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Universidade Estadual de Santa Cruz Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente - MDR&MA
POLLYANNA ALVES DIAS COSTA
DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA
URBANA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA
ILHÉUS - BAHIA 2012
POLLYANNA ALVES DIAS COSTA
DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA
URBANA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA
Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC.
Orientadora: Profª. Drª. Vitória Solange Coelho Ferreira
Co-orientador: Prof. Dr. Marcelo Inácio Ferreira Ferraz
ILHÉUS - BAHIA 2012
C837 Costa, Pollyanna Alves Dias.
Dengue : uma análise socioambiental da área urba-
na do município de Itabuna, Bahia / Pollyanna Alves
Dias Costa. – Ilhéus, BA: UESC/PRODEMA, 2012.
80 f. : Il. ; anexos.
Orientadora: Vitória Solange Coelho Ferreira.
Co-orientador: Marcelo Inácio Ferreira Ferraz.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de
Santa Cruz, Ilhéus, BA, 2012.
Inclui bibliografias.
1. Dengue. 2. Dengue – Aspectos sociais – Itabuna (BA). 3. Dengue – Aspectos ambientais. 4. Arboviroses.
I. Título.
CDD 614.571
DEDICATÓRIA
A todos que de forma anônima ou reconhecidamente, ao longo dessas duas
décadas, tem dedicado seus esforços no combate a dengue e demais doenças
infecciosas que afligem a população deste país.
AGRADECIMENTOS
A Deus, Divino Criador, causa primária de todas as coisas.
Aos meus pais, José e Vera Dias, instrumentos divinos da minha criação, pela
dedicação e cuidado da vida inteira. Minha gratidão é ainda maior pelo amor,
cuidado e presença constante na vida dos meus filhotes: Marina e Artur.
A Márcio, com quem continuo a dividir os meus mais preciosos sonhos, para quem
qualquer especificação de agradecimento seria insuficiente. Obrigada por você
existir em nossas vidas. “Se todos fossem no mundo iguais a você, que maravilha
viver”!
A Dan Lobão pelo apoio, incentivo e motivação decisivos para a realização deste
mestrado. Por fazer do diagrama do elefante mais do que um elo de ligação, foi a
chave para a conexão da minha vida com as ciências ambientais. Também por ter
me apresentado à Kátia Curvelo, a quem agradeço pela colaboração no processo de
seleção.
À Vitória Solange, orientadora desta pesquisa, pelos valiosos ensinamentos, por
quem desde a graduação tenho o mais sincero sentimento de respeito e admiração
pela dedicação aos estudos.
A Marcelo Ferraz, co-orientador deste estudo, pela aceitação, acolhimento,
motivação, tranquilidade na condução e orientação constante. Sou muito grata à sua
disponibilidade.
À Maria Schaun, por quem tenho um sincero carinho. Pela eficiência e apoio a todos
nós. Estou certa de que o PRODEMA/UESC não seria o mesmo sem você.
Ao colegiado e coordenação do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente da UESC na pessoa do Prof. Salvador Trevisan, coordenador do curso.
A todos os professores do PRODEMA/UESC. Em especial ao Prof. Paulo Terra,
minha admiração e gratidão pela oportunidade de conviver com a face mais bela do
mundo acadêmico.
Aos professores Milton Ferreira e Neylor Calazans pelo apoio e incentivo constante.
Aos colegas de turma, Arthur, Bárbara, Camila, Daniel, Elis, Francine, Henrique,
Juliana, Leonardo, Melba, Michele, Nayara, Paulo, Renata, Taciana e Tereza, pela
felicidade do nosso encontro, pelo convívio saudável e pelo aprendizado mútuo que
nos proporcionamos neste ano de ‘efervescência’ de aulas e convivência diária.
Às colegas Inatiane Martins e Natiane Carvalho pelo importante incentivo e
motivação para a inscrição no processo de seleção.
À Isabela, colega e amiga, pelo apoio no processo de seleção e colaboração na
coleta dos dados para a pesquisa.
À Ângela, colega da Vigilância Epidemiológica de Itabuna, pela disponibilidade
constante em fornecer dados para a pesquisa.
À Aline, amiga de sempre, e à Rose Paz pela ajuda que me concederam para além
da língua vernácula.
Um agradecimento especial à Jeane, para quem minha gratidão já seria justificada
pelo profissionalismo, competência e exemplo que é para todos nós que
trabalhamos na Saúde Coletiva. Soma-se a esta gratidão, sentimentos de carinho,
respeito, fraternidade e amizade. Obrigada pelo incentivo, motivação,
encorajamento, orientação, disponibilidade... Obrigada por tudo.
Aos colegas de Departamento da Secretaria Municipal de Saúde, Jaqueline, Matias,
Iolanda, Matheus e Joanne pelo apoio, incentivo e carinho nesta caminhada.
Ao Núcleo de Planejamento, Informação e Gestão Estratégica da Secretaria
Municipal de Saúde de Itabuna na pessoa de Roberta Fulgêncio, por ter concedido
permissão para o cumprimento das atividades do mestrado e por ter suportado
minhas ausências.
À CEPLAC pelo fornecimento dos dados da Estação Meteorológica do Centro de
Pesquisas.
A todos os profissionais envolvidos com o Sistema de Informação do Sistema Único
de Saúde.
À UESC, pela oportunidade do cumprimento de mais uma etapa acadêmica. Meu
respeito e reconhecimento à importância desta instituição para o desenvolvimento
da região. Tenho muito orgulho de ser filha desta casa.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Ciclo de vida do Aedes Aegipty.............................................................. 21
Figura 2: O vetor de transmissão........................................................................... 22
Figura 3: Distribuição do Aedes Aegipty no mundo............................................... 26
Figura 4: Mapa de risco de ocorrência do dengue no Brasil.................................. 28
Figura 5: Mapa de localização de Itabuna............................................................. 31
Figura 6: Relação do coeficiente de incidência de dengue com Índice de
Infestação Predial no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA......
39
Figura 7: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores
notificações no biênio 2002/2003 no município de Itabuna - Bahia.......................
40
Figura 8: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores
notificações no ano de 2005 no município de Itabuna – Bahia..............................
41
Figura 9: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores
notificações no ano de 2009 no município de Itabuna - Bahia...............................
42
Figura 10: Notificação de dengue segundo sexo, no período de 2001 a 2010 no
município de Itabuna – BA.....................................................................................
43
Figura 11: Notificação de dengue segundo faixa etária no período de 2001 a
2010 no município de Itabuna – BA.......................................................................
45
Figura 12: Série histórica de notificações de dengue segundo os meses de
ocorrência, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010 no município de
Itabuna – BA...........................................................................................................
47
Figura 13: Notificação de dengue no período de janeiro de 2001 a dezembro de
2010 segundo os meses do ano no município de Itabuna – BA............................
48
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Número de casos confirmados e coeficiente de incidência de dengue
do município de Itabuna - Bahia no período de 2001 a 2010.................................
36
Tabela 2: Índice de Infestação Predial anual do município de Itabuna - Bahia no
período de 2006 a 2010....................................................................................
37
Tabela 3: Coeficiente de incidência de dengue e Índice de Infestação Predial
anual no período de 2006 a 2010 no município de Itabuna -
Bahia.......................................................................................................................
38
Tabela 4: Distribuição percentual segundo anos de estudo das notificações de
dengue no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – Bahia...................
44
Tabela 5: Matriz de Correlação de Pearson para notificação de dengue,
temperatura e precipitação no município de Itabuna – Bahia no período de 2001
a 2010.....................................................................................................................
49
Tabela 6: Proporção de cobertura dos serviços de saneamento básico no
município de Itabuna - Bahia no período de 2001 a 2010......................................
50
LISTA DE APÊNDICES
Quadro 1: Notificação do dengue por bairros do município de Itabuna, no
período 2001 a 2010..............................................................................................
60
Quadro 2: Notificação de dengue segundo escolaridade no município de
Itabuna, no período 2001 a 2010...........................................................................
64
Quadro 3: Notificação de dengue segundo sexo no município de Itabuna, no
período 2001 a 2010..............................................................................................
64
Quadro 4: Distribuição populacional do Município de Itabuna, segundo sexo no
período 2001 a 2010..............................................................................................
65
Quadro 5: Distribuição populacional do Município de Itabuna segundo faixa
etária, no período de 2001 a 2010.........................................................................
65
Quadro 6: Notificação de dengue segundo faixa etária no município de Itabuna,
no período 2001 a 2010.........................................................................................
66
Quadro 7: Distribuição de dengue segundo mês de notificação no município de
Itabuna, no período 2001 a 2010...........................................................................
66
Quadro 8: Temperatura média mensal do município de Itabuna, no período
2001 a 2010...........................................................................................................
67
Quadro 9: Precipitação mensal do município de Itabuna, no período 2001 a
2010........................................................................................................................
67
Figura 15: Diagrama de Dispersão da notificação de dengue e sua relação com
os níveis de temperatura do período de 2001 a 2010, no município de
Itabuna....................................................................................................................
68
Figura 16: Diagrama de Dispersão da notificação de Dengue e os níveis de
precipitação pluviométrica do período de 2001 a 2010, no município de
Itabuna....................................................................................................................
68
Tabela 7: Abastecimento de água no município de Itabuna – Bahia, no período
de 2001 a 2010......................................................................................................
69
Tabela 8: Esgotamento sanitário no município de Itabuna – Bahia, no período
de 2001 a 2010......................................................................................................
69
Tabela 9: Destino do lixo no município de Itabuna – Bahia, no período de 2001
a 2010.....................................................................................................................
70
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2001 da Zona Geral
do município de Itabuna – SIAB.............................................................................
71
Anexo 2: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2002 da Zona Geral
do município de Itabuna – SIAB.............................................................................
72
Anexo 3: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2003 da Zona Geral
do município de Itabuna – SIAB.............................................................................
73
Anexo 4: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2004 da Zona Geral
do município de Itabuna – SIAB.............................................................................
74
Anexo 5: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2005 da Zona Geral
do município de Itabuna – SIAB.............................................................................
75
Anexo 6: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2006 da Zona Geral
do município de Itabuna – SIAB.............................................................................
76
Anexo 7: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2007 da Zona Geral
do município de Itabuna – SIAB.............................................................................
77
Anexo 8: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2008 da Zona Geral
do município de Itabuna – SIAB.............................................................................
78
Anexo 9: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2009 da Zona Geral
do município de Itabuna – SIAB.............................................................................
79
Anexo 10: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2010 da Zona
Geral do município de Itabuna – SIAB...................................................................
80
LISTA DE ABREVIATURAS
CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente
DC – Dengue Clássica
FHD – Febre Hemorrágica do Dengue
IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IIP - Índice de Infestação Predial
MMA – Ministério do Meio Ambiente
OMS – Organização Mundial de Saúde
PDR – Plano Diretor de Regionalização
RNA – Ácido Ribonucléico
SCD – Síndrome do Choque do Dengue
SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica
SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SIG – Sistema de Informação Geográfica
SISFAD – Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue
SMS – Secretaria Municipal de Saúde
SPSS – Statistical Package for the Social Sciences
SUS – Sistema Único de Saúde
DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA
RESUMO
O dengue é um desafio e grave problema de Saúde Pública no mundo, principal doença (re)emergente da atualidade e a mais importante arbovirose que afeta o ser humano. O presente estudo analisou a ocorrência de dengue e os fatores sociais e ambientais na área urbana do município de Itabuna, Bahia, no período de 2001 a 2010. O Brasil enfrenta constante risco de surtos e epidemias e, no Estado da Bahia, Itabuna caracteriza-se como um município prioritário para o Programa de Controle da Dengue. Foi realizado um estudo epidemiológico observacional, exploratório, de série temporal do tipo ecológico, tendo o município de Itabuna como unidade agregada de observação e a ocorrência dos casos de dengue na população representando a unidade de análise. Os dados coletados foram obtidos em fontes secundárias. As variáveis selecionadas como dependentes foram: coeficiente de incidência de dengue e notificação (mensal e anual); as variáveis independentes foram: bairro de ocorrência, sexo, faixa etária, escolaridade, temperatura, precipitação e saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo). O município conviveu com o dengue durante todos os anos do período estudado, apresentando caráter endêmico com comportamento epidêmico para os anos 2002, 2003, 2005, 2008 e 2009. O risco epidemiológico de infecção por dengue para a população de Itabuna é alto. O município apresentou alta incidência da doença chegando a 4.648 casos para cada 100.000 habitantes no ano de 2009. Em todos os anos do período estudado, os índices de infestação predial (IIP) estiveram muito acima do valor preconizado como satisfatório (1%), chegando a 19,6% para o ano de 2010. As maiores ocorrências nos anos epidêmicos de 2002, 2003, 2005 e 2009 foram nos bairros de Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; seguidos de São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo e Parque Boa Vista, representando as localidades de maior risco. O sexo feminino apresentou o maior número de notificação. Foi observado mudança na faixa etária com predominância inicial de 15 a 59 anos, com aumento para a faixa etária menor de 15 anos a partir de 2008. Os meses de março a maio foram os de maior intensidade do dengue, no entanto, foi encontrado registro da doença em todos os meses do ano. Houve significância estatística de correlação da temperatura média mensal com a ocorrência de dengue. O saneamento básico apresentou melhora gradativa. Embora 91% das residências possuam sistema de abastecimento de água, mas este abastecimento não é regular, 26% da população não possuem esgotamento sanitário e 12% não tem coleta para o lixo produzido, revelando um cenário de predisposição a adoecimentos. Uma associação de fatores que predizem a possibilidade de nova epidemia para Itabuna. Problemas complexos requerem soluções complexas. É preciso conciliar estratégias convencionais com inovações tecnológicas.
Palavras-chave: Dengue. Fatores sociais. Fatores ambientais. Epidemia. Itabuna.
DENGUE: A SOCIAL ENVIRONMENTAL ANALYSIS OF THE URBAN AREA OF THE CITY OF ITABUNA, BAHIA
ABSTRACT
Dengue is a serious challenge and public health problem in the world. Nowadays it is the main disease (re) emerging and the most important arbovirus that affects humans. The present study analyzed the occurrence of dengue and the social and environmental factors in the urban area of Itabuna, Bahia, in the period of 2001 to 2010. Brazil faces the constant risk of outbreaks and epidemics, and in the State of Bahia, Itabuna is characterized as a priority city for Dengue Control Program. It was done an epidemiological ecological study and Itabuna aggregates the unit of observation and the occurrence of dengue cases in the population representing the unit of analysis. The data were obtained from secondary sources. The selected dependent variables were: incidence rate of dengue and notification (annual and monthly). The independent variables were: boroughs that presented the cases of dengue, gender, age, educational level, temperature, precipitation and sanitation (water supply, sewage and garbage collection). The city has lived with dengue during all the years of the period studied. It showed endemic feature with epidemic manner for the years of 2002, 2003, 2005, 2008 and 2009. The epidemiological risk of dengue infection for the population of Itabuna is high. The city presented a high incidence of the disease reaching 4,648 cases per 100,000 inhabitants in 2009. In all the years of the period studied, the rates of building infestation were much higher than recommended as satisfactory (1%), reaching 19.6% for the year 2010. The highest occurrences of epidemics in the years 2002, 2003, 2005 and 2009 were in the neighborhoods of Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; followed by São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo and Parque Boa Vista, representing the locations of the greatest risk. There was a predominance of occurrence in females. It was observed changes in the age group with initial predominance starting from 15 to 59 years, increasing to the age group below 15 years from 2008. The months from March to May had the highest intensity of dengue; however, it was found the record of the disease in all the months of the year. There was a statistically significant correlation between monthly average temperature and the occurrence of dengue. Sanitation has improved gradually. Although 91% of households have water supply system, but this supply is not regular, 26% of the population do not have sanitation and 12% do not collect the waste produced, revealing a scene of a predisposition to illnesses. These factors predict the possibility of a new epidemic of dengue in Itabuna. Complex problems require complex solutions. It is necessary to combine technological innovations with conventional strategies.
Keywords: Dengue. Social factors. Environmental factors. Epidemic. Itabuna.
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................. x
ABSTRACT.......................................................................................................... xi
1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 13
1.1. Justificativa.................................................................................................... 16
1.2. Problema de pesquisa e hipóteses.............................................................. 19
1.3. Objetivos....................................................................................................... 19
1.3.1. Objetivo Geral............................................................................................ 19
1.3.2. Objetivos Específicos................................................................................. 19
2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 20
2.1. Do agente etiológico ao vetor de transmissão do Dengue........................... 20
2.2 Aspectos clínicos da doença......................................................................... 23
2.3. Aspectos históricos e epidemiológicos do Dengue....................................... 24
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................ 29
3.1. Delineamento da pesquisa............................................................................ 29
3.2. Local de estudo............................................................................................. 30
3.3. Análise dos dados......................................................................................... 32
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................... 35
4.1. Ocorrência anual do dengue e variáveis sociais........................................... 35
4.2. Ocorrência do agravo por mês...................................................................... 46
4.3. Correlação entre variáveis climáticas e a ocorrência mensal do dengue.....
4.4. Saneamento básico.......................................................................................
49
50
5. CONCLUSÕES................................................................................................ 52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 56
APÊNCDICES..................................................................................................
ANEXOS..........................................................................................................
60
71
1. INTRODUÇÃO
Os seres vivos se encontram em um meio condicionante de sua evolução,
que é particularizada pelo patrimônio hereditário específico de cada espécie.
Quando há mudança no meio, o organismo reage e, no intervalo permitido pelo
patrimônio hereditário, readapta-se à nova realidade vigente. Por sua vez, essas
transformações são, também, uma força impactante no meio coletivo, construindo
um sistema complexo e cíclico que impele a reordenações seletivas.
Os vínculos entre desenvolvimento, condições ambientais e saúde são muito
estreitos e decorre, principalmente, da forma como são realizadas as intervenções
humanas no ambiente. Dentre as ações de maiores potencialidades de impactos,
estão as capazes de gerar o meio ambiente artificial, ou seja, gerar mudanças nos
bens ambientais.
Pode-se conceber o meio ambiente como o conjunto de forças e condições
que envolvem e influenciam os seres e as coisas em geral. Como exemplo de
fatores constituintes deste meio tem-se a água, o clima, o solo, a iluminação, a
pressão, o teor de oxigênio, os seres vivos, modo de vida em sociedade e,
especificamente para o ser humano, a educação, a companhia, a saúde, dentre
outros.
Para Pignatti (2004), na trilogia ecológica da medicina homem-agente-meio, o
meio ambiente refere-se a uma combinação homogênea dos fatores físico-químicos,
biológicos e sociais, caracterizado pelo entorno. Ampliando esta concepção, o
Ministério do Meio Ambiente considera como o conjunto de condições, leis,
influências, alterações e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (art. 3º, I, da Lei 6.938, de
14
31.8.81); sendo dividido em meio ambiente físico ou natural, cultural, artificial e do
trabalho.
Seguindo a mesma amplitude de abordagem, o Conselho Nacional de Meio
Ambiente - CONAMA (2009) considera impacto ambiental como qualquer alteração
nas propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia, decorrentes das atividades humanas, que
direta ou indiretamente prejudiquem: a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; as atividades sociais e econômicas; a biodiversidade; as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos naturais.
Desde os primórdios da civilização é observada uma estreita relação entre
saúde e meio ambiente. Nas discussões sobre o desenvolvimento social
predominam duas correntes do pensamento, uma que procura ajustar o processo
aos interesses econômicos e sociais imediatistas e outra em que predomina a visão
de sustentabilidade duradoura.
No que pese a existência deste debate, o setor saúde precisa ampliar os
espaços de discussão e participar mais ativamente da discussão sobre
desenvolvimento sustentável. Debate esse que, em nível mundial, teve início no final
dos anos 60, na reunião do chamado Clube de Roma, e prosseguiu com inúmeros
outros encontros ao longo do tempo, tendo sua maior referência na reunião mundial
acontecida em 1992 no Rio de Janeiro: Conferência das Nações Unidas Sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92). Neste encontro ficou estabelecida a
“Agenda 21”, que definiu as normas gerais para o desenvolvimento social e
econômico no século 21.
Hall (2001, p. 20), citando Brundtland, define desenvolvimento sustentável
como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras atenderem às próprias necessidades”. Afirma
ainda que o relatório da Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento,
mais conhecido como Relatório Brundtland, identifica cinco princípios básicos para
que se alcance a sustentabilidade: o conceito do planejamento holístico e a criação
de estratégias; a importância de preservar processos ecológicos essenciais; a
necessidade de proteger o patrimônio humano e a biodiversidade; a necessidade de
buscar um tipo de desenvolvimento que permita à produtividade ser sustentada no
15
longo prazo para as gerações futuras; e a meta de atingir um melhor equilíbrio de
justiça e oportunidades entre as nações.
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA (2003) divulga como
classificação para os problemas ambientais a divisão segundo “Agendas”. Define na
“Agenda Verde” os aspectos referentes à preservação de florestas e biodiversidade;
na “Agenda Azul” aqueles referentes à gestão de recursos hídricos; e na “Agenda
Marrom” os pertinentes às questões ambientais relacionadas à urbanização, à
industrialização, ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social, tais como
a poluição do ar, da água e do solo, a coleta e reciclagem de lixo, o ordenamento
urbano, a segurança química, dentre outros.
Ainda segundo este Instituto, a reunião da Cúpula Mundial para o
Desenvolvimento Sustentável, denominada Rio+10, como mecanismo para tentar
amenizar as disputas entre os países desenvolvidos e os chamados em
desenvolvimento, definiu dois níveis de enfoques e tolerância para as políticas
públicas de desenvolvimento: países mais ricos, sem grandes problemas sociais ou
econômicos e já tendo se desenvolvido com base em um modelo poluidor, priorizam
a Agenda Verde; países em desenvolvimento, priorizando elevar os padrões sociais,
concentram-se na Agenda Marrom.
A questão ambiental tem adquirido uma importância maior devido a fatores
globais, no entanto, os problemas locais têm impactado significativamente a saúde
humana. É na forma da organização socioeconômica e ambiental que as doenças
encontram espaço para ora emergirem, ora ganharem novas faces. (PIGNATTI,
2004).
Historicamente, a forma de organização socioambiental e econômica tem
determinado uma crescente modificação do meio ambiente e isto, tem contribuído
para muitas doenças e agravos encontrarem força para surgirem ou (re) emergirem,
sobretudo aquelas em que as condições ambientais podem ser os fatores
determinantes para sua (re)produção, como é o caso do dengue.
16
1.1. Justificativa
O Brasil protagoniza o cenário mundial, dos mais de três milhões de casos de
dengue notificados à Organização Mundial de Saúde – OMS no período de 2000 a
2005. Segundo Morato e Silva (2008), cerca de 60% das notificações foram oriundas
deste país.
Vale ressaltar que esse não é um problema recente. Desde o século XIX o
agravo vem ocorrendo de forma continuada, intercalada com períodos epidêmicos,
sobretudo nos grandes centros urbanos das Regiões Sudeste e Nordeste. Apesar
destas regiões serem responsáveis pela maior parte das notificações, a doença está
presente em todos os estados da Federação, apenas o Estado de Santa Catarina
nunca teve transmissão autóctone de dengue (BRASIL, 2009).
O Brasil enfrenta constante risco de surtos e epidemias por apresentar
condições urbanas ideais de reprodução e proliferação do Aedes aegypti e pela
ineficácia das políticas públicas estabelecidas para o controle (TAUIL, 2011).
No Estado da Bahia, o município de Itabuna se caracteriza como município
prioritário para o Programa Estadual de Controle da Dengue, por possuir registro de
transmissão epidêmica da Dengue nos anos de 2002, 2003, 2005, 2008 e 2009, e
por apresentar alto Índice de Infestação Predial (IIP) do vetor e de transmissão da
doença na sua forma mais grave.
Itabuna vem tendo ao longo dos últimos cinco anos, um dos maiores IIP do
Brasil, sendo considerado um município de alto risco para adoecimento, surtos,
epidemias e óbitos por dengue no país. O período de 2001 a 2010 registrou 29.776
notificações, sendo o biênio 2008/2009 responsável por 17.302 destas notificações,
com 09 óbitos, apresentando aumento expressivo das formas graves.
Apesar dos esforços que vem sendo empreendidos para o controle desta
arbovirose, as epidemias de grande magnitude e sua expansão geográfica
continuam em curso. As intervenções sobre o problema transcendem o setor saúde
que, isoladamente, não tem como resolver a complexidade dos fatores que
favorecem a proliferação do vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti.
Dentre as causas de proliferação, que simultaneamente caracterizam-se
como óbice ao controle, tem-se o intenso trânsito de pessoas e a rápida
17
urbanização, associados a déficits nas estruturas de saneamento básico e ao
acúmulo de lixo. Embalagens plásticas, pneus inservíveis e diversos resíduos
urbanos expostos no meio ambiente, mal acondicionados, não tratados
convenientemente ou não recolhidos, permanecem por tempo suficiente para
funcionar como criadouro para todo o ciclo de reprodução do mosquito.
Contribuindo com este processo, a elevada circulação e concentração
demográfica com acelerado e desordenado crescimento urbano tem gerado
desdobramentos nocivos ao meio e consequentemente ao seres que nele vivem de
forma incompatível com a visão de desenvolvimento sustentável. A
indissociabilidade desta relação caracteriza a interdependência das questões de
saúde e de qualidade de vida da população com o meio e a estabilidade deste com
as ações humanas, tornando, desta forma, o ser humano agente indutor e receptor
dos problemas ambientais.
O Brasil é cada vez mais um país urbano. Nossas cidades cresceram em
número e tamanho de uma maneira avassaladora nas últimas décadas. Passou de
rural a urbano com mais de 80% da população vivendo em médios e grandes
centros urbanos (THE LANCET, 2011). Alguns aspectos dessa urbanização
influenciam na qualidade de vida, tais como saneamento, qualidade ambiental e
adoecimentos. (MEIO AMBIENTE BRASIL, 2004)
Nessa direção, o município de Itabuna tem como característica ser um pólo
regional de confluência de pessoas da região para o comércio, serviços de saúde,
universidade, faculdades, entre outros serviços. Com o desenvolvimento dos últimos
anos, obteve um crescimento rápido e desordenado, sem planejamento urbano, com
o processo de favelização caracterizada por condições precárias de urbanização,
irregularidade de abastecimento de água e da coleta de lixo. Fatores estes, que são
considerados, pelo Programa Nacional de Controle da Dengue, como determinantes
para a manutenção de criadouros ideais para a fêmea do mosquito vetor colocar
seus ovos. (BRASIL, 2009b)
Fica evidente a necessidade do desenvolvimento de ações e instituição de
políticas intersetoriais que venham contemplar as necessidades e problemas que
impactam no processo saúde e doença, principalmente, considerando o conceito
ampliado de saúde descrito na VIII Conferência Nacional de Saúde (1986), que a
define como “resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda,
18
meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e
acesso a serviços de saúde”1 (BRASIL, 1990). A Constituição Federal Brasileira
dispõe que:
a “saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (BRASIL, 1988. Art. 196)
Observa-se que as condições sociais e ambientais são determinantes para o
estado de saúde da população e, sobretudo, para o grande crescimento do número
de casos de dengue. Assim sendo, será insuficiente estudar e intervir apenas em
aspectos clínicos da doença, mantendo o modelo biomédico, que privilegia a
intervenção na doença instalada. É necessário então, debruçar-se cada vez mais
nos fatores que tem uma relação importante na permanência do vetor no nosso meio
e na ocorrência da doença. E nesse caso, o meio ambiente tem um papel
fundamental na prevenção e controle da dengue, quer seja em nível municipal,
estadual, nacional e internacional.
Apesar dos avanços tecnológicos, sobretudo na assistência ao indivíduo
acometido pela doença, da forte e sistemática divulgação dos fatores que
contribuem para a recorrência da doença e para a manutenção dos altos índices de
infestação predial no nosso meio, em Itabuna, desconhece-se a singularidade dos
fatores socioambientais que tem contribuído e determinado a manutenção da grave
situação no município. Desta forma, este estudo permitirá o conhecimento e a
análise de variáveis sociais e ambientais que contribuíram para a infecção pelo vírus
do dengue na área urbana do município de Itabuna no período de 2001 a 2010.
Assim, mais que o cumprimento de uma etapa acadêmica, espera-se, que o
resultado deste estudo subsidie o planejamento e a implementação de ações
transversais e interdisciplinares para enfrentamento efetivo da dengue no município,
contribuindo para a redução da mortalidade advinda da doença, a melhoria do nível
de qualidade de vida no município e para um desenvolvimento regional sustentável.
Acima de qualquer outro aspecto, estes três contributos compõem a justificativa e a
importância diferenciada desta pesquisa.
1 Art 3º da Lei Orgânica da Saúde (Leio 8.080/90).
19
1.2. Problema de pesquisa e hipótese
Refletir acerca da ocorrência de dengue, durante os últimos dez anos, na
área urbana do município de Itabuna instigou a investigação sobre qual a relação
existente entre a ocorrência deste agravo e os fatores socioambientais? A presente
questão teve outras subjacentes, a saber: onde se localizam estes casos? Sua
ocorrência tem relação com as variações climáticas? Existe uma correlação entre
proporção de saneamento básico e os coeficientes de incidência?
Tendo por base estes questionamentos, foi definido como hipótese para o
presente estudo a seguinte assertiva: admite-se que no município de Itabuna (BA),
fatores sociais e ambientais estavam relacionados com a ocorrência de dengue no
período de 2001 a 2010.
1.3. Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Analisar a ocorrência de dengue e os fatores socioambientais da área urbana
do município de Itabuna (BA), no período de 2001 a 2010.
1.3.2 Objetivos Específicos
Descrever a ocorrência de dengue por ano segundo variáveis sociais;
Identificar a ocorrência do agravo por mês;
Correlacionar variáveis climáticas com a ocorrência mensal de dengue.
Correlacionar a proporção de saneamento básico com os coeficientes de
incidência da doença.
20
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Do agente etiológico ao vetor de transmissão do dengue
O dengue é considerado como um desafio e grave problema de Saúde
Pública no mundo, sendo a principal doença (re)emergente da atualidade, a mais
importante arbovirose que afeta o ser humano, com circulação do vírus nos cinco
continentes, com transmissão fundamentalmente urbana e com grande potencial
para o desenvolvimento de formas graves e letais. Segundo Flauzino et al (2009a),
cerca de 2,5 bilhões de pessoas encontram-se em risco de infecção, particularmente
em países tropicais, onde a umidade e a temperatura favorecem a proliferação do
mosquito vetor.
O agente etiológico, um vírus ácido ribonucléico (RNA), é classificado como
um arbovírus, pertence ao gênero Flavivírus da família Flaviviridae. Atualmente, os
vírus da dengue são os arbovírus mais difundidos geograficamente (SOUZA, 2008).
Para a OMS, arbovírus são vírus mantidos na natureza através da transmissão
biológica entre hospedeiros vertebrados suscetíveis, por artrópodos hematófagos.
Atualmente são reconhecidos quatro sorotipos do vírus, classificados como: DENV1,
DENV2, DENV3 E DENV4 (UJVARI, 2011).
Inicialmente o vírus restringia-se aos macacos habitantes da península da
Malásia, onde se originaram por mutações e permaneceram circulando entre
mosquitos e primatas, segundo achados de microrganismos semelhantes em
macacos da região (WANG, 2000). Com o desenvolvimento da urbanização,
21
grandes áreas foram desmatadas para a agricultura e habitação, produzindo
desequilíbrio no ecossistema e invasão do habitat natural do vírus.
Para Ujvari (2011), ao invadir o habitat dos primatas, o homem também
invadiu o habitat dos vírus. Essa proximidade fez com que os mosquitos que se
alimentavam através dos macacos, utilizassem também o ser humano como fonte de
alimentos, assim, os vírus precursores do dengue se transferiram para humanos e
abandonaram os primatas, surgindo uma arbovirose no Sudeste Asiático.
As arboviroses são doenças virais transmitidas ao homem através de animais
invertebrados do filo Arthropoda. Para o dengue, o principal mosquito vetor pertence
à classe Insecta, da ordem Diptera, subordem Nematocera, família Culicidae,
subfamília Culicinae, tribo Aedini, gênero Aedes, subgênero Stegomyia, e espécies
aegypti e albopictus (SUCEN, 1997).
O Aedes aegypti foi quem melhor se adaptou às áreas urbanas, vivendo
preferencialmente no domicílio ou no seu entorno, por encontrar melhores condições
para sua reprodução, uma vez que necessitam de alimentação sanguínea para
amadurecimento do folículo ovariano e de reservatórios de água para sua
ovoposição. Água limpa e parada funciona como criadouro ideal para o
desenvolvimento do ciclo de vida do vetor, no entanto, existe também viabilidade
para diferentes condições de temperatura, densidade e qualidade da água, inclusive
em águas poluídas conforme descrito por Fernandes (2006).
FIGURA 1: Ciclo de vida do Aedes aegipty. Fonte: www.dengue.org.br.
22
Este vetor está entre as espécies de mosquito que passa mais rapidamente
pela fase imatura, apresenta duas fases no seu ciclo de vida, a primeira é a
aquática, que inclui três estádios de desenvolvimento, o ovo, a larva (quatro estádios
larvais) e a pupa; a segunda fase é a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto.
A duração do ciclo de vida a partir da oviposição até a fase adulta é de
aproximadamente 10 dias, em condições favoráveis, principalmente, de temperatura
e alimentação (SUCEN, 1997).
A transmissão se dá pela picada dos mosquitos vetores, no ciclo ser humano
- Aedes aegypti - ser humano. A fêmea do mosquito é quem pica os humanos para
obter sangue para amadurecimento do folículo ovariano e então, colocar seus ovos
em qualquer superfície úmida. Assim, o mosquito vetor assume relevância desde o
seu ciclo de reprodução, que se inicia nos criadouros caracterizados por quaisquer
recipientes capazes de acumular água parada.
FIGURA 2: O vetor de transmissão.
Fonte: Laboratório Raikhel/UC-Riverside.
A doença, portanto, ocorre e dissemina-se especialmente nos países
tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a
proliferação do Aedes aegypti (BRASIL, 2006).
23
2.2. Aspectos clínicos da doença
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2006) descreve o dengue como uma doença
febril, que pode ser de curso benigno ou grave. Dependendo de suas manifestações
recebe a seguinte tipologia: infecção inaparente, dengue clássico (DC), febre
hemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome do choque do dengue (SCD).
No Dengue Clássico a primeira manifestação é a febre alta, de início abrupto,
seguida de um ou mais dos seguintes sintomas: cefaléia, mialgia, prostração,
artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, exantema e prurido
cutâneo. A hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente, desde o
aparecimento da febre (BRASIL, 2009).
Alguns destes aspectos clínicos são mais freqüentes em determinadas
idades. No caso da dor abdominal generalizada tem sido observada mais
freqüentemente entre crianças e as manifestações hemorrágicas como petéquias,
epistaxe, gengivorragia e metrorragia têm sido relatadas mais freqüentemente entre
adultos, ao fim do período febril. A doença tem duração de cinco a sete dias, mas o
período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física, e
prolongar-se por várias semanas.
No tocante à FHD os sintomas iniciais são semelhantes aos do DC, porém, há
um agravamento do quadro no terceiro ou quarto dia de evolução, com
aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório. A fragilidade
capilar é evidenciada pela positividade da prova do laço2 que é uma manifestação
hemorrágica induzida ou por manifestações hemorrágicas espontâneas que incluem
petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia, hemorragia em diversos órgãos
(gastrintestinal, intracraniana) e nos de punção venosa.
Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o 3º e 7º dia de
doença, geralmente precedido por dor abdominal. O choque é decorrente do
aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência
circulatória. É de curta duração e pode levar a óbito em doze a vinte e quatro horas
ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada. Caracteriza-se por
2 Refere-se a obtenção por meio do esfignomanômetro, o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima do
paciente, mantendo-se essa pressão por 5 minutos (no adulto) e 3 minutos (na criança); quando positiva, aparecem
petéquias sob o aparelho ou abaixo do mesmo. Se o número de petéquias for de 20 ou mais (em adultos) e 10 ou mais
(em crianças), em um quadrado com 2,5cm de lado, a prova é considerada positiva (BRASIL, 2006).
24
pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso e arterial, extremidades
frias, pele pegajosa e agitação. Alguns pacientes podem ainda apresentar
manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade (BRASIL, 2006).
A Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2009), definiu um critério de
classificação das formas de FHD, em quatro categorias, de acordo com o grau de
gravidade:
Grau I – febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a única
manifestação hemorrágica é a prova do laço positiva;
Grau II – além das manifestações constantes do Grau I, somam-se hemorragias
espontâneas como sangramentos de pele, petéquias, epistaxe, gengivorragia e
outras;
Grau III – colapso circulatório com pulso fraco e rápido, diminuição da pressão
arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação;
Grau IV – choque profundo, com pressão arterial e pulso imperceptíveis (síndrome
do choque do dengue).
2.3 Aspectos históricos e epidemiológicos do dengue
O termo Dengue tem origem da expressão Zanzibar: Ki Denga Pepo que
significa ataque repentino por um espírito mau (GUBLER, 1997). Na Espanha foi
denominada Dengue em torno de 1800, nas Antilhas de Dinga em 1827 e no Caribe
de Dyenga em 1828.
Souza (2008) sugere as primeiras associações da ocorrência da doença com
fatores relacionados à água e vetores:
“Os primeiros relatos sugerindo a doença foram documentados na enciclopédia chinesa publicada durante a dinastia Chinesa (265 a 420 d.C) [...] A doença foi chamada de veneno da água pelos chineses, que entenderam que o quadro, de algum modo, estava correlacionado com insetos voadores e água.” (SOUZA, 2008. p. 2).
O Aedes aegypti tem origem na Região Nordeste da África, de onde se
espalhou para a Ásia e Américas, principalmente através do tráfego marítimo. A
25
presença do vetor em grande quantidade e a proximidade ao homem permitiu que
começassem a circular com maior rapidez os quatro sorotipos do dengue.
Existem relatos, conforme Souza (2008), que a partir do século VIII
começaram a surgir episódios importantes de infecção pela dengue, como em
Jacarta em 1779; Calcutá, 1824; Índia, 1909 e Taiwan, 1916.
A re-introdução do vetor pode estar associada à Segunda Guerra Mundial de
1939 a 1945, período em que houve um aumento da densidade da infestação do
mosquito no Sudeste da Ásia em função do cenário pós-guerra, com equipamentos
abandonados no campo de batalha caracterizando a criação de criadouros artificiais,
o deslocamento de grandes contingentes de refugiados, destruição de sistemas de
abastecimento de água, destruição de cidades, urbanização desordenada e
mudanças de ecossistemas (TAUIL, 2011).
O dengue passou a ser uma infecção de natureza epidêmica, com
acometimentos sucessivos em largos segmentos populacionais, surgindo assim,
novas formas clínicas mais graves como a FHD e a SCD, inicialmente descritas no
continente asiático, em Manila, Filipinas onde ocorreu a primeira epidemia de
dengue do tipo hemorrágico em 1953 e 1954 (HALSTEAD, 1980). Posteriormente,
ainda na década de 50, formas mais graves foram descritas em todos os países do
Sudeste Asiático e mantém, ao longo dos anos, elevado número de casos com
acometimento em crianças e alta taxa de letalidade (HOLMES, 2003).
A África possui poucos registros da ocorrência da doença em períodos
remotos, o único relato anterior ao ano de 1980 foi, segundo Souza (2008) uma
epidemia em Durban na África do Sul em 1927/1928. Posteriormente, observam-se
registros de epidemias em Angola e Senegal, 1986 e 1990; Ilhas Seychelles, 1977;
Quênia, 1982; Moçambique e Sudão, 1985; Somália, 1982 e 1993 e Arábia Saudita
em 1994, ressalta-se que as formas FHD e Síndrome do Choque do Dengue (SCD)
não estão registradas na África como epidêmicas.
Na Europa, surgiu no Mediterrâneo a partir de uma grave epidemia em 1927 e
1928 ocorrida na Grécia com o desenvolvimento de casos graves.
Nas Américas, o comércio de escravos foi o fator preponderante para a sua
expansão, instalando-se em cidades com precárias condições de saneamento,
iniciando a transmissão de febre amarela e dengue. Ao longo dos anos, nos séculos
XIX e XX, sucessivos surtos e epidemias foram assinalados, em especial no Caribe
26
e EUA. Após 1930, as epidemias no Caribe tornaram-se raras e, de 1946 a 1963,
elas cessaram com as medidas de controle do vetor (SOUZA, 2008).
Até 1970, com o Programa Continental de Erradicação do Aedes aegypti, o
vetor praticamente desapareceu do continente americano com exceção apenas da
Venezuela, EUA, Guianas e algumas áreas do Caribe. O dengue deixou de ser um
problema de Saúde Pública, assim o Programa de Erradicação foi suspenso e
paulatinamente, o mosquito foi reintroduzido a partir das áreas onde não havia sido
erradicado (SOUZA, 2008).
Em 1981, Cuba foi afetada por uma epidemia de grande relevância para a
história do dengue nas Américas. Causada pelo sorotipo DENV2, foi o primeiro o
primeiro registro de febre hemorrágica do dengue fora do Sudeste Asiático e do
Pacífico Ocidental (Ministério da Saúde, 2010).
A doença se expandiu acompanhando a nova expansão geográfica do vetor.
Até 1975, os sorotipos que circulavam nas Américas eram o DENV2 e o DENV3,
apesar do DENV1 ter circulado na década de 1940. O DENV3 foi o responsável
pelas primeiras epidemias em 1963 na Jamaica e em Porto Rico e o DENV2 em
1969 e 1970 nas Ilhas do Caribe a partir das áreas não erradicadas. Durante 1950 e
1980, o DENV2 circulou de forma contínua no continente e, atualmente, os quatro
sorotipos circulam nas Américas (BRASIL, 2009).
FIGURA 3: Distribuição do Aedes Aegipty no mundo. Fonte: OPAS/OMS, 2003.
27
No Brasil, chegou no século XVIII com os navios negreiros em função da
grande resistência dos ovos deste artrópode que, sem estar em contato com água,
podem permanecer viáveis por, aproximadamente, um ou dois ano. Há referências
de epidemias desde o século XIX. Há relatos em São Paulo no ano de 1916 e em
Niterói, no Rio de Janeiro, no entanto, estas epidemias não possuem registro
laboratorial. A primeira epidemia, com registro clínico e laboratorial foi no biênio de
1981/1982, em Boa Vista/Roraima, causada pelos sorotipos DENV1 e DENV4. Em
1986, ocorreram epidemias no Rio de Janeiro e algumas capitais do Nordeste.
Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada,
intercalando-se com a ocorrência de epidemias, comumente associadas à
introdução de novos sorotipos em áreas anteriores indenes. Na epidemia de 1986,
identificou-se a ocorrência da circulação do sorotipo DENV1, a princípio no estado
do Rio de Janeiro, disseminando-se, a seguir, para outros seis estados até 1990,
ano em que no Rio de Janeiro foi identificada a circulação do DENV2 (BRASIL,
2009).
Na década de 1990, a incidência sofreu um forte aumento, refletindo a
dispersão do Aedes aegypti no território nacional. A presença do vetor associada à
mobilidade da população levou à disseminação dos sorotipos 1 e 2 para 20 dos 27
estados do país. Entre os anos 1990 e 2000, várias epidemias foram registradas,
sobretudo, nos grandes centros urbanos das Regiões Sudeste e Nordeste do Brasil,
responsáveis pela maior parte dos casos notificados. As Regiões Centro-Oeste e
Norte mais tardiamente, pois as epidemias de dengue só foram registradas a partir
da segunda metade dos anos de 1990 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).
28
FIGURA 4: Mapa de risco de ocorrência do dengue no Brasil.
Fonte: Ministério da Saúde, 2011.
A circulação do DENV3, pela primeira vez, em dezembro de 2000, também no
estado do Rio de Janeiro e, posteriormente, no Estado de Roraima em novembro de
2001. A epidemia de 2002 iniciou com rápida dispersão do DENV3 para outros
estados. No primeiro semestre de 2004, 23 dos 27 estados do país já apresentavam
a circulação simultânea dos sorotipos DENV1, DENV2 e DENV3 (BRASIL, 2009).
Na Bahia, o monitoramento dos sorotipos virais no ano de 2011 demonstrou a
predominância do DENV1, que foi identificado em 49 municípios, dentre eles, Ilhéus
e Itabuna. O DENV2 foi identificado no município de Itabuna e em mais 12
municípios e o DENV3 foi isolado apenas no município de Boquira até o mês de
junho. O DENV4 foi introduzido na Bahia em março de 2011 no município de
Salvador e foi também identificado nos municípios de Dias D’Ávila, Feira de Santana
e Wanderley. (SESAB, 2011).
No município de Itabuna (BA), o primeiro sorotipo registrado foi o DENV2 em
1995, o DENV1 foi isolado pela primeira vez no ano de 1997 e o DENV3 circulou a
partir de 2002. Atualmente predomina a circulação do DENV1 com a presença
também do DENV2.
Um padrão sazonal tem sido observado em todo o país. As maiores
incidências coincidem com o verão em função da maior ocorrência de chuvas e
aumento da temperatura nessa estação. É mais comum nos núcleos urbanos, onde
há uma maior quantidade de criadouros naturais ou resultantes da ação do ser
humano. No entanto, a doença pode ocorrer em qualquer localidade desde que
exista a população humana suscetível, presença do vetor e circulação do vírus.
29
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1. Delineamento da pesquisa
Sendo a metodologia epidemiológica uma variante da metodologia científica,
o caminho adotado a ser percorrido foi um estudo epidemiológico observacional,
exploratório, de série temporal do tipo ecológico. O estudo ecológico ou de agregado
se centra mais na comparação de grupos, do que de indivíduos (MORGENSTERN,
1998) em uma área geográfica específica. Tem como principais objetivos a
identificação de regiões sob risco em relação à média global do processo estudado e
a busca de fatores potencialmente explicativos dos diferenciais de ocorrência
encontrados, seja no campo da análise exploratória, mapeando doenças ou
buscando modelos explicativos, identificando diferenciais de risco e apontando
medidas preventivas. (CARVALHO, 2005)
A escolha deste estudo justifica-se por abordar áreas geográficas bem
delimitadas, analisando comparativamente variáveis, quase sempre por meio de
correlação entre indicadores de condições de vida, ambientais e indicadores de
saúde. Tem como vantagem facilidade de execução, baixo custo relativo,
simplicidade analítica e capacidade de gerar hipóteses (ROUQUAYROL, 2003). Sua
principal limitação refere-se a não poder provar conclusivamente causalidade e à
associação que faz entre o fator de exposição e o evento, que pode não estar
ocorrendo no nível do indivíduo, uma vez que tem como unidade de análise a
população, ou seja, o agregado.
30
A unidade de análise representa o nível comum através do qual os dados de
todas as variáveis são reduzidas e analisadas, representada neste estudo pela
ocorrência dos casos de dengue na população. Ao tempo em que teve como
unidade agregada de observação o município de Itabuna.
Assim sendo, foi realizado um estudo ecológico abrangendo a população
residente em Itabuna, Bahia. O universo amostral do estudo foi representado pelos
casos de dengue notificados e residentes no município de Itabuna. Os dados
coletados foram obtidos em fontes secundárias, a saber: o Sistema de Informação
de Agravos de Notificação - SINAN, Sistema de Informação da Atenção Básica -
SIAB, Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue - SISFAD, Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Comissão Executiva do Plano da
Lavoura Cacaueira - CEPLAC. O período estudado foi de janeiro de 2001 a
dezembro de 2010.
O projeto de pesquisa não foi encaminhado para submissão do Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC em virtude da
natureza do próprio estudo que não envolve seres humanos e por ter como base de
dados fontes secundárias.
3.2. Local de estudo
O estudo foi realizado no município de Itabuna (BA). Segundo o Plano Diretor
de Regionalização da Bahia (PDR) – 2007, Itabuna encontra-se situado na
Macrorregião Sul, na Microrregião de Itabuna e integra os 21 municípios da 7ª
Diretoria Regional de Saúde.
31
FIGURA 5: Mapa de localização de Itabuna.
Fonte: IBGE, 2009.
Em relação ao Território Identidade, compõe o Território Litoral Sul. A sede do
município está situada na Latitude Sul 14°48’ e Longitude Oeste 39°18’ e dista, por
rodovia, 429 km de Salvador, capital do Estado da Bahia. O clima da região é quente
e úmido, com temperatura média anual de 25°C, a umidade relativa do ar é de
88,5% e a pluviosidade média anual alcança 1.393mm com período de maior
precipitação pluviométrica entre abril e junho. Em relação à vegetação, o município
tem quase sua totalidade coberta pela Mata Hidrófila Sul Baiana, a Mata Atlântica
Sul Baiana (ITABUNA, 2010).
Limita-se, ao norte, com os municípios de Barro Preto e Itajuípe; ao sul, com
Jussari e Buerarema; a leste, com Ilhéus e a oeste, com Itapé e Ibicaraí. Possui área
de unidade territorial de 432 km2, uma população total de 204.667 habitantes e
densidade demográfica de 473 habitantes por km2. (IBGE, 2011). O município possui
quarenta e quatro bairros, cinquenta e sete loteamentos e dois distritos.
32
3.3. Análise dos dados
Os dados receberam tratamento estatístico na perspectiva de responder aos
objetivos específicos, estabelecendo um estudo espacial e estudo de análise de
correlação. O Excel foi o programa escolhido para elaboração dos gráficos e tabelas.
O software utilizado foi o Statistical Package for Social Science - SPSS na versão
6.1 para Windows.
As variáveis selecionadas como dependentes foram: coeficiente de incidência
de dengue e notificação (anual e mensal) da doença; as variáveis independentes
foram: bairro de notificação, sexo, faixa etária, escolaridade, temperatura,
precipitação e saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário e
coleta de lixo.
Considerando o primeiro objetivo específico, para descrever a ocorrência de
dengue no município, foram coletados dados de notificações no SINAN e calculado
o coeficiente de incidência (CI) anual do agravo através da seguinte forma:
Nº de casos confirmados de dengue na população residente na área e no ano considerado CI = _____________________________________________ x 100.000 População residente exposta ao risco nesse período, nessa área e nesse ano
Como medida epidemiológica, o coeficiente de incidência mede o risco
epidemiológico, definido como a probabilidade de ocorrência de um determinado
evento relacionado à saúde, estimado a partir do que ocorreu no passado recente
(CARMO LUIZ E COHN, 2006).
Para a descrição segundo variáveis sociais, foram identificadas as
ocorrências de dengue de acordo com o bairro, sexo (masculino e feminino), faixa
etária (menor de 1 ano; 1 a 4; 5 a 9; 10 a 14; 15 a 19; 20 a 29; 30 a 39; 40 a 49; 50 a
59; 60 a 69; 70 a 79; 80 anos e mais) e escolaridade (ignorado ou em branco;
nenhum ano de estudo; de 1 a 3 anos de estudo, de 4 a 7 anos de estudo; de 8 a 11
anos de estudo; de 12 a mais anos de estudo; e não se aplica, para aqueles que não
33
estão em idade escolar). A análise da notificação por bairro foi estabelecida em
estudo espacial com aplicação de um SIG e elaboração de três mapas temáticos,
considerando os vinte bairros mais atingidos nos anos com registros epidêmicos:
2002/2003, 2005 e 2009. O biênio epidêmico 2008/2009 recebeu estudo espacial
apenas para o ano de 2009 em função de não haver registro nos Sistemas de
Informação de Saúde quanto à especificação do bairro de ocorrência para o ano de
2008. O georreferencimento foi feito através do Programa ArcGis, utilizando a base
cartográfica de Itabuna. Os SIG podem ser utilizados como ferramenta de apoio à
vigilância e monitoramento da Saúde Pública, contribuindo para o planejamento de
ações de prevenção e controle das doenças (MEDRONHO, 1993).
A distribuição por sexo, idade, escolaridade e a ocorrência do agravo por mês
foi descrita com base em dados obtidos no SINAN e realizada análise a partir de
gráficos elaborados no programa Excel e Statistica.
As variáveis climáticas, precipitação e temperatura média mensal, foram
obtidas da Estação Meteorológica do Centro de Pesquisas da CEPLAC. A descrição
da associação entre a ocorrência mensal de dengue e variáveis climáticas como
media mensal da temperatura em grau Celsius e precipitação total mensal (mm), foi
construída a partir da matriz de correlação de Pearson com grau de significância de
5% com p valor igual ou menor que 0,05. O coeficiente de correlação Pearson (r)
varia de -1 a 1, o sinal indica direção positiva ou negativa do relacionamento e o
valor sugere a força da relação entre as variáveis. Uma correlação perfeita (-1 ou 1)
indica que o escore de uma variável pode ser determinado exatamente ao se saber
o escore da outra. No outro oposto, uma correlação de valor zero indica que não há
relação linear entre as variáveis (FIGUEREDO FILHO; SILVA JÚNIOR, 2009).
Os dados relacionados ao saneamento básico não representam a totalidade
do município de Itabuna, em função da indisponibilidade de informações no IBGE,
DATASUS, SEI e EMASA para o período estudado (os dados disponíveis datam até
o ano de 2000). Foi observado que em outras pesquisas, estudos e o próprio
anuário estatístico do município, utilizaram o Sistema de Informação da Atenção
Básica, o SIAB como fonte para coleta de dados relativos ao saneamento a partir de
2001. O SIAB corresponde às informações sobre áreas onde existem serviços de
Atenção Primária em Saúde do SUS ofertados à população. Para o município de
Itabuna, a cobertura destes serviços não atinge a totalidade da população. No ano
34
de 2001 apenas 50% da população do município tinha cobertura dos serviços de
Atenção Primária em Saúde e sucessivamente, 72%, 79%, 79%, 79%, 67%, 70%,
64%, 64% e 70% nos anos de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e
2010.
Assim, não foi realizada a correlação entre saneamento básico e o coeficiente
de incidência de dengue a partir dos dados coletados. Optou-se por apresentar,
apenas, a descrição da situação encontrada.
35
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. Ocorrência anual do dengue e variáveis sociais
Para a descrição da ocorrência do dengue, inicialmente, foi calculado o
coeficiente de incidência anual do agravo. O Ministério da Saúde através da
Secretaria de Vigilância à Saúde considera municípios com risco muito alto para a
infecção por dengue, aqueles em que a incidência seja igual ou maior que 100 casos
confirmados para cada 100.000 habitantes.
O município de Itabuna alcançou nos anos de 2002, 2003, 2008 e 2009,
incidência por 100.000 habitantes de 381, 1.868, 818 e 4.648 respectivamente,
confirmando a forte epidemia sofrida neste período. O ano de 2005 obteve
incidência de 76/100.000, ano em que foi declarado surto epidêmico considerando o
risco epidemiológico. O ano de 2010, embora tenha tido uma melhora expressiva
quando comparado com o ano epidêmico anterior, também apresentou uma alta
incidência atingindo uma relação de 282 casos confirmados para cada 100.000
habitantes (Tabela 1).
Portanto, considerando o coeficiente de incidência, o risco de infecção por
dengue para a população de Itabuna é alto; soma-se a esse risco a análise do Índice
de Infestação Predial - IIP.
36
Tabela 1: Número de casos confirmados e coeficiente de incidência de dengue do município de Itabuna - Bahia no período de 2001 a 2010.
ANO CASOS CONFIRMADOS
POPULAÇÃO COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA
(100.000 habitantes)
2001
188 197.830 95
2002
758 199.074 381
2003
3740 200.186 1868
2004
4 201.296 2
2005
156 203.815 76
2006
6 205.099 3
2007
23 206.336 11
2008
1737 212.245 818
2009
9931 213.654 4648
2010
577 204.667 282
Fonte: SINAN/SMS, 2011.
O IIP global não demonstra a heterogeneidade da distribuição deste índice
nos diversos bairros. Os IIP global fornecidos pela Secretaria Municipal de
Saúde/Vigilância Epidemiológica demonstram (Tabela 2) valores excessivamente
altos uma vez que o Ministério da Saúde preconiza que o valor satisfatório seja
menor que 1%; estando em estado de alerta entre 1,0 e 3,9% e situação de risco os
municípios que apresentarem IIP maior de 4,0%.
37
Tabela 2: Índice de Infestação Predial anual do Município de Itabuna-Bahia, no
período de 2001 a 2010.
ANO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO PREDIAL
2001
Não disponível
2002 Não disponível
2003 Não disponível
2004 Não disponível
2005 Não disponível
2006
10,67
2007
16,7
2008
16,9
2009
11,0
2010
19,6
Fonte: SISFAD/SMS, 2011.
O levantamento e acompanhamento do IIP é um fator que pode prever a
ocorrência de epidemias, surtos e acometimentos, uma vez que o IIP permite, a
partir da pesquisa larvária, conhecer o grau de infestação, dispersão e densidade do
Aedes nas localidades. O índice de Infestação Predial é calculado através da divisão
do número de imóveis positivos dividido pelo n° de imóveis trabalhados vezes 100.
(imóveis positivos / imóveis trabalhados x 100). O município de Itabuna apresentou
no ano de 2006, o IIP de 10,67% como o menor valor já mensurado.
Para os anos de 2007 e 2008 o IIP foi de 16,7 e 16,9 respectivamente, o ano
de 2009 sofreu uma queda para 11% e em 2010 houve um brusco aumento para
19,6%. Considerando que o IIP é preditivo para a ocorrência de dengue, os dados
de comparação do coeficiente de incidência com os IIP sugerem incoerência.
38
Tabela 3: Coeficiente de incidência de dengue e Índice de Infestação Predial anual no período de 2006 a 2010, no Município de Itabuna-Bahia
ANO IIP (%)
COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA
(100.000 habitantes)
2006
10,67
3
2007
16,7
11
2008
16,9
818
2009
11,0
4648
2010
19,6
282
Fonte: SINAN/SISFAD/SMS, 2011.
A Tabela 3 apresenta o IIP e o coeficiente de incidência de dengue, onde
observa-se que em 2006, com o índice de 10,67%, a incidência foi de 3 casos
confirmados para cada 100.000 habitantes. No ano de 2007 houve um incremento
de 6% com o IIP de 16,7% e o coeficiente de incidência de 11 casos para cada
100.000 habitantes, no entanto, no ano de 2008 quando o incremento foi de 0,2
houve uma epidemia com 818/100.000, valores estes que sugerem subnotificação
dos dados em anos anteriores. É importante considerar que o ano de 2009 teve uma
queda de 4,1% do IIP e, ainda assim, apresentou a explosão epidêmica de 4.648
casos para cada 100.000 habitantes. O ano de 2010 apresentou um incremento de
8,6% no IIP chegando a 19,6% e um coeficiente de incidência de 282/100.000 o que,
em parte, pode ser explicado pela disponibilidade de suscetíveis e imunidade
adquirida pela infecção por sorotipo, o que pode também ser um indicativo de
fragilidade dos dados. Esta discussão é evidenciada pelo gráfico a seguir (Figura 7):
39
Figura 6: Relação do coeficiente de incidência de dengue com o Índice de Infestação Predial no período de 2006 a 2010 no município de Itabuna – BA.
Em estudo realizado no município de Paracambi, Cunha et.al. (1997) sugerem
que existe uma relação direta entre baixo número de casos de dengue com o baixo
índice de infestação predial, os autores relacionaram a baixa incidência da doença
em função do baixo IIP. No entanto, Teixeira (2009) concluiu que áreas muito
infestadas podem ter sido altamente acometidas pelo agravo em períodos anteriores
gerando esgotamento de suscetíveis e refletindo na baixa incidência por dengue,
apesar da alta infestação do vetor de transmissão.
Para a descrição da ocorrência de dengue por bairros, os casos notificados
na área urbana do município foram georreferenciados nos anos em que houve
registro epidêmico considerando os bairros com as maiores ocorrências. O primeiro
período mapeado foi o biênio epidêmico 2002/2003, onde Fátima, Califórnia, Centro,
Santo Antônio, São Pedro, Ferradas, Nova Ferradas, São Caetano, Conceição,
Santa Inês, Corbiniano Freire, Sarinha, Daniel Gomes, Maria Pinheiro, Lomanto,
Novo Horizonte, São Roque, Monte Cristo, Parque Boa Vista e João Soares
representaram os vinte bairros de maior acometimento no período, conforme é
evidenciado pela Figura 8.
40
Figura 7: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores notificações no biênio 2002/2003 no município de Itabuna - Bahia. Fonte: SINAN/SMS, 2011.
41
No ano de 2005, declarado como ano de surto epidêmico, as maiores
ocorrências foram oriundas dos bairros São Caetano, Centro, Mangabinha, Santo
Antônio, Fátima, Califórnia, Jardim Primavera, Conceição, Pontalzinho, Ferradas,
URBIS IV, Santa Inês, Sarinha, Jaçanã, Vila Anália, São Pedro, Pedro Jerônimo,
Novo Horizonte, São Lourenço e Banco Raso (Figura 9).
Figura 8: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores notificações no ano de 2005 no município de Itabuna - Bahia. Fonte: SINAN/SMS, 2011.
42
Para o biênio 2008/2009, a representação espacial só foi possível para o ano
de 2009, uma vez que em 2008 não houve registro das ocorrências com
especificações por bairro. Conforme a Figura 10, as maiores ocorrências no ano
epidêmico de 2009 foram registradas para nos bairros: Fátima, Santa Rita, Castália,
Santo Antônio, Santa Inês, Centro, Lomanto, Parque Boa Vista, Carlos Silva, ACM,
São Caetano, Califórnia, Corbiniano Freire, Centro Comercial, Conceição,
Mangabinha, Berilo, Maria Pinheiro e Monte Cristo.
Figura 9: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores notificações no ano de 2009 no município de Itabuna - Bahia. Fonte: SINAN/SMS, 2011.
43
Os diferentes anos epidêmicos não apresentaram distribuição espacial
uniforme, houve alteração das maiores ocorrências nos bairros do município ao
longo do período estudado. No entanto, houve bairros que se apresentaram com
predominância em todos os anos estudados, estes bairros foram: Fátima, Califórnia,
Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; seguidos de São
Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte,
Monte Cristo e Parque Boa Vista. A partir desta informação, pode-se afirmar que
estas localidades representam o maior risco de infecção por dengue.
Figura 10: Notificação de dengue segundo sexo, no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA . Fonte: SINAN/SMS, 2011.
Quanto ao sexo, observou-se que as ocorrências dos casos de dengue no
município de Itabuna apresentaram pequena variação, sendo ligeiramente maior no
sexo feminino, entretanto, esta informação não significa predileção por sexo, uma
vez que o resultado segue uma proporção aproximada da distribuição demográfica
segundo sexo da população residente no período.
Flauzino (2009b) elaborou uma pesquisa feita com revisão de 22 estudos
sobre dengue que relacionavam indicadores socioeconômicos e ambientais com
unidades de agregação, onde 07 estudaram o bairro como unidade de análise para
variáveis sociais, em 03 houve predominância do sexo feminino, nos demais não
houve diferença estatística em relação ao sexo.
0
10
20
30
40
50
60
70
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Ignora
Masculino
Feminino
44
Tabela 4: Distribuição percentual segundo anos de estudo das notificações de dengue, no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – Bahia.
ANO
Anos de Estudo
Ign/Branco Nenhum 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 a + Não se
aplica
2001 1,6 71,2 0,0 8,2 3,0 0,9 15,0
2002 3,2 69,6 0,0 14,0 5,0 1,2 7,0
2003 3,3 61,8 7,6 10,2 9,6 2,9 4,5
2004 5,3 37,7 7,9 14,9 24,6 3,5 6,1
2005 0,5 83,0 1,5 3,7 5,1 1,1 5,1
2006 2,6 14,3 5,8 22,1 37,7 9,7 7,8
2007 19,2 1,6 7,2 25,6 28,0 10,4 8,0
2008 61,7 0,0 2,2 11,1 11,4 0,7 13,0
2009 61,2 0,1 2,0 3,7 11,6 1,2 20,2
2010 86,9 0,1 0,8 1,2 1,3 0,1 9,6
Fonte: SINAN/SMS, 2011.
Os dados relacionados à escolaridade apresentam maior percentual de
ignorados ou em branco para os anos de 2008, 2009 e 2010, demonstrando a má
qualidade no registro e dificultando uma análise que melhor se aproxime da
realidade.
Chama atenção os maiores percentuais de casos de dengue entre indivíduos
com nenhum ano de estudo observado nos anos de 2001 a 2005, o que necessita
de um posterior estudo para verificar a qualidade desta informação.
Quanto à idade, foi observado mudanças nas faixas etárias no decorrer do
período estudado. A notificação de casos de dengue foi predominante na faixa etária
de 15 a 59 anos no período de 2001 a 2007, sendo que a partir de 2008 houve um
aumento do número de casos para a faixa etária menor de 15 anos com
predominância do aumento entre 5 e 9 anos (Figura 12).
45
Figura 11: Notificação de dengue segundo faixa etária, no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA.
46
Fonte: SINAN/SMS, 2011.
As menores faixas etárias passaram a ser o grupo de maior risco em função
daforte circulação do sorotipo DENV2 com a prsença do DENV1, para os quais a
maioria dos adultos tiveram contato anteriormente e desenvolveram imunidade para
este sorotipo. Provavelmente, os nascidos a paritr do ano 2000 tiveram maior
contato com o DENV3 e contato mínimo com o DENV2 e o DENV1, situação que
assemelha-se ao padrão epidemiológico da Bahia (DIVEP/SESAB, 2011).
Estudo realizado por Teixeira et.al. (2001) no município de Salvador,
encontrou, nos três primeiros anos de estudo, maiores ocorrências na faixa etária de
20 a 29 anos e nos anos seguintes, os maiores valores foram encontrados em
crianças com idade inferior a 10 anos.
A infecção por qualquer um dos sorotipos do vírus do dengue confere
imunidade permanente ao indivíduo, o que significa dizer que uma pessoa terá
dengue apenas quatro vezes durante sua existência. Assim, o deslocamento de
faixas etárias de acometimento do agravo não obedece a uma predileção do
mosquito vetor ou da doença e sim, é determinado pela presença de diferentes
sorotipos do vírus e pela presença de indivíduos suscetíveis e expostos ao risco de
adoecerem.
A distribuição de dengue é maior em faixas etárias menores quando há um
esgotamento de suscetíveis nas maiores faixas etárias. Teixeira et. al. (1999)
também sugere que há subnotificação nas menores faixas etárias em função do
confundimento com doenças virais e febris próprias da primeira infância.
4.2. Ocorrência do agravo por mês
Um aspecto importante a ser considerado é a descrição do agravo de acordo
com os meses do ano. A ocorrência do dengue apresentou, neste estudo, maior
intensidade nos meses de março, abril e maio, entretanto, vale ressaltar as
características dos anos epidêmicos.
No primeiro biênio epidêmico 2002/2003, o dengue já se apresentou
fortemente nos meses de janeiro e fevereiro, mantendo um número alto de
47
ocorrências até o mês de maio. Em 2005, o mês de fevereiro apontou como o início
do surto epidêmico que seguiu até o mês de julho.
No biênio 2008/2009, o ano de 2008 iniciou com o comportamentamento
sazonal endêmico esperado para o agravo, no entanto, registrou um forte aumento
nos meses de março a julho, voltando a aumentar o número de ocorrências nos
meses de novembro e dezembro. Em 2009 o maior número de notificações foi
registrado no mês de janeiro e manteve a explosão epidêmica até junho; de julho a
dezembro, apesar da significativa diminuição de casos, ainda ocorreu um número
alto de registros da doença.
Figura 12: Série histórica de notificações de dengue segundo os meses de ocorrência no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010 no município de Itabuna – BA. Fonte: SINAN/SMS, 2011.
Apesar de no município de Itabuna, as maiores ocorrências de dengue
compreenderem os meses de março a maio, foi observado que há um resultado
relevante para os meses de janeiro a junho, o que difere da maioria das regiões do
país.
Outro resultado importante, foi o registro da doença encontrado em todos os
meses do ano durante todo o período estudado, conforme figura 14. Baseado nesta
48
informação e na análise da Série Histórica (Figura 13) é possível afirmar que, neste
município, o comportamento da doença é cíclico podendo ser denominado de
endêmico-epidêmico.
J
an
eiro
Fe
ve
reiro
Ma
rço
Ab
ril
Ma
io
Ju
nh
o
Ju
lho
Ag
os
to
Se
tem
bro
Ou
tub
ro
No
ve
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De
ze
mbro
Mês
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Oc
orr
ênc
ias
Figura 13: Notificação de dengue no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010 segundo os meses do ano no município de Itabuna – BA. Fonte: SINAN/SMS, 2011.
Estes resultados corroboram com Teixeira (2009) que, ao estudar o contexto
socioambiental do dengue no município do Rio de Janeiro entre 1996 e 2006,
constatou a ocorrência de transmissão em todos os meses de todos os anos
estudados, o que caracterizou o comportamento da doença como endêmico.
Sabroza et. al (1992) obteve a mesma análise para o município do Rio de Janeiro,
definindo o processo de transmissão de dengue como endêmico-epidêmico.
49
4.3. Correlação entre variáveis ambientais com a ocorrência mensal do
dengue.
Para estabelecer a correlação da ocorrência do dengue com variáveis
climáticas (níveis de temperatura e de precipitação pluviométrica), foi utilizado o
coeficiente de Pearson. No período de 2001 a 2010 a maior correlação foi observada
entre a ocorrência do dengue e a temperatura com correlação positiva de 23,6%; a
precipitação apresentou uma correlação muito baixa de apenas 6,8%. A Tabela 5
representa a matriz de correlação entre a ocorrência de dengue e variáveis
climáticas.
Tabela 5: Matriz de Correlação de Pearson para notificação de dengue,
temperatura e precipitação no município de Itabuna – Bahia no período de 2001
a 2010.
Ocorrência Temperatura Precipitação
Ocorrência
1 0,236* 0,068NS
Temperatura
0,236* 1 0,198**
Precipitação
0,068NS 0,198** 1
Nota: * significativo a 10%; ** significativo a 5%; NS – não significativo.
Estatisticamente houve significância de correlação da ocorrência de dengue
apenas com a temperatura, no entanto, esta correlação não mede a causalidade, e a
partir deste resultado, não é possível afirmar que a precipitação não deve ser
estudada para explicar a permanência do dengue no cenário municipal.
A região cacaueira tem uma média pluviométrica alta com chuvas constantes,
fator este que pode ter influenciado na não significância para esta pesquisa. As altas
temperaturas associadas a períodos chuvosos formam um cenário ideal para o
desenvolvimento do mosquito vetor que ao final das chuvas, quando da evaporação
da água, instalam-se perfeitos criadouros para o Aedes aegypti.
50
Esta análise corrobora com o descrito por Leite (2010) no município de
Campinas, onde a característica de concomitância de alta temperatura com grande
volume de chuva revelou-se como indicador potencial para manutenção do ciclo da
doença.
Constam nos apêndices os diagramas de dispersão do período de 2001 a
2010 para a ocorrência de dengue e sua relação com os níveis de temperatura
(Figura 14) e de precipitação pluviométrica (Figura 15).
4.4. Saneamento básico.
Os serviços de Saneamento Básico (abastecimento de água, esgotamento
sanitário e coleta de lixo) apresentaram uma melhora gradativa ao longo do período
estudado (Tabela 6).
Tabela 6: Proporção de cobertura dos serviços de saneamento básico no
município de Itabuna no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA.
ANO ABASTECIMENTO DE
ÁGUA (%)
ESGOTAMENTO
SANITÁRIO (%)
COLETA DE
LIXO (%)
2001 82 61 63
2002 86 67 74
2003 87 70 79
2004 88 70 80
2005 90 71 82
2006 88 69 82
2007 89 70 84
2008 89 71 85
2009 90 71 86
2010 91 71 88
Fonte: SIAB/SMS, 2011
51
No entanto, vale ressaltar que apesar da melhora evidente na proporção de
cobertura, estes dados não demonstram a qualidade do serviço de saneamento
ofertado. Embora 91% das residências tenham sistema de abastecimento de água,
este abastecimento não é regular, sobretudo nos bairros periféricos, esta
irregularidade obriga as pessoas a acumular água em recipientes para uso
doméstico e suprir suas necessidades humanas básicas instalando, intradomicílio ou
no peridomicílio, criadouros artificiais para o Aedes aegypti, o que garante a
permanência do mosquito vetor.
Apesar de receberem serviços de Atenção Primária à Saúde, 26% da
população coberta pelo SIAB ainda vivem sem esgotamento sanitário e 12% não
tem a coleta para o lixo que produz, revelando um cenário de predisposição a
adoecimentos.
A melhoria do saneamento básico é condição necessária, mas não suficiente
para garantir a eliminação de doenças como a dengue, a complexidade existente em
torno da doença, exige ações integradas dos diversos setores da sociedade. Para
Tauil (2001), a existência do dengue está relacionada com as condições de
urbanização, habitação, coleta regular de lixo, abastecimento permanente de água
encanada e educação escolar.
52
5. CONCLUSÕES
Conhecer a história natural do dengue, de seu vetor e, acima de tudo,
conhecer o comportamento da doença considerando as especificidades de cada
localidade, permite avaliar os fatores envolvidos na expansão do agravo e contribuir
para ações mais eficazes no enfrentamento do dengue que tanto tem desafiado a
Saúde Pública.
Nesse sentido, o presente estudo realizou uma análise socioambiental da
ocorrência de dengue no município de Itabuna – Bahia no período de 2001 a 2010.
O município conviveu com o dengue durante todos os anos do período estudado,
apresentando caráter endêmico com comportamento epidêmico para os anos 2002,
2003, 2005, 2008 e 2009.
Esta análise revelou que o risco epidemiológico de infecção por dengue para
a população de Itabuna é alto. O município apresentou alta incidência da doença no
período estudado, chegando a 4.648 casos para cada 100.000 habitantes no ano de
2009. Em todos os anos do período estudado, os índices de infestação predial (IIP)
estiveram muito acima do valor preconizado como satisfatório pelo Ministério da
Saúde que é de 1,0.
O primeiro valor disponível de IIP foi para o ano de 2006 que chegou a 10,6 e
o último valor foi de 19,6 para o ano de 2010. Confirmando mais um fator de risco
para infecção por dengue em Itabuna-Bahia. Houve anos em que apesar do IIP estar
muito acima do valor satisfatório, a incidência da doença foi baixa, o que sugere uma
fragilidade dos dados, mas que também pode ser melhor explicado pelo
esgotamento de suscetíveis.
53
As maiores ocorrências nos anos epidêmicos de 2002, 2003, 2005 e 2009
foram nos bairros de Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano,
Conceição e Santa Inês; seguidos de São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha,
Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo e Parque Boa Vista,
representando, assim, as localidades de maior risco. Diferenciais intra-urbanos,
condições de vida, densidade populacional e serviços de saneamento devem ser
melhor estudados nestas localidades para o planejamento efetivo das ações de
prevenção e controle de dengue.
Houve predominância da ocorrência no sexo feminino, o que não significa
predileção por sexo, uma vez que o resultado segue a proporção aproximada da
distribuição demográfica segundo sexo da população residente no período.
O estudo apresentou mudança na faixa etária com predominância inicial de
15 a 59 anos, a partir de 2008 houve uma aumento para a faixa etária menor de 15
anos chamando atenção para o crescimento do número de casos na idade entre 5 e
9 anos por um provável recrudescimento do sorotipo DENV 2. O deslocamento de
faixa etária é determinado pela presença de sorotipos do vírus, pela presença de
indivíduos suscetíveis e expostos a adoecerem. A distribuição de dengue é maior
em faixas etárias menores quando há introdução de novos sorotipos do vírus ou
quando há esgotamento de suscetíveis.
Os meses de março a maio foram os de maior intensidade do dengue, no
entanto, foi encontrado registro da doença em todos os meses do ano. O dengue no
município de Itabuna é constante com comportamento cíclico, variando de endêmico
a epidêmico.
Dentre as variáveis climáticas (temperatura e precipitação), estatisticamente
houve significância de correlação da ocorrência de dengue apenas com a
temperatura. A região cacaueira tem média pluviométrica alta com chuvas
constantes o que pode ter influenciado na não significância neste estudo. As altas
temperaturas associadas a períodos chuvosos formam um cenário ideal para o
desenvolvimento do Aedes aegypti que ao final das chuvas, quando da evaporação
de água, instalam-se perfeitos criadouros para o mosquito vetor.
O saneamento básico apresentou melhora gradativa ao longo do período
estudado. Apesar da melhora na proporção de cobertura, não foi demonstrado a
qualidade do serviço de saneamento prestado. Embora 91% das residências tenham
54
sistema de abastecimento de água, este abastecimento não é regular, sobretudo
nos bairros periféricos, o que obriga o acúmulo de água em recipientes, instalando
criadouros artificiais para o Aedes aegypti, garantindo a permanência do mosquito
vetor. 26% da população coberta pelo SIAB não possuem esgotamento sanitário e
12% não tem coleta para o lixo produzido, revelando um cenário de predisposição a
adoecimentos.
A gravidade da doença que se constitui como um problema de Saúde Pública
é muito maior em função da complexidade e dos macro-fatores que envolvem o
“problema-dengue”, tais como a urbanização e crescimento desordenado, geração
de resíduos urbanos, abastecimento de água irregular, ausência de coleta regular de
lixo, violência impedindo o acesso de agentes aos domicílios, movimento
populacional (turismo e migração) e mudanças climáticas. Problemas complexos
requerem soluções complexas.
O dengue segue sua história natural em Itabuna a espera de ações que
interrompam este processo. O cenário atual que se apresenta é de um município
que possui cerca de 97% da população vivendo na área urbana, convivendo com
uma doença que é de transmissão fundamentalmente urbana, apresentando um alto
índice de infestação predial (19,6% em 2010), com a possibilidade de re-emergência
do sorotipo DENV3 e da introdução do DENV4 que já está em circulação na Bahia.
Uma associação de fatores que predizem a possibilidade de uma nova epidemia
para Itabuna.
O mosquito vetor é o único elo vulnerável na cadeia de transmissão do
dengue, ainda não há tratamento etiológico e não está disponível uma vacina segura
e efetiva. O controle e a vigilância vetorial tem que continuar, mas é preciso ir além,
conciliando estratégias convencionais com inovações tecnológicas, utilizando
ferramentas de monitoramento, descrição espacial e mapas de risco para atuação
nos territórios de maior vulnerabilidade. Ações estratégicas precisam ser articuladas,
os saberes multi, inter e transdisciplinares devem ser utilizados orientados pelo
conhecimento da situação epidemiológica e das particularidades do município
respeitando sua dinâmica populacional e diferenciais intra-urbanos.
A Secretaria Municipal de Saúde não pode ser responsabilizada pela
totalidade dos casos. Detectar epidemias e evitar mortes por dengue é tarefa dos
profissionais de saúde, mas combater a permanência do dengue no meio é tarefa de
55
todos os entes governamentais e não governamentais. O modelo de controle da
doença não pode ser homogeneizado e fixo, a comunidade precisa ser envolvida, os
indivíduos são co-responsáveis pelo seu adoecimento, as ações padronizadas
precisam dialogar com os valores e hábitos cotidianos das pessoas.
O município de Itabuna deve somar esforços para sair dos primeiros lugares
do ranking de maior risco para infecção por dengue no Brasil e ser muito mais do
que um pólo de referência para o comércio e serviços de saúde de alta
complexidade. Pode ser um exemplo de busca pelo desenvolvimento sustentável a
partir da priorização da “Agenda Marrom” onde questões ambientais relacionadas à
urbanização e ao desenvolvimento social se constituirão em formas de organização
social, econômica e ambiental que modificarão o meio com equilíbrio para que a
dengue e outras doenças não encontrem forças para surgirem ou re-emergirem.
56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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60
APÊNDICE Quadro 1: Notificação do dengue por bairros do município de Itabuna - Bahia,
no período 2001 a 2010.
Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
ACM 457 0
ALTO MARON 2 3 6 0 8 0 12 2
ALTO MIRANTE 45 6
ANTIQUE 5 14 58 0 15 1 77 6
BAIRRO NAO
INFORMADO 1 17 78 0 24 1 1 117 0
BANANEIRA 0 0 2 8 1 0 31 1
BANCO RASO 4 13 44 2 83 3 93 13
BERILO 1 5 5 0 3 0 245 0
CAIXA D`AGUA 0 4 7 0 9 1 338 2
CALIFORNIA 22 98 416 7 162 12 360 54
CARLOS SILVA 0 2 1 1 1 0 458 0
CASTALIA 2 17 43 1 29 1 602 11
CENTRO 27 123 326 6 275 10 528 53
CENTRO
COMERCIAL 299 0
CONCEICAO 13 63 218 3 117 6 285 37
CORBINIANO
FREIRE 1 12 13 0 11 0 305 2
DANIEL GOMES 1 8 15 1 8 2 31 3
FATIMA 45 121 524 9 218 13 695 60
FERNANDO GOMES 0 0 6 0 3 0 88 3
FERRADAS 7 40 262 4 114 9 1 146 9
61
Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
FONSECA 3 16 39 2 22 3 108 6
GOES CALMON 1 4 19 0 20 1 36 3
ITAMARACA 0 0 2 0 2 0 159 1
JACANA 6 20 40 3 97 1 67 12
JARDIM DAS
ACACIAS 0 0 2 0 2 0 40 0
JARDIM DE ALÁ 0 2
JARDIM GRAPIUNA 2 1 13 0 8 3 97 3
JARDIM ITALAMAR 110 1
JAD. PRIMAVERA 5 25 31 1 120 4 191 16
JAD VITORIA 2 8 18 1 34 0 152 10
JOAO SOARES 5 33 179 1 31 3 153 9
JORGE AMADO 0 2 16 0 77 1 177 12
LOMANTO 8 52 59 0 20 5 517 22
LOTEAMENTO N. Srª
das GRAÇAS
195 0
MANGABINHA 20 49 115 2 241 5 280 32
MANOEL LEAO 4 2 15 0 10 0 61 5
MARIA PINHEIRO 2 14 127 4 45 4 228 8
MONTE CRISTO 3 19 171 4 64 4 211 13
MORUMBI 3 2
MUTUNS 0 6 4 0 1 0 79 0
NOVA CALIFORNIA 5 11 32 3 20 2 112 4
NOVA ESPERANÇA 1 0
NOVA FERRADAS 14 85 165 2 30 3 114 17
NOVA ITABUNA 3 34 60 0 43 2 143 20
62
Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
NOVO FONSECA 0 5 23 0 8 0 60 4
NOVO HORIZONTE 2 26 148 2 88 3 162 9
NOVO JACANA 1 1 8 0 37 0 83 3
NOVO SAO
CAETANO 3 31 25 1 39 1 172 7
ODILON 4 14 8 0 8 1 34 1
PQ BOA VISTA 5 22 100 1 36 1 485 11
PQ SANTA CLARA 7 3
PARQUE VERDE 3 4
PEDRO JERONIMO 11 63 125 5 89 2 147 34
PEDRO JORGE 60 0
PONTALZINHO 18 44 169 4 117 4 184 20
ROÇA DO POVO 0 1
SANTA CATARINA 1 2 7 0 4 0 156 0
SANTA CLARA 1 3 31 0 7 0 87 1
SANTA INES 6 64 193 7 102 3 536 30
SANTA RITA 0 1 0 0 0 0 613 0
SANTO ANTONIO 63 114 360 9 238 13 602 82
SAO CAETANO 22 124 146 10 280 10 385 62
SAO JUDAS TADEU 2 9 9 0 12 1 184 6
SAO LOURENCO 6 18 59 1 87 3 128 3
SAO PEDRO 26 86 261 1 90 0 154 27
SAO ROQUE 6 39 103 0 63 2 111 19
SARINHA 4 55 56 3 102 3 142 18
SINVAL PALMEIRA 6 21 13 1 36 2 167 12
63
Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
TRAVEIROLÂNDIA 10 0
URBIS IV 6 25 30 1 110 1 59 7
VALE DO SOL 1 3 13 0 3 1 64 2
VILA ANALIA 3 17 27 1 94 1 80 12
VILA DAS DORES 48 1
VILA PALOMA 72 0
VILA ZARA 1 4 17 1 25 2 26 5
ZILDOLANDIA 2 7 14 0 23 0 21 6
ZIZO 4 17 54 1 23 0 38 2
ZONA RURAL 0 11 13 0 13 0 34 2
Total 418 1747 5143 114 3702 154 1 1 13560 854
Fonte: SINAN/SMS, 2011
64
Quadro 2: Notificação de dengue segundo escolaridade no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.
ESCOLARIDADE
Ano
Anos de Estudo
Ign/Branco Nenhum 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 a mais
Não se aplica
2001 07 304 0 35 13 04 64
2002 56 1226 0 247 88 21 123
2003 180 3374 416 559 525 160 245
2004 06 43 09 17 28 04 07
2005 19 3150 58 142 193 41 194
2006 04 22 09 34 58 15 12
2007 24 02 09 32 35 13 10
2008 1462 - 52 262 270 16 308
2009 8942 18 293 540 1695 180 2949
2010 925 01 08 13 14 01 102
Fonte: SINAN/SMS, 2011
Quadro 3: Notificação de dengue segundo sexo no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.
SEXO
Ano Ignorado Masculino Feminino Total de Notificações
2001 1 215 211 427
2002 12 721 1028 1761
2003 - 2338 3119 5459
2004 4 46 68 114
2005 - 1601 2192 3797
2006 - 65 89 154
2007 - 58 67 125
2008 - 1003 1366 2369
2009 - 6319 8614 14933
2010 - 528 536 1064
Fonte: SINAN/SMS, 2011
65
Quadro 4: Distribuição populacional do Município de Itabuna segundo sexo, no período 2001 a 2010.
Sexo Pop Geral
Masculino Feminino Total
2001 94.940 102.890 197.830
2002 95.534 103.540 199.074
2003
96.070 104.116 200.186
2004 96.603 104.693 201.296
2005 97.815 106.000 203.815
2006 98.426 106.673 205.099
2007 99.035 107.301 206.336
2008 101.864 110.381 212.248
2009 102.526 111.128 213.654
2010 96.936 107.731 204.667
Fonte: DATASUS/MS, 2011
Quadro 5: Distribuição populacional do Município de Itabuna segundo faixa
etária, no período de 2001 a 2010.
POPULAÇÃO
Faixa Etária
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
< 1 3.439 3.461 3.480 3.499 3.543 3.565 3.397 3.400 3.322 2.818
1 a 4 14.014 14.101 14.178 14.258 14.437 14.528 13.971 14.085 13.857 11.042
5 a 9 18.055 18.169 18.270 18.372 18.602 18.720 17.460 18.028 18.141 15.549
10 a 14 21.244 21.379 21.498 21.616 21.888 22.025 17.210 17.457 17.428 17.230
15 a 19 23.826 23.976 24.110 24.244 24.546 24.701 19.058 18.762 18.149 17.574
20 a 29 36.090 36.316 36.520 36.722 37.182 37.416 41.891 42.615 42.222 39.464
30 a 39 28.475 28.654 28.815 28.974 29.337 29.521 29.787 31.292 32.246 31.880
40 a 49 22.196 22.335 22.400 22.585 22.867 23.011 25.584 26.349 26.539 26.283
50 a 59 13.657 13.743 13.820 13.896 14.070 14.159 17.675 18.885 19.641 20.340
60 a 69 9.395 9.454 9.507 9.560 9.679 9.740 10.784 11.305 11.639 11.924
70 a 79 5.001 5.032 5.061 5.089 5.152 5.185 6.456 6.823 7.047 7.084
80 e + 2.438 2.454 2.467 2.481 2.512 2.528 3.063 3.274 3.423 3.479
Fonte: DATASUS/MS, 2011
66
Quadro 6: Notificação de dengue segundo faixa etária no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.
Ano de Notificação
Faixa Etária 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
< 1 Ano 14 14 26 1 25 5 6 50 431 18
1 a 4 37 56 112 5 104 3 3 143 1630 53
5 a 9 42 124 228 7 153 9 4 336 2191 121
10 a 14 35 157 379 10 260 12 4 254 1799 88
15 a 19 41 183 612 16 376 23 12 183 1271 107
20 a 29 99 389 1340 35 972 41 36 499 2780 298
30 a 39 78 342 1067 19 715 24 22 348 1803 157
40 a 49 36 245 817 14 579 21 15 272 1409 101
50 a 59 22 135 467 6 331 8 12 156 929 61
60 a 69 11 79 235 1 175 5 9 74 426 29
70 a 79 10 26 135 0 78 2 2 32 185 22
80 e + 2 11 41 0 29 1 0 10 64 5
Fonte SINAN/SMS, 2011
Quadro 7: Distribuição de dengue segundo mês de notificação no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.
OCORRÊNCIA MENSAL (nº de casos notificados)
Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2001 16 31 75 65 92 50 29 8 11 23 17 10
2002 57 257 359 497 249 55 42 45 55 48 54 43
2003 105 443 1191 2473 1049 95 63 19 6 3 6 6
2004 11 13 16 4 - 11 5 15 5 - 15 19
2005 62 263 1156 1502 532 130 38 20 18 13 30 33
2006 24 14 33 21 14 5 3 4 3 3 9 21
2007 13 8 18 21 3 7 9 2 5 9 11 19
2008 16 9 102 688 407 444 302 44 17 84 139 117
2009 447 2347 5532 4374 1064 298 147 262 132 90 110 130
2010 133 155 153 117 91 79 50 40 82 38 52 74
Fonte SINAN/SMS, 2011
67
Quadro 8: Temperatura média mensal do Município de Itabuna-Bahia no período de 2001 a 2010.
TEMPERATURA MÉDIA MENSAL (°C)
Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2001 24,4 25,6 25,1 24,3 26,7 22,0 21,5 21,0 22,4 23,2 24,6 24,8
2002 24,8 23,1 24,9 26,1 22,9 22,0 21,5 21,3 22,9 23,2 24,4 25,2
2003 26,2 25,3 25,4 25,0 23,5 25,2 21,1 21,7 22,3 23,1 24,4 25,5
2004 25,2 25,3 24,9 24,3 23,5 22,0 22,6 21,3 22,1 23,6 24,3 25,1
2005 25,3 25,8 25,8 24,7 23,6 22,6 21,3 21,8 22,9 23,7 23,6 24,3
2006 24,7 25,9 25,8 24,8 22,9 22,1 20,7 21,5 22,3 23,4 24,1 25,1
2007 25,5 25,0 24,8 24,4 22,8 21,5 21,2 20,9 21,8 22,4 23,9 24,4
2008 24,3 25,2 25,1 25,0 23,6 21,9 20,9 21,4 22,5 23,8 25,0 24,8
2009 25,4 25,3 25,7 25,3 23,6 22,4 22,2 22,2 23,6 24,9 25,5 25,8
2010 25,9 26,1 26,1 25,2 24,2 21,9 21,5 21,1 22,1 24,0 24,8 25,3
Fonte: CEPLAC, 2011
Quadro 9: Precipitação mensal do Município de Itabuna-Bahia no período de 2001 a 2010.
PRECIPITAÇÃO MENSAL (mm)
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2001 85,0 51,7 162,4 99,7 137,2 133,6 96,2 159,1 45,3 197,1 58,3 424,2
2002 357,2 250,6 161,9 167,7 89,2 149,6 11,7 155,0 130,5 54,2 121,6 195,7
2003 42,3 78,1 169,8 110,3 231,9 99,1 154,2 128,0 65,3 66,9 61,1 47,0
2004 134,1 138,6 308,8 139,4 149,4 134,0 126,9 6,6 22,1 114,6 187,4 22,5
2005 248,8 205,3 203,2 231,9 216,8 207,0 69,9 143,5 95,6 62,9 234,3 111,5
2006 141,7 28,3 198,2 184,5 40,6 228,8 76,0 55,7 74,8 199,7 128,7 190,2
2007 132,0 315,7 127,0 132,5 113,4 69,4 138,3 90,4 152,6 98,2 141,7 114,4
2008 70,2 83,0 151,3 84,6 81,6 133,6 108,2 74,0 16,3 34,4 123,8 210,4
2009 123,9 82,5 93,2 225,3 113,3 73,2 150,6 116,3 65,5 172,7 168,7 22,4
2010 194,1 159,8 126,2 209,2 62,7 53,7 262,5 113,2 82,0 134,1 118,1 149,1
Fonte: CEPLAC, 2011
68
Figura 14: Diagrama de dispersão da notificação do dengue e sua relação com os níveis de
temperatura do período de 2001 a 2010 no Município de Itabuna-Bahia.
Figura 15: Diagrama de dispersão da notificação do dengue e os níveis de precipitação
pluviométrica do período de 2001 a 2010 no Município de Itabuna-Bahia.
69
Tabela 7: Abastecimento de água no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Ano Rede Pública Poço ou Nascente Outros
2001
21.406 769 1.895
2002
32.732 1.084 2.109
2003
36.627 1.173 2.104
2004
37.417 1.147 2.063
2005
38.377 1.158 1.195
2006
33.849 1.004 1.478
2007
35.603 1.026 1.442
2008
34.433 877 1.167
2009
35.350 685 1.372
2010
38.948 653 1.284
Fonte: SIAB/SMS, 2011
Tabela 8: Esgotamento sanitário no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Ano Esgoto Fossa Céu Aberto
2001
15.986 1.256 6.828
2002
25.484 1.804 8.637
2003
29.440 1.909 8.555
2004
29.984 1.940 8.703
2005
30.940 1.912 8.668
2006
26.446 2.232 7.653
2007
28.261 2.512 7.298
2008
27.410 2.487 6.580
2009
28.198 2.595 6.614
2010
31.861 2.660 6.364
Fonte: SIAB/SMS, 2011
70
Tabela 9: Destino do lixo no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.
DESTINO DO LIXO
Ano Coletado Queimado/Enterrado Céu aberto
2001
16.580 768 6.722
2002
28.209 1.006 6.710
2003
33.328 870 5.706
2004
34.359 846 5.422
2005
35.715 800 5.005
2006
31.471 759 4.101
2007
33.789 833 3.449
2008
32.799 829 2.849
2009
33.758 808 2.841
2010 37.644 751 2.490
Fonte: SIAB/SMS, 2011
71
ANEXOS
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2001 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Sexo | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 91 | 3.802 | 2.303 | 3.260 | 5.651 | 6.090 | 14.949 | 4.514 | 2.898 | 3.577 | 47.135 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 83 | 3.782 | 2.326 | 3.414 | 5.584 | 6.382 | 17.020 | 5.405 | 3.379 | 4.294 | 51.669 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 174 | 7.584 | 4.629 | 6.674 | 11.235 | 12.472 | 31.969 | 9.919 | 6.277 | 7.871 | 98.804 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 2| | 138| 7| | 11| 8| | | 3| 10 a 19 | 174| | |
| | 0,01| | 0,46| 0,02| | 0,04| 0,03| | | 0,01| anos | 1,45| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 496| 28| 1| 1.188| | 96| 6.128| 19| 1| 16| 20 anos | 470| | |
| | 0,72| 0,04| 0,00| 1,73| | 0,14| 8,94| 0,03| 0,00| 0,02| e mais | 1,56| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 498| 28| 139| 1.195| | 107| 6.136| 19| 1| 19| Total | 644| | |
| | 0,50| 0,03| 0,14| 1,21| | 0,11| 6,21| 0,02| 0,00| 0,02| | 1,53| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 40.757| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 24.071| 59,06 | | Rede publica | 21.406 | 88,93 | | Coleta publica | 16.580 | 68,88 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 15.767| 88,04 | | Poco ou nascente | 769 | 3,19 | | Queimado/Enterrado | 768 | 3,19 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 55.647| 81,23 | | Outros | 1.895 | 7,87 | | Ceu aberto | 6.722 | 27,93 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 3.343| 3,38 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 18.466| 76,71| | Sistema de Esgoto | 15.986 | 66,41 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 257 | 1,07 | | Fossa | 1.256 | 5,22 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 204 | 0,85 | | Ceu aberto | 6.828 | 28,37 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 11.822 | 49,11 | | Madeira | 4.513 | 18,75 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 739 | 3,07 | | Material aproveitado | 251 | 1,04 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 4.054 | 16,84 | | Outros | 379 | 1,57 | | Energia Eletrica | 21.774 | 90,46 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 7.455 | 30,97 |
72
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2002 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 459 | 5.153 | 3.238 | 4.842 | 8.038 | 8.456 | 22.084 | 6.954 | 4.394 | 5.337 | 68.955 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 481 | 5.006 | 3.317 | 4.784 | 8.014 | 8.731 | 25.165 | 8.060 | 5.254 | 6.671 | 75.483 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 940 | 10.159 | 6.555 | 9.626 | 16.052 | 17.187 | 47.249 | 15.014 | 9.648 | 12.008 | 144.438 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 3| 2| 188| 10| | 25| 13| 2| | 3| 10 a 19 | 236| | |
| | 0,01| 0,00| 0,43| 0,02| | 0,06| 0,03| 0,00| | 0,01| anos | 1,41| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 636| 25| | 1.980| | 149| 9.707| 26| 1| 18| 20 anos | 645| | |
| | 0,63| 0,02| | 1,96| | 0,15| 9,60| 0,03| 0,00| 0,02| e mais | 1,43| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 639| 27| 188| 1.990| | 174| 9.720| 28| 1| 21| Total | 881| | |
| | 0,44| 0,02| 0,13| 1,38| | 0,12| 6,73| 0,02| 0,00| 0,01| | 1,42| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 40.757| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 35.926| 88,15 | | Rede publica | 32.732 | 91,11 | | Coleta publica | 28.209 | 78,52 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 22.918| 89,25 | | Poco ou nascente | 1.084 | 3,02 | | Queimado/Enterrado | 1.006 | 2,80 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 84.464| 83,54 | | Outros | 2.109 | 5,87 | | Ceu aberto | 6.710 | 18,68 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 8.033| 5,56 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 29.449| 81,97| | Sistema de Esgoto | 25.484 | 70,93 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 276 | 0,77 | | Fossa | 1.804 | 5,02 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 250 | 0,70 | | Ceu aberto | 8.637 | 24,04 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 19.186 | 53,40 | | Madeira | 5.317 | 14,80 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 965 | 2,69 | | Material aproveitado | 266 | 0,74 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 4.118 | 11,46 | | Outros | 367 | 1,02 | | Energia Eletrica | 33.069 | 92,05 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 11.656 | 32,44 |
+--------------------------------------------+
73
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2003 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| | Faixa Etaria (anos) |
| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 239 | 5.391 | 3.549 | 5.279 | 8.543 | 9.162 | 24.557 | 7.928 | 4.953 | 6.034 | 75.635 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 234 | 5.323 | 3.441 | 5.135 | 8.615 | 9.537 | 28.180 | 9.180 | 5.982 | 7.702 | 83.329 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 473 | 10.714 | 6.990 | 10.414 | 17.158 | 18.699 | 52.737 | 17.108 | 10.935 | 13.736 | 158.964 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 4| 2| 179| 13| | 23| 19| 2| | 2| 10 a 19 | 266| | |
| | 0,01| 0,00| 0,39| 0,03| | 0,05| 0,04| 0,00| | 0,00| anos | 1,47| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 635| 24| | 2.333| | 158| 11.066| 22| 3| 28| 20 anos | 755| | |
| | 0,56| 0,02| | 2,06| | 0,14| 9,77| 0,02| 0,00| 0,02| e mais | 1,48| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 639| 26| 179| 2.346| | 181| 11.085| 24| 3| 30| Total | 1.021| | |
| | 0,40| 0,02| 0,11| 1,48| | 0,11| 6,97| 0,02| 0,00| 0,02| | 1,48| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 50.047| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 39.904| 79,73 | | Rede publica | 36.627 | 91,79 | | Coleta publica | 33.328 | 83,52 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 24.476| 88,77 | | Poco ou nascente | 1.173 | 2,94 | | Queimado/Enterrado | 870 | 2,18 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 96.482| 85,22 | | Outros | 2.104 | 5,27 | | Ceu aberto | 5.706 | 14,30 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 9.690| 6,10 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 33.922| 85,01| | Sistema de Esgoto | 29.440 | 73,78 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 260 | 0,65 | | Fossa | 1.909 | 4,78 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 233 | 0,58 | | Ceu aberto | 8.555 | 21,44 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 21.839 | 54,73 | | Madeira | 4.871 | 12,21 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 1.086 | 2,72 | | Material aproveitado | 308 | 0,77 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 4.270 | 10,70 | | Outros | 310 | 0,78 | | Energia Eletrica | 37.192 | 93,20 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 12.709 | 31,85 |
+---------------------------------------------+
74
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2004 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| | Faixa Etaria (anos) |
| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 284 | 4.531 | 3.518 | 5.219 | 8.375 | 9.035 | 25.549 | 8.186 | 5.173 | 6.378 | 76.248 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 261 | 4.499 | 3.314 | 5.101 | 8.438 | 9.454 | 29.176 | 9.541 | 6.260 | 8.117 | 84.161 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 545 | 9.030 | 6.832 | 10.320 | 16.813 | 18.489 | 54.725 | 17.727 | 11.433 | 14.495 | 160.409 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 3| 2| 157| 11| | 17| 16| | | | 10 a 19 | 276| | |
| | 0,01| 0,00| 0,36| 0,03| | 0,04| 0,04| | | | anos | 1,54| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 635| 23| 1.227| 2.330| | 160| 11.215| 26| 3| 39| 20 anos | 956| | |
| | 0,54| 0,02| 1,05| 1,99| | 0,14| 9,60| 0,02| 0,00| 0,03| e mais | 1,80| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 638| 25| 1.384| 2.341| | 177| 11.231| 26| 3| 39| Total | 1.232| | |
| | 0,40| 0,02| 0,86| 1,46| | 0,11| 7,00| 0,02| 0,00| 0,02| | 1,74| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 50.324| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 40.627| 80,73 | | Rede publica | 37.417 | 92,10 | | Coleta publica | 34.359 | 84,57 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 23.150| 85,32 | | Poco ou nascente | 1.147 | 2,82 | | Queimado/Enterrado | 846 | 2,08 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 100.181| 85,72 | | Outros | 2.063 | 5,08 | | Ceu aberto | 5.422 | 13,35 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 9.735| 6,07 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 34.743| 85,52| | Sistema de Esgoto | 29.984 | 73,80 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 249 | 0,61 | | Fossa | 1.940 | 4,78 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 224 | 0,55 | | Ceu aberto | 8.703 | 21,42 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 22.591 | 55,61 | | Madeira | 4.787 | 11,78 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 1.049 | 2,58 | | Material aproveitado | 313 | 0,77 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 4.118 | 10,14 | | Outros | 311 | 0,77 | | Energia Eletrica | 37.815 | 93,08 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 12.869 | 31,68 |
+---------------------------------------------+
75
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2005 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| | Faixa Etaria (anos) |
| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 279 | 3.905 | 3.169 | 5.088 | 8.287 | 8.682 | 26.404 | 8.473 | 5.478 | 6.733 | 76.498 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 256 | 3.868 | 3.045 | 4.995 | 8.456 | 8.976 | 29.952 | 10.006 | 6.668 | 8.671 | 84.893 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 535 | 7.773 | 6.214 | 10.083 | 16.743 | 17.658 | 56.356 | 18.479 | 12.146 | 15.404 | 161.391 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 3| 4| 147| 14| | 19| 12| 1| | | 10 a 19 | 196| | |
| | 0,01| 0,01| 0,36| 0,03| | 0,05| 0,03| 0,00| | | anos | 1,12| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 625| 31| 1.276| 2.533| | 164| 11.747| 31| 3| 51| 20 anos | 1.006| | |
| | 0,52| 0,03| 1,06| 2,11| | 0,14| 9,79| 0,03| 0,00| 0,04| e mais | 1,82| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 628| 35| 1.423| 2.547| | 183| 11.759| 32| 3| 51| Total | 1.202| | |
| | 0,39| 0,02| 0,88| 1,58| | 0,11| 7,29| 0,02| 0,00| 0,03| | 1,65| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 58.233| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 41.520| 71,30 | | Rede publica | 38.377 | 92,43 | | Coleta publica | 35.715 | 86,02 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 21.933| 81,76 | | Poco ou nascente | 1.158 | 2,79 | | Queimado/Enterrado | 800 | 1,93 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 103.824| 86,49 | | Outros | 1.985 | 4,78 | | Ceu aberto | 5.005 | 12,05 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 9.910| 6,14 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 35.849| 86,34| | Sistema de Esgoto | 30.940 | 74,52 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 231 | 0,56 | | Fossa | 1.912 | 4,61 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 202 | 0,49 | | Ceu aberto | 8.668 | 20,88 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 23.251 | 56,00 | | Madeira | 4.643 | 11,18 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 969 | 2,33 | | Material aproveitado | 266 | 0,64 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 4.009 | 9,66 | | Outros | 329 | 0,79 | | Energia Eletrica | 38.476 | 92,67 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 13.291 | 32,01 |
+---------------------------------------------+
76
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2006 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| | Faixa Etaria (anos) |
| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 187 | 3.236 | 2.423 | 4.345 | 6.941 | 7.041 | 23.171 | 7.471 | 4.921 | 6.004 | 65.740 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 173 | 3.218 | 2.346 | 4.101 | 7.002 | 7.233 | 26.149 | 8.769 | 5.995 | 7.700 | 72.686 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 360 | 6.454 | 4.769 | 8.446 | 13.943 | 14.274 | 49.320 | 16.240 | 10.916 | 13.704 | 138.426 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 1| 4| 118| 12| | 14| 9| | | | 10 a 19 | 158| | |
| | 0,00| 0,01| 0,35| 0,04| | 0,04| 0,03| | | | anos | 1,11| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 541| 28| 1.128| 2.313| | 149| 10.499| 26| | 43| 20 anos | 907| | |
| | 0,52| 0,03| 1,08| 2,21| | 0,14| 10,05| 0,02| | 0,04| e mais | 1,87| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 542| 32| 1.246| 2.325| | 163| 10.508| 26| | 43| Total | 1.065| | |
| | 0,39| 0,02| 0,90| 1,68| | 0,12| 7,59| 0,02| | 0,03| | 1,69| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 51.275| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 36.331| 70,86 | | Rede publica | 33.849 | 93,17 | | Coleta publica | 31.471 | 86,62 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 18.030| 80,53 | | Poco ou nascente | 1.004 | 2,76 | | Queimado/Enterrado | 759 | 2,09 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 90.924| 87,05 | | Outros | 1.478 | 4,07 | | Ceu aberto | 4.101 | 11,29 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 8.601| 6,21 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 31.540| 86,81| | Sistema de Esgoto | 26.446 | 72,79 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 189 | 0,52 | | Fossa | 2.232 | 6,14 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 164 | 0,45 | | Ceu aberto | 7.653 | 21,06 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 20.387 | 56,11 | | Madeira | 3.799 | 10,46 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 771 | 2,12 | | Material aproveitado | 245 | 0,67 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 3.392 | 9,34 | | Outros | 394 | 1,08 | | Energia Eletrica | 33.457 | 92,09 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 11.781 | 32,43 |
+---------------------------------------------+
77
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2007 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| | Faixa Etaria (anos) |
| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 155 | 3.440 | 2.568 | 4.578 | 7.631 | 6.795 | 24.070 | 7.804 | 5.318 | 6.378 | 68.737 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 154 | 3.328 | 2.423 | 4.315 | 7.686 | 7.067 | 27.098 | 9.170 | 6.359 | 8.239 | 75.839 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 309 | 6.768 | 4.991 | 8.893 | 15.317 | 13.862 | 51.168 | 16.974 | 11.677 | 14.617 | 144.576 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 6| 2| 132| 7| | 17| 9| 1| | | 10 a 19 | 144| | |
| | 0,02| 0,01| 0,36| 0,02| | 0,05| 0,02| 0,00| | | anos | 0,98| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 513| 22| 1.285| 2.449| | 136| 11.249| 37| 1| 32| 20 anos | 872| | |
| | 0,47| 0,02| 1,19| 2,26| | 0,13| 10,39| 0,03| 0,00| 0,03| e mais | 1,71| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 519| 24| 1.417| 2.456| | 153| 11.258| 38| 1| 32| Total | 1.016| | |
| | 0,36| 0,02| 0,98| 1,70| | 0,11| 7,79| 0,03| 0,00| 0,02| | 1,55| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 51.275| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 38.071| 74,25 | | Rede publica | 35.603 | 93,52 | | Coleta publica | 33.789 | 88,75 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 19.418| 80,21 | | Poco ou nascente | 1.026 | 2,69 | | Queimado/Enterrado | 833 | 2,19 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 95.450| 88,14 | | Outros | 1.442 | 3,79 | | Ceu aberto | 3.449 | 9,06 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 8.532| 5,90 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 33.672| 88,45| | Sistema de Esgoto | 28.261 | 74,23 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 247 | 0,65 | | Fossa | 2.512 | 6,60 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 146 | 0,38 | | Ceu aberto | 7.298 | 19,17 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 22.430 | 58,92 | | Madeira | 3.496 | 9,18 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 712 | 1,87 | | Material aproveitado | 227 | 0,60 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 3.460 | 9,09 | | Outros | 283 | 0,74 | | Energia Eletrica | 35.722 | 93,83 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 11.469 | 30,13 |
+---------------------------------------------+
78
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2008 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| | Faixa Etaria (anos) |
| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 150 | 2.964 | 2.181 | 3.986 | 7.000 | 6.390 | 22.958 | 7.421 | 5.322 | 6.279 | 64.651 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 134 | 2.849 | 2.147 | 3.765 | 6.919 | 6.562 | 25.819 | 8.853 | 6.327 | 8.225 | 71.600 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 284 | 5.813 | 4.328 | 7.751 | 13.919 | 12.952 | 48.777 | 16.274 | 11.649 | 14.504 | 136.251 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 6| 2| 121| 7| | 15| 8| 1| | 3| 10 a 19 | 111| | |
| | 0,02| 0,01| 0,38| 0,02| | 0,05| 0,02| 0,00| | 0,01| anos | 0,82| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 470| 22| 1.304| 2.383| | 137| 11.030| 37| 1| 25| 20 anos | 735| | |
| | 0,45| 0,02| 1,25| 2,29| | 0,13| 10,59| 0,04| 0,00| 0,02| e mais | 1,49| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 476| 24| 1.425| 2.390| | 152| 11.038| 38| 1| 28| Total | 846| | |
| | 0,35| 0,02| 1,05| 1,75| | 0,11| 8,10| 0,03| 0,00| 0,02| | 1,35| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 51.275| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 36.477| 71,14 | | Rede publica | 34.433 | 94,40 | | Coleta publica | 32.799 | 89,92 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 17.345| 80,04 | | Poco ou nascente | 877 | 2,40 | | Queimado/Enterrado | 829 | 2,27 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 92.461| 88,77 | | Outros | 1.167 | 3,20 | | Ceu aberto | 2.849 | 7,81 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 7.484| 5,49 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 32.528| 89,17| | Sistema de Esgoto | 27.410 | 75,14 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 258 | 0,71 | | Fossa | 2.487 | 6,82 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 123 | 0,34 | | Ceu aberto | 6.580 | 18,04 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 21.773 | 59,69 | | Madeira | 3.036 | 8,32 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 612 | 1,68 | | Material aproveitado | 229 | 0,63 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 3.335 | 9,14 | | Outros | 303 | 0,83 | | Energia Eletrica | 34.937 | 95,78 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 10.757 | 29,49 |
+---------------------------------------------+
79
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2009 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| | Faixa Etaria (anos) |
| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 228 | 2.712 | 2.171 | 3.640 | 6.829 | 6.241 | 23.000 | 7.659 | 5.585 | 6.543 | 64.608 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 244 | 2.572 | 2.173 | 3.478 | 6.789 | 6.441 | 25.939 | 9.097 | 6.780 | 8.598 | 72.111 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 472 | 5.284 | 4.344 | 7.118 | 13.618 | 12.682 | 48.939 | 16.756 | 12.365 | 15.141 | 136.719 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 10| 2| 133| 8| | 15| 9| 1| | 3| 10 a 19 | 123| | |
| | 0,03| 0,01| 0,43| 0,03| | 0,05| 0,03| 0,00| | 0,01| anos | 0,93| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 467| 14| 1.403| 2.519| | 129| 11.473| 45| 2| 30| 20 anos | 747| | |
| | 0,44| 0,01| 1,33| 2,38| | 0,12| 10,84| 0,04| 0,00| 0,03| e mais | 1,48| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 477| 16| 1.536| 2.527| | 144| 11.482| 46| 2| 33| Total | 870| | |
| | 0,35| 0,01| 1,12| 1,85| | 0,11| 8,40| 0,03| 0,00| 0,02| | 1,37| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 53.413| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 37.407| 70,03 | | Rede publica | 35.350 | 94,50 | | Coleta publica | 33.758 | 90,25 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 16.794| 80,99 | | Poco ou nascente | 685 | 1,83 | | Queimado/Enterrado | 808 | 2,16 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 94.850| 89,58 | | Outros | 1.372 | 3,67 | | Ceu aberto | 2.841 | 7,59 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 7.628| 5,58 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 33.660| 89,98| | Sistema de Esgoto | 28.198 | 75,38 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 235 | 0,63 | | Fossa | 2.595 | 6,94 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 112 | 0,30 | | Ceu aberto | 6.614 | 17,68 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 22.706 | 60,70 | | Madeira | 2.698 | 7,21 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 583 | 1,56 | | Material aproveitado | 254 | 0,68 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 3.581 | 9,57 | | Outros | 448 | 1,20 | | Energia Eletrica | 35.934 | 96,06 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 10.537 | 28,17 |
+---------------------------------------------+
80
CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2010 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| | Faixa Etaria (anos) |
| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Masculino | 196 | 2.565 | 2.241 | 3.654 | 6.658 | 6.614 | 24.004 | 8.192 | 6.236 | 7.413 | 67.773 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Feminino | 186 | 2.514 | 2.160 | 3.586 | 6.692 | 6.914 | 27.229 | 9.765 | 7.721 | 9.950 | 76.717 |
|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|
| Numero de Pessoas | 382 | 5.079 | 4.401 | 7.240 | 13.350 | 13.528 | 51.233 | 17.957 | 13.957 | 17.363 | 144.490 |
+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |
| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|
| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |
| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 0 a 14 | 9| 2| 147| 6| | 10| 6| 3| | 2| 10 a 19 | 125| | |
| | 0,03| 0,01| 0,48| 0,02| | 0,03| 0,02| 0,01| | 0,01| anos | 0,92| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| 15 anos e mais | 496| 13| 1.546| 3.069| | 143| 13.212| 41| 2| 35| 20 anos | 753| | |
| | 0,43| 0,01| 1,36| 2,69| | 0,13| 11,59| 0,04| 0,00| 0,03| e mais | 1,38| | |
|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|
| Total | 505| 15| 1.693| 3.075| | 153| 13.218| 44| 2| 37| Total | 878| | |
| | 0,35| 0,01| 1,17| 2,13| | 0,11| 9,15| 0,03| 0,00| 0,03| | 1,29| | |
+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+
+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| N. de familias estimadas | 53.413| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |
|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
| N. de familias cadastradas | 40.885| 76,55 | | Rede publica | 38.948 | 95,26 | | Coleta publica | 37.644 | 92,07 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 7 a 14 anos na escola | 16.972| 82,43 | | Poco ou nascente | 653 | 1,60 | | Queimado/Enterrado | 751 | 1,84 |
|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| 15 anos e mais alfabetizados | 103.588| 90,84 | | Outros | 1.284 | 3,14 | | Ceu aberto | 2.490 | 6,09 |
|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Pessoas cobertas c/ plano saude | 10.891| 7,54 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |
| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|
|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 37.522| 91,77| | Sistema de Esgoto | 31.861 | 77,93 |
| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 211 | 0,52 | | Fossa | 2.660 | 6,51 |
+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|
| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 103 | 0,25 | | Ceu aberto | 6.364 | 15,57 |
|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Filtracao | 26.149 | 63,96 | | Madeira | 2.523 | 6,17 |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+
| Fervura | 571 | 1,40 | | Material aproveitado | 206 | 0,50 | | | No | % |
|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|
| Cloracao | 3.777 | 9,24 | | Outros | 320 | 0,78 | | Energia Eletrica | 39.621 | 96,91 |
|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+
| Sem tratamento | 10.388 | 25,41 |
+---------------------------------------------+