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Uso de silagem para intensificar a produção em

gado de corte

Gustavo SalvatiPedro Salvo

Willian SantosLuiz Gustavo Nussio

Departamento de ZootecniaEscola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”Universidade de São Paulo

Conceito Clássico

• INTENSIFICAÇÃO– Redução de perdas no processo

– Ganhos adicionais em eficiência

– Maior lucro

– Benefícios sócio-ambientais

Especialização = Integração de Processos

Introdução disruptiva (Inovação)

Concentrado

Volumoso

Grão seco

Grão úmido e reidratado

Earlage

Snaplage

Toplage

Planta inteira

Stalklage

Tipos de silagens - milho

Toplage

Fonte: Kevin Shinners

Stalklage

Concentrado

Volumoso

Grão seco

Grão úmido e reidratado

Earlage

Snaplage

Toplage

Planta inteira

Stalklage

Tipos de silagens - milho

Silagem de milho - confinamento

A silagem de milho é principal fonte de forragemutilizada em confinamentos (52%)

Inclusão de 21 % MS na dieta (Oliveira e Millen, 2014)

Estratégias que maximizem a disponibilidade do amidopodem impactar na redução de inclusão de ingredientesenergéticos

Silagem de Milho Planta Inteira

Grãos ~ 40-45% MS

30-35% de amido

Vegetativa ~ 50-55% MS

40-50% de FDN

~ 80-98% D. amido

• Tamanho de partículas• Tipo de endosperma• Maturidade• Tempo de estocagem• Aditivos

~ 40-58% D. in vitro da FDN

• Lignina/FDN• Tipo de híbrido• Maturidade• Aditivos

Tamanho de partículas dos grãos

Adaptado de Dias Jr. et al. (2017)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

32 16 8 4 2 Inteiro

%

Dig. in situ da MS (24 h)

Tipo de endosperma

Maturidade – Ponto de colheita

Ferraretto et al. (2012)

Tempo de estocagem – 240 d

Hoffman et al., 2011

Kernel processing score - KPS

% amido passando napeneira de crivo de

4.75 mm

>70%70% a 50%

< 50%

KPS

ExcelenteAdequado

Ruim

Ferreira e Mertens, 2005

Material e Métodos• 3 ha do híbrido DKB 177 pro 2 foram colhidos com 34,0% de MS• Experimento inteiramente casualizado em arranjo fatorial 2 x 2

Experimento 1

Colhedora JF AT 16003 tamanhos de corte – 3, 5 e 9 mm3 tempos de estocagem – 0, 35 e 140 d4 repetições por tratamento

Experimento 2

Colhedora NH FR 90503 tamanhos de corte – 6, 12 e 18 mm 3 tempos de estocagem – 0, 35 e 140 d4 repetições por tratamento

Vitreosidade 65.6 %

Tempo de estocagem e KPS

Tempo de estocagem e KPS

Tempo de estocagem e KPS

9.9 unidades % de aumento

Tamanho de corte e KPS

Tamanho de corte e KPS

Tamanho de corte e KPS

Conclusões parciais

• O tempo de estocagem de 140 d foi uma estratégiaefetiva em aumentar o KPS da silagem de milho,quando colhida com automotriz

• Reduzir o tamanho de corte pode ser uma ferramentapara maximizar o processamento dos grãos quando asilagem de milho for colhida com automotriz

Concentrado

Volumoso

Grão seco

Grão úmido e reidratado

Earlage

Snaplage

Toplage

Planta inteira

Stalklage

Tipos de silagens - milho

Perfil de fermentação – Silagens de grãos reconstituídos

Trait Média Mínimo MáximoMS, % 68,2 60,3 76,8pH 4,2 3,7 5,0Ácido lático, % MS 1,5 0,1 4,2Ácido acético, % MS 0,5 0,0 2,5Etanol, % MS 0,8 0,1 2,8BAL, log ufc/g MN 6,2 2,5 8,5Leveduras, log ufc/g MN 4,6 3,2 6,7Fungus, log ufc/g MN 3,3 1,1 7,3Perdas fermentativas, % 2,4 0,5 6,8Estabilidade aeróbia, h 57,8 21,0 156,0

AUERBACH et al., 2015; BASSO et al., 2012; BIRO et al., 2006, 2009; CANIBE et al., 2014; COUDURE et al., 2012; DA SILVA, N. et al, 2015; DA SILVA, T. et al., 2015; DAWSON; RUST; YOKOYAMA, 1998; DOLEZAL;ZEMAN, 2005; DUTTON; OTTERBY, 1971; FERRARETTO; FREDIN; SHAVER, 2015; FLORES-GALARZA et al., 1985; GÁLIK et al., 2007, 2008; GALLO; RAJCAKOVA; MLYNAR, 2015; ÍTAVO et al., 2006, 2009; JOBIM et al., 2008; KUNG Jr. et al., 2004, 2007; KUNG Jr.; WINDLE; WALKER, 2014; LOUCKA, 2010; MLYNÁR; RAJČÁKOVÁ; GALLO, 2012; MORAIS et al., 2012; PRIGGE et al., 1976; PYŚ et al., 2009; PYŚ; KARPOWICZ; SZAŁATA, 2010; REIS et al., 2008; REVELLO-CHION; BORREANI; MUCK, 2012; TAYLOR; KUNG, 2002; WARDYNSKI; RUST; YOKOYAMA, 1993).

Silagem de grãos úmidos ou reidratados

Revisão de trabalhos utilizando silagem de grãos de feitos noBrasil para bovinos de corte

- 11 trabalhos encontrados (Almeida Júnior et al. 2008;Berndt et al. 2002; Caetano et al. 2015; Carareto 2011; Costa etal. 2002; Henrique et al. 2007; Putrino 2006; Silva 2015; Silva2016; Silva et al. 2007; Tres 2015)

- Grãos úmidos x grãos secos

- Exclusiva fonte de amido do concentrado

Silagem de grãos úmidos ou reidratados

Média Máximo Mínimo

Nível de Forragem (%MS) 26,83 60,00 4,00

Nível de Grão (%MS) 53,78 79,00 22,00

Umidade do Grão (%) 33,27 40,00 23,00

Variação CMS (%) -10,79 0,43 -25,38

Variação GMD (%) 2,09 15,00 -10,40

Variação EA (%) 16,19 28,57 3,13

*** Differ (P<0.01)

94% L. buchneri

Bactérias heterofermentativasEstabilidade aeróbia

0

30

60

90

120

150

180

210

Control Heterofermentative

Esta

bili

dad

e a

eró

bia

(h)

***

Estabilidade aeróbia: Dose ótima de bactérias heteroláticas

0

100

200

300

400

0 200000 400000 600000 800000 1000000

Aer

obic

sta

bilit

y (h

)

Application rate (cfu/g)

Aerobic stability = 264.5 - 0.00034 × (500.000 - application rate); if application rate is ≥ 500.000 cfu/g then aerobicstability = 264.5 h. P < 0.01. R2 = 0.56. RMSE = 72.78.

264.5 h

5 x 105

Source: Daniel et al., 2015

*** Differ (P<0.01)

Aditivos químicosEstabilidade aeróbia

0

40

80

120

160

200

Control Chemical

Esta

bili

dad

e a

eró

bia

(h)

***

0

50

100

150

200

250

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7

Aero

bic

sta

bil

ity

(h

)

Application rate (%, as fed)

Aerobic stability = 49.08 + 218.11 × application rate. P < 0.01. R2 = 0.82. RMSE = 26.32.

Estabilidade aeróbia: Dose ótima para aditivos químicos

∆ = 109

∆ = 0.5

20 hours input 0,1%264 hours for 1%

Source: Daniel et al., 2015

Processamento x Tempo de fermentação

mmmm

mm

mm

Santos (2018)

Tamanho de partícula vs. tempo de estocagem

4,5

3,9

3,02,8

2,3

5,2

4,4

3,73,4

3,0

y = -0,5615x + 4,9845

R² = 0,9706

y = -0,529x + 5,496

R² = 0,9596

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Fundo 600 1180 1700 2360

Taxa d

e p

roduç

ão

de g

ás,

% h

-1

Crivo da peneira, mm

60

65

70

75

80

85

90

95

0 30 60 90 120

In

situ

12h s

tarc

h d

egr

adability, %

Storage time (d)

GU IAC8390 GSR IAC8390 GU AG1051 GSR AG1051

Flint DentSource: Fernandes (2014)

Tempo de estocagem e digestibilidade do amido em HMG vsRHYG

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

0 30 60 90 120

Prolamin, % D

M

Storage time(d)

GU IAC8390 GSR IAC8390 GU AG1051 GSR AG1051

[Queda na prolamina ao longo do tempo de estocagem

Source: Fernandes (2014)

Flint Dent

Source: Fernandes, 2014

y = -1.29x2 + 0.29x + 98.41

R² = 0.85P<0.01

60

70

80

90

100

0 1 2 3 4 5 6

De

grad

abili

dad

ed

e a

mid

oin

sit

u-1

2h

(%

)

Prolamina (% MS)

Prolamin vs Digestibility

3

12

h-I

n s

itu

Sta

rch

dig

est

ibili

ty, %

Prolamin, % DM

Source:Junges et al., 2017 JDS In press

Proteólise

Bacterias, 60%

Enzimas de grãos, 30%

osungi, 5%

Produtos de fermentação, 5%

Concentrado

Volumoso

Grão seco

Grão úmido e reidratado

Earlage

Snaplage

Toplage

Planta inteira

Stalklage

Tipos de silagens - milho

Época de colheita - Snaplage

Tempo

28 – 35% Umidade (Grão)

Luiz de Queiroz College of Agriculture

Snaplage = plataforma grãos+ forrageira harvester

IngredientesGrão

ÚmidoSnaplage

Snaplage 0% 80%Silagem milho 25% 0%Grão úmido 55% 0%Polpa cítrica 11,5% 11,5%F. soja, uréia,

minerais8,5% 8,5%

Dietas: Snaplage vs grão úmido

Período de confinamento: 100 diasCMS: 10kg/dGPD: 1,4 kgFDN: 22%

FDNfe: 10%PB: 13,2%

Amido: 46%

Daniel, et al, 2017 no prelo

Snaplage vs Grão úmido

Snaplage

11.100 kg MS1 ha

Planta inteira= 18.500 kg MS/ha

(1.0 ha)13,8 bois

6.911 kg MS

(0.83 ha)

3.142 kg MS

(0.17 ha)

10.053 kg MS

(1.0 ha)12,5 bois

+10 %

Daniel, et al, 2017 no prelo

Desempenho de animais

Grão úmido SnaplageSnaplage + Milho seco

P <

CMS, kg/d 27,1a 24,9b 24,2b <0,001

Leite, kg/d 39,5 39,4 39,4 0,98

Leite/CMS 1,46b 1,57a 1,62a <0,001

Gordura % 3,67a 3,40b 3,52ab 0,05

Proteína % 2,97 2,93 2,94 0,89

NUL, mg/dL 11,4b 14,0a 10,3c <0,001

Akins & Shaver, 2014

Snaplage com Enzima

Snaplage Controle

Experimento - Desempenho

GU Controle GU com Enzima

Experimento - Desempenho

Hypothesis

Kunkel (2008) Black (2001)Starch GranulesProtein Matrix

Cage Effect

Hypothesis

HO OHHO OH

HO

• α-Arabinofuranosidase• Endo-1,4-ß-xylanase Xylose

OH

OHHO

HO

Lafond et al. 2014

• Delineamento emblocos aleatorizados– Fatorial 2×2

• 467 touros Nelores– Peso inicial ~ 420 kg– 16 baias – unidade

experimental

Experimento - Desempenho

¹ Dose/animal – 1,05 g²Dose/animal – 0,72 g; SM – sem enzima*Monensina – 800 mg/kg

Composição das dietas experimentais (%MS)

ItemSNAP + GU¹ SM² + GU

Controle Enzima Controle EnzimaSilagem de milho - - 25% 25%

Snaplage 27,65% 27,65% - -Silagem de grão úmido 51,13% 51,13% 53,18% 53,18%

Casca de soja 12% 12% 12% 12%Farelo de soja 5,42% 5,42% 6,02% 6,02%

Total Puraphós AEB (25% Ureia)* 3,80% 3,80% 3,80% 3,80%Nutrientes

Matéria Seca 66,61% 66,31% 62,61% 62,10%Cinzas 5,00% 5,04% 5,28% 5,33%

Proteína Bruta 13,56% 12,61% 12,99% 12,75%Extrato Etéreo 3,60% 3,66% 3,39% 3,47%

FDN 23,05% 22,79% 27,19% 26,26%Amido 47,43% 47,10% 42,73% 43,93%CNF 48,59% 52,57% 45,29% 50,89%

Experimento - Desempenho

9,139,07

9,60

9,26

8,8

8,9

9

9,1

9,2

9,3

9,4

9,5

9,6

9,7

Controle Enzima Controle Enzima

Snap + GU SM + GU

CMS (kg/d)

EPM – 0,34 ; Dieta – P=0,001 ; Enzima – P=0,0235 ; D*E – P=0,0913

- 2,1%

Experimento - Desempenho

EPM – 0,05 ; Dieta – P=0,0208 ; Enzima – P=0,4742 ; D*E – P=0,1468

1,41

1,49

1,551,53

1,3

1,35

1,4

1,45

1,5

1,55

1,6

Controle Enzima Controle Enzima

Snap + GU SM + GU

GMD (kg/d)

Experimento - Desempenho

0,1636

0,1704

0,1500

0,1550

0,1600

0,1650

0,1700

0,1750

Controle Enzima

Eficiência Alimentar

EPM – 0,005 ; Dieta – P=0,3358 ; Enzima – P=0,0792 ; D*E –P= 0,3978

+ 4,2%

Experimento - Desempenho

81,29

82,88

80,00

80,50

81,00

81,50

82,00

82,50

83,00

Controle Enzima

NDT (%)

EPM – 1,05 ; Dieta – P=0,7286 ; Enzima – P=0,0791 ; D*E – P=0,4484

+ 2,0%

Experimento - Desempenho

1,98

2,03

1,95

1,96

1,97

1,98

1,99

2,00

2,01

2,02

2,03

Controle Enzima

ELm (Mcal/kg)

EPM – 0,03 ; Dieta – P=0,7291 ; Enzima – P=0,0792 ; D*E – P=0,4484

+ 2,5%

Experimento - Desempenho

SEM – 0,03 ; Diet – P=0,7285 ; Enzyme – P=0,0791 ; D*E – P=0,4485

+ 3,4%

1,32

1,37

1,29

1,30

1,31

1,32

1,33

1,34

1,35

1,36

1,37

Controle Enzima

ELg (Mcal/kg)

Experimento - Desempenho

7,36

5,70

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Controle Enzima

FDN (%)

EPM – 0,37 ; Enzima – P=0,0504

Experimento - Desempenho

- 22,6%

95,56

96,76

94,50

95,00

95,50

96,00

96,50

97,00

Controle Enzima

GU DIVMS (%)

EPM – 0,37 ; Enzima – P=0,0504

+ 1,3%

Experimento - Desempenho

94,09

95,06 95,24

97,09

92

93

94

95

96

97

98

Controle Enzima Controle Enzima

Snap + GU SM + GU

Digestibilidade do amido in vivo(%)

EPM – 0,49 ; Dieta – P=0,0043 ; Enzima – P=0,0089 ; D*E – P=0,3463

+ 1,5%

Experimento - Desempenho

nussio@usp.br

Berry processing score - BPS

% amido passando napeneira de crivo de

1.70 mm BPS

Jhonson et al. (2016)