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PLENÁRIA: Palestra 1 (Lecture 1): Tratamentos para estimular o crescimento folicular (Treatments to stimulate follicular growth) -Dr. Bruce Murphy, Université de Montréal, Canadá

PLENÁRIA: Palestra 2 (Lecture 2): Aumento da fertilidade manipulando a concentração de progesterona em bovinos (Increasing fertility bymanipulating progesterone concentration in cattle) - Dr. Milo Wiltbank, University of Wisconsin, Estados Unidos

Intervalo (Coffee Break)

SBTE CIÊNCIA: Palestra 1 (Lecture 1): Funcionamento molecular SBTE TECNOLOGIA: Palestra 1 (Lecture 1): Efeito da nutriçãodo corpo lúteo (Molecular function of the corpus luteum) - na resposta ovariana (Effect of nutrition on ovarian response) -Dr. Milo Wiltbank, University of Wisconsin, Estados Unidos Dr. José Santos, University of Florida, Estados Unidos

SBTE CIÊNCIA: Palestra 2 (Lecture 2): eCG e funcionamento do SBTE TECNOLOGIA: Palestra 2 (Lecture 2): Tratamentos de superestimulaçãocorpo lúteo (eCG and corpus luteum function) - para aumentar a eficiência da OPU (Superstimulatory treatments to increaseDra. Paula Papa, Universidade de São Paulo, Brasil efficiency of OPU) - Dr. Patrick Blondin, L’Alliance Boviteq, Canadá

COMPETIÇÃO DE ESTUDANTES (GRADUATE STUDENT COMPETITION)

ESPAÇO PARA EMPRESA (COMPANIES)

ALMOÇO (LUNCH BREAK)

PLENÁRIA: Palestra 1 (Lecture 1): Saúde Uterine (Uterine health) - Dr. Robert Gilbert, Cornell University, Estados Unidos

PLENÁRIA: Palestra 2 (Lecture 2): Ambiente Uterino e Desenvolvimento Embrionário (Uterine environment and embryo development) -Dr. Fuller Bazer, Texas A&M University, Estados Unidos

Intervalo (Coffee Break)

SBTE CIÊNCIA: Palestra 1 (Lecture 1): Modulação da função SBTE TECNOLOGIA: Palestra 1 (Lecture 1): Tratamentos paraendometrial por fatores endócrinos e parácrinos (Modulation aumentar as taxas de prenhez em receptorasof endometrial function by endocrine and paracrine factors) - (Treatments to increase pregnancy rates in recipients) -Dr. Fuller Bazer, Texas A&M University, Estados Unidos Dr. Gabriel Bó, IRAC, Argentina

SBTE CIÊNCIA: Palestra 2 (Lecture 2): Imunologia uterina SBTE TECNOLOGIA: Palestra 2 (Lecture 2): Programação de receptoras(Uterine immunology) - em grande escala para fertilização in vitroDr. Robert Gilbert, Cornell University - Estados Unidos (Programming recipients for in vitro fertilization in large scale) -

Dr. Marcelo Seneda, Universidade Estadual de Londrina, Brasil

ESPAÇO PARA EMPRESA (COMPANIES)

SESSÃO DE POSTERES (POSTER SESSION)

31 DE AGOSTO DE 2012 - SEXTA-FEIRA / (AUGUST 31, 2012 - FRIDAY)

Horário (Schedule) BLOCO 1 - OVÁRIO / (SESSION 1 - OVARY)

08:00 - 08:40

08:40 - 09:20

09:20 - 09:40

09:40 - 10:20

10:20 - 11:00

11:00 - 12:00

12:00 - 12:30

14:00 - 14:40

15:20 - 15:40

15:40 - 16:20

17:00 - 17:30

18:30 - 21:00

14:40 - 15:20

16:20 - 17:00

Horário (Schedule) BLOCO 2 - ÚTERO (SESSION 2 - UTERUS)

30 DE AGOSTO DE 2012 - QUINTA-FEIRA (AUGUST 30, 2012 - THURSDAY)

Horário (Schedule)

10:00 - 17:30 Workshop 1 - Inseminação Artificial (Artificial Insemination) Título: 1o Simpósio ASBIA/ SBTE de Inseminação Artificial(Title: 1st Symposium ASBIA/SBTE of Artificial Insemination)Coordenadores (Chairs): Dr. Lino Rodrigues Filho e Dr. Pietro Sampaio Baruselli / Palestrantes (Speakers): Dr. Gillds de Robert, Dr. Lino RodriguesFilho, Dr. José Bento Ferraz, Dr. Milo Wiltbank, Dr. Patrick Blondin, Dr. Heriberto Rodríguez-Martínez (à confirmar)

Workshop 2 - Clonagem e Transgênese (Cloning and Trangenesis) Título: 1o Simpósio da Rede Sul-americana de Pesquisa sobre Clonagem eTransgênese em Ruminantes (Title: 1st Symposium of South-American Network for Research on Cloning and Transgenesis in Ruminants)Coordenadores (Chairs): Dr. José Luiz Rodrigues, Dr. James D. Murray, Dr. Flávio Vieira Meirelles / Palestrantes (Speakers): Dr. Roberto Toledo,Daniel Salamone, Dr. James Murray, Dra. Elizabeth A. Maga, Dr. Vicente J.F. Freitas, Dr. Luis Sérgio A. Camargo, Dr. Fidel O. Castro, Dr. Flávio VieiraMeirelles, Dr. Lleretny Rodriguez

Workshop 3 - Reprodução Equina (Equine Reproduction) Título: Monitoramento da Gestação em Éguas e Cuidados com o Potro Neonato(Title: Pregnancy monitoring in mares and care of the newborn foal)Coordenador (Chair): Dr. Cezinande Meira / Palestrantes (Speakers): Dr. Cezinande Meira, Dra. Cláudia B. Fernandes, Dra. Bruna da Rosa Curcio

Workshop 4 - Reprodução de Pequenos Ruminantes (Reproduction in Small Ruminants) Título: Produção de Embriões in vivo e in vitro dePequenos Ruminantes (Title: In vivo and in vitro embryo production in small ruminants) Coordenadora (Chair): Dra. Anneliese de Souza Traldi /Palestrantes (Speakers): Dr. Gareth Evans (a confirmar), Dr. Hernan Baldassarre (a confirmar), Dr. Sergio Nadal (a confirmar)

Workshop 5 - Reprodução Multiespécies (Reproduction in different species) Título: Avanços das Biotecnologias Reprodutivas em AnimaisSilvestres, Pequenos Animais e Humanos (Title: Progress in reproductive biotechnology in wild animals, small animals and humans)Palestrantes (Speakers): Dra. Camila C.D.A. Francia (a confirmar), Dr. Luis Carlos O. Magalhães (a confirmar)

Intervalo (Coffee Break)

Cerimônia de Abertura e de Boas Vindas (Opening and Welcome Ceremony) - Dr. Pietro Sampaio Baruselli, Presidente da SBTE, Universidade deSão Paulo, Brazil

Situação da Produção de Embriões no Mundo (Status of embryo production in the world) - Dr. Henrik Callesen, Presidente da IETS, University ofAarhus, Dinamarca

Palestra de Abertura (Opening lecture): Caminhos Futuros da Reprodução Animal (Future directions in animal reproduction) - Dr. Bruce Murphy,Université de Montreal, Canadá

Coquetel de Boas Vindas (Welcome Cocktail)

19:30 - 19:40

19:40 - 20:00

20:00 - 20:30

20:30 - 22:00

WORKSHOPS

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA XXVI REUNIÃO ANUAL SBTE

10:00 - 17:30

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SBTE - Valores para inscrições 2012

SÓCIOS (ANUIDADE 2011 PAGA)

Data Anuidade Congresso Total

Até dia 15/05 497,60* Isento R$ 497,60

Até dia 15/07 559,80** Isento R$ 559,80

Até dia 15/08 622,00 Isento R$ 622,00

OBS: A aprovação do Resumo estará vinculada a inscrição de um dos autores no evento

NOVOS SÓCIOS

Data Anuidade Congresso Total

Até dia 15/05 559,80* Isento R$ 559,80

Até dia 15/07 590,90** Isento R$ 590,90

Até dia 15/08 622,00 50,00 R$ 672,00

Estudantes Profissional(Graduação) (não Sócio)

R$ 350,00* R$ 700,00*

R$ 450,00* R$ 800,00*

R$ 550,00* R$ 900,00*

Horário (Schedule)

08:00-08:40 PLENÁRIA: Palestra 1 (Lecture 1): Avanços sobre qualidade de sêmen (Progress in semen quality) - Dr. Heriberto Rodriguez-Martinez, University ofLinköping, Suécia (à confirmar)

08:40 - 09:20 PLENÁRIA: Palestra 2 (Lecture 2): Avanços sobre qualidade do oócito (Progress in oocyte quality) - Dr. Raffaele Boni, University of Basilicata, Itália

09:20 - 09:40 Intervalo (Coffee Break)

09:40 - 10:20 SBTE CIÊNCIA: Palestra 1 (Lecture 1): Fatores parácrinos e o SBTE TECNOLOGIA: Palestra 1 (Lecture 1): Utilização de Sêmen Sexadooócito (Paracrine factors and the oocyte) - Dr. José Buratini, in vivo e in vitro (Utilization of sexed semen in vivo and in vitro) -Universidade Estadual Paulista, Brasil Dr. Rubens Paes de Arruda, Universidade de São Paulo, Brasil

10:20 - 11:00 SBTE CIÊNCIA: Palestra 2 (Lecture 2): Controle da ovulacão SBTE TECNOLOGIA: Palestra 2 (Lecture 2):(Control of ovulation) - Dr. Paulo Bayard Gonçalves, Evolução da OPU (Evolution of OPU) -Universidade Federal de Santa Maria, Brasil Dr. Raffaele Boni, University of Basilicata, Itália

11:00 - 12:00 APRESENTAÇÃO RESUMOS SELECIONADOS

12:00 -12:30 ESPAÇO PARA EMPRESA

ALMOÇO (LUNCH BREAK)

Horário (Schedule)

14:00 - 14:40 PLENÁRIA: Palestra 1 (Lecture 1): Aspectos econômicos da aplicação de biotecnologias (Economic aspects of biotechnology application) -Dr. José Santos, University of Florida, Estados Unidos

14:40 - 15:20 PLENÁRIA: Palestra 2 (Lecture 2): Novas tecnologias para produção in vitro (New technologies for in vitro production) - Dr. Peter Bols, University ofAntwerp, Bélgica

15:20 - 15:40 Intervalo (Coffee Break)

15:40 - 16:20 SBTE CIÊNCIA: Palestra 1 (Lecture 1): Estresse calórico SBTE TECNOLOGIA: Palestra 1 (Lecture 1): Novas tecnologias de transferência(Heat stress) - Dra. Fabíola Lopes, Universidade Federal de de embriões nos EUA (New technologies of embryo transfer in the U.S.A.) -São Paulo, Brasil Dr. Charles Looney, Ovagenix, Estados Unidos

16:20 - 17:00 SBTE CIÊNCIA: Palestra 2 (Lecture 2): Desafios aos gametas SBTE CAMPO: Palestra 2 (Lecture 2): Fatores que interfereme embriões (Challenges to gametes and embryos) - na qualidade do oócito (Factors that affect oocyte quality) -Dr. Henrik Callesen, University of Aarhus, Dinamarca Dr. Peter Bols, University of Antwerp, Bélgica

17:00 -17:30 ESPAÇO PARA EMPRESA

17:30 - 18:30 ASSEMBLÉIA GERAL DA SBTE (MEETING OF SBTE COUNCIL)

20:00 - 21:30 JANTAR E FESTA DE ENCERRAMENTO (DINNER AND SBTE CLOSING PARTY)

01 DE SETEMBRO DE 2012 - SÁBADO / (SEPTEMBER 01, 2012 - SATURDAY)

BLOCO 4 - EMBRIÕES (SESSION 4 - EMBRYOS)

BLOCO 3 - GAMETAS (SESSION 3 - GAMETES)

02 DE SETEMBRO DE 2012 - DOMINGO / (SEPTEMBER 02, 2012 - SUNDAY)

Horário (Schedule)

9:00 - 12:00 ATIVIDADE RECREATIVA / SAÍDA HOTEL (HOTEL CHECKOUT)

SÓCIOS (ANUIDADE 2011 NÃO PAGA)

Data Anuidade Congresso Total

Até dia 15/05 497,60* 150,00 R$ 647,60

Até dia 15/07 559,80** 150,00 R$ 709,80

Até dia 15/08 622,00 150,00 R$ 772,00

* 20% Desconto ** 10% Desconto * 20% Desconto ** 10% Desconto

* 10% Desconto ** 5% Desconto

Ospagamentos

podem ser em3 vezes nos

cartões Visa ouMastercard

* Valores do Congresso

Condomínio Empresarial SBTE

Apoio

VALORES DO HOTEL MABU DURANTE A XXVI REUNIÃO DA SBTEValor por pessoa / pacote de 3 noites entre o períodode 29 de Agosto a 03 de Setembro:- Apartamento Single: R$ 1.488,00 + 3% ISS- Apartamento Double: R$ 939,00 + 3% ISS- Apartamento Triplo: R$ 853,00 + 3% ISS- Apartamento Quádruplo: R$ 770,00 + 3% ISS

Diária inclui:

- Café da manhã (06 às 10 horas);- Almoço Buffet Sugestão Du Chef dias 30 (para quem chegar no dia 29), 31, 01 e 02 de Setembro;- Jantar Buffet Sugestão Du Chef dias 29, 30, 31 de Agosto e 01 de Setembro;- Welcome Drink (batidinhas de frutas tropicais servidas durante o check in);- Equipe de recreação com atividades específicas para eventos;- Transfer de chegada e saída do aeroporto de Foz do Iguaçu realizada pela Chamon;

OBS: Para as entradas antecipadas e saídas posteriores serão mantidos os mesmos valores previamente contratados nestecaso cobrado por noite adicional / apartamento.Contatos para reservas e pagamentos diretamente com o Hotel Mabu - Fone: 4002.6040 (capitais) 0800.417040 (outraslocalidades) ou (41) 3219.1120 - falar com Adrieli ([email protected] ou [email protected]).Reservas também pelo site: www.hoteismabu.com.br (procurar logo do evento)

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Palavra do Presidente

Pietro BaruselliPresidente da SBTE

(Gestão 2011 - 2013)

Caros amigos,

Estamos no princípio do nosso mandato à frente dadiretoria da SBTE. Encontrar-se à frente dessa importanteSociedade de ciência e tecnologia muito nos honra. Aentidade é hoje referência em realizações com credibilidadee seu nome se insere com destaque entre os grandesimpulsionadores do desenvolvimento da agropecuáriabrasileira.

Teremos muito trabalho pela frente para manter o altonível de qualidade impresso pelas administraçõesanteriores, mas não pouparemos esforços paracorrespondermos à confiança em nós depositada naspequenas e grandes tarefas da nossa Sociedade. Confiamosque, juntos com todos que fazem parte da nossa entidade,teremos a capacidade de lutar para tornar cada vez maisbrilhante o nome da SBTE no cenário da reprodução animalnacional e internacional, colaborando para ampliarreconhecimento da sua contribuição à sociedade.

Desde o início de nossas atividades estamos contandocom o irrestrito apoio de todos os atuais diretores, dosrepresentantes das empresas do condomínio e deveterinários de campo, colaboradores e profissionais dasmais diversas áreas, ressaltando sempre o espírito de equipe,sem o qual não atingiremos com êxito nosso principalobjetivo: a difusão e atualização de conhecimentoscientíficos e tecnológicos e sua aplicação para gerarbenefícios à sociedade. Dessa forma, acredito queestaremos contribuindo para a construção de umasociedade mais justa e ética, por meio de nossacompetência, nosso talento e sucesso como profissionaise cidadãos. Aproveito para agradecer imensamente acolaboração dessa competente equipe de gestores, quedeixaram seus afazeres para que juntos, nos dedicássemosà SBTE.

Gostaria de ressaltar alguns posicionamentosconsiderados importantes por essa diretoria paraaperfeiçoar os serviços prestados ao associado.

A programação científica da próxima reunião anual foielaborada considerando tanto os interesses e necessidadesdos técnicos de campo e empresários do setor, quanto dosacadêmicos e cientistas. Com esse intuito, estamos contandocom a participação ativa do representante dos profissionaisde campo nas decisões da diretoria. Montamos quatro

módulos temáticos que serão contemplados com duasconferências de renomados cientistas sobre assuntospertinentes à fisiologia e biotecnologia da reproduçãoanimal. Em seguida às plenárias, os congressistas poderãooptar pela continuidade do aprendizado e atualizaçõesescolhendo palestras aplicadas (SBTE tecnologia) oucientíficas (SBTE ciência) sobre o mesmo tema, as quaisocorrerão simultaneamente. Acreditamos que dessaforma poderemos contemplar os anseios de nossoscongressistas, sejam cientistas, estudantes ou profissionaisliberais trabalhadores de centros de reprodução animal ede fazendas.

Na tentativa de somar esforços e de agregar ao nossoevento importantes entidades l igadas ao setor dabiotecnologia da reprodução animal, estamos organizando,em parceria com a Associação Brasileira de InseminaçãoArtificial (ASBIA), o 1o Simpósio ASBIA / SBTE deInseminação Artificial. Com isso, esperamos nos aproximarainda mais dos profissionais que trabalham com ainseminação artificial e contar com a participação ativa dasempresas ligadas ao setor de produção de sêmen e produtosrelacionados.

A atual diretoria também procurará intensificar orelacionamento com as empresas do condomínio que apoiama SBTE desde 1997. Consideramos o condomínio dasempresas vital para a sustentabilidade da nossa Sociedade.Trabalharemos para que a SBTE seja, cada vez mais, umefetivo veículo de difusão de conhecimentos e produtos,proporcionando às empresas do condomínio bons negóciosque correspondam às suas expectativas e de seus clientes.Nesse sentido, as empresas elegeram um representante queestá tendo acesso direto às decisões da nova diretoria.Reiteramos o convite para que todas as empresas docondomínio utilizem essa representação para contribuíremativamente com críticas, sugestões e propostas, para que,de forma coletiva e transparente, possamos tornar a SBTEum efetivo instrumento de desenvolvimento do nosso setor.

Por fim, escolhemos o Hotel Mabú, localizado em Fozdo Iguaçu - PR, para sediar nossa próxima Reunião Anualda SBTE, que ocorrerá de 30 de agosto a 02 de setembro de2012. O hotel possui ótima estrutura para hospedar oscongressistas, suas famílias e amigos, além de amplasinstalações para a realização dos workshops, simpósios econferências. Ao lado do centro de convenções, um salãode 2.100 m2 será espaço para a organização dos estandes deempresas e dos centros de convivência, bem como para arealização das apresentações dos pôsteres e dos coffeebreaks. Trabalharemos para aproveitar toda essa estruturae proporcionar ao nosso congressista uma produtiva eagradável permanência.

Esperamos vocês em Foz do Iguaçu para mais umaReunião Anual da SBTE. Contamos com a ajuda de todospara a divulgação da nossa Reunião e convidamos todosos colegas para participarem da nossa Sociedade e ampliarnossa rede de interações.

Sinceros abraçosPietro Baruselli

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Os encantos de Foz do Iguaçu

• Por que os rebanhos de alta produção leiteira tem baixa eficiênciareprodutiva ?

• Ambiente Endócrino Peri-Ovulatório e Receptividade Uterina

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• Inseminação Artificial Cresce no Brasil

• Espectrometria de Massas para o Avanço da Pesquisae das Aplicações em Biotecnologia de Embriões eReprodução Animal

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• Transferência de embriões produzidos in vitro com sêmen sexadomelhora a fertilidade de vacas leiteiras durante o verão

• Novo método contraceptivo para gatas

• Três genomas são melhores do que dois?

• Redescobrindo o inicio da oogênese?

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Pietro Sampaio Baruselli - PresidenteMargot Alves Nunes Dode - Vice Presidente

Claudia Barbosa Fernandes - 1ª TesoureiraEneiva Carla Carvalho Celeghini - 2ª TesoureiraRicardo José Garcia Pereira - Diretor de ComunicaçãoMario Binelli - Diretor CientíficoMayra Elena Ortiz D’Avila - 1ª SecretáriaAnneliese de Souza Traldi - 2ª secretáriaRodrigo Vitório Alonso - Diretor de NegóciosE

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SOCIEDADEBRASILEIRA DE

TECNOLOGIA DEEMBRIÕES

Diagramação:Miguel Figuerola Pons

Jornalista Responsável:Andréa Russo (MTb: 25541)

Tel.: (11) [email protected]

Márcio Ferreira Mendanha - Consultor de InformáticaOsnir Yoshime Watanabe - Representante das EmpresasCarlos Alberto Rodrigues - Repres. dos Veterinários de Campo

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A XXVI SBTE será realizada em Foz do Iguaçu, localizadano Paraná, um lugar rico embelezanatural. Dentre as atraçõesestão as Cataratas do Iguaçu, localizadas no Parque Nacional,foram consideradas uma das 7 maravilhas do mundoe é umpasseio imperdível. As quedas podem ser apreciadas dosmirantes ou passarelas e encantam os turistas por sua beleza.Para os mais aventureiros, é possível fazer passeios de barco,helicóptero, praticar caminhadas, arvorismo, rafting, rapel eescalada em rochas.

Nesta região está localizada a Usina de Itaipu, a maior domundo em produção de energia. A usina possui um ComplexoTurístico onde o visitante pode conhecê-la pelo CircuitoEspecial, além de outras atrações como o Ecomuseu, o PoloAstronômico, o Refúgio Biológico e assistir a Iluminação daBarragem com uma bela trilha sonora ao fundo.

Outra opção de passeio é o Parque das Aves, com avestropicais mantidas em viveiros integrados à floresta em que oturista pode entrar e conhecer de perto estes animais em seuhabitat natural.

Nesta região está localizada a tríplice fronteira, divisa entre

Brasil, Paraguai e Argentina. No Paraguai é possível visitar aCiudad del Este e fazer excelentes compras, inclusive deartesanato local. Do lado argentino da fronteira é possível visitaros cassinos e tentar a sorte nos diversos jogos.

A cidade possui um amplo parque hoteleiro que atende todasas necessidades e expectativas dos visitantes, além de sistemade transportes, gastronomia e serviços de apoio.O hotel do evento deste ano é o Mabu Thermas & Resort, localizadoentre o aeroporto e o centro de Foz do Iguaçu, está próximo àsatrações da cidade. E para os que optarem por curtir o hotel, oMabu Thermas & Resort possui spa relaxante e piscinasnaturalmente aquecidas. Situado sobre a maior fonte de águastermais do planeta, oriundas do Aquífero Guarani, as águaspermanecem a 36 graus centígrados o ano todo, permitindobanhos pela manhã, à tarde e à noite no Complexo Termal. Alémdisso, o hotel conta com 360 quartos, completa estrutura de barese restaurantes e espaço para recreação com atividades diáriaspara todas as idades.

Opções não vão faltar para que os momentos de diversão elazer sejam inesquecíveis.

Os encantos de Foz do Iguaçu

Quer conhecer um pouco mais de Foz do Iguaçu? Visite os seguintes sites:http://www.feriasbrasil.com.br/pr/fozdoiguacu/oqueverefazer.cfmhttp://www.pmfi.pr.gov.br/portal2/home_turismohttps://www.turismoitaipu.com.brhttp://www.visitefoz.com.br

Conheça também o hotel do evento:http://www.hoteismabu.com.br/br/thermas-resort/30/o-hotel.aspx

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Em geral, nos últimos anos tem-se observado um declínioda eficiência reprodutiva dos rebanhos leiteiros. Essa quedaestá relacionada a diversos fatores que podem variar de fazendapara fazenda. Dentre esses fatores destacam-se a produção deleite, a eficiência de observação de cio, o estresse térmico, oescore de condição corporal, a nutrição, o conforto ouambiência, a técnica de inseminação, a qualidade do sêmen, afertilidade do touro, as afecções mamárias, uterinas e podais emuitos outros fatores relacionados ao manejo geral da fazenda,aos funcionários e aos próprios animais individualmente. Nesseartigo algumas particularidades relacionadas a alguns dessesfatores serão abordadas.

PRODUÇÃO DE LEITE E SEU IMPACTO NA DETECÇÃO DECIO E PRENHEZ

Desde 1950 tem-se notado crescente aumento na produçãoleiteira. Estudos realizados ao redor dos anos 90 já passaram aevidenciar os reflexos da especialização leiteira e do aumentoda produção de leite dos rebanhos sobre certos parâmetrosreprodutivos. Em um deles, foi observado que animais queapresentavam produção acima da média do rebanho tinhammaior intervalo entre o parto e a primeira detecção visual decio (76,9 ± 7,5 dias vs 46,8 ± 4,6 dias). Em outro, foievidenciado que vacas de maior produção leiteira apresentavamsinais menos evidentes de estro. Além disso, o nível de produçãode leite influencia a duração do cio e a ocorrência de ovulaçõesmúltiplas em vacas em lactação (Figura 1). Assim, quanto maior

Por que os rebanhos de alta produção leiteira tembaixa eficiência reprodutiva ?

Roberta Machado FerreiraDoutoranda do Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de

Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo

a produção leiteira, menor a duração do cio e maior a ocorrênciade ovulações múltiplas e, portanto, maior o risco de gestaçãogemelar e perda gestacional. Nota-se, por exemplo, que vacascuja produção leiteira supera 40Kg/dia têm considerávelaumento de ocorrência de ovulações múltiplas, sendo que estaocorre em mais da metade das vacas com produção acimade 50Kg/d.

Essas alterações devem estar relacionadas à elevadaingestão de matéria seca dessas vacas, aumentando fluxosanguíneo hepático (vacas em lactação = 1.561 ± 57L/h vsvacas não lactantes: 747 ± 47L/h) e, consequentemente a taxade catabolização de hormônios esteroides (estradiol eprogesterona). Assim, apesar de o diâmetro folicular ser maiornas vacas de alta produção leiteira, a concentração de estradiolé inferior, o que pode explicar o reduzido tempo de expressãode cio. Menores concentrações de estradiol também retardama ocorrência de feedback negativo ao FSH, permitindo ocrescimento de um ou mais folículos subordinados junto aodominante em um fenômeno conhecido como codominância.Isso pode explicar a ocorrência de múltiplas ovulações nessesanimais.

Vacas de leite de alta produção parecem ter semelhantetaxa de crescimento folicular que vacas com produção leiteiramais baixa, no entanto, a taxa de aumento da concentraçãosanguínea de estradiol é reduzida devido à maior taxa decatabolismo hepático desse hormônio nas vacas de altaprodução leiteira. Assim, nessas vacas leva-se mais tempo paraque o estradiol atinja concentrações suficientes para a indução

do pico pré-ovulatório deGnRH/LH. Como os folículospermanecem em crescimentopor mais tempo (expostos aelevada pulsatilidade de LH),seu diâmetro ovulatório émaior e o oócito em seu interiorpode estar superestimuladoou ativado prematuramente(“envelhecido”) e, portanto,com qualidade reduzida. Como ao longo dos anoshouve constante evolução detécnicas de melhoramentogenético visando o aumento daprodução leiteira, todas as

Figura 1. (A) Duração do cio e (B) taxa de ovulações múltiplas de acordo com a produção de leite nos 10 dias anteriores ao cio(Adaptado de Lopez et al., 2004 e Wiltbank et al., 2006).

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alterações supracitadas foram estabelecidas e colaboraram paraa redução da taxa de concepção. Isso pode ser notado em umestudo norte americano no qual o aumento da produção leiteirade 532 rebanhos Holandeses e 29 Jersey (expresso pelas barrasverticais da Figura 2) foi acompanhado pela redução das taxasde concepção (representada pelas linhas) e pelo aumento do

número de dias em aberto e do número de serviços porconcepção.

Os estudos acima evidenciam que a especialização dosrebanhos leiteiros levou ao aumento da produção de leiteira eredução da eficiência reprodutiva, representada pela reduçãoda duração e intensidade do estro, maior número de dias emaberto, de serviços por concepção e, consequentemente, da taxade concepção nesses animais.

A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO E CONDIÇÃO CORPORALNA REPRODUÇÃO

Em bovinos, a condição nutricional e metabólica podeinterferir nos padrões de crescimento folicular, na secreçãode hormônios reprodutivos e na qualidade oocitária. Acondição corporal dos bovinos é, em geral, função dainteração de fatores genéticos e ambientais, em particular,de aspectos nutricionais e sanitários. A aferição do ECC éfeita visualmente e o valor atribuído reflete a quantidadede tecido depositado em locais específicos, seguindo umaescala numérica. Para bovinos de leite utiliza-se com maiorfrequência a escala de 5 pontos com gradação de 0,25. Nessaescala o escore 1 representa uma vaca muito magra,enquanto o escore 5 a classifica como excessivamente gorda.Como o ECC é utilizado como método de avaliação doestado nutricional dos animais, seu registro é umainteressante ferramenta para avaliar a magnitude do déficitenergético desses.

Existem evidências substanciais associando o ECC aodesempenho reprodutivo de vacas de leite. Já está bemestabelecido que vacas que parem magras, além dereduzirem a produção de leite devido à falta de reservascorporais, demoram mais para manifestaremcomportamentos estrais (cio). Por outro lado, vacas

demasiadamente gordas são fonte de prejuízo, pois alémde consumirem excesso de alimento, o acúmulo de gordurapode levar a complicações no parto e redução da ingestãode matéria seca no período de transição, aumentando aocorrência de doenças metabólicas (síndrome da vaca gorda,cetose, deslocamento de abomaso, resistência periférica a

insulina, etc), além de causar reduçãona produção de leite. A condição corporal de vacasleiteiras naturalmente se modifica aolongo do período de lactação. Noinício da lactação as vacas entram emum período de balanço energéticonegativo (BEN), uma vez que aquantidade de energia ingeridaé insuficiente para suprir aprodução de leite e a mantença doanimal. Assim, é comum que elasemagreçam, reduzindo seu ECC(mobilização das reservas corporais).Posteriormente, a tendência dobalanço energético é de se estabilizare, em seguida, as vacas devem entrarem balanço energético positivo,ganhando peso e repondo as reservas

perdidas no início da lactação. Portanto, a avaliação do ECCdeve levar em conta os estágios da lactação em que as vacasse encontram.

O período de BEN é comumente associado com baixafertilidade em vacas, com efeitos negativos sobre aqualidade oocitária. Por isso, em programas comerciais deOPU-FIV, o uso de vacas não lactantes é muitas vezesencorajado. No entanto, quando essas vacas sãoalimentadas excessivamente, a competência oocitária dedesenvolvimento a blastocisto também pode ser prejudicada,especialmente quando se atinge a obesidade. Os mecanismosque mediam a queda da qualidade oocitária podem estarrelacionados com alterações endócrinas e metabólicas comohiperinsulinemia, resistência periférica a insulina eaumento dos níveis circulantes de glicose e IGF-I, os quaisinterferem no transporte de glicose nas células embrionáriase aumentam a ocorrência de apoptose. Recentemente, efeitosnegativos do aumento da ingestão de energia foramevidenciados no perfil metabólico (ocorrência de resistênciaperiférica a insulina), na qualidade oocitária e na taxa deblastocistos de vacas Gir não lactantes.

Assim, cuidados com a nutrição são fundamentais parao sucesso de programas reprodutivos, sendo a aferição doECC uma ferramenta interessante para o monitoramentodesse fator.

ESTRESSE TÉRMICO E SEU IMPACTO NA EFICIÊNCIAREPRODUTIVA

Em todo o mundo as condições climáticas são o principalfator determinante do sucesso na exploração pecuária.Extremos de temperatura combinados à umidade relativado ar podem levar o animal a um estado de estresse. Doponto de vista reprodutivo, o estresse é definido como a

Figura 2. Evolução da taxa de concepção de vacas Holandesas (532 rebanhos) e Jersey (29 rebanhos) aolongo dos anos (1976 a 1999; adaptado de Washburn et al., 2002).

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condição na qual determinado animal é exposto a alteraçõesambientais que impedem a expressão do seu máximopotencial, dentre as quais se encontram prioritariamente oestresse calórico e nutricional e a alta produção de leite.A zona de conforto térmico para bovinos se situaem uma faixa de temperatura ambiente na qual o esforçotermorregulatório é mínimo e a eficiência de produção émáxima. Quando a temperatura ambiente ultrapassa esselimite, ocorre redução gradativa na eficiência dos processosde perda de calor e a vaca entra em estresse térmico.

Ambientes quentes e úmidos, principalmente durante overão em regiões subtropicais ou durante quase todo o anoem regiões tropicais, diminuem o desempenho reprodutivo,o desenvolvimento ponderal e a produção de leite. Essaresposta ocorre em menor grau nos zebuínos (Bos indicus)do que nas raças não adaptadas (Bos taurus). Nesse sentido,sabe-se que a resistência ao estresse térmico é determinadapelo genótipo da vaca e que rebanhos formados por raçasB. indicus ou seus cruzamentos têm se mostrado maisresistentes às condições tropicais (como elevada temperaturae umidade) do que aqueles formados por raças queevoluíram em climas temperados (B. taurus, como a raçaHolandesa). Além disso, vacas de alta produção leiteria sãomais susceptíveis ao estresse térmico por produzirem grandequantidade de calor metabólico.

Apesar de sua superioridade adaptativa nesse quesito,vacas Gir (B. indicus) expostas ao estresse térmicoapresentaram maior período de anestro, codominânciafolicular e redução da duração do ciclo estral. Além disso,efeito deletério tardio foi observado no crescimento folicularovariano e na competência oocitária, sendo a redução dataxa de blastocisto mantida por até 119 dias após cessado operíodo de estresse (termoneutralidade). Assim, acredita-se que os folículos e oócitos sofrem injúrias decorrentes doestresse térmico durante as fases iniciais da foliculogênese,resultando em um efeito deletério tardio sobre a funçãoovariana. Esse resultado ajuda a esclarecer o motivo peloqual vacas expostas a estresse térmico demandam períodosde até 2 meses após o término do estresse para retornar afertilidade normal.

Sabe-se que durante o períodode crescimento folicular o estressetérmico tem o potencial decomprometer o oócito, tanto por umefeito direto da temperatura elevadasobre esta célula, quanto pormudanças na função folicular asquais poderiam comprometera qualidade oocitária. Entretanto,apesar de existirem diversosestudos demonstrando um efeitoevidente do estresse térmico sobrea capacidade de desenvolvimentooocitário após a FIV, os mecanismosexatos pelos quais o oócito in vivoé comprometido ainda permanecemdesconhecidos.

Em um trabalho mais recente,o efeito do estresse térmico foi

avaliado também em vacas repetidoras de serviço. Nessacategoria, além das alterações fisiológicas como aumentoda frequência respiratória e da temperatura retal e desuperfície cutânea, observou-se redução da taxa deblastocistos, aumento da fragmentação nuclear das célulasembrionárias (indicativo de apoptose ou morte celular) ealteração na expressão de genes relacionados à apoptose,produção de chaperonas e replicação/transcrição do DNAmitocondrial dos oócitos desses animais expostos ao estressetérmico. Esses resultados evidenciam a queda da qualidadeoocitária como um dos fatores responsáveis pelos baixosíndices reprodutivos relatados durante períodos de estressetérmico.

Métodos para amenizar o impacto do estresse térmicosobre os animais, tais como sombreamento, instalação deventiladores, aspersores e ar condicionado já são utilizadosem diversas propriedades com bons resultados. Essesesforços melhoram o conforto térmico e desempenhoprodutivo e reprodutivo dos animais, mas ainda sãoinsuficientes para que os mesmos índices do inverno sejamalcançados. A demonstração de cio, por exemplo, é um dosparâmetros reprodutivos que sofre grande influência doestresse térmico, dificultando a detecção de cio e ainseminação artificial (IA). Nesse contexto, o uso deprotocolos de IA em tempo fixo (IATF) pode serinteressante, pois elimina os problemas de detecção de ciocausados pelo estresse térmico. No entanto, essa estratégiaainda não é suficiente para restaurar a taxa de prenhez dorebanho para os mesmos níveis observados durante osperíodos mais frescos do ano, provavelmente pelo fato deos oócitos e embriões em estágio de desenvolvimento inicialserem altamente sensíveis ao estresse térmico (Figura 3).

Contudo, sabemos que embriões com três dias ou maisapós a concepção são menos sensíveis ao estresse térmico.Assim, uma estratégia potencial que vem sendo utilizadapara melhorar a fertilidade durante o verão é a transposiçãodos efeitos do estresse térmico sobre os estágios iniciais dedesenvolvimento embrionário utilizando-se a transferênciade embriões (TE). Em um estudo retrospectivo, dados

Figura 3. Temperatura ambiental e taxa de concepção mensal de vacas Holandesas de alta produção após inseminaçãoartificial (IA), durante os anos de 2001 a 2006 (Adaptado de Baruselli et al., 2011).

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referentes a 12.875 IAs e 4.822 TEs realizadas nos anos de 2001até 2006 foram analisados e evidenciaram que o uso da TE, alémde aumentar a taxa de concepção geral, é eficiente em manteressas taxas mais constantes nas quatro estações do ano, o quenão ocorre quando se usa apenas IA (Figura 4A).Independentemente da biotécnica utilizada, a perda embrionáriaentre 30 e 60 dias de gestação foi maior no período de estressetérmico (Figura 4B).

Portanto, o uso da TE possibilitou um incremento nodesempenho reprodutivo durante os meses quentes do ano(primavera e verão). Assim, atualmente, a realização de protocolosde superovulação de doadoras nos meses frescos e o consequentecongelamento destes embriões para serem transferidos no verãoé um procedimento utilizado por diversos veterinários.

EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE VACASREPETIDORAS DE SERVIÇO

Em gado de leite, as fêmeas repetidoras de serviço sãonormalmente definidas como animais que requerem três ou maisserviços para tornarem-se gestantes. Está bem estabelecido queesses animais têm considerável impacto na economia de fazendascomerciais de leite, sendo responsáveis por um extenso prejuízoeconômico ao criador. A taxa de concepção dessas fêmeas, porexemplo, é bastante inferior a taxa de vacas geral rebanho e o usoda TE também tem se mostrado uma importante ferramenta,especialmente durante períodos de estresse térmico,para incrementar as taxas de concepção desses animais(Figura 5A).

Figura 4. (A) Taxa de concepção mensal após inseminação artificial (IA) ou transferência de embrião (TE), durante um período de seis anos e (B) Taxa de concepção e perda gestacional de vacasHolandesas de alta produção por período do ano (primavera-verão e outono inverno) após inseminação artificial (IA) ou transferência de embrião (TE), durante um período de cinco anos (Adaptadode Rodrigues et al., 2007 e Baruselli et al., 2011).

Figura 5. Taxa de concepção de vacas repetidoras de serviço Holandesas de alta produção após inseminação artificial (IA) ou transferência de embrião (TE), durante um período de seis anos e (B)taxa de concepção e perda gestacional de vacas Holandesas de alta produção por período do ano (primavera-verão e outono inverno) após inseminação artificial (IA) ou transferência de embrião (TE),durante um período de cinco anos (Adaptado de Rodrigues et al., 2007 e Baruselli et al., 2011).

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Com relação à perda gestacional entre 30 e 60 dias degestação, pode-se dizer que vacas repetidoras de serviçoapresentam-se semelhantes às não repetidoras de serviço,independentemente se elas foram inseminadas ou receberamembrião. Esse dado reforça que as falhas reprodutivas dessacategoria devem ocorrer por problemas de qualidade oocitária(conforme citado no item anterior) ou durante odesenvolvimento embrionário inicial.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os avanços genéticos da bovinocultura leiteiratrouxeram grandes benefícios relacionados ao aumento daprodução de leite. No entanto, reflexos negativos dessaespecialização no desempenho reprodutivo dos rebanhospassaram a ser foco de preocupação. O bom entendimentode fatores como a aplicação adequada de dietas, avaliaçãodo ECC e o uso de biotecnologias reprodutivas para driblaros entraves causados pelas falhas de detecção de cio, peloestresse térmico e pela repetição de serviços são hojeferramentas essenciais para alcançar índices reprodutivosmelhores. No entanto, o estudo sobre o mecanismo de açãode cada um desses fatores e o desenvolvimento de novasestratégias baseadas nesse conhecimento é o atual desafioda ciência. Muitos desses estudos já estão hoje emandamento em diversos centros de pesquisa do mundo.

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1) Quando foi fundada a ASBIA e quais são seusobjetivos?

Lino - A ASBIA foi fundada em 1974 e congrega 23 empresasque se dedicam ao fomento da inseminação artificial (IA),distribuição de sêmen, materiais, equipamentos e outrosprodutos ligados à reprodução animal. Nosso objetivo éfomentar a utilização da IA na pecuária de corte e leite erepresentar o setor junto ao MAPA (Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento).

2) E como está o desenvolvimento da técnica deinseminação no Brasil?

Lino - Rompemos o patamar de 10% das matrizes inseminadasno Brasil. Um número significativo: crescemos cerca de 70%nos últimos três anos. Só no ano passado, foramcomercializadas 11.906.763 milhões de doses, entre sêmennacional e importado.

3) Ao que se deve este crescimento?

Lino - O preço razoável ou mais justo pago pela carne e oleite vem estimulando os produtores a investir em novastecnologias. Mas grande parte deste crescimento se deve aampliação do uso da IATF – inseminação artificial por tempofixo -, que tornou a técnica menos complicada. Para ser terideia, foram 6,5 milhões matrizes inseminadas por tempo fixono ano passado.

4) Mas 10% das matrizes inseminadas ainda é pouco secomparado com outros países?

Lino - Na Europa ou nos Estados Unidos a técnica de

Inseminação ArtificialCresce no BrasilASBIA Comemora a Marca de 10% das Matrizes Inseminadas

Dr. LinoRodrigues Filho

O primeiro registro que remonta a história de técnica de inseminação artificial se dá em 1748, quando um monge italianodemonstrou ser possível a fecundação de uma cadela sem o contato com o macho. Dois séculos depois, cientistas italianosprovaram que os espermatozóides podiam ser conservados em baixas temperaturas, o que viabilizou o crescente uso da técnicade inseminação artificial. Hoje, calcula-se que muitos países inseminam quase a totalidade de seus rebanhos, o que em númerossignifica mais de 106 milhões de fêmeas inseminadas no mundo anualmente.

No Brasil, a inseminação artificial chegou por volta de 1940, porém comercialmente a técnica ganhou força na década de70. A ASBIA - Associação Brasileira de Inseminação Artificial – é a entidade que representa o setor, reunindo 23 centrais deinseminação artificial, o que significa 92% do mercado de produção e comercialização de sêmen. A revista “O Embrião”entrevistou seu presidente, Lino Nogueira Rodrigues Filho, que nos dá informações atualizadas sobre o desenvolvimento datécnica no Brasil.

inseminação é mais tradicional. Na Europa, por exemplo, cercade 60% das matrizes são inseminadas. Mas rompemos abarreira dos 10% e até 2013 pretendemos inseminar 13% dasmatrizes em idade reprodutiva.

5) O que é necessário para crescer mais?

Lino - Temos uma grande carência de mão de obra, ou seja,de inseminadores. Também é preciso de maior capacitaçãodo setor em todo processo, pois o sucesso da inseminaçãoartificial depende também de uma boa nutrição e manejoadequado. Por isso, trabalhamos dia a dia para estabelecerparcerias com universidades e outras instituições paraformação de técnicos e veterinários capacitados a inseminar.

6) E quais são as vantagens da inseminação?

Lino - São várias as vantagens. Comprovadamente os animaisfruto da inseminação são mais produtivos. As vacas leiteiras,por exemplo, chegam a ser 8 vezes mais produtivas. Um ganhogenético significativo em menor tempo e a um custo maisbaixo. Além disso, com a inseminação há maior controlezootécnico e reprodutivo do rebanho, possibilita ocruzamento entre raças, facilita o acesso a reprodutoresprovados, evita acidentes e até reduz a dificuldade dospartos.

7) Como a parceria ASBIA/SBTE pode colaborar para oavanço produtivo e tecnológico do rebanho nacional?

Lino - Acho que vamos levar mais capacitação para o campoe assim popularizar a técnica de inseminação artificial e atransferência de embriões.

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O estresse térmico pode ser considerado como um dosprincipais fatores responsáveis pela queda dos índicesreprodutivos de vacas leiteiras. Além disso, a fêmea leiteira atualapresenta menor capacidade de termoregulação devidoprincipalmente ao seu maior metabolismo decorrente do aumentoda produção de leite e da ingestão de matéria seca. Uma dasprincipais alterações do sistema reprodutivo de vacas sob estressetérmico está diretamente relacionado à redução da qualidadeoocitária gerando elevados índices de perdas gestacionais durantea primeira semana do desenvolvimento embrionário. Essa situaçãoleva sérios prejuízos produtivos e econômicos para fazendascomerciais em todo o mundo.

A transferência de embriões (TE) é uma alternativa paramelhorar a fertilidade de vacas de leite de alta produção, porpossibilitar que os efeitos prejudiciais do estresse térmico sobre odesenvolvimento embrionário inicial sejam contornados. Alémdisso, o uso de embriões produzidos in vitro com sêmen sexado ea vitrificação de embriões se apresentam como tecnologiasemergentes que têm sido incorporadas nas rotinas de TE emfazendas comerciais.

Um estudo realizado por parceria entre extensionistas daUniversidade Americana do Texas (Texas AgriLife Research andExtension and Texas A&M University), a empresa comercial de

Transferência de embriões produzidos in vitro comsêmen sexado melhora a fertilidade de vacas leiteirasdurante o verão

produção in vitro de embriões OvaTech©; e liderado pelosprofessores Todd R. Bilby e Peter J. Hansen (Steward et al.Efficacy of embryo transfer in lactating dairy cows during Summerusing fresh or vitrified embryos produced in vitro with sex-sortedsemen. Journal Dairy Science, v.94, n.7, 2011) comparoudiferentes estratégias reprodutivas em vacas de leite durante overão (IA com sêmen convencional, TE com embrião fresco ou TEcom embrião vitrificado). Um considerável número de vacas (n=722)oriundas de duas fazendas comerciais na região centro-norte doestado do Texas foi utilizado de julho a outubro de 2009 (verão-outono do hemisfério norte). A TE com embriões frescosproduzidos in vitro (45.5%) aumentou a fertilidade de vacas leiteirasdurante o verão quando comparada à de vacas inseminadas comsêmen convencional (24,8%) e àquelas que receberam umembriãoproduzido in vitro e vitrificado (31,6%).

Dessa forma, o uso de sêmen sexado para a produção invitro de embriões associado à TE a fresco pode ser consideradauma estratégia eficiente para aumentar a taxa de prenhez durantea época do verão e também aumentar a taxa de nascimento defêmeas. No entanto, estudos ainda são necessários paracontornar a queda da fertilidade durante os meses do verão emfêmeas de leite e a menor taxa de gestação após TE com embriõesproduzidos in vitro e vitrificados.

Roberta Harue Tsunoda eManoel Francisco de Sá Filho

Desenvolver ações de controle populacional urbano decães e gatos é de extrema importância para evitar adisseminação de doenças e garantir a saúde pública quandoo assunto é zoonoses. Infelizmente, há muitos casos deabandono, o que dificulta a ação dos centros de controle dezoonoses. O manejo das populações caninas e felinas deveser legal e ético e, na atualidade, grande parte é feito de formacirúrgica, por meio de campanhas de castração. Oscontraceptivos hormonais orais e injetáveis disponíveis nomercado veterinário possuem diversos efeitos colaterais esão usados de forma indiscriminada, acarretando muito maisproblemas do que soluções.

Neste contexto, pesquisadores da Universidade daFlórida, liderados pela Dra. Julie Levy avaliaram o uso deum contraceptivo promissor para o controle populacional decães e gatos: o GonaConTM (Levy et al. Long-termfertility control in female cats with GonaConTM, a GnRHimmunocontraceptive. Theriogenology 76:1517-1525,2011). Este contraceptivo é, na verdade, uma vacina

Novo métodocontraceptivo para gatas

imunocontraceptiva contra GnRH (hormônio gonadotrófico)que foi desenvolvida por pesquisadores do NationalWildlife Research Center (NWRC), instituição federalamericana, e registrada para controlar a população deveados nos Estados Unidos com apenas uma injeção,cujo efeito persiste por vários anos. Este contraceptivonão está disponível comercialmente e pertence aogoverno americano.

O objetivo do estudo dos pesquisadores daUniversidade da Flórida foi avaliar a eficácia e duraçãoda atividade desta vacina na fertilidade de gatas adultas.Os pesquisadores obtiveram excelentes resultados: 93% deum total de 15 gatas vacinadas permaneceram inférteis porum ano; 73% por dois anos; 53% por 3 anos; e 40% por 4anos. O único efeito colateral observado foi odesenvolvimento de um granuloma no local da injeção doisanos após a aplicação em 5 gatas. Os pesquisadores quedesenvolveram a vacina afirmam que o próximo passo parauma nova geração de GonaConTM é o seu desenvolvimentona forma oral.

Ainda não há estudos do GonaConTM em cadelas, afirmoua pesquisadora Julie Levy, porém recentes estudos em outrasespécies, como esquilos, ratos, suínos domésticos eselvagens e cavalos-selvagens mostraram a eficácia desteagente como contraceptivo de dose única.

Patricia Rotta Lopes

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Com o aumento da demanda mundial por alimentos quecresce rapidamente de forma proporcional ao aumento dapopulação, aatividade pecuária brasileira tem recebido grandeatenção mundial devido ao modelo de produção extensiva epotencial de incremento em produtividade semcomprometimento ambiental. Neste contexto, a manipulaçãofarmacológica do ciclo estral no intuito de sincronizar e induzira ovulação é uma ferramenta amplamente utilizada na cadeiaprodutiva de diversas espécies domésticas, especialmente aespécie bovina.Uma importante parcela das investigaçõescientíficas desenvolvidas no campo da manipulação do cicloestral resultam do conhecimento prévio das ações doshormônios do eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano-uterino.Tais investigações baseiam-se na observação dos resultados daadministração programada desses hormônios ou seus análogosna atividade cíclica reprodutiva dos animais. A literaturacientífica é abundante em relação aos mecanismos endócrinose celulares envolvidos na resposta aos tratamentos hormonaisutilizados em protocolos de manipulação do ciclo estral bovino.Por exemplo, pode-se mencionar a indução da luteólise pelaaplicação de prostaglandinas e o uso da progesterona (P4) nocontrole da ovulação.Contudo o foco em eventos endócrinosreprodutivos isolados em detrimento da avaliação dos efeitossinergéticos e/ou antagonistas oriundos da sequência em queestes eventos acontecem impossibilitam uma abordagemholística em relação ao estudo da receptividade uterina. Osobjetivos deste artigo são (1) abordar de forma pontual aimportância das flutuações dos hormônios esteroides ovarianosem relação à modulação do ambiente uterino e potencialinfluência na receptividade ao embrião bovino, e (2) introduziro conceito de um ambiente endócrino peri-ovulatório que resultada sinergia entre os eventos endócrinos do eixo reprodutivo eatua na regulação da receptividade uterina. Cabe ressaltar queo artigo não tem a ambição de abordar de forma detalhadacada tópico individualmente.

De modo geral, as oscilações hormonais que ocorremdurante o ciclo estral em ruminantes determinam fases distintasde dominância entre os hormônios esteroides sexuais, estradiol(E2) e P4. Sabe-se, por exemplo, que esses hormônios exercemmecanismos de feedback positivo e negativo junto aohipotálamo e hipófise de acordo com as suas concentrações efase do ciclo estral. Mais especificamente, além dos efeitosalcançados através da inibição ou estimulação hipotalâmica e/ou hipofisária que culminam em desenvolvimento folicular eovulação, hormônios esteroides também estão envolvidos na

Ambiente Endócrino Peri-Ovulatório eReceptividade Uterina

Fernando Silveira Mesquita1 e Mario Binelli2

1 Pós-doutorando do Departamento de Reprodução Animal, FMVZ – USP, Pirassununga, SP2 Professor Associado do Departamento de Reprodução Animal, FMVZ – USP, Pirassununga, SP

regulação de eventos ligados ao transporte de gametas no tratoreprodutor feminino, fecundação, receptividade uterina edesenvolvimento embrionário, e manuteção da gestação.Sabe-se ainda que a expressão gênica das células epiteliais doendométrio bovino varia de acordo com a fase do ciclo estral,uma vez que o padrão de expressão é controlado pelasproporções entre estradiol e P4 circulantes bem como pelaproporção entre os receptores desses esteroides nos tecido-alvo. Como consequência, também varia a síntese e secreção deproteínas pelas células epiteliais e estromais do endométriobovino [1].

Iniciando-se pela sequência lógica de eventos fisiológicosdo ciclo estral, o período que compreende a fase de crescimentofolicular pode ser dividido em um período sob dominância daP4 e outro, imediatamente antes da ovulação, sob dominânciado E2. Em estudo recente o ciclo estral de vacas leiteiras foimanipulado para proporcionar ambientes endócrinos distintosdurante o crescimento folicular [2]. Neste estudo observou-sea relação entre as concentrações de P4 circulantes durante ocrescimento folicular e a fertilidade do ciclo subsequente.Especificamente, nos casos em que os animais iniciaram oprotocolo Ovsynch sob baixas concentrações de P4 ou foraminduzidos a ovular um folículo de primeira onda as taxas deprenhez foram significativamente mais baixas do que emanimais nos quais o crescimento folicular ocorreu sobconcentrações mais altas de P4. Conforme discutido porBisinotto e Santos (2012), existem evidências quanto aocomprometimento da fertilidade induzido por concentraçõessub-ótimas de P4 durante o crescimento folicular que apontamtanto para efeitos diretos na qualidade do folículo/oócito, quantopara efetios indiretos via modulação da resposta do tecidoendometrial [3].

Ainda sobre as distorções das flutuações cíclicas endócrinasassociadas às concentracões de P4, sabe-se que a luteólisecompleta é um evento fundamental dentro da gama de processosque se seguem durante o ciclo reprodutivo do animal,especialmente associada ao feedback negativo junto ao eixohipotálamo-hipófise que deve ser suprimido para permitir ocrescimento folicular final e a ovulação. Mesmo que osprocessos de crescimento final do folículo pré-ovulatório eovulação ocorram sob concentrações de P4 que variam dentrodos limites fisiológicos, observa-se que concentraçõesplasmáticas deste esteroide ovariano acima de 0,4 ng/mL nomomento da inseminação artificial são prejudiciais as taxas deprenhez [4]. Especula-se que a luteólise incompleta, nos casos

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de IA em tempo fixo, ou falhas na detecção de estro, sejam osresponsáveis por gerar uma condição em que animais sejaminseminados sob concentrações de P4 acima do ideal. Estascondições indesejáveis em programas de IA apresentamimplicações óbvias no tocante a fertilidade, entretanto, existemevidências que apontam para efeitos negativos diretamente noútero envolvendo o transporte de gametas e alterações naespessura endometrial, bem como efeitos diretos nodesenvolvimento embrionário, conforme discutido por [5].

Além das evidências existentes da influência direta da P4na regulação do endométrio e no desenvolvimento embrionárioprecoce, sabe-se que a P4 regula o crescimento e diâmetro dofolículo pré-ovulatório durante o diestro. De forma similar, aprodução de P4 no metaestro e início de diestro é dependentedo crescimento folicular durante o proestro anterior. De fato,um folículo ovulatório maior tem maior capacidade de produçãode E2, e o tamanho deste folículo é positivamentecorrelacionado com o tamanho do CL e com a capacidade desteCL de produzir P4 [6]. Mormente, em vacas de corte, o tamanhodo folículo pré-ovulatório, bem como as concentrações de E2no dia da IA são positivamente correlacionados com fertilidade[6].Tal efeito positivo de maiores folículos pré-ovulatórios emaiores concentrações de E2 nas taxas de prenhez, de maneirasimplificada, podem ser justificados por maiores taxas demanifestação de estro em protocolos de IATF [7]. Mesmo queas maiores taxas de prenhez nestes tipos de programas de IApossam ser ao menos parcialmente explicadas por maiores taxasde ovulação em animais manifestando estro, existem evidênciasque indicam a importância das concentrações crescentes deE2 durante o proestro e estro em relação á preparação doambiente uterino. Assume-se, portanto, que esta sequência eamplitude de exposição ao E2 e P4 seja um conjunto de eventosfisiológicos, igualmente importante na regulação do ambienteuterino, que não podem ser revisados isoladamente, e devemser considerados como um todo.

O experimento clássico publicado em 1976 por Miller eMoore demonstra a importância das oscilações cíclicas dosesteroides ovarianos, individual e sinergeticamente, no tocanteà preparação da receptividade uterina [8].Utilizando ovelhasovariectomizadas os autores mimetizaram a fase peri-ovulatóriado ciclo estral através da administração parenteral diária deP4 e E2. O ojetivo foi simular as fases de crescimento folicular(P4-preparação), inicialmente dominada por P4, seguindo-sea fase proestro e estro, caracterizada pelo aumento gradual epico de E2 (E2-estro), e culminando na fase de diestro, durantea qual a P4 aumenta gradualmente a partir do desenvolvimentodo CL em um ciclo fisiológico (P4-manutenção). Embriões dodia 4 foram transferidos para receptoras nos dias 2,5, 4 e 5,5pós-estro e novamente colhidos para avaliação no dia 25 pós-estro. A primeira observação importante foi que durante asuplementação de P4-manutenção uma curva de aumentogradual mais (P4 alta) ou menos (P4 baixa) acentuada altera asincronia entre o ambiente uterino e o embrião transferido,consequentemente influenciando o desenvolvimentoembrionário. Especificamente, os animais expostosà uma curvaacentuada de suplementação de P4 tiveram maior taxa desucesso na recuperação de embriões normais quando atransferência foi realizada no dia 2,5. Por outro lado, nosanimais expostos à uma curva menos acentuada de

suplementação a sincronia não foi alterada e um maior númerode embriões normais foi recuperado de vacas que receberam atransferência no dia 4 pós-estro. Em relação à capacidadesintética uterina, apesar da inexistência de efeito do regime desuplementação de P4-manutenção, observou-se a diminuiçãoda síntese proteica em função do tempo relativo ao estro,sugerindo uma influência relevante do estradiol na capacidadede síntese proteica uterina. Em um grupo de animais em que asuplementação com E2-estro foi omitida do protocolohormonal, observou-se redução no peso uterino e na sínteseproteica uterina e ovidutal, ao passo que a omissão da P4-manutenção reduziu apenas a síntese proteica uterina. Enquantoa simulação artifical do ciclo estral a partir da suplementaçãocom E2 e P4 foi suficiente para permitir o desenvolvimentoembrionário (66 de embriões normais colhidos de 160transferidos), a omissão de qualquer uma das suplementaçõesdescritas acima prejudicou significativamente ou aboliu a odesenvolvimento normal dos embriões transferidos, sugerindoa necessidade de ambos os hormônios em fases distintas paragarantir um ambiente uterino minimamente receptivo aodesenvolvimento embrionário ótimo. Particularmente, chamaa atenção o efeito significativo da suplementação com E2 ouomissão desta no fenótipo uterino e capacidade de permitir odesenvolvimento embrionário, respectivamente. Estes achadoscorroboram os resultados que demonstram a correlação positivaentre diâmetro do folículo pré-ovulatório, concentrações de E2e manifestação de estro apresentados no parágrafo anterior.

Como já comentado no início do artigo, o foco na P4 circulanteno início do diestro e seus efeitos no oviduto e útero durante agestação inicial é plenamente justificável. A primeira semanapós-ovulação envolve o trânsito do oócito e dosespermatozoides no oviduto, bem como a interação dos mesmoscom as células epiteliais do oviduto, capacitação espermática,fecundação e a transição do embrião que deixa o oviduto eadentra o ambiente uterino. Do ponto de vista endócrinoreprodutivo, a queda abrupta das concentrações de E2 emresposta ao pico de LH, o desenvolvimento do corpo lúteo e oaumento gradual das concentrações de P4 que coincide com otrânsito do embrião no trato reprodutor feminino tornam a P4 oprincipal canditado a regulador da fertilidade da fêmea. Ademais,alterações no endométrio induzidas pela P4 que possibilitam aimplantação do embrião e a necessidade de um mecanismodesencadeado pelo embrião viável para evitar a luteólise, indicama importância da P4 no estabelecimento e manutenção dagestação. De fato, em bovinos de leite a produção leiteira temsido correlacionada positivamente à perdas embrionárias enegativamente ao desenvolvimento embrionário e àprobabilidade de concepção [9, 10]. A correlação negativa entreprodução leiteirae fertilidade parece estar relacionada àsconcentrações plasmáticas de P4 desses animais, as quais sãoinversamente proporcionais à produção leiteira devido àsmaiores taxas de metabolização deste hormônio[11].Adicionalmente, em bovinos de corte, as concentraçõesplasmáticas de P4 medidas no dia 7 pós ovulação sãopositivamente correlacionadas à probabilidade de concepção[12]. Mais especificamente, a observação de variáveisdiretamente relacionadas ao desenvolvimento e à viabilidadedo embrião revelou que a suplementação de P4 nos dias 1 a 4ou 5 a 9 pós-inseminação favoreceram o desenvolvimento

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embrionário e estimularam a produção de interferon tau (IFN-t)[13]. Além disso, no estudo supracitado conduzido por Demétrioet al. (2007) determinou-se que houve correlação positiva entreconcentração de P4 no dia 7 e probabilidade de concepção emvacas inseminadas após um ciclo estral sincronizado [10].Adicionalmente, observou-se que a probabilidade de concepçãode animais que receberam transferência de embriões no dia 7pós-estro não foi afetada pela concentração plasmática de P4medida no mesmo dia [10]. Dessa forma, sugere-se que há umpapel importante desenvolvido pela P4 do diestro inicial nodesenvolvimento embrionário precoce, mais precisamentedentro da primeira semana de gestação.

O ambiente endócrino peri-ovulatório, reguladoprincipalmente pelas estruturas e hormônios esteroidesovarianos, e a sua influência direta ou indireta sobre osmecanismos celulares e moleculares que modulam o ambienteovidutal e uterino e, consequentemente, determinam o sucessogestacional têm sido explorados também em outras espécies.Apesar da distância filogenética para a espécie bovina, nocampo dos modelos animais de receptividade e implantaçãouterina, a vasta maioria dos estudos que exploram osmecanismos regulatórios moleculares tem sido desenvolvidaem camundongos e merece atenção. Nesta espécie, as respostascelulares às flutuações cíclicas dos esteroides ovarianosencontram-se amplamente caracterizadas e segundo Lee eDeMayo (2004) consistem em: (1) aumento da proliferação decélulas epiteliais induzida pelo pico de E2 pré-ovulatório; (2)aumento da proliferação celular do estroma endometrial a partirda P4 produzida pelo CL recém-formado (preparação); (3)maior proliferação do estroma culminando em diferenciaçãocelular induzida pelo E2 pré-implantação quando precedidopelo aumento de P4 de preparação [14]. A partir deexperimentos com camundongos transgênicos sabe-se, porexemplo, que o receptor de E2 tipo alpha (ERα) e receptor de P4tipo A (PGRA) são os mediadores das ações desses hormôniosesteroides no tecido uterino, uma vez que camundongosknockout para estes dois genes são inférteis e apresentamhipoplasia, e hiperplasia e inflamação uterina, respectivamente.Adicionalmente, uma série de moléculas reguladas por E2 ou P4foram identificadas a partir de experimentos utilizandocombinações de tratamentos com E2 e P4 e/ou antagonistasdos seus respectivos receptores. A P4 que suprime a proliferaçãocelular do epitélio endometrial induzida por E2, induz as célulasdo estroma endometrial a sairem do ciclo celular e iniciar umprocesso de diferenciação chamado decidualização que éfundamental no estabelecimento da gestação em camundongos.Baseado neste modelo de interação entre os esteroidesovarianos, em artigo publicado na revista Science, Li et al (2011)identificaram o gene Hand2 como um fator de transcriçãoregulador da interação entre o estroma e o epitélio endometrial,o qual é induzido no estroma endometrial pela P4 e modula deforma parácrina os efeitos mitogênicos do E2 no epitélioendometrial [15].

Para concluir, o estudo das respostas fisiológicas àsmanipulações do ciclo estral em bovinos têm elucidado relaçõesimportantes entre os eventos celulares e endócrinos ligados aoeixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano-uterino e a fertilidade.A investigação dos mecanismos moleculares associados àregulação da capacidade receptiva uterina ao embrião durante a

gestação inicial engatinha, e tem foco principalmente voltado àendocrinologia do diestro inicial. É imperativo atentarmo-nospara a relevância dos eventos endócrinos ligados ao eixoreprodutivo que precedem o início do desenvolvimentoembrionário, bem como a atuação conjunta entre estes eventos,aspectos que têm sido identificados como igualmente importantesna modulação da resposta uterina e do potencial de fertilidade. Aincorporação da ideia de um milieu endócrino peri-ovulatórioótimo, associado a um ambiente uterino otimamentereceptivo pode ser importante na busca das assinaturas dareceptividade, seja do ponto de vista da pesquisa básica ou dapesquisa aplicada.

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A Dra. Christina Ramirez Ferreira possui graduação emMedicina Veterinária pela UNESP-Botucatu e pós-graduaçãona área de Reprodução Animal pela UNESP-Jaboticabal. Apartir de 2008 iniciou projetos de aplicação de espectrometriade massas na área de Reprodução e Biotecnologia de Embriõesnolaboratório ThoMSon de espectrometria de Massas doInstituto de Química UNICAMP, coordenado pelo Prof. MarcosNogueira Eberlin. Atualmente realiza pós-doutorado naUniversidade de Purdue, EUA.

O que é Espectrometria de Massas e como ela funciona?

A espectrometria de massas (EM) é a técnica instrumentalcientifica centenária, de amplo espectro, com aplicações emvárias áreas da Ciência, e definida por alguns como o laboratóriode estudo da “química dos íons”. A EM tem diveras aplicações,por exemplo, nas plataformas mais modernas e poderosas deproteômica, metabolômica e quantificação de biomoléculas edrogas. Existe uma quantidade assustadora de instrumentos epotencialidades, mas o fluxo de análise se inicia quase semprecom a colocação de uma carga positiva ou negativa nasmoléculas presentes na amostra, processo chamado deionização. Por meio dessa carga, as moléculas podem sermanipuladas por campos magnéticos ou elétricos, e atraídaspara dentro do espectrômetro de massas, onde passam por umou mais “analisadores” de massas. Os analisadores de massassão dispositivos que medem as massas das moléculas isoladas,podendo também selecionar uma molécula ionizada de interessee também fragmentá-la. O passo final da análise é direcionaras moléculas e/ou seus fragmentos para um detector. Por meioda massa e/ou dos fragmentos das moléculas, e seus padrõesde isótopos, e se possível a comparação com padrões paradeterminar sua fórmula e estrutura com alta velocidade,seletividade e sensibilidade, sem necessidade,por exemplo,deanticorpos ou outro tipo de marcação. Além disso, por EMvárias moléculaspodem ser detectadas ao mesmo tempo.

Atualmenteem quais áreas a EM tem sido aplicada?

A EM é o cavalo de força analítico das indústriasfarmacêuticas e dos laboratórios de bioequivalência eantidoping, por exemplo. Na área acadêmica e biológica, a EMse tornou muito interessante e abrangente principalmente naúltima década, quando instrumentos equipados com as técnicasde ionização para as biomoléculas como proteínas e lipídeos,como as técnicas de ionização por electrospray (ESI) e ionizaçãoe dessorção a laser assistida por matriz (MALDI) foramdisponibilizados.

Espectrometria de Massas para oAvanço da Pesquisa e das Aplicaçõesem Biotecnologia de Embriões e Reprodução Animal

E como a EM pode contribuir para o avanço das tecnologiasde embriões?

O potencial da EM para entender a biologia embrionária éincrível. É possível identificarmos e até quantificarmosproteínas, lipídeos e metabólitos presentes nos embriões, atémesmo em um único. Podemos saber também quais moléculasestão presentes no ambiente extraembrionário, quais moléculassão internalizadas e secretadas pelos embriões. Essasinformações podem revolucionar nosso conhecimento básicosobre as necessidades para o cultivo in vitro e a entendermosaspectos ligados ao genótipo ou raça na produção de embriões.Por exemplo, podemos abordar quais as diferenças nas viasmetabólicas de embriões taurinos e zebuínos estão implicadasno sucesso do congelamento dos embriões e quais moléculaspodem ser usadas para alterar essas vias e aumentar o sucessoda técnica.

Em termos aplicados, assim como temos marcadoresgenômicos para características de interesse em produção animal,há também marcadores proteicos, lipídicos e metabólicos a seremexplorados. A área de quantificação de hormônios esteroidespor EM em animais é uma aplicação muito animadora da EM naárea de Reprodução Animal. Por serem moléculas pequenas epresentes em quantidades mínimas nos fluídos biológicos,geralmente os pesquisadores dependem de importação dematerial radioativo para que a quantificação de hormôniosesteroides tenha sensibilidade suficiente. A presença de reaçãocruzada ocorre e isso muitas vezes impede que comparaçõesinterlaboratoriais sejam feitas. Com frequencia não existem kitsde quantificação para a espécie de interesse e não é possívelquantificar diversos hormônios no mesmo ensaio. Os ensaiosde quantificação por EM são o “gold standard” em termosanalíticos. Se bem conduzidos e validados, a quantificação porEM é de alta confiabilidade e repetibilidade interlaboratorial. Aespecificidade química impede qualquer tipo de reação cruzadae ensaios multi-hormônios já estão sendo desenvolvidos naUNICAMP.

E como você vê a introdução dessas ferramentas analíticasno panorama brasileiro?

O Brasil está muito bem posicionado para introduzirconhecimentos gerados por EM na área de biotecnologia deembriões e reprodução animal. Nosso País é reconhecidocientificamente pela competência em EM. O Brasil sedia oterceiro maior congresso em EM no mundo, está na presidênciada Sociedade Internacional de EM e há editores Brasileiros em

Dra. ChristinaR. Ferreira

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revistas de ponta como Journal of Mass Spectrometry e RoyalSociety of Chemistry Advances e Analytical Chemistry. NaUNICAMP, o laboratório ThoMSon de EM, coordenado peloProf. Marcos Eberlin, é uma referência em EM na América Latinae tem apoiado incondicionalmente diversos projetos na área deprodução e reprodução animal.

Na sua opinião quais são as condições necessárias paraalavancar o uso da EM na reprodução animal?

Uma grande limitação para o desenvolvimento dos projetosé a interação multidisciplinar. Os embriologistas precisamcompreender minimamente o processo de aquisição e análiseem EM para interpretarem os dados, desenvolverem asaplicações e gerarem conhecimentos relevantes. A linguagemda EM é química. A unidade do espectrômetro de massas é emrazão massa/carga (m/z), e o resultado é o espectro de massasou uma lista de valores e intensidades de m/z. O reconhecimentode isômeros e de padrões de isótopos é fundamental. Para cadaaplicação há instrumentos mais ou menos apropriados e aanálise de dados envolve geralmente quimiometria.

Como o uso da EM para aplicações biológicas érelativamente recente e é dificil acompanhar o ritmo dosavanços em instrumentação e em bioinformática, há poucosespecialistas que dominem a aquisição de dados e osprocedimentos para exploraros dados da melhor maneira , vistoque é uma tecnologia nova e que exige um conhecimento técnicoaprofundado. O começo de uma parceria entre espectrometristasde massas e veterinários é sempre uma “conversa de doidos”,mas com um pouco de insistência logo saem os frutos. Aresponsabilidade e o esforço dos embriologistas ou veterináriosé maior, afinal, a aplicação e o impacto é na na área deles.

Nas parcerias do laboratório do Prof. Marcos Eberlin, omaior gargalo é no processamento e interpretação dos dados.Em resumo, temos muitos dados adquiridos pelo acesso àinstrumentação de ponta do ThoMSon e nosso poder deinterpretação e processamento não acompanha, embora ainteração multidisciplinar esteja se expandindo de modoexcelente. A EM produz uma quantidade enorme deinformações e diversos colegas químicos e veterinários estãose unindo e demonstrando enorme competência para interpretaros dados e propor novas aplicaçoes. Há outros laboratórios deEM interagindo com a área de biotecnologia de embriões ereprodução, como o Laboratório Aston, coordernado pelo Prof.Fabio Gozzo em colaboração com a Urologia/ReproduçãoHumana da UNIFESP.

Será que você poderia exemplificar para nossos leitoresalgumas aplicações da EM no campo da reprodução animal?

Algumas técnicas ou aplicações de EM de grande interesseem biotecnologia de embriões e reprodução animal:1) MS Fingerprinting: o perfil de lipídeos ou metabólitos deamostras de interesse é adquirido e por comparação entre gruposexperimentais as moléculas de maior relevância para a condiçãobiológica são estudadas. Essa técnica tem sido usada para aanálise de lipídeos de embriões e também para a comparaçãodo perfil químico dos meio de cultivo para controle de qualidadeou para predição do potencial de desenvolvimento a gestação.

2) Shotgun proteomics: Um grande número de proteínas éidentificado nas amostras e da mesma forma que para MSfingerprinting, as proteínas diferenciais são estudadas e podemser analisadas ou quantificadas de maneira individualposteriormente. Foi recentemente utilizada para identificaçãode proteínas secretadas por embriões (secretoma) e estudo depossíveis marcadores para endometriose em líquido folicularhumano.3) Cromatrografia líquida e espectrometria de massas emtandem (LC-MS/MS):”Gold standard” analítico paraquantificação específica de metabólitos, drogas e hormônios.Foi recentemente utilizada para quantificação de progesteronaem bovinos, os resultados de LC-MS/MS foram comparadoscom ELISA.4) MS Imaging: Pode-se escaner um corte histológicos noseixos x e y e contruir imagens químicas. Numa imagemquímica, cada pixel possui um espectro de massas podendoconter centenas de moléculas (íons) detectadas. Dessa maneira,é possível saber onde se localiza cada íon no corte histólogico,é como se fosse uma “anatomia química”.5) Identificação de microorganismos: Por meio do MSfingerprinting de proteínas de microorganismos e banco dedados dedicados, é possível identificar bactérias semnecessidade de testes bioquímicos. A técnica foi recentementeaplicada para identificação de bactérias em leite bovino e estásendo desenvolvida para o controle sanitário de embriõesproduzidos in vitro.

Lista de publicações recentes geradas por colaboraçãomultidisciplinar entre o laboratório ThoMSon de EM eVeterinários e Embriologistas: (ACESSAR SITE)

1- Fernandes R.M.T.; Gomes G.C.; Porcari A.M.; et al. (2011). LC-MS/MSquantitation of plasma progesterone in cattle.Theriogenology 76(7): 1266-1274.2- Amorim L.S.; Ferreira C.R.; Cabral E.C.; et al. (2011). Differences in the lipidfingerprinting of boar and bull sperm detected by MALDI-TOF MS.Reproductionin Domestic Animals 46 (Suppl. 2): 90-90.3- Cortezzi S.S.; Cabral E.C.; Trevisan M.G.; et al.(2011). Culture media chemicalprofiling by ESI-Q-TOF mas spectrometry to predict embryo implantationpotential.Fertility and Sterility 96 (3 – Suppl. 1): S244-S2454- Cortezzi S.S.; Garcia J.S.; Ferreira C.R.; et al (2011).Secretome of thepreimplantation human embryo by bottom-up label-free proteomics.Analyticaland Bianalytical Chemistry401(4): 1331-1339.5- Cortezzi S. S.; Cabral E.C.; Ferreira C.R.; et al. (2011). Prediction of embryoimplantation potential by non-invasive metabolomic profiling and ESI-Q-ToF massspectrometry.Human Reproduction26 (Suppl. 1): I165-I166.6- Barreiro J.R.; Ferreira C.R.; Sanvido G.B.; et al. (2010). Identification ofsubclinical cow mastitis pathogens in milk by matrix-assisted laser desorption/ionization time-of-flight mass spectrometry. Journal of Dairy Science93(12):5661-5667.7- da Silva B.F.; Ferreira C.R.; Eberlin M.N.; et al. (2010). Quantitative shotgunproteomic analysis of seminal plasma from men with spinal cord injury-inducedanejaculation.Fertility and Sterility 94(4 - Suppl. 1): S62-S62.8- Lo Turco E.G.; Martins Ferreira Souza G.H.; Garcia J.S.; et al. (2010). Effectof endometriosis on the protein expression pattern of follicular fluid from patientssubmitted to controlled ovarian hyperstimulation for in vitro fertilization. HumanReproduction 25(7): 1755-1766.9- Cortezzi S. S.; Figueira R. C. S.; Eberlin M. N.; et al. (2010). Identification ofpossible biomarkers of embryo viability in the human embryonic secretome:preliminary results. Human Reproduction 25(Suppl. 1): I5-I5.10- Ferreira C.R.; Saraiva S.A.; Catharino R.R.; et al. (2010). Single embryo andoocyte lipid fingerprinting by mass spectrometry.Journal of Lipid Research51(5):1218-1227.11- Ferreira C.R.; Martins Ferreira Souza G.H.; Riccio M.F.; et al.(2009). Massspectrometry fingerprinting of media used for in vitro production of bovineembryos.Rapid Communications in Mass Spectrometry23(9): 1313-1320.

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A geração de animais pela transferência do genoma de umacélula adulta para oócitos não fertilizados e o isolamento decélulas tronco pluripotentes a partir do blastocisto humanoaumentou a probabilidade de geração de células-tronco contendoo genoma do paciente. Este campo de pesquisa é bastantepromissor uma vez que células-tronco específicas podem gerarcélulas diferenciadas para terapias celulares. Entretanto,limitações de ordem jurídica e social aliadas a carência de oócitoshumanos disponíveis para pesquisa comprometem o atualdesenvolvimento dessas biotecnologias. Estes entraves levarampesquisadores a investigar meios alternativos para obtençãode células-tronco, entre eles a descoberta da reprogramaçãocelular, processo no qual células somáticas readquirem suapluripotência por meio da super-expressão de quatro fatores detranscrição.

A indução da pluripotência tornou-se uma técnica alternativaà Transferência Nuclear de Células Somáticas (TNCS) criandocélulas-tronco específicas paraterapias sem os riscos de rejeiçãoimunológica. Porém, estudos demonstram diferenças entre ascélulas de pluripotência induzida (iPS) e as células tronco-embrionárias (ESC) no que se refere ao seu comportamento dediferenciação e a sua integridade gênica. Neste sentido, apesarda TNCS ser considerada por alguns autores mais eficiente na

Três genomas são melhores do que dois?

reprogramação celular e na redução da memória epigenética,não existem até o momento relatos da geração de células-troncoembrionárias humanas via TNCS.

Na tentativa de identificar os obstáculos na geração deblastocistos humanos normais a partir da TNCS, uma equipe depesquisadores liderada pelo Dr. Scott Noggle do Laboratório daFundação de Células-Tronco de Nova Iorque utilizou270 oócitos maduros doados por mulheres de 22 a 33 anos(Noggle et al. Human oocytes reprogram somatic cells to apluripotent. Nature 478: 70-76, 2011). Os resultados destetrabalho revelaram que a remoção do genoma oocitário antes daTNCS acarretou na interrupção do desenvolvimento embrionáriono estágio de 6-10 células, ao passo que a manutenção dogenoma oocitário originou blastocistos humanos com células-tronco embrionárias triploides. Uma análise detalhada indicouque o genoma transplantado foi completamente reprogramado,ou seja sem sinais de memória epigenética, e as linhagens decélulas-tronco derivadas destes blastocistos foram capazes dese diferenciar em múltiplos tipos celulares das três camadasgerminativas. Estes achados demonstram a viabilidade de sereprogramar células humanas utilizando oócitos e identifica aremoção do genoma oocitário como a causa primária da falha nodesenvolvimento após troca do genoma.

Mariana Ianello Giassetti eRoberta Harue Tsunoda

Desde o curso de biologia do ensino fundamental,professores ensinam que mulheres já nascem com um númeropré-determinado de oócitos. No entanto, o estudo publicado naNature Medicine em fevereiro deste ano pela equipe dopesquisador Jonnathan Tilly do Massachusetts General Hospitalem Boston (intitulado”Oocyte formation by mitotically activegerm cells purified from ovaries of reproductive-age women”)pretende mudar esse paradigma.

O impacto desta descoberta é tão profundo que a mesma jáfoi debatida pelo Dr. Kendal Powell em seu artigo”Egg-makingstem cells found in adult ovaries” publicado na Nature News(fevereiro de 2012).Inicialmente a equipe do Dr. Tillydesenvolveu uma técnica para a obtenção de populações purasde células-tronco ovarianas de camundongo, sendo apenasselecionadas as células-tronco marcadas para a presença daproteína DdX4. Após o estabelecimento da técnica de formaeficiente para murinos, esse processo de purificação celular foitestado em humanos. Os ovários congelados de mulheres jovensem idade reprodutiva foram obtidos com a colaboração deYasushi Takay, ex-membro da equipe do Dr. Tilly e atualmente

Redescobrindo o início da oogênese?

biólogo especialista em reprodução do Saitama MedicalUniversity no Japão.

As células-tronco oogôniais humanas (OSCs) isoladas foramcultivadas in vitro, gerando espontaneamente oócitos primáriosaparentemente normais. As OSCs foram marcadas para aexpressão de proteína verde fluorescente (GFP) e transplantadassob a pele de camundongos. Após duas semanas, as célulaseram verdes, morfologicamente semelhantes a oócitos eexpressavam dois marcadores moleculares específicos. SegundoDr. Tilly ainda é prematuro dizer que essas células são capazesde gerar embriões viáveis. Além disso, nesse estudo não secomprovou que essas células são capazes de se diferenciar emseu nicho fisiológico normal (ovário de mulheres jovensadultas), mas o uso dessas células mudaria em muitos aspectoso campo da reprodução humana assistida. Assim, a próximaetapa do estudo será verificar a capacidade das OSCs em seremfertilizadas, gerando embriões viáveis. As OSCs também teriamgrande aplicabilidade em outras áreas como teste de novas drogase hormônios com o intuito de reduzir o efeito do tempo no relógiobiológico das OSCs.

Mariana Ianello Giassetti eRoberta Harue Tsunoda

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PREMIAÇÕESSBTE 2011

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PRÊMIOASSIS ROBERTO DE BEM

(DESTAQUE DO ANO NAÁREA BÁSICA)

Roberto Sartori

PRÊMIOROBERTO JORGE CHEBEL

(DESTAQUE DO ANO NAÁREA APLICADA)

Carlos AlbertoRodrigues

COMPETIÇÃO DEESTUDANTES

1ª COLOCAÇÃO

José de OliveriaCarvalho Neto

SEXAGEM PORCITOMETRIADE FLUXO NÃOAFETA O PADRÃODE METILAÇÃODOS GENES IGF2 EIGF2R DE ESPERMATOZÓIDE BOVINO

2ª COLOCAÇÃO

Roberta Machado Ferreira

ALTERAÇÕES NAQUALIDADE DOS OÓCITOSDE VACAS HOLANDESASREPETIDORAS DE SERVIÇOPODEM EXPLICAR SUA REDUZIDA FERTILIDADE

3ª COLOCAÇÃO

Alejandra Estela Velasquez

EFEITO DA AUSÊNCIA DA ZONA PELÚCIDA SOBRE ODESENVOLVIMENTO INICIAL DE EMBRIÕES BOVINOS

MELHOR TRABALHO NAÁREA BÁSICA

Moana Rodrigues França

DIMENSÕES, ESTEROIDOGÊNESEE VASCULARIZAÇÃO DO CORPOLÚTEO BOVINO EM RESPOSTAÀ MANIPULAÇÃO DO CRESCIMENTODO FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO

MELHOR TRABALHO NAÁREA APLICADA

Priscila Reis Kahwage

INFLUÊNCIA DO PERÍODODO ANO NA QUALIDADESEMINAL DE CATETOS(Pecaritajacu) CRIADOS EMCATIVEIRO NOESTADO DO PARÁ

MELHOR TRABALHO DEPROFISSIONAIS DE CAMPO

(MELHOR RELATO TÉCNICO)

Julio Cesar Barbosa da Silva

TAXAS DE CONCEPÇÃO DEEMBRIÕES BOVINOSPRODUZIDOS IN VITRO COM SÊMEN CONVENCIONAL OUDESCONGELADO /SEXADO (REVERSO) DE TOUROS DARAÇA NELORE

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17 – 19 Maio 2012

The Midwest Reproduction Symposium 2012Chicago, IL, USAhttp://midwestreproductionsymposium.org/

18-20 DE MAIO DE 2012

II SIMPÓSIO DE NEONATOLOGIA VETERINÁRIABotucatu, SP, Brasilhttp://www.fmvz.unesp.br/Eventos/int_eventos.php

07 - 09 Junho 2012

VIII SIMCORTEViçosa, MG, BRwww.simcorte.com

24 – 26 Julho 2012

SYMPOSIUM ON FUNCTIONAL GENOMICS OF EARLYLIVESTOCK DEVELOPMENTAlberta, Canadáwww.functionalgenomicslivestock.ca

26 – 29 julho 2012

International Symposium on Canine and FelineReproductionISCFR 2012 - EVSSAR 2012Whistler, B.C. Canadáhttp://www.ivis.org/iscfr/2012/

8TH International Symposium on Equine EmbryoTransferVancouver, Canadáhttp://ieet2012.com/

29 Julho - 02 Agosto 2012

17th International Congress on Animal ReproductionVancouver, Canadáwww.icar2012.com

CONGRESSOS E REUNIÕES

05 – 09 Agosto 2012

XXIV WORLDS POULTRY CONGRESSSalvador, BA, Brasilhttp://www.wpc2012.com/br/

29 agosto – 1 setembro 2012

European Society for Domestic Animal ReproductionESDAR / Dublin, Irlandahttp://www.esdar2012.org/

5 – 7 Setembro 2012

6th International Symposium On Stallion Reproduction(Issr) / Viena - Austriahttp://www.pferdewissenschaften.at/

6 – 8 setembro 2012

28th Scientific Meeting of the European Embryo TransferAssociation - AETELe Grand Large, St Malo, Francehttp://www.aete.eu/meetings.php

26 - 28 Setembro 2012

PorkExpo 2012: VI Fórum Internacional de SuinoculturaCuritiba, PR, BRasilwww.porkexpo.com.br

11 – 20 outubro 2012

IV International Symposium on Animal Biology ofReproduction (ISABR)Campinas, SP, Brasilhttp://www.cbra.org.br/por tal/eventos/isabr2012/isabr2012.htm

15 – 17 Novembro 2012

CONGRESSO INTERNACIONAL DA ASSOCIAÇÃOBRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA VETERINÁRIABúzios, RJ, Brasilhttp://www.ciabev.com.br/

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Practical Atlas of Ruminant andCamelid ReproductiveUltrasonographyAutores: Luc DesCôteaux, Jill Colloton, Giovanni Gnemmi

Practical Atlas of Ruminantand Camelid ReproductiveUltrasonography é um livro prático, com referências de todasas informações. É um guia baseado em imagem para osconceitos essenciais da ultra-sonografia reprodutiva emruminantes domésticos e camelídeos. Este livro forneceinformações para capacitar os praticantes a incorporar oexame ultrassonográfico nas práticas diárias. Além disso, olivro inclui informações especializadas para técnicasavançadas, tais como a sexagem fetal, transferência deembriões, Doppler colorido, entre outros. Practical Atlas ofRuminantand Camelid Reproductive Ultrasonography é umareferência para profissionais que trabalha com ruminantes ecamelídeos, professores e alunos.

Conteúdo:

— Princípios e indicações, conceitos essenciais, artefatos deimagem mais comuns

— Técnicas de avaliação e erros comuns na prática combovinos.

— Anatomia do trato reprodutivo da vaca— Ovário bovino— Útero bovino— Gestação em bovinos— Desenvolvimento fetal após 55 dias, sexagem fetal,

anomalias e bem-estar em bovinos.— Transferência de embriões em bovinos, fecundação in vitro,

procedimentos especiais e clonagem— Anatomia dotouro e ultrassonografia do trato reprodutivo— Búfalos e gado zebuíno— Ovelhas e cabras— Camelídeos

Ficha Técnica:Practical Atlas of Ruminant and CamelidReproductive UltrasonographyAutores: Luc DesCôteaux, Jill Colloton,Giovanni GnemmiEditora: Wilwey-BlackwellPáginas: 244 páginasPreço: US$194,99ISBN: 978-0-8138-1551-0

Embrião bovino no sétimo dia de desenvolvimentoTécnica de obtenção da Ovelha DollyProduz e libera progesteronaTécnica para armazenamento de material biológicoProcesso no qual se coloca o embrião na palhetaGameta masculinoSigla da fertilização in vitroSede da 26ª Reunião da SBTEDeposição do embrião no útero da receptoraDeposição do sêmen da fêmea (*)Estádio de desenvolvimento embrionário anterior ao blastocistoGameta femininoSigla da Sociedade Brasileira de Tecnologia de EmbriõesTécnica utilizada para ovulação múltiplaBiotécnica que combina superovulação, colheita e inovulação de embriõesAnimal que possui um gene exógeno em sua cadeia de DNAAparelho utilizado para avaliação ginecológica via transretal em bovinos.

(*) Deposição artificial do sêmen no trato reprodutivo na fêmeaSolução no próximo número...

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