Sem meditação, onde está a paz? Sem paz, onde está a felicidade? Bhagavad-Gita A Canção do...

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“Sem meditação, onde está a paz?

Sem paz, onde está a felicidade?”

Bhagavad-Gita

A Canção do Supremo

“De todas as pegadas,

a do elefante é a suprema.

De todas as meditações,

a da morte é a suprema.”

Ditado Budista

“Ver um mundo em um grão de areia

William Blake

(1757–1827)

e um céu numa flor silvestre,

segurar o infinito na palma da mão

e a eternidade em uma hora.”

Correm continuamente os rios

em direção ao Mar...

- Fragrâncias Eternas -

Ninguém escolheu o dia em que veio ao mundo,nem nos é dado conhecer a data em que seremos chamados a deixar o mundo para trás e partir...

O oleiro trabalha a sua matéria-prima.

Por quanto tempo ainda terão força as suas mãos, para amassar a argila, moldá-la e levá-la ao forno?

Quem responderá...?

O nascimento e a morte constituem os maiores mistérios da VidaMomentos decisivos da existência

Por ocasião da morte, uma série das nossas atuais perguntas será respondida.

Mas a morte também apresentará as suas próprias perguntas, que na hora decisiva deverão ser respondidas...

Nascemos, e poucas décadas depois, somos chamados a partir.

Perguntar-nos-á a morte:

Qual a obra realizada pelas tuas mãos?

Quais os campos que cultivaste,

os prados que araste,

as sementes que espalhaste

nesta vasta terra?

Cultivaste flores no canteiro da tua alma,

regaste de ternura teus sentimentos mais profundos?

Estendeste a mão ao necessitado,

levantaste do chão o

caído?

Ao partir, deixaste para trás sementes

bem plantadas, a florescer,

a frutificar...?

Perguntar-nos-á a morte:

Quais as veredas que os teus pés

trilharam?

Foram as veredas da justiça, da compaixão, da purificação, e

do perdão?

Caminhaste em direção ao oprimido, ao humilhado,

ao excluído,

de modo a poder ouvir as suas histórias e,

quem sabe, ajudar a mitigar a sua dor?

Nas veredas do mundo,

quantas vezes caíste, e por quantas vezes te

levantaste?

Durante as tuas quedas,

foste capaz de reconhecer a

fragilidade humana...

...deixando vir à luz o barro quebradiço do qual eras feito,

que te revelava a todo instante que não eras

invulnerável, nem onipotente?

Somente acolhendo à nossa fragilidade,

descobriremos os mistérios que a existência encerra,

e encontraremos as forças necessárias para

continuar a nossa caminhada em direção

àquilo que enche a nossa vida de sentido

e de significado.

E continuará a morte com as suas perguntas:

Como foi que cuidaste dos teus

olhos, - as janelas da tua alma?

Quão fiel foste à seguinte passagem:

“O olho é a luz do

corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será

iluminado.”

Jesus Cristo

“Se podes olhar, vê.

Se podes ver, repara.”

Livro dos Conselhos

A quantas andam os teus sentimentos mais profundos?

As mais íntimas fibras do teu coração,

em que estado se encontram?

“Bem-aventurados

Jesus Cristo

os puros de coração...”

O tempo de se plantar já passou,

as estações seguem-se umas às outras, sem volta.

E nos recordará a morte:

É chegada a hora da

colheita.

Ações têm

conseqüências.

E ela prosseguirá com suas perguntas, simples e diretas.

As mesmas perguntas que, por vezes, a nossa alma nos faz, mas que muitas vezes relegamos

ao esquecimento,

ocupados demasiadamente com as miudezas do dia-a-dia.

“Saber morrer é a maior façanha”,

Antes dele, o pensador romano Sêneca já afirmava:

“Viverá mal quem quer que

não souber morrer bem.”

ensinava Pe. Antonio Vieira.

O nascimento e a morte, - a chegada e a partida -, são dois conceitos

inseparáveis.

Quem medita sobre a morte necessariamente medita sobre

o significado da vida.

E o que vem a ser mesmo a vida...?

Breve é a nossa passagem por este mundo físico.

Somos todos passantes, passageiros, peregrinos,

viajantes pelas estradas da vida.

Ocupamos por um breve tempo um lugar nos vagões da existência.

A primeira estação, a do

embarque, é o

nascimento.

A última estação se chama Eternidade.

Entre uma e outra estação, acompanhamos a paisagem em

movimento através da janela.

Os campos que se

estendem para

lá do horizonte.

Em torno das casinhas, as crianças brincam,

enquanto os velhos tomam o seu banho de sol matinal.

Embarcamos sem nenhuma bagagem, e desembarcaremos sem nada,

salvo o que tivermos no coração.

O sol e a chuva, o frio e o calor, tudo passará, salvo o amor...

É o amor que faz o

mundo girar.

Diz-se que a paisagemé um estado de alma...,

...e que a paisagem de fora,a vemos com os olhos de dentro.

A quantas anda a minha alma,o que é que vejo quando olho

a paisagem através da janela?

Durante a nossa breve existência terrena,

escrevemos as nossas histórias sobre a areia.

Histórias que serão lembradas por

algum pouco tempo, antes de serem

lavadas por completo pelas ondas do mar

da vida.

Quantos há que já partiram,

Quantos há que ainda nascerão...?

Os avôs dos teus tataravôs, como se

chamavam?

Que causas abraçaram,

quantos amores tiveram?

Se pudessem, neste exato instante,

mão no teu ombro e olhos nos teus olhos,

dirigir-te algumas palavras, quais

elas seriam?

E os netos dos teus bisnetos,

que nomes terão?

quantos serão,

Que causas abraçarão,

quantos amores terão?

Histórias escritas nas areias do tempo,

à espera das ondas do

mar.

As cores e as formas do mundo externo

são ilusórias,

tão vazias e efêmeras quanto bolhas de sabão.

Quão ínfima é a fatia de tempo que nos é

destinada.

Não convém que nos apeguemos em

demasia à matéria.

Essencial é refletir sobre a Eternidade, e sobre como acumular

bens eternos.

Como posso aproveitar os meus

breves dias, enquanto passageiro do tempo,

para aperfeiçoar a pura essência que em

mim habita,

- o meu coração, a minha alma?

Ver um mundo em

um grão de areia,segurar o infinito na

palma da mão...

Como transportar para o campo da ação a quinta-

essência da mensagem cristã...?

amar

compa artilhar

Partilhar, bens materiais e

espirituais.

nos aproximamos do nosso centro interior,

do nosso eixo essencial;

Por meio do acolhimento e da partilha,

entramos em contato com a vida que não

morre em nós.

Tomamos consciência do Ser que está sempre

aqui, que habita no íntimo de cada um de nós.

Vemos, com os olhos do coração, o Invisível,

ouvimos o Inaudível,

e estendemos a mão em direção ao Intangível...

Permanecer aberto às

Fragrâncias Eternas

difundidas pelo

vento, que nos proporcionam momentos

de claridade, e nos permitem

captar alguns vislumbres

da Eternidade...

“Proferir palavras agradáveis,

da Doutrina de Buda

sem a prática das boas ações,

é como uma linda flor sem fragrância.”

“Não está longe o dia em que ireis

estar face a face com Deus,

Profeta Mohammad

e Ele vos chamará para prestardes contas

das vossas ações neste mundo.”

“Chegará o dia em que

uns rostos

resplandecerão e

outros se ensombrecerão.” Sagrado Alcorão

“O Espírito do Senhor é sobre mim,

pois que me ungiu para evangelizar

os pobres, enviou-me a curar

os quebrantados do coração...”

Jesus Cristo

“A apregoar liberdade aos cativos,

e dar vista aos cegos;

a pôr em liberdade os oprimidos;

a anunciar o ano aceitável ao Senhor.”

Bhagavad-Gita

“O Senhor mora no coração de toda criatura.

Refugia-te completamente n’Ele.

Por Sua graça, encontrarás

a paz

suprema...”

“Ó Amigo,

Bahá’u’lláh

No jardim de teu coração

nada plantes

salvo a rosa do amor...”

Formatação: um_peregrino@hotmail.com

Tema musical: Hawaiian Wedding Song,

Charles King

Histórias escritas, nas areias do tempo...