Post on 28-Jan-2019
XVIII SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS
Foz do Iquacu
- Ahril/1989
DETERMINACAO DAS PROPRIEDADES MECANICAS DE CONCRETO DE CIMENTO
PORTLAND, QUANDO DA UTILIZADAO DO SEIXO ROLADO DA REGIAO DA
GRANDE JOAO PESSOA, UTILIZADOS NAS ESTRUTURAS DAS BARRAGENS
DE GRAMAME E MAMUABA.
TEMA: I
- AUI'ORES • -SEBASTIAO BATISTA DOS^SANIUS ( *)FRANCISCO GLADSTON HOLANDA ( **)ANFMNIO SOARFS DA SILVA ( ***)FRANCISCO I. DOS GUIMARAES (****)
*) Professor Adjunto, MSC, dasDiseiplinas Mecinicas dos Solos II ePavimontagio do t7rCC/Cr-UFPB( **)Enic Consultor an Tecnologia deConstrugao Civil( ***)Eng9 Gerente Setorial de RecursosHidricos - SUPIAN-Paraiba(****)EngQ Assessor da Gerencia Setorialde Recursos Hidricos - SUPIAN-Paralba.
795
DETERMINAcAO DAS PROPRIEDADES MECANICAS DE CONCRETO DE CIMENTO
PORTLAND , QUANDO DA UTILIZADAO DO SEIXO ROLADO DA REGIAO DA
GRANDE JOAO PESSOA, UTILIZADOS NAS ESTRUTURAS DAS BARRAGENS DE'
GRAMAME,E MAMUABA.
OBJETIVO
Este trabalho tem por objetivo principal ressaltar as
propriedades elasto-mecanicas dos concretos produzidos com
seixo rolado da regiao da Grande Joao Pessoa , utilizados nas
estruturas das Barragens de Gramame e Mamuaba , cat arativanente aos
concretos confeccionados com agregados de rocha britada.
1. GENERALIDADES
Do conhecimento das propriedades do concreto, depende a
correta utilizadao deste material para cada tipo de Obra.Assim
e que determinadas propriedades sao imprescindiveis para certos
tipos de Obras, porem sao dispensiveis para outras.
Por exemplo: A impermeabilidade do concreto a requesito de
qualidade essencial para Obras hidriulicas, porem nao a tao
importante em estruturas de edificacao; por outro lado a
resistencia a compressao simples e tao importante para
estruturas de edificios, quanto a impermeabilidade, durabilidade
e resistencia a tragao na flexao para pavimentos rigidos.
Sabe-se que, para se obter propriedades mecanicas e elasticas
com eficacia de um determinado concreto, tem-se que conhecer as
principais caracteristicas dos materiais constituintes deste
concreto (cimento, agregados, agua de amassamento e aditivos
se necessarios ), como tambem tipos de misturas , classes de
resistencia, transporte, langamento, adensamento e cura. Entre
as propriedades mecanicas mais importantes e usuais dos
concretos tem-se:
Resistencia a compressao simples, resistencia a tragao por
compressao diametral , resistencia a tragdo na flexao , modulo
de elasticidade ou modulo de deformagao, durabilidade,
resistencia ao desgaste , trabalhabilidade, retracao , fluencia,
dureza, resistencia ao fogo etc.
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A resistencia mecanica dos concretos e influenciada -por
diversos fatores, entre os quais citamos:
- Relagao aqua/cimento que e calculada pelo quociente entre a
quantidade de agua total pelo peso de aglomerante. Caso seja
permitida a perda de agua necessaria a hidratagao do concreto,
certamente ter-se-a uma queda da resistencia a compressao da
mistura. A relarao entre a resistencia a compressao e a
relagao agua/cimento foram definidas por diversos
estudiosos , entre os quais podemos citar Abrams ( 1919), que
chegou a seguinte relacao:
fc = A./BX, onde A e B sao constantes determinadas
experimentalmente.
- Tempo ou idade de cura - quanto mais cedo se iniciar a cura
e quanto mais tempo seja mantida, sera a maior resistencia
mecanica. Pode-se correlacionar com relativa seguranga, a
resistencia aos 28 dias, atraves de ensaios de 3 (tres) e 7
(sete) dias.
- Forma dos corpos de prova - o resultado dos ensaios sofre
influencia da forma dos corpos de prova. Assim a que Segundo
Silva , Moema Ribas ( 1985 ), corpos de prova cilindricos tern
resistencia de aproximadamente 80% da resistencia de corpos
de prova cubicos . Este fato se confirma atraves da pratica
alema , conforme a norma DIN/1048.
- Velocidade de aplicagao da carga , temperatura , umidade, teor
de cimento, etc.
Alem dos fatores acima citados , um que exerce grande
influencia na resistencia mecanica dos concretos e o tamanho,
forma e textura dos agregados . Segundo Neville (1923), a
tensgo a partir da qual se formam as fissuras depende muito
das propriedades dos agregados graudos; os seixos rolados
(lisos ) conduzem a uma fissurarao a tensoes menores do que as
britas asperas e angulosas , provavelmente porque a aderencia
mecanica seja influenciada pelas caracteristicas da superficie e,
ate certo ponto , pela forma do agregado graudo . Por outro lado,
798
a relagao entre as resist&ncias a compressao e a tragao na
flexao depende do tipo de agregado grafido usado , pois, com
excerao dos concretos de resistencia elevada, as propriedades
do agregado, especialmente a forma e a textura superficial,
tem muito menor influencia sobre a resistencia final a
compressao do que em relagao a tragao ou sobre a tensao de
fissuragao por compressao . De acordo corn C . Perry e J.E.
Gillott (1977) citado por Nivelle (1923) em concretos
experimentais, agregados inteiramente lisos levaram a
resistencia a compressao cerca de 10% mais baixos do que
asperos.
A influencia do tipo do agregado graudo sobre a resistencia do
concreto varia em grandeza e depende da relagao agua /cimento,
pois esta diminui com o aumento do fator aqua /cimento,
presumivelmente devido ao fato de que passe a prevalecer a
resistencia da pasta , e com uma relagao agua/cimento igual a
0,65, segundo W. Kuczynski (1985), citado por Nevile (1923),
no se observou diferenga entre resistencias de concreto
preparados com brita ou com seixo. Segundo S. Walker e D.L.
Bloem (1957) , a influencia do agregado na resist&hcia a tragao na flexao,
aparentemente depende tambem da condigao de umidade do concreto
no momento do ensaio. H, Green (1958) afirma que a forma e a
textura superficial do agregado graudo tambem tem uma
influencia sobre a resistencia ao impacto do concreto,
quantitativamente igual a influencia sobre a resistencia a
tragao na flexao.
Na maioria das construcoes civis (estruturas), a resistencia a
compressao simples do concreto e, na realidade, o criterio
usual de avaliar a qualidade do produto. No entanto, em certos
tipos de construgao, tais como rodovias e pistas de
aeroportos, o parametro em geral adotado, e a resistencia a
tragao na flexao.
Quando da dosagem de um concreto com vista na resistencia a
tragao na flexao, deve-se levar muito em consideragao a forma
dos agregados pois, a depender da relagao aqua/cimento, os
agregados angulosos resultam em concretos com maior
resistencia a tragao na flexao do que os agregados
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arredondados ou irregulares . Sugere -se que na dosagem de um
concreto para uma dada resistencia a tracao na f1exao comagregados arredondados ou irregulares , deve -se usar uma
relagao aqua/cimento menor do que com a agregados angulosos.
o use de rela gao aqua/cimento menor implica numa relagaoagregado/cimento menor, isto e , numa mistura mais rica. Em
outras palavras, para uma mesma resistencia a flexes, os
agregados arredondados exigem um teor mais elevado de cimento.
Isto e o que realmente acontece , no obstante o fats de que,
para obter a mesma trabalhabilidade , um agregado anguloso
exige uma mistura mais rica do que quando a usado um agregado
arredondado.
Segundo Silva , Moema Ribas ( 1980 ), de uma modo geral a
influencia dos agregados pode ser resumida no fato do que o
agregado miudo age pela granulometria e o graudo , pela forma
e textura do grao . Os agregados miudos , principalmente quando
muito finos , tem maior area especifica , exigindo maior
quantidade de aqua a diminuindo , consequentemente , a resistencia
do concreto.
Considerando -se iguais a dimensao maxima e a granulometria, as
agregados cujos grass tenham forma arredondada , tem menor
indice de vazios . Isto resulta no use de menor quantidade de
areia para o preparo de um concreto adequado.
A trabalhabilidade do concreto feito corn este tipo de acjregado
e melhor devido a facilidade de movimento dos graos. Isto
concorre para que menor quantidade de aqua seja utilizada,
resultando na diminuigao da relagao agua/cimento, como
consequente aumento das caracteristicas mecanicas do concreto.
Por outro lado sendo a pedra britada de forma angular , ela tem
aderencia com o cimento dito isso , conclui -se que sendo um
concreto produzido com seixo rolado e outro com pedra britada,
ambas com a mesma relagao aqua/cimento, perfeitamente langada
e adensada , uma vez mantida constante a trabalhabilidade o
segundo a mais resistente , por apresentar melhor ligagao
agregado/cimento.
"No estudo especifico , alem do seixo apresentar baixo teor de
pulverulentos , o processo de classificagao por peneiramento
800
era seguido de eficiente lavagem".
2. ENSAIOS COM OS MATERIAIS CONSTITUINTES DO CONCRETO
CONFECCIONADO COM SEIXO ROLADO
2.1 CIMENTO
Do tipo Poz -32, marca zebu produzido pela fabrica CIMEPAR em
Joao Pessoa-PB.
0 cimento do tipo Pozolanico apresenta a vantagem de possuir
maior resistencia quimica do que o cimento comum, propriedade
muito apreciada quando a estrutura a submetida a meios
saturados de cloros de sulfatos ou quando utiliza agregados
potencialmente deletericos na composicao dos concreto.
2.1.1 Valores Medios das Propriedades Quimicas e Fisicas
PROPRIEDADES LIMITES DA CIMENTO
QUIMICAS UNIDADESNBR-5736/80 ZEBO POZ-32
Perda ao fogo % < 4,0 1,46Si02 % 29,08
A1203 % 7,25
Fe203 % 3,47
CaO % 49,80MgO % X6,5 4,21S03 % X4,0 3,35Residuo insoluvel % 18,02CaO livre % 1,40
PROPRIEDADESUNIDADES
LIMITES DA CIMENTO
FISICAS NBR-5736/80 ZEBO POZ-32
Pesiduos na peneira*200 % s L 8, 0 3,3Massa especifica g/cm - 3,06Inicio de pega h :min X1: 00 2:11Fim de pega h :min _510 : 00 3:30Blaine m2/kg 290 min 423
ro
0i2 M Aos 3 dias MPa > 10 20,24J w N
Aos 7 dias4J wEn p MPa -,,.20 27,5
M N Aos 28 dias MPa > 32 35,5
801
2.2 AGREGADOS
Os agregados utilizados nesta pesquisa, foram obtidos atraves
do precesso de lavagem e classificagao do seixo natural
procedente da jazida denbminada Extramil localizada na regiao
da Grande Joao Pessoa-PB.
Do processo de peneiramento resultaram as tres frag6es de
materiais indicados na Tabela 1, para as quais foram
realizados os seguintes ensaios:
ENSAIOS METODOS DE ENSAIOS
- Granulometria (Graficos 1); NBR-7217
Modulo de Finura (MF); NBR-7217
Massa Especifica Real (MER); ASTM C 128-79 e 127-80
- Massa Unitaria Aparente (MUA); NBR-7251
- Absorgao (AB) ; ASTM C 128-79 e 127-80
Desgate Los Angeles (LA) ; NBR-6465
- Tenacidade (Impacto) (TEN)
- Indice de Forma (IF)
BS 812-67
DNER-ME-86-64.
TABELA 1
T IPO DE
MATERIAL
DMAX
(mm)
MER
(g/an3 )
MUA
(g/an3)
AB
( % )
LA
( % )
TEN
( %
SEIXO - 1 6,88 25 2,51 1, 74 0,3 28,7 19 0,94
SEIXO - 0 5,34 9,5 2,57 1,62 0,6 43,1 - 0,78
ARL.IA 2,54 4,8 2,67 1, 68 0,9 - - -
Os resultados obtidos sao medios e consistentes , de 6tima
uniformidade, nao apresentando qualquer valor em desacordo com
os limites pela AENT.
2.3 ADITIVO
Dois tipos de aditivos foram utilizados nos concretos:
- REOBETON-500, do tipo superfluidificante de elevado efeito
redutor de agua de amassamento do concreto sem perda de
802
GRAFICO - 1
CURVA GRANULOMET RICA
ESCALA LOGARITIM ICA
100200 100 50 30 16 8 4 3/8" 3/4" 1" 1112' 2' 3"
0
I
30
40 60
C
30 70
U 20. 1 80
0 10 -- - -- --- . 90
4
0,074 0,13 0,3 0,8 42 2, 4 4.8 95 19 25 38 50 76
ti
0 100
SERI E NORMA L DE P E N E IRAS
A REIA
SEIXO-©
SEIX O- 1
803
trabalhabilidade mesmo com temperatura ambientes elevadas, e
isento de cloreto e produz ooncretos reoplasticos, auto -adensivel s,
sem segregacao . E utilizado em Obras onde se pretende grande
fluidez sem perda de trabalhabilidade, de alta confiabilidade
e durabilidade. Este aditivo foi utilizado a base de 0,9% em
relagao ao peso do cimento;
- PLASBETON-FG, do tipo incorporador de ar ao concreto,
melhora grandemente a plasticidade e supre as deficiencias
de concretos com baixos teor de finos. Foi utilizado a base
de 0,03% em relagao ao peso do cimento.
Os aditivos acima citados sao fabricados pela EMBECON -RJ. Com
a utilizaqao destes produtos, e possIvel produzir concretos de
excelente durabilidade e impermeabilidade.
2.4 AGUA
Utilizou-se como agua de amassamento a de use corrente nos
laboratorios envolvidos nos ensaios.
3. CARACTERISTICAS DOS MATERIALS CONSTITUINTES DO CONCRETO
COMO REFERENCIA
3.1 CIMENTO
Do tipo POZ-32, marca Poty produzido pela fabrica de cimento
Poty, localizada no municipio da cidade de Paulista , Estado de
Pernambuco.
Os valores medios das propriedades quimicas e ffsicas estao
mostrados a seguir;
804
Valores Medios das Propriedades QuimicAs e Fisicas
PROPRIEDADESUNIDADES
LIMITES DA CIMENTO
QUIMICAS NBR-5736/80 POTY POZ-32
Perda ao Fogo % I L 4,0 2,36
Si02 0O 11,13
A1203 7,81
Fe203 % 3,08
CaO 52,70
MgO % 6,5 2,97
S03 4,0 2,65
Residuo insoluvel 16,08
CaO livre 2,22
PROPRIEDADESUNIDADES
LIMITES DA CIMENTO
FISICAS NBR-5736/80 POTY POZ-32
Residuos na Peneira 200
Massa Especifica
Inicio de Pega
Fim de Pega
Blaine
,rd
Aos 3 diaso tou t rd rd rd
to W W M Aos 7 dias.+JQ)WMU) ^4 -j q
Aos 28 dial
3.2 AGREGADOS
g/cm3
h:min
h:min
m2/kg
MPa
MPa
MPa
3.2.1 Agregados Graudos
8,0
>1:00
<l0:00
290 min
4,34
2,97
2:05
7:10
398
23,6
30,4
36,5
Os agregados graudos utilizados nos concretos de referencia,
foram obtidos atraves do processo de britagem de ocorrencia de
rocha granitica procedente de jazidas proxima a Obra do porto
de Aracaju-SE.
Apos o processo de britagem resultam as duds frac6es, cujas
caracteristicas principais sao as seguintes:
805
AGREGADO - A
Diametro Maximo (DMAX)
- Modulo de Finura (MF) =
- Massa Especifica Real (MER)
- Massa Unitaria Aparente (MUA)
- Absorgao (AB)
AGREGADO - B
12,7 mm
6,0
2,74 g/cm3
1.43 g/cm3
0,7%.
- Diametro Maximo (DMAX) = 25 mm
- Modulo de Finura (MF1 = 7,1
- Massa Especifica Real (MERI = 2,70 g/cm 3
- Massa Unitaria Aparente (MUA). 1,38 g/cm3
- Absorgao (AB) 0,4%.
3.2.2 Agregados Miudos
0 agregado mifido utilizado foi uma areia procedente das
aproximidades da Obra, cujas caracteristicas principais sao as
seguintes;
- Diametro Maximo (DmAX1 = 2,4 mm
Modulo de Finura (MF) = 2,0
- Massa Especifica Real (MERI = 2,63 g/cm3
Massa Unitaria Aparente (MUAI = 1,42 g/cm3
Absorgao (ABI = 0,8%.
3.3 ADITIVOS
Dois tipos de aditivos foram utilizados , ruais sejam:
- REORETON -700, do tipo superplastificante de elevado efeito
redutor de aqua , a base de 0,9% em relagio ao peso do
cimento;
- PLASBETON-FG, do tipo incorporador de ar ao concreto, a base
de 0.08 % em relagao ao peso do cimento.
Estes dois aditivos foram fornecidos pela EMBECON.
806
3.4 AGUA
A aqua de amassamento utilizada foi a de use corrente nos
laboratorios envolvidos nos ensaios,
4. TRAQGS ESTUDADOS
Com os seixos rolados foram estudos dois tragos que
denominaremos de agora por diante, "TRACO-A", e "TRACO-B" e,
com a rocha granifica tambem foram estudados dois tragos:
TRAcO-"C" e TRAcO-"D". As composigoes dos tragos estao mostradas
na Tabela 2, a seguir.
TABELA 2
T R A Q 0 S A B C D PERCENTUAL DOS
Pesistencia caracteristica
(fck em MPa aos 28 Bias) 20 20 20 20
AGREGADOS NAS
MISTURAS ( %
Ccrnposigao (kg/m3)cimento 300 287 430 450 T R A c 0 S
Aqua 153 146 206 207 A B C D
Areia (Extramil) 834 781 - - 45 42 - -
Areia (Aracaju) - - 507 473 - - 31,4 29,5
Seixo-O 1017 746 - - 55 40 - -
Seixo-1 - 336 - - - 18 - -
Agregado-A - - 316 486 - - 29,4 30,2
Agregado-B - - 422 648 - 39,2 40,3
REDBETON -500 (litro) 2 , 700 1 2 , 583 - -
REOBETON-700 (litro) - - 3,87C 4,050
PLASBETON-FG (litro) 0,090 0,086 0,34 0,360
807
5. METODOLOGIA UTILIZADA NA DETERMINAcAO DAS PROPRIEDADES
ELASTO-MECANICAS DOS CONCRETOS ESTUDADOS
5.1 PROPRIEDADES SIMBOLOGIA NOI 1lS
- Resist&ncia a compressao simples fc NBR-5739
- Resistencia a tragao por compressao diametral ft NM-7222
- Resistencia a tragao na flexao ftf LCI-232/76
- Modulo de elasticidade ou de deformagao
6. APRESENTACAO DOS RESULTADOS
E NBR-8255
0 Quadro-1 do anexo , apresenta um resumo das propriedades
elasto-mecanicas dos concretos estudados e dos tornados como
referencia , enquanto que o Quadro-2 , mostra os valores de
resistencia a tragao na flexao determinadas pela expressao(11, utilizada neste estudo , comparativamente corn os valores
determinados em fungao da compressao simples, segundo fontes
bibliograficas.
Corn base nos resultados, fol possivel tracar Graficos como
mostrados no anexo, quais sejam:
CONTEODO FIGURA
Eficiencia da resistgncia a compressao simples
(rendimento); 1
Eficiencia da resistancia a tragao na flexao
(rendimento); 2
Eficiencia da resistancia por compressao diametral
(rendimentol; 3
Relagac entre a resistencia a tragao por
compressao diametral e a compressao simples x
resistencia a compressao simples; 4 e 5
- Relagao entre a resistencia a tragao na flexao e a
compressao simples x resistencia compressao simples; 6
- Relagao entre a resistencia a tragao na flexao x
resistencia a compressao simples; 7
- Relagao entre a resistencia a tragao por compressao
diametral x resistancia a compressao simples; 8
Relagao entre o m6dulo de elasticidade x tempo de cura; 9
808
7. ANALISE DOS RESULTADOS
Analizando-se os graficos da Figura-1 e 3 do anexo,
verifica- se que as concretos confeccionados com o seixo
rolado apresentou maior eficiencia no rendimento, quanto a
resistencia a compressao simples e a resistencia a tragao
na compressao diametral quando ccanparadas com os concretos
executados com rochas graniticas , apesar de que esses tragos
utilizaram consumo de cimento em torno de 40% a 50% a mais.
Esta eficiencia justifica- se pela excelencia de caracteristicas
do seixo rolado da regiao da grande Joao Pessoa. A Figura-4,
mostra que a resistencia a tragao diametral na compressao
variou de 9,8% a 11% da resistencia a compressao simples, para
os concretos utilizando o seixo rolado como agregado graudo,
esta variagao cobre as limites preconizados pela NRR-6118. Por
outro lado analizando -se a Figura-5, observa-se uma diminuigao
na relagao , a medida que a resistencia a compressao simples
aumenta, fugindo um pouco da NBR-6118. Quanto a relagao
entre a resistencia a tragao na flexao e a compressao simples,
a Figura-6 mostra que existe uma diminuigao a medida que a
resistencia a compressao simples aumenta, este comportamento
e consistente com a opiniao de alguns autores como: Neville,
Adams. M., (1923), Adriolo, Francisco R., (1986) e Holanda,
Francisco G., (1981).
Quanto aos resultados dos ensaios de durabilidade do seixo
rolado, mostrado na Tabela -1 do item 2.2. Observa -se que o
mesmo se comportou como um agregado de boa resistencia aos
desgastes.
8. CONCLUSOES
De acordo com as resultados obtidos neste trabalho podemos
concluir que;
- Os rendimentos correspondentes as resistencia a compressao
simples e resistencias a tragao na compressao diametral dos
concretos fabricados com seixos rolados, mostram maior
e€iciencia do aglomerante em relagao aos fabricados com rocha
britada;
809
- Existe uma boa compacidade e um bom entrosamento entre os
seixos, refletindo assim nas propriedades elasto-mecinicas;
- A relagao entre a resistencia a tracao na compressao diametral
e resistencia a compressao simples, se mostrou dentro doslimites da NBR-6118, para os concretos utilizando seixos
rolados;
- A relagao entre a resistencia a tragao na f1ex9o e a
compressao simples variou de 16% a 12,7% da menor para a
maior idade de cura respectivamente;
9. RESUMO
Os resultados obtidos em particular para os agregados naturais
utilizanos indicaram em determinadas caracteristicas, melhor
performance quando comparadas aos concretos de rocha britada.
Alem do mais, neste caso particular, o seixo rolado apresenta
menos Gusto de obtengao, haja visto so necessitar de
classificarao por peneiramento corn eliminagao de qualquer
processo de britagem.
AGRADECIMENTOS
- A Deus e aos nossos pais por serem responsaveis pela nossa
existencia;
A CONS;TRUTORA NOBERTO ODEBRECHT - Complexo da Paraiba pelo
apoio can todas as instancias para realizagao e divulgagao
deste trabalho;
Especialmente as nossas esposas e filho, pelo os incentivos,
carinhos e dedicag6es para realizagao deste trabalho.
"IN MEMORIUM"
Eng4 Talma Benevolo de Benevolo
Eng9 Elidio Ferreira de Moura.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Universidade de Brasilia, 1980.
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1985. 810
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H. Green, Impact Testing of Concreto, Machanical Properties
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S. Walter And D.L. Broem, Studies of Flexural Strength of Concreto,
Part 3: Effects of Variations in
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Andriolo, Francisco, R., Concreto e Seus Materiais Propriedades e
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Santos, Sebastiao, B., e Holanda, Francisco, - ProposigHo de Micro-
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Florianopolis-SC, 1988.
811
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214
t 1U) U) EnU) U) U)
a a a ax x xw w w
(Ti
z
815
RELACAO ENTRE 0 RENDIMENTO X TEMPO DE CURA
TRA9O CONVENc ESA -
8 o- -c A,
D *----
Fc
Ci
100.
so-
60ti
zw
20-
26
TEMPO DE CURA (DIAS )
FIGURA-I
816
RELACA0 ENTRE 0 RENGIMENTO X TEMPO DE CURA
TRAcO CONVENCOES
B
FtfcI
1s0
0 3
TEMPO DE CURA (DIAS )
FIGURA -2
817
11 1 1 If 41.,. n, p I, fill PNYI1I ^I^A4^n^^4 r1 ' •.NPI,.f . .01 r, t
RELAcAO ENTRE 0 RENDIMENTO X TEMPO DE CURA
TRA^O CONVEN95ES
A8cD
Ft
Cl l
10.0
5,0
03 z
x .x
TEMPO DE CURA (DIAS)
FIGURA -3
81 8
RELACAO ENTRE RESISTENCIA A TRACAO NACOMPRESSAO
DIAMETRAL E A C OMPRESSAO SIMPLES X RESI STENCI A
A CO M PRESSAD SIMPLES
SEIXOS ROLADOS
20U
Q0,13
Z
0►Q
QFAIXA ENVOLTORIA DOS
a: RESULTADOS DE ENSAIOSH
.Q
0,10 LIMITE DA NOR- 6116
Z/W
N)
Wa
2
V)Wa:
l)
0
Q
:aJ:Y
nU
JW0:
lQNu)W
IL
oL)
Q
W 0
10 20 30
Fc(MPa)
RESISTENCIA A COMPRESSZO SIMPLES
FIGURA-4
819
RELACAO ENTRE RESISTENCIA A TRAc.AO NA COMPRESSAO
DIAMETRAL E A COMPRESSAO SIMPLES X RESISTENCIAA COMPRESSAO SIMPLES
ROCHA GRANITIC A
Ft
Fc
0, 1 5-
az
LIMITE NBR•6118
- to
2
0105-
Q0 0
10 20 30
Fc (MPo)
RESISTENCIA A COMPRESSAO SIMPLES
Fl GU R A -5
820
RELA^AO ENTRE A RESISTENCIA A TRACAO NA FLEXAO X
RESISTENCIA A COMPRESSAO SIMPLES
SE IXOS ROLADOS
T
20
FIGURA - 6
T
30
Fc (MPo)
RESISTENCIA A COMPRESSAO SIMPLES
821
RELACAO ENTRE A RESISTENCIA A TRACAO NA FLEXAO X
RESISTENCIA A COMPRESSAO SIMPLES.
SEIXOS ROLADOS
Ftf(MPa I
wJ 4.0
LL
z
310
zozw
NW
10 20 30
SO$O+SI
Fc ( MPo)
RESISTENCIA A COMPRESSAO SIMPLES
FIGURA - 7
822
RELACAO ENTRE A RESISTENCIA A TRACAO NA COMPRES-SAO DIAMETRAL X RESISTENCIA A TRACAO NA FLEXAO
SEIXOS ROLADO.S
R E TA-1- Ftf = L924- 0,616 F t
R ETA 2 - Ftf= 0,632 +1,051 Ft
F f (M Pa))
Qz
0iQ
3.0aa:
O 1.0 2.0 30 40
RESISTENCIA A TRACAO NA FLEXAO Ftf (MPo)
FIGURA-8
823
RELAcAO E%TRt= 0 MODULO DE ELASTIC IDADE `X TEMPO
DE CURA.
SEIXOS ROLADOS
I
3,0-
w0
2,00
U
H
N
w
w0
RETA 1 -Ego= 1 . 006+0 , 323 Ln
R E T A 2 -Ego= 0.6 '.19 + 0.514 L n
1 3 7 28 90
Ln (TEMPO DE CURA (DIA S )
FIGURA-9
824
TEMA II