Stress, Hipertensão Arterial e Qualidade de...

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Stress, Hipertensão

Arterial e Qualidade de

Vida

Lucia E. Novaes Malagris

Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Presidente da Associação Brasileira de Stress

Hipertensão Arterial (SBC, VI Diretrizes de HA,

2010)

Multifatorial Caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Aumenta o risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fataisInquéritos populacionais em cidades brasileiras nos últimos 20 anos apontaram uma prevalência de HAS acima de 30%Tem baixas taxas de controleUm dos principais fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública

Hipertensão Arterial (SBC, VI Diretrizes de HA,

2010)

Medidas não-medicamentosas

Mudanças no estilo de vida são entusiasticamenterecomendadas na prevenção primária da HASMudanças de estilo de vida reduzem a PA bem como a mortalidade cardiovascularHábitos saudáveis de vida devem ser adotados desde ainfância e adolescênciaPrincipais recomendações não-medicamentosas paraprevenção primária da HAS são: alimentação saudável,consumo controlado de sódio e álcool, ingestão depotássio, combate ao sedentarismo e ao tabagismo.

Hipertensão Arterial (SBC, VI Diretrizes de HA,

2010)

Controle do estresse psicossocial

Fatores psicossociais, econômicos, educacionais e o estresse

emocional participam do desencadeamento e manutenção

da HAS. Podem funcionar como barreiras para a adesão ao

tratamento e mudança de hábitos.

Meditação, musicoterapia, biofeedback, yoga, entre outras técnicas de controle do estresse, foram capazes de reduzir discretamente a PA de hipertensos

Stress

“Reação do organismo, com componentes físicos e/ou psicológicos, causada pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando a pessoa se confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite ou confunda, ou mesmo que a faça imensamente feliz”(Lipp, 1985)

Stress e HipertensãoAs alterações fisiológicas associadas ao stress podem estar relacionadas ao aumento da pressão arterial e acredita-se que, quando o stress é frequente, pessoas predispostas à hipertensão podem desenvolver a doença.Estudo longitudinal de 10 anos concluiu que areatividade cardiovascular ao stress agudo tem valorpreditivo no estabelecimento da hipertensão (Carroll,Smith, Shipley, Steptoe, Brunner & Marmot, 2001).

Qualidade de Vida (QV) e Stress

O stress e seus sintomas (físicos e psicológicos) pode interferir na qualidade de vida do indivíduo e uma qualidade de vida deficitária pode levar ao stress, logo a relação é mútua.

STRESS

Qualidade de Vida

Qualidade de Vida x Stress x HipertensãoA hipertensão em si pode ser uma fonte de stress, tanto pelo diagnóstico como pelas consequencias para o dia a dia, e interferir na qualidade de vida

STRESSQualidade de Vida

Hipertensão

Características Presentes em Hipertensos que podem contribuir para prejuizo na QV e para o stress

(Lipp & Rocha, 1996, 2007)

Necessidade de manter controle absoluto sobre tudo ao redor, inclusive sobre as emoções

Alexitimia: dificuldade de perceber emoções enomeá-las;

Características Presentes em Hipertensos que podem contribuir para prejuizo na QV e para o stress

(Lipp & Rocha, 1996, 2007)

Crença de que precisa de ser aceito

Medo de perder o amor e o respeito

Medo de perder o controle da situação se for espontâneo

Características Presentes em Hipertensos que podem contribuir para prejuizo na QV e para o stress

(Lipp & Rocha, 1996, 2007)

Padrão de Comportamento Tipo A

Falta de assertividade

Senso de responsabilidade exagerado

Falta de contato com o que sente no corpo e na mente

Preocupação com a obtenção de metas

O que fazer?

Abordagem deve ser multiprofissional: médico, enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem, psicólogo, nutricionista, educador físico, assistente social, farmacêutico e agente comunitário

Melhorar a QVMelhorar a QV

Papel ativo para o surgimento, manutenção e modificação de comportamentos improdutivos;

Compreensão da relação de compatibilidade entre expectativas e atitudes

Avaliação das vantagens e desvantagens de manter os comportamentos improdutivos e de adquirir comportamentos saudáveis

Melhorar a QVMelhorar a QV

Identificar, dentre as áreas que precisam ser modificadas, aquelas que dependem do nosso controle e aquelas que não dependem.

A importância de investir em ações que estão sob nosso próprio domínio, pois oferecem maior probabilidade de serem bem sucedidas.

Discussão do nível de stress envolvido nas

mudanças e como atenuá-lo;

Melhorar a QVMelhorar a QV

Adotar um número adequado de mudanças para

que não haja sobrecarga;

Trabalhar a maneira de se interpretar as

mudanças para minimizar o impacto na vida da

pessoa.

Melhorar a QVMelhorar a QV

É fundamental investigar as estratégias de coping do indivíduo, pois a QV está diretamente relacionada ao fato da pessoa ter ou não estratégias positivas para lidar com o stress

O trabalho de melhoria de QV passa pelo desenvolvimento de estratégias de coping

O controle do stress para o hipertenso (Lipp & Rocha, 2007)

Aprender o que é stress e reconhecer seus sinais

Tentar identificar as situações que geram tensão e/ou aumento de pressão arterial

Eliminar os estressores possíveis ou se afastar deles; aprender a lidar com o que não pode mudar

O controle do stress para o hipertenso (Lipp & Rocha, 2007)

Fazer uma auto-análise para descobrir se mantém fontes internas de stress

Mudar o modo de pensar estressante, a raiva reprimida, desejo de ter tudo sob controle, necessidade excessiva de que tudo seja justo e de ser amado por todos

Tentar mudar o modo de pensar ou agir que possa ser n ovico e gerador de stress

O controle do stress para o hipertenso (Lipp & Rocha, 2007)

Saber o que causa hipertensão e suas causas

Entender como o stress afeta a pressão arterial

Conhecer o próprio padrão respiratório; evitar hiperventilação e respiração superficial

Aprender técnica de relaxamento

Avaliar o nível de atividade física

Cuidar da alimentação

Importante no Tratamento

Adesão ao tratamento: reforços substitutivos, crenças disfuncionais sobre a doença, sobre o tratamento e os profissionais de saúde

Comportamentos de risco - Estratégias de mudança: conscientização e reestruturação cognitiva; tarefas comportamentais

Importante no Tratamento

Treino de Assertividade

Reestruturação cognitiva de crenças desadaptativas

Padrão de Comportamento Tipo A

Reinterpretação de estressores

Associação Brasileira de Stress

www.abs-2003.0rg.br

Obrigada!