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1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
Trabalho final da disciplina de Mineralogia (GE 300)
Subgrupo dos Clinopiroxênios e
seus constituintes
Discentes
:
Aline Pereira Cabral 093339
Renato Handy Bevilacqua 084590
Yara Cristina de Carvalho Novo 094579
Docente
Prof. Dr. Alfonso Schrank
:
2
Resumo..............................................................................................................5
Introdução..........................................................................................................5
Sumário
1. Caracterização dos Silicatos....................................................................6 1.1 Piroxênio..........................................................................................7 1.2 Diferenciação entre os Piroxênios e os Anfibólios..........................8
2.Clinopiroxenios.................................................................................................9 2.1 Clinoestatita.................................................................................................10
2.1.1 Propriedades Físicas.............................................................................11
2.1.2 Propriedades químicas e físico-químicas..............................................11
2.1.3 Ocorrência, uso e paragênese..............................................................11
2.2 Pigeonita .....................................................................................................12
2.2.1 Propriedades Físicas............................................................................12
2.2.2 Propriedades químicas e físico-químicas.............................................12
2.2.3 Ocorrência, uso e paragênese.............................................................13
2.3 Diopsídio ....................................................................................................14
2.3.2 Propriedades Físicas...........................................................................14
2.3.3 Propriedades químicas e físico-químicas............................................14
2.3.4 Ocorrência, uso e paragênese............................................................15
2.4 Joansenita .................................................................................................16 2.4.2 Propriedades Físicas...........................................................................16
2.4.3 Propriedades químicas e físico-químicas............................................16
2.4.4 Ocorrência, uso e paragênese.............................................................17
2.5 Augita ........................................................................................................18
2.5.2 Propriedades Físicas...........................................................................18
2.5.3 Propriedades químicas e físico-químicas............................................18
2.5.4 Ocorrência, uso e paragênese............................................................19
2.6 Jadeita ........................................................................................................20
3
2.6.2 Propriedades Físicas...........................................................................20
2.6.3 Propriedades químicas e físico-químicas............................................21
2.6.4 Ocorrência, uso e paragênese............................................................22
2.7 Onfacita.......................................................................................................22
2.7.2 Propriedades Físicas...........................................................................23
2.7.3 Propriedades químicas e físico-químicas............................................23
2.7.4 Ocorrência, uso e paragênese............................................................24
2.8 Aegirina-Augita ..........................................................................................25
2.8.2 Propriedades Físicas..........................................................................25
2.8.3 Propriedades químicas e físico-químicas...........................................25
2.8.4 Ocorrência, uso e paragênese...........................................................26
2.9 Cosmocloro ...............................................................................................26
2.9.2 Propriedades Físicas..........................................................................26
2.9.3 Propriedades químicas e físico-químicas...........................................27
2.9.4 Ocorrência, uso e paragênese...........................................................27
2.10 Aegirina ...................................................................................................28
2.10.2 Propriedades Físicas........................................................................28
2.10.3 Propriedades químicas e físico-químicas.........................................29
2.10.4 Ocorrência, uso e paragênese.........................................................29
2.11 Espodumênio .........................................................................................30
2.11.2 Propriedades Físicas.......................................................................30
2.11.3 Propriedades químicas e físico-químicas.........................................30
2.11.4 Ocorrência, uso e paragênese.........................................................30
5.Conclusão......................................................................................................31
6.Referências Bibliográficas.................................................................................32
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Resumo O presente artigo visa analisar e descrever o subgrupo dos clinopiroxênios, passando por
uma visão geral e introdutória do grupo dos silicatos e suas grandes divisões. A mencionada
análise considera suas principais características, tais como propriedades químicas, físicas,
físico-químicas e cristalográficas de seus minerais constituintes, bem como sua ocorrência,
uso e paragênese. Uma breve comparação mostrando as diferenças básicas entre
clinopiroxênios e os ortopiroxênios também será apresentada destacando a importância dos
mesmos.
Introdução
Os silicatos representam os maiores constituintes da crosta terrestre, e seu bloco
construtor básico (SiO-44) está presente em cerca de 95% da mesma. Tão extenso grupo
apresenta inúmeras possibilidades de subdivisões, sendo a mais usual delas a que se foca
no tipo de estrutura formada. Essa estrutura, em alguns casos, formar cadeias que podem
ser duplas ou apenas simples. Os silicatos de cadeia simples constituem o grupo dos
piroxênios, que são o grupo constituinte, mais importante, das rochas ígneas, rochas estas
de composição variada, sob condições diversas. Estes, além de exibirem uma ampla
variação química, também possuem minerais tanto do tipo ortorrômbicos quanto
monoclínicos. Os minerais ortorrômbicos, denominados ortopiroxênios constituem uma
série simples de minerais de composição (Mg,Fe2+)SiO3, enquanto que os monoclínicos
são denominados como o subgrupo dos clinopiroxênios, (do grego klin, raiz de klíno:
inclinar; tal nomenclatura remete à estrutura inclinada unidirecionalmente, característica
das estruturas monoclínicas) que será o foco do presente trabalho, que irá descrever e
analisar suas características e propriedades no seu decorrer.
A análise dos minerais tem por base suas propriedades cristalográficas, químicas e
físicas, bem como sua ocorrência, uso e paragênese, além do ambiente geológico em que
podem ser encontrados. O conjunto de resultados obtidos com a análise destes elementos
permite uma organização em grupos embasada nas semelhanças que os minerais
apresentam entre si, do mesmo modo que esta permite entender como eles se formaram,
indicando as causas de como determinadas características desenvolveram-se de certa
5
forma sob condições ideais. Este estudo contribui para um melhor entendimento de como
tais minerais, podem, num segundo momento, organizar-se para compor as rochas que
constituem o planeta.
1- Silicatos
Os silicatos constituem o grupo mineral mais importante em termos quantitativos,
uma vez que constituem mais de 90% na crosta terrestre, e estão presentes em
praticamente todas as rochas ígneas, salvo raras exceções.
Esses minerais caracterizam-se pelo fato de apresentar cátions de silício,
tetravalentes, ligados a quatro oxigênios. A coordenação é tetraédrica, a carga bivalente
negativa do oxigênio implica numa carga -4 para o complexo, cuja fórmula química é
dada por (SiO-44)e representada estruturalmente na imagem a baixo:
Figura 1: Estrutura do tetraedro de sílica
A formação dos silicatos em geral está sujeito ao seu grau de polimerização, que
depende diretamente das condições de formação dos minerais, numa relação que implica
que quanto mais alta a temperatura de formação, mais baixo será o grau de
polimerização.
O grau de polimerização dos silicatos reflete-se diretamente na estrutura do mineral,
que podem apresentar-se em tanto apresentar tetraedros independentes quanto grupos
múltiplos, como cadeias, folhas ou arranjos tridimensionais. Essa estrutura divide os
silicatos em cinco grandes grupos:
6
Tabela 1: Tabela dos silicatos como relação no grau de polimerização dos tetraedros de sílic
1.1 – Piroxênios Referem-se aos minerais de cadeia simples, representados por XY(Si2O6), de modo
que os cátions maiores ligados a cadeia estão representados por X e os menores por Y. Os
primeiros são fracamente carregados, de modo que sua posição é geralmente ocupada
pelo cálcio ou sódio, ligado a oito oxigênios. Os cátions do tipo Y, por sua vez, estão em
coordenação 6, o que torna possível a presença de magnésio, ferro, alumínio, manganês,
7
lítio ou titânio. Quando cátions de tamanho pequeno ocupam as posições X e Y, a
estrutura do piroxênio apresenta uma simetria ortorrômbica, enquanto que a presença de
íons grandes na posição X e pequenos em Y leva à ocorrência de uma simetria
monoclínica. Se ambas as posições forem ocupadas por cátions grandes, entretanto, dar-
se-á a ocorrência de uma estrutura triclínica, como a rodonita. Os piroxênios de simetria
triclínica são denominados piroxenóides, ao passo que os de estrutura ortorrômbica são
os ortopiroxênios, e os monoclínicos são classificados como clinopiroxênios.
Outro fator de importância significante que caracteriza os piroxênios é sua
clivagem prismática perfeita {001}, a qual forma ângulos aproximadamente de 87º e
93º, isso pode ser mais bem visualizado na figura 2.
Figura 2: Clivagem dos piroxênios
Por fim, as cores dos piroxênios podem variar bastante, desde verde-claro até o
preto, porém, essa variação depende tanto da quantidade de ferro como também de outros
minerais como, por exemplo, o Titânio, o Cromo e o Manganês. Em geral os minerais do
grupo dos piroxênios apresentam uma densidade alta variando aproximadamente entre
3,3 – 3,6 g/cm3 e isso ocorre devido à presença de íons pesados tais como o Fe2+. Como
as ligações laterais das cadeias com cátions bivalentes são bem fortes, os piroxênios
tendem a apresentar uma dureza alta, variando entre 5 e 6, isso também pode ser
explicado pelas fortes ligações entre o silício e o oxigênio.
1.2 - Diferenciações entre o Piroxênio e o Anfibólio
A Estrutura dos piroxênios é muito similar as dos anfibólios, porém, o grupo dos
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Anfibólios apresenta algumas diferenças como, por exemplo, o ambiente de formação,
isto é, os piroxênios são formados em temperaturas mais elevadas, como podemos
visualizar na Série de Bowen:
Figura 3: Série de Bowen
Além disso, os anfibólios apresentam na estrutura um grupo hidroxila (OH), o que
indica uma maior presença de água no seu local de formação. Outras diferenças podem
também ser notadas, como a cor dos piroxênios que tende a ser mais clara para o mesmo
teor de ferro, a clivagem dos dois grupos também se distingue e, os prismas dos
Anfibólios tende a ser maiores do que do grupo dos Piroxênios.
2 – Clinopiroxênios
Os clinopiroxênios, como já foram relatados anteriormente, representam um
subgrupo dos piroxênios que se caracterizam pela estrutura monoclínica na qual se
cristaliza. As condições genéticas deste mineral estão relacionadas com a série de Bowen
e analisando esta série, já apresentada, nota-se que os minerais constituintes do grupo dos
clinopiroxênios estão relacionados à ambientes de formação que envolvem altas
temperaturas.A nomenclatura dos clinopiroxênios pode ser observada no gráfico a seguir
9
Figura 4: Nomenclatura dos clinopiroxênios.
O subgrupo é constituído por doze minerais, os quais se encontram descritos a seguir:
2.1 –
Figura 5: Clinoestatita
Clinoenstatita
2.1.1–
• Densidade: 3.2 – 3.6 g/cm3.
Propriedades físicas
• Clivagem: distinta.
• Cor: incolor, amarelo esverdeado, marrom amarelado, verde castanho.
• Dureza: 5-6.
• Brilho: vítreo.
10
• Diafaneidade: transparente a translúcido.
• Hábito: colunar, granular, cristalino.
2.1.2– Propriedades químicas e físico-químicas
Solução sólida: cristaliza-se abaixo dos 566°, sendo por esta razão o polimorfo de baixa
temperatura da série, ressaltando que pode também originar-se de um arrefecimento
rápido dos outros polimorfos. A solução sólida manifesta diadoquia, ou seja, apresenta
substituições mútuas entre o magnésio e o ferro.
• Fórmula química: Mg2[Si2O6]; 24.21% Mg; 40.15% MgO; 27.98% Si; 59.85% SiO2.
Composição química
• Elementos essenciais: Mg, Si, O.
• Impurezas comuns: Ti, Al, Cr, Fe, Mn, Ca, Na.
• Monoclínico, prismático.
Estrutura cristalina
• Parâmetros da cela: a=9.6Å, b= 8.81Å, c=5.17Å, β= 108.28°.
• Relação axial: a:b:c=1.09: 1: 0.587.
• Geminação: {100} lamelar.
2.1.3–
Ocorre associada ao diopsídio, cromita e enstatita, sendo dimorfa com esta última, e
forma uma série com a clinoferrossilita. Ocorre como fenocristais, em andesitos não
feldspáticos e com altas concentrações de magnésio. É um constituinte essencial de
meteoritos condriticos e acondriticos.
Ocorrência, paragênese e ambiente geológico
Os membros da série clinoenstatita-clinoferrossilita são de rara ocorrência, sendo
encontrados somente em algumas rochas ígneas e metamórficas, além dos já citados
meteoritos.
11
2.2 –
Figura 6: Pigeonita
Pigeonita
Possue cerca de 10% de CaSiO3 em sua composição, o que representa cerca do triplo
da quantidade de cálcio presente nos piroxênios ortorrômbicos.
2.2.1 -
• Densidade: 3,17- 3,46 g/cm3.
Propriedades físicas
• Dureza: 6.
• Clivagem: boa segundo {110}.
• Cor: castanha, castanha esverdeada, preta; em lâmina delgada incolor, verde
acastanhada pálida, verde-amarela pálida.
• Brilho: vítreo, fosco.
• Fratura: conchoidal.
• Diafaneidade: translúcido a sub-opaco.
2.2.2 - Propriedades físicas e físico-químicas
Composição química
12
• Fórmula química: (Mg,Fe2+,Ca)(Mg,Fe2+)[Si2O6]; 1,82% Ca; 2,55% CaO; 14,93%
Mg; 24,77% MgO; 13,98 Fe; 17,99% FeO; 25,57% Si; 54,70% SiO2; 43,69% O.
• Elementos essenciais: Mg, Si, O.
• Impurezas comuns: Ti, Al, Mn, Na, K, H2O.
• Monoclínico, prismático.
Estrutura cristalina
• Dimensões da cela: a= 9,7Å; b=8,95Å; c=5,24Å; β=108.5°.
• Relação axial: a:b:c= 1.084: 1: 0.585.
• Geminação: {100} ou {001}, simples ou lamelar.
A pigeonita pode ser considerada como a forma monoclínica e de alta temperatura
dos piroxênios pobres em cálcio, que invertem, por resfriamento, para ortopiroxênios.
São formadas a partir de magmas basálticos, de modo que as concentrações de Mg
decaiam progressivamente e haja aumento das taxas de Fe2+, devido ao processo de
cristalização fracionada. Pigeonitas com grandes concentrações de cálcio podem originar
augita, se submetidas à uma diminuição lenta da temperatura.
Condições de temperatura e pressão
2.2.2.4-
Ocorre associada aos minerais de rochas básicas, a exemplo da augita, além de
basalto e diabásio, uma vez que é gerada por cristalização magmática. Pigeonitas com
grandes concentrações de ferro são incomuns em rochas metamórficas, mas muito
comuns em meteoritos e materiais lunares. Não apresenta importância econômica.
Ocorrência, paragênese e ambiente geológico
13
2.3–
Figura 7: Diopsídio
Diopsídio
2.3.1 -
• Densidade: 3,22-3,56 g/cm3.
Propriedades físicas
• Dureza: 5 1/2 - 6 1/2.
• Clivagem: boa, distinta.
• Cor: branca, verde pálida, verde escura em amostras de mão; incolor em lâmina
delgada.
• Brilho: lustroso a vitreo.
• Hábito: prismático, lamelar sendo que na maioria das vezes {110} é mais
desenvolvida que {100} e {010}.
• Diafaneidade: transparente a opaco.
2.3.2 -
Propriedades físicas e físico-químicas
Solução sólida
Há uma série isomórfica completa entre CaMgSi2O6 e CaFeSi2O6, para os minerais
da série diopsídio-hedembergita. Embora o alumínio esteja presente na maior parte dos
minerais da série, a substituição com o silício é menor que 10%. O ferro férrico também
está presente, em concentrações menores ou iguais a 0,25 de Fe3+, do mesmo modo que o
cromo tende a aparecer em rochas básicas e ultrabásicas. As quantidades de manganês
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são baixas, diminuindo ainda mais nas porções em que a concentração de ferro aumenta.
Composição química
• Fórmula química: CaMgSi2O6; 25,90% CaO, 18,60% MgO e 55,49% SiO2.
• Elementos essenciais: Ca, Mg, O, Si
• Impurezas comuns: Fe, Cr, M n, Zn, Al, Ti, Na, K
• Monoclínico, prismático.
Estrutura cristalina
• Parâmetros de célula: a = 9.746Å, b = 8.899Å, c = 5.251Å e β = 105.79°;
• Relação axial: a:b:c= 1.095: 1 : 0.59.
• Geminação: frequente segundo {100}, {001}, simples e múltipla.
À temperatura de subsolidus ocorre a série completa entre CaMgSi2O6 e CaFeSi2O6;
também nessas temperaturas há a inversão da ferrobustamite para um membro da série
diopsídio-hedembergita rico em ferro. Às temperaturas do liquidus, há a ocorrência de
um sistema binário entre as composições de Di100 e Di60Hd40; este, contudo, torna-se
mais complexo à medida que há um aumento na quantidade do componente
hedembergita.
Condições de pressão e temperatura
2.3.3 -
O diopsídio é encontrado com maior frequencia em rochas metamórficas, em zonas
de metamorfismo de contato (hedembergita) ou em sedimentos ricos em cálcio que
sofreram metamorfismo regional. Ocorre também em rochas ígneas básicas e
ultrabásicas, como em basaltos alcalinos ricos em olivina e quimberlitos, além de lavas
ricas em potássio.
Ocorrência, paragênese e ambiente geológico
Após a lapidação, podem ser utilizadas como pedras preciosas (gemas), em suas
variedades transparentes.
15
2.4–
Figura 8: Joansenita
Joansenita
2.4.1 –
Propriedades físicas
• Densidade: 3,27-3,54 g/cm3.
• Dureza: 6.
• Clivagem: boa, distinta (em {110}).
• Cor: branca, verde pálida, verde escura em amostras de mão; incolor em lâmina
delgada.
• Brilho: lustroso a vítreo.
• Hábito: prismático, colunar, lamelar.
• Diafaneidade: translúcido a transparente.
2.4.2 -
Propriedades físicas e físico-químicas Solução sólida
A Joansenita apresenta-se semelhante ao diopsídio, mas a substituição ocorre com o
manganês; em sua maioria, varia entre 0,8 e 0,95 p.u.f. (o número de átomos por unidade
de fórmula). Em casos onde as porcentagens de manganês e ferro são muito próximas, as
de composição mais próxima à joansenita são denominadas joansenitas ferrosas, e as de
composição mais próxima às hedembergitas recebem o nome de hedembergitas
manganíferas.
:
16
Composição química
• Fórmula química: Ca (Mn, Fe) (Si2O6); 22,69% CaO; 28,70% MnO; 48,62%
SiO2.
• Elementos essenciais: Ca, Mn, O, Si .
• Impurezas comuns: Fe, Cr, Mg, Zn, Al, Ti, Na, K.
Estrutura cristalina
• Monoclínico, prismático.
• Parâmetros de célula: a = 9.8-10.0Å, b = 9.0-9.2Å, c = 5.31Å e β = 105°.
• relação axial: a:b:c= 1.092: 1 : 0.583.
• Geminação: {100}.
2.3.3 -Ocorre em geral associada à rodonita e bustamita, como um mineral de escarnitos em
calcários metassomatizados, ou associados às jazidas minerais de cobre, zinco e chumbo.
É encontrada em brechas com presença de xenólitos de mármore.
Ocorrência, paragênese e ambiente geológico
2.5 –
Figura 9: Augita
Augita
17
Seu nome é originário da partícula grega αυγή que quer dizer "auge", para "brilhar"
ou "brilho", este nome foi dado em alusão à aparência de suas superfícies de clivagem.
Alguns dos aspectos diagnósticos deste mineral é o fato dele ser reconhecido,
usualmente, por seus cristais característicos, com seção transversal de quatro e oito lados.
Distingui-se do diopsídio por sua cor mais escura, e da Hornblenda por sua clivagem. A
Augita pode ser chamada também de Fassaíte, embora este termo deva ser utilizado para
variedade de augita com ferro.
Os Ensaios laboratoriais nos permitem concluir que este mineral corresponde aos
números 4 e 4,5 na tabela de fusibilidade e apresenta um comportamento insolúvel em
contato com o ácido clorídrico.
2.5.1–
Propriedades físicas
• Densidade: 3,19 a 3,56 g/cm³.
• Dureza: 5,5 a 6
• Brilho: vítreo.
• Diafaneidade: translúcida.
• Clivagem: boa segundo {110}
• Cor: bastante variada podendo ter tons que vão desde o castanho até o preto.
No entanto, a cor do seu traço é constante e se aproxima de um verde acinzentado.
2.5.2–
Propriedades físicas e físico-químicas
Solução sólida
A augita é parte de uma importante série de solução sólida no grupo dos
piroxênios. Nas extremidades desta série encontram se os minerais hedenbergita,
CaFeSi2O6, e diopsídio, CaMgSiO6, e entre eles é formado este mineral. A série ocorre
quando íons de ferro e magnésio são substituídos por outros íons, que variam levando a
diferentes variedades de augita
Esta variação irá influenciar tanto na cor quanto no nome desta augita. Quando a
composição inicial da augita possui pouco ferro recebe o nome de Fassaita, quando temos
18
augitas ricas em ferro chamam se de Asteroita. Já se as augitas possuírem zinco e
manganês em sua composição a Jeffersonita é formada e por fim se encontrarmos uma
augita rica em titânio esta será nomeado como Titanoaugita.
Como apontamos anteriormente a augita possui uma vasta alternância de cores, esta
se deve em grande parte à sua solução sólida, variação na composição química. Porém,
esta coloração pode ser alterada pela entrada de algumas impurezas como o elemento
Cromo (Cr) e Potássio(K) na fórmula química inicial da augita.
Composição química
• Fórmula química: (Ca, Na) (Mg,Fe+2,Al,Fe+3,Ti)(Si,Al)2O6. 1,31% Na2O, 21,35%
CaO, 15,35% MgO, 3,38% TiO2, 8,63% Al2O3, 6,08% FeO, 48,30% SiO2.
• Elementos essenciais: Ca, Na, O, Si
• Impurezas comuns: Cr, K.
Estrutura cristalina
• Monoclínico, prismático.
• Seu símbolo de Hermann-Mauguin é 2/m, possui um centro de simetria, um eixo de
simetria binário e um plano de simetria.
• Hábito: tipo prismático.
• Parâmetros de célula: a = 9.699Å, b = 8.844Å, c = 5.272Å e β = 106.97°.
• Relação axial: a:b:c = 1.097 : 1 : 0.596.
• Geminação: lamelar. Ocorre em {110} e {010}
2.5.3– As augitas são constituintes essenciais das rochas ígneas básicas, e podem apresentar
se na forma de mega cristais em condições especificas, mas também ocorrem em rochas
ultramáficas.
Ocorrência, uso e paragênese
As augitas, excetos as ricas em alumínio, não são produtos freqüentes do
metamorfismo de contato. No entanto, as augitas ricas em alumínio, associados à
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espinélio, ocorrem em calcários que sofreram alto grau de metamorfismo, também
acontecem em contatos de rochas ígneas-rochas carbonatícas.
A augita titanífera é um constituinte relativamente freqüente em rochas alcalinas
que afloram sob forma de diques, tais como os monchiquitos.
Algumas das localidades onde se encontra quantidades significativas deste mineral
no Monte Vesúvio, nas lavas do Vesúvio; (Itália), Colorado, Oregon e New York (Estados
Unidos) e Bohemia (República Checa).
A Augita é um mineral pouco atraente e sem qualquer importância econômica,
desta forma podemos notar que não é comum a sua mineração. No entanto, alguns
exemplares têm uma aparência marcante e, portanto, de considerável interesse para os
colecionadores de minerais.
2.6 –
Figura 10: Jadeíta
Jadeíta
Segundo a literatura este mineral foi descoberto em 1863 e seu nome vem da
expressão espanhola piedra de yjada, pedra do lado, em referência ao seu suposto efeito
curativo sobre as doenças renais.
Os seus principais aspectos diagnósticos estão relacionados à mineralogia ótica,
um assunto que será abordado na segundo semestre, na segunda parte do trabalho.
20
2.6.1–
Propriedades físicas
• Densidade: 3,24 – 3,43 g/cm3
• Dureza: 6 – 6.5
• Clivagem: boa segundo {110}. Apresenta fratura irregular.
• Cor: incolor, esverdeada, tons azulados, possuindo cor do traço branca.
• Brilho: vítreo/ perláceo.
• Diafaneidade: translúcido a sub-translúcido.
2.6.2 -
Propriedades físicas e físico-químicas
Composição química
• Fórmula química: Na (Al Fe+3)Si2O6.15,22% Na2O, 23,79% Al2O3, 1,96% Fe2O3,
59,03% SiO2.
• Elementos essenciais: Al, Na, O, Si.
• Impurezas comuns: Ti, Mn, Mg, Ca, K, H2O.
Estrutura cristalina
• Monoclínico, prismático.
• Seu símbolo de Hermann-Mauguin é 2/m, possui um centro de simetria, um eixo
de simetria binário e um plano de simetria.
• Parâmetros da cela: a = 9.43Å, b = 8.57Å, c = 5.22Å, β = 107.58°.
• Relação axial: a: b: c = 1.1: 1: 0.609.
• Hábito: variado, sendo que as suas principais formas são o hábito maciço,
granular e fibroso.
A jadeíta é um mineral que não cristaliza a baixas pressões e, quando aquecida a
800ºC forma primeiramente um vidro e, posteriormente, cristaliza numa mistura de
Condições de temperatura e pressão
21
nefelina e albita. Entre 10 e 25 Kbar e, 600ºC e 1200ºC situa-se o campo de estabilidade
da jadeíta e albita + nefelina. Em pressões superiores a 25 Kbar a jadeíta funde-se e, a
pressões inferiores a este valor a jadeíta é substituída por albita e nefelina.
Nefelina + Albita ↔ 2 Jadeíta
Albita ↔ Jadeíta + Quartzo
Os ensaios laboratoriais deste mineral indicam que o seu grau de fusibilidade está
entre os números 2 e 3 da escala. Ao fundir-se produz um vidro transparente, vesiculoso.
E apresenta um comportamento insolúvel em contato com o ácido clorídrico.
2.6.3 -
Ocorrência, paragênese e ambiente geológico
A jadeíta ocorre em grandes massas na serpentina, aparentemente formada pelo
metamorfismo de uma rocha com nefelina e albita. Encontra-se principalmente ligadas a
metagrauvacas e as rochas que ocorrem nos cinturões de metamorfismo regional.
Apresentam-se na parte Ocidental da Ásia, no Tibet e na China Meridional.
A jadeíta é usada como gema e para ornamentação. Contudo, no passado era
utilizada pelo homem primitivo em armas e implementos para a sua sobrevivência.
2.7–
Onfacita
Figura 11: Onfacita
Segundo a literatura, este mineral foi descoberto em 1863 e o seu tem origem
grega e significa uvas verdes, em alusão a sua habitual cor verde claro.
22
Os seus principais aspectos diagnósticos estão relacionados à mineralogia ótica,
um assunto que será abordado na segundo semestre na segunda parte do trabalho.
2.7.1–
Propriedades físicas
• Densidade: 3,34 g/cm3.
• Dureza: 5-6.
• Clivagem: boa, distinta (em {110}).
• Cor: verde claro ao verde escuro; cor do traço branca esverdeada.
• Brilho: vítreo a sedoso.
• Hábito: prismático, colunar, lamelar.
• Diafaneidade: translúcida.
2.7.2 -
Propriedades físicas e físico-químicas
Composição química
• Fórmula química: (Ca, Na) (Mg,Fe2+/3+,Al)Si2O6 . 4,40% Na2O; 15,92% CaO;
11,44% MgO; 7,24% Al2O3 ; 3,40% FeO e 56,85% Si2O;
• Elementos essencias: Ca, Mg, O, Si
• Impurezas comuns: Ti, Cr, Mn, K, H2O.
• Sua massa molar é de 211.37 u.
• Monoclínico, prismático.
Estrutura cristalina
• Seu símbolo de Hermann-Mauguin é 2/m, possui um centro de simetria, um eixo de
simetria binário e um plano de simetria.
• Parâmetros de célula: a = 9.45-9,68Å, b = 8.57-8,90Å, c = 5.23-5,28Å, β = 105 -
108°.
• Relação axial: a: b: c =1.0921: 1:0. 5993.
23
• Geminação: {100}
• Hábito: maciço ou anaédrico.
A formação de onfacita e granada, em conseqüência de cristalização ou
recristalização de rochas ígneas pré existentes sob condições de alta P-T pode ser
expressa pela equação:
Condições de temperatura e pressão
3CaAl2Si2O8 +2Na AlSi3O8 +3Mg2Sio4 + nCaMgSi2O6 ↔ Labradorita olivina diopsido 2NaAlSi2O6 + nCaMgSi2O6 + 3CaMg2Al2Si3O12 +2SiO2 Onfacita granada quartzo 2.7.3 -
A onfacita é um mineral característico de rochas formadas em ambientes de altas
pressões, assim com os eclogitos.
Ocorrência, paragênese e ambiente geológico
Em eclogitos de origem muito profunda, como em chaminés de quimberlitos, a
onfacita e a granada estão associadas a outros minerais como a cianita e ao coríndon.
Em eclogitos de regiões de gnaisses migmatíticos, os piroxênios ocorrem em
associações que incluem horneblenda e escapolita.
Já nas zonas orogênicas como nos Alpes, as fases associadas incluem lausonita,
epídoto e horneblenda, formadas a baixa temperatura e elevada pressão de água.
Este mineral é freqüentemente associado, como já foi dito anteriormente, a
chaminés de quimberlitos e algumas de suas localidades onde podemos encontrar este
mineral é a Alemanha, Bavaria, nas proximidades da Noruega, da Rússia e na África do
Sul e na Província do Cabo.
A Onfacita é um mineral pouco atraente e sem importância econômica, desta
forma podemos notar que não é comum a sua mineração. No entanto, alguns exemplares
têm uma aparência marcante e, portanto, de considerável interesse para os colecionadores
de minerais e para trabalhos ornamentais.
24
2.8 –
Aegerina-Augita
Figura 12: Aegerina-Augita
O nome é derivado de sua composição intermediária dos dois clinopiroxênios.
2.8.1–• Densidade: 3,4 – 3,6 g/cm3
Propriedades físicas
• Dureza: 6.
• Clivagem: boa, distinta em {100}.
• Cor: verde escuro, preto, verde, amarelo esverdeado pálido, cinza esverdeado.
• Brilho: vítreo.
• Hábito: prismático, fibroso.
• Diafaneidade: translúcido para opaco.
2.8.2 -
Propriedades físicas e físico-químicas
• Fórmula química: (Ca,Na)(Mg,Fe2+,Fe3+)[Si2O6]. 2,52% Na; 3,40% Na2O;
13,18% Ca; 18,44%CaO; 5,33% Mg; 8,84% MgO; 12,24% Fe; 7,88% FeO;
24,63% Si; 52,69% SiO2; 42,09% O.
Composição química
• Elementos essenciais: Fe, Na, O, Si
25
• Monoclínico, prismático.
Estrutura cristalina
• Parâmetros de célula: a = 9.68Å, b = 8.79Å, c = 5.26Å e β = 105°.
2.8.3 - Mineral característico de rochas alcalinas, particularmente, em sienitos, em rochas
metamórficas ricas em ferro e, em rochas metassomáticas. Como a aegerina, a aegerina-
augita é também um produto dominante da cristalização de magmas alcalinos e é
encontrada também em rochas que sofreram metamorfismo regional.
Ocorrência, paragênese e ambiente geológico
2.9– Cosmocloro
Figura13: Cosmocloro
Segundo a literatura este mineral foi descoberto em 1897 e seu nome vem da
expressão alemã kosmisch, que quer dizer cósmica, em alusão à sua ocorrência meteoritos
e da expressão grega cloro, em alusão a sua coloração esverdeada.
Os seus principais aspectos diagnósticos estão relacionados à mineralogia ótica,
um assunto que será abordado na segundo semestre na segunda parte do trabalho.
2.9.1–
Propriedades físicas
• Densidade: 3,6 g/cm3.
• Dureza: 6-7.
26
• Clivagem: boa segundo {110}
• Cor: desde o verde-esmeralda escuro, até o verde ou amarelo em laminas finas. A
cor do seu traço apresenta-se na maioria das vezes como sendo verde claro.
• Brilho: vítreo.
• Hábito: prismático, colunar, lamelar.
• Diafaneidade: transparente à translúcido.
•
2.9.2 -
Propriedades físicas e físico-químicas
Composição química
• Fórmula química: Na(AlFe+3)Si2O6. com a sua composição percentual variando
entre NaCr+3Si2O6
• Elementos essencias: Na, Cr, O, Si.
• Impurezas comuns: Ti, Al, Fe, Mn, Mg, Ca, K, P.
• Sua massa molar é de 227,15u.
• Monoclínico, prismático.
Estrutura cristalina
• Seu símbolo de Hermann-Mauguin é 2/m, possui um centro de simetria, um eixo
de simetria binário e um plano de simetria.
• Parâmetros de célula: a =9.574Å, b =8.712 Å, c = 5.265Å, β = 107.49°.
• Relação axial: a: b: c = 1.0989: 1: 0.6043.
Condições de temperatura e pressão
Os seus ensaios laboratoriais indicam que este mineral apresenta um
comportamento insolúvel em contato com o ácido fluorídrico
2.9.3 - Ocorrência, paragênese e ambiente geológico
27
A ocorrência de Cosmocloro na superfície terrestre está relacionada aos jadeitos
das minas de jade em Burma, onde esses minerais encontram se associados à cromite e
anfibólios do tipo sódico (particularmente a ackermanite), e em rochas com Cromite de
Williams creek, na Califórnia. O Cosmocloro ocorre em meteoritos, com ferro, dos tipos
hexaédricos e octaédricos.
O Cosmocloro é um mineral pouco atraente e sem importância econômica, desta
forma podemos notar que não é comum a sua mineração. No entanto, alguns exemplares
têm uma aparência marcante e, portanto, de considerável interesse para os colecionadores
de minerais e para trabalhos ornamentais.
2.10–
Aegirina
Figura14: Aegirina
2.10.1–
• Densidade: 3,5 – 3,6 g/cm3.
Propriedades físicas
• Dureza: 6.
• Clivagem: boa, distinta em {110}.
• Cor: verde escura, preta esverdeada.
• Brilho: vítreo.
• Hábito: prismático, estriado, lamelar.
• Diafaneidade: transparente, opaco.
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2.10.2 - Propriedades físicas e físico-químicas
• Fórmula química: NaFe3+Si2O6
Composição química
• Composição: 13,42 % Na2O, 34,56 % Fe2O3, 52,02 % SiO2
• Elementos essenciais: Na, Fe, O, Si
• Impurezas comuns: Al, Ti, V, Mn, Mg, Ca, K.
• Monoclínico, prismático.
Estrutura cristalina
• Parâmetros de célula: a = 9,658Å, b = 8,795Å, c = 5,295Å e β = 107,42°.
• Relação axial: 1.098: 1: 0,602.
Fundem-se a 990°, juntamente com a formação da hematita e da magnetita. As
soluções sólidas com o diopsídio fundem a 1 atm.
Condições de temperatura e pressão
2.10.3 -
Ocorrência, paragênese e ambiente geológico
Ocorre comumente em rochas ígneas alcalinas, carbonatitos e pegmatitos, xistos
metamorfisados regionalmente, gnaisses, e formações ferríferas. Também em fácies xisto
azul e metasomatismo sódico em granulitos. Apresenta-se como um mineral autigênico
em folhelhos e margas. Alguns locais com bons cristais: na Noruega, em algumas ilhas,
na Suécia, Espanha, Rússia, Groelândia, Tanzânia. Cristais grandes podem ser
encontrados no Malawi, EUA e Canadá. Associa-se a feldspato potássico, nefelina,
riebeckita, arfvedsonita, aenigmatita, astrofilito, catapleiito, eudialito, sérandito, apofilito.
Não apresenta usos.
29
2.11–
Figura 14:Espodumênio
Espodumênio
2.11.1–
Propriedades físicas
• Densidade: 3,1 – 3,2 g/cm3.
• Dureza: 6.5 – 7.
• Clivagem: boa, distinta em {110}.
• Cor: incolor, amarelo, verde claro, verde esmeraldo, rosa a violeta, roxo, branco,
cinza.
• Brilho: vítreo, perláceo na clivagem.
• Hábito: tabular.
• Diafaneidade: transparente, translúcido.
2.11.2 - Propriedades físicas e físico-químicas
• Fórmula química: LiAlSi2O6. 8,03 % Li2O, 27,40 % Al2O3, 64,58 % SiO2.
Composição química
• Elementos essencias: Al, Li, O, Si.
• Impurezas comuns: Fe, Mn, Mg, Ca, Na, K, H2O.
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• Monoclínico, prismático.
Estrutura cristalina
• Parâmetros de célula: a = 9.52Å, b = 8.32Å, c = 5.25Å e β = 110.3°.
• Relação axial: a:b:c = a.1442: 1: 0.631
2.11.3 - Ocorrência, paragênese e ambiente geológicoO Espodumênio é um constituinte comum de pegmatitos graníticos ricos em lítio.
Ocorre também em aplitos e gnaisses. Geograficamente ocorre na Suécia, Finlândia,
EUA, Canadá, Brasil, Afeganistão, Madagascar, Zimbábue, além de outras localizações
menores. Seu nome origina-se do grego "spodoumenos", que significa "reduzido a
cinzas" em alusão à massa branca acinzentada formada na queima do mineral.. Associa-
se a quartzo, albita, petalita, eucryptite, lepidolita e berílio. Usado como minério de Lítio,
mas é mais valorizado como material de gema – as variedades Kunzite (rosa) e Hiddenita
(verde) são as mais procuradas.
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3 - Considerações finais Conclui-se que os clinopiroxênios são inossilicatos de cadeia simples do sistema
monoclínico, são predominantemente de cor verde e são formados em ambientes de alta
temperatura e pressão em contatos de diques, em rochas que sofrem metamorfismo de
contato. Não possuem importância econômica significativa, de modo que sua mineração
não ocorre de maneira relevante, com exceção da pigeonita que pode ser comercializada
como gema. No entanto, sua importância geológica é inegável, visto que caracteriza
ambientes específicos de gênese e desenvolvimento, e junto com os feldspatos, quartzo e
os feldspatóides são de fundamental importância para a classificação de rochas ígneas e
metamórficas.
Por fim, o conhecimento dos minerais em questão bem como dos demais minerais
existentes contribui para um melhor entendimento da geologia e seus processos de uma
forma mais abrangente.
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4- Referências Bibliográficas
http://webmineral.com/data/Augite.shtml
http://rruff.geo.arizona.edu/doclib/hom/augite.pdf
http://www.mindat.org/min-419.html
http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/silicatos/inossilicatos/piroxenios/augita.html
http://webmineral.com/data/Aegirine.shtml
http://rruff.geo.arizona.edu/doclib/hom/aegirine.pdf
http://www.mindat.org/min-31.html
http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/silicatos/inossilicatos/piroxenios/aegirina.html
Deer W. A., Howie R. A., Zussman J. Minerais Constituintes das Rochas Uma
Introdução. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1992, 2ª Edição.
Hurlbut Jr., Cornelius S (co-aut.).Manual de mineralogia / James D. Dana, Cornelius S. Hurlbut Jr.; trad. de Rui Ribeiro Franco.