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( O TICO-TICO NAO DEIXES DE FALAR SEMPRK A VERDADE '9C\ Sy Á^ U4l^%) YZ$A\ ^Êt** ANNO XXI JHJBUCA-5EAS 9UARTAB FEIRAS RIO DE JANEIRO, 16 DE JUNHO DE 1926NUM 1 oSo5EMAMAR|Q S N H 2OA5 CREMNÇA5 4y o V U £> Pelas estradas sem fim, Apoiado ao seu netinho, Vae de uma villa a outra villa, O pobre do bom velhinho. NUMERO AVULSO500 REIS NUMERO ATRAZADO500 REIS Vive do pão que lhe dão. Dos vinténs, da roupa usada. Por ahi... ao léo da sorte. Numa eterna caminhada... Mas, á noite, o vôvôsinho Pede a Deus por seu netinho: "Para que delle o Senhor Faça um dia seu Doutor!" OTICO-TICO PUBLICA os RETRATOS OE TODOS 06 SEUS LEITORES

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  • ( O TICO-TICONAO DEIXES DE FALARSEMPRK A VERDADE

    '9C\ Sy Á^U4l^%) YZ$A\ ^Êt**

    „ ANNO XXIJHJBUCA-5EAS9UARTAB FEIRAS

    RIO DE JANEIRO, 16 DE JUNHO DE 1926 NUM 1 oSo5EMAMAR|Q

    S N H OA5 CREMNÇA5y o V U £>

    Pelas estradas sem fim,Apoiado ao seu netinho,Vae de uma villa a outra villa,O pobre do bom velhinho.

    NUMERO AVULSO 500 REISNUMERO ATRAZADO 500 REIS

    Vive do pão que lhe dão.Dos vinténs, da roupa usada.Por ahi... ao léo da sorte.Numa eterna caminhada...

    Mas, á noite, o vôvôsinhoPede a Deus por seu netinho:"Para

    que delle o SenhorFaça um dia — seu Doutor!"

    OTICO-TICO PUBLICA os RETRATOSOE TODOS 06 SEUS LEITORES

  • o N O R 1 OWSÊS9 ORAVAM juntos tres porcos. Eram tres suínos gordos, que passavambem. Pastavam á vontade e não lhes faltava nada. Tinham a ração de

    milho e mandioca a horas certas, bem como o inhame, a dose de capime de feno; além disso, á noite, saboreavam a gamella de restos de comi-da e da lavagem dos pratos e panellas. Nada lhes faltava, portanto.

    Um dos suinos, porém, não estava satisfeito e queria cousa melhor.— No reino dos bichos poderiam encontrar vida melhor! — di-

    zia o tal porco. Seria notario, isto é, tabellião, e os companheiros seriam seus escre-ventes.

    Os companheiros acha-ram a idéa muito boa eforam "cavar" o logarcom o leão, que era o Reidos Animaes.

    Dentro em pouco foidado ao porco um car-torio bem situado, emlogar de muita clien-tela.

    O primeiro clienteque chegou foi o gallo,e o porco estava acostu-mado a comer frangos.Deu-se, então, o queera de esperar...

    A policia tomou con-ta do crime, e, como nãohouvesse flagrante, e oporco estivesse embriagado no momento, o delinquen-te foi posto em liberdade.

    O rei demittiu o culpado, que voltou para o seu antigo pasto, ora cheio delama e hervas damni-nhas.

    E lá acabou os seusdias o guloso e preten-cioso notario, que quizser mais do que real-mente valia

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  • 16 — Junho — 1926 O T I C O-T ICO

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  • O T I C 0-T I C O — 2 -_ 16 — Junho — 1926

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    BEWA-FLOR~ A'VEMDA EM TODO O BEASILr-

    PODIDOS DOINTeRIOR A0_O_5k5' ,!> i©*?

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    O TICO -TICOtô

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    Redactor-chefe : Carlos ManhãesGerente;. Léo Osório

    ANNO XXI RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA. 16 DE JUNHO DE 1926 NUM. 1.080

    Sede: Ouvidor, 164Officinas: Visconde de Itauna, 419

    O O

    A D E E E S A DO S VEGETAES

    Meus netinhos:

    Não é só o homem o ser perfeito eintelligente, n e m os animaes, como ocão, o gato, o cavallo e outros, que têm afaculdade de se defenderem dos perigos.Essa faculdade, que todos conhecem, éo instincto de conservação e, pode-se di-zei, é tambem peculiar aos vegetaes. Al-guns naturalistas, após longas observa-çoes, chegaram á conclusão de que exis-tem vegetaes que têm a seu serviço epara defesa própria um verdadeiro exer-cito de animaes, de insectos. Entre essesvegetaes está a acácia, flor das maisbellas, que todos vocês conhecem. Aacácia, meus netinhos, parece que sabeexistirem formigas que mordem^ furio-samente os animaes, que são carnívoros,e formigas que se nutrem apenas de ve-getaes. É c o n t r a estas ultimas que obello vegetal se defende por intermédiode uma determinada classe de formigas,chamada pseudomyrna. As pseudomyr-nas gostam muito de mel e a acácia re-serva-lhes sempre esse precioso nectar,

    accumulando-o, juntamente na base dasfolhas novas, dos brotos tenros. Quan-do as formigas que se nutrem apenas devegetaes, como as saúvas, atacam asacácias, dão preferencia aos brotos ten-ros para a devastação. Mas ahi, no pon-to de ataque, existe o nectar, que a aca-cia como que distilla, e as pseudomyr-nas que nelle se extasiam e não consen-tem, de fôrma alguma, a approximaçãodas saúvas devastadoras.

    Dizem, meus netinhos, que é demorte a luta travada entre as duas espe-cies de formigas na defesa á obtenção doalimento que procuram. Mas, a acácia,em paga da protecção que recebe dassuas defensoras contra os ataques dassaúvas, nunca se descuida de cercar aspartes novas e tenras do liquido assuca-rado tão amado das pseudomyrnas.

    Essa particularidade das acácias éextensiva a outros vegetaes e outra cou-sa não é senão o instincto de conser-vação.

    VOVÔ..

  • Ú T I C C-T I C O — 4 — 16 — Junho — 1926

    OTTDCO¥DNASCIMENTOS vial; Marina, por ser gentil; Helena, por ser

    modesta; Arlette, por ser joven; Carmen, por seralegre; Antonico, por ser o-mais delicado; Jorge

    R., por ser conversador; João R., por ser engraçado; JoséG., por ser "gentleman"; João P., por ser o mais acfivo;Nico, por ser elegante; Barbosa, por ser correcto; Carlos,por ser "chie"; Edgard, por ser sympathico; Eduardo, porser brincalhão; José Vaz, por ser bomzinho; Guinho, porser alegre; Eduardo Xavier, por ser gentil.

    EM LEILÃO. _. .

    ^ ^ Estão em leilão as moças e rapazes de Jacaré-paguã: Quanto dão pelos sorrisos de Rosalia Cavalcanti ?pela côr de Alipio Jaccoud? pela altura de Anesia C. Lima?pela sympathia de Benjamin Cavalcanti ? pela camaradagemde Neide Saraiva? pela educação de Sylvio Netto? peloscabellos de Octavia C. Lima? pela delicadeza de HomeroTherim? pelo dansarino José Carlos? pelos lindos olhos deMaria Olympia? pela "pose" de Cessilnio Saraiva? pela

    elegância de Rolinha? pela distineção doAlberto Pinto? e, finalmente, quanto dãopela minha graça ?•3* ^ Estão em leilão os seguintesalumnos do sexto anno da 10* EscolaMixta do 8o Districto: Quanto dão pelosestudos de Aristides ? pelos bons modosde Homero? pelo comportamento de Ro-berto? pela seriedade de Octavio? peloespirito de José N. ? pela obediência deJosé C ? pelo riso de Heitor ? pelo geniode Oswaldo ? pelas sobrancelhas de Al-zira? pelo penteado de Carlota? pelo

    dentinho de ouro de Christina? pelo comprimento dos vesti-dos de Dulce? pela "pose" de Hylda? pela applicação deIrene? pelo sorriso de Magdalena? pelos olhos de Marga-rida? pelos cabellos de Isaura? pela elegância de Paula?pelas graças de Eunice? pelas trancas de Maria Lopes? peloacanhamento de Léa; pela bondade de Nilcéa? pela sinceri-dade de Lêla? pelos dentes de Maria Isabel? pela assidui-dade de Maria Stuart? pela sensibilidade de Leopoidina?pelo andar de Siberalina? pela sympathia de Zuila? e, final-mente, quanto dão pela minha tagarelice? — 5". M.

    NO CINEMA..

    ® $ Querendo organisar um film intitulado A rainhada floresta, contractei as seguintes senhorinhas e rapazes:Nilza Monteiro de Barros, por ser a linda Pola Negri;Nadyr, por ser a fascinante Alma Rubens; Nancy, por serser uma camelia; Pontes, por ser um amor-perfeito; Adelia, , a intelligente Baby Peggy; Nydia, por ser a linda Mary

    ^ O lar do Sr. Octavio Lopes da Cruze Silva e de sua Exma. esposa acha-se enriquecido pelonascimento de um robusto menino que recebeu o nomede Gelson.

    ® 3> Nasceu a 3 do corrente mez a menina Nilza, fi-lhinha do Sr. José Carvalho da Rocha e de sua esposaD. Marietta Nunes da Rocha.

    ANNIVERSARIO.

    •S> Arlindo Vieira, nosso intelligente amiguinho, vêpassar hoje a sua data natalicia.

    ® ^ Fez annos hontem a menina Martha, filhinha' doDr. Frederico Gonçalves.

    ^ 3> Passou hontem a data natalicia do nosso intel-ligente leitor Alceu Hiltner, filho do Sr, Otto Hiltner ede D. Adelaide Figueira Hiltner.

    O Alceu foi muito cumprimentado por todos os seusamiguinhos, aos quaes offereceu uma encantadora festa

    ^ 3> Festejou domingo ultimo a data de seu an-niversario natalicio o estudioso joven AméricoCoutinho dos Reis.

    3> ^ Passou a 9 do corrente a data na-talicia da graciosa Ismenia Vieira, nossaleitora residente nesta capital.

    ^ Completou hontem oito annos onosso intelligente amiguinho e leitor Amai-do Cunha. .,

    NA BERLINDA...

    ® Q> Estão na berlinda as seguintes meninas e me-ninos da rua Thompson Flores: Maria da Gloria, por sermimosa; Marinda, por ter cabellos crespos; Laurinho, porser gentil; Maria de Lourdes, por gostar de brincar; Ong,por ser sympathica; Dirc-eu, por ser amável; Maria, porser bonita; Marieta, por ser querida; Aida, por ser bella;Stella, por ter cabellos louros; Alayr, por ser risonha; Wil-son, por ser elegante; Diva, por ter andar elegante; Ene-dina, por ser graciosa; Carolina, por ter cabellos cachea-dos; Luiz, por ter olhos pretos; Áurea, por ser estu-diosa; Antonietta, por não gostar de cabellos "á Ia gar-çonne"; Itália, por ser nervosa; Judith, por gostar de cor-rer; Júlio, por ser gordo; Josephina, por ser espirituosa;Jorge, por ser bom; Tião, por ser elegante, e eu, por terIingua comprida.

    3> Estão na berlinda as seguintes flores do Club deJacarépaguá: Nayde, por ser uma margarida; Iracema, por

    t-n S7k\ 1/1/**t/%_/ '""'l/Á//' , "" ._«g..

    por ser uma saudade; Galba, por ser um myosotis; Alipio,por ser um lyrio, Dina, por ser uma angélica; Ilka, porser uma violeta; Cessilnio, por ser um cravo; Eva, por seruma magnolia; Gastão, por ser um jacintho, Carmen, porser uma rosa; Cléa, por ser uma papoula; Nair, por seruma parasita; Arminda, por ser uma perpetua; Alberto,por ser um resedá; Aristeu, por ser um jasmin, e eu. porser uma Estrella D'alva.

    ^ Estão na berlinda os seguintesjovens da Villa Almeida: Almerinda,por ser a mais elegante; lracy, porser socegada; Maria, por ser ca-rinhosa; Nair, por ser bonita:Irene, por ser meiga; Elisa,por ser sympathica; Lourdespor ser sincera; Hida, por ser franca;Gracinda, por sertrabalhadeira; Au-gusta, por ser jo-

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    Pickford;Nicia, por ser a impagável Zasu Pitts; Dalila A.,por ser a risonha Dorothy Dalton; Maria Antonietta, porser a predilecta Gloria Swanson; Lucas, por ser o cômicoCarlito; Moacyr, por ser o risonho George Larkin; Mario,por ser o destemido Buck Jones; Robé, por ser o destemidoTom Mix, e eu, por ser o atrevido "Cartola"."^ ^ Foram contractados para um film as meninas e

    meninos do Andarahy: Lucy, a Laura La Plante;Darly, o Wallace Mac Donald; Devanaghi, a

    Daniels; Luiz, o Richard Dix; Jacvra.a Lilian Gish; Joel, o Harold Lloyd;"acy, a Pola Negri; Paulo, o Ramon

    Novarro; Lenyra, a Alice Joy; Diony,Carlito; Lourdes, a Viola Dana;

    Dirceu, o Rudolph Valentino; Ma-ria Zita, a Mary Philbin;

    Heroizo, o Tom Mix;Joanna D'Arc, a BettyCompson; Octavio Au-gusto, o B. Keaton.

  • 1G — Junho — 1926 — 5 — O TICO-TICO

    A FAMÍLIA DO TICO-TICO

    AVIA um movimento extraordinário no mundoalado. Viam-se pássaros a saltar nos galhosdas arvores manifestando certo contentamento.Alguns tratavam da toilette passando o bicopelas pennas como para desembaraçal-as do póque lhes tirava o brilho. Outros banhavam-senos riachos ou filettes de agua que corriam so-

    bre a pedra indo depois estender-se sobre as pedras expondo-seaos raios do sol.

    Era um movimento desusado.Dir-se-ia que esperavam a visita de algum personagem

    importante no mundo alado. Seria a Águia ou o Falcão queelles esperavam? Não!

    Isso não podia ser, porque esses indivíduos não são espe-raveis, visto que, são temidos na sociedade das aves. O que era,

    então? Cousa muito simples:a passarada recebera parti-cipação do nascimento de tres bébés do Tico-Tico. A senhorado Sr. Tico-Tico havia augmentado a familia com tres bébésque por signal eram tres Gauderos, uns pássaros do tamanhode um Virabosta. O Gaudero põe os ovos no ninho do Tico-Tico sacrificando os ovos deste; quando nascem cs Gauderinhosc Tico-Tico os cria como se fossem seus filhinhos. O Tico-Tico v um bom e caridoso passarinho.

    Assim a passarada foi cumprimentar a Sra. Tico-Tico;mas ao vêr tão grandes filhos voltou espantada com oque viu.

    O Tico-Tico é um trouxa, diziam uns. Não! protestavamoutros — elle é simplesmente uma bôa alma, caridosa, meiga,como convém ser a dos meninos que lerem esta historia.

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  • P TIÇP-TICP -i 6 16 — «Junho 1926

    O AFILHADO DA MORTE*Um

    pobre homem, carregado cie uma porção de fi-lhos, era já compadre de quanta gente conhecida haviano lugar. Por oceasião do nascimento do ultimo pimpo-lho, o pai viu-se em sérios embaraços e disse: "Eu sóqueria saber a quem é que hei de convidar agora". A mu-lher respondeu: "Olha, quando sahires á rua, convidaa primeira pessoa que passar".

    No dia seguinte, de manhã cedinho, o homem sa-hiu e poz-se a passear de vagar pela estrada; d'ahi apouco uma mulherzinha vestida de cinzento, carinhamuito alegre, appareceu do lado opposto e dirigiu-separa elle:

    "Olé, já tão cedo na rua?""Ando á procura de uma madrinha para meu filho;

    a propósito, querereis vós por acaso acceitar?" A mu-lherzinha disse: "'De muito bom agrado, dizei-me ape-nas quando é o baptisado". — "Amanhã pela manhã, sevos aprouver".

    "Pois bem; amanhã justamente tenho alguns negóciosna aldeia próxima e estarei a tempo em vossa casa"."Como vos chamaes, senhora comadre?" "Eu sou aMorte", respondeu a mulher com um sorriso; dizendoisto, despediu-se com ligeira inclinação de cabeça e con-tinuou o seu caminho.

    No dia seguinte appareceu á hora marcada e levoua criança á pia baptismal. Depois ella disse: "Quandoo menino tiver quatorze annos, voltarei aqui e então nãoprecisareis mais ter cuidados com o meu afilhado; seráelle que cuidará de vós.

    Os pais, muito contentes com esta nova, agradecerame a Morte despediu-se.

    No dia em que o menino completou quatorze annos,a Morte appareceu, conduziu-o á floresta e disse-lhe:,"Meu

    querido afilhado, agora vou fazer de ti o medico-mais perito do mundo; ouve bem o que te vou dizer.Sempre que, ao entrares em uma casa para examinarum doente, me vires em pé junto á sua cabeceira, po-deras dizer affoutamente. "Este doente não se salva".Mas se tu me vires no extremo opposto da cama, en-tão darás como remédio um liquido composto de leitee tres pedras de sal. Dentro de tres dias o homem'estará outra vez bem.

    O rapaz agradeceu á sua madrinha e começou aexercer a sua profissão com grande actividade. Nãotardou a adquirir grande fama e ao mesmo tempo uma ,bonita fortuna. Até foi chamado para tratar da filhado rei e, tendo-a curado, pagaram-lhe mui generosa-mente o seu trabalho. O próprio rei cahiu doente comuma moléstia chronica e de difficil tratamento; mas ojoven medico, sendo chamado, conseguiu curaí-o tam-bem e recebeu desta vez o dobro do honorário que lhehaviam pago pelo tratamento da filha.

    O tão afamado medico era, per esse tempo, ho-mem feito. Um dia, quando passeava pela floresta, en-controu a sua madrinha. Esta fez-lhe companhia nopasseio até chegarem a uma encruzilhada. Ahi a Mor-te parou e disse: "Eu agora tomo para a direita, se-gue tu o caminho da esquerda; é para teu bem; brevenos havemos de ver ou tra--vez".

    O medico perguntou: "Mas para onde é que Ul'Vou para casa: que tenho muito que fazer"*,

    respondeu a Morte. "Pois então vou comtigo, minhaboa madrinha", disse o medico "mesmo porque nunca

    _ vi c lugar em que moras". A Morte, porém, procuroudissuadil-o do seu propósito, e pediu affectuosamenteque seguisse o outro caminho. O medico, per sua vez,não se quiz conformar e tanto insistiu, que a Morte porfim lhe disse: "Pois bem; poderás ir commigo até aporta do meu castello, mas não consinto que entres!"

    Assim foram andando juntos e d'ahi a pouco che-garam a uma estrada bonita, larga e plana, que se es-tendia pela floresta fora. Lá no fim estava um lindocastello com as janellas todas fechadas. A' entradado mesmo a Morte dirigiu-se ao medico nestes termos:"Agora meu querido afilhado, peço-te que não insistasmais; faze-me o favor de voltar". O medico, porém,sentia justamente neste momento a maior curiosidadee queria por força conhecer o aspecto interior do cas-tello. Por mais que a Morte pedisse, elle não quizvoltar e fez questão de entrar no castello da Morte.,A primeira impressão, logo que entrou, foi que ahi rei-navà escuridão completa; não tardou, porém, a divisarlá mais adiante uma porção de luzes. "O que significaaquillo?" perguntou o medico, muito admirado. AMorte respondeu: "Isto são as luzes das vidas huma-nas". "E onde é que está a minha?" perguntou o me-dico. "Não queiras saber, é melhor ignorares", repli-cou a Morte. O medico, porém, tanto a atormentou, queella afinal cedeu e lhe mostrou uma luz muito pequenina,que estava quasi a apagar-se. "Mas agora quero quesaias e não te demores um só instante para que eu nãotenha de exercer a minha funeção sobre a tua pessoa aquimesmo".

    Ella fel-o sahir e reconduziu-o depressa oara a fio-resta.

    O medico foi logo para a casa e na mesma tardecahiu seriamente doente. De noite acordou e, percor-rendo o aposento com a vista, deu com a Morte á cabe-ceira da cama. O medico voltou-se rapidamente e mu-dou a sua cabeceira para o outro lado da cama, virandoos pés para a Morte. Esta, porém, foi muito tranquilla-mente para a outra extremidade; o medico tornou a mu-dar a sua posição e levou nisso até ao amanhecer; demodo que a Morte, apesar de toda a sua bondade eamabilidade, afinal se eançou e disse: "Tu sósinhodás-me mais que fazer do que todos áquelles que, desdeo tempo de Adão, tenho vindo buscar neste mundo; poisbem, separemo-nos como bons amigos. Dize-me se que-res viver ainda o dia de hoje, eu t'o concederei de boavontade". — "Só quero o tempo necessário para rezarum Padre-Ncsso", respondeu o medico. "Pois, vá lá",concordou a Morte., O medico começou então: 'PadreNosso que estaes... bom, minha madrinha, basta perhoje. Eu agora levo cincoenta annos a concluir a ora-ção". A Morte então riu-se e disse: "Vá lá; vá lá;mas d'ora em diante nunca mais ensinarei a minha artea um medico".

  • Í6 — Junho — 1926 / — O T I C O-T I C O

    fl semana escoteira AS flVEHTÜRflS 00 ÍNDIO PÊItltETOSTflDflAo meu distincto instruetor Sr.

    Abdon de Oliveira.

    Nunca a natureza teve para mim tantosencantos, como naquella manhã, que des-pertei no campo do Russell na companhiaalegre e ruidosa dos collegas escoteiros.Espectaculo novo para mim, que acampa-va pela primeira vez, gozei-o em toda asua plenitude, bebi largos haustos, o ar em-pregnado de maresia, que a brisa matinaltrazia até as nossas barracas.

    Radiante contemplei o mar que se esten-dia á nossa frente, e cuja superfie es-verdeada era tão tranquilla... tão sere-na... como si em seu seio jamais houvessesentido o choque terrível das suas aguasem convulsão.

    A meus ¦ olhos, toda a paysagem* tinhaattracções novas, até naquella chuvinha im-pertinente e importuna, que nos privou dealguns números do programma da " Sema-na escoteira ", encontrei um que de alegria!

    O hasteamento da Bandeira, que, áci-ma de nossas* cabeças ascendia triumphal-mente ao topo do seu mastro, onde se des-dobrava gloriosa aos beijos do vento, comosoberana, no prestigio real da sua grande-za, teve para mim o valor de uma sensaçãonova, e foi num arrebatamento de enthu-siasmo, que acompanhei as vozes que can-tavam o hymno da Pátria, que achei na-quelle dia mais expressivo, mais doce, fa-lando-mc mais directamente ao coração.

    Ao signal dc levaiYar acampamento, sen-ti que fora tão curta a nossa estadia ali!...naquella colmeia garrida e buliçosa, no meiodaqtiella alegria tão sã, na camaradagemirmã e sincera daquellas centenas de esco-teiros1

    Saudoso, tornei á Petropolis, meu berçoe pátria das hortensias, e, embora houves-se entre o nosso grupo o mesmo conten-tamento, a viagem não teve para mim >aspecto encantador da ida.

    Porém, é virtude do escoteiro cumprir oseu dever prazeirosamente, por isso, trateide afugentar as saudades do acampamento,e aqui estou no Collegio, a estudar... aespera de outra opportunidade que me levede novo ao ar livre de um pittoresco re-canto, ao contacto intimo com a naturezasem par do meu Brasil.

    Sempre alerta 1Maurício Xavisr

    Petropolis.

    C^g^l-JJuquinha comprou para sua irmã E estava tão parecido que o índio

    Bellita um porquinho de borracha. Pelletostada, vendo-o de longe, jul-Vou enchel-o de ar! — disse Juqui- gott-o um bacorinho — serio petisconha. E o porquinho foi crescendo que para um almoço! — e mais que de-parecia mesmo um cevado de ver- pressa tomou o arco e desferiu adade. f léxa.

    5= »a—-r JT!!^l_Lj_^O pobre porquinho recebeu o fie- E Pelletostada, que contava ter ca-

    xacho em pleno corpo e começou çado um bacorinho, ficou pallido deesvasiar-se soltando profundo gemi- surpreza ao ver um pedacinho deJo. — Que aconteceu? — perguntou borracha que ficara no chão e ao ou-Beüita. — Foi uma fléxa do indio! vir as gargalhadas de Juquinha e— respondeu Juquinha.

    Na índia existem, ainda actualmente,crocodillos, que já eram velhos quandoos inglezes conquistaram aqueile pai/.

    Bellita.

    Os mares polares são menos salgadosdo que os das zonas tropical e tem-pera-la.

    %A ESPADA DE DAMOCLES

    A espada de Damocles é citada como osymbolo de um perigo que pode ferir umhomem no meio de sua felicidade apparente.Conta-se que Damocles era um dos cortezãosde Dyonizio, o tyranno de Syracusa, e constan-temente exaltava a sua felicidade; então Dyo-nizio, querendo mostrar a Damocles, por umaallegoria, o que era a felicidade no meio dasgrandezas, convidou-o para um banquete eordenou aos escravos que o servissem como aelle próprio Damocles estava muito contente ámesa," quando, erguendo os olhos, viu uma

    espada muito pesada e aguda, que estava sus-pensa sobre sua cabeça, presa apenas por umfio de crina de cavallo. Damocles desde essemomento não pôde mais encontrar prazerno banquete, preoecupado com a idéa de queaquella espada podia cahir.

    Sobre Demosthenes a única cousa que seconta com relação a espada é que esse famosoorador atheniense, querendo perder o vicio deencostar quando se sentava, collocou durantealgum tempo uma espada por traz de si.

  • O T I C 0-T I C O _ 8 — 16 — Junho — 1926

    €Qfflffi»RMCDDONGA (Ribeirão Preto) — Joaquim Nabuco era

    filho do conselheiro Nabuco de Araújo,.que, como juriscon-sulto e estadista, ainda gosa da mais justa nomeada. Foio primeiro embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Pro-duziu, como deputado, os mais eloqüentes discursos pelaabolição da escravidão; e, fora do parlamento, foi tambémum propagandista de primeira ordem. A elle se deve muitoda conquista de 13 de Maio de 1888. Nasceu em Per-nambuco, em 1849; mas seu pae era bahiano.

    DESCONHECIDO (Piracicaba) — Indica a sua letraum homem precavido, embora não desconfiado. Seu espirito,chem de perspicácia, avisa-o muito a tempo daquillo quelhe é conveniente, e o traz em permanente estado de vi-gilia contra os inimigos do seu interesse. Entretanto, nãodeixa de ser gentil e é até um espirito faceto, de grandecotação entre as mulheres... Para este ultimo caso con-corre muito o seu feitio garrido e galanteador. Infelizmente,nãc tem bondade cordial.

    O homem nascido a 21 de Março será engenhoso,muito falador, mas prudente. Não serárico, mas andará sempre longe da pobreza.Será muito fiel a seus amigos e ameaçadopela ferocidade de algum animal. Padeceráalguns infortúnios, mas receberá uma lie-rança compensadora. Casar-se-á com mu-lher estrangeira, de paiz bem distantedo seu. %

    CURIOSO (São Paulo) — O pode-roso transmissor da Companhia Radio-telegraphica Brasileira está collocado emSepetiba, e o receptor em Jacarépaguá,ambas as localidades lio Districto Federal.A distancia entre as torres é de cerca de35 kilometros. E a altura dellas é de 250metros. Quanto ao poder • transmissoç» ereceptor é dos maiores que se conhecem nomundo. A machina transmissora funçcionacom a altissima velocidade de 2.200 revoluções por minuto- SEMPRE VIVA (São Paulo) — A sua letra revelaum grande espirito pratico, a despeit.o de alguns accessosfrancamente idealistas, quando em estado melancólico, effeitode isolamento. E' então que envereda pelo caminho dafan-tasia e do pessimismo que a consterna. Felizmente, nuncadeixa de entrar contente na luta pela vida, em que revelaqualidades voluntariosas excellentes. Seu espirito, muitoaltivo e independente, repelle as injuncções do meio, massempre com muita discreção, de modo a não alheiar sym-pathias. Não é bondosa de coração.

    Quanto ao horóscopo de 15 de Setembro, diz elleque a mulher será casta e timida. Casará cedo e rica. Seráboa mãe de família e viverá cercada de sympathias ecarinhos.

    O taiisman do mez é a pedra Jaspe, a que se attribuegrande poder contra tristezas.-• FILHO DE LAVRADOR (Minas)

    '— A tamareira é

    uma espécie de palmeira que floresce nas regiões caudasdesde as Ilhas das Canárias pelo norte da África e o sudo-este da Ásia até á índia, mas ha alguns annos que setem feito esforços para se introduzir o cultivo da tamaranas regiões áridas do México e dof Estados Unidos — oque se tem conseguido com grande êxito, empregando-seprocessos artificiaes para a maturação do fructo.

    E' claro, que no Brasil também se poderia conseguirtão preciosa cultura. E' uma questão de inicia-tiva com prévio estu-do das zonas onde atamareira se poderiadesenvolver. E va-leria a pena porqueapezar das varias fon-

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    tes de importação, -um kilo de tamaras custa, neste mercado,de oito a doze mil réis. E já que alludimos a meios arti-ficiaes de amadurecer as tamaras, devemos acerescentar queo mais usado é o forno electrico. Mas o melhor é o preparoda terra por meios que a chimica facilmente ensina.

    MYSTERIOSA (Recife) — Sua letra indica uma na-tureza de pouco idealismo, de muita vaidade e de vontadefrágil. Seu espirito é curto e vario, e seu coração não temvibrações de bondade: apenas se preoecupa de amor.A mulher nascida em 2 de Outubro será de gênioalegre e mui variável. Gostará muito de andar vestida comriqueza e elegância. Seu amor soffrerá difficuldades, tnas porfim, encontrará alguém que o corresponda e a faça feliz.

    SYLPHA BARNUM (Recife) — A poderosa GreatWestern Railway — uma espécie de Light ou Leopoldinado Norte — começou com uma linha do porto de Recife ácidade de Limoeifo com um ramal até Nazareth, o qual foilogo prolongado a Timbauba. A Companhia formou-se emLondres, em 1872, e seu primeiro presidente foi o Sr. TamesFerguson.

    INICIADOR (Jaraguà) — Hippocrene ou Fonte docavallo era uma fonte do monte Helicon (Beocia), con-

    sagrada ás Musas. A justificar-lhe o nomeconta a Mythologia que o cavallo Pégaso comuma patada fizera brotar essa fonte da rocha.

    DORA COARES (Rio) — Revela a sualetra um temperamento altivo, mas muito sen-

    sivel e delicado, com ligeiros toques idea-listas. Sua vontade é muito firme e hábil:tem ímpetos de grande audácia quando trata

    de interesses monetários, mas sabe con for-mar-se com as possibilidades do momento,embora não tarde em voltar ao seu querer

    ambicioso. Seu espirito vibra muito: é ex-pansivo, sinceramente amável e acciona um

    coração muito bondoso e cheio de ternura.— Diz o horóscopo de 7 de Setembro que

    a mulher será de physionomia alegre, timida e casta, combonitos olhos e feições correctas. Casará cedo e rica, e seráde extrema felicidade com as filhas. Sua existência teráas bênçãos não só dos seus como também dos extranhosque a conheçam intimamente. /

    R. DE S. (Rio) — O oceano mais profundo i o Pa«cifico, onde ha uma depressão de 9400 metros, no arcííipelagode Tonga. A máxima profundidade no oceano Atlântico é8400 metros. Segue-se a do oceano Indico com 6000 metros.

    Você quer seguir a profissão de mergulhador?...MARION fSão Paulo) — A analyse de sua letra re-

    sulta uma personalidade materialista, muito ambiciosa pordinheiro, de espirito futil, embora bizarro, e de vontade au-daciosa, nem sempre orientada com firmeza. Estaria promptoo seu esboço, se não restasse assignalar uma pretenciosidaderepleta de amor próprio e de espirito de contradiecão. Ocoração é duro.

    Diz o horóscopo de 10 de Fevereiro que a. mulherserá muito amiga da sua conveniência e de conservar a suaopinião. Terá adversidades no começo da vida, mas vencei-as-á com perseverança e calculo. Será rica ou por herançaou por meio do casamento. Sua existência prolongar-se-á atécerca de 70 annos.

    RAMOS PINTO (Penha) — JNão fique triste por nãeter comprehendido a palavra — subhastação. Ha muita gentegrande e graúda, que também ignora a significação desse

    termo forense. Elle quer dizer, simplesmente —arrematação ou ven-da que se faz dosbens do devedor napraça publica pormandado judicial.

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    MARIA LOBO, _*íÉ_BF__Jjoven pianista paulista. Et ^K h|

    os 8r_-~_ üosNOSSOSAMIGUINHOS

    RUTH CEAe Armando Duva M. de

    Paiva.

    A interessante Maria An-gela, filhinha do Sr. Anto-

    nio Didier, Pesqueira.

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    filhinho do Dr. Ignacio Maitta __y**-"" I "^___i

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    MILTON,filho do Sr. Leonidas Pe-

    reira da Silva, Recfife.

    AUGUSTO DO NASCIMENTO SIQUEIRA e stus irmão-sinhos, Alerante, Maria, l___y e Ccicão, — Rio G. do Sul.

    JOSÉ, BENTOe Jarbas Gonçalves, Vi-

    ü ctoria, Est. do E. Santo.

  • f _-\_ V vi\nvj V*»A f^V-t-í \T VJ ___ -v v_>

    Estávamos quietinhos na janellaEspiando p'ro fundo do quintalVendo a negra lavando uma panellaE os moleques pellando um laranjal;

    Quando o pato de D GabriellaBateu as azas, fez quá, quá! qua, quaá !Dissemos logo: — E' gôgo na guela!E o patinho foi logo se sentar.

    Quando, porém, o pato levantou-seVimos um ovo! Um ovo, não um doce!E pato não põe ovo, é só gallinha!

    Mas Nina disse: — O pato é bem ladrão!O ovo que elle póz ? Não, elle não,Elle enguliu um ovo da "Branquinha"!

  • A M B N I N A DES E D 1 E N T E

    Lena não era obediente. Sua mãe encar-regou-a de levar uns fructos cm logar dis-tante, recommendando muito que não pa-rasse nem brincasse pelo caminho.

    Mas a menina encontrou pouco adiantedois meninos e com elles poz-se a con-versar, esquecida da recommendação ma-terna.

    aM~

    »t.»,v*'-M\WXV.\\.lll «SS^ ~~~~~\^ —————

    Os dois meninos, que eram dois pe-raltas, desde logo puzeram-se a escar-necer de Lena, a quem chamavam detola.

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    E como quizessem provar o que affir-maram disseram a Lena que numa cochei-ra próximo havia um boi que voava.

    A menina, desobediente e tola mesmo,quiz logo ver o extranho animal de quelhe falavam os dois garotos. Estes... 1 ...não hesitaram e foram com a mem-na até a porta da cocheira. Ali chegados,os garotos empurraram Lena para...

    ...dentro da cocheira e fecharam a por-ta. — Ficas ahi presa, para não serestola! — disseram os dois meninot

    E Lena teria ficado presa muito tempose sua mãe não a tivesse encontrado. Lenafoi castigada por sua desobediência.

    Se tivesse cumprido a recommendaçãode sua mãe não teria sido victima do lo-gro que os meninos lhe pregaram.

  • /^^-^^^5§^^ OS NOSSOS _^^______§§^K

    Helena do Nascimento j^Ktm^^/ÊÊm^ Rachel Duék

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    * *VALVERDE, * _lj>filhinha do se- fmpnhor Adolpho ^».Ferreira Pinto. _á__(p*

    i___Bv ___

    Vo-__á_fc _tr*_*^__a_í pfV .>^^^_r im,immmmmm'm^

    Y______h_\v ^mmW^^ *^*,;árf

    NEY,filho do Sr José Parreira Barbosa.

    A interessante menina MARGARIDA, filha do Sr. FranciscoTeixeira Yoca, Saure. Est. do Ceará.

  • „. o o 3 o te ¦* íM *2 "Hcoj 1 rlili! Éà |.fi 5 a; f~* g,¦-•3 Sen Sn !¦ 5 1] SO1-i2'£ V? Sagra* g S° I

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  • 16 - Junho - 1926 -15- -. O TICO-TICO

    A INTELLIGENCIA DO CHICO CORNETEIRO

    O Pafuncio passeava com os filhos na praia quan- Os pobresinhos puzeram-se a chorar mas "o Llitco

    do uma rajada de vento atirou ao mar os chapéos dos Comcteiro lhes disse: — Não chorem! Vou buscar osseus chapéos!pequenos.

    Cããr /.k "^y^^^^i''^'' ~\ _¦--—/""* ' ¦-¦-:¦.--

    E prendendo ás pernas duas cometas foi se apoiando ... e desse modo poude apanhar os chapéos dos meni-nas vi

  • O TICO-TICO — 16 — 16 — Junho — 192G

    CLINICA MEDICAcT "O TICO-TICO"

    LAXATIVOS PARA CREANÇAS

    Geralmente, na primeira infância, ascreanças apresentam algumas desordensgastrico-intestinaes, occasionadas pordescuidos e vicios de alimentação.

    A prisão de ventre é uma das conse-quencias dessas irregularidades da fun-cção digestiva e, para combatel-a, quasisempre é proposto o emprego de laxati-vos, sem que se procure reflectidamenteescolher as substancias medicamentosasmais convenientes.

    Os elementos mineraes absolutamentenão devem ser prescriptos ás creanças,exceptuados os casos de imperiosa ne-cessidade. E apenas o bi-carbonato desódio, em doses mínimas — meia colhe-rinha (das de café), numa chicara deleite morno, pela manhã, em jejum, po-dera ser experimentado, com intuito deobter um ef feito laxativo.

    Outros saes da mesma base, o sulfato,o phosphato e o citrato de sódio, benicomo os vários saes de magnesio única-mente poderão ser ministrados ás cre-ancas, havendo a responsabilidade pro-fissional de um medico.

    O mesmo rigorismo existe em relaçãoaos elementos vegetaes, — rhuibarbo,oleo de ricino, sene, etc, os quaes nãodevem ter emprego arbitrário. _

    Para as creanças de tenra idade, oKenuino laxativo é o manná em lagri-mas, — inoffensivo producto que exer-ce uma lapreciavel acção muito branda,sem determinar a menor irritação e que,além disto, é facilmente administravel,¦çraças ao sabor agradabilissimo quepossue.

    Em creanças jâ desmammadas, o tra-tamento da prisão de ventre, poderá serfeito por meios alimentares empregai!-tt.i-se, por exemplo, as sopas de legu-mos, cereaes, batatas, etc.

    Uma de taes sopas será, assim, pre-para.a a contento: juntar-se-ão tres ba-tatas e uma cenoura de tamanhos re-gulares, duas colheres de ervilha emgrão e uma colher de cevada desças-cada; addiccionar-se-á um pouco de salde cozinha e levar-se-á a mistura ãacção do fogo, tendo, para o decocto,1200 gramm.is d'agua potável; deixar-se-á que ella ferva, durante 3 horas;depois, far-se-á por esmagal-a, com in-strurnento apropriado, e por submet-tel-a a uma passadeira fina; o productoobtido, que ha de ter a consistência deum creme semi-liquido, levará uma co-jherinha de manteiga fresca e estaráem condições de ser offerecido comouma substancia que, além de nutriente,.rigina um moderado ef feito laxativo.

    CONSULTAS DA SEMANA

    J. RIBEIRO — A menina deve usar:essência de aniz, uma gotta; essênciade hortelã, 2 gottas; chloroformio, 6gottas; oleo essencial de chenopodio, 14gottas; oleo de ricino, 25 grs.; xaropede ameixas, 25 grs., — para tomar de'uma só vez e pela manhã em jejum.Obtido o effeito deste remédio, a me-nina usará, diariamente, pela manhã, uncomprimido de Thyroidina, do Laborato-rio Paulista de Biologia. Usará tambem,depois de cada refeição principal: lacto-phosphato de cálcio, 15 grs.; arrhenal,20 centigrs.; glycerina, 30 grs.; xarope

    QUEM PESCA NÃO DORME

    ^%~" "CS0^^

    Joãozinho havia sahido para pescarna beira do cáes mas já estavaaborrecido por não ter pescado umasó sardinha.,

    Parecia ao Joãozinho que os pei-xes tinham ido dormir.

    I__ ii ii ii i i

    A' visfa disso. Joãozinho resolveutambem tirar a sua somnéca emquan-to esperava. E adormeceu.

    Mas eis que uma linda tainha fer-rou no anzol sem que o pescador per-cebesse.

    A maré foi vasando. e a tainhaemergiu fora d'agua. Eis que surgeo Trinca-Espinhas e, vendo a tainha,ascendeu a lamparina e em poucos

    Quando Joãozinho acordou e v'upreso á ponta da anzol um esqueletode peixe, jurou que nunca mais dor-

    momentos arranjou um saboroso ai- miria quando pescasse para não sermoço-de peixe. logrado como foi.

    de proto-iodureto de ferro, 300 grs., —uma colher (das de sobremesa). Final-mente, ao se recolher ao leito, usaráuma colher (das de café) de Sacerol,num cálice d'agua assucarada.

    O. R. A. I. (S. Paulo) — Use,pela manhã e á noite, uma pastilha deNeurodose. Depois de cada refeiçãoprincipal, tome Triogene Fór, uma colher(das de café), num pouco d'agua assu-carada. A' noite, ao deitar-se, use Se-dosine, — duas vezes a medida queacompanha o vidro, numa chicara deinfuso de melissa. Faça, pôr semana,3 injecções intra-musculares com o Stry-chnarsitol Robin. Externamente, empre-gue: sulfato de zinco, 6 centigrs.;chlorhydrato de cocaína, 10 centigrs.; .hydrolato de rosas, 15 grs., — para in-stillar uma gotta, em cada globo ocular,pela manhã e á noite.

    R. A. S. (Paranaguá) — Use, pelamanhã e á( noite, uma pastilha de Pro-veinase Midy. Depois de cada refeiçãoprincipal, use o Dynamogenol. Faça, porsemana, 3 injecções hypodermicas, em-pregando a Oceanine, (ampolas de 6i^_centímetros cúbicos). De 2 em 2 dias,empregue, ao deitar-se, um dos Suppu-sitorios de Adrenalina Marinho.

    L. M. (Rio) — Use: tintura de aco-nito, 15 gottas; tintura de eucalypto, 1gr.; licor ammoniacal anizado, 40 got-tas; benzoato de sódio, 4 grs.; xaropede Roux, 30 grs.; influso de espéciesbechicas, 250 grs., — um pequeno ca-Iice, _s 3 em 3 horas. Em gargarejos,3 a 4 vezes por dia, empregue o Garjil.

    Antes de cada refeição principal, toma15 gottas de Sanas, num cálice d'aguaassucarada. Si reappareaer a insomnia,use: Veronal, 75 centigrs., divididos ern3 cápsulas, para tomar uma de 2 em2 dias, no momento de se recolher ao•leito, ingerindo em seguida uma chicarade leite quente.

    A. C. (Nova Iguassú) — Dê á crean-ça: xarope de cascas de limão, 25 grs.;o'eo de ricino, 25 grs.; xarope de althéa,30 grs.; xarope de tolú, 30 grs.; xaro-pe de ameixas, 30 grs., — uma colher(das de café) de 3 em 3 horas. Nomomento de se recolher ao leito, em-pregue uma colher (das de chá) do Cal-mante Aubriot.

    INDEPENDENCISTA (Apparecida doNorte) — Use pela manhã, um compri-mido de Thyroidina e á noite um com-primido de Orchitina, do LaboratórioPaulista de Biologia. No meio de cadarefeição principal, tome uma colher (dasde café) de Biocalcose Granulada, numcálice d'agua assucarada.

    LISE FLEURON (Campinas) — Amenina deve usar: arrhenal 20 centigrs.,glycerina 30 grs., xarope iodo-tannicophosphatado Marinho 1 vidro, — umacolher (das de chá), depois de cadalefeição principal. O menino usaráxarope de althéa 20 grs.,xarope de tolú 20 grs., xarope de cas-cas de limão 20 grs., oleo de ricino20 grs., — uma colher (das de café)da mistura, de 3 em 3 horas.

    DR. DURVAL DE BRITO

  • 16 — Junho — 1926 — 17-* O T I CO-T I C O

    (0)TOtE>(DRESULTADO DO CONCURSO.

    N. 3.023

    ftLMANCHdo

    Tico-Tico pàrq

    A solução exacta do concurso

    Soluclonistasi — Jayme Dranger, Zc-lia Nunes, João Marac.cine, Milton A.Santos, Nestor de Mello, Cassiano Reise Silva, Jayme Heitor de Mattos,

    "Wal-ter Sanches Rodrigues, Mario Brissola,Alfredo Alves de Faria, Jurandyr An-drade Pimentel, Rath Silva, Maria deLourdes Costa, Lu-cia J-uliano, JoannaJuliano, Maria da Penha Juliano, Olga«Ie Toledo Fonseca, Arthur de AssisMoura, Braz Califio, J. R. Madeira,Armando Pires, Sabino de Freitas Net-to, Ângelo Sesjrilho, Paulo Reis de Ma-g-alhâes, Francisco Ramalho Alge, Ar-mando Diniz Júnior, Dora E. F. Wer-neck, Adhemar de Almeida Moreira. Ja-cy Ferreira, Sylvio Sã,' Regina Celestode Souza Corimbaba, Yolanda de Car-valho, Myriam de Carvalho, José Fran-

    cisco Gonçalves, Manoel G. Faria, NI-Io S. Mendes. SyiVio Machado, JoioFerreira Pinto, José Paulo da Silva, El-tsadlna Fonseca Cunha, Luiz Lopes, Leo-nida Toledo, Ruth Ramos, José Gon-çalves, Lindomar de Alcântara, DoraRaposa Meyer, Eurico Costa Macedo,Floriano Baptista, Hélio Moraes Gar-cia, Henrique Hingston Viard, Maria daLourdes Figueiredo, Manoel RodriguesCamtpos, Odette Penteado Malta, JairLuiz da Silva, Antônio Raphael, PedroCâmara Filho, Paulo Nascimento, NeyCorrêa, Ornar Ferreira, Maria AzutesAzurem Fontes, José Pereira de Mas a-lhâes, Aristóteles de Carvalho, JairoPimentel, João Villani, Antônio P

  • O T I C 0-T I C O — IR — 16 — Junho — 1926

    GRANDE CONCURSO DE SÃO JOÃO £>'"0 TICO-TICO"A R' E CAÇÃO DOS NOMES

    INICIAREMOS NO PRÓXIMO NUMERO A PUBLI CAÇÃO DOS NOMES DOS CONCORRENTES QTJENOS ENVIARAM SOLUÇÕES DO GRANDE CONCURSO DE SAO JOÃO, ASSIM COMO OS NÚMEROS

    RESPECTIVOS QUE CONCORRERÃO AO GRANDE SORTEIO.y»^^V^^WVWyw^^W^^^^^^y^V^^^Vv»wwwM¥W^^^^^^^^^^^*^^^MMAA^ »*aaa*

    Maria Pizarro das Neves. Kunella Le-gey, Irineu Bernarchi, Nair II. Silva,Alfredo Moraes Filhos, Edu' Guimarães,Henrique Pereira Carneiro, Hiena Boa-ventura, Maria do Lourdes Arnaud,Isaac Cook, Wheadstone P. da Fonse-ca, Dulcina Chaves, Daloio Pires Barbo-sa, Milton de Azevedo Ferreira, JadoHorta, D-uloe Eoscarelll, José AracatyTavares, Henrique Wasconcellos, DimAndrade, Daniel Simões de Almeida,Aridith Nogueira, Adalberto EduardoSilva, Luiz F. Viola, Almir Pinheiro,Manoel Brandão da Cruta, Pery A. Go-mos. Hugo Unti, Marina Jordão. Mariode 1/uca Ertbalato, Waldir da Fonseca oSilva, Paulo de Almeida Machado, Sc-randyr Jayme Leveira, Veriato Carva-1'ho Mathias, Francisco Nunes, DoloresMaanes, Thomaz Archibaldo Scott, Ma-rina de Castro Alves, Maria Clara Da-Io, Caio Monteiro de Barros Filho, Wal-dyr Fraga Coelho, Verano .Fraga Coe-lho, Wandy Fraga Coelho, Raul FragaCoelho, Eurydice Segadas Vianna. Ne-nê Fausto, Maria de Lourdes Coutinho,Sebastião Leite Chaves, Sebastiana L.C., Sidiney Edmundo Miller, FernandoCoelho, Júlio Ribeiro, Enedina de Al-meida Sampaio, Renê Mello Conter. Hil-grard Stiernberg, Maria Martins Ribeiro,Carmen Fagundes, Octavio AlmerindoFerreira, José de Lacerda dos Santos,Israel Carneiro Guarabyra, Osvaldo R.da Silva, Elza Loyelo, José GuilhermeSerra, Hamilton de Lemos, Carlos Emi-lioSchlang, Wellington Guimarães Was-concellos, Arlinda de Sá Linhares, Nel-son Firme, Nio-bel Lemos, FranciscoMartins, Manoel de Sá, Arino de Sá LI-nhares, Weber Serra, Antônio Oliveirado Rosário, Aracy Delduq-ue, Guiliher-me Monteiro, Sylvio José Martins, Ali-co Bartha Hingel, Orlando Pires, Di-nah Areão, Antônio Burski Silva, Ju-dith Medeiros, Hello Pinto Guedes, Her-nani Martins, Edgard G. Teixeira, Ali-ce Souza Pacheco, Nelson Nobrega, Mu-rillo Soares, Maria Arnely Leão Silva,Walter Leão Silva, Alberto Nelson deFigueiredo, Carlinhos Sampaio, DalceFaria, Lucinda Lessa Cordeiro, JaymoFernandes Campos, Homero Dias Leal,Marilia Dias Leal, Rubens Dias Leal,Clovis Freitas, Ondina Leite de CamposRosa, Nelson Martins, Leonidas Lopes,Julinha Blessmann, Maria G. Salles,Waldiemar Trutium, Mariana Nunes Al-ves, Léo de So-uza Ribeiro. FranklinC. Gurgel, Ulestino Carvalho FariaMaria da Conceição Sá, Lorio Gottozogaz,

    Otto A. Chlveiler, Anísio ^Toledo, HeitorRibeiro Lopes, Dalu Teixeira Chaves,Armando Rodrigues Alves Filho, Mariade Lourdes Rodrigues Raphael, Oswal-do M. Couto, Jayme Coelho, OpheliaOdette de Carvalho, Maria Ajxiliadorade Figueiredo, Milton Baroni, Lute Sou-za Cavalcante, Crysollce Lima, JoséWalladares, Beatriz Tavares, VicenteNascimento, Nelita Lopes, Lysette D.Corrêa, Luiz Ribeiro de Auevedo, Ruth

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    0 UNICO REMÉDIOQuEtVITA_ CURA os ACe/££tfr£S*A

    I* DENTICA~Q _jRibçiro de Azevedo, Zezé de Francesco"Antônio Elias Santa Cruti, José Petro-nillo Santa Cruz, Luiz Augusto, RioeuDelia Santa, Nilson Camargo dos San-tos, Maria Julia Vizeu, Braulio Fonse-ca de Amorim, Clélia de Figueiredo,Franklin Netto, Gilberto Fundão, Re-nato Pitanga Maia, IsoHna Martins.Mala, Célia Regina M. Pereira de Car-valho, Clovis de Brito Feio, Oscar Faus-

    tino da Silva, Humberto Buchemi, He-dyl Rodrigues Valle, Judith Cunha,Arnaldo Alves de Souea Berlink, Ber-tha R. da Silva, Jeronymo Montinho,Lora Parrjtz, Abelardo Jurema, NelsonCamargo dos Santos Virgílio Lopes daSilva, Nicola Astengo, Sylvio Henrique-Mafra, Sayonava Lopes Cantão, Zulml-ra Amaral, Evarlsto Ribeiro, RosinaSoares, Geraldo :_ite Dias, RobertoRego, Fernando de Alvarenga Chaves,Adhemar Coutinho Freitas, Luiz Edu-ardo Secretas Baptista, J.idith Pereira,Miguel Magalhães, Lisetbe Mascare-nhas Neves, Carlos da Silva Tavares,Maria Apparecida Zamith, Leoncio Se-cratas Baptista, Roberto de Castro,Bertholdo Paulo Derengowski, Dinah daCunha, Marfna de Souza, Irene Miguetz.Carmelia Troscoli, Horacio Nina B.Costa Nina B Costa, Accello Oontino.Milton Werneck, Raphael Troscoli, As-sum|pta Pierazzi, Luln Gentil de S-:Mendes, Hélio Limeira, Dulce Cunha.Joaquim Mendes. Flavio P, Bonilha,Zenith S. da Silva, Hello Valle dosSantos, Antonietta Bastos Lisboa, OlgaRezende, Dulcinéa de Oliveira Maciel.Elgitha B. de Albuquerque, Mct-artAlbuquerque, Leyde Rocha Rosa, CarlosGomes &ò Carvalho, Aurélio Ferreira,Lucy Rabello Coelho, Maria B. Gadret,Oswaldo Ferreira Porto, Ayüil Silva.Alice Porto, Thereza de Sá Leitão, JoséIgnacio do Amaral Júnior, Luclo Pi-res, Jayme Pinto, Ezlo Gugllengo, Joa-quim de Oliveira, Nivaldo Estella deMello, Esequias Borges Pereira, Leo-nidas Lopes, Dalva Frões da Cruz, Lou-rival Medeiros, Lourival Bellas, Aure-lio Telles Coelho da Rosa^ Esther Fer-reira Saraiva, Laudelina Gome-, Wal-kerio Dias, Antônio de Mello, Geraldod>e Freitas, Thercuinha Junqueira deCarvalho, Nejson Ribeiro da Silva, Wil-son da Silva Ribeiro, Maria José Es-tella Bessa, Braga Júnior, Vicente Bran-dão,. Jessy da Silva, Lauro Gurgel Ra-malho, R.oiberto Coimbra, WaldemarBarbo, Aldair pumloy, Eriberto Maga-lhães, Jessie Aurêa Guimarães de Mat-tos, Maria Leal. Paez, Lauro G. Lessa,Maria Izabel Fabino. José S. Oliveira,Antônio Jorge, Lourival Medeiros, Car-melita de Britto, Sylvio Altano, Euni-cie Cintra Soares, Octavio Jacques, Ra-phaelito Rocha, Maria da Luz BarretoSarm-ento, Augusto Martins Rios. F. Sá,R-uy Maia, .Rômulo Nunes da Silva, Re-•Kinaldo Carpenter Ferreira, Nair dosSantos, Cylene E. das Dores, Milton

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    As mulheres envelhecem rapidamente teteem o fígado e o estômago era mau estado.:

    Ai» Pequenas I .lulas de.Reuter.tomadas regularmente combatem as doençasdestes órgãos tao importantes o O pacientorecuperará as forcas e a saúde.

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    Emulsão

  • !D T I C 0-T I C O

    Foi premiada a concorrente:

    EPHIÇENIA MONTEIROCHADO

    MA-

    de 9 annos de idade e moradora á ruaLopes Trovão n. 33, em Nictheroy, Es-tado do Rio de Janeiro.

    CONCURSOS ATRAZADOS

    3.017 — Victor Drugg,3.019 —: Clarice Guimarães Senna

    Gomes. r3.021 — Beatriz Guimarães Senna

    Gomes, Emirene Nunes, Maria da Con-oeigão Terra Pereira, Oswaldo Ferrei-j-a Porto, Laercio Pires, Edgard Beni-cio da Silva, Cesarino Delphino Ceear,Pedro Haddad, Mabel Carneiro de Car-V.alh'0, Raiphael Rocha, BuxdineyRocha, Waliter Filardi, Adalmo SouzaNeves, Ottilia Maia, Milton Santos; Ma-vis Santos, Mario Pernambuco Filho eSRuy*Maia.

    2.024 — -Aida Kramer, Yolanda D.C. Vergara, José Teixeira Machado eJosé de Sá Leitão.

    2". 026 — Aida Kramer, Georzires Co-lombo, Luiz Carlos Guimarães, IcauraMoreira, Ernani de Souza Lopes, Eune-lia Conte Leggey, Roberto Braga deQueiroz, Paulo Fonseca, Carmelio San-tos Villela, Maria do Carmo Freitas eJulleta Borges do Rego.

    3.028 — Leyde Rocha Rosa, OscarTiradentes Costa, Julleta Borges Rego.Georzires Colombo, Antônio Gonçalves'Araújo, Carmelta de Brito, Jayme Coe-lho de Moraes, Roberto Coimbra, Ne-cys Seixas, LeonLdas Lopes, MarinaFerreira Lima, Judith Cunha, Rosa SI-m es, Judith Botânica do Brasil, LuclaJunqueira, Maria de Lourd«s da Fonse-ca e Silva, Maria de Lourdes Rodri-euea Rajphael, Eunice Legey, DalwaTeixeira Chaves. Armando Coutinho doa(Reis e Jorge Heid.

    CONCURSO N. 3.038

    PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL EDOS ESTADOS PRÓXIMOS

    'Perguntas:

    , 1* — O que é, o que ê que se vêno túmulo, na morte, no cemitério enão se vê na vida?

    Luizinha Mello

    2* — Qual é o órgão do corpo hu-inano que sem a ultima syllaba é umamuleto ?

    (3 syllabas)Mario Vieira

    3* — Qual é o animal que sem aprimeira syllaba é objecto de toiletie?

    (3 syllabas)Américo Campos

    4* — Qual é o agazalho formadopelo advérbio e pela vasilha?

    (3 syjlabas)Nair Corrêa

    5* — Qual o estreito da Americaque é sobrenome ?

    t(3 syllabas)Adaucto Pinheiro

    Eis organisado o novo concurso deperguntas, todas fáceis. As soluçõesdevem ser enviadas a esta redacçãoacompanhadas das declarações de ida-

    — 20 —¦

    de e residência, assignatura do prot-prio punho do concorrente e ainda dovale que vae publicado a seguir etem o n. 3.038.

    Para este concurso, que será encer-rado no dia 8 de Julho vindouro, da-remos como premio, por sorte, umlindo livro de historias infantis.

    16 — Junho — 1926

    V [ *\

    _

    >_-_I_Ep/m oConcüP/o

    __Lriuri_Fbo 3- 038CONCJJRSO N. 3.039 !

    PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL E DOS ESTADAS

    Benjamin conduzia um taboleirocom sete pacotes cheios de—uma fru-cta que elle nunca comera. Para nãose esquecer do nome da frueta, es-creveu em cada pacote uma letra edispoz a carga de modo a ser lido cnome da gostosa frueta. No caminho,porém, os pacotes sahiram de seus lo-gares e Benjamin não sabe miais cnome da frueta que enchia os pacotes.

    Vejam vocês se acertam e terão re-solvido o concurso.

    As soluções devem ser enviadas aesta redacção acompanhadas das de-clarações de idade e residência, assi-gnatura do próprio punho do concor-rente e ainda do vale que vae. publi-cado a seguir e tem o n. 3.039.

    Para este concurso, que será encer-rado no dia 11 de Agosto vindouro,

    >_4_I_EDAfòAOcone Uk/O fenuriERO

    3,039

    damos como prêmios de Io e 2° lo-gares, por sorte, entre as soluçõescertas, dois ricos livros de historiasinfantis.

    COCEIRAS E TUMORES '

    Bahia, 29 deAgosto de 1917— limos. Srs.Viuva Silveira& Filho — Riode. Janeiro —Amigos e Srs.

    Venho pormeio desta

    m agradecer-vos aij c u r a que o

    vosso efficazELIXIR DENOGUEIRA, doPharmaceutico

    Chimico Joãoda Silva Sil-veira, operou

    em um meie na minha filhinha ¦Amélia, dc dois mino» de edade, aq^al tinha um padeclmento lie co-celras e tumores em todo o corpo.

    Vendo pelos jornaes as curasprodigiosas que o vosso ELIXIRBE NOGUEIRA tem feito com-prel um vidro e vi logo em pou-cos dias o resultado desejado ehoje do*u graças a Deus, por verminha filhinha radicalmente cura-da d'este mal. Aconselho a todamae que tiver seus filhos no es-tado ém que tive a minha a usaro ELIXIR DE NOGUEIRA comoum grande purificador do sangue,para adultos e creangas. Juntoremetto a photographia de minhafilhinha Amélia de CarvalhoBranco, podendo publical-a. — DeVV. Att. Cra. Ofoda. Judith de

    , Carvalho, residente 4 rua do PI-lar n. 77.

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    t'-i^.,^_-i^-.-.,.^l.;-.,Jú-l^-J.li_J>t_

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    . QUELLE dia era do peixe, e o soco, o velho e constante pescador, tantas

    vezes havia posto o caniço sem colher um só lambary. Não havia re-

    médio senão contentar-se com as larvas da terra, com as moscas e

    outros insectos que lhe apparecessem. Assim, pois, o soco alimentava-se

    mais de insectos que de peixes.Entretanto, no reino dos insectos, já se commentava muito o pre-

    iuizo causado por aquelle pássaro esguio, que percorria dia e noite as margens do lago.

    Procuravam um meio de destruil-o e eis que aoceasião se offerece inesperadamente

    Um pescador havia ar-mado um anzol — de es-pera —. Era uma linhacom um anzol na extremi-dade e amarrada a umtoco, á beira d'agua.

    Os insectos, então, re-uniam-se todos os dias,perto da espera, attrahin-do para aquelle ponto ofamigerado soco.

    Um dia cahira um pei-xe na espera e os insectosjuntaram-se nesse dia emmaior numero. O socoveiu. Viu o peixe e engu-liu-o e, consequentemente.

    ^X/ \ o anzol. rNesse dia os insectos deram um baile com um jazs-band de sapos e griilos.

    Como se viu, reinou, então, no reino dos insectos(que se poderia chamar Insectolandia) grande júbilo pelo acontecimento.

    Nem era para menos.Aquillo, para elles eraconsiderado como sa-boroso e raro petisco, tal-vez mesmo sem igual. E'que entre o s insectos,como entre os homens,ha gostos, preferencias,ódios, traições, vingan-ças...

    ___

    ^¦y=?oc

    ^^ jM-\ \zs

  • AS AVENTURAS DO = Gato esconC-IIQUINHO¦dido...

    ...cozinheira, e pôl-o dentro de uma sopeira com água foi obrade um momento. O pato gostou do banho e poz-se a espadanar águasobre a mesa.

    Chiquinho tampou a sopeira quandosentiu os passos de sua mãe. Esta enitauna sala e nada viu. A sopeira tampada...%'

    O garoto incorrigivel já não sabia mais o quehavia de inventar. Apanhou um pato no quintal parapregar uma.peça á...

    ...impediu que o pato tivesse movimentos, e porisso a mamãe foi embora. Chiquinho surgiu nova-mente, destampou a sopeira mas não pôde impedir...

    ...que o pato sahisse pela casa a molhar tudo. Os garotos e oJagunço trataram de se esconder atraz de um reposteiro, porque senti-ram, novamente, os passos da mamãe.

    Esta entrou e viu os "gatos" es-tavam escondidos mas, com os rabos defora. Minutos depois, começava o infer-nal "jazz-band" de chinello.