TAQUIARRITMIAS Prof. Claudia Medeiros. Sistema de Condução.

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TAQUIARRITMIASTAQUIARRITMIAS

Prof. Claudia Medeiros

Sistema de ConduçãoSistema de Condução

Frequência intrínseca do coraçãoFrequência intrínseca do coração

Interpretação das Ondas do ECGInterpretação das Ondas do ECG

Perguntas para análise do ECGPerguntas para análise do ECG

• O complexo QRS tem aparência normal ?

• Existe onda P ?

• Qual é a relação entre as ondas P e o complexos QRS ?

TaquiarritmiasTaquiarritmias

• Taquiarritmias Supraventriculares:

Origem Atrial

Origem Juncional

• Taquiarritmias Ventriculares:

• Origem Atrial• taquicardia sinusal• flutter atrial• fibrilação atrial

• Origem Juncional• taquicardia supraventricular por

reentrada nodal• taquicardia supraventricular por

reentrada através de via acessória

Origem Ventricular:

• taquicardia ventricular

• torsades de pontes

• ritmo idioventricular

• fibrilação ventricular

• Conseqüências hemodinâmicas - a tolerância hemodinâmica a tais taquiarritmias depende:

• da freqüência ventricular• da duração do surto• da funcionalidade do VE

• Pode haver comprometimento do enchimento ventricular, com diminuição do DC e PA

TaquicardiaTaquicardia SinusalSinusal

• condição onde verificamos um aumento

na freqüência de despolarização do nó

AS (100 - 150 bpm).

• o mecanismo eletrofisiológico provável

é o aumento da automaticidade normal

do nó AS.

Etiologia:Etiologia:

• resposta fisiológica no recém-nato, em crianças, durante exercício físico e stress.

• induzida pelo álcool, cafeína, fumo,

atropina, adrenalina.

• resposta à febre, hipovolemia, ICC,

estados de alto DC, infecções,

endocrinopatias

Manifestações clínicas:Manifestações clínicas:

• palpitação

• mal-estar geral

• sudorese

• palidez

Eletrocardiograma:Eletrocardiograma:• demonstra onda P com morfologia normal

precedendo cada complexo QRS• intervalo PR compatível com a FC• FC que ultrapassa 100 bpm • Manobra Vagal: a compressão do seio carotídeo produz uma

diminuição transitória na FC

Flutter AtrialFlutter Atrial

• É uma arritmia caracterizada por uma

excitabilidade atrial rápida e regular.

• Rara em indivíduos normais, na maioria das

vezes associa-se a dano do tecido atrial.

Ocorre em qualquer faixa etária, sendo na

infância mais comum que a fibrilação atrial.

• Na maioria das vezes ocorre em portadores de

doença isquêmica sendo observada em 4%

dos casos de IAM.

Manifestações Clínicas:Manifestações Clínicas:

• depende da freqüência ventricular e das

condições cardiocirculatórias do

paciente

• edema agudo de pulmão, hipotensão

arterial, ou choque

• o ritmo cardíaco é regular e a freqüência

cardíaca pode ser igual ou não a

freqüência do pulso

Eletrocardiograma:Eletrocardiograma:

Caracteriza-se por:• ausência de onda P.• freqüência atrial situa-se entre 250 a

350 estímulos por minuto.

Tratamento Tratamento

• MECÂNICO:

cardioverção sincronizada e ablação.

• QUÍMICO:

amiodarona

B-bloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio.

FibrilaçãoFibrilação AtrialAtrial

• É a mais comum das arritmias supraventriculares.

• Caracteriza-se por uma freqüência atrial elevada

(acima de 350 estímulos por minuto) e irregular.

• A gravidade da arritmia é condicionada pela

freqüência ventricular e pela presença ou não de

uma doença cardíaca associada.

Etiologia:Etiologia:

• é uma arritmia observada em cardiopatias

congênitas, na DPOC e na fase aguda do

infarto agudo do miocárdio.

• pode ser precipitada por alcoolismo, stress,

infecção e distúrbios hidroeletrolíticos.

Manifestações Clínicas:Manifestações Clínicas:

• no caso onde a resposta ventricular é rápida, o paciente pode apresentar palpitação, tonteira, desconforto precordial, astenia, além dos sinais e sintomas da cardiopatia em questão.

• os sinais clínicos são característicos: ritmo cardíaco é anárquico. Os batimentos se sucedem em intervalos variados; a freqüência do pulso radial é menor que a frequencia cardíaca.

Eletrocardiograma:Eletrocardiograma:• ausência de onda P.• atividade atrial representada por

ondulações fibrilatórias (onda F).• resposta ventricular irregular.• geralmente os complexos QRS têm

duração normal.

• Fibrilação atrial de alta resposta ventricular

• FC > 100 bpm

• Fibrilaçâo atrial de baixa resposta ventricular

• FC < 100 bpm

• Fibrilaçâo atrial aguda

• Fibrilaçâo atrial crônica

Tratamento da fibrilação atrialTratamento da fibrilação atrial

• MECÂNICO:• Cardioverção elétrica sempre que ocorrer

instabilidade hemodinâmica, iniciar com 100 j.

• QUÍMICO:• Amiodarona• B bloqueador • Bloqueador do canal de cálcio.

Taquicardia supraventricular paroxísticaTaquicardia supraventricular paroxística

Etiologia:• Indivíduos sem doença. cardíaca constituem

50% dos casos de TSVP. Em geral, apresentam história de ingesta de álcool, cafeína, tabagismo.

• Quando associados a cardiopatias as causas mais freqüentes são

• infarto agudo do miocárdio• cardiopatia hipertensiva• embolia pulmonar• DPOC

Manifestações clínicas:Manifestações clínicas:

• geralmente se observam crises de início brusco sem manifestações premonitórias. Podem ocorrer após esforços físicos ou despertar o paciente durante o sono.

• a duração da crise é variável, podendo desaparecer após alguns minutos ou permanecer por horas ou dias.

• durante a crise o paciente poderá experimentar palpitação, sensação dos batimentos arteriais nos vasos cervicais, angústia, fraqueza, . Ao ocorrer em um paciente cardiopata pode desencadear insuficiência cardíaca, levar ao edema pulmonar ou choque cardiogênico. Nos portadores de insuficiência coronariana podemos observar crise anginosa.

Exame físico:Exame físico:

• FC em geral está acima de 160 bpm e o ritmo

cardíaco é sempre regular. A freqüência do

pulso arterial é igual a freqüência cardíaca.

• geralmente os pulsos são de difícil verificação,

dadas as condições precárias do paciente,

agitados e tensos, em plena crise de

taquicardia. O mais acessível de ser

registrado, nessa situação é o pulso carotídeo.

Eletrocardiograma:Eletrocardiograma:

• nesta taquiarritmia a freqüência situa-se entre

140 - 220 bpm.

• a onda P apresenta aspecto diferente da P

sinusal, ou pode não ser vista.

• a condução ventricular tem morfologia e

duração idênticas às do ritmo sinusal, mas em

alguns casos podem ocorrer de forma

aberrante.

Manobra Vagal:• estímulo do seio carotídeo pode

interromper a crise ou não exercer qualquer influência sobre a arritmia.

Tratamento da TSVPTratamento da TSVP

• MECÂNICO:• Manobra vagal

• QUÍMICO:• Adenosina• B bloqueador• Bloqueador do canal de cálcio

TAQUICARDIA VENTRICULARTAQUICARDIA VENTRICULAR

• Se caracteriza pela presença de três ou

mais batimentos ectópicos de origem

ventricular a uma freqüência maior que

100 bpm.

• Pode gerar grave comprometimento

hemodinâmico ou degenerar em uma

fibrilação ventricular.

ETIOLOGIA• Sua presença em geral implica em importante dano

estrutural do coração. A maioria dos casos situa-se entre os portadores de doencas isquêmicas.

• CAUSAS MAIS FREQÜENTES• Infarto agudo do miocárdio

• Cardiopatia hipertrófica

• Intoxicação digitálica

• Drogas (quinidina, antidepressivos tricicíclicos, fenotiazinas, aminas simpaticomiméticas etc.)

• Causas Mecânicas (cateter de MP e SWAN GANZ)

QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO

• Os sinais e sintomas são funções das condições

cardiovasculares do paciente e da patologia

associada.

• Pode levar ao agravamento de uma

insuficiência coronariana, choque

cardiogênico e evolução para fibrilação

ventricular.

• Pulso radial é igual a FC que dificilmente

ultrapassa 160 bpm.

• A manobra vagal não altera a arritmia ou FC.

ELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMA• súbito aparecimento de complexos QRS alargados e

bizarros, a uma freqüência média de 150 bpm.• dissociação AV• Capturas ventriculares.

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO

• A freqüência cardíaca, em torno de 150-200

bpm, é ligeiramente irregular e não responde

as manobras vagais. Os átrios e ventrículos

têm ritmos próprios, de freqüência diferente,

batendo de forma dissociada uns dos outros.

Taquicardia ventricular com pulsoTaquicardia ventricular com pulso

• MECÂNICO:• Cardioversão sincronizada

• QUÍMICO:• Amiodarona• Lidocaína

Taquicardia ventricular sem pulsoTaquicardia ventricular sem pulso

• MECÂNICO:• Cardioversão não sincronizada

• QUÍMICO:• Amiodarona• Lidocaína

• Protocolo de RCP

Torsades de PontesTorsades de Pontes

• É uma tv polimórfica, onde os complexos QRS aparentam estar constantemente mudando.

• Causas mais comuns:• Hipocalemia• Hipomagnesemia

EletrocardiogramaEletrocardiograma

• Não há QRS de aparência normal• Ritmo irregular, que varia de forma e tamanho• Débito cardíaco inadequado

Tratamento do Torsades de PontesTratamento do Torsades de Pontes

• QUíMICO:• Correção do distúrbio eletrolítico ( potássio

e magnésio )• Anti-fibrilatório- amiodarona ou lidocaína• MECÂNICO:• Cardioversão não sincronizada

RITMO IDIOVENTRICULAR ACELERADORITMO IDIOVENTRICULAR ACELERADO

• Também denominada taquicardia idioventricular, taquicardia ventricular lenta, taquicardia ventricular não paroxistica.

• ETIOLOGIA• Ocorre na maioria das vezes após infarto

agudo do miocardio de parede inferior.

ELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMA• Ocorre quando um MP ventricular ectópico dispara

uma freqüência menor que 100 bpm.• A freqüência ventricular ectópica é muitas vezes

semelhante a sinusal.• Os complexos QRS são bizarros (evidência da

origem ventricular)• Presença de dissociação AV e batimentos de

captura

Fibrilação ventricularFibrilação ventricular

• É um rítmo no qual múltiplas áreas dentro dos ventrículos mostram variações marcantes na despolarização. Não há débito cardíaco.

• Etiologia- é o mecanismo mais comum da PCR secundária a isquemia ou IAM

Quadro clínicoQuadro clínico

• Quadro de PCR

Eletrocardiograma Eletrocardiograma • Não há complexo QRS de aparência normal

• A FV é muito rápida e desorganizada

• Ritmo irregular, as ondas elétricas variam de forma e tamanho

• Não há complexos QRS, segmento ST, ondas P e T

• Não há débito cardíaco

Tratamento da FVTratamento da FV

• MECÂNICO:• Desfibrilação- 200J, 300J e 360j

• QUÍMICO:• Amiodarona• Lidocaína

• Protocolo de RCP