Post on 19-Jan-2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO
Ricardo Vieira da Silva
LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO DE DUAS ÁREAS DO CAMPUS
DA UFSM COM USO DA ESTAÇÃO TOTAL
Santa Maria, RS
2017
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Ricardo Viera da Silva
LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO DE DUAS ÁREAS DO CAMPUS DA UFSM
COM USO DA ESTAÇÃO TOTAL
Relatório de Estágio apresentado ao Curso
Superior de Tecnologia em Geoprocessamento
do Colégio Politécnico da UFSM, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Tecnólogo em Geoprocessamento.
Orientador: Professor Doutor Valmir Viera
Santa Maria, RS
2017
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Ricardo Vieira da Silva
LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO DE DUAS ÁREAS DO CAMPUS DA UFSM
COM USO DA ESTAÇÃO TOTAL
Relatório de Estágio apresentado ao Curso
Superior de Tecnologia em Geoprocessamento
do Colégio Politécnico da UFSM, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Tecnólogo em Geoprocessamento.
Aprovado em 11 de Outubro de 2017
____________________________________________
Valmir Viera, Dr. (UFSM)
(Presidente/Orientador)
____________________________________________
Alessandro Carvalho Miola, Dr. (UFSM)
____________________________________________
Marco Sampaio. Ms. (UFSM)
Santa Maria, RS
2017
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DEDICATÓRIA
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, que desde o princípio vem me dando força
e coragem para lutar todos os dias pelos meus sonhos. Aos meus pais José Alves Vieira e
Helenice Vieira da Silva in memoria pelos ensinamentos, amor, dedicação e carinho.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu bom Deus por ter colocado pessoas pelas quais foram fundamentais
ao longo dessa etapa concretizada.
- A minha tia, Lourdes Alves, exemplo de mulher, aguerrida, batalhadora etc.. E com
um enorme coração, sem sua ajuda jamais teria alcançado esse mérito. Nunca me esquecerei!;
- A minha mãe, Helenice da Silva Vieira, In memoria. Mãe como eu queria que você
estivesse comigo nessa etapa tão importante da minha vida. Queria poder-lhe dar um abraço e
dizer obrigada por tudo.
- Ao meu pai José Alves, pelas muitas broncas que mim destes, sei que era paro o meu
bem;
- Aos meus irmãos, Rosimeire, Rosângela, Rosileide, Maria Aparecida e Isaias.
Obrigado pelas inúmeras palavras de compreensão e carinho;
-Aos meus sobrinhos, Tiago, Meirelany, Thaís, Pedro, Maria Eduarda, Lucas,
Geovana e Davi.
-Aos meus tios, tias e primos que de alguma maneira me incentivaram a trilhar essa
jornada;
- Aos meus amigos de curso, pela parceria na academia e pelas inúmeras risadas e
estudos. Os levarei para minha vida.
- A minha eterna turma do Curso Técnico em Agropecuária- Campus São Cristóvão-
SE. Em especial a minha querida amiga Célia Lopes pelo apoio e incentivo. Muito obrigado
- Ao meu orientador do estágio, Valmir Vieira, por toda a dedicação, amizade e
ensinamentos, és um ser humano de uma alma incrível;
- Ao meu supervisor de estágio, Benoine Josue, pela presteza, e apoio na execução das
atividades;
- A Universidade Federal de Santa Maria, por ter me proporcionado o
desenvolvimento de minhas habilidades pessoais e profissionais;
- A Pró-Reitoria de infraestrutura UFSM, pela oportunidade de estágio;
- Aos professores pelos conhecimentos repassados ao longo do curso;
-Ao meu colega Alencar Soares pelas inúmeras contribuições no desenvolvimento das
atividades do estagio.
Enfim, a todos àqueles que me proporcionam aprendizado e de algum alguma maneira
contribuíram para alcançar esse sonho.
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"Quando seus sonhos forem maiores que
seus medos, você já tem um caminho a
percorrer."
(Ricardo Vieira)
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RESUMO
LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO DE DUAS ÁREAS DO CAMPUS DA UFSM
COM USO DA ESTAÇÃO TOTAL
AUTOR: Ricardo Vieira da Silva
ORIENTADOR: Valmir Viera
O Estágio Supervisionado, com duração mínima de 300 horas, é considerado requisito parcial
para a obtenção do grau de Tecnólogo em Geoprocessamento do Colégio Politécnico-UFSM.
Este foi desenvolvido na Pró-Reitoria de Infraestrutura da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM), tendo como objetivo aplicar técnicas de topografia em duas áreas do campus
da UFSM. A topografia é uma ciência que permitem a mensuração da superfície terrestre,
contribuindo desde então para a ocupação humano ao longo dos tempos. No entanto, para que
possamos desenvolver nossas atividades é necessário existir um bom planejamento espacial
dessas áreas. A utilização do levantamento topográfico em especial o altimétrico permite
mensurar tais áreas e seus desníveis, contribuindo assim para gestão de forma ordenada. A
eficiência na tomada de decisão por parte dos gestores públicos se torna cada vez mais
necessário, uma vez que o ordenamento espacial permite aos mesmos um maior controle
acerca do uso e ocupação do solo. Podemos concluir que a aplicação dessas ferramentas
permitem diversas aplicabilidades, fazendo com que se torne possível atualizar dados
cartográficos auxiliando na gestão espacial do planejamento urbano de forma eficiente,
proporcionando benefícios para a sociedade como um todo e atendendo de forma satisfatória
as demandas da gestão publica.
Palavras-chave: Altimetria, Topografia, Geotecnologias.
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ABSTRACT
LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO DE DUAS ÁREAS DO CAMPUS
DA UFSM COM USO DA ESTAÇÃO TOTAL
AUTHOR: Ricardo Vieira da Silva
ADVISOR: Valmir Viera
The Supervised Internship, with a minimum duration of 360 hours, is considered a partial
requirement to obtain the degree of Technologist in Geoprocessing of the Polytechnic
College-UFSM. This was developed in the Pro-rectory of Infrastructure of the Federal
University of Santa Maria (UFSM). Aiming to apply topography techniques in two areas of
UFSM campus. Topography is a science that allows the measurement of the earth's surface,
and has since contributed to human occupation over time. However, in order for us to develop
our activities it is necessary to have a good spatial planning of these areas. The use of the
topographic survey, especially the altimetric one, allows us to measure such areas, thus
contributing to management in an orderly manner. Efficiency in decision making by public
managers becomes more and more necessary, since spatial planning allows them greater
control over land use and occupation. We can conclude that the application of these tools
allows several applications, making it possible to update cartographic data, helping in the
spatial management of urban planning in an efficient way, providing benefits to society as a
whole and satisfying the demands of public management.
Keywords: Altimetry, Topography, Geotechnology.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura -1 Coordenadas tridimensionais de um ponto............................................................18
Figura -2 Levantamento planialtimetrico...............................................................................19
Figura -3 Origem das coordenas............................................................................................20
Figura -4 Sistema de coordenadas cartesianas.......................................................................21
Figura -5 Marco geodésico.....................................................................................................30
Figura -6 Mapa de localização do campus da UFSM.............................................................32
Figura -7 Mapa de localização da rede de referencia cadastral da UUFSM...........................33
Figura -8 Marco utilizado como referência no levantamento altimétrico................................34
Figura -9 Mapa dos pontos altimétrico da área de estudo I.....................................................34
Figura -10 Mapa dos pontos altimétrico da área de estudo II ..................................................38
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LISTA DE ABREVIATURAS
UFSM Universidade Federal de Santa Maria
PROINFA Pró-Reitoria de Infraestrutura-UFSM
SIG Sistema de Informações Geográficas
SGB Sistema Geodésico Brasileiro
ABNT Associação de Brasileira de Normas Técnicas
NBR 13133 Execução de Levantamento Topográfico
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MMQ Método dos Mínimos Quadrados
ASPES Sociedade Santa-Mariense Pró-Ensino Superior
COPERVES Comissão Permanente do Vestibular
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12
1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 12
1.2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ....................................................................... 13
1.3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 13
1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 13
1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 15
2.1 TOPOGRAFIA ...................................................................................................... 15
2.1.1 Divisões da Topografia ........................................................................................... 16
2.1.2 Sistema de Coordenadas ......................................................................................... 18
2.1.3 Sistemas de Coordenadas Cartesianas ..................................................................... 18
2.1.4 Sistema de Coordenadas Geográficas ..................................................................... 20
2.1.5 Sistema de Coordenadas Topográficas .................................................................... 20
2.1.6 Teoria dos Erros na Topografia .............................................................................. 21
2.1.7 Método de levantamento ........................................................................................ 22
2.2 GEODÉSIA ........................................................................................................... 24
2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS ................................................ 26
3 MÉTODOS E TÉCNICAS ..................................................................................... 27
3.1 ÁREA DE ESTUDO .............................................................................................. 27
3.2 MATERIAIS UTILIZADOS .................................................................................. 29
4.2.1 Equipamentos utilizados no trabalho de campo ....................................................... 29
4.2.2 Softwares ............................................................................................................... 29
4.2.3 Atividades desenvolvidas no trabalho de campo ..................................................... 29
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 32
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 36
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 37
APÊNDICE A- Tabela dos Levantamentos I II.…………………………………….….……40
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório refere-se às atividades realizadas durante o Estágio Curricular
Supervisionado do Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento UFSM – RS, no
período de 06/03/2017 a 12/06/2017, com carga horária semanal de 30 horas, totalizando 360
horas. O mesmo foi realizado na Pró-Reitoria de Infraestrutura (PROINFRA-UFSM),
localizada no campus da Universidade Federal de Santa Maria. A realização do estágio é
requisito parcial para obtenção do grau de “Tecnólogo em Geoprocessamento” e o mesmo foi
realizado sob a orientação do Prof. Dr. Valmir Viera.
Neste trabalho, foi executado o levantamento altimétrico de duas áreas localizadas no
campus da UFSM, coletando as coordenadas (X, Y e Z), utilizando para isso a Estação Total
de forma a obter cotas altimétricas da mesma. Posteriormente, foi feita a tabulação dos dados
coletados no Laboratório de Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM, sendo
utilizado o AutoCAD®
Map v. 2014) para a representação da área, bem como o aplicativo
Microsoft Excel® (2010) para a tabulação dos dados.
1.1 JUSTIFICATIVA
Justifica-se a realização do estágio por ser uma etapa importante na complementação
da formação acadêmica do discente, permitindo-se a aplicação do conhecimento adquirido na
academia e, assim, aplicar tais habilidades na prática, uma vez que o aluno passa a sair da sala
de aula para conhecer a vida profissional em empresas ou lugares onde haja aplicações de
todo conhecimento adquirido durante sua formação. O estágio deve proporcionar experiência
para o aluno entrar no mercado de trabalho com experiência e aptidão.
Esta fase é muito importante, pois é chegada a hora de o aluno aplicar tudo aquilo que
lhe foi ensinado durante os anos de formação e aprimorar outras que só a vivência
proporciona. Neste o momento o aluno tem a possibilidade de entrar em contato com
problemas reais do mercado de trabalho e ver as possibilidades de atuação. O andamento do
estágio é composto pelo auxílio de algum docente na área de atuação que o aluno deseja
estagiar, e se concretiza na relação interinstitucional, sob a supervisão de um profissional da
instituição/empresa concedente da vaga.
Diante disso, o tema proposto foi definido a partir de um Projeto de Ensino, Pesquisa
e Extensão (Cadastrando UFSM) – Sistema de Informações Geográficas-SIG para o Campus
Sede da UFSM – no qual o professor orientador e demais professores integram o mesmo. Por
13
se tratar de uma necessidade da UFSM, onde existe um constante desenvolvimento e
ampliação estrutural, através das novas edificações que estão sendo construídas.
Para dar suporte a este tipo de obra é fundamental que exista uma base de apoio
atualizada, sendo essa desempenhada por vários marcos geodésicos que foram implantados
em 2007 e úteis para os projetos atuais e futuros. Tal iniciativa foi criada em 2007 como o
projeto da Rede de Referência Cadastral do Campus da UFSM, sendo o conjunto de marcos
amarrado ao Sistema Brasileiro Geodésico – SGB e com coordenadas precisas e conhecidas.
A mesma teve como um dos objetivos a necessidade de implementar a geoinformação no
campus da UFSM . Dessa forma a referida rede dará suporte aos trabalhos de engenharia,
Cadastro Técnico Multifinalitário bem como no auxílio às aulas praticas na área de
geoprocessamento (SEBEM et al., 2008).
1.2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A Pró-Reitoria de Infraestrutura (PROINFA-UFSM) era denominada Prefeitura da
Cidade Universitária, no entanto em 27/03/2009 o Conselho Universitário (CONSU), na sua
691ª Sessão, aprovou a transformação da mesma em Pró-Reitoria de Infraestrutura -
PROINFRA, tornando-se oficial através da Resolução Nº. 001 de 30 de março de 2009. Tem
como objetivo planejar, coordenar, supervisionar e executar os serviços de infraestrutura
necessária à boa condução da UFSM.
A criação da PROINFRA se deu pela necessidade de coordenar de um modo geral o
funcionamento do Campus Sede, uma vez que isso se justifica pelo porte e escala dos
trabalhos demandados no âmbito da UFSM.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
O presente estágio objetiva atender aos dispositivos legais colocando o educando em
contato com a realidade do exercício profissional, bem como complementando a
aprendizagem. Objetivando alinhar conhecimentos técnicos adquiridos durante o período de
graduação e as atividades práticas desenvolvidas ao longo do curso.
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1.3.2 Objetivos Específicos
Diante do objetivo geral exposto e considerando a demanda apresentada pela
concedente do estágio os objetivos específicos estabelecidos foram os seguintes:
a) Levantar a situação real e atual da rede geodésica da UFSM;
b) Realizar o levantamento altimétrico de duas áreas da UFSM;
c) Confeccionar mapas relativos ao levantamento.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Desde as mais antigas civilizações, monumentos gigantescos, templos sagrados,
pirâmides, teatros, anfiteatros, aquedutos ou pontes foram construídos. Por traz dessas
grandiosas obras pode-se observar as inúmeras operações de cálculos topográficos executados
pelos arquitetos e projetistas para poder realizar tais obras.
O entendimento das técnicas, bem como suas definições e procedimentos
metodológicos de uso nas obtenções de medidas geométricas no plano dão uma dimensão
mais realista da futura construção, podendo, ainda, antes mesmo de assentar a primeira pedra,
realizar correções na melhoria do projeto. Segundo Tuler (2014) esses conhecimentos foram
fundamentais para a sobrevivência do homem, pois permitiram ao mesmo enfrentar as
diversidades da natureza em tempos remotos.
Para cada tema abordado, houve pesquisas e estudos em bibliografias que serviram de
alicerce em cada procedimento. Em seguida, estão apresentados conceitos envolvidos nas
operações executadas como: Topografia, Geodésia, Sistemas de Coordenadas, SIG e métodos
de levantamento.
2.1 TOPOGRAFIA
Segundo Milani et al (2016) sumérios, egípcios, gregos, romanos e árabes foram as
principais civilizações do mundo antigo que contribuíram para a origem e evolução da
topografia há mais de 5.000 anos A.C. Isso se deu no início das civilizações e formação das
pequenas cidades e lugarejos, na edificação de suas casas por escravos artífices, que
manuseavam diversos instrumentos de medição como: esquadros, fios de prumo, níveis
líquidos e na direção de pontos cardeais, entres outros.
Dentre diversas aplicações da topografia os gregos, romanos e árabes usavam-na
para avaliar propriedades rurais, para fins de cadastro e cobranças de impostos, como também
para localização e locomoção de tropas durante as guerras. Mais tarde a topografia foi
fundamental na determinação dos limites e acidentes geográficos dos países, forçando, assim,
um aperfeiçoamento das técnicas e cálculos matemáticos empregados nos levantamentos.
IRAN et al. (2011).
Com a descoberta e aperfeiçoamento dos aparelhos óticos, devido a Kepller,
introduzindo a mecânica de precisão nos aparelhos topográficos, aperfeiçoamento da
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Matemática e da Física e a invenção de inúmeros métodos e instrumentos topográficos, houve
uma melhoria na precisão dos cálculos executados. Nos dias atuais a topografia tornou-se
avançada com a chegada dos computadores, os desenvolvimentos de inúmeros softwares de
automação topográfica e o advento do GPS permitiram maior integração entre esses métodos
tornando-os mais precisos.
Nesse sentido, a topografia passa a ser um meio fundamental para que o homem
possa conhecer o meio em que vive, seja para construir, navegar, conhecer o território inimigo
etc. A origem da palavra topografia nasceu na Grécia antiga, onde topos significa lugar e
graphen, descrever. Segundo Domingues (1979), é a ciência que trata do levantamento e da
representação de uma superfície limitada da Terra, considerada plana. De acordo com
Espartel (1987) a topografia tem por finalidade delimitar o contorno, dimensão e posição
relativa de uma parte limitada da superfície terrestre.
Seu objetivo essencial é realizar levantamentos através de medições, coletando
ângulos, distâncias e desníveis, permitindo representar porções limitadas da superfície
terrestre numa dada escala. Ainda, pode-se dizer que a topografia baseia-se nos princípios
matemáticos, aplicando métodos topográficos culminando com a descrição exata e servindo
de base para estudos e implantação de projetos em locais específicos Veiga et al.(2012)
Tais levantamentos e dados coletados constituem-se em um levantamento
topográfico. Sua representação se dá no plano ortogonal cotado e denominado de superfície
topográfica.
2.1.1 Divisões da Topografia
Segundo Milani et al. ( 2016) a Topografia se divide em duas partes:
1 – Topometria: é estabelecida nos princípios da geometria aplicando-se através de aparelhos
especiais, fazendo-se sua correspondência entre as medidas angulares e lineares, definindo a
posição dos pontos topográficos nos plano horizontais e verticais. É subdividida em: i)
Planimetria: responsável pelo conjunto de operações necessárias na obtenção das mediadas
de distancia e ângulos no plano horizontal, de referência determinado suas coordenadas X e
Y; e ii) Altimetria: refere-se ao levantamento altimétrico, onde seu objetivo é determinar a
cota ou altitude de um ponto topográfico em relação a um plano de referência, através de
medidas de um plano vertical determinando a coordenada Z, conforme a figura 1.
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Figura 1 – Coordenadas tridimensionais de um ponto.
Fonte: Milani et al. (2016).
2 – Topologia: tem como objetivo o estudos das formas do relevo exteriores, constituindo a
parte artística da topografia, tendo como constante exemplo curvas de nível.
Portando o levantamento topográfico tem como objetivo final gerar um modelo de
uma dada porção da Terra, sendo essa representada por uma planta da área (Figura 2).
Figura 2 – Ilustram os dois assuntos abordados, referentes a um levantamento planialtimétrico
de determinada área.
Fonte: Luiz, A. (2012, p.17).
18
2.1.2 Sistema de Coordenadas
Um sistema de coordenadas pode ser entendido como um conjunto de regras
matemáticas que atribuem números à posição de pontos no espaço, sendo necessária a
definição de uma origem e uma orientação para que interpretações ambíguas sejam evitadas
(SIMMONS, 1988).
Ainda segundo o mesmo autor existem vários sistemas de coordenadas, com uso mais
ou menos frequentes em aplicações científicas, podendo-se destacar as coordenadas
cartesianas, coordenadas polares, coordenadas UTM, coordenadas cilíndricas, coordenadas
geográficas e as coordenadas esféricas.
Um dos principais objetivos da topografia é determinar as coordenadas relativas dos
pontos coletados. Para isso, é necessário que tais coordenadas estejam expressas em um dado
sistema de referência. Os dois sistemas utilizados basicamente para a definição única da
posição tridimensional (X, Y e Z) são: o sistema de coordenadas cartesianas e o sistema de
coordenadas esféricas.
2.1.3 Sistemas de Coordenadas Cartesianas
A descrição geométrica da superfície terrestre pode ser representada geometricamente
a partir de levantamentos geodésicos ou topográficos, tendo como base um tipo de sistema de
coordenadas e um modelo matemático da Terra. Os sistemas de coordenadas servem de
referência para os posicionamentos na superfície terrestre. Para o elipsóide é empregado o
sistema de coordenadas geodésicas.
Esse sistema é representado no espaço bidimensional (figura 3), sendo bastante
utilizado em plantas topográficas. É um sistema composto por um par de eixos ortogonais no
plano, constituído por duas restas orientadas X e Y perpendiculares entre si, tendo como
ponto de origem o 0 (zero).
Por fim, para o plano pode ser empregado um sistema de cartesianas ou planas X e Y,
conforme figura 4, e topográficas locais, sendo esse objeto desse trabalho. Quando se
estabelece um ponto qualquer na superfície terrestre, seja um rio, uma cidade ou um cume de
uma montanha, automaticamente se atribui ao mesmo um par de coordenadas (X, Y). Em
função disso, tais coordenadas deverão estar referenciadas a um dado sistema de referência.
Figura 3. Origem das coordenas.
19
Y
0 X
Fonte: Silva, R (2017).
Nesse sistema um ponto é definido através de uma coordenada denominada abscissa
(coordenada X) e outra denominada ordenada (coordenada Y). Uma das notações P(x, y) ou
P= (x, y) é utilizada para denominar um ponto P com abscissa x e ordenada y.
Um sistema de coordenadas cartesiano reproduz um espaço tridimensional
caracterizado por um conjunto de 3 retas (X, Y e Z) conhecidos como eixos coordenados e
mutualmente perpendiculares, tais eixos se interceptam em um único ponto de origem. Suas
coordenadas nesse ponto são definidas como coordenadas cartesianas regulares de acordo
com a figura 4.
Figura 4 - Sistema de coordenadas cartesianas, dextrógiro e levógiro.
Fonte: Luis A. K. Veiga et al.
20
De acordo com Gemael (1981). A posição da direção positiva dos eixos, em um
sistema de coordenadas cartesianas pode ser dextrogiro ou levógiro Um sistema dextrógiro é
aquele onde um observador situado no semieixo OZ vê o semieixo OX coincidir com o
semieixo OY através de um giro de 90° no sentido anti-horário. Um sistema levógiro é aquele
em que o semieixo OX coincide com o semieixo OY através de um giro de 90° no sentido
horário
2.1.4 Sistema de Coordenadas Geográficas
Segundo Gauss (1777-1855). A superfície terrestre é totalmente irregular, não
existindo, até o momento, definições matemáticas capazes de representá-la sem deformações.
O modelo que mais se aproxima da sua forma real é o geoidal. Neste modelo a superfície
terrestre é definida por uma superfície fictícia determinada pelo prolongamento do nível
médio dos mares, estendendo-se em direção aos continentes.
Portanto, a superfície terrestre pode ser descrita geometricamente a partir de
levantamentos geodésicos usando para tal um sistema de coordenadas esféricas denominado
sistema de coordenadas geográficas, ou seja, graus (º), minutos (‘) e segundos (“) (FITZ,
2008). Nesse sentido o posicionamento de pontos sobre o elipsoide se realiza mediante tais
coordenadas e sua devida correspondência entre os ângulos, tendo como referência os
meridianos e os paralelos.
2.1.5 Sistema de Coordenadas Topográficas
Qualquer que seja o sistema adotado a posição relativa dos pontos da superfície
terrestre é caracterizada por um dado sistema de referência. Em topografia, as coordenadas
são referidas ao plano horizontal de referência, o plano topográfico; o sistema de coordenadas
topográficas é definido por um sistema plano-retangular XY, sendo que o eixo das ordenadas
(Y) está orientado (é paralelo) segundo a direção norte-sul (magnética ou verdadeira) e o eixo
positivo das abscissas (X) forma 90º na direção leste. Uma terceira grandeza, a altura (cota ou
altitude) se junta às coordenadas planas X e Y, definindo a posição tridimensional do ponto,
ou seja, X Y e Z. As operações de campo para a obtenção das coordenadas topográficas
consistem na medição de uma distância horizontal, um ângulo horizontal e uma distância
vertical ou ângulo vertical para cada ponto, além da determinação da orientação em relação a
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uma direção fixa: direção norte-sul. Conforme Silva et al (2013) as coordenadas são
calculadas em função das medidas de campo, as medidas de distâncias e ângulos horizontais
permitem calcular as coordenadas planas X e Y, enquanto as medidas de distâncias verticais
ou ângulos verticais conduzem às cotas ou altitudes.
2.1.6 Teoria dos Erros na Topografia
Efetuar medições e cálculos é de fundamental na Topografia. Entretanto, para que se
possa lograr êxito no processo é necessário uma combinação entre habilidade humana e
equipamento adequado. Não importa quão cuidadoso sejam as medições, elas nunca são
exatas e sempre terão erros. Na Topografia adota-se a hipótese simplificada do plano
topográfico como superfície de referência, caso em que não se considera a influência de erros
sistemáticos devidos à curvatura da terra e ao desvio da vertical, no entanto o erro do efeito da
curvatura é maior na altimetria do que na planimetria segundo Veiga et al (2012).
A NBR 14166, Rede de Referência Cadastral Municipal – Procedimento (ABNT,
1998, p.7) define plano topográfico por “superfície definida pelas tangentes, no ponto origem
do Sistema Topográfico, ao meridiano deste ponto e à geodésica normal a este meridiano.”
Tendo uma área máxima de 100 km x 100 km. Face aos erros decorrentes destas
simplificações, este plano tem suas dimensões limitadas. Pois a terra é considerada como
sendo plana, esta aproximação é válida dentro de certos limites e facilita bastante os cálculos
topográficos.
Em virtude dos erros decorrentes destas simplificações, tem-se adotado como limite
para este plano na prática a dimensão de 20 a 30 km. A NRB 13133 (Execução de
Levantamento Topográfico) admite um plano com até aproximadamente 80 km. Segundo
Correia (2012), todas as observações topográficas se reduzem na medida de uma distância, de
um ângulo ou de uma diferença de nível, as quais podem ser afetadas por erros ocasionados
pelos aparelhos, pelas condições exteriores e pelo observador. Todas as grandezas que
interessam ao levantamento são medidas ou observadas por intermédio dos sentidos visuais e
com o auxílio de instrumentos. Efetuando-se uma série de medidas de uma mesma grandeza,
a prática revela que essas medidas ou observações nunca são absolutamente concordantes. Ao
considerar uma dessas medidas ou observações como valor exato da grandeza que se está a
medir, comete-se erro. Assim por definição, o erro é a diferença entre o que é medido e o
valor verdadeiro.
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A seguir serão classificados os principais tipos de erros que acometem os
levantamentos, segundo VEIGA, et al. (2012).
Erros Sistemáticos: Esses erros são inerentes ao sistema de medição compreendendo
o meio ambiente (fatores naturais), os instrumentos de medição e o observador
(fatores pessoas). Normalmente possui comportamentos conhecidos, permitindo sua
correção, através de procedimentos adequados e de correções analíticas. No entanto
sempre que as condições ambientais permanecerem inalteradas ou constantes, as
magnitudes dos erros também permaneceram.
Erros Acidentais ou Aleatórios: São os erros devidos às ações simultâneas e
independentes de causas diversas e desconhecidas. Poderão apresentar ora valor
positivo, ora valor negativo para a mesma situação. A ciência se conforma com estes
erros e institui métodos para escolher o valor mais representativo da série da
grandeza medida. Os erros aleatórios persistem nas medições, mesmo ocorrendo sua
eliminação das influencia sistemáticas, pois seus fatores independem do controle do
observador. Estes obedecem às leis da probabilidade, porém poder ser estimados
pelo Método dos Mínimos Quadrados- MMQ. Entretanto erros residuais ainda
permanecerão em todo levantamento.
2.1.7 Método de levantamento
Segundo Tuller et al. (2014) a altimetria trata dos métodos e instrumentos por parte
da topografia que proporciona o estudo e levantamento, permitindo a representação do relevo
e do terreno. Considerando-a no plano vertical obtêm-se as distâncias verticais ou diferença
de nível em campo. Na execução de um levantamento topográfico a finalidade é a
determinação de pontos planimétricos, altimétricos ou planialtimétricos. Sendo que a partir do
mesmo serão levantados os demais pontos, permitindo mapear uma determinada área. A
primeira etapa pode ser chamada de estabelecimento do apoio topográfico e a segunda de
levantamento de detalhes. Segundo A NBR 13133 (ABNT, 1994, p.4) os pontos de apoio
podem ser assim definidos por:
“Pontos, convenientemente distribuídos, que amarram ao terreno o levantamento
topográfico e, por isso, devem ser materializados por estacas, piquetes, marcos de
concreto e pinos de metal, dependendo da sua importância e permanência”.
A figura 5 demostra visualmente um dos marcos geodésico implantados na UFSM.
23
Figura 5 – Marco geodésico implantado no Campus da UFSM.
Fonte: SIG UFSM (2008)
Segundo a NBR 13133 (ABNT 1994, p.4) os marcos geodésicos também são
comumente chamados de referência de nível (RN) indicando o valor de suas coordenadas e
principalmente o valor de sua altitude do referido ponto materializado. Os mesmo tem um
papel fundamental na localização de qualquer obra ou empreendimento na superfície terrestre,
contribuindo com um importante instrumento para a atualização cartográfica e apoio nos
levantamentos futuros.
Um levantamento topográfico planialtimétrico pode ser classificado de várias
maneiras, devido ao tipo de instrumentos e o método utilizado. Segundo Milani et al (2016),
os principais métodos pelos quais se realizam os levantamentos topográficos, para que se
conheçam as diferenças das alturas dos pontos situados na superfície terrestre são:
Nivelamento Trigonométrico, Nivelamento Barométrico e Nivelamento Geométrico ou
Direto, sendo este adotado no referido trabalho. O nivelamento geométrico/direto ou por
alturas consiste em medir in loco as diferenças das alturas a partir de um ponto conhecido
anteriormente, como no caso um marco geodésico, centrando-se o instrumento no mesmo e
fazendo o transporte de altitude ou cotas entre os mesmos, trata-se do método mais exato e
muito utilizado na topografia. Para que se possam obter as alturas/cotas são efetuadas leituras
entre o instrumento que fornece o plano de visada e o prisma laser, dando a distância entre o
plano considerado e os pontos da superfície topográfica que se deseja determinar (desníveis).
Dessa maneira se obtém a altitude ou cota que se pretende determinar, ou seja, desconhecida.
24
Entende-se por diferença de nível a altura altimétrica entre dois pontos, tal diferença
deve estar associada à altitude encontrada em campo, podendo ser ter valores positivo ou
negativo. Caso os mesmos estejam acima ou abaixo daquele ponto tomado em comparação,
ou seja, depende do referencial adotado. Para cálculo de diferença de nível entre dois pontos
A-B, faz menção ao símbolo DN𝐴 − 𝐵̇
Tem-se:
DN𝐴 − 𝐵̇ = Cota�̇�- Cota�̇�
Ou
DN𝐴 − 𝐵̇ = Altitude�̇�- Altitude�̇�
Outra grandeza das quais se pode lançar mão para obter-se a diferença de nível é a
declividade ou inclinação. A mesma pode ser definida pela razão entre a diferença de nível e a
distância horizontal entre dois pontos, podendo ser expressa em graus ou porcentagem.
2.2 GEODÉSIA
Para que se possam entender melhor as atividades desenvolvidas sobre a superfície
terrestre é necessário entender como funciona a Ciência Geodésica. A Topografia, muitas
vezes, é confundida com a mesma, pois ambas utilizam métodos e instrumentos semelhantes.
Contudo, uma complementa a outra, uma vez que o conhecimento da mesma passa a auxiliar
os serviços topográficos. A Topografia se limita a representar porções definidas da superfície
terrestre. De acordo com Gemael (1999, p.19), a Geodésia tem como principal objetivo
determinar a forma e a dimensão da terra, bem como seus parâmetros definidores de seu
campo de gravidade. Enquanto que a Topografia tem por finalidade os estudos dos
instrumentos e métodos empregados para a representação gráfica de uma porção da superfície
terrestre sem levar em conta a esfericidade da terra (ESPARTEL, 1987) citado por VEIGA,
2012).
A clássica definição de Helmert, apresentada em 1880, na qual consta: “é a ciência
das medições e mapeamento da superfície terrestre” é considerada fundamental para a
Geodésia. A forma da Terra depende substancialmente do campo de gravidade terrestre, e
grande parte das observações geodésicas está associada a esse campo (TORGE, 2001, p.1). O
autor ainda menciona que a definição clássica, ao ser acrescido do termo “variações
temporais”, passa a estar de acordo com a definição válida atualmente. Nesse sentido a
25
aplicação de alguns parâmetros da mesma nos levantamentos topográficos se da pela
necessidade de um controle efetivo na alocação desses pontos sobre o terreno, evitando assim
o acumulo dos erros nas operações topográficas (Veiga et al, 2012).
O desenvolvimento dos modelos matemáticos que melhor representam a forma da
terra puderam auxiliar os cálculos topográficos sobre a superfície, pois, devido a essas
irregularidades, adotam-se modelos ou superfícies de referência com características
geométricas conhecidas e que servem de parâmetros para cálculos sobre a mesma.
O Modelo Geoidal. Pode ser definido como uma superfície equipotencial do campo
de gravidade melhor justado sobre o nível médios dos mares supostamente em
repouso. O mesmo é utilizado como referencia na determinação das altitudes
Ortométrica (distância contada sobre a vertical, do Geóide até a superfície física) no
ponto considerado.
Plano Topográfico Local ou Superfície Real: O Plano Topográfico Local
desconsidera a curvatura da Terra e é perpendicular à vertical do lugar no ponto da
superfície terrestre considerado como origem do levantamento. Nessa simplificação,
não se levam em conta os erros sistemáticos provenientes da desconsideração da curvatura terrestre e do desvio da vertical. Esse plano pode também pode ser
estabelecido perpendicularmente à normal ao elipsóide, no caso da determinação de
coordenadas topográficas a partir de coordenadas geodésicas, onde a orientação
deverá ser feita pelo azimute geodésico.
Elipsoide de Revolução. É definido em razão de suas propriedades apresentadas
como uma figura matemática que, mas se a próxima do geóide. Por essa razão o
Elipsoide de Revolução é a superfície empregada na realização dos levantamentos
Tuller et al. (2014)
De acordo com Fitz (2008, p.16), para que se possa fazer a correspondência entre um
ponto determinado no terreno e um elipsoide de referência é necessário possuir um sistema
especifico que estabeleça tal correlação, sendo assim chamado de Sistema Geodésico de
Referência (SGR). Um SGR pode ser definido por uma superfície matemática (elipsoide)
posicionado no espaço (origem) e materializado por um conjunto de pontos sobre a superfície
terrestre. Em outras palavras o SGR permite que se faça a localização espacial de qualquer
feição sobre a superfície terrestre. Dado o tamanho continental do Brasil para fins de
mapeamento o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) implantou o Sistema
Geodésico Brasileiro (SGB) em 1944.
Desde então vem sendo amplamente utilizado por usuários que necessitam de
informações posicionais para diversos trabalhos de geoprocessamento, tendo com um dos
principais objetivos o apoio ao mapeamento, demarcação de unidades político-
administrativas, obras de engenharia, regulamentação fundiária, posicionamento de
26
plataformas de prospecção de petróleo, delimitação de regiões de pesquisas geofísicas entre
outros (PEREIRA; AUGUSTO, 2004).
2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS
As primeiras analisem espaciais se deram através de mapas analógicos, na qual
impunham algumas limitações como uma pesquisa combinada de diversas fontes e escalas. A
partir do desenvolvimento da informática no século XX os dados geográficos passaram a ser
tratados com técnicas matemáticas e computacionais denominado de Geoprocessamento. Para
Câmara et al (2005) e de acordo com Orttiz (1993) o termo Geoprocessamento surgiu com a
introdução dos conceitos de manipulação de dados espaciais georreferenciados dentro de
sistemas computadorizados, através das ferramentas denominadas Sistemas de Informações
Geográficas (SIG's). No entanto o termo Geoprocessamento ainda não é consenso geral entre
os perquisidores da área. De acordo com Moura (2014) a denominação “Sistema de
Informações Geográficas” pode induzir que toda informação seja geográfica, o que nem
sempre é, mas os sistemas sim, pois tais dados são passiveis de espacialização. O termo
Geoprocessamento se encarrega do armazenamento e análise dos dados, enquanto que a
tecnologia da informação, de acordo com Secondini (1988, p.24) citado por Moura (2014,
p.6), acrescenta potencias integrações com diversas fontes de dados.
Nesse sentido o termo Geoprocessamento evidencia a disciplina do conhecimento
que engloba técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação
geográfica, influenciando de maneira crescente a Cartografia, e uma gama de atividades
econômicas. Permite fazer análises complexas, integrando diversas fontes de dados
georreferenciados tornando possível a automatização de documentos cartográficos.
27
3 MÉTODOS E TÉCNICAS
3.1 ÁREA DE ESTUDO
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) esta localizada no estado do Rio
Grande do Sul, Brasil, no município de Santa Maria, RS. É considerada cidade pólo da
Região Central, por se encontrar no centro geográfico do estado. É abastecido pelas principais
estradas federais e estaduais que cortam o interior do país. A área de estudo está localizada
dentro do Campus da UFSM (figura 6), entre as coordenadas aproximadas (53°44'W a
53°42'W e 29°42'S a 29°44'S).
A constituição da UFSM foi dada a partir de um visionário, o Prof. Dr. José Mariano
da Rocha, o qual não mediu esforços para concretizá-la. Segundo Pavezi (2010) a história do
ensino superior em Santa Maria iniciou-se em 1931 com a criação da Faculdade de Farmácia,
onde o mesmo assumiu sua direção. Em 1948 é criada a Sociedade Santa-mariense Pró-
Ensino Superior (ASPES) cujo objetivo era mobilizar e promover ações voltadas para a
promoção e interiorização do ensino superior. Posteriormente a ASPES teve sua sigla alterada
para a Fundação Educacional para o Desenvolvimento e o Aperfeiçoamento do Ensino-
(FUNDAE).
A construção da UFSM deu-se juntamente com a (ASPES), após a doação de 36,68
ha pela família Behr e Tonetto, ambos os terrenos situados no bairro Camobi, Santa Maria-
RS. As obras foram iniciadas em outubro de 1959 e no dia 14 de dezembro de 1960
juntamente com as demais faculdades criadas anteriormente tem-se a Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM) crida pela Lei nº 3834-C do Governo Federal.
28
Figura 6 - Mapa de localização do Campus da UFSM.
Fonte: Silva, R (2017).
O Campus da UFSM possui uma área territorial total de 1.837,36 hectares, nos quais
as edificações perfazem 273.150,92 m² de área construída no Campus, além de 22.259,41 m²
em edificações no centro do município. Possui, ainda, edificações nos municípios de
Frederico Westphalen (CAFW e CESNORS - Frederico Westphalen e Palmeira das Missões),
com 24.148,01 m² de área, sendo que a área total construída da UFSM, até dezembro de 2008,
é de 319.558,34 m² (COPERVES, 2008).
29
3.2 MATERIAIS UTILIZADOS
4.2.1 Equipamentos utilizados no trabalho de campo
Durante as atividades do estágio, foi utilizada a estação total modelo TC 407,
precisão de 1.5mm (2 sigma) com instrumento a 1.5m na execução do levantamento
altimétrico.
4.2.2 Softwares
Para auxiliar os cálculos aliados aos trabalhos feitos no campo, foi utilizado software
Microsoft Excel® (2010) na compilação dos resultados, bem como o AutoCAD® (2014) para
a produção dos mapas.
Também foi utilizado o Google Earth® como forma de se obter um maior
detalhamento da área acerca das ações a serem executadas previamente.
4.2.3 Atividades desenvolvidas no trabalho de campo
Foram feitos dois levantamentos altimétrico um dia 13 e 17 de abril/ 2017, a pedido
da Proinfa-UFSM. Ambos fazem parte da expansão das novas construções da casa do
estudante CEU II, prédio 37 e 38. Com o proposito de obter as cotas altimétrica para dar
inicio ao planejamento de construção e pavimentação da nova rua em frente às mesmas. Foi
utilizada como referencia a Rede de Referência Planialtimetrica e de coordenadas e precisões
(Figura 7) da UFSM. De acordo com Sebem et al., (2008) a mesma é formada por 42 marcos
amarrados ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e de coordenadas precisas. Esses marcos
dão suporte aos trabalhos de engenharia, Cadastro Técnico Multifinalitário e demais
atividades referente à área de Geomática da UFSM. Para a execução de qualquer tipo serviço
técnico é necessário um prévio planejamento das ações a serem executadas na área
pretendida. Concluída essa fase de planejamento, iniciavam-se os levantamentos.
O objetivo do trabalho foi levantar dados altimétrico na área de estudo coletando
informações espaciais, compostos basicamente pelos alinhamentos das ruas, alinhamentos
prediais e a testadas dos lotes. As informações altimétricas do terreno foram obtidas a partir
30
das coletas sistematicamente de pontos com elevação, de acordo com as características e
feições físicas do terreno.
Figura 7 – Mapa de Localização da Rede de Referencia Cadastral da UFSM
Fonte: Langendolf, A. (2008).
Foi adotado o marco inicial M07 - Esquina da Casa da Pós-Graduação com as
coordenadas UTM E 237625,657 e N 6709206,156 e Altitude Ortométrica 87,4150m (figura
8). Tal março faz parte da rede geodésica da UFSM mencionada anteriormente. A importância
dessas redes geodésicas é de grande valia para o território brasileiro com grande valor
geoestratégico. Sendo esta essencial aos interesses e demanda da sociedade como um todo e
consequentemente aos processos de gestão pública de forma eficiente. Tais estruturas são
constituídas por redes de estações geodésicas (Marcos) onde são determinados os valores de
longitude, latitude e altitude geométrica precisa. Essas informações iniciais são usadas por
31
diversos usuários para dar inicio a qualquer tipo de levantamento, dando suporte as grandes
obras de engenharia, SIG, hidrografia, georreferenciamento etc.
Figura 8 - Marco utilizado como referência no levantamento altimétrico.
Fonte: Silva, R. (2017).
A figura 8 demonstra o Marco M-007 utilizado no levantamento planialtimétrico. A
utilização do mesmo permitiu uma maior confiabilidade nos dados levantados.
32
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados auxiliaram a PROINFRA no planejamento pretendido, uma vez que
puderam obter cotas altimétricas do local desejado. Como resultado final, são apresentadas as
tabelas dos levantamentos durante o período de estágio. Conforme apêndice a-tabela 1 e
figura 9, onde se verificam os pontos coletados no campus da UFSM.
No primeiro levantamento foram coletados 109 pontos resultando numa altitude
média de 89,7m o que corresponde a 1,93m de diferença de nível ou 1,5% de declividade em
relação ao marco utilizado como referência. Para Garcia e Piedade (1984), a representação
gráfica do perfil do nivelamento tem por finalidade:
O estudo das formas do relevo pode ser representado, através das curvas de
nível;
A locação de rampas de determinada declividade para projetos de engenharia
e arquitetura: edificações, escadas, linhas de eletrificação rural, canais e
encanamentos, estradas etc.;
O estudo dos serviços de terraplanagem (volumes de corte e aterro). O perfil
de uma linha do terreno pode ser de dois tipos:
Longitudinal: determinado ao longo do perímetro de uma poligonal (aberta
ou fechada), ou, ao longo do seu maior afastamento (somente poligonal
fechada).
Transversal: determinado ao longo de uma faixa do terreno e
perpendicularmente ao longitudinal
33
Figura 9 – Pontos altimétricos da I área de estudo
Fonte: Silva, R. (2017).
No segundo levantamento (figura 10) foram coletados 50 pontos resultando numa
altitude média de 97,18m correspondendo a um desnível de 2,8m ou 0,52 % de declividade
em relação à cota inicial. O uso da declividade nos projetos de engenharia se torna
fundamental, pois a mesma não se apoia muitas vezes diretamente sobre o terreno, ou seja,
quase sempre se faz necessário o uso da terraplanagem.
Figura 10 – Pontos altimétricos da II área de estudo
34
Fonte: Silva, R. (2017).
A UFSM ainda carece de um melhor planejamento urbano, em face de sua política de
expansão. No entanto para que isso ocorra de forma organizada é necessário que se invista
constantemente em pessoal qualificado e na construção e atualização de sua base cartográfica.
O planejamento e a gestão de qualquer cidade ocorrem de forma constante numa escala
temporal-espacial menor, enquanto que a gestão deve acompanhar as mudanças constantes
ocorridas a fim de prever ou de se antecipar os eventos futuros. De acordo com Souza (2002,
p.46) citado por Moura (2014, p.51), planejar é se antecipar aos cenários futuros,
compreendendo e prevendo a dinâmica dos processos, enquanto que a gestão indica um fato
atual. Ainda segundo o autor:
“O planejamento é a preparação para a gestão futura, buscando-se evitar problemas e
ampliar margens de manobra; e a gestão é a efetivação, ao menos em parte (pois o
impossível e o interderminado estão sempre presentes, o que torna a capacidade de
improvisação e a flexibilidade sempre imprescindíveis), das condições que o
planejamento feito no passado ajudou a construir”.
35
Planejar o espaço em que vivemos de uma forma mais consciente, precisa e ágil, ou
conhecer melhor o espaço em que estamos inseridos e partir disso analisar, compreender e
gerenciar todas as informações pertinentes para uma boa gestão municipal, eis algumas das
maiores dificuldades encontrado pelos gestores públicos no presente ANJOS et al. (2008).
Nesse sentido as geotecnologias são dotadas de recursos capazes de realizar análises espaciais
e solucionar inúmeros problemas que pareciam impossíveis.
Porém, a sua ausência é uma realidade em muitos municípios brasileiros, ora por falta
de conhecimento, recursos humanos, financeiros etc. Contudo, iniciativas adotadas em 2008
pelo Ministério das Cidades, em parceria com as Universidades Federais Brasileiras, vêm
capacitando técnicos de diversas prefeituras em Geoprocessamento merecendo destaque como
agente de inclusão no planejamento urbano dos municípios. De acordo com Osmar et al.
(2014) é evidente que a gestão das cidades vem se tornando cada vez mais difícil, em
decorrência da diversidade de problemas e demandas.
Portando, através do exposto mencionado, torna-se perceptível que esta eficiência
inevitavelmente passa pela modernização dos métodos de análise e compreensão do meio
urbano, onde o Geoprocessamento se mostra um instrumento essencial, dada a sua capacidade
de analisar uma ampla gama de dados espaciais e tabulares, integrando-os e gerando modelos
que facilitam a visualização da realidade das cidades por perspectivas mais amplas.
Em meio a esta necessidade de inovação da gestão pública, diversas pesquisas
surgiram para a compreensão de uma ampla gama de problemas urbanos, de modo que os
resultados benéficos destes estudos trazem novas expectativas para o uso do
Geoprocessamento, validando a iniciativa de uso do mesmo pelas esferas de governo e
justificando o investimento em sistemas de informações geográficas.
Pode-se, então, concluir que a utilização das geotecnologias aliada ao conhecimento
técnico por parte dos integrantes ligados diretamente a gestão publica podem dar uma grande
contribuição para a melhoria de nossas cidades.
36
5 CONCLUSÃO
O período de estágio foi de extrema importância para o futuro profissional, pois é
colocado em prática todo o aprendizado obtido no decorrer do curso. Além disso, é adquirido
ainda mais conhecimentos e técnicas, que influenciam o estagiário a se tornar um profissional
que reúna competências e técnicas essenciais para uma boa condução dos trabalhos. O Curso
de Tecnologia em Geoprocessamento proporcionou conhecimentos imprescindíveis para a
devida formação do aluno, facilitando e auxiliando nas atividades do estágio e cumprindo
todos os objetivos do mesmo.
A utilização e a integração de diversos equipamentos e software foram muito
importantes durante as atividades, pois essas ferramentas permitem diversas aplicabilidades,
fazendo com que se torne possível atualizar dados cartográficos auxiliando na gestão espacial
do planejamento urbano, proporcionando benefícios para a sociedade como um todo.
É imprescindível citar que o planejamento do uso e ocupação do solo de forma
ordenada é essencial para uma gestão pública eficiente e de qualidade. Esse trabalho
possibilitou enxergar a importância das ferramentas que possuímos para auxiliar os gestores
públicos na ocupação ordenada do espaço territorial. Proporcionando a criação e atualização
de uma base cartográfica que atenda de forma satisfatória as demandas da gestão pública. As
dificuldades que surgiram durante as atividades de estágio foram supridas e os conhecimentos
teóricos obtidos em sala de aula foram essenciais para o desenvolvimento do trabalho.
37
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de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994. 35p.
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39
APÊNDICE
40
APÊNDICE A-TABELA 1 – PONTOS DO LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO I E II.
Levantamento 1 Levantamento 2 (continua)
ID E (m) N (m) Z (m)
ID X (m) Y (m) Z (m)
Point 237625,657 6709280,234 91,607
Point 0,000 0,000 100,000
Point 237634,042 6709210,040 93,958
Point 5,628 -2,937 100,308
Point 237642,773 6709209,217 94,022
Point 38,683 -2,461 100,376
Point 237644,696 6709209,366 94,012
Point -20,490 4,901 98,908
Point 237653,251 6709210,230 93,986
Point -63,330 -56,931 100,418
Point 237650,208 6709260,163 91,903
Point -38,064 -68,249 100,607
Point 237641,588 6709259,553 91,969
Point 15,145 20,334 98,528
Point 237639,670 6709259,278 91,972
Point 37,334 17,417 98,957
Point 237631,017 6709259,101 91,978
Point -32,383 20,660 96,619
Point 237648,877 6709280,910 91,349
Point -31,948 32,849 95,718
Point 237640,304 6709280,719 91,371
Point -20,097 33,652 96,093
Point 237638,399 6709280,493 91,341
Point -10,896 33,384 96,542
Point 237629,627 6709280,274 91,310
Point -3,629 33,373 97,019
Point 237628,335 6709282,652 91,131
Point 7,131 32,973 97,092
Point 237647,436 6709304,398 90,938
Point 5,484 43,172 97,182
Point 237628,057 6709303,351 91,120
Point -0,636 43,278 97,077
Point 237628,908 6709293,584 91,084
Point -9,237 44,259 95,931
Point 237619,590 6709283,676 90,929
Point -15,429 43,766 95,745
Point 237618,469 6709292,129 91,197
Point -22,247 44,226 95,306
Point 237618,388 6709294,099 91,189
Point -31,187 44,177 95,042
Point 237617,135 6709302,684 91,184
Point -31,804 52,154 94,783
Point 237601,944 6709301,619 91,322
Point -22,026 52,301 95,113
Point 237603,326 6709293,098 91,293
Point -33,463 60,080 94,433
Point 237603,468 6709291,255 91,312
Point -24,608 59,899 94,907
Point 237604,822 6709282,675 91,190
Point -13,286 52,449 95,175
Point 237628,155 6709306,129 91,006
Point -20,022 63,929 94,943
Point 237634,247 6709306,267 90,879
Point -4,661 52,022 95,516
Point 237639,821 6709307,144 90,857
Point -13,454 69,090 94,749
Point 237647,139 6709306,836 90,709
Point 2,445 51,352 97,407
Point 237628,576 6709313,640 90,310
Point -7,789 72,650 94,573
Point 237634,226 6709315,001 90,546
Point -1,945 76,526 94,389
Point 237640,085 6709316,201 90,539
Point 7,198 59,755 95,535
Point 237646,721 6709316,534 90,372
Point 1,101 58,639 95,142
Point 237627,125 6709323,489 90,173
Point 15,545 51,905 97,069
Point 237633,673 6709323,691 90,240
Point 13,489 25,910 97,183
Point 237639,579 6709324,581 90,189
Point 34,175 24,730 98,259
Point 237642,809 6709324,831 90,125
Point 33,010 10,716 99,359
Point 237626,032 6709336,838 89,925
Point 17,419 10,519 99,426
Point 237631,812 6709337,560 89,838
Point 31,122 4,322 99,408
Point 237637,036 6709338,617 89,844
Point 1,479 11,663 99,037
Point 237642,466 6709340,112 89,831
Point 19,223 4,481 99,638
Point 237625,771 6709344,957 89,820
Point -13,849 12,365 98,534
41
Point 237631,224 6709345,218 89,742
Point 5,157 5,360 99,360
Point 237635,483 6709344,985 89,744
Point -26,568 9,557 98,269
Point 237641,186 6709343,350 89,742
Point -8,211 5,214 99,295
Point 237625,720 6709349,535 89,760
Point -16,622 4,950 99,131
Point 237631,603 6709350,180 89,686
Point -24,914 -9,972 100,133
Point 237637,423 6709351,458 89,671
Point -13,055 -11,063 100,220
Point 237625,715 6709355,623 89,664
Point -2,844 -12,235 100,262
Point 237632,140 6709355,769 89,628
Point 8,716 -12,555 100,284
Point 237636,061 6709355,790 89,555
Point 31,637 -12,136 100,228
Point 237624,675 6709360,867 89,813 Point 237630,306 6709361,244 89,609 Point 237636,780 6709360,986 89,508 Point 237624,426 6709367,893 89,658 Point 237630,239 6709368,271 89,386 Point 237636,170 6709368,722 89,130 Point 237623,542 6709375,510 89,617 Point 237629,328 6709376,031 89,329 Point 237635,186 6709376,751 89,002 Point 237638,039 6709377,433 89,202 Point 237622,942 6709386,737 89,504 Point 237629,065 6709387,237 89,144 Point 237634,817 6709387,838 89,093 Point 237638,648 6709389,205 89,197 Point 237622,397 6709397,111 89,341 Point 237628,182 6709397,757 89,110 Point 237635,897 6709398,807 89,037 Point 237637,497 6709399,183 89,027 Point 237622,194 6709404,760 89,310 Point 237628,321 6709405,520 89,044 Point 237636,377 6709405,995 88,986 Point 237621,940 6709412,726 89,224 Point 237627,666 6709413,293 89,011 Point 237633,531 6709414,023 88,857 Point 237620,432 6709418,955 89,384 Point 237628,406 6709419,041 89,016 Point 237633,189 6709419,254 88,857 Point 237622,221 6709427,567 89,300 Point 237628,337 6709427,579 88,963 Point 237633,198 6709427,623 88,827 Point 237623,510 6709434,610 89,194 Point 237628,729 6709484,951 88,870 Point 237633,812 6709435,171 88,847 Point 237617,236 6709440,569 89,441 Point 237629,278 6709440,482 88,719 Point 237633,872 6709440,529 88,777 Point 237616,222 6709449,389 89,401
42
Point 237627,527 6709450,143 88,824 Point 237634,281 6709450,535 88,820 Point 237615,891 6709456,876 89,668 Point 237627,636 6709457,316 88,746 Point 237634,592 6709457,549 88,847 Point 237620,419 6709467,118 88,620 Point 237628,536 6709465,735 88,501 Point 237634,977 6709466,874 88,624 Point 237623,916 6709474,113 88,607 Point 237631,310 6709474,278 88,492 Point 237622,436 6709386,550 89,564 Point 237624,342 6709360,605 89,647 Point 237625,504 6709336,706 89,678 Point 237627,890 6709305,975 91,086 Point 237628,940 6709280,568 91,382 Point 237630,577 6709259,008 91,910 Point 237633,709 6709210,000 93,932 Point 237584,997 6709358,919 90,331 Point 237602,921 6709359,983 90,258 Point 237601,763 6709379,801 90,288 Point 237658,970 6709323,405 90,416 Fonte: Silva, R (2017).