Post on 18-Apr-2015
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RESSIGNIFICAR RESSIGNIFICAR A ESCOLA A ESCOLA
SALESIANA: SALESIANA: ANIMAÇÃO, GESTÃO E ANIMAÇÃO, GESTÃO E ACOMPANHAMENTO ACOMPANHAMENTO
DO DIRETORDO DIRETORPe. Miguel Angel Garcia Morcuende
salesiano responsável pelo
Setor Escola/Centros de Formação Profissional
Dicastério para a Pastoral Juvenil-Salesianos de Dom Bosco
A direção escolar que A direção escolar que temos. A direção temos. A direção escolar de que escolar de que necessitamosnecessitamos
A mesma A mesma direção direção
para uma para uma nova Escola nova Escola Salesiana?Salesiana?
Estado da Estado da questãoquestão
Desafio do futuro: Desafio do futuro: LIDERANÇA LIDERANÇA
EDUCATIVA DO EDUCATIVA DO DIRETORDIRETOR1 2 3
1Estado da Questão
1Uma Nova Configuração da Função Diretiva
Fator estratégico para o futuro da oferta educativa Católica.
Um recurso a mais de qualidade para nossas escolas. Os Salesianos e As Salesianas.
Desejamos renovar o ardor apostólico em nossas obras educativas
Retornar às origens, reapropriar-se delas. Ressignificando os sentidos vitais das
opções educativo-pastorais atuais.
1A Inspetoria
É responsável em fazer visível na vida e ação da Escola Salesiana em seu próprio Ideário Institucional e no Carisma. Como entidade titular tem formalmente
a responsabilidade última de manter (não só delegar) a identidade da Escola de acordo com o Carisma próprio.
A gestão e a função direção da Escola é delegada ao Diretor e sua equipe de direção.
2A DIREÇÃO ESCOLAR QUE TEMOS.
A DIREÇÃO ESCOLAR DE QUE NECESSITAMOS
2Como são percebidos os diretores? Com qual/quais se identifica? Algumas metáforas de Blumberg (1989):
Apaga-fogo Polícia Enfermeiro
Psiquiatra Super-profesor Coreógrafo
Massagista Fundista (atleta de corridas)
Cobrador de recibos
…
27 desafios reais:
Modelos de gestão, formas de trabalho... muito atrativas
que abrem horizontes apaixonantes, mas, que implicam
inevitavelmente (mas, impossíveis) em mudanças
substanciais nas estruturas e organização das escolas.
Grande dispêndio de energia pessoal e do grupo: é um
trabalho em grande medida verbal e burocrático; muitas
tarefas ficam inacabadas porque outras requerem a sua
atenção.
Entretanto, falta-nos elaborar um perfil verdadeiramente
profissional (formação prévia para o exercício profissional).
2Tomar decisões organizativas ou de viabilidade do
futuro das Escolas sem perder a identidade
salesiana:
Urge corrigir modelos de Escolas incoerentes
com o Ideário Salesiano e o perigo dos
enfoques
empresariais (rentabilidade-negócio).
Uma "empresa" educativa salesiana antepõe
sempre o valor "serviço" ao valor
"rentabilidade".
2 Por isso uma "empresa" educativa Salesiana
deve ser:
economicamente sustentável (com recursos econômicos,
adequadamente administrados, para satisfazer necessidades das
pessoas e dispor de meios adequados);
socialmente responsável (“Se as tuas necessidades são para
um ano, planta os grãos; se são para dez, planta árvores; se são
para cem anos, forma homens" - Provérbio Chinês);
humanamente satisfatória (o anúncio do Evangelho de Jesus
chegue a todos; docentes satisfeitos e com remuneração justa;
satisfeitos com as políticas e o estilo de direção, de forma a atingir
metas pessoais).
2A direção da Escola implica em
maior complexidade: Leigos que representam a titularidade; marcos legais complexos; viabilidade econômica; normativa laboral, prevenção de riscos, responsabilidade civil, proteção de dados pessoais; escolas que se convertem em "competidores" de outras entidades etc.
2Se faz necessário estabelecer
novos objetivos dentro do contexto em que estamos:
indefinição de políticas educativas; a gestão não é fácil diante da multiculturalidade; a rápida “acumulação e o desenvolvimento” do conhecimento científico; o império da cultura virtual etc.
2Partir de estruturas pouco
verticais e trabalhar em equipe e por projetos:
Diretores que saibam voltar seus
olhares para o alto e seguir dentro do
ideário institucional, dinamizando e
motivando suas equipes.
2Conclusão: O trabalho de um Diretor se
parece mais com o trabalho de um artesão, altamente complexo.
Em nossas raízes institucionais salesianas, o Diretor é o animador e facilitador da missão educativo-pastoral na Obra.
3A MESMA FUNÇÃO DIREÇÃO
PARA UMA NOVA ESCOLA SALESIANA?
3Faz-se importante articular (planejar) a partir dosanos “90”, o papel do Diretor:Diretor como Líder: liderança no âmbito educativo é a capacidade de guiar e motivar a outros em uma direção: atingir os objetivos da Escola, impulsionar inteligências e vontades.Diretor como artífice social: pessoa que cria comunidade, facilita a aproximação sociedade-escola, com uma atitude de abertura ante uma realidade que está em constante evolução: "Um cérebro (como um paraquedas) só funciona quando está aberto".
3[3.1.] A função “Direção”:
gestão e liderançaLiderança: Gestão:
Oferece visão e missão de futuro
Planeja os processos
Compartilha autoridade Organiza, administra o trabalho
Motiva os colaboradores Administra e controla os recursos
Implica no pessoal Avalia as pessoas
Media os conflitos Obtém resultados
3Ato de administrar (ou fazer a gestão) descreve a totalidade dos processos por meio dos quais se definem os propósitos, os valores, as metas e os objetivos da Escola, e nos coloca em marcha para ter êxito.
Liderança… descreve: a totalidade dos processos por meio dos quais se fixa o rumo e se motiva os educadores. Liderar é "fazer fazer", é “ter êxito” (obter resultados) por meio de outras pessoas.
3Exercer a liderança no âmbito educativo é:
definir e comunicar uma visão de como quer que seja a Escola, é unir a comunidade educativa, entusiasma-la em torno de um projeto comum e implica em tomar decisões.
"O melhor líder é o que apenas se faz notar, não é aquele que a gente obedece, segue e aclama, nem todos o desprezam e nem o seguem. O bom líder fala pouco, e quando termina seu trabalho e alcança seus objetivos, seus colaboradores falarão: nós fizemos isto!" (Lao Tse)
3Faz-se importante articular (planejar) a partir dosanos “90”, o papel do Diretor:
Diretor como Líder: liderança no âmbito educativo é a capacidade de guiar e motivar a outros em uma direção: atingir os objetivos da Escola, impulsionar inteligências e vontades.Diretor como artífice social: pessoa que cria comunidade, facilita a aproximação sociedade-escola, com uma atitude de abertura ante uma realidade que está em constante evolução: "Um cérebro (como um paraquedas) só funciona quando está aberto".
3O Diretor é gestor e líder, duas facetasda função “direção” são diferenciadas: Por isso se faz imprescindível a
existência e a configuração da Equipe Diretiva, que atua (lidera) nos seus distintos níveis de responsabilidade.
Convém analisar se o investimento na burocracia não hipoteca demasiado esforço e energia que poderiam ser empregados em outros objetivos de liderança.
3Em relação à administração
pública, dois critérios: evitar tanto o servilismo como a rebelião
(respeitar o obrigatório e clarear o legal)
3[3.2.] A função “Direção” compartilhada- liderança distribuída
Criar uma fronteira na qual outros líderes, que tenham a mesma visão da escola, possam tomar decisões efetivas por eles mesmos. É uma tarefa distribuída no conjunto da CEP, uma liderança múltipla de seus educadores.
Ser "líder de líderes" é potencializar outros. Requer vontade em compartilhar a liderança.
3 O mito do "franco-atirador" deixou de
ser fiel e legítimo. Uma escola não aprenderá mesmo que tudo siga dependendo de uma pessoa: o Diretor. Será uma ilha em um mar furioso.
Uma escola bem liderada é o motor de uma comunidade educativa-pastoral: os professores trabalham com sentido e com espírito salesiano, os pais participam e os alunos se preocupam com seu próprio crescimento e de seus companheiros.
3"Dirigir é ter em conta que as pessoas são como são, com seus conhecimentos, formação, experiência, antecedentes..., e se transformam através de incrementação em seus conhecimentos, melhorando suas competências profissionais, corrigindo seus hábitos e modificando seus comportamentos negativos. Nesta tarefa de desenvolvimento está a chave de todo êxito da função direção"
(M. Appley, foi presidente de "American Management Association")
3[3.3.] A autoridade: necessáriapara a função “Direção” Nas livrarias, quando se fala de diretores,
encontramos títulos como: "Comunicação persuasiva", "Mobilização e liderança", "Talento negociador", "A conduta do Diretor", etc., mas, atenção: se fala pouco da autoridade, que não tem nada a ver com o autoritarismo ou o nepotismo.
Para dirigir uma escola não é suficiente o "poder formal" (que provém do ato de empossar): se faz necessário o "poder fático" que emana de sua capacidade de liderança.
3A autoridade moral (não é hierárquica)e se "conquista":ofertando a participação no processo de tomada de
decisão e a comunicação interna promovendo o desenvolvimento vocacional e profissional dos docentes melhorando os processos de solução de problemas tornando explícita a visão e a missão da equipe e da Escola Salesiana estabelecendo expectativas que supõem metas, resultados e maior rendimento estimulando para que utilizem perspectivas diferentes em seus trabalhos estimulando o trabalho colaborativo facilitando o desenvolvimento da mudança, da inovação motivando etc.
3 Existem diretores "canhões":
padecem de rigidez. Apontam a um objetivo, mas se este se move, não aceitam atirar na água.
O Diretor "míssil“ aponta, e ainda que o objetivo mude de posição, é capaz de adaptar-se à nova trajetória, buscando o alvo até atingi-lo.
3É importante que se estabeleça um
plano de liderança de pessoas, utilizando:
estratégias de comunicação com as pessoas;
Identificação das necessidades que as pessoas possuem;
criação ou potencialização de estruturas de participação e coordenação e de espaços de debate e de reflexão;
reconhecimento do trabalho que foi “bem feito” pelas pessoas etc.
3[3.4.] Profissionalização A função “diretor” não é sinônimo da função
docente. A pessoa que ocupa um cargo de Direção deve ser docente, mas, não pode ser somente docente.
Até alguns anos, esta formação específica se adquiria somente com a prática; hoje devemos desconfiar do azar e da improvisação.
Várias perguntas: Quando formar? Em que? Como formar? A formação começa antes da posse e durante o ciclo em que se exerce a função.
3Cursos para Superiores de
Congregações: a liderança e a autoridade; as origens carismáticas da missão; as habilidades de comunicação
interpessoal, comunicação institucional e a mudança nas organizações;
direção e gestão (assuntos jurídicos, laborais, administrativo-financeiros);
solução de conflitos no âmbito escolar; a criação e a dinâmica das equipes.
3O Diretor profissional não é uma "carreira profissional" específica e separada da docência, senão a aquisição de uma série de recursos funcionais para se enfrentar a complexidade de uma escola (conhecimentos técnicos, institucionais etc.)Faz-se necessário um bom diretor para se obter êxito em uma organização educativa “excelente”.
3Com a profissionalização, a organização torna-se eficaz (atingir resultados) e eficiente (cumprir os objetivos com o menor custo possível).O trabalho eficaz como uma função matemática: TE= f (A, P, F, M):o trabalho eficaz é função da atitude (o que uma pessoa pode ), personalidade (o que é ), formação (o que sabe ) e a motivação (o que se quer ).
3[3.5.] Dirigir uma Escola com sobrenome: Salesiana.
Ser líder - to lead: ir adiante; dar impulsos. As atividades são programadas, realizam-se e são avaliadas; a liderança se exerce a partir do ser: a identidade da nossa Escola gravita em torno de seus educadores e seu projeto educativo-pastoral.
3Nossa Escola se modifica muito com os
educadores que contrata: processo de recrutamento e seleção, acompanhamento, formação. O importante é a antropologia que existe por detrás da educação, os modelos conceituais ou as cosmovisões da vida, história, e os eventos.
Liderar uma equipe de docentes é ajudá-los e estimulá-los a que participem, compartilhem e se integrem na missão salesiana, que é educativa e evangelizadora, "integral".
3Os educadores já não veem sua
dedicação ao trabalho somente como um meio de vida, senão como uma forma de vida: buscam algo mais que satisfazer suas necessidades financeiras e de segurança; desejam o reconhecimento por um trabalho bem feito; a participação no processo de tomada de decisão; a oportunidade de autodesenvolvimento e a realização no exercício da função docente.
3Sobre o PEP: ser diretor de uma escola
cristã é tomar consciência do tipo de projeto formativo. Muitas instituições religiosas (p.ex., Salesianos e Salesianas) não nasceram para ensinar, para catequisar, para se dedicar aos pobres... nascem para ser "sacramento", indicador do Reino. Como Dom Bosco, tanto outros, elegem os espaços mais humanamente deficitários, porque é aí onde o sinal é mais visível e mais eloquente.
3Para um Diretor/equipe diretiva de uma
Escola cristã é essencial definir qual é a substância ou a identidade do referido projeto "alternativo". Precisa atuação e tomada de atitude, intenções e comprometimento: a relação entre professores e alunos (respeito-acolhida-relação); a pedagogia da presença; a abertura da fronteira; a preocupação em ser escola evangelizadora, educar para a vida e melhorar o mundo; as atividades extracurriculares; o trato com os alunos que tem dificuldades...
3SíntesSíntese:e: [1] Estado da Questão: Uma nova configuração da Função de Diretor.
Desejamos renovar o ardor apostólico. A Inspetoria.
[2] A direção escolar de que necessitamos (desafios reais):
mudanças nas estruturas e organização; dispêndio de energia pessoal - grupo;
falta-nos um perfil profissional; tomar decisões sem perder a identidade;
novos objetivos dentro do contexto; estruturas menos verticais .
3SíntesSíntese:e:[3] A função de Direção para uma Nova Escola
Salesiana: Diretor como Líder e como artífice social.
Gestão e liderança (duas facetas - função “Direção”. A configuração da Equipe de Direção.
Função “Direção” compartilhada - liderança distribuida.
A autoridade moral (necessária para a função “Direção”)
se "conquista“. Profissionalização, uma função matemática:
TE= f (A, P, F, M). Dirigir uma Escola com sobrenome salesiana :
educadores e seu projeto educativo-pastoral.
obrigado