Vias de administração nasal e pulmonar 2020

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO NASAL E PULMONAR

Farmacotécnica, Tecnologia de Medicamentos e Cosméticos I Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini – FCFRP-USP

2020

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

LOCAIS ABSORÇÃO DE FÁRMACOS

• Mucosa bucal• Mucosa gástrica• Mucosa do intestino delgado• Mucosa retal

TRATO GASTRINTESTINAL

• Mucosa nasal• Mucosa traqueal e brônquica• Alvéolos pulmonares

TRATO RESPIRATÓRIO

PELE

REGIÕES SUBCUTÂNEA, INTRAMUSCULAR E ENDOVENOSA

• Mucosa vaginal• Mucosa uretral

MUCOSA GENITURINÁRIA

MUCOSA CONJUNTIVAL

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

TERMO FORMA FARMACÊUTICA

Oral ComprimidoCápsulasSoluçõesXaropesElixiresSuspensõesGéisPós

Sublingual ComprimidoPastilhasGotas (Soluções)

Parenteral SoluçõesSuspensões

Vias de administração e principais formas farmacêuticas

TERMO FORMA FARMACÊUTICA

PercutâneaTransdérmica

PomadasCremesGéisBombas de infusãoPastasEmplastrosPósAerossóisLoçõesAdesivos transdérmicos, discosSoluções

Conjuntival Inserts, lentes de contatoPomadas

ALLEN, L.V., POPOVICH, N.G., ANSEL, H.C, 2013

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

TERMO FORMA FARMACÊUTICA

Ocular Auricular

SoluçõesSuspensõesGéisPós

Nasal SoluçõesSpraysInalantesPomadas

Pulmonar Aerossóis

Vias de administração e principais formas farmacêuticas

TERMO FORMA FARMACÊUTICA

Retal SoluçõesPomadasSupositóriosGéis

Vaginal SoluçõesPomadasEspumasGéisComprimidosÓvulos, esponjas, inserts

Uretral SoluçõesSupositórios

ALLEN, L.V., POPOVICH, N.G., ANSEL, H.C, 2013

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

VIA NASALq AÇÃO TÓPICA Descongestionante: Cloridrato de efedrina Rinite alérgica: Cromoglicato sódico q AÇÃO SISTÊMICA Diabete insípido: Desmopressina Enxaqueca: Sumatriptina Suspensão do fumo: Nicotina Osteoporose pós menopausa: Calcitonina (salmão)

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

VIA BIODISPONIBILIDADE (%)

Nasal 88,4

Retal 58,8

Vaginal 46,6

Oral 9,5

Biodisponibilidade Sistêmica da Progesterona após administração em mucosas

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

VIA NASAL

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

VIA NASAL

q Elevada área superficial

q Abundante vascularização

q Rápido aquecimento do ar

q Transferência de umidade

q Função do nariz §  Órgão sensitivo; §  Condiciona o ar

inspirado, aquecendo-o e umidificando-o antes de atingir os pulmões

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

q Epitélio escamoso – parte anterior do nariz;

q Membrana mucóide – células colunares, caliciformes e basais

§  Células colunares não ciliadas §  Células colunares ciliadas

§  Facilitar o movimento do muco, da cavidade nasal para a nasofaringe e, finalmente, para o TGI.

Transporte nasal de fármacos Aspectos fisiológicos e morfológicos

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

q Depuração (clearence) mucociliar

§  Função de defesa inespecífica – barreira à absorção de fármacos;

Transporte nasal de fármacos Aspectos fisiológicos e morfológicos

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

q Mucosa nasal §  Muco - 95% água; 2% mucina; 1% eletrólitos; 1%

outras proteínas como albuminas, imunoglobulinas, lisozimas e lactoferrinas, e menos que 1 % de lipídeos;

§  Tempo de reposição do muco varia 10 -15 min; §  Constitui uma barreira difusional contra a

absorção de fármacos; §  Possui atividade enzimática como mecanismo

de proteção contra agentes exógenos

Transporte nasal de fármacos Aspectos fisiológicos e morfológicos

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

VIA NASALVANTAGENS LIMITANTES

Via prática / Adm. fácil para o paciente

Depuração mucociliar – muco constitui uma barreira difusional contra absorção de fármacos

Oferece considerável superfície útil de absorção e trata-se de uma região altamente vascularizada

Mucosa nasal possui atividade enzimática, como um mecanismo de proteção contra agentes exógenos

Evitar o efeito da 1a passagem e/ou destruição no TGI

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

q Desenvolvimento de novas FF de uso nasal §  Natureza §  Extensão §  Local

Metabolismo nasal de fármacos

Metabolismo de fármacos no nariz

Nem todo metabolismo é indesejado

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

Tamanho e massa molecular

Carga

Grau de hidrofilia ou lipofilia

Fatores físico-químicos que afetam a absorção de

fármacos na cavidade nasal

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

Fatores físico-químicos que afetam a absorção de

fármacos na cavidade nasal

Via transcelular

Via intercelular

Vias de permeação

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

Fatores físico-químicos que afetam a absorção de

fármacos na cavidade nasal

ü  Boa biodisponibilidade: moléculas < 1000 Da (sem promotor) e moléculas < 6000 Da (com promotor);

ü Moléculas hidrossolúveis: permeação via canais aquosos, dependente do tamanho molecular;

ü Moléculas lipossolúveis: transporte intracelular (difusão passiva pelas células da mucosa nasal)

Estratégias para melhorar a disponibilidade de

fármacos pela via nasal

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

Sistemas de liberação nasal e suas formulações

Formulações líquidas

ü  Soluções, emulsões ou suspensões; ü  Emprego de conservantes – podem ocasionar

irritação ou ciliotoxicidade; ü  Gotas nasais – simplicidade e comodidade X imprecisão no volume administrado e probabilidade de depuração rápida

Pós ü  Inalador nasal pressurizado ü  Tendem a aderir melhor à mucosa, possibilitando

maior tempo de absorção

Cremes e Pomadas

ü  Medicamentos com efeitos localizados ü  Fármacos com grande janela terapêutica e alta

tolerabilidade ü  Dosagem descontrolada

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

VIA PULMONARq Tratamento ou profilaxia de doenças das vias respiratórias como

asma brônquica e fibrose cística ü  Rápido início de atividade; ü  Administradas doses menores; ü  Evita o metabolismo de primeira passagem

ü  Pulmão tem atividade metabólica

q Via de liberação de fármacos com atividade sistêmica

ü  Grande área superficial ü  Abundância de capilares ü  Escassa espessura da barreira ar-sangue

ü  Tratamento de enxaqueca: ergotamina ü  Potencial para liberação de proteínas e peptídeos como insulina

e hormônio do crescimento

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

VIA PULMONAR

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q  Traquéia e Brônquios: ü  Camada de células espessa, ciliada

e coberta por muco; ü  Muitos fármacos inalados são

depositados nesta região ou na boca - Métodos de inalação ineficientes - maioria da dose é removida para a garganta e engolida.

q Alvéolos: ü  335,28 m2 de área absortiva; ü  Fina camada de células, altamente

permeáveis, aciliadas e livre de muco.

Mucosa das vias respiratórias

Para liberar um fármaco nas vias respiratórias é necessário que ele

constitua um aerossol

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

Fatores que influenciam a deposição de um fármaco nas vias respiratórias

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

q Depuração das partículas inaladas e absorção do fármaco:

ü  Eliminadas em 24 h e deglutidas;

ü  Removidas mais lentamente pelos macrófagos alveolares

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

q  Substâncias hidrofóbicas ü  Coeficientes de partição o/a

q  Substâncias hidrofílicas ü  Tamanho molecular

Fármacos na forma não-ionizada

Cromoglicato sódico

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

q  Soluções ou pós de sais solúveis em água;

q  Suspensão, pós de sais menos solúveis em água, sistemas de liberação como lipossomas ou microesferas

Rápida ação do fármaco

Absorção lenta ou prolongada

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

AEROSSOL

“São FF pressurizadas que, quando acionadas, emitem uma fina dispersão de materiais líquidos e/ou sólidos contendo uma ou mais substâncias ativas em forma gasosa” (Ansel et al.,

2013).

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

AEROSSOL

EFICÁCIA

Recipientes

Formulação

Válvulas

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

DISPOSITIVOS GERADORES DE AEROSSOL

Inaladores pressurizados com Dispositivo Dosador (pMDI)

Inaladores de Pós Secos (DPI)

Nebulizadores

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini

INSULINA INALÁVELAFREZZA®

ATIVIDADE:ü Funcionamento

dispositivo;ü Grande dificuldade no

desenvolvimento do mesmo;

ü Perfil de ação;ü Vantagens e Limitações

Referências Bibliográficas

•  ALLEN, L.V., POPOVICH, N.G., ANSEL, H.C, Formas farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos, 9a Ed., Editoria ARTMED, Porto Alegre, 2013.

•  AULTON, M.E. Delineamento de Formas Farmacêuticas, 2ª. Ed., Editoria ARTMED, Porto Alegre, 2005.

•  AULTON, M.E.; TAYLOR, K.M.G. Delineamento de Formas Farmacêuticas, 4ª. Ed., Elsevier Editoria Ltda, 2013.

Profa Dra Fabiana T.M.C. Vicentini