Trauma dos Membros Superiores

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A violência no trafego e a grande quantidade de veículos e motocicletas nos grandes centros urbanos são responsáveis pelo alto índice de acidentes e lesões traumáticas no membro superior e na mão. Saiba mais acessando o nosso site: http://artrose.med.br/

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FACULDADE DE MEDICINA

UNINOVE

SISTEMA LOCOMOTOR

ORTOPEDIA

E TRAUMATOLOGIA

PROF CAIO GONÇALVES DE SOUZA

TRAUMA DO MEMBRO SUPERIOR

•OMBRO

•ÚMERO

•COTOVELO

•ANTEBRAÇO

•PUNHO

•MÃO

TRAUMA DO OMBRO

FRATURA DA CLAVÍCULA

FRATURA DA CLAVÍCULA

•Epidemiologia: –Fratura comum na infância

–homem > mulher

•Mecanismo de Trauma

–indireto : 94 % –direto : 6 %

Quadro clínico

•Dor •Deformidade ( bastante visível por ser subcutâneo) •Crepitação •Posição antálgica

–angula cabeça para o lado fraturado –paciente segura o braço em posição confortável

Lesões associadas

•Luxação acrômioclavicular e esternoclavicular •Pulmão e pleura •Plexo braquial •Veia e artéria subclávia

PLEXO BRAQUIAL

Classificação

Grupo I : fraturas do 1/3 médio ( 80 % ) Grupo II : fraturas do 1/3 distal ( 12 - 15% ) Grupo III : fraturas do 1/3 proximal ( 5 -6%)

Tratamento

•Suporte simples –tipóia

–bandagem

–velpeau

•Redução fechada –bandagem em oito

–órtese

Tratamento

LUXAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR

LUXAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR

•Lesão extremamente rara •2 Tipos:

–Anterior –Posterior

•Diagnóstico: –Quadro Clínico e Rx AP.

LUXAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR

•Tratamento: –Posterior: tração sob anestesia –Anterior: aceita-se a deformidade pelos riscos de lesão do mediastino em uma redução

LUXAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

LUXAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

AAC

Ligamento coracoacromial

Ligamentos coracoclaviculares

Conóide e Trapezóide

SINAIS E SINTOMAS

•DOR; •LIMITAÇÃO FUNCIONAL; •DEFORMIDADES;

DEFORMIDADE

MECANISMO DE LESÃO

LUXAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

•Trauma esportivo bastante comum

•Mecanismo de trauma: direto

•– queda sobre o ombro

•Quadro clínico: –dor e incapacidade funcional –Deformidade e sinal da tecla positivo

Radiografia

Rx para aticulação acromioclavicular sem tração

LUXAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

Rx para articulação acromioclavicular com tração

LUXAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

CLASSIFICAÇÃO

TRATAMENTO

•Desvio pequeno < 25% - tipóia

•Desvio entre 25% a 100% - depende da atividade do paciente

•Desvio superior maior que 100%, ou em outra direção – redução cruenta, fixação e reconstrução dos ligamentos

TRATAMENTO CONSERVADOR

TIPOS DE CIRURGIA

INSTABILIDADE DO OMBRO

+

LUXAÇÃO GLENO-UMERAL

LUXAÇÃO DO OMBRO

Luxação do ombro Recorrência:

80% até 20 anos.

60% 20–40 anos.

15% acima 40.

INSTABILIDADE

GLENO-UMERAL

ESTABILIZADORES DO OMBRO

•PASSIVO: –ADESÃO E COESÃO

–LIGAMENTOS E CÁPSULA ARTICULAR

–LABRUM DA GLENÓIDE

ATIVOS: ESTABILIDADE MUSCULAR

MANGUITO ROTADOR

CÁPSULA ARTICULAR

LIGAMENTOS

Labrum

•Porção fibrocartilaginosa da glenóide

•Aumentar superfície articular •Estabilidade articular

Labrum

MANGUITO ROTADOR

Anatomia funcional e biomecânica

Manguito:

Criam uma força compressiva sobre o ombro,

aumentando a estabilidade

MANGUITO ROTADOR

MANGUITO ROTADOR

•Músculo supraespinal –Abdução

•Músculo infraespinal –Rotação externa

•Músculo subescapular –Rotação interna

•Músculo redondo menor

LUXAÇÃO GLENO-UMERAL

Classificação

-Luxação traumática

-Desvio anterior

-Desvio posterior

-Luxação atraumática

Luxação anterior traumática

1.Bankart (lesão labral antero-inferior). 2.Hill-Sachs (fratura por compressão na margem póstero-lateral da cabeça umeral). 3.Lesões labrais superiores.

Bankart

Hill Sachs

Mecanismo de trauma

•Abdução e Rotação Externa – (85%)

–Atividade esportiva

Luxação posterior traumática

•Choque elétrico

•Convulsão (epilepsia) • Paciente inconsciente

• Diagnóstico difícil

Luxação atraumática

•Cápsula inferior redundante

•Instabilidade multidirecional

•Hiperfrouxidão ligamentar

EXAMES AUXILIARES

•RADIOGRAFIA

•SERIE TRAUMA DO OMBRO –AP ESCAPULAR

–AXIAL

–PERFIL ESCAPULAR

AP ESCAPULAR

AP ESCAPULAR

PERFIL ESCAPULAR

PERFIL VERDADEIRO

Série trauma do ombro

PERFIL AXILAR

EXAMES AUXILIARES

•Após redução, para ver instabilidade

• RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO OMBRO

TRATAMENTO

TRAÇÃO E CONTRA-TRAÇÃO

Reabilitação •Manter imobilização tipo Velpeau por 3 semanas

•Fortalecimento da musculatura para evitar recorrência

•Risco de 90% de recidiva ao longo da vida (jovens com primo-luxação entre 18-20 anos de idade)

FRATURA DO TERÇO PROXIMAL DO ÚMERO

FRATURA DO TERÇO PROXIMAL DO ÚMERO

Fratura do Úmero Proximal

•Comum no osso osteoporótico •Mecanismo de trauma: indireto – queda com a mão espalmada. •Quadro clínico: dor e incapacidade funcional do ombro •Rx série trauma •Tratamento conservador com velpeau

Patologia associada

•OSTEOPOROSE

CLASSIFICAÇÃO

EXAMES COMPLEMENTARES

•Diagnóstico geralmente é dado com RX (série trauma) •TC (fraturas cominutas) •RNM (lesões antigas e/ou associadas)

EXAMES AUXILIARES

•RADIOGRAFIA

•SERIE TRAUMA DO OMBRO –AP ESCAPULAR

–AXIAL

–PERFIL ESCAPULAR

Radiografia

Radiografia

Radiografia

TRATAMENTO

•Maioria das fraturas do úmero proximal são de tratamento conservador (80%). •Nos casos de fratura articular ou do colo umeral, o tratamento cirúrgico é preferível. •Nos casos de perda da superfície articular → Artroplastia parcial.

FIXAÇÃO PERCUTÂNEA

FIXAÇÃO INTRAMEDULAR

PLACA E PARAFUSOS

ARTROPLASTIA PARCIAL

TRAUMA DO BRAÇO

FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO

FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO

•Mecanismo de trauma – direto ou indireto

•Ação deformante da musculatura

•Grande associação com a lesão do n. radial

•Quadro clínico: dor e deformidade. Observar o quadro neurológico

•Quadro radiológico: Rx AP e perfil do úmero

•Tratamento: 95% de consolidação com o tratamento conservador.

FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO

NERVO RADIAL

Anatomia

•Inervação: –Axilar –Musculocutâneo

–Mediano

–Radial –Ulnar

•Nervo Axilar Inervação do deltóide

•Nervo Músculo-Cutâneo Bíceps

•Nervo Radial Tríceps e Extensores do Punho

•Nervo Ulnar Musculatura Intrinseca da Mão

•Nervo Mediano Oponência do Polegar

Nervos Periféricos do Membro Superior

FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO

TRATAMENTO CONSERVADOR

•Pinça de confeiteiro •Órtese (brace) •Gesso pendente •Gesso toracobraquial •Tração esquelética

TRATAMENTO CIRÚRGICO

•INDICAÇÕES –Fratura exposta : desbridamento de emergência –Lesão vascular associada : manipulação da fratura põe em risco o reparo vascular –Cotovelo flutuante : fratura ipsilateral de radio ou ulna associada - altos índices de rigidez do cotovelo –Fratura segmentar : alto índice de não união –Politrauma

COTOVELO

TRAUMA DO ÚMERO DISTAL

•SUPRACONDILEANA

•INTERCONDILEANA

•LUXAÇÃO DO COTOVELO

FRATURA SUPRACONDILIANA DO ÚMERO NA CRIANÇA

FRATURA SUPRACONDILEANA

•COMUM EM CRIANÇAS

•QUEDA COM BRAÇO EXTENDIDO OU EM FLEXÃO

•PODE TER DESVIO ANTERIOR OU POSTERIOR

EXAME CLÍNICO

•Deformidade (S) •Edema variável •Equimose

•Déficit neurovascular

FRATURA SUPRACONDILEANA

EXAME RADIOGRÁFICO

FRATURA SUPRACONDILEANA

FRATURA SUPRACONDILEANA

•Risco de lesão da artéria braquial e do nervo mediano ou risco de lesão do nervo radial

•Urgência ortopédica

TRATAMENTO

•Fratura sem desvio (TIPO I) – imobilização com aparelho gessado •Fratura em galho-verde (TIPO II) – redução sob anestesia e imobilização com aparelho gessado •Fratura com desvio total (TIPO III) – redução incruenta e fixação percutânea com fios de Kirschner

LUXAÇÃO DO COTOVELO

LUXAÇÕES DO COTOVELO

•O Cotovelo é articulação mais estável do corpo

•Porém a luxação é comum

•A cicatrização da cápsula ocorre mesmo com movimentos ativos

LUXAÇÃO DO COTOVELO

LUXAÇÃO DO COTOVELO

•Mecanismo: trauma indireto (queda) •Mais comum: posterior •Quadro Clínico: deformidade com perda da relação entre os epicôndilos e o olécrano

•Rx: perda da congruência articular do cotovelo

•Tratamento –Redução incruenta –Imobilização por 1 a 3 semanas –Ganho de Amplitude de Movimentos precoce

LUXAÇÃO DO COTOVELO

REDUÇÃO

FRATURA DO OLÉCRANO

FRATURA DO OLÉCRANO

•Mecanismo de trauma: –Trauma direto –Trauma indireto com avulsão causada pelo tríceps

•RX: AP e P

•Tratamento: –Fixação com placa de compressão ou banda de tensão

Banda de Tensão

FRATURA INTERCONDILIANA

FRATURA INTERCONDILIANA

•Prognóstico ruim

•Mecanismo de trauma: –Trauma direto gerando fratura cominutiva

•RX: AP e P

•Tratamento: –Fraturas com desvio: RCFI com placa e parafuso

•Altas taxas de complicações

FRATURA INTERCONDILEANA

•Fratura mais complexa do cotovelo

•Os fragmentos rodam no eixo do úmero

•Ocorre no intercondileo (regiao metafisária), com fratura articular •Dependendo da idade, pode ocorrer luxação

CLASSIFICAÇÃO

TRATAMENTO

•Sem Desvio- Conservador

•Com Desvio- Redução Cruenta e Fixação Cirúrgica

TRAUMA DO ANTEBRAÇO

FRATURAS DO ANTEBRAÇO

DIÁFISE

•O mecanismo mais comum é acidente de carro e moto; •Trauma direto; •Dor ,edema,disfunção,deformidade; •Exames: Radiografia AP e Perfil •Funciona como uma fratura articular

FRATURAS DO ANTEBRAÇO

•O mais comum é a fratura isolada da ulna nightstick

•Em crianças, o tratamento é conservador –Consolidação mais rápida

–Melhor remodelação

FRATURAS DO ANTEBRAÇO

EM CRIANÇAS CONSERVADOR

CIRURGIA

FRATURA GALLEAZZI

•FRATURA ENTRE 1/3 MÉDIO E DISTAL DO RÁDIO COM LUXAÇÃO DA RÁDIO-ULNAR DISTAL

•TRATAMENTO CIRÚRGICO

FRATURA GALLEAZI

FRATURA DE MONTEGGIA

•FRATURA PRÓXIMAL DA ULNA COM LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO

•TRATAMENTO CIRÚRGICO

TRATAMENTO

TRAUMA DO PUNHO

FRATURA DO RÁDIO DISTAL

TIPOS

•FRATURA DE COLLES; •FRATURA DE SMITH (COLLES REVERSA); •FRATURA DE BARTON; •FRATURA DO CHOFER

FRATURA DO RÁDIO DISTAL

FRATURA DE COLLES

FRATURA DE COLLES

Patologia associada

•OSTEOPOROSE

TRATAMENTO

•SEM DESVIO: –-GESSO

•COM DESVIO: –REDUÇÃO INCRUENTA E GESSO

CONSERVADOR

PERCUTÂNEO

PLACA E PARAFUSO

TRAUMA DA MÃO

LESÕES DA MÃO

•São as lesões mais comum do esqueleto

•10 a 30% do corpo

•Normalmente negligenciadas

TRAUMA MÚLTIPLO DA MÃO

•Tratar todas lesões: –Fraturas –Tendões –Músculos –Pele

ATENÇÃO

•Nunca suture primariamente: •Ferida por alta energia

•Ferida lacerante graves •Mordida animal/humana

•Mais de 8h exposição

•Enxerto ósseo ?

•Debridamentos seriados

FRATURA DO ESCAFÓIDE

FRATURA DO ESCAFÓIDE

•Mais comumente fraturado no carpo

•Queda com a mão espalmada

•Vascularização invertida Osteonecrose

Quadro Clínico

•dor na tabaqueira anatômica onde se palpa o escafóide

•dor à pistonagem do polegar (a manobra comprime o escafóide) •edema (pode estar ausente) •dor à extensão forçada do punho

Radiografia do escafóide

FRATURA DO ESCAFÓIDE

FRATURA DO ESCAFÓIDE

•Tratamento conservador caso não haja desvio

•Com desvio, tratamento cirúrgico

FRATURA DO 1° METACARPO

CLASSIFICAÇÃO

•EXTRAS-ARTICULARES

•INTRA-ARTICULARES BENNET

CLASSIFICAÇÃO Bennet Rolando

FRATURA DE BENNETT

-INTRARTICULAR

-DENOMINADA FRATURA-LUXAÇÃO

MECANISMO DE TRAUMA

•MECANISMO DE LESÃO É TRAUMA AXIAL NO EIXO DO METACARPO PARCIALMENTE FLETIDO

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

•DOR ,EDEMA LOCAL, IMPOTÊNCIA FUNCIONAL

•COMUM EM JOVENS, NA MÃO DOMINANTE

RADIOGRAFIA

TRATAMENTO

•APESAR DE INTRARTICULAR, TRATA COMO SE FOSSE EXTRARTICULAR

•É DIFÍCIL MANTER NO GESSO

•REDUÇÃO INCRUENTA E FIXAÇÃO PERCUTÂNEA

CIRURGIA

•NÃO PRECISA FIXAR O FRAGMENTO MENOR •FIXAR O FRAGMENTO MAIOR NO CARPO •REMOVE-SE OS FIOS COM 06 SEMANAS NO AMBULATÓRIO

TRATAMENTO

FRATURAS DO 5º MTC

CLASSIFICAÇÃO

•CABEÇA;

•COLO;

•DIÁFISE;

•BASE.

COLO DO 5o METACARPO

•COMUNS NA MÃO

•CONHECIDA COMO FRATURA DO BOXER

•ASSOCIADAS A COMINUIÇÃO VOLAR

TRATAMENTO

•GRANDE INSTABILIDADE NO TRATAMENTO CONSERVADOR

•TRATAMENTO CIRÚRGICO

FRATURA DA FALANGE DISTAL

FRATURA DA FALANGE DISTAL

•Mais de 50% das lesões da mão; •O 3° dedo é mais afetado; •O desvio é dado pelo extensores/flexores; •Clínica com dor, edema e calor local •Lembrar que uma lesão somente da matriz ungueal leva a muita dor

CLASSIFICAÇÃO DE KAPLAM

CLASSIFICAÇÃO

•SEM DESVIO

•COM DESVIO

•FECHADA

•EXPOSTA

TRATAMENTO

TRATAMENTO

LESÃO DO LEITO UNGUEAL

LESÃO DO LEITO UNGUEAL

•Comum na fratura da falange distal •Não drenar hematoma subungueal para evitar deformidade tardia da unha

•A unha serve como curativo biológico

•Enxerto pra perda de tecidos (V-Y) •95% das fraturas da falange distal tem lesão de unha

REIMPLANTE

REIMPLANTE

•AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA –CORTO-CONTUSO

–AVULSÃO

•GELO E SORO FISIOLÓGICO –ATÉ 6 A 8 HORAS

•OSSO – TENDÃO – ARTÉRIA – VEIA - NERVO

Indicação dos Reimplantes

•Fatores gerais –condição clínica do paciente

–idade

–doenças sistêmicas –lesões associadas –distúrbios psíquicos

•Nível da amputação e tempo de isquemia

•Tipos de lesão : cortante, corto-contusa, esmagamento, avulsão

Indicação dos Reimplantes

•Tempo de isquemia - importância da hipotermia (transporte da parte amputada)

•Procedimento cirúrgico : limpeza, dissecção, osteossíntese, tenorrafias, anastomoses vasculares, anastomoses nervosas, cobertura cutânea, curativo, imobilização

DÚVIDAS?