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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DE DESPERTAR O HÁBITO DE LEITURA NAS
SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL
Por: Adriana Ramos Morgado
Orientador
Prof º Vilson Sérgio de Carvalho
Niterói
2007
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DE DESPERTAR O HÁBITO DE
LEITURA NAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL
Objetivos:
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Orientação Educacional e Pedagógica.
Por: Adriana Ramos Morgado
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela saúde e pela força, ao
meu esposo e aos meus filhos, pois é por eles
que tenho esta vontade de vencer.
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DEDICATÓRIA
Dedico a realização deste trabalho aos meus
filhos, meu esposo e todas as pessoas que me
apoiaram e incentivaram.
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RESUMO O presente trabalho monográfico destaca a importância de despertar o
hábito de leitura nas séries iniciais do ensino fundamental. O indivíduo para ser
um leitor crítico terá que compreender e fazer uma leitura do mundo que o
cerca, de seu tempo, de sua história contextualizada. Sendo assim, ele será
capaz de reter a mensagem, alcançar o intertexto, a metalinguagem. A
formação de leitores críticos permite vislumbrar uma sociedade com
possibilidades concretas de libertar-se de ideologias de dominação, do
subjugo, da exploração e da expropriação. É nesta perspectiva que se tem
definido a escola, enquanto aparelho ideológico contraditório, que pode ter
como meio para vencer as barreiras da dominação, levando o indivíduo a
libertar-se dos recursos audiovisuais, as “máquinas ou mecanismos” de
ensinar.
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METODOLOGIA A natureza deste trabalho monográfico teve como fonte de pesquisa
livros e sites, como colaboração de bibliotecas de Universidades e bibliotecas
escolares. Uma pesquisa exploratória onde é possível destacar tais autores:
Antônio Cândido, Paulo Freire, Maria Cristina Melo, Amélia Ribeiro, Ivani
Fazenda, Miriam Grispun, Hilda Hortez, Ezequiel Silva, Mary Rangel, Ida
Regina Stumpf, Gabriel Chalita, Isabel Solé, Josette Jolibert, Cecília Meireles,
Eliana Yunes. Com a finalidade de demonstrar a importância de incentivar o
hábito de leitura nas séries do ensino fundamental.
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
Histórico da Leitura
1.1 – A Importância da Leitura
CAPÍTULO II A Falta de Incentivo à Leitura no Brasil CAPÍTULO III
Contexto Escolar
3.1 – A Função da Escola no Despertar o Hábito de
Leitura nas Séries do Ensino Fundamental
3.2 – A Função do Professor no Despertar o Hábito de
Leitura nas Séries do Ensino Fundamental
3.3 – A Função do Orientador Educacional e Pedagógico
no Despertar o Hábito de Leitura nas Séries do Ensino Fundamental
3.4 – A Função do Bibliotecário como Agente Disseminador da Leitura
CAPÍTULO III
Estratégias para Despertar o Hábito de Leitura nas Séries
do Ensino Fundamental
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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WEBGRAFIA
ÍNDICE
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância de despertar
o hábito de leitura nas séries iniciais.
As exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes
e estão cada vez mais relacionadas às diferentes dimensões da vida das
pessoas: ao trabalho, à participação social e política, à vida familiar e
comunitária, as oportunidades de lazer e desenvolvimento cultural.
O mundo atual passa por uma revolução tecnológica que está alterando
profundamente as formas de trabalho e de interação, onde, numa economia
cada dia mais globalizada, a competitividade desponta como necessária à
subsistência humana. No afã de auto-superar o homem moderno, terminou o
século XX em desarmonia consigo mesmo, sem reflexão crítica sobre as reais
necessidades, as quais deveriam permear o próximo milênio.
Sobre este prisma, torna-se oportuna a discussão sobre as formas de
lidar com os novos tempos e, portanto, emergir o discurso sobre a qualidade de
ensino nas escolas, atentando para a ascensão no nível de educação de toda
população e detectando os fatores que possam atender às novas exigências
educativas que a própria vida cotidiana impõe de maneira crescente no meio
social.
Neste sentido, uma das ferramentas imprescindíveis para uma formação
geral e que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes nesta sociedade
em constante mutação, seria a prática da leitura.
Atualmente o exercício da leitura se encontra legitimado nas escolas e
não indo além de uma mera codificação de signos gráficos, os quais são
permeados de fragmentos de livros didáticos, para não fugir à regra imposta ao
longo dos tempos da história do ensino em nosso país; servindo como fonte de
disseminação de uma ideologia, a ideologia que vai ao encontro dos interesses
dos detentores do poder: a massificação e formatação do conhecimento
humano.
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As mínimas experiências com a leitura afastam o leitor do contexto
social e principalmente cultural, e assim, fazendo com que desconheça o que
de mais profundo o homem pensou e escreveu sobre si, alienando-se das
informações e conseqüentemente desta sua participação ativa e efetiva na
sociedade.
Por esta perspectiva, obvia-se a importância da formação de leitores,
pois percebe-se que sua participação no contexto social depende muito de sua
visão de mundo, de seus conhecimentos, de sua crítica, enfim, da leitura como
um grande instrumento do conhecimento.
Diante de todo impasse tecnológico e cultural do final do milênio, a
Escola se revela como uma das instituições mais ameaçadas pelos novos
rumos da sociedade. Espaço privilegiado do saber, a Escola mantém a escrita
da palavra como texto básico no ensino, embora o mundo das imagens virtuais
já faça parte da realidade de muitos alunos.
A velocidade das novas linguagens invadiu o cotidiano, atropelando o
ritmo harmônico do aprendizado, e ao pretender uma atualização, a Escola
assimila o novo sem a devida reflexão, ou seja, persiste num ritmo de leitura
que não acrescentará na formação dos educandos.
Na pressa de estar em sintonia com as inovações, a Escola
desconsidera o processo formador de aprendizagem, limitando-se a investir na
circulação de imagens e deixando de observar a qualidade dos textos que
oferece a seus alunos como fonte de leitura. Promovido no seu espaço,
priorizando a substituição do conhecimento por informação, a Escola se
descompassa e, sem formar leitores críticos ou incutir o hábito de leitura,
prepara mal o cidadão que escreverá o “texto futuro” que escreverá e
perpetuará a nossa história.
A formação do leitor impõe-se como prioridade a ser seguida
pressupondo a figura do professor como interlocutor ativo no diálogo da leitura,
a fim de instigar e promover leitores que estejam à procura de respostas às
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suas próprias indagações e a desconfiar dos sentidos das letras impostas por
textos insignificantes para, desta forma, encontrar nos livros, a fonte de sua
sabedoria e inspiração, resgatando a história do conhecimento, tão necessário
dos novos tempos, em que as mudanças são rápidas e prejudicam o próprio
“saber humano”.
A Escola insere-se como instrumento hábil a implementar a leitura
monitorando os jovens leitores através de uma mudança de concepção, ou
seja, transformando a leitura como algo agradável fonte não apenas de
informação, mas principalmente de lazer.
É o que pretende ao longo deste trabalho monográfico de pesquisa,
através da escrita demonstrar a importância de incentivar o hábito de leitura
nas séries do ensino fundamental, abordando que a leitura pode ser
empregada como mecanismo de lazer, cultura e formação.
O presente trabalho foi dividido em quatro capítulos. No primeiro buscou-
se o histórico e a importância da leitura; no segundo foi abordado a falta de
incentivo à leitura no Brasil; já no terceiro foi abordado o contexto escolar,
incluindo a função da escola, do professor, do Orientador Educacional e
Pedagógico e do Bibliotecário no despertar o hábito de leitura no ensino
fundamental e no quarto foi um capítulo que fala de estratégias para despertar
o hábito de leitura no ensino fundamental.
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DA LEITURA
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Desde os primórdios da civilização o homem busca habilidades que lhe
tornem mais útil a vida em sociedade e que lhe possam tornar mais feliz. A
criação de mecanismos que possibilitassem a disseminação de seu
conhecimento tornava-se um imperativo de saber/poder, que ensejava respeito
pelos companheiros de tribo.
Daí o surgimento das inscrições rupestres, simbologia, posteriormente e
num estágio mais avançado das civilizações, os hieróglifos e as esculturas que
denotavam sua própria e mais nobre conquista: a conquista de ser.
Nesse contexto surge a escrita e a leitura como imanentes à própria da
civilização.
A criação dessa disponibilidade que chamamos escrita e leitura, cria
outras disponibilidades, pois ela é básica, dela provém as demais. Através da
leitura e da escrita, o homem conseguiu estreitar os laços de afetividade com
seus semelhantes, harmonizar os interesses, resolver os seus conflitos e se
organizar num estágio atual da civilização, com abstração a que nominamos
“Estado”. O homem se organizou politicamente.
Com o desenvolvimento da linguagem, a força das mensagens humanas
aperfeiçoou-se a tal ponto ser imprescindível à sua própria existência. A busca
do conhecimento tornou-se imperativa para novas conquistas e para o
estabelecimento do homem como ser social, como centro de convergência de
todos os seus interesses.
Na busca desse conhecimento, que se perpetua ao longo da história da
civilização, percebe-se que quanto mais cedo o homem iniciar, mais cedo
germinará bons resultados. Ou seja, a infância como uma espécie de evolução
e formação como uma fase especial de evolução e formação do ser, deve
despertar-lhe para este mundo, o mundo da simbologia, o mundo da leitura.
1.1 – A Importância da Leitura
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A imaginação humana é imperiosa para a construção do conhecimento,
e conhecimento também é arte, daí a importância da Educação, pois enriquece
a imaginação da criança, oferecendo-lhe condições de liberação saudável,
ensinando-lhe a libertar-se no plano metafísico, pelo espírito, levando-a usar o
raciocínio e a cultivar a liberdade e o hábito de ler.
É ponto aceito sem contestação que a leitura do texto escrito constitui
uma das conquistas da humanidade. Pela leitura, o ser humano não só absorve
o conhecimento, como pode transformá-lo em um processo de
aperfeiçoamento contínuo. A aprendizagem da leitura possibilita a
emancipação da criança e a assimilação dos valores da sociedade.
De acordo com Silva, “A leitura, se levada a efeito crítico e
reflexivamente, levanta-se como um trabalho de combate à alienação, capaz
de facilitar ao gênero humano a realização de sua plenitude”. (EZEQUIEL
SILVA, 1985, P.22-23) Dessa forma, a leitura se caracteriza como sendo uma
atividade de questionamento, conscientização e libertação. O autor questiona
se a sociedade permite a presença desses leitores críticos e transformadores;
vê a leitura como causadora de bem-estar do povo; e coloca a questão da
circulação do livro que não se processa democraticamente para toda a
população.
A leitura tem importância na vida das pessoas. A necessidade de leitura
está posto entre todos, haja vista, que propicia a obtenção de informações em
relação a qualquer contexto e área do conhecimento, assim como, pode
construir-se em fonte de entretenimento, para uns, atividade prazerosa, para
outros, um desafio a conquistar. Urge compreender que a técnica da leitura
garante um estudo eficiente, quando aplicada qualitativamente.
A leitura amplia e integra conhecimentos, abre cada vez mais os
horizontes do saber facilitando a comunicação.
Um dos efeitos da leitura é o aprimoramento da linguagem, da
expressão, tanto individual como coletivamente.
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É de se considerar três motivos básicos para a valorização da leitura:
• Informação;
• Conhecimento;
• Prazer.
Estão associadas ao fato de que o texto a ser lido e criticamente
analisado por um leitor é sempre um trampolim para uma compreensão mais
profunda e objetiva do contexto humano. Considerando que qualquer
linguagem sempre possui um referencial de mundo/realidade, ser leitor é capaz
de aprender os referenciais inscritos em qualquer mensagem e também os
existentes num texto, o que significa compreender a dinâmica do real e
compreender-se como um ser que participa desta dinâmica.
A utilização inadequada dos meios eletrônicos como mecanismo básico
do ensino e leitura induzem a formatação do conhecimento, ao contrário do que
ocorre na leitura do livro, quando o tempo da reflexão assegura um diálogo em
que as experiências de vida são compartilhadas.
“(...) O livro desempenha um papel importante na vida e
na formação do ser humano, pois através dele nos
tornamos mais sensíveis ao mundo e capazes de
entender nossas próprias reações. O livro incrementa a
missão de educar, pois fornece as crianças informações,
lazer, cultura, propiciando ao leitor elaborar seu próprio
conhecimento, enriquecer seu vocabulário, facilitar a
escrita, agilizar o raciocínio e aguçar a imaginação.
Assim, ao incentivarmos a leitura, estamos deflagrando
um movimento para desenvolver pessoas críticas,
participativas, criativas e preparadas para construir a
nação do futuro.” (WWW.LEITURACULTURA.COM.BR,
10/03/2007)
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A leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento.
Está intimamente ligada ao sucesso do ser que aprende. Permite ao homem
situar-se com os outros, possibilita a aquisição de diferentes pontes de vida e
alargamento de experiências. É também um recurso para combater a
massificação executada principalmente pela televisão. O livro é ainda um
importante veículo para a criação, transmissão e transformação da cultura.
Através do hábito da leitura, o homem pode tomar consciência das suas
necessidades (auto educar-se), promovendo a sua transformação e a do
mundo.
É fundamental compreender que na formação da cada cidadão, bem
como na formação de cada cidadão, bem como de um povo, a leitura é de
máxima importância, representando um papel essencial, pois revela-se como
uma das vias no processo de construção do conhecimento, como fonte de
informação e formação cultural.
Investigações atestam que o sucesso nas carreiras e atividades na
atualidade, relaciona-se, estreitamente, como hábito da leitura proveitosa, pois
além de aprofundar estudos, possibilita a aquisição dos conhecimentos
produzidos e sistematizados historicamente pela humanidade.
No seu sentido geral, a leitura amplia nossos horizontes e nos transporta
ao mundo da imaginação, sem contar os conhecimentos adquiridos, é de suma
importância desenvolver no ser humano, a partir da infância, uma cultura de
leitura, pois só assim serão aprendizes e formadores de opinião em todo
ambiente social e democrático. O indivíduo que lê contribuirá para o
enriquecimento pessoal e para a sua compreensão do mundo. Paralelamente o
crescimento econômico e social de uma nação depende em grande parte do
grau de instrução de seu povo.
“Nada – equipamento algum – substitui a leitura. Mesmo
numa época em que proliferam os recursos audiovisuais e
as máquinas ou mecanismos de ensinar, mesmo numa
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época em que a informática se impõe com todo seu poder
econômico e processual.” (MARY RANGEL, 1990, P. 91)
Diante dos avanços tecnológicos, os alunos acabam optando por
recursos pouco apropriados à formação do pensamento crítico, com as
informações e novidades sendo incorporadas de maneira aleatória, sem uma
visão científica e necessária para a construção do conhecimento. Com todo
esse avanço, a leitura é necessária e imprescindível para a construção do
conhecimento e jamais poderá ser substituída por qualquer tipo de
equipamento.
CAPÍTULO II
A FALTA DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL
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A leitura é fonte de novas idéias, pressupõe possibilidades de entrar em
contato com outros universos, amplia o universo do leitor. Por esse motivo, o
livro já foi e, em muitos casos, ainda continua sendo proibido ou queimado.
No século XV, bibliotecas inteiras foram destruídas. No Brasil no século
XX, durante a ditadura militar, o mesmo fato se repete, o livro é um perigo, uma
arma contra a dominação.
Pesquisas mostram que hoje é impossível pensar nas implicações da
leitura na vida dos seres humanos dissociando-a do sujeito que faz existir.
Ler é um desafio tão grande que a exigência para tal se faz não somente
para decodificar palavras, mas acima de tudo, interagir-se com elas. Ler é criar
uma trama própria de relações, relações essas que vão se diferindo de
indivíduo para indivíduo, à medida que esses vão percebendo possibilidades,
preenchendo lacunas, tomando partido, interagindo, desafiando e dando outros
tantos significados.
A autora Eliana Yunes leva em consideração alguns componentes, na
formação do leitor; um deles é a memória que, provocada ou ativada no
momento da leitura, traz à tona lembranças, conhecimentos e imagens já
apreendidas. O passo seguinte é a intersubjetividade por meio da qual o leitor,
ao deparar com o objeto, dirige um olhar que, ao mesmo tempo, abarca o texto
e mantém um foco sobre si mesmo.
O ato da leitura satisfaz desejos ou recria outros, e a fruição, esse
sentimento que de certa forma alonga o prazer advindo daí, não se acaba com
o término da leitura.
“(...) quando lemos o mundo organizado se desorganiza, o
mundo caótico ganha sentido, o fantástico é
experimentado, a história ganha condições de
maravilhoso e o maravilhoso de verdade. A leitura
transforma olhares, pensamentos e faz o homem
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compreender a realidade do mundo, uma realidade que
só pode ser enxergada através de conhecimentos. Aqui o
mundo se explica”. (ELIANA YUNES, 1995, p. 187)
A autora com sua afirmação deixa claro que é através da leitura que se
compreende a realidade do mundo, sendo a leitura principal fonte de
conhecimentos. Mesmo assim, com toda afirmação, pesquisas mostram que os
alunos não gostam de ler. Há inúmeros estudos apontando as infinitas
dificuldades que os professores enfrentam nesse sentido. As conduções não
variam muito: alunos desmotivados, pouco ou quase nenhum material nas
bibliotecas escolares, difícil acesso às várias leituras e assim por diante. Mas o
fato que mais tem chocado os educadores é a não compreensão dos alunos
para aquilo que lêem. Os indivíduos lêem, ou seja, decodificam as palavras,
mas não sabem o que fazer com elas e para elas. Não há interferências, não
há fruição, não há prazer, não há interpretação e, portanto, não há leitura, uma
vez que essa pressupõe uma gama de coisas como essas.
Recentemente, uma pesquisa mostrou que o Brasil foi o último colocado
no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), prova que
mensurou o desempenho de estudantes com 13 anos nas redes pública e
particular de ensino de 32 países. Os alunos brasileiros também ficaram na
última colocação, que levou em consideração fatores socioeconômicos e no
que considerou apenas os estudos com mais escolaridade. Essa prova foi
coordenada pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico), em 28 países desenvolvidos e mais quatro emergentes – Brasil,
México, Letônia e Rússia. O Brasil (nota 396) ficou atrás do México (nota 422).
Mesmo com a má colocação do Brasil, o Ministério da Educação considerou o
resultado melhor do que o esperado. O PISA avaliou o desempenho dos alunos
nas áreas de redação e leitura. A leitura foi a mais enfatizada na prova
realizada por cerca de 5000 brasileiros do ensino fundamental. A zona rural foi
excluída da pesquisa. Outros fatores apontados pelo MEC que contribuíram
para essa colocação podem estar ligados a erros em questões por imprecisões
na tradução. Além disso, foram apontadas dificuldades para interpretar gráficos
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e para fazer uma avaliação crítica dos textos. O que também pode demonstrar
outros problemas mais sérios em relação à leitura nas escolas brasileiras: ler é
somente decodificar sinais gráficos? E o que fazer com as imagens, os sons,
os gráficos e todos os outros elementos que confluem para a estruturação do
texto? Além disso, dificuldades na tradução apresentam ou tão-somente,
elucidam outros fatores nevrálgicos da escola – os alunos têm inglês no
currículo desde a escola fundamental, no ensino público, e desde a educação
infantil, no particular, então, onde está o problema?
Uma pesquisa definiu o quadro dessa avaliação, e dos cinco níveis
possíveis de classificação da média geral, os brasileiros foram os únicos a ficar
no nível 1. Isso significa que os alunos souberam localizar informações
explícitas em textos da prova de leitura, no entanto não foram capazes de
inferir nada sobre elas. A realidade nacional muda quando são analisados
apenas os alunos mais ricos.
O Brasil também acumula a última colocação na pontuação atingida por
alunos que tinham ao menos sete anos de estudo – escolaridade mais alta na
faixa etária e nos países.
Para quantificar a importância da leitura para o homem, é necessário,
antes de mais nada, entender por quais caminhos percorre este processo. A
leitura é via de regra, um instrumento detido exclusivamente pelos adultos e
que, por questões naturais, é almejada pelas crianças. Ao se apossar da
leitura, a criança amplia suas possibilidades de convivência com o outro e,
também, sua capacidade de absorção do mundo que a cerca. Sendo esta uma
arma de extrema valia, porque determina as raias pelas quais passam todas as
relações dos seres humanos, ela se torna o ponto de chegada para aqueles
que não detêm e que a todo custo querem-na; e uma nova plataforma para
aqueles que, após de apossarem dela, se lançam a vôos mais rasantes. Entre
o desejo daquilo que se pode ter e as possibilidades mediante aquilo que
efetivamente se tem, é que fica a criança.
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Se ler é um processo desafiador, porque exige do leitor mais do que
apenas decodificação de signos, somente a necessidade, seja qual for ela,
será capaz de garantir a adesão do sujeito a esse mundo. O problema é que
muitas pessoas lêem sem terem aparentemente nenhuma necessidade
daquilo: o que explica um sujeito ler algo absolutamente fora do contexto em
que ele está inserido. É neste instante que se instaura ou se materializa o
verdadeiro sentido da palavra estudar. Afinal, é estudando que vamos adquirir
os principais símbolos e códigos para esta conquista, embora nos enganamos
quando pensamos que estes bastam. Cabe, neste momento, à escola, e
porque não dirigir diretamente ao professor, transitar com o aluno pelos
variados caminhos até que ele, conduzindo, possa gozar a tão almejada
conquista. Sabe-se que o aluno que consegue chegar até a instituição Escola
já está tendo uma grande vitória sobre aqueles milhares que jamais passarão
por dentro dela. Chegando até a escola, a criança não terá grandes
dificuldades para se apossar destes símbolos, pois o cerne da problemática da
leitura não se caracteriza aí, mas a partir daí.
Uma vez que adquirida pela criança, a linguagem gráfica, objeto de
desejo tão sonhado e agora dominado por ela, precisará encontrar a sua
estabilidade: parece óbvio que as crianças almejadas pelo homem terão de lhe
servir para algum fim, no entanto, neste momento, a Escola e, por
conseqüência o professor se perdem no encaminhamento das utilidades que
deveriam dar à leitura. A partir de então, o que se tem é uma sucessão de
pretextos ou disfarces lançados naquela que deveria fazer parte intrínseca da
vida daqueles que agora emancipados legais, poderiam percorrer. Dão-lhe uma
roupa com cara de fantasia e, ainda, incumbe-a de desempenhar outro papel:
eis a farsa.
A conquista da habilidade de ler é o primeiro passo para que a criança
possa se lançar rumo à assimilação dos valores inerentes a cada sociedade e,
assim aceitando-as ou questionando-as, ela vai construindo, a seu modo, a
forma pela qual deverá enxergá-lo. Na passagem por este processo, novas
contradições se emergem, seja porque ela vai deparar com culturas e modos
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diferentes; seja porque ela vai percebendo que a totalidade dos símbolos, que
outrora recebera da sociedade constituída, não dá conta de esclarecer, ou de
entender as situações, os fatos e as facetas do mundo que verdadeiramente a
cerca. Com isto, ela vai perceber que o que conquistara não se trata
exatamente daquilo que ela imaginava: eis a verdade. Então, a Escola passa a
ser tida como vilã da história; vilã não porque deixou de fazê-la possuidora de
tais símbolos, mas porque negligenciou no momento de mostrar o que fazer
com eles. Aprender a leitura é somar regras a tal ponto de não ser possível
perceber de onde elas vieram ou como elas se deram; aprender a leitura é
acumular erros e acertos a tal ponto de não distinguir o ponto mais primitivo de
suas experiências. Aprender a leitura não é descobrir se isto ou aquilo satisfaz
suas inquietações e criar outras tantas.
O indivíduo quando lê, não está apenas usando aqueles símbolos que
outrora foram outorgados pela Escola. Ele os usa também, mas transcende
essa utilização para outras vias as quais darão conta da quase totalidade das
coisas. Um dos pecados cometidos pelo mau leitor é de querer compreender a
totalidade das coisas, usando apenas parte dos recursos disponíveis. Sendo a
Escola a responsável por ele não saber fazer uso daquilo que possui, é ele
também culpado por isto, uma vez que diante da descoberta do processo inicial
não se deixou levar por ele, preferiu cair na mesmice que leva a maioria dos
indivíduos a pensar em apenas um prisma. Não se pode de forma alguma
deixar recair a culpa única e exclusivamente sobre a Escola, há de considerar a
culpabilidade da família e do próprio indivíduo.
Embora o modelo cartilhesco ande um tanto desgastado, a família pode
desempenhar um papel decisivo para calçar o indivíduo com subsídios
necessários para o seu desenvolvimento, afinal ninguém lê o nada. As lêem
livros, revistas, enciclopédias, jornais, folhetins e um monte de outras coisas, e
isso tudo custa dinheiro, dinheiro que certamente falta a uma gama muito
grande de pessoas da sociedade. Dinheiro que tantas outras vezes é possuído
pelas famílias, mas que não é empregado na compra de leituras, porque os
responsáveis não conseguem ver aplicabilidade imediata neste tipo de
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consumo. Pode-se lembrar ainda o papel do Estado nessa tarefa. Seria
possível construir boas bibliotecas nos municípios, porém, mas que isso,
porque afinal somente isso não garante o trabalho: uma biblioteca precisa de
projetos que possam despertar o leitor que há nas diversas camadas da
sociedade e com diferentes características. O acesso para chegar até elas, de
ônibus, de carro ou a pé também deve ser previsto. Há localidades em que o
valor do ônibus e a distância da biblioteca pública da periferia é o fator primeiro
da exclusão de leitores.
Falar em processo de formação para a leitura sem deixar de considerar
que o Brasil possui condições de vida extremamente díspares nos mais
abrangentes aspectos é o mesmo que querer atravessar o deserto sem levar
em conta a temperatura que ocorre por lá.
Não é difícil se comover pelas divulgações do governo no que diz
respeito ao volume de livros produzidos no Brasil. É um número estrondoso,
porém, se considerar que ele é composto em boa parte paradidática ou por
qualidade duvidosa, o que resta é muito pouco para ser absorvido pelo povo.
Sobre os livros de qualidade duvidosa, é preciso um outro artigo só para
questioná-los, embora as pessoas saibam o que é um livro ruim e quais são
eles. Sobra então uma migalha de livros bons para dar conta de uma
população de aproximadamente 175 milhões de pessoas. O volume de livros
efetivamente disponível ao leitor é pequeno e de difícil acesso. Quanto aos
paradidáticos, além de também insuficientes ao número de alunos efetivamente
matriculados nas escolas, nunca chegarão às mãos dos que vivem nas terras
mais distantes do país. Se, ao menos estes chegassem até lá, as pessoas
poderiam sonhar. Só resta concluir que, talvez, nunca tocarão em um destes
exemplares. Mas, o que fazer para desenvolver a leitura nesses lugares? Que
tipo de leitura, ou qual o nível de leitura possível ali?
Cecília Meireles escreveu que, se as pessoas voltarem ao passado, irão
perceber que os livros que realmente duraram, perpetuaram-se unicamente em
função do texto que traziam, pois em uma época de poucos ou quase nenhum
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recurso gráfico, estilístico ou ilustrativo, o grande mérito era tão-somente o
texto. O texto em forma de escrita ou também na forma verbal.
Muitas das histórias que fascinaram as crianças eram contadas e
mantidas pela oralidade. Eram contadores de histórias que garantiam a
continuação, a transformação e o conhecimento delas. Todas as pessoas,
letradas ou não, poderiam degustar tais iguarias. Tudo que se aprende ouvindo
contar, hoje se aprende lendo, no entanto o papel do narrador, nunca foi
esquecido. Em todas as partes, há narradores, ainda que anônimos,
persistindo no prazer de contar histórias. E o prazer deles é certamente o
mesmo de quem escreve livro.
Brilha a estrela do governo nas campanhas publicitárias, apaga-se a do
aluno, permanece nebulosa a do professor e, assim, não deixando rolar o
processo de extinção de leitores, aqueles argutos, machadianos, capazes de
ler nas entrelinhas. Aqueles faltantes, segundo as inúmeras pesquisas
educacionais.
“A criança aprende a ler lendo e, para isto, é que
deveríamos colocar livres os livros dos quais elas
necessitam, todos. Penso que o futuro da leitura está no
fato de termos de levá-lo às crianças e aos adolescentes
como algo realmente inseparável da própria vida. A leitura
deverá tomar uma cara, não sei se prazerosa, porque
duvido muito que ela seja apenas prazer, mas uma cara
de satisfação, ainda que momentânea”. (JOSETTE
JOLIBERT, 1994, p. 24)
De acordo com a afirmativa do autor, a leitura deverá ser um instrumento
fundamental na vida das pessoas e que jamais deverá ser deixado de lado. A
leitura deverá ser parte do processo de libertação e identificação do homem.
Qualquer homem deverá saber que com a leitura o ser universo pode sofrer
transformações incomensuráveis sejam elas físicas e/ou psíquicas. É possível
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descortinar um mundo oculto pelo ato de ler, e isso é imprescindível que todos
saibam.
A escola, a família e toda a sociedade devem, juntas, buscar meios para
que estas mudanças aconteçam, pois serão elas, que a nortearão; o processo
de convivência humana globalizada. Não se deve esquecer também que, com
a leitura ou a partir dela, os cidadãos estão prontos também para formular
hipóteses, questionar ações e tomar decisões, e isto pode, em muitos casos,
significar uma ameaça de determinados valores e conceitos da sociedade. A
leitura, tida, por muitos, também como mantedora dos ideais burgueses,
poderá sofrer o contra-ataque de suas próprias forças. À medida que a leitura
vai dando significado às ações da sociedade, mais as pessoas vão percebendo
as competências dela.
Os caminhos a serem traçados e encontrados com a leitura dependerá
intimamente das intenções do sujeito que faz o uso dela. O significado das
palavras contidas em um livro não será igual para todos os leitores que dele se
apossar; cada um terá uma degustação diferenciada, e sendo assim, mensurar
estes ou aqueles textos e seus respectivos efeitos se tornará uma tarefa
medíocre. Saber o que é agradável ao universo do leitor, principalmente, o que
deseja este tão voraz universo, pode não ser algo tão profundo ou metafórico,
no entanto, caminhar rumo à caracterização que o povoa substancialmente
pode trazer inúmeros caminhos em um certo número de enganos. Quem
realmente pode afirmar o que é agradável ou não para o leitor, seja ele infantil
ou não, é ele mesmo, ao entrar em contato com o livro. No momento,
dependendo das emoções e do “curso de vida” que tivera, ou tem, sua
experiência pode ser prazerosa ou não. O que realmente vai importar é se
aquele material impresso que ele tem nas mãos o trará novas emoções, ou fará
surgir, dentro das existentes, emoções já vividas, ou ainda despertará nele
outras que poderão ser experimentadas.
É preciso, porém, definir ou delimitar, ou quem sabe até mesmo prever
alguns caminhos possíveis para que assim possam ter parâmetros para a
25
avaliação deste processo tão antagônico. O livro infantil e juvenil precisam se
descobrir, se conhecer, para depois sair ao encontro dos seus interlocutores.
Para tanto, autores e editores precisam rever conceitos de ética e mercado que
há muito tempo andam esquecidos. O que é um livro infantil?
Uma da formas de recreação mais importante para a criança
principalmente no que se refere ao seu desenvolvimento e crescimento
intelectual, psicológico, afetivo e espiritual é a leitura.
O livro infantil, como meio de comunicação e modalidade da leitura,
também é um dos mais eficientes mecanismos de recreação e lazer, servindo
como método prático de terapia educacional, e assim, desempenhando um
papel fundamental na vida da criança, não apenas pelo seu conteúdo
recreativo que desempenha, mas também pela riqueza de motivações,
sugestões e de recursos que oferece ao seu desenvolvimento.
Em seu descobrimento da vida, a criança está ávida por descobrir e
entender a realidade circundante, deslumbrando os mistérios que a aproximam
do mundo exterior através dos símbolos, da leitura infantil. Nessa curiosidade e
deslumbramento deverá encontrar estímulos sadios e enriquecedores que
serão a tônica de sua motivação e crescimento como pessoa humana.
Portanto, deve-se estimular e propiciar ao alcance das crianças os livros
infantis, permitindo-lhe penetrar em seu universo mágico dos sonhos. É o
caminho não apenas de sua descoberta, mas também um dos mais completos
meios de enriquecimento e desenvolvimento de sua personalidade.
Com a leitura e os livros, a criança e o jovem encontrarão caminhos,
crescerão e se desenvolverão na busca de soluções para as suas inquietações
e problemas de ordem intelectual, social, afetiva, ética e moral.
A leitura infantil é um dos fatores básicos para a criança buscar a sua
realização como pessoa humana, incumbindo às novas gerações uma grande
responsabilidade quanto à mudança de concepção ideológica de maneira a
26
que o hábito da leitura seja propugnado desde a mais tenra idade, contribuindo
em sua formação sob todos os aspectos.
Sabendo do poder que o texto pressupõe, não faltará esperança de que
ele se torne uma espada penetrante na privacidade e na comodidade das
pessoas que agora o dominam. Somente ele pode atingir tamanha influência,
mas, para isto, é desejável que todos lancem mais no universo da leitura. É
importante que se conheça de tudo para saber o que amar, senão ficarão a
vida inteira efetuando trocas por não saber exatamente o devem possuir.
CAPÍTULO III
CONTEXTO ESCOLAR
27
No que se refere à Escola e aos objetivos da leitura ou ao “Para que ler
na escola?”, pode-se afirmar que ainda não existe nos currículos conhecidos e
analisados, uma concretização de um pressuposto geral básico, qual seja, o da
articulação entre a função social da leitura e a escola na formação do leitor.
A construção do conhecimento, segundo entendimento de alguns
autores como elemento principal, se efetivará pelo hábito da leitura, uma vez
inserida e enfatizada no contexto escolar. Afinal, é principalmente através da
leitura que os alunos poderão encontrar respostas aos seus questionamentos,
dúvidas e indagações.
3.1 – A Função da Escola no Despertar o Hábito da Leitura nas
Séries do Ensino Fundamental
Numerosos estudos nos fazem supor que os livros preparados para a
infância remontam ao final do século XVII. Antes disso, as crianças, vistas
como adultos em miniatura, participavam desde a mais tenra idade da vida
adulta.
Naqueles tempos não havia histórias dirigidas especificamente ao
público infantil, pois a infância, enquanto período de desenvolvimento humano,
com particularidades que deveriam ser respeitadas, inexistia.
As profundas transformações ocorridas no âmbito social e econômico,
principalmente com o advento do capitalismo e da supremacia burguesa,
fizeram com que surgisse uma nova organização familiar e educacional, na
qual a criança passou a ocupar um espaço privilegiado. Com intuito de
capacitar cidadãos a fim de enfrentar um mercado de trabalho tão competitivo,
já naquela época, se tornaria imperioso o preparo eficiente das crianças para o
trabalho e, conseqüentemente, para um desenvolvimento social sustentável.
Nesse sentido, reorganiza-se a Escola para que atenda às novas
exigências, repensando-se todos os produtos culturais destinados à infância e,
dentre eles, especialmente o livro.
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A Escola há que estar atenta para a formação do leitor, conforme
Cândido, “O elemento básico da cultura, a linguagem, é a parte fundamental de
qualquer realização humana”. (ANTÔNIO CÂNDIDO, 1995, P.15). Neste
desiderato Escola deve estar atenta a esta concepção da leitura como fonte do
conhecimento e de sua responsabilidade na formação do leitor.
Surge a Literatura Infantil, criada com uma concepção ideológica
comprometida com um destinatário específico: a criança, embora persistissem
resquícios ideológicos amalgamados à transmissão de valores da sociedade
então vigente.
Com o passar dos tempos e com o surgimento de novos autores, os
livros infantis vão gradativamente sofrendo transformações e promovendo,
através da disseminação de uma leitura prazerosa e ao mesmo tempo
vinculada à construção do conhecimento, um alargamento vivencial para as
crianças.
Nesta direção, a escola como espaço socializador do conhecimento, fica
com a tarefa primordial de assegurar aos seus alunos o aprendizado da leitura,
devendo circular em seu meio uma diversidade de materiais, com conteúdos
ricos e variados, que promovam a formação de leitores livres. Concebe-se
assim, a prática da leitura, não como habilidades lingüísticas, mas como um
processo de descoberta e de atribuição de sentidos que venha possibilitar a
interação leitor-mundo. Conforme Paulo Freire “(...) o ato de ler não se esgota
na codificação pura da palavra escrita (...) A leitura do mundo prece a leitura da
palavra”. (PAULO FREIRE, 1996, P.11).
De acordo com a afirmativa, o interesse da criança pela leitura poderá
ser despertado se os textos apresentados tiverem relação com a realidade
vivida por ela. É importante fazer a junção da leitura palavra com a do mundo,
e assim, estimulará os alunos a refletirem sobre a realidade circundante, de
modo a que percebam com uma leitura crítica, os significados subjacentes de
cada texto ou situação.
29
A Escola deverá se incumbir da função de promover a formação do leitor
terá que rever as condições, muitas vezes restrita, a que impõe a leitura aos
seus alunos.
3.2 – A Função do Professor no Despertar o Hábito da Leitura
nas Séries do Ensino Fundamental
O professor precisa estar capacitado e preparado para provocar em sala
de aula, a partir de leituras diversificadas, discussões que conduzam os alunos
ao estabelecimento de elos com outras realidades, permitindo assim, a
efetivação do real sentido do que está sendo lido, em consonância com o
discurso de Silva, “A leitura em sala de aula tem a função de desacomodar o
aluno, despertando-lhe o senso crítico, romper com a alienação (...) já que ler
não é simplesmente decodificar signos gráficos”. (EZEQUIEL SILVA, 1986,
P.38).
Por esta perspectiva, é oportuno reforçar a assertiva de que o professor
deve selecionar diferentes tipos de textos, literários ou não, que protejam a vida
contemporânea do local onde os alunos estão inseridos, bem como de outros
lugares e tempos, os diversos pontos de vistas, estimulando discussões,
reflexões e confrontos entrem os alunos.
3.3 – A Função do Orientador Educacional e Pedagógico no
Despertar o Hábito de Leitura nas Séries do Ensino
Fundamental
O trabalho do Orientador Educacional e Pedagógico é uma ação
sistematicamente planejada e avaliada para, em conjunto com a família e a
escola, proporcionar aos alunos o real desenvolvimento humano, ao focalizar
ações que, a partir de problemas detectados, atuem de maneira preventiva e
investigadora.
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Nesse sentido, o Orientador Educacional e Pedagógico é o profissional
que possibilita o outro ser, crescer e vivenciar emoções; é promotor e
articulador das relações pessoais e interpessoais, visando sempre contribuir
para a melhoria contínua do processo de ensino-aprendizagem, pelo método
de pesquisa-ação, este profissional é de grande importância, pois favorece o
relacionamento de todos, suas posturas e responsabilidades, frente ao
processo de gestão educacional.
A função do orientador é trabalhar sempre em conjunto, mostrando a
importância da leitura aos alunos através de:
• Palestras na escola;
• Visitas com os alunos em bibliotecas, dentro e fora da escola;
• Reuniões com pais e professores;
• Promover feiras de livros na escola;
• Visitas com os alunos em feiras de livros.
Assim, ele mostrará a importância da leitura na construção do
conhecimento, despertando o hábito de leitura nas séries do ensino
fundamental.
“(...) diante dessa nova escola, o papel do Orientador
deve ser integrador, mediador e principalmente, um papel
de interdisciplinaridade entre o saber e o fazer, entre o ter
e o ser, entre o querer e o poder, com ações voltadas
para o Projeto Político Pedagógico”. (DENISE GRISPUN,
2005, P.9)
3.4 – A Função do Bibliotecário Escolar como Agente
Disseminador da Leitura
31
A biblioteca escolar é o local por excelência para apresentar a leitura
como uma atividade natural e prazerosa, posto que, para muitas crianças,
configura-se como uma única oportunidade de ter acesso aos livros que não
são didáticos.
Em que pese, entretanto, a ausência de bibliotecas nas escolas
públicas, quando existe tal espaço privilegiado e o mesmo conta com o
profissional Bibliotecário, sua responsabilidade de fomentar a leitura não
diminui se ele dispõe apenas de uma coleção pequenas de livros ficcionais
infantis.
O Bibliotecário do ambiente escolar acumula as funções de educador e
disseminador da leitura, deve preocupar-se com a quantidade de dogmatismo
presente na literatura infantil para, na ocasião de montar ou atualizar seu
acervo de obras literárias, realizar uma seleção que propicie à criança textos de
qualidade, que seduzam para o exercício da reflexão, testes questionadores,
conquanto lúdicos. Sua criatividade e perseverança para captar recursos que
serão postos à prova. Visitas às livrarias solicitando exemplares grátis,
participação nas reuniões pedagógicas reforçando a idéia da necessidade de
melhorar o acervo, contatos com a comunidade apontando a biblioteca como
centro cultural e não como armazenadora de livros. São algumas atitudes que
poderão garantir um aumento qualitativo da leitura. Esse é o primeiro passo. O
segundo é selecionar os livros didáticos, o informacional e o lúdico. Dentre este
último, verificar quais os textos literários infantis que proporcionam à criança
aguçar seu senso crítico.
É necessário que o bibliotecário leia todo o acervo disponibilizado na
biblioteca escolar. Isto significa que ele precisa modificar ser paradigma de
leitura. A leitura técnica, suficiente para a catalogação, classificação e
indexação, não basta para a análise e observação das perspectivas, dos
enfoques, das posturas, da ansiedade e da condensação textual e dos valores
vinculados no discurso escrito.
32
Ler ou não ler, eis a questão. Se o Bibliotecário pretende assumir a
posição de agente disseminador da leitura, precisa gostar de ler, tem de ler e
deve incentivar a leitura, devendo assumir sempre o compromisso com a
criança de proporcionar textos de qualidade, que intervenham na formação das
mentes e seduzam para o exercício da reflexão.
Ao enfocar a leitura como fator de cidadania, deve ter como metas a
serem cumpridas no espaço da biblioteca escolar:
• O congregar ou reunir crianças para ouvir histórias;
• Despertar nas crianças o desejo de ler ou contar histórias às outras;
• Desembaraçar atitudes, abolir inibições e timidez, por meio de
reprodução oral das leituras;
• Ressaltar os diferentes tipos de temperamentos encontrados nas
personagens das histórias, a fim de que as crianças aprendam a
conviver em sociedade;
• Propiciar a reflexão e o questionamento.
O enfoque dado às bibliotecas escolares e, quase sempre, o de suporte
informacional ao estudo e à pesquisa, entretanto, constituem-se funções da
biblioteca escolar desempenhar um papel educativo (apoio no desenvolvimento
das atividades curriculares), um papel político (democraticamente possibilitar a
todos os alunos o acesso aos livros), um papel cultural (depositária dos
conteúdos da cultura) e um papel social (centro de lazer da comunidade
escolar).
Muito mais do que um espaço educativo e um centro de recursos
documentais, a biblioteca escolar deve ser acima de tudo, geradora de novos
talentos. Isso será possível apenas se o Bibliotecário escolar abdicar de sua
mera condição de técnico e gestor da informação para assumir a posição mais
ampla de educador, compromissando-se com o corpo discente fomentar a
leitura dos textos com o propósito de estimular o senso crítico e a veia artística
da criança-aluno.
33
CAPÍTULO IV
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ESTRATÉGIAS PARA ESTIMUAR O HÁBITO DE
LEITURA NAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL
A escola espaço que convencionamos como sendo específicos e
privilegiado do saber, no que concerne à leitura, precisa rever suas práticas,
mormente diante de leituras impostas em salas de aulas onde faz imperar um
dualismo: de um lado algumas escolar que, ao pretenderem uma rápida
atualização com o presente, assimilam o novo sem a devida reflexão utilizando
inadequadamente instrumentos modernos de ensino e tornando seus leitores
passivos diante de imagens efêmeras. Em contraposição, outras escolas
utilizam textos fragmentados de manuais didáticos como único meio auxiliar
para a leitura, objetivando o trabalho de unidades curriculares como mera
fixação e memorização de conteúdos, quase sempre aleatórios à realidade dos
alunos.
Esta antinomia existente em tais práticas de leitura está longe de
resgatar a história do conhecimento humano, de estimular o pensamento ou
induzir o aluno ao prazer em ler.
Neste sentido, esta ambigüidade da prática educativa, tornam os alunos
alheios à realidade que os circulam, tornando-os vulneráveis a dominação de
uma minoria que pensa e se mantêm bem informados. Parte-se então do
pressuposto que a prática de leitura significa a possibilidade de domínio
através de um instrumento de poder chamada linguagem formal, pois é desta
forma que estão escritas as leis que regem nosso país, e assim perceber os
direitos que se tem o direito das elites que, com um discurso ideológico em prol
de liberdade e da justiça, os mantêm na condição de detentores do poder.
Manter grande parte da população escolar perto do alcance desta
linguagem formal, este é o grande desafio, a fim de que, com uma visão crítica
e reflexiva e através do discernimento, não se permita a perpetuação de sua
condição de dominados.
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“(...) a leitura aparece também como instrumento de
conquista de poder por outros atores, antes de ser meio
de lazer ou evasão. O “acesso” à leitura” de novas
camadas sociais implica que leitura e produção de texto
se tornem ferramentas de pensamento de uma
experiência social renovada; ela supõe a busca de novos
pontos de vista sobre uma realidade mais ampla, que a
escrita ajuda a conceber e a mudar, a invenção
simultânea e recíproca de novas relações, novos escritos
e novos leitores. “Nesse sentido torna-se o leitor pela
transformação da situação que faz, que não se o seja”.
(WWW.LEITURAINFORMAÇÃO, 24-03-2007)
Assim, a leitura como prática social faz a diferença para aqueles que
dominam, tornando-os distintos cultural e socialmente.
Faz-se mister que as escolas revejam as condições de produção da
leitura. Entretanto mudar as condições de produção da leitura na escola não
significa apenas alterar os instrumentos de codificação e decodificação, vai
muito mais além.
Conforme Freire, “(...) o ato de ler não se esgota da decodificação pura
da palavra ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na
inteligência do mundo”. (PAULO FREIRE, 1996, P.11).
E assim, deve-se exigir das escolas principalmente, o
redimensionamento de todo o trabalho educativo que engloba: ousadia,
seleção de materiais variados, espaço para socialização, respeito a opiniões
divergentes, enfim novas propostas de trabalhos pedagógicos com leituras
críticas e variadas.
Reafirmando que o exercício e prática da leitura transcendem ao uso de
materiais como meios auxiliares de ensino, empregados como modismos em
sala de aula ou como atividade ligada à lição e a intenção didática instrucional.
36
Em certos momentos os alunos se sentem até desconfortáveis e
constrangidos, por não alcançar aquele prazer de ler, aquele estágio evoluído,
aquela atitude peculiar a quem ascendeu intelectualmente aqueles estágios e
atitude próprios, ou seja, de uma elite intelectual.
Entretanto, assumindo a realidade e a percepção da realidade, embora,
em certos casos, pareça óbvia, não o é, chega-se a constatação de que ler
“nem sempre é agradável”, ou seja, pelo conteúdo, seja pela forma do texto,
seja pelas habilidades requeridas.
É claro que a leitura poderá ser agradável, contudo, agradável ou não,
confortável ou não, é necessária, é indispensável.
A leitura é parte essencial do trabalho, do empenho, da perseverança,
da dedicação em aprender, mas nem todos ainda adquiram habilidades
necessárias à leitura e nem todos incorporaram o hábito de ler. É neste
momento que se pode recorrer a estratégias que despertam o hábito de leitura.
Assim, a leitura singular dos livros didáticos deve ceder espaço aos
livros de literatura infantil, jornais, revistas, gibis, bulas de remédios, receitas
caseiras, etc., que fazem parte dos objetos do uso cotidiano, articulado a uma
leitura significativa e, portanto, compreensiva e mais agradável como processo
pedagógico.
A leitura traz conhecimento, e o conhecimento é um processo de
construção em que o protagonista é o aluno, respaldando tal assertiva é
oportuno citar Freire:
“Uma educação que procura desenvolver a tomada de
consciência e a atitude crítica, graças a qual o homem
escolhe e decide, liberta-o em lugar de submetê-lo, de
domesticá-lo, de adaptá-lo, como faz com muita
freqüência a educação em vigor num grande número de
países do mundo, educação que tende ajustar o indivíduo
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à sociedade em lugar de promovê-lo em sua própria
linha”. (PAULO FREIRE, 1996, P.28).
Com essa ideologia na prática pedagógica, as escolas devem usar
algumas estratégias para despertar o interesse e a vontade de ler por parte dos
alunos, através das seguintes ações:
• Substituição dos livros didáticos por livros de literatura;
• Dramatização com a participação dos alunos;
• Atividades com Origami, arte japonesa que constitui na dobradura
artística de papéis, criando personagens das histórias;
• Manipulação de argila e construção de maquetes fundamentadas na
releitura das histórias;
• Realização de atividades com bulas de remédios, com a troca de
informações, experiências e conselhos;
• Criação de caixinhas de remédios e elaboração de bulas com base em
algum medicamento natural conhecido;
• Exploração de receitas culinárias;
• Trabalho com revistas;
• Trabalho com jornais;
• Trabalhar com a realidade e o lúdico;
• Leitura de histórias em quadrinhos;
• Dinâmicas de leitura.
Para a mudança na postura dos educadores, exigirá a quebra de alguns
paradigmas no processo educativo.
Trata-se de um grande passo e de um grande desafio: romper barreiras
para melhor ensinar, visando, sobretudo, uma educação que permite ao aluno
o exercício pleno de sua cidadania e o seu desenvolvimento como pessoa
humana através do hábito de ler, não apenas como fonte de conhecimento,
mas também como informação e prazer.
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CONCLUSÃO
Este trabalho é resultado de uma pesquisa sobre a leitura. O intuito foi
de buscar dados sobre A Importância de Incentivar o Hábito de Leitura, e como
se poderiam auxiliar escolas, professores, orientadores e bibliotecários no
incentivo à leitura dos alunos.
A maior parte das pessoas tem problemas no aprendizado, a razão disso
é o fato de não terem tido contato com o livro e muito menos foram
incentivados na fase escolar.
As crianças que não têm acesso aos livros, não terão um bom resultado
futuramente.
Podemos assinalar que a falta de leitura é responsável pelo baixo
rendimento acadêmico, embora isso não signifique que a criança tenha baixa
inteligência, o rendimento precário advém das dificuldades que a criança tem
como a prática de leitura.
Comprometidos com o amanhã e com o futuro de nossos alunos,
incumbe-nos, através de um discurso pragmático e não meramente dogmático,
persuadir o público que tem compromisso com a educação, implementar ações
voltadas para a formação do hábito da leitura o mais ideal e imprescindível
para uma grande conquista.
39
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WWW.LEITURAINFORMAÇÃO.COM.BR. O Saber pela Leitura. Acesso em
24/03/2007.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
AGRADECIMENTO
DEDICATÓRIA
RESUMO
METODOLOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I HISTÓRICO DA LEITURA 1.1 – A Importância da Leitura CAPÍTULO II A Falta de Incentivo da Leitura CAPÍTULO III CONTEXTO ESCOLAR 3.1 – A Função da Escola no Despertar o Hábito da Leitura nas Séries do Ensino Fundamental 3.2 – A Função do Professor no Despertar o Hábito da Leitura nas Séries do Ensino Fundamental 3.3 – A Função do Orientador Educacional e Pedagógico no Despertar o Hábito de Leitura nas Séries do Ensino Fundamental 3.4 – A Função do Bibliotecário Escolar como Agente Disseminador da Leitura
43
CAPÍTULO IV ESTRATÉGIAS PARA ESTIMUAR O HÁBITO DE LEITURA NAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WEBGRAFIA
ÍNDICE