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INVESTIGAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE COORDENADORES DE CURSO DE GRADUAÇÃO DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO E SUA
RELAÇÃO COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS.
INVESTIGATION OF THE QUALITY OF LIFE OF COORDINATORS OF GRADUATION OF A UNIVERSITY CENTER AND ITS RELATION WITH
SOCIODEMOGRAPHIC FACTORS.
Alexia Janine Padovani Dias – alexiajanine@hotmail.comAna Carolina de Andrade Casarin – carol.casarin03@hotmail.com
Vinicius Espaciani Bueno – viniciusespaciani_15@hotmail.com Graduandos do Curso de Psicologia – UniSALESIANO (Lins, SP)
Profª. Ma. Elizeth Germano Mattos – profelizeth_aprend@yahoo.com.br Docente do Curso de Psicologia – UniSALESIANO (Lins, SP)
RESUMO
O interesse pelo tema surgiu em decorrência da observação dos pesquisadores, realizada ao longo da formação, no que diz respeito à atuação de coordenadores de curso de graduação. No contexto das instituições de ensino superior, os coordenadores acumulam diferentes atribuições, em especial a de docência, ações didático-pedagógicas e administrativas, com a obrigação de executá-las de forma simultânea, com eficiência e resolutividade. Essas ações sobrecarregam este profissional interferindo na eficácia do trabalho, acarretando consequências, inclusive negativas à qualidade de vida. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de caráter exploratório, com abordagem quanti-qualitativa. O método é a pesquisa de campo e a técnica é a entrevista, com embasamento na Teoria Sócio-Histórica. Além da entrevista será aplicado nos participantes o questionário de avaliação de qualidade de vida - SF-36 (Short-Form). Os instrumentos de pesquisa serão aplicados nas dependências do Serviço de Psicologia do UniSALESIANO – Centro Universitário Católico Auxilium de Lins, S.P. O objetivo deste estudo é o de investigar a qualidade de vida de coordenadores de curso de graduação de um Centro Universitário. Participam deste estudo 11 coordenadores de curso de graduação em exercício profissional no ano de 2016, os quais foram procurados pessoalmente e convidados a participar desta pesquisa. A pesquisa foi desenvolvida nas dependências do Serviço de Psicologia do UniSALESIANO – da referida instituição. Os instrumentos de pesquisa incluem: Roteiro de Entrevista e o Questionário de Avaliação de Qualidade de Vida - SF-36 (Short-Form). Os dados coletados foram apresentados na forma de tabelas e gráficos, com auxílio do programa Microsoft Office Excel 2007, sendo as questões específicas quanto à percepção pessoal sobre qualidade de vida analisadas de forma qualitativa, sem a preocupação estatística. Verificou-se que a qualidade de vida dos participantes não indicou dados preocupantes. A média mensurada
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nos domínios foi considerada boa, os participantes apresentaram médias acima de 70%. Entretanto, conclui-se que há possibilidade de melhoria dos aspectos referentes à atividade física, alimentação adequada e gestão do tempo dos participantes e que ações interventivas devem ser implementadas.
Palavras-chave: Psicologia. Qualidade de Vida. Docência no Ensino Superior. Gestão Educacional. Coordenação de Curso de Graduação.
ABSTRACT
Interest in the subject arose as a result of observation of researchers conducted throughout the training, with regard to the performance of coordinators of graduate course. In the context of higher education institutions, coordinators accumulate different assignments, especially of teaching, didactic and pedagogical and administrative actions, with the obligation to execute them simultaneously, efficiently and resoluteness. These actions overwhelm this professional interfering with the effectiveness of the work, resulting consequences, including negative quality of life. This is a descriptive, exploratory, with quantitative and qualitative approach. The method is the field of research and technology is the interview with basement in the Socio-Historical Theory. Besides the interview will be applied to the participants in the questionnaire for assessing quality of life - SF-36 (Short Form). research tools will be applied on the premises of Psychology Unisalesiano Service - Auxilium University Catholic Center Lins, S. P. The aim of this study is to investigate the course coordinators of life quality degree from a University Center. Participate in this study 11 course coordinators degree in professional practice in the year 2016, which were sought personally and invited to participate in this survey. The research was conducted on the premises of Psychology Unisalesiano Service - of the institution. Research tools include: Interview Guide and Quality Assessment of Life Questionnaire - SF-36 (Short Form). Data were presented in tables and charts, with the help of Microsoft Office Excel 2007 program, and the specific issues concerning the personal perception of quality of life analyzed qualitatively, without statistical concern. It was found that the quality of life of participants indicated no concern data. The average measured in the field was considered good, participants had average above 70%. However, it is concluded that there is potential for improving the aspects related to physical activity, proper nutrition and time management of the participants and interventional actions should be implemented.
Keywords: Psychology. Quality of life. Teaching in Higher Education. Educational management. Undergraduate Program Coordination.
INTRODUÇÃO
O interesse pelo tema surgiu em decorrência da observação dos
pesquisadores, realizada ao longo da formação, no que diz respeito à atuação
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de coordenadores de curso de graduação. Durante este período foi possível
perceber a grande demanda de trabalho que está continuamente sob
responsabilidade dos coordenadores de cursos de instituições de ensino
superior (IES). Considera-se importante aprofundar os conhecimentos sobre
esta temática para compreender de forma mais abrangente o papel dos
coordenadores de curso de graduação e a relação de suas atribuições com a
qualidade de vida com vistas a superação de adversidades e bem-estar
biopsicossocial destes profissionais. O objetivo geral deste estudo é o de
investigar a qualidade de vida de coordenadores de curso de graduação de um
Centro Universitário. Os objetivos específicos incluem: apresentar o perfil
sociodemográfico dos participantes; descrever a percepção de qualidade de
vida de coordenadores de curso de graduação atuantes numa instituição
privada de ensino superior reconhecida como Centro Universitário; avaliar a
qualidade de vida dos participantes; relacionar os resultados identificados
mediante aplicação do instrumento de pesquisa, com a percepção dos
participantes sobre qualidade de vida, considerando as características
sociodemográficas e exercício profissional.
1 EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL: ASPECTOS GERAIS
Em comparação a outros países a universidade no Brasil demorou um
pouco a surgir. Segundo Cunha (2007 apud SUDAN, 2010) o surgimento das
universidades no Brasil se estabelece da seguinte forma,
[...] o primeiro período foi o da Colônia, iniciando-se em 1572, data de criação dos cursos de Artes e Teologia no colégio dos jesuítas da Bahia, sendo provavelmente os primeiros cursos superiores no Brasil, estendendo-se até 1808, quando ocorreu a transferência da sede do reino português para a cidade do Rio de Janeiro. O segundo período iniciou-se quando o Brasil ainda era colônia, em 1808, com a criação de um novo ensino superior – novo em comparação ao período anterior – estendendo-se até 1889, com a queda da monarquia. O terceiro período, o da república oligárquica, teve seu início com o governo provisório de Deodoro da Fonseca e terminou com a instalação do governo provisório de Getúlio Vargas, em 1930. O quarto período, a era Vargas, começou com a Revolução de 1930 e findou com a deposição do ditador, em 1945. O quinto período do ensino superior no Brasil se dá na vigência da república populista – 1945 a 1964. Neste período, encontrava-
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se o ensino superior brasileiro de forma crítica por conta de suas contradições, pois o crescimento de emprego não acompanhava o ritmo do aumento dos jovens diplomados (CUNHA, 2007 apud SUDAN, 2010, p.18).
Ao passar da década de 70 para década de 80, ocorreram muitos
estímulos políticos no Brasil para ampliar o crescimento do ensino privado. Isso
incentivou amplamente o crescimento das instituições particulares de ensino
superior (IPES) e o ensino de nível superior privado ganha espaço e forma de
mercado.
O primeiro sinal de que transformações estavam ocorrendo na educação superior, mais especificamente no setor privado, foi a corrida das instituições privadas para se transformarem em universidades. Ao disciplinar o princípio de autonomia para as universidades, a Constituição de 1988 criou um instrumento importante para o setor privado: a possibilidade de liberar-se do controle burocrático do antigo Conselho Federal de Educação (CFE), especialmente no que diz respeito à criação e extinção de cursos na sede e ao remanejamento do número de vagas oferecidas (SAMPAIO, 2011, p. 30).
Após toda essa grande expansão, equiparação entre ensino superior
público e privado e um aumento da população interessada e ingressando
nesse nível de ensino, os motivos para se ingressar nas universidades passam
a mudar e as IPES começam a atender a essa nova demanda.
Os objetivos que fazem parte das IES, de maneira geral e segundo a Lei
n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, artigo 43 são,
Art. 43. A educação superior tem por finalidade:I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização,
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integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares.
1.1Características do contexto universitário
Atualmente o contexto universitário vem passando por grandes
modificações. Essas modificações vêm ocorrendo a fim de atrair e manter-se
cada vez mais atualizado quanto as atuações e exigências do mercado.
As novas exigências estão associadas à melhoria constante na qualidade de ensino; escassez de recursos; aumento do controle externo, da concorrência, da massificação e heterogeneidade discente, da introdução de novas tecnologias, das mudanças no sentido social atribuído às universidades e da discussão da autonomia universitária; entre outras (MEYER JR; ZABALZA apud KANAN; ZANELLI, 2011, p.155).
Além de todas as exigências vindas do contexto social em que a mesma
se insere, é necessário direcionar cuidado quanto a gestão e capacitação do
seu quadro de profissionais.
Todas as alterações, sejam de maneira estrutural ou profissional, vem
ocorrendo em paralelo com o crescente aumento dos programas de inserção
no ambiente universitário. Esses programas têm como objetivo abrir as portas
da universidade para um público diferente de épocas anteriores.
1.2 Papel dos coordenadores de curso de graduação
Dias (2009) referindo-se ao surgimento das coordenações de cursos no
ensino superior explica que,
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A Coordenação de Cursos no ensino superior surgiu com a reforma universitária na década de 60, mais precisamente em 1968, em substituição aos Conselhos Administrativos e Congregações. Algumas denominações diferentes foram utilizadas, mas o termo Coordenação prevaleceu. Por muito tempo, as Coordenações funcionaram com “funções “ ou “atribuições” especificadas nos Regimentos e Normas internas das IES, sempre privilegiando o aspecto didático-pedagógico (DIAS, 2009, p.1).
O Coordenador de curso ao longo da história vem passando pelas mais
variadas mudanças decorrentes de suas atividades exercidas. Conforme Dias
(2009) atualmente o coordenador de curso atua como,
[...] um Coordenador-gestor que, se não toma decisões, tem espaço para influenciar estas decisões. Sua função é mais que a de um “simples mediador entre alunos, professores e os órgãos colegiados superiores”, é gerir o projeto político-pedagógico do curso, tendo como referência a missão e as metas da IES. Também deve agregar novas habilidades, tais como a de “liderança de equipes”, para a formação de “times” de sucesso e a “percepção das tendências mercadológicas”, de modo a influenciar nas estratégias de marketing para a divulgação do curso (p.2).
Dentre as mais variadas atribuições do coordenador de curso, a função
exige não somente conhecimento acadêmico, mas o conhecimento técnico e
estrutural das instituições no qual estão inseridos. Em geral, estes profissionais
se tornam professores, coordenadores, gestores, dentre as demais atribuições
oferecidas pelo cargo, o que pode interferir diretamente em sua capacidade de
trabalho.
Cabe às Coordenações de Cursos a responsabilidade pela parte pedagógico-didática de um curso de graduação de uma instituição de ensino superior. A ela compete o acompanhamento da vida acadêmica dos discentes da instituição, desde a entrada no curso até a formatura (SUDAN, 2010, p.52).
O papel do coordenador de curso não se restringe apenas no
planejamento e no atender as demandas dos alunos e da instituição, mas o
papel do coordenador no contexto atual é mais amplo. Segundo Rodrigues
(2004, p.54) o coordenador de curso superior é "visto também como educador,
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o gestor agrega valor à sua função, pois estará contribuindo para a formação
educativa do sujeito-trabalhador".
De acordo com Palmeiras e Szilagyi (2011, p.3),
[...] de um bom gestor espera-se, nesta perspectiva, capacidade de influenciar as pessoas que lidera com o objetivo de mobilizá-las à obtenção de um objetivo comum, extrapolando aí, o ambiente empresarial. A área educacional universitária tem buscado maior profissionalização de seus cargos gerenciais a partir da necessidade do gestor na área educacional de conciliar a gestão administrativa, pedagógica, acadêmica e científica.
Desta forma, as relações que o profissional estabelece com seu trabalho
dentro do contexto de educação particular irão implicar diretamente na sua
vida, e farão fazer parte da individualização do sujeito enquanto profissional.
Essa demanda de trabalho é parte e acaba sendo envolvida em diversas áreas
da vida do profissional, afetando sua qualidade de vida e podendo ser um
gerador de sofrimento. Além disso, o ambiente em que o profissional da
educação superior está inserido tem chances de causar danos diversos ao
sujeito envolvido e que, por esse motivo, é preciso avaliar essas condições e
as reais influências que o ambiente pode causar, pois, segundo Pereira,
Por ser um ambiente onde a crítica tem que existir para o aprimoramento das descobertas científicas, a universidade se torna, em algumas situações, um lugar de embates entre egos que procuram evidenciar os seus projetos individuais, na tentativa de mostrar aos pares o seu prestígio e ascensão. (2006, p. 73).
No sentido de atentar-se para essas relações profissional-trabalho, é
importante pensar em como a qualidade de vida no trabalho (QVT) desses
profissionais está sendo prejudicada, em como esses profissionais estão
percebendo a sua relação com o ambiente e as funções profissionais que estão
envolvidos e pensar em como é possível buscar melhorar essas condições e
tentar dar garantias frente à saúde e satisfação profissional daqueles que estão
inseridos no contexto da educação superior de ensino particular.
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2 FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E QUALIDADE DE VIDA EM COORDENADORES DE CURSO DE GRADUAÇÃO
2.1 Qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho: conceituação e diferenciação
O termo qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho (QVT) estão
plenamente interligados. De acordo com Pereira (2012) existem muitas
definições para o termo qualidade de vida, e que há um consenso quanto ao
termo abarcar fatores relacionados à saúde, a questões físicas e funcionais,
como também a aspectos emocional e mental, entre outros elementos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) qualidade de vida envolve a
percepção do indivíduo e de sua posição na vida no contexto da cultura e
sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações. De acordo como Moretti (2005) a QVT
pode ser definida como uma forma de pensamento que inclui as pessoas, o
trabalho em si e as empresas, e que a fim de compreender a satisfação no
trabalho é preciso considerar o indivíduo como um todo.
2.2 Atribuições profissionais de coordenadores de curso de graduação
A transformação que vem ocorrendo a partir da década de 90 no
contexto do Ensino Superior vem alterando de forma significativa o processo de
trabalho das universidades, consequentemente as responsabilidades dos
coordenadores de curso também. Pode-se dizer que hoje coordenar um curso
de Ensino Superior exige um conhecimento amplo do cenário, tal como das
demandas existentes na área. Por isso, torna-se necessário um profissional
com novas técnicas de gestão, com dinamismo e conhecimento que resultem
em novos procedimentos acadêmicos (DELPINO et al., 2008). E explica que,
as demandas contemporâneas “requerem um profissional com capacidade
abrangente para operar as novas tecnologias e estabelecer novas relações
sociais”, ou seja, um profissional que “transforme cotidianamente a informação
em competência, entendendo por competência o conjunto de conhecimentos,
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habilidades e atitudes essenciais ao perfil do profissional que atua em
coordenação”, de forma que este profissional “congregue os aspectos
cognitivos, técnicos, sociais e afetivos vinculados ao trabalho, agregando valor
econômico” à instituição, além de “valor social para si mesmo” (DELPINO,
2008, p.3).
Assumir a função de coordenador de curso não requer apenas formação
especifica, identificação com a área e habilidade administrativa e pedagógica,
pois ser coordenador vai além desses conhecimentos. As atribuições dos
coordenadores de cursos de graduação são realizadas por docentes que
assumem o cargo de coordenador a partir de uma indicação que pode ser
realizada por um conselho, pela reitoria ou por eleição de seus pares
(MARCON, 2011).
Alguns ocupantes desses cargos não tiveram experiência em cargos de gestão e nem foram capacitados para tal e vão adquirindo prática no dia-a-dia, quando da realização das atividades pertinentes. Portanto, muitos comportamentos poderão continuar a ser de docente que tem apenas responsabilidades com a sala de aula. Outros docentes, quando assumem o cargo de coordenação, por terem tido experiências anteriores em cargos dessa natureza, apresentam um conhecimento das práticas usuais de gestão, exigidas pelas organizações, o que de certa maneira influenciará que apresentem comportamentos de natureza gerencial, além daqueles característicos da docência (MARCON, 2011, p.8).
Ser responsável por um curso é uma função de grande
responsabilidade, por isso ser coordenador não requer somente criar novas
possibilidades de desenvolvimento, status e oportunidades, pois também é
papel do coordenador atuar como gerente e facilitador do conhecimento dentro
da comunidade acadêmica. Os coordenadores de curso são responsáveis
pelas funções políticas, gerenciais, acadêmicas e institucionais acarretando ao
profissional um acúmulo de funções gerando as chamadas dificuldades em
associar a gestão escolar e sua atuação pedagógica. As dificuldades
enfrentadas no dia-a-dia dos coordenadores de graduação podem ser a causa
de insatisfação no trabalho, devido à percepção que se tem acerca de seu
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ambiente de trabalho, resultado da junção dos relacionamentos,
reconhecimentos, cargo ocupado e atribuições.
Além da vasta carga de funções e responsabilidades dos coordenadores
de curso e identificação com a função, não se pode deixar de ressaltar como
dificuldade o despreparo profissional e sua formação de acordo com o
exercício de sua função; pontos fundamentais no sucesso de sua carreira.
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA DE CAMPO
3.1 Introdução
Esta pesquisa se propôs a investigar a qualidade de vida de
coordenadores de curso de graduação de um Centro Universitário. O projeto de
pesquisa foi cadastrado e aprovado pelo Comitê de Ética no site da Plataforma
Brasil. O número do parecer emitido pela Plataforma Brasil é 1.733.669, sendo
a data da relatoria de 19 set. 2016. Após aprovação do projeto realizou-se a
pesquisa nas dependências do Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium de Lins - UniSalesiano, sendo este sediado no município de Lins, SP,
tendo como Diretor o Pe. Giulio Boffi. Ressalta-se que a instituição conta com
os recursos necessários para a realização da mesma, tendo disponibilizado
ambiente adequado, confortável e arejado para o contato com as participantes.
Trata-se de uma pesquisa descritiva, com caráter exploratório, mediante
desenvolvimento de pesquisa de campo. A pesquisa descritiva englobou dois
tipos: pesquisa documental e/ou bibliográfica e pesquisa de campo. Para
embasar o referencial teórico sobre o tema, embasado na Teoria Sócio-
Histórica, realizou-se pesquisa bibliográfica em artigos científicos e livros da
área. A abordagem utilizada é quanti-qualitativa. O método utilizado foi o de
pesquisa de campo, e a técnica de entrevista. Os resultados são apresentados
na forma de quadros e tabelas. Procurou-se identificar o perfil
sociodemográfico, a percepção e avaliação da qualidade de vida dos
participantes e relacionar os resultados identificados de acordo com a
pesquisa. Nesta pesquisa preocupou-se em preservar a identidade dos
participantes na apresentação dos dados coletados. A pesquisa bibliográfica
foi iniciada em dezembro de 2015 e a pesquisa de campo foi realizada no mês
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de setembro de 2016 nas dependências do serviço de Psicologia desta
instituição, respeitando os horários e a demanda de trabalho dos participantes.
Os critérios de inclusão e exclusão para ser incluído na pesquisa estão
expostos a seguir. Critérios de inclusão: atuar como coordenador de curso de
graduação no UNISALESIANO – Centro Universitário Católico Auxilium de
Lins, S.P.; estar em exercício profissional no ano de 2016; de ambos os sexos;
independentemente do tempo de serviço neste cargo e na instituição e aceitar
participar do estudo mediante assinatura do TCLE. Critérios de exclusão:
desligamento do participante do cargo de coordenador de curso de graduação
na instituição proponente; desistência do participante durante a pesquisa;
recusa em assinar o TCLE.
Para a realização da pesquisa de campo realizou-se um levantamento
preliminar junto à reitoria do UniSALESIANO – Centro Universitário Católico
Auxilium de Lins, S.P. a fim de identificar a quantidade de coordenadores de
curso em exercício profissional no ano de 2016. Foram identificados 11
coordenadores de curso de graduação na instituição; todos foram procurados
pessoalmente e convidados a participar deste estudo. Todos os convidados
aceitaram participar deste estudo. Para tanto, a pesquisa foi realizada em
horários agendados junto aos participantes, considerando-se os horários, fluxo
de trabalho e disponibilidade de cada um. Todos os coordenadores
participaram da pesquisa.
Primeiramente, de forma individual, foi apresentado a cada participante o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) com as devidas
explicações sobre o objetivo e importância do estudo. Mediante aceite em
participar da pesquisa foi-lhes solicitado que assinassem o TCLE, entregue em
duas vias, de modo que uma via foi entregue ao participante e sendo reservada
aos pesquisadores para arquivo. Após a assinatura do TCLE iniciou-se a coleta
de dados por meio dos instrumentos de pesquisa: roteiro de entrevista para
participantes e questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36.
Foi utilizado nesta pesquisa o pacote office (Word e Excel) para análise dos
dados do SF-36.
O roteiro de entrevista foi desenvolvido pelos pesquisadores
especificamente para este estudo a fim identificar o perfil sociodemográfico e a
percepção dos participantes sobre qualidade de vida. Neste estudo optou-se
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em aplicar o Questionário de Avaliação de Qualidade de Vida - SF-361 (Short-
Form), forma abreviada (MARTINEZ, 2002, p.203-208) com a finalidade de
avaliar a qualidade de vida de forma genérica e multidimensional. Este
instrumento engloba oito escalas ou componentes (domínios) como:
capacidade funcional; aspectos físicos; dor; estado geral da saúde; vitalidade;
aspectos sociais; aspectos emocionais e; saúde mental. Este questionário foi
traduzido e validado para o português por Ciconelli (1997); possibilita a
avaliação genérica de saúde, sendo reconhecido pelo fato de suas
propriedades psicométricas já terem sido testadas em outras pesquisas. O SF-
36 foi entregue aos participantes, de forma individual, na ocasião foi-lhes
solicitado que respondessem considerando o momento atual de vida. Nenhum
problema surgiu no decorrer do processo de desenvolvimento da pesquisa de
campo, todos os participantes responderam com tranquilidade, sem relatar ou
apresentar dificuldades.
3.2 Resultados e discussão
Participaram desta pesquisa onze coordenadores de curso de
graduação, todos com formação de nível superior. Segundo levantamento
realizado todos os participantes atuam no período noturno. Os participantes
atuam nos cursos de Administração, Biomedicina, Ciências Contábeis, Direito,
Educação Física, Enfermagem, Engenharia Agronômica, Estética, Fisioterapia,
Pedagogia e Psicologia. Segundo levantamento todos os participantes atuam
no período noturno. Categorias descritivas foram definidas para nortear a
análise dos dados:
Quadro 1: Categorias descritivas
CATEGORIA I Caracterização sociodemográfica dos participantes
CATEGORIA II Percepção dos coordenadores quanto a sua qualidade de vida e trabalho
CATEGORIA III Avaliação da qualidade de vida por meio do questionário SF-36
CATEGORIA IV Comparação dos dados obtidos em ambos os instrumentosFonte: Bueno; Casarin; Dias, 2016.
1 Medical Outcomes Study 36 - Item Short Form Health Survey
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O propósito de elencar as categorias descritivas foi o de facilitar a
exposição dos dados coletados a partir da pesquisa de campo e posterior
análise dos dados. Neste estudo, procurou-se apresentar os principais
aspectos a serem analisados na fala dos participantes, relacionando-os aos
objetivos desta pesquisa, considerando também o problema e hipótese de
trabalho. Os quadros a seguir apresentam a caracterização sociodemográfica
das participantes e a percepção dos participantes de como se sentem
atualmente com relação a sua qualidade de vida, respectivamente.
Quadro 1: Caracterização sociodemográfica dos participantes
Coordenador Gênero* Idade Estado civil
N° de filhos
Tempo de serviço na instituição
Curso de atuação
Carga horária
semanal
Horário de trabalho
fixo
Exerce outra
atividade
CA F 39 Casado 01 11 anos Administração 20h Não Sim
CB F 49 Solteiro 00 01 anos Biomedicina 20h Sim Sim
CC F 44 Casado 02 03 anos Ciências Contábeis 6h Não Sim
CD M 39 Casado 02 07 anos Direito SD** Não Sim
CE M 57 Separado 02 25 anos Educação Física 25h Sim Sim
CF F 54 Separado 02 05 anos Enfermagem SD** Não Sim
CG M 42 Casado 01 03 anos Engenharia Agronômica 20h SD** Sim
CH F 49 Casado 02 04 anos Estética 16h Não Sim
CI F 39 Casado 02 11 anos Fisioterapia 50h Sim Sim
CJ F 48 Casado 02 08 anos Pedagogia 22h Sim Sim
CK F 38 Separado 00 10 anos Psicologia 40h Sim Sim
Fonte: Bueno; Casarin; Dias, 2016.Legenda:* Gênero: F= Feminino / M= Masculino ** SD: Sem dados
Quadro 2: Percepção dos coordenadores quanto à sua qualidade de vida
Coordenador
MuitoInsatisfeit
oInsatisfeito Pouco
Insatisfeito
Pouco Satisfeit
oSatisfeit
o
Muito Satisfeit
o
Indiferente
CA XCB XCC XCD XCE XCF XCG XCH XCI XCJ XCK X
Fonte: Bueno; Casarin; Dias, 2016.
Tabela 1: Avaliação do grau de satisfação dos coordenadores de curso de graduação
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Avaliação
Dimensões avaliadasMuito
insatisfeito Insatisfeito Pouco Insatisfeito
Pouco Satisfeito Satisfeito Muito
Satisfeito Indiferente
Capacidade funcional CA, CB,
CC,
CE,
CF,
CG,
CH,
CD,
CI, CJ,
CK
Limitação por aspectos
físicos
CE,
CG,
CB,
CD,
CH, CI
CC,
CJ,
CK
CA,
CF,
DorCE,
CG,
CB,
CC,
CH, CI
CJ,
CK
CA,
CD,
CF,
Estado geral de saúde CG,
CB,
CC,
CE,
CF,
CH, CI
CA,
CD,
CJ,
CK
Vitalidade CE,
CB,
CC,
CF,
CG,
CH,
CA,
CD, CI,
CJ, CK
Aspectos sociais CF,
CB,
CC,
CG,
CH,
CA,
CD,
CE, CI,
CJ, CK
Aspectos emocionais CG,
CB,
CF,
CH,
CK
CA,
CC,
CD,
CE, CI,
CJ
Saúde mental
CB,
CC,
CF,
CG,
CH,
CJ, CK
CA,
CD,
CE, CI
Fonte: Bueno; Casarin; Dias, 2016
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Na tabela 2 apresenta os valores obtidos por cada coordenador
participante, de acordo com a fórmula de correção.
Tabela 2: Resultados obtidos mediante aplicação do questionário SF-36
DomíniosCoordenadores
CA CB CC CD CE CF CG CH CI CJ CK
Capacidade funcional 95 95 100 70 65 95 50 95 100 95 100
Aspectos físicos 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
Dor 100 100 72 100 74 100 21 51 72 84 100
Estado Geral de Saúde 100 77 92 72 77 82 87 95 77 77 100
Vitalidade 90 80 80 80 50 40 60 65 80 90 90
Aspectos sociais 100 100 100 50 62,5 62,5 37,5 100 100 100 100
Aspectos emocionais 100 100 100 100 0 100 0 100 66,7 100 100
Saúde mental 96 80 80 76 68 60 64 84 80 96 92
Fonte: Bueno; Casarin; Dias, 2016.
3.3 Comparação dos dados obtidos nos instrumentos de pesquisa
De acordo com os resultados obtidos a partir da aplicação do
questionário SF-36 por meio de uma média dos escores identificados em cada
um dos oito domínios e da análise das informações obtidas por meio do roteiro
de entrevista para os participantes, foi analisado a percepção que os
participantes têm de qualidade de vida, sua relação com os fatores
sociodemográficos e a mensuração específica da qualidade de vida.
No questionário de entrevista para os participantes da pesquisa a
percepção de qualidade de vida dos mesmos estiveram relacionadas ao bem-
estar e convívio familiar, profissional e social, todos estes fatores foram
mencionados como essenciais para estar em equilíbrio com o dia-a-dia de cada
coordenador. Foi observado também uma falta de clareza quanto às
atribuições pertinentes a cada função exercida na instituição, sinalizando uma
confusão entre o cargo de coordenador e os demais cargos, promovendo uma
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generalização do conjunto. Mensurou-se por meio do questionário SF-36 que
dentre os oito domínios pesquisados o mais evidente enquanto aspecto
positivo foi o domínio de aspecto físico. Os demais domínios também
apresentaram pontuação relativamente positivas. Considerando o crivo de
correção dos resultados, apenas o aspecto emocional apresentou escore zero
em dois dos coordenadores, contudo, de maneira geral, a média final para este
mesmo domínio pode ser considerado boa. A análise dos dados indica que, os
coordenadores de curso de graduação não apresentam aspectos importantes
que sinalizem preocupação referente a qualidade de vida, não apresentando
riscos eminentes para ter uma boa qualidade de vida.
3.4 Considerações finais sobre a pesquisa
Considerando-se a entrevista realizada com os participantes e mediante
resultados identificados a partir da aplicação do questionário SF-36 foi possível
verificar que, de modo geral, os coordenadores de curso de graduação não
apresentam aspectos significativos que indicam preocupação quanto à
qualidade de vida, portanto, não apresentando riscos eminentes que possam
afetar negativamente este quesito. Constatou-se por meio da avaliação do
questionário SF-36 que dentre os oito domínios pesquisados o aspecto mais
positivo foi o domínio referente ao aspecto físico, os demais domínios indicam
pontuação relativamente positivas, com exceção do aspecto emocional que
apresentou escore zero em dois dos coordenadores. Ressalta-se a
necessidade de promover a reflexão quanto aos aspectos mencionados
anteriormente e propor uma forma interventiva, com base psicológica, visando
a qualidade de vida, satisfação e crescimento profissional de coordenadores de
curso de graduação.
CONCLUSÃO
Buscou-se neste estudo identificar a percepção de coordenadores de
curso de graduação atuantes num Centro Universitário sobre qualidade de vida
e da relação desta com fatores sociodemográficos.
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Constata-se que o ensino superior no Brasil tem nas últimas décadas
passado por significativas exigências, gerando a necessidade de mudar
rapidamente e se adequar às novas demandas sociais e educacionais, sem
perder a qualidade e ampliando o acesso. Este processo rebate na questão da
qualificação dos profissionais que trabalham na educação superior. Neste
estudo, em especial, o foco esteve direcionado ao cargo de coordenador de
curso, que, frequentemente são ocupados por docentes que acabam
acumulando a função de docente e gestor educacional. O papel do
coordenador de curso de graduação exige o exercício de várias atribuições
profissionais, sendo estas relacionadas a questões pedagógicas (acadêmicas)
e administrativas, políticas e institucionais, cabendo-lhe gerenciar, mediar,
educar e coordenar o curso, os docentes, os discentes e as solicitações da
própria instituição; toda esta situação interfere em sua capacidade de trabalho,
podendo prejudicar a qualidade de vida destes profissionais.
A fim de compreender a situação de coordenadores de curso diante de
tais exigências e atribuições buscou-se relacionar os fatores sociodemográficos
e a qualidade de vida, por meio de uma pesquisa de campo, com 11
coordenadores de curso de graduação por meio de entrevista. O roteiro de
entrevista sinalizou que a percepção de qualidade de vida dos participantes se
relaciona ao bem-estar e convívio familiar, profissional e social. Identificou-se
que falta clareza quanto às atribuições do coordenador de curso dentro do
contexto institucional. Por meio da avaliação do questionário genérico de
avaliação de qualidade de vida SF-36 (Short-Form) verificou-se que os
melhores escores foram obtidos nos domínios físico e funcional, e os escores
mais baixos foram obtidos nos domínios emocional e de vitalidade.
Conclui-se que os coordenadores de curso participantes não
apresentam aspectos importantes que sinalizem preocupação para com a
qualidade de vida. Espera-se que este estudo possa fomentar o
desenvolvimento de novas pesquisas científicas sobre temas relativos à
qualidade de vida de profissionais atuantes no ensino superior, a fim de ampliar
os conhecimentos e instrumentalizar acadêmicos e profissionais,
especialmente de Psicologia, para atuar de forma eficaz na promoção da saúde
destes profissionais. E que instigue a reflexão sobre o papel e atribuições de
coordenadores de curso de graduação em instituições de ensino superior
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privadas com o intuito de compreender o cenário no qual atuam, as exigências
impostas, os recursos, os prazos e condições de trabalho no qual exercem
suas atividades laborais de forma a não comprometer negativamente a
qualidade de vida, provocando consequentemente o adoecimento deste
indivíduo seja pelo excesso ou acúmulo de funções, pela falta de respaldo por
parte da IES ou pela presença de conflitos nas relações com o público interno e
externo com os quais necessita interagir para executar suas atividades
profissionais.
REFERÊNCIAS
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