da comunidade em relação as
questões ambientais, um planejamento da poda de árvores para o primeiro semestre,
principalmente para os meses de abril e maio, minimizaria os impactos negativos sobre as aves.
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ANÁLISE DA ARBORIZAÇÃO DE RUAS E AVENIDAS
No caso de Niterói, onde a arborização foi realizada de forma não planejada, é importante,
no mínimo, analisar a arborização já existente, que deverá ser quali e quantitativa, permitindo
conhecer a condição da arborização em termos de adaptabilidade e problemas relacionados à
espécie e às condições de plantio para que alguma providência técnica seja tomada.
A análise da arborização é realizada por meio de um inventário. Pode ser total, em cidades
de pequeno a médio porte ou parcial, por meio de amostragens, em cidades de grande porte. A
amostragem pode ser aleatória ou sistemática, sendo esta última utilizada quando as regiões
urbanas apresentam características claramente diferenciadas por quaisquer motivos. Em Niterói,
será utilizada a metodologia por amostragem, por considerar uma cidade de médio a grande
porte.
O inventário será a primeira atividade do Programa de arborização de Niterói, que será
firmado em legislação própria municipal, que terá por finalidade conhecer a arborização
existente, como também de quantificar as operações subseqüentes. O cadastramento será
realizado observando os dados e as informações contidas no Quadro 01 - Planilha de
Levantamento de Campo, onde serão diagnosticadas todas as árvores existentes nos setores
selecionados no município.
Os dados serão anotados em uma planilha e depois repassados em softwares específicos,
gerando um trabalho de geoprocessamento. Obtidos os resultados, será possível o replanejamento
que efetivamente dê diretrizes ou ordene a implantação e manejo da arborização da cidade de
Niterói.
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Quadro 01. Planilha de Levantamento de Campo – Cadastramento
Código Lote Espécie Idade
Identificador da árvore Lote mais próximo da árvore Código de referência da espécie J – Jovem
A – Adulta
PORTE
- Pequeno (P) – não atingiu a baixa tensão – até 4 metros de altura; - Médio (M) – envolveu a baixa tensão – de 5 a 7 metros de altura;
- Grande (G) – próximo ou acima a alta tensão – acima de 7 metros de altura.
CONDIÇÕES FÍSICO/SANITÁRIAS
1 Árvore boa, vigorosa, que não apresenta sinais de pragas, doenças ou injúrias mecânicas, que apresenta a forma característica da
espécie e não requer trabalhos de correção;
2 Árvore satisfatória, apresenta condições e vigor médios para o local, pode apresentar pequenos problemas de pragas, doenças ou danos
físicos e/ou controle de pragas e doenças;
3 Árvore ruim, apresenta estado geral de declínio e pode apresentar severos danos de pragas, doenças ou danos físicos e , embora não aparente morte iminente, pode requerer muito trabalho de recuperação;
4 Árvore morta ou que, devido a danos causados por pragas, doenças ou físico, aparenta morte iminente (senescência).
COPA
Diâmetro (DC): Dado em metros, no sentido paralelo ao meio-fio.
PODA EXISTENTE:
LP - Poda de Limpeza;
LC - Levantamento de Copa;
PU - Poda em U;
PL - Poda em L;
RC - Rebaixamento de Copa;
SP - Sem Poda.
PL – quando estiver interferindo no trânsito, ou galhos secos, doenças e pragas (cupins, parasitas)
PM – quando as interferências estiverem pegando em fiações, telefonia, poste de energia elétrica, poste
com transformador, rede de assinante de TV a cabo, placas de orientação, quiosque.
RD – colocar sempre quando a calçada, meio fio e asfalto estiverem dando grandes e médias
interferências. Nas pequenas interferências e fissuras não colocar RD, mesmo colocando “sim” para
calçada, meio-fio e asfalto.
ASPECTOS PAISAGÍSTICOS
Bom (BO) – boa distribuição de copa, vigor exuberante, com pequenas interferências;
Regular (RE) – apresenta boa distribuição e copa, porém com sinais de podas, porém com grandes interferências; Ruim (RU) – forma descaracterizada sofreu várias podas devido a severas interferências.
INTERFERÊNCIAS POSSÍVEIS
Alta Tensão Sim (S) Não (N)
Baixa tensão Sim (S) Não (N)
Telefone Sim (S) Não (N)
Iluminação Pública Sim (S) Não (N)
OUTRAS
1 - Trânsito 2 - Garagem
3 - Ponto de Ônibus
4 - Placas de Orientação 5 - Caixa de Lixo
6 - Totem
7 - Quiosque
8 - Poste de Energia Elétrica
TR GR
PO
PL CL
TO
QU PE
9 - Poste com Transformador 10 - Esquina
11 - Fachadas Comerciais
12 - Caixas Telefônicas 13 - Ramal do Cliente Celg
14 - Ramal do Cliente Telegoiás
15 - Ramal do Cliente Celg e Telegoiás 16 - Rede de Assinante de TV a cabo
PT ES
FC
CT RA
RT
RCT RMS
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FUSTE
CIRCUNFERÊNCIA A
1,30 METROS DE
ALTURA (CAP)
Circunferência do tronco,
em metros.
CONDIÇÕES FISICO/SANITÁRIAS:
- Bom (BO) – Fuste ereto, sem sinal de podas e necroses; - Regular (RE) – pequenos defeitos no tutoramento, alguns
sinais de podas e necroses;
- Ruim (RU) – inclinação acentuada, necroses bem definidas, sinais de podas não cicatrizadas.
DISTÂNCIA:
Colocada em metros a distância da árvore ao: Lote, Edificação, Meio-Fio.
Na coluna de Calçada, colocar a largura da mesma.
OBS: No caso de ilhas e praças, não será necessário coletar as distâncias acima mencionadas.
RAIZES
CONDIÇÕES FÍSICO-SANITÁRIAS INTERFERÊNCIAS POSSÍVEIS:
Caixa telefonia/energia Sim (S) Não (N)
Caixa esgoto Sim (S) Não (N)
Calçada Sim (S) Não (N)
Asfalto Sim (S) Não (N)
Meio-fio Sim (S) Não (N)
OUTRAS:
Hidrante – HI Boca de Lobo – BL
- Boa (BO)
- Regular (RE)
- Ruim (RU)
sem sinal de pragas, doenças e rebaixamento;
apresenta pequenos sinais de necroses e algumas raízes rebaixadas;
grande número de raízes necrosadas e rebaixadas.
ALINHAMENTO
Sim (S) ou Não (N)
NECESSIDADE DE TRATAMENTO: OUTRAS:
1. Árvore deformada com poda drástica;
2. Árvore atacada por fungo; 3. Árvore com cochonilha
4. Árvore com problemas de tutoramento;
5. Árvore apresentando severos danos físicos; 6. Árvore com homópteros nas folhas (pulgão e cigarrinha);
7. Árvore apresentando pequenos danos físicos;
8. Árvore plantada irregularmente, espécie não utilizada na arborização urbana; 9. Árvore apresentando necroses nas folhas, por deficiências de nutrientes ou doenças;
10. Árvore com folhas danificadas por insetos;
11.Árvore com tronco danificado por insetos (brocas); 12. Árvore a menos de 5 metros da esquina;
13. Árvore com cupim;
14. Árvore com sintoma de ácaros; 15. Árvore com tripés;
16. Árvore atacada por formiga cortadeira;
17. Árvore apresentando bifurcações; 18. Árvore apresentando raízes superficiais;
19. Calçada e/ou meio-fio inexistentes;
20. Árvore morta por envenenamento ou anelamento; 21. Remoção imediata das árvores na mesma cova;
22. Remoção imediata – danos físicos nas raízes;
23. Poda de condução;
24. Lote e/ou Quadra no campo diferente do mapa.
- RT
- RI
- PT
- PM
- PF
- PL - RD
- AF
- CP - CD
- TU
- ST
Remoção de Toco;
Remoção Imediata de Árvore;
Plantio
Poda de Manutenção;
Poda de Formação;
Poda de Limpeza Reparo de danos físicos à Calçada;
Afastamento de Calçada;
Controle de Pragas; Controle de Doenças;
Tutoramento
Sem Necessidade de Tratamento.
O cadastramento prevê um banco de dados Mapa Urbano Básico Digital de Niterói, onde
todas as árvores terão seu código e, através desse código, qualquer cidadão poderá acessar e saber
da situação da árvore, tendo as informações das atividades que estas árvores necessitam. Este
diagnóstico quantificará as espécies ocorrentes, porte, idade, situação fitossanitária, tratamentos
necessários (poda, controle de pragas e doenças, dentre outros), e interferências com
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equipamentos públicos. Através do cadastramento, será possível quantificar o número de árvores
ocorrentes por espécies, número de podas, número de árvores a serem removidas, número de
tocos a serem removidos e número de novos plantios a serem realizados nas vias públicas.
Os dados recolhidos em campo serão inseridos em uma planilha referente ao Quadro 02
inserido neste trabalho como demonstração do cadastramento arbóreo. Ressaltamos que esta
mesma planilha utilizada para os todos os logradouros públicos a serem inventariados.
Inventário Florestal Urbano - IFU
O inventário levantará dados específicos sobre as árvores urbanas como espécie, idade,
porte, condições fitossanitárias, copa, atividade a ser recomendada nos espécimes, aspectos
paisagísticos (bom, regular, ruim), fuste, raízes, necessidades de tratamentos, características
fenológicas, bem como as relações com as redes telefônicas, semáforos, placas de sinalização,
luminárias e prédios, redes subterrâneas de abastecimento de água e de esgoto, pavimentações,
dentre outras.
Inventário Florestal Urbano Total – IFUT
Consiste no cadastramento qualiquantitativo da arborização de ruas e avenidas em
calçadas e canteiros centrais e praças, através do levantamento de informações próprias do
espécime, bem como da infra-instrutora urbana que o cerca.
O Inventário Florestal Total tem por finalidade manter a arborização monitorada,
facilitando as intervenções necessárias e permitindo o estabelecimento do tratamento técnico
adequado à arborização na área central, a qual se caracteriza por apresentar conflitos diversos
entre árvores e equipamentos urbanos.
Inventário Florestal Urbano por Amostragem – IFUA
Cidades de médio porte como Niterói, que possui hoje aproximadamente 487.562
habitantes e 133,916 Km2 (IBGE - 2010), são inventariadas por amostragem, ou seja, não há
condições de realizar um levantamento quali-quantitativo de toda a cidade.
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Quadro 02. Planilha com todos os dados das árvores cadastradas da quadra 65 compreendida entre as Ruas 29, 13, 16 e Av. Tocantins do setor central.
Código Lote
Identificação
Porte Condição
Fitossanitária
Copa
Espécie Idade DC Poda Aspectos
Paisagísticos
Interferências possíveis
ABT BT TL IL Outras
Fuste Raízes
Alinhamento Necessidade
de tratamento Observações
CAP Condição
Fitossanitária
Distâncias (m) Condição
Fitossanitária
Interferências possíveis
Lote Ed. MF Calçada CS CT Calçada Asfalto MF Outras
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BIBLIOGRAFIA
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1988. 33p. (Coleção Ecossistemas Terrestres, 006).
LORENZI, H. Árvores brasileiras; manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas
do Brasil, Nova Odessa: Plantarum, 1992. 352p. (Volume 1).
LORENZI, H. Árvores brasileiras; manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas
do Brasil, Nova Odessa: Plantarum, 1998. 352p. (Volume 2).
LORENZI, H. Árvores brasileiras; manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas
do Brasil, Nova Odessa: Plantarum, 2012. 352p. (Volume 3).
LORENZI, H.; BACHER, L.B.; LACERDA, M.; SARTORI, S. 2006. Frutas brasileiras e
exóticas cultivadas (de consumo in natura). Nova Odessa: Editora Plantarum. v.1, 674p.
LORENZI, H.; SOUZA, H. M. de Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e
trepadeiras. 4. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. 1088 p.
LORENZI, H.; SOUZA, H. M.; TORRES, M. A. V.; BACHER, L.B. Árvores Exóticas No
Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas.
Manual de arborização. Belo Horizonte: CENTRAIS ELÉTRICAS DE MINAS GERAIS –
CEMIG, 1996. 40p.
PIVETTA, Kathia Fernandes Lopes; FILHO, Demóstenes Ferreira Da Silva. Boletim
Acadêmico: Arborização Urbana. UNESP/FCAV/FUNEP, Jaboticabal, SP – 2002.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Manual Técnico de Arborização Urbana.
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Manual de Poda. Secretaria Municipal do
Verde e do Meio Ambiente.
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Niterói. 2012.
PREFEITURA DE NITEROI. Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente. Guia de
Arborização. Niterói: 1996.
SEITZ, Rudi Arno. A Poda de Árvores Urbanas - 1º Curso em Treinamento sobre Poda em
Espécies Arbóreas Florestais e de Arborização Urbana. Fundação de Pesquisas Florestais do
Paraná/Curitiba. Curitiba, 1996.
Programa de Arborização Urbana de Niterói
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade
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SITES DA ÁREA
Sociedade Brasileira de Arborização Urbana
Árvores e arborização urbana
Busca
Fundação Parques e Jardins (Rio de Janeiro)
Fundo Nacional do Meio Ambiente
IBAMA
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Sítio Burle Marx (Rio de Janeiro)
www.sbau.com.br
www.arvore.com.br
www.google.com.br
www.rio.rj.gov.br/fpj
www.mma.gov.br
www.ibama.gov.br;www.planalto.gov.br
www.jbrj.gov.br
www.iphan.gov.br/bens/robertoburlemarx
www.burlemarx.com.br
www.via-rio.com.br/artcult/mburle.html