· Durante dois dias de intensas atividades, dirigentes construíram as diretrizes para a CS 2014....

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Durante dois dias de intensas atividades, dirigentes construíram as diretrizes para a CS 2014. Manter direitos e ampliar conquistas são os objetivos dessa luta. A vitória depende de cada trabalhador e da união da categoria. Vem pra luta! Um olhar para o passado, presente e para o futuro, sempre com vistas em melhores condições de trabalho e vida. Com essa ideia, a direção do Sinergia CUT lançou o mote “A empresa não dá nada... A GENTE QUE CONQUISTA!” para defender a manutenção dos direi- tos adquiridos em anos de luta e os in- teresses dos trabalhadores energéticos do Estado de São Paulo. A oficina da Campanha Salarial 2014 aconteceu nos últimos dias 12 e 13 de fevereiro, em Campinas. (Leia mais na página 03). A empresa não dá nada... Ao ser admitido em uma empresa de energia do Estado de São Paulo, além dos deveres da função a ser exercida e dos seus direitos previstos pela legislação trabalhista, o recém con- tratado é informado dos direitos que tem e que vão além do seu salário. Por exemplo: Vale Alimentação, Vale Re- feição, Participação nos Lucros e Re- Destaques desta edição CS 2014: começam as assembleias na base Trabalhadores definem as reivindicações que serão levadas para as empresas Página 02 Oficina traça estratégias da CS Cenários econômico, político e do setor são debatidos. Compromisso de luta selado Página 03 www.sinergiaspcut.org.br Stieec- filiado em 1988 Gasistas- filiado em 1989 Sindprudente - filiado em 2005 Sindlitoral - filiado em 2006 Sindbauru - filiado em 2009 Sindluz Araraquara SindMococa Sinergia CUT - filiado em 12/12/99 Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de SP Serviço essencial, Sindicato indispensável Número 1212 24/02 a 09/03/2014 Rede Energia: categoria constroi pauta da CS Sindirede solicita à Aneel discussão sobre o novo controlador Energisa Página 04 sultados (PLR), Auxílio Creche, Gratifi- cação de Férias, Política de Emprego, entre vários outros. Porém, o que nem sempre é divul- gado e que nem todos se dão conta, é que esses direitos não são fornecidos pela simples “bondade” da contratante. ... a gente que conquista! Os direitos garantidos nos Acordos Coletivos de Trabalho dos energéticos do Estado de São Paulo são conquis- tas dos trabalhadores que, ano a ano, travam a batalha da Campanha Salari- al visando manter os direitos adquiri- dos e avançar nas conquistas. Aliás, a representatividade dos tra- balhadores nos Conselhos de Adminstração das empresas e nos di- versos órgãos da Fundação Cesp tam- bém são conquistas dos trabalhadores em lutas travadas durante o processo de privatização do setor elétrico paulista. E o que dizer do reajuste salarial anual que, além de repor a inflação, tem alcançado um índice de aumento real? Pode parecer pouco, mas outras cate- gorias, tão grandes ou maiores que a dos energéticos, não têm conquistado aumento real em anos seguidos. Ou seja, tais direitos são frutos de muita união, garra, mobilizações e gre- ves da categoria em quase 20 anos de lutas. E, no que depende das empresas, a proposta nas mesas de negociação tem sido de extinção nos ACTs dessas cláusulas históricas. Na busca inces- sante do lucro sobre lucro, as energéticas diminuem o investimento na mão de obra com excelência. Exatamente para evitar a precarização das condições e do am- biente de trabalho que causam aciden- tes e mortes, as demissões em mas- sa, as terceirizações desenfreadas, os baixos salários e todo o tipo de prejuí- zo aos trabalhadores e à sociedade, é que o Sinergia CUT tem travado verda- deiras batalhas com as empresas ao longo dos anos. Nos meses de datas-base, o Sindi- cato conclama os trabalhadores a se envolverem no que será a luta do ano. É, principalmente durante a Campanha Salarial que a categoria deve mostrar que tem disposição de luta, união e for- ça para fazer manter seus direitos e avançar nas conquistas. Para o Sinergia CUT, será funda- mental o envolvimento de cada traba- lhador. “Porque a organização nos lo- cais de trabalho e a luta histórica dos trabalhadores energéticos foram os prin- cipais responsáveis por tudo que con- quistamos nos últimos anos. E conti- nuará sendo essencial para as conquis- tas que estão por vir”, afirma a direção do Sindicato. Puxe a corda você tam- bém! Vencerá quem tiver mais força!

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Durante dois dias de intensas atividades, dirigentes construíram as diretrizes para a CS 2014. Manter direitos e ampliarconquistas são os objetivos dessa luta. A vitória depende de cada trabalhador e da união da categoria. V em pra luta!

Um olhar para o passado, presentee para o futuro, sempre com vistas emmelhores condições de trabalho e vida.Com essa ideia, a direção do SinergiaCUT lançou o mote “A empresa não dánada... A GENTE QUE CONQUISTA!”para defender a manutenção dos direi-tos adquiridos em anos de luta e os in-teresses dos trabalhadores energéticosdo Estado de São Paulo. A oficina daCampanha Salarial 2014 aconteceu nosúltimos dias 12 e 13 de fevereiro, emCampinas. (Leia mais na página 03).

A empresa não dá nada...Ao ser admitido em uma empresa

de energia do Estado de São Paulo,além dos deveres da função a serexercida e dos seus direitos previstospela legislação trabalhista, o recém con-tratado é informado dos direitos quetem e que vão além do seu salário. Porexemplo: Vale Alimentação, Vale Re-feição, Participação nos Lucros e Re-

Destaques desta edição

CS 2014: começam asassembleias na baseTrabalhadores definem as reivindicações queserão levadas para as empresas

Página 02

Oficina traçaestratégias da CSCenários econômico, político e do setor sãodebatidos. Compromisso de luta selado

Página 03

www.sinergiaspcut.org.br

Stieec- filiado em 1988Gasistas- filiado em 1989

Sindprudente - filiado em 2005Sindlitoral - filiado em 2006Sindbauru - filiado em 2009

Sindluz AraraquaraSindMococa

Sinergia CUT - filiado em 12/12/99

Sindicato dos T rabalhadores Energéticos do Est ado de SPServiço essencial,Sindicato indispensável

Número 121224/02 a 09/03/2014

Rede Energia: categoriaconstroi pauta da CSSindirede solicit a à Aneel discussão sobre onovo controlador Energisa

Página 04

sultados (PLR), Auxílio Creche, Gratifi-cação de Férias, Política de Emprego,entre vários outros.

Porém, o que nem sempre é divul-gado e que nem todos se dão conta, éque esses direitos não são fornecidospela simples “bondade” da contratante.

... a gente que conquista!Os direitos garantidos nos Acordos

Coletivos de Trabalho dos energéticosdo Estado de São Paulo são conquis-tas dos trabalhadores que, ano a ano,travam a batalha da Campanha Salari-al visando manter os direitos adquiri-dos e avançar nas conquistas.

Aliás, a representatividade dos tra-balhadores nos Conselhos deAdminstração das empresas e nos di-versos órgãos da Fundação Cesp tam-bém são conquistas dos trabalhadoresem lutas travadas durante o processode privatização do setor elétrico paulista.

E o que dizer do reajuste salarial

anual que, além de repor a inflação, temalcançado um índice de aumento real?Pode parecer pouco, mas outras cate-gorias, tão grandes ou maiores que ados energéticos, não têm conquistadoaumento real em anos seguidos.

Ou seja, tais direitos são frutos demuita união, garra, mobilizações e gre-ves da categoria em quase 20 anos delutas.

E, no que depende das empresas,a proposta nas mesas de negociaçãotem sido de extinção nos ACTs dessascláusulas históricas. Na busca inces-sante do lucro sobre lucro, asenergéticas diminuem o investimentona mão de obra com excelência.

Exatamente para evitar aprecarização das condições e do am-biente de trabalho que causam aciden-tes e mortes, as demissões em mas-sa, as terceirizações desenfreadas, osbaixos salários e todo o tipo de prejuí-

zo aos trabalhadores e à sociedade, éque o Sinergia CUT tem travado verda-deiras batalhas com as empresas aolongo dos anos.

Nos meses de datas-base, o Sindi-cato conclama os trabalhadores a seenvolverem no que será a luta do ano.É, principalmente durante a CampanhaSalarial que a categoria deve mostrarque tem disposição de luta, união e for-ça para fazer manter seus direitos eavançar nas conquistas.

Para o Sinergia CUT, será funda-mental o envolvimento de cada traba-lhador. “Porque a organização nos lo-cais de trabalho e a luta histórica dostrabalhadores energéticos foram os prin-cipais responsáveis por tudo que con-quistamos nos últimos anos. E conti-nuará sendo essencial para as conquis-tas que estão por vir”, afirma a direçãodo Sindicato. Puxe a corda você tam-bém! Vencerá quem tiver mais força!

Sinergia CUT - Página 2

Assembleias na base discutem reivindicações

Mulheres cutistas preparamato unificado

O lema “Trabalhadoras em luta porum modelo de sociedade com igual-dade, liberdade e autonomia”permeou a primeira reunião do Cole-tivo de Mulheres cutistas ocorrido nodia 05 de fevereiro, no Centro da ca-pital. Umas das principais bandeirasneste ano é a defesa pelo Plebiscitode uma Constituinte Exclusiva e So-berana para 2014. Isso significa apoi-ar a construção de uma assembleiade representantes eleitos (as) pelopovo que debatam temas e regraspara mudar o atual sistema político.

As cutistas também debateram apreparação do ato unificado do DiaInternacional da Mulher, comemora-do no próximo dia 8 de março.

Central de lutaEntre os temas aprovados na reu-

nião estão reforma política, igualda-de de direitos, luta por creche, saú-de da mulher trabalhadora, democra-tização dos meios de comunicaçãoe a luta contra a violência à mulher.Neste último, as dirigentes sindicaislembraram o que vivenciaram duran-te a Caravana pelo Fim da ViolênciaContra as Mulheres que percorreu oEstado de São Paulo durante 30 dias,entre novembro e dezembro de 2013.

O presidente da CUT-SP, Adi dosSantos Lima, enfatizou durante o en-contro que a Central luta peloprotagonismo das mulheres. “É pre-ciso equiparar direitos, pois aindahoje as trabalhadoras têm menoressalários em relação aos homens,piorando ainda mais quando fazemoso recorte racial”, afirmou.

O dirigente também ressaltou que,no campo da representação política,vale lembrar as disputas na últimaeleição de Dilma Rousseff. “Sabe-mos que eleger uma mulher comopresidenta numa sociedademachista é uma grande conquista.Precisamos ter consciência disso nomomento das eleições em 2014”.

Reformas na políticaA consulta do Plebiscito Popular

pela defesa de uma Constituinte Ex-clusiva e Soberana ocorrerá entre osdias 1º e 7 de setembro de 2014.

Para a secretária da Mulher Tra-balhadora da CUT-SP, SoniaAuxiliadora, a mudança no sistemapolítico deve permitir que mulheresem sua diversidade, negros (as), in-dígenas e outros grupos excluídosocupem as cadeiras do Congresso,que é representado por uma maioriade homens brancos.

Fonte: Secretaria de Imprensa eComunicação da CUT São Paulo

A Campanha Salarial 2014já começou em diversas em-presas. Isso porque, o Sindi-cato já iniciou asassembleias para delibera-ção da pauta de reivindica-ções dos trabalhadores a se-rem entregues para as em-presas e cooperativas das di-versas datas-base.

A luta começa antesEm algumas energéticas,

as assembleias já acontece-ram e em outras serão realizadas nodecorrer deste mês.

Em 7 de fevereiro, por exemplo, di-rigentes sindicais estiveram na empre-sa Bragantina, emBragança Paulista, paraa aprovação da pauta doACT 2014 (foto abaixo).

Este mês, asassembleias aconte-cem em diversas empre-sas, como: Cernhe,Biolins, Izzi, Salto Lobo,Cemirim, Água Paulista,Estiva, Grupo CPFL,Elektro e AES Tietê.

Na Elektro Pirassununga e ElektroLeme, onde as assembleias ocorreram

Trabalhadores das datas -base março a junho se re únem para aprovar a pauta da CS 2014

Publicação de responsabilidade do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Eétrica de Campinas e do Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo.Sede: Rua Doutor Quirino, 1511 - Centro - Campinas,SP - CEP: 13015-082. Fones: Campinas (19)3739-4600 / 0800-171611; São Paulo (11) 5571-6175; Sind Gasist a (11) 3313-5299;

Bauru (14)3234-8445; Ilha Solteira (18)3742-2828; Presidente Prudente (18) 3903-5035; Ribeirão Preto (16)3626-8676 Rio Claro (19)3524-3712; Baixada Santist a (13)3222-6466; São José do R.Preto (17) 3215-1188 ; Vale do Paraíba (12)3622-4245;

SindLitoral (13)3422-1940; SindPrudente (18)3222-1986; SindLuz Araraquara (16) 3332-2074Diretor de C omunicação : Claudinei Ceccato

Redação e diagramação : Débora Piloni (MTb 25172), Elias Aredes Jr. (MTb 26850), Lílian Parise (MTb 13522) e Nice Bulhões (MTb/MS 74) Fotografia : Roberto Claro lustração : Ubiratan Dantas

E-mail: [email protected] Tiragem: 10.700 exemplaresEXPEDIENTE

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Assembleia na ElektroPirassununga

já no dia 17 passado, os trabalhadoresconstruíram e aprovaram suas reivindi-cações.

O Sindicato conclama a categoriapara que fique atenta às con-vocações e participe dasassembleias.

“É com o envolvimento detodos que se constrói umaboa pauta, principal ponto departida das negociações”,afirma a direção do SinergiaCUT.

Todos nessa luta! Porqueaumento real, salário e ren-

da, emprego, qualidade de vida e daenergia, liberdade e autonomia sindi-cal... é a gente que conquista!

Assembleia de aprovação de pauta do ACT 2014 na Bragantina, doRede Energia/Energisa

No final de 2013, o governo doEstado de SP criou um novo decre-to tornando desnecessária a aprova-ção do CODEC para pagamento daPRR 2013 e dos anos subsequentes.Essa obrigatoriedade valeu, então,até o pagamento da PRR 2012. Apartir de agora, somente a aprova-ção do Conselho de Administraçãoé suficiente para efeito de pagamen-to da PRR.

PRR 2014A direção do Sinergia CUT tomou

conhecimento de que a Cesp divul-gará as metas da PRR 2014, queserá paga em 2015, sem prévia ne-gociação com o Sindicato, emdescumprimento do Acordo Coletivode Trabalho vigente. Essa negocia-ção, segundo o ACT, deveria ter ocor-rido até novembro de 2013.

Diante disso, o Sindicato envioucarta para a Cesp solicitando reu-nião urgente para esclarecer a situ-ação sobre a PRR 2014 e com oobjetivo de verificar se o Conselhode Administração já definiu o paga-mento e as metas já apuradas daPRR 2013. Tal pagamento está pre-visto para o 1º semestre deste ano.

Cesp: fique ligadonas questões dasPRRs 2013 e 2014

Eleições SindluzAraraquara

Ocorre na próxima quarta-feira(26) a eleição da nova direção doSindluz Araraquara (Diretoria Execu-tiva, Conselho Fiscal e Representa-ção do Sindicato).

A eleição envolve apenas umachapa, para mandatos de três anos.A votação acontecerá em assembleiageral eleitoral, no período das 8h às17h30, com urnas instaladas nasede do Sindicato e das empresas.Participe!

Sinergia CUT - Página 3

A gente que conquista!

Pesquisa aponta as prioridadesEm outubro do ano passado, os

trabalhadores de toda a base doSindicato preencheram uma pesquisaaplicada pelo Sinergia CUT relacionadaà Campanha Salarial. As respostas doquestionário, com um total de 31questões, foram tabuladas por umaconsultoria contratada e foramdebatidas durante a Oficina com oobjetivo de tornar claros o quadro atualda categoria, as reivindicações e adisposição de luta dos energéticos porum futuro melhor. Em linhas gerais, apesquisa apontou que os trabalhadoreselegeram os itens econômicos(aumento real, benefícios e PLR) comoprioridades na CS 2014. “Nenhumaempresa oferecerá tais ganhos se nãofor pela união e disposição de luta dostrabalhadores. Afinal, tais direitos é “AGENTE QUE CONQUISTA!”, afirma adireção do Sindicato.

Oficina dá o pontapé inicial na CS 2014Cenário traçado, metas definidas e compromisso de luta selado. Em síntese foi esse o resultado dos dois dias de reunião

da Oficina da Campanha Salarial 2014, realizada dias 12 e 13 de fevereiro, em Campinas

Com o objetivo de discutir e tra-çar a estratégia de luta da categoriaenergética para 2014, a direção doSinergia CUT reuniu-se em Campinasnos últimos dias 12 e 13 de feverei-ro. O encontro trouxe convidadospara discutir temas importantescomo a economia do país, o cenáriodo setor enétrico e do gás, entre ou-tros.

Abrindo a sequência de mesas dedebate, o economista Airton dosSantos, coordenador de Atendimen-to Técnico do Dieese, apresentouuma anál ise do cenáriomacroeconômico. As consequênciasda crise econômica internacional de2008 foram pontuadas, já que o Bra-sil tem relações exteriores. “O nos-so país está incluído no cenário glo-bal. Dessa forma, a economia brasi-leira não está como desejaríamos,mas também, está longe da crise quemuitas outras estão enfrentando”, afir-mou.

Segundo ele, o Brasil continuacrescendo. O ideal seria que o PIB(Produto Interno Bruto) crescesse en-tre 5% e 6%. Porém, o percentualreal está longe disso. “Crescemos2,7% em 2011 e 0,92% em 2012.Para 2013 a projeção é de 2,3% epara 2014, 2,7%. Nosso déficit ex-terno não está descontrolado, porém,está subindo. Mas o desempregoaqui é dos mais baixos”,contextualizou Santos.

O contexto econômico traçadopelo economista é de uma inflaçãoestável entre 5,5% e 6%, um PIB em2,5%, um aumento da taxa de jurose a manutenção dos níveis de em-prego. “Fazer a indústria voltar acrescer é fundamental. O país nãodará o salto necessário para melho-rar, definitivamente, o padrão de vidade todos, se a média de crescimen-to não atingir em torno de 5% ao ano,por um longo período. É isso que te-mos que buscar”, disse.

Desafios – Por tudo isso, a polí-

Depois de debaterem os cenáriospolítico e econômico do país e traçaremo perfil e as prioridades da categoria combase na pesquisa da CS aplicada peloSindicato nos locais de trabalho, os diri-gentes abriram uma discussão sobre anecessidade de avançar no modo de ne-gociação.

Gentil Teixeira de Freitas, presidenteda Federação dos Trabalhadores nas In-dústrias Urbanas do Estado de São Paulo(Ftiuesp) e do Sindicato dos Eletricitáriosde Campinas/Sinergia CUT iniciou o de-bate explanando sobre os modelos denegociação existentes: Acordo Coletivoe Convenção Coletiva. Logo no começo,ele relembrou a história dos energéticosde SP e das consequências dasprivatizações.

“Antes da privatização, negociávamoscom duas ou três empresas do Estado.A categoria energética era unida e forte.As mobilizações, protestos e greves li-derados pelo Sindicato recebiam o apoio

Futuro: Acordo Coletivo ou Convenção Coletiva?

total dos trabalhadores. Mas, essa uniãofoi sendo fragilizada na medida em queas empresas foram sendo repartidas evendidas”, observou o sindicalista.

As negociações salariais, desde sem-pre, são realizadas por empresa. Na data-base, cada entidade sindical negocia efecha com cada energética o AcordoColetivo de Trabalho dos trabalhadoresde suas bases. Segundo Freitas, essemodelo tem ficado ultrapassado, poisdivide ainda mais a categoria.

Agora, são mais de 60 empresas no

Estado. Não bastasse estar dividida porempresa, a categoria fica separada tam-bém na hora de negociar. Na mesa,estamos segregados. Dessa forma, aimpressão que dá a todos é que o movi-mento sindical está enfraquecido, semmeios para avançar nas conquistas e di-reitos dos trabalhadores”, afirma Gentilde Freitas. E ele levanta a seguinte ques-tão: “Não está na hora de tentar mudaressa lógica, unindo novamente a cate-goria através de uma negociação coleti-va com fechamento de uma ConvençãoColetiva?”

Após suscitar o assunto, a questãofoi passada para discussão entre os diri-gentes sindicais presentes nessa Ofici-na da Campanha Salarial. Muitas consi-derações foram levantadas e, como Sin-dicato democrático, transparente e ou-sado, o Sinergia CUT levará a questãojunto aos trabalhadores em reuniões eassembleias nos locais de trabalho. Essedebate só está começando.

tica de valorização do salário míni-mo e os ganhos reais de salário sãodesafios para este ano nas negocia-ções. “Os aumentos reais de salári-os conquistados pelos sindicatos, aspolíticas de renda do governo e a fa-cilidade de crédito têm dinamizadoo mercado interno. Há que se aten-tar, também, para a melhoria da qua-lidade do emprego, com atenção àrotatividade, à terceirização e àsquestões relativas à saúde do traba-lho”, finalizou o economista.

O setor elétrico e ogás natural brasileiro

A segunda mesa de debates tra-tou sobre “O Cenário do Setor Elétri-co e do Gás Natural Brasileiro”. A ex-posição e o debate foram conduzi-dos por Nivalde José de Castro, queé coordenador do Gesel (Grupo deEstudos de Energia Elétrica) da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiroe por Artur Risso Neto, vice-presiden-te do Sinergia CUT e do Sindgasista.

Nivalde de Castro iniciou sua ex-posição afirmando que o setor elétri-co brasileiro tem planejamento e teminvestimento. “Falar o contrário dis-so é piada, é mentira. O setor temmais oferta do que demanda”, afir-mou.

O atual modelo do setor é bemvisto entre técnicos e especialistas.“A crise é conjuntural e não estrutu-ral. Fruto dos menores índicespluviométricos dos últimos 60 anos,do calor intenso e de outros fatores.Mas, essa crise não tem nada a vercom as negociações salariais, poisdiz respeito à parcela A. A negocia-ção dos trabalhadores diz respeito àparcela B”, diz.

Sobre o cenário do gás, ArturRisso observou que, no Brasil, o se-tor passa por algumas dificuldadese precisa de investimentos. O au-mento de consumidres do gás natu-ral e a revisão tarifária foram pontoslevantados sobre o cenário do gásneste ano.

Confira alguns dos momentos marcantes da Oficinaatravés da lente do fotógrafo do Sinergia CUT Roberto Claro:

Nivalde José de Castro (abaixo):“a crise do setor elétrico é

conjuntural e não estrutural.O atual modelo é bom”

Na foto acima, Airton dos Santos, do Dieese, avalia que a

política de valorização do salário mínimo e os ganhos reais de

salário são desafios para este ano nas negociações salariais

O secretário Geral do

Sinergia CUT Carlos Alberto

Alves anuncia ao plenário

programação da Oficina

Grupos de Trabalho analisam oscenários de cada uma das

empresas energéticas

Secretário-adjunto de RelaçõesInternacionais, presidente do

Instituto de Cooperação daCUT e ex-presidente da

Central, o eletricitário ArturHenrique da Silva Santos,

conclama a todos a seenvolverem na luta!

Sinergia CUT - Última página

www.sinergiaspcut.org.br Serviço essencial, Sindicato indispensável

Já com a Energisa como novo controlador,categoria traça suas reivindicações

Nos últimosdias 03 a 10 defevereiro foram

realizadas as assembleiasdeliberativas de aprovação de pauta comos trabalhadores da Rede Sul/Sudeste(leia mais na página 02). Já no dia 11,aconteceu a reunião do Sindirede, rea-lizada na sede do Sindicato, em Cam-pinas. Além da Campanha Salarial2014, os outros temas discutidos fo-ram as contribuições enviadas para aConsulta Pública 012, referente aoCompartilhamento de Recursos Huma-nos e Infraestrutura, e a alteração docontrolador do Grupo Rede Energia paraa Energisa.

A Energisa está alocada em MinasGerais (ex-Cataguases Leopoldina, aprimeira empresa do Grupo), NovaFriburgo (ex-Cia de Eletricidade de NovaFriburgo), Paraíba (ex-Sociedade Anô-nima de Eletrificação da Paraíba),Sergipe (ex-estatal Energipe) eBorborema (ex-Cia Energética deBorborema/PB). A maior parte das da-tas-bases é em novembro. Por isso,uma das tarefas das entidades que fa-zem parte do Sindirede é a busca pelaunificação das datas-bases (veja qua-dro ao lado).

O Sindirede encaminhou o pedidode reunião junto à Agência Nacionalde Energia Elétrica (Aneel) para dis-cussão sobre o compartilhamento derecursos humanos e a alteração do

Rede Energia

Roberto P

arizotti

Centrais decidem fazer atounificado em todo o País

no dia 9 de abrilAlém da principal manifestação, que será na Avenida Paulista, dirigentes aprovaram

mobilizações nos Estados pela pauta da classe trabalhadora e diálogo com governo Dilma

Conscientes de que a Copa do Mun-do e as eleições podem ter reflexos naluta pela pauta da classe trabalhado-ra, dirigentes da CUT e das demais cen-trais sindicais decidiram, em 4 de fe-vereiro de 2014, ampliar o grande atounificado marcado para 9 de abril, emSão Paulo, para os estados.

Sob o lema “Trabalhadores unidospor mais direitos e qualidade de vida”,a 8ª Marcha da Classe Trabalhadorasairá da Praça da Sé, às 10h, e segui-rá até o vão livre do Masp, na AvenidaPaulista, em defesa da agenda, entre-gue à presidenta Dilma Rousseff, em2013, mas que pouco avançou.

Secretário-geral da CUT, Sérgio

Nobre destacou que a mobilização éfundamental para manter a negociaçãocom o governo em um ano repleto degrandes eventos. Ele apontou tambémque os trabalhadores ainda aguardamuma resposta da presidenta sobre a so-licitação de audiência que a Central fezem janeiro.

“O diálogo com a presidenta Dilma éimportante porque, apesar de o ano sermarcado por Copa e eleições, não va-mos permitir que nossa pauta fique semnegociação e avanços. Os trabalhado-res querem a redução da jornada de tra-balho para 40 horas semanais sem re-dução de salário, o fim do fatorprevidenciário, a regulamentação da con-

venção 151 da OIT (OrganizaçãoInternacional do Trabalho) – quetrata da negociação com os servi-dores públicos –, a reforma agrá-ria. A presidenta tem de receberas centrais e manter as mesas denegociação”, alertou.

As centrais também confirmaramque antes do dia 9 de abril promoverãomobilizações entre 15 de março e 8 deabril como forma de preparar para o atounificado .

As entidades também preparamuma nova versão da Agenda da ClasseTrabalhadora, documento unitário queapresentaram em 2010 duranteassembleia nacional no Pacaembu, e

que será entregue aos candidatos àseleições deste ano.

Outro ponto citado por Nobre e queestará na mobilização do dia 9 é o Pro-jeto de Lei 4330, que amplia aterceirização, prejudicando a classetrabalhadora,e está parado no Congres-so Nacional. “Em relação ao 4330, que-remos que pare de tramitar e seja reti-rado do Congresso Nacional.”

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controle das empresas do Grupo RedeEnergia, além do ACT unificado. Umanova reunião deve acontecer em 28 demarço.

Desde janeiro deste ano, o GrupoRede é oficialmente da Energisa, coma aprovação da Aneel referente à trans-ferência do controle. As oito distribui-doras, que estavam em intervenção ju-dicial desde agosto de 2012, elevarãoa receita bruta anual da concessioná-ria em mais de duas vezes, ao passarde R$ 2,9 bilhões para R$ 8 bilhões em2015, segundo dados da imprensa. Emnúmero de clientes, a empresa deixaráa 13ª posição nacional e ocupará a 5ª.

Conforme a decisão da Aneel, atransferência de controle será realiza-da até o dia 15 de abril de 2014 e so-mente após essa fase será encerradaa intervenção administrativa nas distri-buidoras. Dessa forma, a Energisa teráum prazo de 30 dias, contados a partirda data de efetivação da transferência,para enviar os documentos que com-provam a formalização da operação.

Segundo informações publicadaspela Aneel, a decisão favorável ao con-trole por parte da empresa, com sedeem Cataguases, na Zona da Mata, sepautou na atual situação econômica dogrupo. "A agência considerou que o gru-po possui boa condição financeira eestá apto a assumir a gestão das dis-tribuidoras, desde que se comprometacom o aporte de capitais, quitação de

mútuos e recursos para oreperfilamento de dívidas", informa aagência em nota publicada no seu site.

Vale lembrar que a intervenção ad-ministrativa decretada nas oito distribui-doras (Celtins, Cemat, CFLO, Empre-sa Elétrica Bragantina, Caiuá Distribui-ção de Energia, CNEE, Enersul eEDEVP) ocorreu em decorrência doendividamento do grupo. A Aneel enten-deu na época que a situação colocavaem risco a prestação de serviços e dis-tribuição de energia de forma adequa-da. No último dia 4, a Cemat anuncioua transferência do Grupo Rede Energiapara a empresa Energisa.

Em entrevistas dadas ao Diário doComércio, o diretor de Relações comInvestidores da Energisa MaurícioBotelho informou que a expectativa é as-sumir as empresas dentro do prazo es-tabelecido pela Aneel. Ele informou, emjaneiro, que a consolidação do negócioserá precedida de algumas condições,dentre elas: eliminação de alguns ônussobre as ações que serão transferidasà Energisa; obtenção de uma ordem, jun-to ao Judiciário norte-americano, que tor-ne o plano de recuperação judicial váli-do em território americano; e aprovaçãoda operação pelo BNDESPar (BNDESParticipações S.A).

EMPRESA DATABASE

ENERGISA

ENERGISA MINAS GERAIS JulhoENERGISA SERGIPE NovembroENERGISA NOVA FRIBURGO DezembroENERGISA PARAÍBA NovembroENERGISA BORBOREMA Novembro

REDE ENERGIA

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Sinergia CUT envia contribuições à AneelO Sinergia CUT e a Ftiuesp enviaram à Aneel, no último dia 17, suas contribui-

ções para a audiência pública virtual que retoma o debate do leilão da Usina deTrês Irmãos. Pela minuta do edital de licitação, a intenção é que o leilão aconteçaem 28 de março próximo. Para a direção do Sindicato, o objetivo em participarativamente de todas as etapas que envolvem a licitação da UHE Três Irmãos, é ode “evitar um retrocesso em relação às licitações ocorridas na década de 90 nosetor elétrico brasileiro e em particular no Estado de SP. Naquela ocasião, asconquistas e instrumentos legítimos de defesa dos direitos dos trabalhadores,como os ACTs, foram garantidos pelos editais dos leilões ocorridos”. Sabendo daimportância desse momento para os trabalhadores, dirigentes do Sindicato têmpercorrido a base debatendo o tema com a categoria.

A contribuição do Sinergia CUT enviada à Aneel está disponível no sitewww.sinergiaspcut.com.br. Fique ligado!

Licitação da Três Irmãos