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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENRO DE ARTES – CEART
BACHARELADO EM MODA – HABILITAÇÃO DESIGN DE MODA
FERNANDA MUNIZ BEZERRA
AGORA INÊS É MORTA: COLEÇÃO DE MODA FOCADA EM FESTA
FLORIANÓPOLIS – SC
2015
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FERNANDA MUNIZ BEZERRA
AGORA INÊS É MORTA
Trabalho de Conclusão Apresentado ao Curso apresentado ao programa de Graduação do Centro de Artes, da Universidade do Estado de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharela em moda Orientador: Profª. Drª. Icléia Silveira
FLORIANOPOLIS – SC 2015
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FERNANDA MUNIZ BEZERRA
AGORA INÊS É MORTA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Moda pela Universidade Estadual de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção de do grau de Bacharel em Moda: Habiltação em Design de Moda. Banca Examinadora:
Orientador:
________________________________________ Profª. Drª. Icléia Silveira
UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina
Membro:
________________________________________ Profª Drª Lourdes Maria Puls
Membro:
_________________________________________ Professor Lucas da Rosa
Florianópolis, 24 de novembro de 2016.
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AGRADECIMENTOS
A minha mãe Nélida Muniz Bezerra, que me deu todo o apoio e me
ajudou muito na coleção e sempre está me apoiando e incentivando.
Ao meu pai Carlos Augusto de Carvalho Bezerra, minha irmã Leticia
Muniz Bezerra e minha sobrinha Maria Eduarda Muniz Bezerra Pedrozo por
estarem presente a faculdade toda e por me apoiarem nas minhas decisões.
A minha tia Lucia Helena Bezerra por me ajudar com o conteúdo do
tema desse trabalho.
Aos meus avós que sempre estão me apoiando mesmo com a distância
e dificuldades.
Ao meu namorado Rodrigo Rebelo Cruz, que esteve ao meu lado me
dando o apoio e incentivo todos os momentos.
A minha professora orientadora Profª. Drª. Icléia Silveira que me ajudou
desde o começo da faculdade não só com meu TCC, mas também abrindo
minha mente com as pesquisas de gestão do conhecimento.
Aos meus familiares e amigos que estão sempre presentes e certos da
minha escolha.
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RESUMO
O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo de registrar as
etapas do processo de criação de uma coleção de moda festa feminina
inspirada em Inês de Castro e na expressão Agora Inês é Morta. O estudo
realizado mostra as características da época pesquisada, como arquitetura,
indumentária, a relação da moda e da arte e também fatos históricos do amor
de Inês de Castro e D. Pedro I. Com todos os estudos relatados a coleção de
moda festa feminina é realizada e descrita desde o conceito até o produto final
apresentado em desfile.
Palavras Chave: Portugal. Festa. Bordado. Renda. Amor.
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ABSTRACT
The present course paper has the purpose to record the process steps of create a women fashion collection inspired by Inês de Castro and the expression Agora Inês é Morta. The paper shows the period characteristics studied, such as architecture, clothing, fashion and art regarding, as well as the historical love facts between Inês de Castro and D. Pedro I. All studies related a women fashion collection is performed and reported from the concept to the final product. Keywords: Portugal. Party. Embroidery. Lace. Love.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................13
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA E SUBTEMA......................................13
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA....................14
1.3 OBJETIVO.........................................................................................14
1.3.1 Objetivo geral...................................................................14
1.3.2 Objetivos específicos......................................................15
1.4 JUSTIFICATIVA................................................................................15
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.........................................16
1.5.1 Metodologia da pesquisa................................................16
1.5.2 Metodologia de projeto do produto...............................16
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO..........................................................18
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................20
2.1 FATOS HISTÓRICOS DO AMOR D. PEDRO I E INÊS....................20
2.2 CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA........................................24
2.3 INDUMENTÁRIA DA ÉPOCA...........................................................27
2.4 A RELAÇÃO DA MODA COM A ARTE............................................31
3. BOOK DE COLEÇÃO..........................................................................33
3.1 PÚBLICO ALVO...............................................................................35
3.1.1 Painel Público Alvo.........................................................35
3.1.2 Texto sobre Lifestyle do consumidor...........................36
3.2 CONCEITO.......................................................................................36
3.2.1 Nome da coleção.............................................................36
3.2.2 Painel Conceito................................................................37
3.3 PARÂMETROS DE MODA...............................................................37
3.3.1 Painel de Parâmetros de Moda......................................38
3.3.2 Texto sobre Parâmetros de Moda..................................38
3.4 CARTELA DE CORES......................................................................39
3.4.1 Texto sobre as cores.............................................................40
3.5 CARTELA DE MATERIAIS...............................................................40
3.6 COLEÇÃO.........................................................................................41
3.6.1 Mapa de Coleção.............................................................42
3.6.2 Mapa do Desfile...............................................................43
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3.6.3 Desenhos Técnicos ........................................................43
4. DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO.................................................57
4.1 FICHA TÉCNICA DO PRODUTO.....................................................57
4.2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO.................60
4.3 DESFILE FINAL................................................................................67
5. CONSIDERÇÕES FINAIS....................................................................70
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................71
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Inês de Castro e D. Pedro I
Figura 2 – Morte por Encomenda
Figura 3 - Arte tumular de Inês de Castro e D. Pedro I no mosteiro de Alcobaça
Figura 4 – A rainha no Trono
Figura 5 – Coroação de Inês como Rainha
Figura 6 - Interior da Catedral de Durham, Inglaterra: salientam-se as abóbadas
de aresta e as grossas colunas
Figura 7 - Torre de pisa, característica da arte Românica.
Figura 8 - Abadia de Westminster, Inglaterra
Figura 9 - Vitrais da catedral de Saint-Denis, na França, a primeira a ser
construída seguindo a arquitetura gótica.
Figura 10 - Rosácea da Catedral de Durham, Inglaterra
Figura 11 - Catedral de Notre-Dame, em Paris. A mais famosa das catedrais
construídas seguindo a arquitetura gótica.
Figura 12 - Chapéus em Formato de cone e véu.
Figura 13 - Vestido com extremidades de pele e excessos de tecido
Figura 14 - Modelos das roupas da idade média
Figura 15 - Mangas das roupas grandes e compridas
Figura 16 - Vestido da Idade Média de veludo
Figura 17 - Desfile Inverno 2016 Ronaldo Fraga, SPFW
Figura 18 - Desfile Alta Costura Valentino Verão 2015
Figura 19 – Book de Coleção Manual
Figura 20 – Página Book Manual
Figura 21 – QR Code Site
Figura 22 – Painel de Lifestyle
Figura 23 – Painel Imagético
Figura 24 – Painel de Parâmetros de Moda
Figura 25 – Cartela de Cores
Figura 26 – Cartela de Materiais
Figura 27 – Mapa de Coleção
Figura 28 – Mapa do Desfile
Figura 29 – Desenho Técnico 1
10
Figura 30 – Desenho Técnico 2
Figura 31 – Desenho Técnico 3
Figura 32 – Desenho Técnico 4
Figura 33 – Desenho Técnico 5
Figura 34 – Desenho Técnico 6
Figura 35 – Desenho Técnico 7
Figura 36 – Desenho Técnico 8
Figura 37 – Desenho Técnico 9
Figura 38 – Desenho Técnico 10
Figura 39 – Desenho Técnico 11
Figura 40 – Desenho Técnico 12
Figura 41 – Desenho Técnico 13
Figura 42 – Desenho Técnico 14
Figura 43 – Desenho Técnico 15
Figura 44 – Desenho Técnico 16
Figura 45 – Desenho Técnico 17
Figura 46 – Desenho Técnico 18
Figura 47 – Desenho Técnico 19
Figura 48 – Desenho Técnico 20
Figura 49 – Desenho Técnico 21
Figura 50 – Desenho Técnico 22
Figura 51 – Desenho Técnico 23
Figura 52 – Desenho Técnico 24
Figura 53 – Desenho Técnico 25
Figura 54 – Ficha Técnica Look 1
Figura 55 – Ficha Técnica Look 2
Figura 56 – Ficha Técnica Look 3
Figura 57 – Sequência Operacional Look 1
Figura 58 – Protótipo do Vestido 1
Figura 59 – Aplicação da renda no Vestido 1
Figura 60 – Vestido 1 Acabado
Figura 61 – Sequência Operacional Look 2
Figura 62 – Aplicação da Fita Sutache
Figura 63 – Moulage do Vestido 2
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Figura 64 – Protótipo do Vestido 2
Figura 65 – Aplicação de Renda
Figura 66 – Sequencia Operacional Look 3
Figura 67 – Aplicação de Sutache no Manequim
Figura 68 – Moulage com Pan-americano
Figura 69 – Protótipo do vestido 3
Figura 70 – Aplicação do Vestido em Renda
Figura 71 – Desfile Look 1
Figura 72 – Desfile Look 2
Figura 73 – Desfile Look 3
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Etapas de um projeto de design
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1. INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA E SUBTEMA
Este estudo é um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que descreve
o trabalho interdisciplinar do Curso de Bacharelado em Moda – Habilitação
Design de Moda, da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.
Reúne as atividades de ensino das disciplinas da sexta, sétima e oitava fases,
voltadas a criação e desenvolvimento de uma coleção de moda.
A partir do tema geral Sincronicidades foi selecionado o subtema “Agora
Inês é morta” como conceito da coleção. A Sincronicidade aborda o conceito,
criado por Carl Gustav Jung, que define acontecimentos não relacionados
como forma de significado e não por acaso. Sincronicidade pode ser também
chamada de ”coincidência significativa”. Fato que acontece na vida, sem que
esteja esperando, mas que vem exatamente no tempo certo e que não podem
ser consideradas meras coincidências ou simplesmente "obras do destino". Ela
não implica em aleatoriedade dos fatos, mas sim no significado e importância
que ela tem em determinada pessoa. Sendo assim, chegou-se a definição do
subtema e conceito do projeto de coleção “Agora Inês é morta”.
O subtema conceito da coleção aborda a história de amor de D. Pedro I
– futuro rei de Portugal- e Inês de Castro, a amante e grande amor. Inês de
Castro virou a única rainha póstuma na história. Esta história portuguesa
ocorreu no período do reinado medieval de Afonso IV (1325-1357) de Santa
Clara de Coimbra no século XIV.
A expressão "Inês é morta" quer dizer que "não adianta mais” tomar
qualquer decisão, já passou a hora, chegou tarde e agora qualquer ação é
inútil. Todas as iniciativas para destruir o romance de D. Pedro I e Inês foram
inúteis, eles sempre se amaram e D. Pedro I concedeu a Inês de Castro o título
póstumo de rainha de Portugal, e com certeza gostaria de ter reinado com a
amada do seu lado, mas isso não foi possível, porque "Inês é morta"
(http://www.significados.com.br/ines-e-morta).
As imagens do contexto histórico, formas arquitetônicas e do vestuário
deste período (Idade Média) e principalmente a essência subjetiva do amor de
D. Pedro I por Inês de Castro, servirão a criação de painéis de inspiração da
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coleção de moda. Dos detalhes das imagens serão selecionados elementos
marcantes, feitas associações, extraindo-se, assim, ideias de formas, volumes,
tecidos, cores e bordados.
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA
Para o designer de moda desenvolver uma coleção do vestuário é
preciso realizar pesquisas consistentes que façam a diferença no seu projeto.
Uma coleção não deve se limitar a reproduzir as tendências veiculadas nos
meios de comunicação, nos desfiles internacionais, entre outros. É importante
buscar outros conhecimentos, sobre história, revisitar épocas passadas,
explorar a arquitetura, obras artísticas, culturas diversas ou escolher assuntos
diversos como elementos da natureza e até temas mais abstratos e subjetivos
e a maior quantidade de assuntos que for possível. Fazer visitas a museus,
galerias, passeios, horas na internet, entre outros. Tendo todas estas questões
em mente e o significado de Sincronicidade, buscou-se conhecimentos em
histórias de épocas passadas, definindo-se assim, o subtema e conceito do
projeto de coleção “Agora Inês é morta”. Diante deste contexto chegou-se a
seguinte problema de pesquisa: Como desenvolver uma coleção de moda
feminina que represente o contexto do amor de D. Pedro I por Inês de Castro,
nas formas, bordados, tecidos e cores? Neste sentido, o desafio é como utilizar
elementos de uma época para reproduzir uma emoção por meio de uma ideia
criativa e aplicar no projeto do produto.
1.3. OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Desenvolver uma coleção de moda feminina inspirada no contexto do
amor de D. Pedro I por Inês de Castro, representado nas formas, bordados,
tecidos e cores.
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1.3.2 Objetivos específicos
a) Descrever fatos importantes da história de amor D. Pedro I e Inês de Castro;
b) Selecionar imagens deste contexto histórico para compor os painéis de
inspiração da coleção;
c) Identificar os diferentes tipos de texturas, formas, bordados e volumes no
período em estudo para aplicação na coleção;
d) Verificar a relação da criação dos produtos de moda com a arte;
e) Desenvolver, produzir e apresentar uma minicoleção de vestuário feminino
no desfile de formatura.
1.4 JUSTIFICATIVA
A motivação para a realização desse trabalho se deu após ter feito o
mapa mental, com isso chegar até a idade média na história de Inês de Castro
e chegar a expressão muito usada pela minha família, o que despertou a
vontade de conhecer mais a época e a história do amor de D. Pedro e Inês de
castro. Esta pesquisa mostrará a história de Portugal e também a história de
amor e o luto de um Rei por sua amada.
Destaca-se a importância de os profissionais da moda, trabalhar com
fatos históricos e com a arte, pois são ricas fontes de inspiração a serem
aplicadas na inovação e diferenciação dos produtos. Estas fontes de inspiração
passam sentimentos, induzem a imaginação, até a concepção de novas ideais
e sua concretização.
Uma coleção não deve se limitar a reproduzir as tendências veiculadas
nos meios de comunicação, nos desfiles internacionais, entre outros. É
importante buscar outros conhecimentos, sobre história, revisitar épocas
passadas, explorar a arquitetura, obras artísticas, culturas diversas ou escolher
assuntos diversos como elementos da natureza e até temas mais abstratos e
subjetivos e a maior quantidade de assuntos que for possível. Fazer visitas a
museus, galerias, passeios, horas na internet, entre outros.
Com isso, pretende-se fazer uma coleção de festa feminina inspirada na
história do amor de Inês de Castro e pesquisar formas, cores, bordados e
tecidos que lembrem a época e o amor do casal.
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1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
1.5.1 Metodologia da pesquisa
Quanto à forma da abordagem do problema, essa pesquisa caracteriza-
se como investigação qualitativa. Acerca da abordagem qualitativa Gil (1999,
p.94), afirma que “[...] métodos de pesquisa qualitativa estão voltados para
auxiliar os pesquisadores a compreender pessoas e seus contextos sociais,
culturais e institucionais”.
Quanto aos objetivos, a pesquisa é exploratória, porque busca
proporcionar maior familiaridade com o problema, propondo uma coleção de
moda do vestuário feminino que envolve história, romantismo, formas e cores
aplicadas em bordados e tecidos que remetam a época e ao amor foco da
pesquisa.
A amostra da pesquisa envolve Portugal da idade média, o vestuário e o
ambiente onde ocorreu a história do amor de D. Pedro e Inês de Castro. A
coleta de dados da pesquisa teórica foi realizada por meio de leitura de livros,
teses, dissertações e artigos entre outros. A criação da coleção terá como base
o conteúdo teórico resultante da pesquisa com foco nos objetivos propostos,
considerando a solução da problemática. Para tanto, aborda-se a história do
amor de D. Pedro e Inês de castro (idade média); as formas a arquitetônicas de
Portugal da época, bem o vestuário e as técnicas de bordados usadas na
época.
1.5.2 Metodologia de Projeto do Produto
O processo de desenvolvimento de produtos envolve quase todos os
departamentos da empresa, que tem a finalidade de lançar novos produtos,
transformando as necessidades de mercado em produtos ou serviços
economicamente viáveis. Mas, cada empresa pode usar diferentes
metodologias projetuais ou uma mistura delas de acordo com seus interesses.
As propostas de metodologia de desenvolvimento de produto são diversas.
Cada autor propõe um método para a concepção de produtos baseado nas
suas percepções de como chegar a um resultado satisfatório com o menor
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esforço possível. Assim, Burdek (2006) define metodologia do design como
reflexo objetivo de esforços que se destinam a otimizar métodos, regras e
critérios. Para este trabalho optou-se pela metodologia projetual de Löbach
(2001).
Löbach (2001) descreve o processo de design, que é formado pelo
designer industrial e o objeto desenhado (produto industrial). Todo processo de
design é tanto um processo criativo como um processo de solução de
problemas, e pode ser dividido em quatro fases, conforme mostrado na tabela
1:
- Preparação: quando existe um problema que pode ser bem definido;
- Geração: reunião de informações sobre o problema, que são
analisadas e relacionadas com criatividade entre si;
- Avaliação: criação de alternativas de solução para o problema,
julgadas segundo critérios estabelecidos;
- Realização: desenvolver a alternativa mais adequada, transformando-
a em produto.
Tabela 1 - Etapas de um projeto de design
Processo Criativo
Processo de solução do problema
Processo de design
1. Fase de preparação
Análise do problema
Conhecimento do problema
Coleta de informações
Análise das informações
Definição do problema, clarificação do problema, definição de objetivos
Análise do problema de design Análise da necessidade
Análise da relação social (homem-produto)
Análise da relação com ambiente (produto/ambiente)
Desenvolvimento histórico Análise do mercado
Análise da função (funções práticas) Análise estrutural (estrutura da
construção) Análise da configuração (funções
estéticas) Análise de materiais e processos de
fabricação Patentes, legislação e normas
Análise de sistema de produto (produto-produto)
Distribuição, montagem, serviço a clientes,
manutenção Descrição das características do novo
produto Exigências para com o novo produto
2. Fase da Geração
Alternativas do problema Escolha dos métodos de solucionar problemas, produção de ideias, geração
Alternativas de design Conceitos do design Alternativas de solução Esboços de ideias
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de alternativas Modelos
3. Fase da avaliação
Avaliação das alternativas do problema Exame das alternativas, processo de seleção Processo de avaliação
Avaliação das alternativas de design Escolha da melhor solução Incorporação das características ao novo Produto
4. Fase de realização
Realização da solução do problema Realização da solução do problema, Nova avaliação da solução.
Solução de design Projeto mecânico Projeto estrutural Configuração dos detalhes Desenvolvimento de modelos Desenhos técnicos, e de representação Documentação do projeto, relatórios.
Fonte: Löbach, 2001, p. 142.
O objetivo do designer é encontrar uma solução do problema que possa
ser transformada em um produto industrial e satisfaça as necessidades
humanas de forma duradoura.
O processo de design proposto por Löbach, (2001) orientado o processo
para a criação e se inicia com a identificação do problema. Em seguida, após a
identificação do problema e análise do seu entorno, são geradas as
alternativas, as ideias para o produto final. Entre as alternativas propostas
pode-se encontrar qual é a mais adequada para a solução do problema,
tornando-se um protótipo em seguida, e se estiver de acordo com os propósitos
da empresa, tornar-se-á um produto industrial.
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO
O trabalho de conclusão de curso se divide em 5 capítulos e mais a
referência bibliográfica utilizada para a realização do trabalho.
O primeiro capítulo trata da introdução, com a contextualização do tema,
justificativa, problemática, procedimentos metodológicos e a estrutura do
trabalho.
No segundo capítulo trata da fundamentação teórica. Foram realizadas e
documentadas, nesta parte, pesquisas acerca do tema geral, Sincronicidade,
tema criado por Carl Jung que significa ”coincidência significativa”. A partir
deste tema partiu-se para a pesquisa do subtema de inspiração: ”Agora Inês é
morta”, onde foi documentada sua origem e história. Também consta nesse
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capitulo, as pesquisas sobre as técnicas de bordados e as formas
arquitetônicas de Portugal da época.
O terceiro capítulo compete ao book de coleção, trazendo os painéis
imagéticos, mood, trend e lifestyle. Neste capítulo a coleção de moda começa a
ganhar forma com o a cartela de cor, materiais, aviamentos, e, por fim, os vinte
e cinco croquis que constituem a coleção de moda.
No quarto capítulo apresenta-se o desenvolvimento dos produtos, ou
seja, os três looks escolhidos que serão apresentados no OCTAFASHION e
mostrados através de fotos neste trabalho. Esta parte do trabalho centra-se,
em especial, na documentação da modelagem, ajustes, confecção e ficha
técnica de cada peça desenvolvida.
Por fim, são apresentadas as considerações finais do trabalho, onde se
demonstrou como os objetivos foram atingidos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica para a construção deste trabalho compõe-se
de três partes: Conhecimentos sobre os fatos históricos do Período Medieval
em Portugal que envolveram a história de amor D. Pedro I e Inês de Castro, o
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contexto arquitetônico do ambiente e seu vestuário; Apresentação dos detalhes
dos bordados, das formas e cores representa o luxo do período histórico e
refletir sobre a relação da criação dos produtos de moda com a arte e
contextos históricos, exemplificando com alguns trabalhos de estilistas
famosos.
2.1 FATOS HISTÓRICOS DO AMOR D. PEDRO I E INÊS DE CASTRO
A história de amor de Inês de Castro e D. Pedro primeiro é uma mistura
de mito e realidade (Figura 1)
Figura 1 - Inês de Castro e D. Pedro I
Fonte: https://lusitanapaixao.wordpress.com/category/cronologia/
Conforme Cristófano (2012) Inês de Castro era dama de companhia de
Constança Manuel, mulher de D. Pedro I, futuro Rei de Portugal, no século XIV.
Inês e D. Pedro tiveram um romance, porém logo foram descobertos. Em 1344
Rei D. Afonso, pai de D. Pedro, afastou Inês de seu filho pela imposição da
corte por motivos de moralidade e pela intimidade com os irmãos Castro, que
ameaçava a independência de Portugal. Inês foi exilada na fronteira
castelhana, no castelo de Albuquerque. Em 1345, Constança Manuel morreu
ao dar à luz, e com isso D. Pedro I ficou livre em trazer sua amada de volta
para perto dele, no palácio. O Rei D. Afonso sempre foi contra o romance, pelo
21
fato que os casamentos sempre tiveram interesses em riquezas e posições
políticas e expulsou Inês dos aposentos reais.
D. Pedro I se mudou com Inês para o Paço de Santa Clara e mesmo
com intrigas e desentendimentos com o pai ele era muito feliz com a amada e
com os filhos que tiveram juntos. Com a oposição da corte e do povo pelo amor
do jovem casal, o rei arquitetou um plano para matar Inês enquanto o filho
estava em suas cavalgadas e caçadas. A casa de Inês foi cercada e D. Afonso
com mais 3 homens do rei invadiram a casa de Inês (Figura 2) e a decapitaram
e levaram o corpo para a igreja de Santa Clara. Antes desta atrocidade
abraçada à filha, Inês pede clemência a seus algozes, aliados do rei, mas estes
não desobedeceram ao rei (SILVA; PIOVESAN, 2006).
Figura 2 - Morte por encomenda
Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/ines_de_castro_-_a_rainha_morta.html
Pereira (2009) descreve que, quando D. Pedro I soube do ocorrido ficou
indignado e triste com a morte de sua amada. Após dois anos de luto assumiu
o trono e foi o momento da vingança pela morte de Inês. Devido a essa
vontade de vingança, em seu reinado ficou conhecido como “o Cru “, “o
Justiceiro”. Após a vingança dos assassinos, D. Pedro manda o corpo da
amada para monumento tumular, no mosteiro de Alcobaça, que ao seu lado iria
ter um outro monumento para o rei ficar ao lado da amada (Figura 3), pois no
dia do juízo final eles levantariam dos tumulo e iriam olhar um para outro. Após
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o translado honrado e majestoso D. Pedro enobreceu sua amada e disse que
anos antes tinha se casado com ela às escondidas e que haviam poucas
testemunhas da união. Com essa declaração Inês foi coroada rainha após já
estar morta.
Figura 3 - Arte tumular de Inês de Castro e D. Pedro I no mosteiro de Alcobaça
Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/ines_de_castro_-_a_rainha_morta.htm
Um dos mitos dessa história de amor, segundo Silva e Piovesan (2006),
é que enquanto o rei estava dentro do mosteiro com os restos mortais de sua
amada, o povo do lado de fora tentava ver o que estava acontecendo dentro e
uns diziam que o rei havia colocado Inês em uma cadeira, junto ao altar mor
para que todos a vissem; outros diziam que Inês estava com roupas de rainha
sentada no trono com manto e coroa na cabeça esquelética como foi pintada
em uma tela (Figura 4). Outro mito, diz que no tumulo estavam apenas seus
restos mortais envoltos da roupa real e seus adornos e que toda a corte foi
obrigada a beijar a mão da rainha póstuma, (Figura 5).
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Figura 4 - A rainha no Trono
Fonte: www.ines_castro.blogs.sapo.pt
Figura 5 - Coroação de Inês como rainha
Fonte: historia-portugal.blogspot.com.br
D. Pedro I reinou durante dez anos, morreu quase repentinamente ainda novo, com quarenta e sete anos de idade. E o povo lamentou sua morte, porque além de dar comida aos famintos, também era justo, premiando quem merecia e castigo aos maus. As qualidades deste soberano passaram de geração em geração, sendo considerado o período de dez anos que reinou os melhores anos de Portugal (SILVA; PIOVESAN, 2006, p. 2).
24
2.2. CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA
A arquitetura da idade média foi marcada por uma influência muito
grande da igreja católica e sua característica era o teocentrismo, colocando
Deus como centro de tudo. Os estilos mais característicos da época analisada
foram o período românico e o gótico.
De acordo com Ramallo (1992), a arte Românica surgiu no final do
século XI e XII na Europa e suas construções eram semelhantes aos antigos
romanos. As características da arquitetura românica são, suas estruturas
grandes e sólidas – por isso chamadas de fortalezas de Deus, abóbodas
substituindo os telhados das basílicas (Figura 6), pilares maciços, poucas
janelas estreitas, arcos que formam 180 graus. A mais famosa construção
dessa época é a torre de Pisa (Figura 7), que se entortou, pois, depois de
construída o terreno cedeu. A técnica do mosaico teve seu auge nessa época –
mesmo sendo uma técnica originada do Oriente usada desde a antiguidade,
era usado para representar o céu com as cores azul e dourado.
Figura 6 - Interior da Catedral de Durham, Inglaterra: salientam-se as abóbadas de aresta e as grossas colunas
Fonte: http://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/10753.html
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Figura 7 - Torre de pisa, característica da arte Românica.
Fonte: http://entreomalhoeabigorna.blogspot.com.br/2014/10/os-cristaos-e-arquitetura.html
Arena (1967) menciona que a arte gótica surgiu no fim do século XII
difundida por toda Europa ocidental e permaneceu até a renascença, no
século XV. Arquitetura gótica se caracteriza pelos arcos em forma de ogiva,
grades naves, por vitrais grandes e coloridos que retratam passagens da
bíblia e o verticalismo (Figura 8).
Figura 8 - Abadia de Westminster, Inglaterra
Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=163
26
De acordo com Pinto, (2014) a arte gótica é uma expressão religiosa
considerada o triunfo da igreja católica. As estruturas das construções são mais
leves, com vãos mais amplos para conseguir maior luminosidade no interior
através das janelas com trabalhos em vitrais (Figura 9) e as rosáceas (Figura
10), uma espécie de vitral usada nas entradas das construções. Os arcos em
formas de agulhas e ogivas deixaram as construções mais verticalizadas
direcionando para o céu, tendo uma característica mais religiosa e
reverenciando Deus (Figura 11).
Figura 9 - Vitrais da catedral de Saint-Denis, na França, a primeira a ser construída seguindo a arquitetura gótica.
Fonte:http://www.historiadomundo.com.br/idade-media/inovacao-da-arquitetura-gotica.htm
Figura 10 - Rosácea da Catedral de Durham, Inglaterra
Fonte: http://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/10753.html
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Figura 11 - Catedral de Notre-Dame, em Paris. A mais famosa das catedrais construídas seguindo a arquitetura gótica.
Fonte:http://www.historiadomundo.com.br/idade-media/inovacao-da-arquitetura-gotica.htm
De acordo com Rambauske (2014), a coloração das igrejas medievais
era mais brilhante no exterior no que no interior das construções.
2.3. INDUMENTÁRIA DA ÉPOCA
Segundo Lipovetsky (2001), a moda antes da metade do século XIV
quase não aparece no sentido escrito, após essa época as túnicas usadas
anteriormente foram divididas em duas peças e também diferenciadas por
gêneros e começavam a ser divididas por crenças, posição social e
agrupamentos. O autor diz ainda que entre os séculos XIV a XIX são os
séculos inaugurais da moda, ela revela traços sociais e estéticos mais
característicos e para grupos restritos que monopolizam o poder de iniciativa e
de criação. É uma época de moda artesanal e aristocrática.
Vestuário radicalmente novo, nitidamente diferenciado segundo os sexos: curto e ajustado para o homem, longo e justo para a mulher. (...) a mesma toga longa e flutuante, usada mais ou menos indistintamente há séculos pelos dois sexos, foi substituída por um lado, por um traje masculino (...); por outro lado, substituiu-a um traje feminino. (...) Transformação que institui uma diferença muito marcada para toda a evolução das modas futuras até o século XX (LIPOVETSKY, 2001, p.29-30).
“O vestuário feminino é igualmente ajustado e exalta os atributos da
feminilidade: o traje alonga o corpo através da cauda, põe em evidência o
28
busto, os quadris, a curva das ancas. O peito é destacado pelo decote ”
(LIPOVTSKY, 2001, p. 30).
As roupas passaram a delinear mais os corpos em relação ao período
anterior, especialmente a parte superior dos vestidos femininos (SILVA, 2009,
p.33). De acordo com Silva (2009), a arquitetura gótica da época influenciou as
vestes, que ficaram mais verticalizadas e magras, as mangas cresceram e
ampliaram e foram até a altura do punho. As mulheres usavam chapéus em
formas de cone ou chifres bem alongados que por cima deles continham um
véu (Figura 12), usavam também barbettes – faixa de tecido que passava do
pescoço e era amarrado na cabeça em cima dos penteados.
Santos (2006), mencionou que no final do século XIV eram usados
outros tipos de penteados como os adornos acolchoados em forma de salsicha
formava um U mais inclinado para trás, as sobrancelhas e os cabelos na testa
eram raspados para imitar as esculturas clássicas existentes.
Figura 12 - Chapéu em Formato de cone e véu
Fonte: https://sites.google.com/site/medievaltimesgt/middle-ages-clothing
Segundo KÖHLER (2005), as roupas femininas tinham excesso de
tecido e nas extremidades continham pele (Figura 13), cinto era um acessório
necessário abaixo do seio para caracterizar o novo estilo largo na parte de
baixo (Figura 14), as mangas tornaram-se largas e compridas (Figura 15). Os
tecidos da época eram a seda, o veludo (Figura 16), o algodão e o linho. As
29
cores nos tecidos eram utilizadas somente pela classe mais alta, eram o
vermelho, amarelo, dourado, verde, azul.
Figura 13 - Vestido com extremidades de pele e excessos de tecido
Fonte: http://ohmydollz.uol.com.br/forumbr/viewtopic.php?pid=106318
Figura 14 - Modelos das roupas da idade média
Fonte: https://historyofeuropeanfashion.wordpress.com/2012/01/
30
Figura 15 - Mangas das roupas grandes e compridas
Fonte: https://www.pinterest.com/pin/206391595393060278/
Figura 16 - Vestido da Idade Media de veludo
Fonte: http://shode.ru/ru/view/normal/11081
A história desta época está relacionada com a evolução dos costumes e
da moda, incluindo à arte antiga e das civilizações recentes: da antiga Grécia
ao Oriente, das Américas a Europa. O bordado é uma técnica decorativa que
era utilizada em peças do vestuário mais elaboradas e luxuosas da classe
nobre (BONANDO; WANDA, 1981, p.7).
31
2.5 A RELAÇÃO DA MODA COM A ARTE
Os designers de moda trazem a sua fonte de inspiração de maneira sutil,
para o contexto contemporâneo das tendências de moda, que se se
materializam e chegam aos consumidores. Com base em muita pesquisa os
produtos de moda são concebidos, das leituras, das imagens e das
interpretações de seus criadores sobre o universo (histórico ou atual) que os
rodeiam. Estilistas do mundo inteiro já se inspiraram no amor para confeccionar
suas coleções na passarela.
Ronaldo Fraga, na coleção Inverno 2016, desfilada no São Paulo
Fashion Week teve o amor como tema, de todos os gêneros e corpos (Figura
17). A coleção de amor do estilista foi focada nas delicias e não nas dores.
Contém cores vibrantes como o vermelho, violeta e fúcsia. Os materiais usados
na coleção foram a seda, o algodão, bordados, passamanarias e tricôs de
seda. A modelagem das peças foram traçadas para ambos os gêneros,
masculino e feminino, com o intuito de que todos possam usar as peças. As
estampas digitais, foram desenvolvidas em uma maquina brasileira que
imprime a estampa na roupa pronta. As imagens criadas para a estamparia
mostram partituras de musicas, trechos de cartas de amor, flores de bananeira
e um floral que estampava um prato da casa do estilista.
Figura 17 - Desfile Inverno 2016 Ronaldo Fraga, SPFW
Fonte: http://ffw.com.br/desfiles/sao-paulo/inverno-2016-rtw/ronaldo-fraga/1542916/colecao/20/
32
No desfile de Alta Costura de Paris, a Maison Valentino fez uma coleção
e o tema era amor, com inspiração no pintor russo-francês Marc Chagall. Os
materiais utilizados foram o veludo, gazes e malhas metálicas as silhuetas
eram alongadas e com cores fortes e vivas como o vermelho, verdes e azuis
com a mesma tonalidade das telas do artista (www.ansabrasil.com).
As estilistas tiveram a inspiração não somente do pintor Marc Chagall,
mas também de textos do “inferno” de Dante, frases de Shakespeare e música
pop italiana. As características dos vestidos eram esvoaçantes, com asas nas
modelagens, uma sequência folk-russa, florais, rendas, com tendências
medievais, decotes quadrados e com bordados e desenhos (Figura 18).
Figura 18 - Desfile Alta Costura Valentino Verão 2015
Fonte: http://www.buyerandbrand.com.br/valentino-alta-costura-verao-2015/
33
3. BOOK DA COLEÇÃO
O book de coleção apresenta todas as informações da coleção de moda
em uma forma física que contém informações como release, cartela de
materiais, de cores, painéis imagéticos, moodboard, lifestyle e parâmetros,
croquis estilizados e desenhos técnicos. A estética do book está de acordo com
o tema de coleção em termos de cores, texturas, formas. O book físico da
coleção Agora Inês é Morta (Figura 19) foi confeccionado na 7ª fase de forma
manual no tamanho A4 encadernado capa dura como forma de livro antigo em
letras douradas com cores como preto, vermelho que submetem o luxo.
Nas páginas finais do book, que continham os croquis (Figura 20),
foram colocados os croquis estilizados com ambientação e os desenhos
técnicos em papel vegetal na página ao lado, para que o desenho técnico
possa ser analisado junto ao croqui estilizado.
Fonte: Acervo da autora
Figura 19 - Book de Coleção Manual
34
Já o book digital, desenvolvido na última fase do curso na disciplina de
book digital, foi elaborado em forma de site usando a plataforma Wix. No site
constam os painéis, cartelas e textos, bem como os croquis feitos digitalmente,
desenhos técnicos dos looks que foram para a passarela e informações do
formando.
O book digital pode ser encontrado pelo link: http://fe-
bezerra.wixsite.com/fernandabezerra ou pelo QR code (Figura 21)
Fonte: Acervo da Autora
Fonte: http://br.qr-code-generator.com/
Figura 20 – Página Book Manual
Figura 21- QR Code Site
35
3.1 PÚBLICO ALVO
Para saber qual o público alvo, foi necessário um estudo que mostrasse
os gostos pessoais, produtos que consome, lugares onde frequenta, o que faz
e o modo de como se relaciona com o outros. As informações foram reunidas e
para fim de montar um perfil de consumidor do produto.
3.1.1 Painel de Público Alvo
O painel de Lifestyle (Figura 22) é uma maneira visual de organizar o
perfil da consumidora de moda do produto confeccionado. Nesse painel
consegue-se ver o estilo de vida do cliente através de imagens.
Figura 22 – Painel de Lifestyle
Fonte: Produção da própria autora
36
Os conceitos utilizados para a seleção de imagens para o painel estão
retratados no texto sobre o painel Lifestyle.
3.1.2 Texto sobre Lifestyle do consumidor
O texto sobre o painel lifestyle serve de auxílio para que seja entendido
mais claramente o conceito do público alvo. Ele tem o intuito de descrever
minuciosamente como é o seu consumidor e como são seus hábitos.
A ideia de faixa etária está sendo aos poucos abolida quando se fala
de consumidor de moda, e quando o assunto é festa, estas fronteiras
ficam ainda mais nebulosas. A mulher da coleção “Agora Inês é
Morta” é, sobretudo, intensa. Não tem medo de ousar. Gosta do luxo,
de últimas tendências, de viagens culturais e gastronômicas. Aprecia
de peças de roupas bem-feitas e que captem o seu estilo. (Transcrito
do Book de coleção da Autora)
Com a leitura do texto, pontos que não ficam explícitos com imagens,
agora com o texto ficam mais claros.
3.2 CONCEITO
O conceito de uma coleção é a fusão dos elementos técnicos com
elementos artísticos, que servem para guiar a criação. A partir do conceito de
coleção são definidas as formas, texturas, cores. O tema trabalhado coleção do
presente trabalho, já descrito no capítulo 2, é o amor o luxo e o luto de Inês de
Castro e da história de Portugal. A materialização do conceito na coleção foi
através do luxo do reinado português e do luto do Rei de Portugal D. Pedro I.
3.2.1 Nome da Coleção
Agora Inês é Morta, uma expressão que significa que algo é tarde
demais, foi o nome da coleção que trabalhou o luxo e o luto. A expressão, já
explicada no capítulo 2, remete ao luto de quem perdeu a amada, porém o Rei
D. Pedro I quis dar o luxo a ela, coroando-a depois de morta.
37
3.2.2 Painel Conceito
O painel Conceito (Figura 23), também conhecido como Painel
Imagético ou semântico, é uma imagem que define a linguagem e aparência da
coleção. Pode ser formado por uma foto ou uma montagem com diversas fotos
que contenham informações essenciais para compreender o conceito de
coleção e o público alvo que será designada. A partir desse painel conceito que
serão retiradas a cartela de cores, as texturas e as formas que serão
trabalhadas na coleção.
3.3 PARAMÊNTROS DE MODA
Parâmetros de moda é entendido qual tendência e segmentos que a
coleção irá seguir. Bordados, rendas, plissado, fendas, volumes e tudo que
possa explicar a direção que a coleção irá tomar. O painel de parâmetros serve
Figura 23 – Painel Imagético
Fonte: Produção da própria autora
38
como inspiração para o desenvolvimento da coleção, e não uma cópia das
roupas que nelas estão inseridas.
3.3.1 Painel de Parâmetros de Moda
Para a confecção do painel de parâmetros de moda (Figura 24) da
coleção Agora Inês é morta foram selecionadas fotos de editoriais e de desfiles
que tinham a ver com o conceito a ser desenvolvido. Todos os elementos como
forma, cor, silhueta e textura foram demonstrados com imagens.
3.3.2 Texto sobre Parâmetros de Moda
Junto com o painel de Parâmetros de Moda foi elaborado um texto
sobre as características contidas nele:
Figura 24 – Painel de Parâmetros de Moda
Fonte: Produção da própria autora
39
A coleção é composta por peças bem modeladas, feitas na moulage,
com pedrarias e rendas, marcando o pescoço, pois remetem a morte
de Inês de Castro. Vestidos longos, com golas, mangas longas,
tecidos finos e bordados compõem os looks. (Transcrito do Book de
Coleção)
O texto da uma breve explicação sobre as tendências de moda e o
conceito da coleção Agora Inês é Morta.
3.4 CARTELA DE CORES
A cartela de cores (Figura 25) é composta por cores retiradas do painel
conceito da coleção, e em média são de seis (6) a dez (10) cores. A cartela é
formada por nomes fantasia, relacionadas ao tema de coleção, e ao número do
Pantone, código mundial de cores e que são utilizados pelas confecções de
moda.
As cores inicialmente pré-estabelecidas sofreram pequenas alterações
de tonalidades à medida que se encontravam os tecidos que seriam utilizados
na coleção. Tais alterações não alteração o conceito da coleção.
Fonte: Produção da própria autora
Figura 25 – Cartela de Cores
40
3.4.1 Texto sobre as cores
Junto com a cartela de cores, foi elaborado um texto sobre o motivo das
escolhas das cores da coleção.
A coleção é composta pelas cores preto, vermelho, bordô, nude e
dourado. O preto diz respeito ao luto que D. Pedro, o rei de Portugal
sentiu ao perder a esposa. O bordô e o dourado estão relacionados
ao luxo e a riqueza do reinado de Portugal. O vermelho refere-se ao
sangue, a morte de Inês de Castro. (Transcrito do book de coleção)
3.5 CARTELA DE MATERIAIS
Usando como base o conceito da coleção e a estação do ano, inverno
2017, pode-se decidir a cartela de materiais (Figura 26) para o
desenvolvimento das peças da coleção.
Os materiais pensados para coleção foram materiais com fluidez e
com texturas diferentes que fazem um contraponto com o amor, o luto
e o luxo. Crepes como: Haya, Burble, mousson e a renda compõem a
cartela de tecidos. Mostram luxo, elegância da época, bom caimento
e fluidez demonstram o amor do casal. Os tecidos como as rendas e
bordados indicam a o luxo da família real (Transcrito do book de
coleção)
41
Seguindo a necessidade dos modelos dos vestidos os tecidos foram
variados de acordo com a necessidade de caimento e recorte.
3.6 COLEÇÃO
Segundo Gomes (1992), uma coleção "é a reunião ou conjunto de peças
de roupas e/ou acessórios que possuam alguma relação entre si". Na
apresentação dos looks da coleção todos os elementos que fazem parte do
conceito serão representados na passarela através de tecidos, cores, formas e
que neles tenham uma unidade estética. Para a criação da coleção todos os
painéis feitos como estudos são utilizados para criação dos croquis e
futuramente para as peças da passarela.
Figura 28 - Cartela de Materiais
Fonte: Produção da própria autora
42
3.6.1 Mapa de Coleção
O Mapa da Coleção (Figura 27) é composto por um painel com a
apresentação dos 25 organizado um ao lado do outro na ordem definida e que
seja de fácil visualização da coleção.
Foram feitos dois mapas de coleção com os mesmos corquis, um
manualmente com aquarela e marker, e depois foram feitos os croquis digitais
no programa photoshop.
Fonte: Produção da própria autora digital (2016)
Figura 27 – Mapa de Coleção
43
3.6.2 Mapa do Desfile
Após definida a coleção Agora Inês é Morta, foram escolhidos três (3)
looks para serem desfiladas no OCTA Fashion, tal escolha foi realizada
juntamente com o professor da disciplina e a aluna e com isso foi realizado o
mapa do desfile (Figura 28). O critério para seleção dos looks escolhidos foram
o grau de coerência com o conceito, formas e cores junto com o tema.
3.6.3 Desenhos Técnicos
No book de coleção além dos croquis estilizados ainda continham os 25
desenhos técnicos referentes aos looks.
O objetivo do desenho técnico é mostrar elementos técnicos das peças
que serão utilizadas para o setor de confecção das roupas. Os detalhes
algumas vezes não são demonstrados no croqui estilizado e dificultam o
trabalho da produção, para melhor entendimento e melhor resultado no produto
o desenho técnico ajuda a esclarecer alguns pontos que não estão visíveis.
Fonte: Produção própria autora
Figura 28 – Mapa do desfile
44
Figura 29 – Desenho Técnico 1
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 30 – Desenho Técnico 2
45
Figura 31 – Desenho Técnico 3
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 32 – Desenho Técnico 4
46
Figura 33 – Desenho Técnico 5
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 34 – Desenho Técnico 6
47
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 35 – Desenho Técnico 7
Figura 36 – Desenho Ténico 8
48
Figura 37 – Desenho Técnico 9
Figura 38 - Desenho Técnico 10
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
49
Figura 39 – Desenho Técnico 11
Figura 40 – Desenho Técnico 12
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
50
Figura 41 –Desenho Técnico 13
Figura 42 – Desenho Técnico 14
Figura 43 –
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
51
Desenho Técnico 15
Figura 44 – Desenho Técnico 16
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
52
Figura 45 – Desenho Técnico 17
Figura 46 – Desenho Técnico 18
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
53
Figura 47 – Desenho Técnico 19
Figura 48 – Desenho Técnico 20
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
54
Figura 49 – Desenho Técnico 21
Figura 50 – Desenho Técnico 22
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
55
Figura 51 – Desenho Técnico 23
Figura 52 – Desenho Técnico 24
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
56
Figura 53 – Desenho Técnico 25
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
57
4. DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
Nessa etapa produtos que, até então foram apenas planejados, na 8ª
fase do curso é dado vida e são confeccionados com todos os elementos
definidos de acordo com as características do conceito de coleção.
4.1 Ficha Técnica do Produto – looks selecionados
Para apresentação e mais entendimento das peças são necessárias as
fichas técnicas com todas os detalhes feitos de cada look. Nas fichas constam
dados sobre modelagem, quantidade de peças, tecido, cor, composição.
Figura 54 – Ficha Técnica do Look 1
Fonte: Feito pela própria autora
58
Figura 55 – Ficha Técnica Look 2
Fonte: Feito pela autora (2016)
59
Figura 56 – Ficha Técnica Look 3
Fonte: Feito pela autora (2016)
60
4.2 Etapas do Processo de Desenvolvimento do Produto
Para o desenvolvimento dos looks existiram algumas etapas para a
produção do produto. Todos os três (3) looks foram feitos através da moulage e
cada look apenas tinha uma (1) peça, um vestido longo de festa com aplicação
de bordados e pedrarias.
O primeiro look é constituído por um vestido longo, com recortes que
alongam a silhueta, com renda preta bordada em pedraria aplicada em toda a
extensão da manga e busto. A sequência operacional (Figura 57) relata todo o
processo de produção da peça.
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 57 – Sequência Operacional Look 1
61
Algumas etapas do desenvolvimento do produto foram fotografadas para
que se possa ver a evolução do processo, como o protótipo do vestido 1
(Figura 58) feita no pan-americano, a aplicação da renda no tecido do vestido
(Figura 59) e o vestido pronto no manequim (Figura 60), apenas faltando fazer
a barra, que é feita no dia em que as modelos vão para a prova de roupas.
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 58 – Protótipo Vestido 1
62
Figura 59 – Aplicação de Renda Vestido 1
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 60 – Vestido 1 Acabado
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
63
Já para o segundo look, o vestido continha renda vermelha aplicada e
bordada com pedraria, o caimento se deu com muitos recortes e o modelo do
vestido era de uma manga. A sequência operacional (Figura 61) mostra o
processo de produção das peças desde o corte até a limpeza dos fios, para
melhor acabamento do vestido.
Para que a peça esteja com a modelagem correta, é necessário que seja
feito um processo que envolvem desde colocar as fitas no manequim (Figura
62), modelar o pan-americano no manequim (Figura 63), fazer o protótipo
(Figura 64), costurar o vestido e aplicar as rendas (Figura 65).
Figura 62 – Aplicação da fita sutache
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 61 – Sequência Operacional Vestido 2
64
Figura 63 – Moulage Vestido 2
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 64 – Protótipo Vestdo 2
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
65
No terceiro Look o vestido também continha recortes, que alongavam a
silhueta, as rendas aplicadas foram douradas com pedrarias aplicadas no
recorte dos ombros e na manga, que tinham o modelo vazado. Todos o passo
a passo estão na sequencia operacional (Figura 66), que ajuda a montar o
vestido sem que possa ter erro ou perda de tempo.
Figura 66 – Sequência Operacional Look 3
Figura 65 – Aplicação de Renda
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
66
Existe um processo de produção para que a peça tenha um bom
caimento. O primeiro passo para isso é desenhar o vestido com a fita sutache
no manequim (Figura 67), modelar com o pan-americano (Figura 68), fazer o
protótipo (Figura 69) e aplicação da renda (Figura 70).
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Figura 68 – Moulage com panamericano
Figura 66 – Aplicação de de sutache no manequim Figura 67 – Aplicação de de sutache no manequim
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
67
4.3 DEFILE FINAL
O evento Octa fashion 2016 aconteceu dia 12 de novembro de 2016, no
Oceania Convention Center às 18 horas com apresentação de 38 alunos e
cada um mostrando seus 3 looks que foram confeccionados ao longo do
semestre. As modelos foram da Agencia DN models e a coleção Agora Inês é
Morta teve a participação das modelos Luara Heil (Figura 71), Alessandra
Severo (Figura 72), Luisa Wolf (Figura 73)
Figura 70 – Aplicação da Renda no Vestido
Figura 69 – Protótipo do Vestido
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
Fonte: Produção da Própria Autora (2016)
68
Figura 71 – Desfile Look 1
Fonte: Tiago Mynt
Fonte: Tiago Mynt
Figura 72 – Desfile Look 2
69
Figura 72 – Desfile Look 3
Fonte: Tiago Mynt
70
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cada vez mais o consumidor de moda cuida do produto que adquire,
com isso os acabamentos e materiais são analisados e exigidos os melhores.
No presente trabalho foi criado uma minicoleção de moda voltado para o
público feminino do segmento festa utilizando as características da história de
amor e o luxo do século XIV em Portugal.
Algumas dificuldades foram enfrentadas para materializar a coleção,
entre elas foi encontrar quantidades e tonalidades do tecido proposto para que
exista uma unidade entre os modelos. A moulage foi também uma dificuldade
enfrentada, pois para ter um bom acabamento foi necessário muitos ajustes e
muitos estudos dos caimentos. Contudo o objetivo geral deste trabalho de
conclusão de curso de desenvolver uma coleção de moda com o conceito do
luxo, luto e do amor se mostra atingido.
71
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BURDEK, B. E. Design: história, teoria e prática do design de produtos.
São Paulo: E. Blucher, 2006.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo:
Editora Atlas; 2009.
LÖBACH, B. Design industrial: bases para a configuração dos produtos
industriais. São Paulo: E. Blucher, 2001.
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sociedade moderna. São Paulo: Companhia das letras, 1987.
BONANDO, Wanda; NAVA, Marinella. Guia do Bordado: Guia prática e
manual. São Paulo: Abril,1981.
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Martins Fontes, 1993. 564p.
ENCICLOPÉDIA BARSA. Enciclopédia Britânica do Brasil. Publicações Ltda.
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SOUSA, Rainer Gonçalves. "Arquitetura Medieval"; Brasil Escola. Disponível
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PINTO, Tales Dos Santos. "Arte Gótica"; Brasil Escola. Disponível em
<http://www.brasilescola.com/historiag/arte-gotica.htm>. Acesso em 17 de
novembro de 2015.
72
RAMALLO, Germán. Saber ver a arte românica. São Paulo: Martins Fontes,
1992.
RAMBAUSKE, Ana Maria. Apostila Teoria da Cor. Disponível em:
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CRISTÓFANO, Sirlene; O Amor Trágico entre D. Pedro e Inês De Castro: O
Diálogo entre a Literatura Portuguesa e a História do Povo Lusitano. História e
Perspectivas, Uberlândia, v.25 n.46, 2012. Disponivel em:
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PEREIRA, Juliana Aparecida Dumont; Uma análise critico-literária do episódio
de Inês de Castro. Crátilo, Patos de Minas, v. 2, 2009. Disponível em:
<http://cratilo.unipam.edu.br/documents/32405/39719/Uma_analise_critico_liter
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PIOVESAN, M. H. F.; SILVA, R. M. X. Inês de Castro: da realidade histórica ao
mito e à poesia. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
LICENCIATURA EM LETRAS) - Universidade Estadual do Maranhão.
http://www.significados.com.br/ines-e-morta/Acesso em 1 de Outubro de 2015.