Post on 11-Nov-2018
Sistemas de segurança sobre IP:
vantagens e limitações para o utilizador
NFPA-APSEI FIRE & SECURITY 2012
PROGRAMA
Protocolo IP
Tecnologia IP – Sistemas
◦ Sistemas Automáticos de Detecção de Incêndio – SADI
◦ Sistemas Automáticos de Detecção de Intrusão – SADIR
◦ Sistemas Automáticos de Controlo de Acessos – SACA
◦ Sistemas de Vídeo Vigilância – CCTV
◦ Sistemas de Gestão Técnica Centralizada – GTC
PROGRAMA
Integração de Sistemas
◦ Conceito BMS
Tecnologia IP – Integração
Integração – Exemplos
PROTOCOLO IP
Apesar dos primeiros estudos e documentos relativos à
interligação entre computadores em diversos pontos de uma rede
remotarem a 1961, só em 1969 foi criada pelo Departamento de
Defesa dos Estados Unidos a primeira rede.
Considerada como a primeira versão da internet, esta rede,
originalmente chamada ARPANET, permitiu efectuar a primeira
interligação entre diversos computadores.
PROTOCOLO IP
Devido à exigência da implementação deste tipo de solução com
base num ambiente de redes de arquitectura aberta, houve
necessidade de criar um protocolo de comunicação com código de
controlo de erros, a que foi dado o nome de TCP/IP Transmission
Control Protocol / Internet Protocol.
O protocolo de comunicação IP tornou-se assim no método
utilizado para garantir a transmissão de dados entre diversos
periféricos numa rede informática.
PROTOCOLO IP - SISTEMAS
O desenvolvimento dos sistemas de segurança electrónica e
gestão técnica, o crescimento da tecnologia digital e à proliferação
das redes informáticas têm permitido uma convergência muito
acentuada das diversas soluções de gestão de segurança
electrónica ao mundo digital, nomeadamente através da utilização
do protocolo de comunicação IP.
Através do IP que é cada vez mais uma tecnologia transversal e
comum às diversas soluções, é possível garantir a comunicação
bidireccional entre os diversos sistemas.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO
Devido à complexidade e à importância dos Sistemas Automáticos
de Detecção de Incêndios e Gás é imperativo garantir o seu
funcionamento em contínuo sem nenhum tipo de falhas. Por esta
razão estes sistemas não podem ficar dependentes de qualquer
problema que possa ocorrer na rede de transmissão.
Assim sendo, a utilização da tecnologia IP só é aplicada para
acesso remoto e para permitir a comunicação com uma plataforma
de gestão e para a integração com outros sistemas.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO
VANTAGENS
Possibilidade de acesso remoto;
Disponibilização de interface gráfico mais intuitivo e user friendly;
Agilização dos processos de integração com outros sistemas,
nomeadamente sistemas de controlo de acessos, sistemas de
vídeo vigilância, sistemas de gestão técnica.
LIMITAÇÕES
Custo do interface IP;
Impossibilidade de despoletar acções a partir de aplicações
externas devido a normativas legais.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE DETECÇÃO DE INTRUSÃO
Devido ao custo reduzido dos diversos componentes que fazem
parte dos Sistemas Automáticos de Detecção de Intrusão, a
adopção de interfaces IP nos componentes destes sistemas
implicaria um custo muito elevado, pelo que actualmente, e de
forma semelhante aos sistemas automáticos de detecção de
incêndios, a utilização de transmissão IP só é realizada para
efeitos de acesso remoto e para comunicação entre a central
principal e a plataforma de integração.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE DETECÇÃO DE INTRUSÃO
VANTAGENS
Capacidade de acesso remoto;
Disponibilização de interface gráfico mais intuitivo e user friendly;
Agilização dos processos de integração com outros sistemas,
nomeadamente sistemas de controlo de acessos, sistemas de
vídeo vigilância;
LIMITAÇÕES
Custo de interface IP comparativamente com o custo dos
sistemas;
Inexistência de interfaces IP por parte de alguns fabricantes.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE CONTROLO DE ACESSOS
Relativamente aos Sistemas Automáticos de Controlo de Acessos
nos últimos tempos tem vindo a aumentar cada vez mais a
utilização da tecnologia IP, em deterimento da comunicação
através de RS-485, tornando os sistemas descentralizados e
possibilitando o acesso e o controlo remoto.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE CONTROLO DE ACESSOS
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE CONTROLO DE ACESSOS
VANTAGENS
Possibilidade de integração directa de periféricos de diversos
fabricantes;
No caso da existência de uma rede Ethernet a ligação é feita
directamente sem a necessidade de outros dispositivos;
Possibilidade de utilização da infra-estrutura de rede para ligação
de periféricos e/ou controladores tornando os sistemas
descentralizados;
VANTAGENS
Não existe limitação no número de dispositivos, ao contrário da
comunicação por RS-485;
Possibilidade de acesso remoto e comunicação com plataformas
de integração;
Agilização dos processos de integração com outros sistemas,
nomeadamente sistemas de vídeo vigilância.
LIMITAÇÕES
Sistema fica dependente dos problemas inerentes à rede,
nomeadamente, falhas e atrasos;
Limitação de 100 metros na distância entre os dispositivos e os
switchs quando se usar ligação através de cabo de cobre;
Vulnerabilidades ao nível da segurança das redes.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE VÍDEO VIGILÂNCIA
É nos Sistemas de Vídeo Vigilância que a adopção da tecnologia
IP se tem tornado mais notória permitindo a utilização de infra-
estrutura da rede para ligação de periféricos (câmaras, encoders,
decoders), equipamentos de gravação (DVRs, HVRS, NVRs),
equipamentos de gestão e operação (workstations, consolas de
operação) e de dipositivos analógicos (matrizes, multiplexers) com
suporte em inúmeras soluções de comunicação incluindo sistemas
wireless, como por exemplo: Links Laser, Microwave, Wi-Fi,
Wimax, GPRS, EDGE, UMTS, etc.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE VÍDEO VIGILÂNCIA
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE VÍDEO VIGILÂNCIA
VANTAGENS
Utilização de sensores de captação de imagens (CMOS -
complementary metal-oxide semiconductor) em vez dos sensores
normalmente utilizados nas câmaras analógicas (CCD – charge-coupled
device) e que permitem uma melhoria na captura de movimentos e na
captura de imagens em condições de luminosidade adversas,
nomeadamente situações de baixa luminusidade e condições extremas
de contra-luz;
Possibilidade de utilização de sensores térmicos de elevada resolução
para aplicações em condições extremas e/ou sem iluminação;
VANTAGENS
Sensores com tecnologia megapixel que permitem a visualização de
imagens com uma resolução muito superior às resoluções das câmaras
analógicas (podendo atingir valores superiores a 25 MP) permitindo que
uma única câmara megapixel possa substituir diversas câmaras
analógicas;
Utilização de um único cabo para transmissão de imagem, som, dados
(telemetria e alarmística) e alimentação (através da norma PoE), ainda
que com limitações ao nível da distância entre as câmaras e os switchs;
VANTAGENS
Capacidade de utilização de algoritmos avançados de análise de
vídeo directamente na câmara ou nas plataformas de gestão
como sejam:
◦ Determinação automática de acções de sabotagem;
◦ Contagem de pessoas e objectos;
◦ Identificação de objectos removidos e/ou abandonados;
◦ Seguimento automático de pessoas;
◦ Detecção avançada de movimento com estudo do meio ambiente;
◦ Reconhecimento facial, caracteres, objectos, matrículas;
◦ Detecção de fumo, chama, incêndio.
VANTAGENS
Possibilidade de gravação local das imagens em dispositivo
digital, normalmente através da utilização de memória amovível,
permitindo salvaguardar as gravações mesmo em situações de
falha na rede de transmissão ou no sistema de gestão/gravação;
Total flexibilidade para reposicionar e reajustar a localização dos
equipamentos ou até mesmo adicionar novos equipamentos de
uma forma simples e sem custos elevados devido à possibilidade
de ligação a qualquer interface da rede;
Possibilidade de criação de sistemas redundantes;
LIMITAÇÕES
Ainda que a vídeo vigilância seja a área da segurança electrónica
em que a tecnologia IP possa estar mais bem implementada,
existem ainda diversas limitações devido às diferentes
especificações utilizadas por cada fabricante, no entanto e á
imagem do que acontece com os equipamentos de controlo de
acessos onde é utilizado maioritriamente o protocolo Wiegand,
para a vídeo vigilância foi criada a especificação Onvif que
permitirá harmonizar a comunicação entre os diversos
dispositivos dos sistemas de vídeo vigilância.
LIMITAÇÕES
Limitações na capacidade da largura de banda da rede;
Sistema fica dependente dos problemas inerentes à rede,
nomeadamente, falhas e atrasos;
No caso da inexistência de uma rede Ethernet obriga a um
investimento significativo na infra-estrutura;
Limitação de 100 metros na distância entre os dispositivos e os
switchs quando se usar ligação através de cabo de cobre;
Vulnerabilidades ao nível da segurança das redes.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE GESTÃO CENTRALIZADA
Os Sistemas de Gestão Técnica Centralizada permitem a gestão e
supervisão de diversas sub-sistemas, como sejam:
Sistemas de iluminação;
Sistemas de aquecimento e ar condicionado;
Sistemas de ventilação;
Sistemas de energia.
A utilização da tecnologia IP associada aos protocolos de gestão
técnica (LONWORKS, BACNET, MODBUS) permite potenciar a
integração e interacção entre os diversos sub-sistemas e
dispositivos.
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE GESTÃO CENTRALIZADA
TECNOLOGIA IP – SISTEMA DE GESTÃO CENTRALIZADA
VANTAGENS
Possibilidade de utilização da infra-estrutura de rede para ligação
de periféricos e/ou controladores tornando os sistemas
descentralizados;
Capacidade de integração com plataforma de gestão e operação;
Total flexibilidade para reposicionar e reajustar a localização dos
equipamentos ou até mesmo adicionar novos equipamentos de
uma forma simples e sem custos elevados devido à possibilidade
de ligação a qualquer interface da rede;
LIMITAÇÕES
Para alguns protocolos existe a necessidade de utilização de
gateways e/ou desenvolvimento de aplicações para permitir uma
interligação IP;
Limitação de 100 metros na distância entre os dispositivos e os
switchs quando se usar ligação através de cabo de cobre;
Vulnerabilidades ao nível da segurança das redes.
INTEGRAÇÃO
A palavra integrar do latim integrare, significa conjungar.
A palavra poderá ter diversos conteúdos:
Sociológico: Integração Social, Racial;
Económico: Integração Económica;
Educacional: Integração Educacional;
Matemático: Conceito de Cálculo, Integrais, etc.
INTEGRAÇÃO
Em engenharia quando nos referimos a Sistemas podemos definir
como um conjunto de práticas/acções de modo a construir um
grande e complexo sistema a partir de diversos sistemas mais
simples (menos complexos), comummente designados por sub-
sistemas de modo a desenvolver um conjunto de acções coerentes
e contínuas, tendo em vista um objectivo previamente definido.
INTEGRAÇÃO
Devido à cada vez maior complexidade das instalações (edifícios
residenciais ou comerciais, túneis, infra-estruturas rodoviárias e
ferroviárias) e à consequente exigência dos sistemas de gestão e
controlo, nomeadamente dos sistemas de segurança têm se
tornado cada vez mais necessária a existência de uma plataforma
com capacidade para a integração de todos estes componentes
essenciais ao correcto funcionamento da instalação.
Hoje em dia este tipo de soluções permite a integração de diversos
sub-sistemas, onde se destacam:
Sistema Automático de Detecção de
Intrusão
Sistemas de Vídeo Vigilância
Sistema de Telecomunicações
Sistemas de Gestão Técnica
Centralizada
Sistema Automático de
Controlo de Acessos
Sistema Automático de Detecção de
Incêndio
INTEGRAÇÃO
Gestão Técnica Global de Edifícios (BMS)
Objectivos:
Optimização da gestão e operacionalidade do edifício;
Controlo dos sistemas;
Controlo de custos de exploração;
Optimização do funcionamento e segurança;
Redução dos gastos energéticos;
Possibilidade de operação local ou remota de qualquer ponto da
rede.
Sistemas típicos de um edifício
Iluminação
Aquecimento
Climatização
Ventilação
Persianas
Toldos
Detecção de
Movimento
Luz
Solar Tempo Equip.
Habitação
Câmaras
Vídeo Intrusão Portas
Janelas
Energia Incêndio Pânico
Sistemas típicos de um edifício
Persianas Toldos Luz Solar
Pânico Incêndio
Iluminação
- Controlo da Luminosidade e respectiva eficiência; - Deslastre e/ou racionalização dos circuitos de iluminação;
- Gestão da ocupação de diferentes espaços do edifício.
Aquecimento Ar Condicionado Ventilação
- Controlo do conforto de um espaço de lazer ou de trabalho; - Optimização dos gastos energéticos na sua obtenção.
- Aproveitamento da luz natural para a eficiente gestão da iluminação artificial;
- Gestão da exposição solar em função da temperatura de climatização interior pedida.
Presença/Mov. Portas Intrusão
- Gestão do controlo de acessos; - Gestão da segurança do edifício;
- Vídeo vigilância (CCTV).
Tempo Energia
- Gestão horária de diferentes cargas para os diferentes períodos de funcionamento e de tarifa;
- Medição dos diversos consumidores (água, gás, electricidade, energia entálpica,…).
- Detecção de Incêndio; - Gestão do edifício em caso de Emergência.
Câmaras
VANTAGENS
A integração só por si representa a principal mais valia da
utilização da tecnologia IP no sistemas de segurança e gestão
técnica.
Através do uso da tecnologia IP para a realização da integração
dos diversos sub-sistemas é possível dar o passo em frente e
aumentar significativamente as mais valias da integração.
VANTAGENS
Garantir a integração de sistemas de diferentes fabricantes,
ultrapassando a dificuldade inerente aos sistemas analógicos e
proprietários normalmente fechados a um único fornecedor;
Possibilidade de acesso remoto à plataforma, por exemplo
através de acesso Web;
Possibilidade de integração de novos sub-sistemas, por exemplo
sub-sistemas de alimentação, sub-sistemas de gestão inteligente
de energia;
VANTAGENS
Garantia da interacção entre os diversos sistemas com uma única
base horária e temporal através de sincronismo horário;
Fácil ampliação, alteração ou substituição da totalidade ou de
parte de um dos subsistemas.
VANTAGENS
Capacidade de gestão de todos os sistemas com uma única
aplicação
VANTAGENS
Configuração dos diversos sub-sistemas de uma forma intuitiva e
centralizada
VANTAGENS
Utilização de interfaces gráficos intuitivos e de fácil operação
VANTAGENS
Apresentação de informação completa e em tempo real
VANTAGENS
Gravação de todas as acções associadas aos diversos sub-
sistemas para posterior análise e emissão de relatórios
Capacidade de operação local e remota através da Web e/ou
dispositivos móveis
LIMITAÇÕES
No caso da inexistência de uma rede Ethernet obriga a um
investimento significativo na infra-estrutura;
Limitação de 100 metros na distância entre os dispositivos e os
switchs quando se usar ligação através de cabo de cobre;
Vulnerabilidades ao nível da segurança das redes;
Limitação de integração de alguns equipamentos devido à
indisponibilidade de ferramentas de integração por parte de
alguns fabricantes;
Sistema fica dependente dos problemas inerentes à rede,
nomeadamente, falhas e atrasos.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO DISPENSADA