SOCIOLOGIA 2º ANO PROF. DÁRIO PINHEIRO PROF. JOSINO ... 11.pdfradioatividade, as toxinas e...

Post on 19-Jan-2021

15 views 0 download

Transcript of SOCIOLOGIA 2º ANO PROF. DÁRIO PINHEIRO PROF. JOSINO ... 11.pdfradioatividade, as toxinas e...

SOCIOLOGIA PROF. DÁRIO PINHEIRO

PROF. JOSINO MALAGUETA2º ANOENSINO MÉDIO

Unidade IIIO meio ambiente e as ações humanas

CONTEÚDOS E HABILIDADES

2

Aula 6.1ConteúdoSociedade de risco

CONTEÚDOS E HABILIDADES

3

HabilidadeReconhecer a sociedade industrial moderna como sendo de alto risco para o meio ambiente e para si mesma.

CONTEÚDOS E HABILIDADES

4

• Relações sociais com o meio ambiente: o ser humano e o meio ambiente.

• Ser humano X natureza: uma relação de dominação. • Correntes Ambientalistas: Preservacionismo versus

Conservadorismo. • Corrente Preservacionista e Conservadorista - atuação

no Brasil.

REVISÃO

5

• O alerta científico sobre as relações ser humano/natureza.

• Clube de Roma (1972). • Modernização, transformação social e justiça ambiental.

REVISÃO

6

As Ciências e o meio ambiente

• Segundo Kumar Menon, 1992, o avanço da ciência e da tecnologia deve ser considerado um dos mais extraordinários empreendimento da humanidade atualmente;

Foto do Arquivo DH.

AULA

7

• O mundo material que podemos observar é “[...] um resultado direto do intenso progresso científico em larga escala e da aplicação cada vez mais rápida do conhecimento e das descobertas resultantes, obtidas por meio do desenvolvimento da tecnologia”;

• O progresso da ciência e da tecnologia possibilitou o surgimento da indústria moderna, propiciando crescer a oferta de alimentos e equipamentos médicos, vacinas e medicamentos, aumentando consideravelmente a população mundial.

AULA

8

As Ciências e o meio ambiente • “Os altos padrões de consumo junto com as aspirações

da humanidade em continuar neste modelo de desenvolvimento, e as altas taxas de crescimento populacional constituem as duas matrizes da pressão sobre o ambiente”;

• Os problemas vividos hoje advêm do modo pelo qual os avanços da ciência e tecnológicos foram utilizados.

AULA

9

Sociedade de Risco

AULA

10

Sociedade de Risco • Usa-se o termo sociedade de risco para descrever

o modo como a sociedade moderna se organiza em resposta ao risco;

• Ulrich Beck, sociólogo alemão, utilizou o termo no livro “Sociedade de Risco: Rumo a uma Outra Modernidade” (1986), onde descreve as origens e as consequências da degradação ambiental no centro da sociedade moderna;

PREVIEWAULA

11

• A sociedade está submetida a riscos iminentes como conflitos armados, catástrofes ambientais, epidemias, violências de toda ordem [...];

• Os riscos são cada vez mais presentes em nosso cotidiano;

• “[...] designa, ao mesmo tempo, tanto um perigo potencial quanto sua percepção e indica uma situação percebida como perigosa na qual se está ou cujos efeitos podem ser sentidos”.

PREVIEWAULA

12

Sociedade de risco - percepção de Ulrich Beck • “[...] defende a ideia de que a modernidade (considerada

por muitos como pós-modernidade) passa por um momento de ruptura histórica, assim como ocorreu na passagem da sociedade feudal para a industrial”;

• Essa ruptura afastou a modernidade da sociedade industrial clássica, fazendo surgir a sociedade industrial do risco;

AULA

13

• Segundo Beck, pode-se observar dois momentos na modernidade: a modernização da tradição (ou modernização simples) e modernização da sociedade industrial (ou modernização reflexiva);

• Apesar de ser uma ruptura profunda, a modernidade não corre o risco de desaparecer como aconteceu na ruptura do feudalismo para a sociedade industrial, a modernidade vai se adaptando, se reconfigurando.

AULA

14

Sociedade de risco - percepção de Ulrich Beck • Num segundo momento “os riscos sociais, políticos,

econômicos e industriais tomam proporções cada vez maiores, escapando da alçada das instituições de controle e proteção da sociedade industrial;

• Para o autor, os problemas da sociedade de risco são consequência do avanço técnico-econômico;

• O processo de modernização volta-se para ela mesma como problemas, é reflexivo.

AULA

15

Foto de Fizkes/SHUTTERSTOCK.

AULA

16

Sociedade de risco - a quebra de paradigmas • Elementos centrais da sociedade industrial, que Beck

chama de clássica, como família, casamento perdem sua centralidade;

• Mudanças profundas no que se refere às questões de gênero impõem ao homem e à mulher a necessidade de fazer escolhas entre a família e o trabalho, se arriscando à possibilidade de fazer as escolhas erradas;

• O indivíduo começa a ocupar lugar de destaque em relação a todas as esferas da organização social;

PREVIEWAULA

17

Foto reprodução/PHOTOUNIAN

Beck - a noção de risco • Cinco teses:

○ Primeira: “como os riscos são produzidos nos estágios mais avançado da produção, eles não são perceptíveis aos seres humanos em um primeiro momento, como a radioatividade, as toxinas e poluentes encontrados no ar, na água e nos alimentos”;

PREVIEWAULA

19

Foto reprodução/PETERCHEMICAL.

Beck - a noção de risco • Cinco teses:

○ Segunda: “com a distribuição e o incremento dos riscos, surgem situações de ameaça que ignoram classes sociais e distribuição de riquezas e podem atingir quem foi responsável pela sua produção e como auferiu lucro. Trata-se do chamado ‘efeito bumerangue’”;

PREVIEWAULA

21

Foto reprodução/BRASILALEMANHANEWS.

Beck - a noção de risco • Cinco teses:

○ Terceira: “afirma que a expansão dos riscos não altera a lógica capitalista do desenvolvimento, já que, para os economistas, o crescimento econômico é indispensável para a saciedade das necessidades humanas”;

PREVIEWAULA

23

Imagem reprodução/INTERNET.

Beck - a noção de risco • Cinco teses:

○ Quarta: “não obstante a quantidade de riqueza acumulada, os riscos afetam toda a civilização”;

PREVIEWAULA

25

Foto de Halfpoint/SHUTTERSTOCK.

AULA

26

Beck - a noção de risco • Cinco teses:

○ Quinta: riscos são socialmente reconhecidos, já que discussões como a defesa do meio ambiente começaram a emergir e exigem o combate às causas da degradação no próprio processo de industrialização.

PREVIEWAULA

27

Anthony Giddens - a sociedade de risco na visão dos clássicos

• Relendo os clássicos, Giddens observa que nem Marx, nem Durkheim e nem Weber trataram da questão dos danos ambientais advindos da modernidade;

AULA

28

• “Marx via a luta de classes como fonte de dissidências fundamentais na ordem capitalista, mas vislumbrava ao mesmo tempo a emergência de um sistema social mais humano”;

AULA

29

Anthony Giddens - a sociedade de risco na visão dos clássicos

• “Durkheim acreditava que a expansão ulterior do industrialismo estabelecia uma vida social harmoniosa e gratificante, integrada através de uma combinação da divisão do trabalho e do individualismo moral”;

AULA

30

• Weber via o mundo moderno como um mundo paradoxal onde o progresso material era obtido apenas à custa de uma expansão da burocracia que esmagava a criatividade e a autonomia individuais;

• Nenhum dos três chegou a prever que o desenvolvimento das “forças de produção” teria um potencial destrutivo de larga escala em relação ao meio ambiente material.

AULA

31

A sociedade de risco na concepção de Anthony GiddensGiddens enumera sete categorias de riscos: 1. Globalização do risco - no sentido de sua intensidade, como, por exemplo, uma guerra nuclear;

Foto de Nopporn/SHUTTERSTOCK.

A sociedade de risco na concepção de Anthony Giddens2. “A expansão da quantidade de eventos contingentes que afetam todos” - ele traz como exemplo os riscos referentes às rápidas mudanças globais nas relações de trabalho;

Foto de KoreaBrand-01/FLICKR.

A sociedade de risco na concepção de Anthony Giddens3. Os riscos provenientes da socialização da natureza - manipulação genética de alimentos, por exemplo, com riscos incalculáveis para a saúde humana;

Foto de H. Hach/Pixabay.

A sociedade de risco na concepção de Anthony Giddens4. Mercados financeiros - podem atingir milhares de pessoas;

Foto de Who is Danny/SHUTTERSTOCK.

A sociedade de risco na concepção de Anthony Giddens5. A certeza de uma sabedoria de existência de risco - incertezas ainda não decifradas no caminho do conhecimento;

AULA

36

A sociedade de risco na concepção de Anthony Giddens6. A “consciência bem distribuída do risco” - explicada a partir de duas justificativas: permanência constante de um certo grau de controvérsia sobre as informações dadas e um bombardeamento de informações que dificultam um alarde em resposta a qual risco anunciado que seria pior;

Foto de CreativeAngela/SHUTTERSTOCK.

A sociedade de risco na concepção de Anthony Giddens7. Limitações das práticas de perícias - “risco não revelado pelos operadores dessas práticas, pois mesmo para eles nenhum sistema perito pode ser inteiramente perito em termos das consequências da adoção de princípios peritos (Giddens, 1990: 129).

Ilustração reprodução/WIKIHOW.

A sociedade de risco na concepção de Anthony Giddens

• Segundo Giddens, é possível falar de uma real existência do risco socialmente construído;

• A crítica que se fazia à modernidade pela ausência de formas dignas de vida para a maioria das pessoas, hoje é agravada com as revelações dos perigos criados pelos avanços científicos;

AULA

39

• É perceptível o aumento de riquezas materiais na modernidade, porém o aumento da produção de riquezas e sua distribuição, está também embutido os riscos dessas riquezas;

○ carnes contaminadas por conservantes, alimentos contaminados por agrotóxicos.

AULA

40

Questão 01 Na reflexão da sociedade de risco, Giddens enumera sete categorias de riscos. Dentre os quais podemos destacar:I. Limitações das práticas de perícias.II. Riscos de acidentes aéreos sobre os céus do Brasil. III. Os riscos provenientes da socialização da natureza.

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

41

Das alternativas acimas podemos dizer quea) ( ) apenas os itens I e II estão corretos.b) ( ) apenas os itens I e III estão corretos.c) ( ) apenas o item I está correto.d) ( ) apenas o item II está correto.e) ( ) apenas o item III está correto.

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

42

Questão 02 Depois de participar da aula cujo tema foi “A sociedade de risco”, faça um pequeno texto onde apresente pelo menos um argumento do porquê de Beck defender que a modernidade é uma sociedade de risco.

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

43