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Sermão
29 de Agosto de 2014 | www.exegesebiblia.blogspot.com.br p. 1
APRENDENDO A LIDAR COM A CULPA
Tema: Justificação pela fé
CONTEXTO
Estudo realizado com 268 mulheres, com idade média de 29 anos,
avaliou o risco de suicídio em gestantes de alto risco em um hospital
universitário de São Paulo, durante o período de um ano. O resultado
da pesquisa mostrou que uma das causas que levariam alguém da
população entrevistada a ocasionar a própria morte era a culpa.
— Benute, G.R.G. et al. Rev. Assoc. Med. Bras., v. 57, n. 5, 583-587, 2011
DESENVOLVIMENTO
I. FONTE DE CULPA
“E, se alguma pessoa pecar e fizer contra algum de todos os
mandamentos do SENHOR aquilo que se não deve fazer, ainda
que o não soubesse, contudo, será culpada e levará a sua
iniquidade.” (Levítico 5:17)
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1. A palavra “culpada” em Levítico 5:17 vem do hebraico
“'asham” (Strong n.° H816), um verbo usado muitas vezes para
descrever o resultado do pecado, ou seja, a culpa diante de
Deus.
2. A culpa surge como consequência da prática do pecado, pois
“todo aquele que pratica o pecado também transgride a
lei, porque o pecado é a transgressão da lei.” (1 João 3:4).
Quer a pessoa tenha consciência da existência da lei de Deus
ou não. A ignorância não remove a culpa. Procurar desculpas
para nosso pecado também não remove a culpa.
3. Davi sentiu a culpa pelo pecado com Bate-Seba quando o
profeta Natã expôs seu pecado secreto (2 Samuel 12:1-10),
quando ele escreveu o Salmo 51:
“Lava-me completamente da minha iniquidade e
purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as
minhas transgressões, e o meu pecado está sempre
diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei,
e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas
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justificado quando falares e puro quando julgares.”
(Salmos 51:2-4).
4. “Sentimento de culpa [...]tende a consumir as forças vitais, e
a convidar a decadência e a morte.”
— Ellen G. White. Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 451.
II. LIVRES DA CULPA
“Pela misericórdia e pela verdade, se expia a culpa; e pelo temor
do SENHOR os homens evitam o mal.” (Provérbios 16:6)
1. A palavra traduzida por “expia” no texto acima em hebraico
é “kaphar” (Strong n.° H3722) e é uma palavra de suprema
importância teológica no Antigo Testamento e essencial para
o entendimento de como ocorre o perdão dos pecados. Em
seu nível mais básico, a palavra transmite a noção de cobrir,
mas não no sentido de ocultação. Antes, sugere a imposição
de algo para modificar sua aparência ou natureza.
2. As pessoas se reconciliam com Deus, por causa de seus
pecados, mediante a interposição de alguma coisa que
aplaque a parte ofendida (neste caso o SENHOR) e cubra os
pecadores com justiça. No Antigo Testamento, o sangue dos
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sacrifícios era evidentemente imposto. Por esta imposição o
pecador era limpo de seus pecados e de sua culpa.
3. Naturalmente, “é impossível que o sangue de touros e de
bodes remova pecados” (Hebreus 10:4), mas com a vinda de
Cristo e a imposição de Seu sangue derramado, fez-se perfeita
expiação.
4. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo
fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo
seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós,
quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante
a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados,
seremos salvos pela sua vida;” (Romanos 5:8-10)
5. Jesus não encobre nosso pecado no sentido de fazer de
conta que eles não existem, mas Ele não nos condena, pois
“Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”
(1Tm 1:15) e os levar ao “arrependimento para remissão de
pecados” (Lucas 3:3).
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6. “Culpas nos paralisam, arrependimentos não, ele nos lançam
para frente e nos ajudam a corrigir os erros cometidos”.
— Pe Fabio de Melo. Música “O Caderno”
7. Zacarias 3:1-5 nos explica como a nossa culpa é coberta
pela graça de Cristo Jesus, pois “por um só ato de justiça,
veio a graça sobre todos os homens para a justificação que
dá vida” (Romanos 5:18).
8. “Satanás está a sua direita, como antagonista. Acusa os filhos
de Deus e faz seu caso parecer tão desesperador quanto
possível. Expõe ao Senhor seus pecados e faltas. Aponta seus
erros e fracassos, esperando que pareçam aos olhos de Cristo
num caráter tal, que não lhes prestará auxílio em sua grande
necessidade.
[Você] está sob condenação, cingido de vestes imundas.
Consciente dos [seus] pecados [...], está opresso de desânimo.
Satanás carrega sua alma com um sentimento de culpa que o
faz sentir-se quase sem esperança.”
— Ellen G. White. Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 453
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CONCLUSÃO
“Esse sentimento de culpa tem de ser deposto aos pés da cruz
do Calvário. O senso de pecaminosidade envenenou as fontes
da vida e da verdadeira felicidade. Agora Jesus diz: Depõe tudo
sobre Mim. Eu levarei teu pecado. Dar-te-ei paz. Não destruas
por mais tempo teu respeito próprio, pois Eu te comprei com
o preço do Meu próprio sangue. Tu és Meu, tua vontade
enfraquecida Eu fortalecerei; teu remorso pelo pecado Eu
removerei.
Portanto volve teu grato coração, tremendo de incerteza, e
lança mão da esperança posta a tua frente. Deus aceita teu
coração quebrantado e contrito. Ele te oferece livre perdão.
Oferece-Se para te adotar em Sua família, e dá Sua graça para
ajudar tua fraqueza, e o amado Jesus te conduzirá passo a
passo, se tão-somente puseres tua mão na dEle e te entregares
a Sua guia.”
— Ellen G. White. Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 451